Você está na página 1de 12

A BIOENERGIA NA HISTORIA

A história humana evidencia, desde tempos imemoriais, que os sacerdotes e curandeiros nas
diversas culturas e religiões já possuíam um conhecimento a respeito das energias sutis e
suas relações com o corpo humano, com os animais, plantas e fenômenos naturais. Nas
sociedades primitivas encontramos os xamãs que manipulavam as forças invisíveis com
seus rituais. No antigo Egito havia os sacerdotes que eram mestres da ciência oculta,
profundos conhecedores e manipuladores da energia sutil. Em diversos países do mundo
antigo, os magos e feiticeiros sempre estiveram presentes, trabalhando com essas forças
invisíveis.

Por volta do ano 3.200 a.C., o povo chinês desenvolveu as bases da sua medicina
tradicional, quando então surgiu a acupuntura. Após cinco séculos a acupuntura foi
aperfeiçoada pelo Imperador Hoang-Ti. Seu objetivo principal consistia em reequilibrar o
fluxo de energias chí ( qui ), através de canais energéticos (nadis, meridianos).

Na tradição hindu, a energia sutil é amplamente conhecida pelos yogues e seus discípulos
com o nome de prana. Através de exercícios respiratórios, meditação, exercícios de
concentração, posturas psicofísicas (asãnas), os yogues alcançam um profundo estado de
paz e equilíbrio. Em decorrência muitos conseguiram ter um grande domínio sobre as
energias sutis e chegaram até mesmo a produzir efeitos físicos.

Os inúmeros fenômenos e curas promovidas por Jesus e seus apóstolos, com a imposição
das mãos e o emprego das palavras, são manifestações das energias sutis, potencializadas
por esses grandes seres em favor dos necessitados. Isto mostra que Jesus possuía um
potencial energético bastante equilibrado, a ponto de contagiar a todos apenas com sua
presença.

Na Europa do século XVIII, a ciência moderna começava a se destacar, e surgia uma


distinção entre razão e misticismo. Nesta época, Franz Anton Mesmer, postulou a
existência de um magnetismo animal. Através da manipulação deste magnetismo promoveu
diversas curas. Na ciência do século XIX, destacamos duas teorias que contribuíram para o
entendimento da bioenergia: a teoria da libido de Freud, e a teoria do orgônio de Wihelm
Reich. A psicanálise mostrou que as energias emocionais quando reprimidas (em
desarmonia) causam doenças. Reich por sua vez, tinha plena convicção da existência de
uma energia primordial responsável pela matéria viva. Ainda no século XIX, Helena
Blavatsky fundou a sociedade teosófica que tem por um de seus objetivos investigar as leis
inexplicadas da Natureza e os poderes latentes do homem. Na mesma época, Allan Kardec
codificou a doutrina espírita. Essas duas escolas contribuíram em muito na popularização
dos ensinamentos, que antes eram privilégio de alguns membros das ordens iniciáticas e
grupos de ocultismo. A teosofia em especial divulgou muitos dos antigos ensinamentos
secretos sobre yoga, chacras, nadis, mantras, etc.

A partir do espiritismo e da teosofia, diversos movimentos místicos surgiram em todo o


mundo no século XX. Muitas outras personalidades de expressão contribuíram, trazendo
novas abordagens e adaptando o conhecimento milenar dos sábios e mestres de todos os
tempos para a nossa realidade atual, mostrando as leis espirituais da natureza que estavam
ocultas pela visão distorcida das religiões e pelo misticismo dos povos da antiguidade.

AS ENERGIAS DA NATUREZA E A BIOENERGIA

No Universo, a energia se apresenta de várias formas: energia térmica, mecânica,


gravitacional e eletromagnética, dentre outras. Segundo diversas escolas espiritualistas
(Teosofia, Rosa-Cruz, Projeciologia, Yoga, Espiritismo, etc.), existe uma forma de energia
sutil (energia cósmica, prana, éter cósmico) desconhecida pela ciência, que permeia o
espaço e toda a matéria existente na Natureza. Nos seres vivos essa energia é responsável
pela vida.

A energia sutil da Natureza, também conhecida por energia imanente, é absorvida pelo
homem, através da respiração, na ingestão de água e de alimentos, mas principalmente por
diversos pontos de entrada espalhados pelo corpo, que são conhecidos como chacras. Essa
energia é conduzida aos órgãos e células físicas pelos nadis e meridianos, que formam uma
rede de canais de energia.

Quando a energia imanente é absorvida pelos seres vivos, ela sofre um processo de
transformação e adquire qualidades correspondentes ao ser vivo, chamada de bioenergia,
energia anímica, ou energia consciencial, que é um outro tipo de energia sutil associada aos
seres vivos.

A energia cósmica que permeia a matéria inorgânica sofre o mesmo processo e também é
transformada de acordo com sua composição química.

Algumas substâncias têm mais capacidade de armazenar a energia imanente do que outras.
A água é um bom exemplo de substância que tem grande capacidade de acumular as
energias sutis. Por isso se utiliza água benta na igreja católica e água fluidificada nos
centros espíritas. Nos cultos protestantes também é comum a utilização de óleos ungidos.

Da mesma forma os planetas acumulam energia cósmica e irradiam uma energia imanente
característica. As estrelas como o sol são potentes fontes emissoras, pois a luz transporta,
além da energia eletromagnética, uma energia sutil associada. A luz solar, quando atinge a
atmosfera, transfere parte de sua energia sutil para o ar, que por sua vez, também acumula a
energia cósmica vinda do espaço.

As plantas absorvem as energias imanentes da terra, da luz solar, do ar e da água das


chuvas, e com isso são uma grande fonte de energias sutis, além de nutrientes orgânicos.
Isto quer dizer que ao ingerirmos um alimento, estamos adquirindo um pouco de energia
física (calorias dos nutrientes) e também uma boa cota de bioenergia, que é o resultado das
energias imanentes da natureza que a planta absorveu no seu ciclo vital.

Uma forte evidência dessa realidade é a eficácia dos remédios homeopáticos com altas
dinamizações. Na sua preparação, os extratos das ervas são diluídos em proporções de 1
para 100 e a solução é agitada, em seguida esta solução é diluída mais uma vez e agitada e
isto se repete sucessivamente. Após algumas dezenas de diluições, não existe mais
substância química no preparado, mais em cada etapa, um pouco da energia sutil da planta
é extraída. O curioso é que quanto mais diluído, mais forte é a sua atuação. O resultado é
um remédio puramente formado de energia, que não atua quimicamente no organismo, mas
a partir da energia sutil das ervas.

Em resumo:

Existem no universo as energias físicas e as energias sutis.

A energia sutil que permeia o cosmo é denominada energia cósmica.

A energia cósmica ao ser acumulada pela matéria inorgânica (metais, compostos químicos,
gases, planetas, estrelas, etc.) é modificada de acordo com cada substância, sendo então
classificada como energia imanente.

Os seres vivos absorvem a energia cósmica diretamente e a energia imanente do meio, para
juntamente com as energias físicas, manter as suas atividades orgânicas. Seus processos
biológicos transformam as energias imanentes e cósmicas em um tipo de energia sutil
denominada bioenergia. No caso do homem e dos animais superiores, em energia anímica
ou energia consciencial.

As plantas possuem um tipo de bioenergia que é pouco elaborada, pelo fato delas serem
organismos simples e não possuírem atividade mental ou emocional, como os animais.
Cada planta tem seu padrão de energia característico, que se mantém praticamente o
mesmo, exceto em algumas variações sazonais, devido ao ciclo vital e influências de
determinados planetas, da lua e do sol. Assim, a energia das plantas pode ser considerada
quase como energia imanente.

PRINCÍPIOS BÁSICOS DA MANIPULAÇÃO DE ENERGIAS

Naturalmente o homem troca energias sutis com o meio, mas existem formas conscientes
de manipular as energias sutis. Esses métodos mudam em função dos objetivos a serem
alcançados, do padrão energético a ser trabalhado, da intensidade da manobra energética,
etc. Mas os princípios básicos são muito simples e não há segredos, uma vez que se trata de
algo que nos envolve a todo o instante.

- A energia imanente (ou energia consciencial) sofre a influência dos pensamentos,


sentimentos e emoções. Através da vontade concentrada nós podemos direcionar com
facilidade a energia imanente. Devido aos nossos pensamentos e sentimentos, imprimimos
uma qualidade característica que transforma essa energia imanente numa energia
consciencial.
- As manobras energéticas básicas são três: absorção, circulação interna de energias e
exteriorização.

- A recepção e troca de energias de um indivíduo com outro, ou com o meio ocorrem de


forma intensa se houver sintonia energética. É necessário que o praticante procure acalmar
a mente e busque uma integração cada vez maior com aquela energia. A sintonia está na
base dos inúmeros fenômenos parapsíquicos.

Exemplo: Se alguém conscientemente envia energias salutares para um enfermo, este só irá
absorver esta energia na sua totalidade se estiver receptivo a ajuda. Caso o doente esteja
envolvido num padrão mental de emoções negativas (ódio, ressentimento, etc.), não irá
absorver as energias benéficas que lhe estão sendo doadas.

Observação importante:

No mundo físico existem substâncias que são nocivas ao organismo humano e outras que
são necessárias a vida, como a água e os alimentos. De forma análoga, existem padrões de
energia sutil que são nocivos ao sistema energético do ser humano, e outros que fazem
bem a saúde. Por exemplo, determinados ambientes estão repletos de pessoas com
pensamentos e sentimentos desarmônicos (presídios, hospícios, delegacias, etc.). Isto gera
uma atmosfera energética desagradável. Intuitivamente as pessoas que são obrigadas a
conviver nesses ambientes acabam se adaptando e criando defesas contra essas energias;
mas não é aconselhável absorver energias desses locais, porque pode-se adquirir uma
quantidade muito grande de energias nocivas, não suportar e adquirir alguma doença no
corpo físico. Pessoas mais sensíveis, apenas entrando em contato com essas energias, já se
sentem mal. As exteriorizações nesses ambientes também não são interessantes, porque na
prática, quando exteriorizamos, abrimos o nosso campo energético e inevitavelmente
acabamos trocando de forma mais intensa energias com o ambiente. Quem já possui um
grande domínio energético consegue exteriorizar e limpar as energias desses locais, como é
o caso de yogues avançados, magos brancos, mestres espirituais e indivíduos com muita
experiência, que atingiram um bom nível de desenvolvimento moral e parapsíquico.

O ideal em ambientes energeticamente poluídos é a utilização de técnicas de autodefesa


como a circulação interna de energias (conhecido por estado vibracional) ou a concha
áurica (técnica do encapsulamento) que serão explicadas posteriormente.

As energias imanentes da Natureza ou as energias cósmicas são puras e por isso mais
saudáveis para se manipular. É importante destacar que alguns locais na natureza, como
bosques e matas, aparentemente adequados, podem estar com as energias sujas, devido a
fatos que ocorreram no passado (atos de violência ou despachos de magia destinados a
prejudicar os outros). Locais com aglomerações também não são indicados para manobras
energéticas que envolvem troca com o ambiente.

Sugestões preliminares:

- Nos exercícios energéticos, o mais adequado, principalmente no início, é o praticante


escolher um local tranqüilo e agradável e um momento de calma, sem cansaço ou sono.
- Os exercícios deverão ser praticados com seriedade e concentração.

- A circulação de energias se torna mais perceptível quando estamos relaxados. Por isso,
antes de começar, escolha uma posição confortável, sentado com a coluna ereta ou deitado.
Os exercícios também podem ser feitos em pé, embora algumas pessoas nessa posição
possam sentir tonturas.

- Comece relaxando a mente, se desligando do tempo e de qualquer compromisso ou


problema. Observe os músculos do corpo. Comece pelos pés ou pela cabeça e descontraia
progressivamente todas as partes. Procure se integrar com o ambiente e tornar-se parte dele.

- As energias sutis respondem naturalmente ao pensamento. Basta o praticante utilizar a


vontade concentrada, sem forçar.

- Uma outra maneira de manipular as energias sutis é pela visualização criativa. Quando a
mente começa a pensar em algo, as energias se movimentam de acordo com o pensamento.

TÉCNICAS PARA ABSORÇÃO DE ENERGIA

Absorção de energias cósmicas:

- Você está imerso num mar de energias. Pense na energia cósmica. Se desejar, imagine que
você está no meio do cosmos.

- Através da sua vontade, absorva a energia cósmica por todos os poros. Basta desejar isso
intensamente, mas não saia do estado de relaxamento. Caso queira, imagine que um mar de
luz cósmica penetra por todos os poros do seu corpo e você se integra e fica cheio dessa
energia.

- Em caso de apresentar alguma disfunção física, imponha a mão sobre a área lesada e
direcione a energia pelas mãos. Visualize um fluxo saindo das mãos e reequilibrando o
organismo. Isto também pode ser aplicado em outra pessoa que esteja necessitada.

- O exercício dura alguns minutos e é bastante agradável.

Para limpeza e reequilíbrio energético, através de visualizações de cores:

- Com o corpo e mente relaxados, respire num ritmo mais lento e durante a inspiração
visualize que, juntamente com o ar, entra uma energia branca, brilhante, que envolve o
cérebro e se concentra no chacra coronário, no topo da cabeça. Na expiração, coloque para
fora a energia cinzenta que estava alojada nessa região. Repita algumas vezes essa
manobra, a cada expiração, o ar sai mais limpo.
- Em seguida, inspire uma energia violeta e direcione-a para o cérebro, mas concentrando
agora no chacra frontal, que fica na testa, um pouco acima do ponto entre as sobrancelhas.
Na expiração, coloque para fora as energias desarmônicas que estavam na região, como no
passo anterior.

- Depois de algumas respirações, mude para o chacra laríngeo, que fica no meio do pescoço
e utilize a cor azul. Proceda como nos itens anteriores, inspirando a energia juntamente com
o ar e expirando as energias ruins que estavam causando bloqueios na região.

- Através do mesmo método, trabalhe agora com uma energia verde na região peitoral, se
concentrando no chacra cardíaco, que fica na altura do coração, no centro do tórax.
Aproveite para expurgar nas expirações as energias emocionais desequilibradas.

- Agora inspire uma energia amarela e concentre no chacra umbilical, uns dois dedos acima
do umbigo e expire as energias ruins dessa região do corpo.

- Repita algumas vezes e mude para o chacra sexual, que fica abaixo do umbigo. Utilize
uma energia laranja nas inspirações.

- Para finalizar, trabalhe uma energia vermelha brilhante no chacra básico, localizado na
região do períneo.

Obs.: Posteriormente abordaremos em detalhes os chacras e o duplo etérico.

Existem diversas outras técnicas que usam cores.

Muitas são bastante simples e consistem basicamente em visualizações de luzes ou fluidos


coloridos envolvendo e penetrando o corpo.

Por exemplo: imaginar que se está imerso numa piscina de fluido azul, que é absorvido por
todo o corpo ou mentalizar que estamos envoltos por uma nuvem branca. Ou imaginar que
nosso corpo começa a evaporar e se mistura com uma nuvem no céu. Algumas técnicas
consistem em visualizar esferas, elipsóides, pirâmides ou cubos de luz envolvendo partes
do corpo ou o corpo inteiro. Podemos também visualizar um raio luminoso penetrando e
energizando um dos chacras, ou visualizar vários raios penetrando todos os chacras
progressivamente ou ao mesmo tempo.

As possibilidades são inúmeras e podem ser adaptadas de acordo com a intuição e


criatividade do praticante.

TÉCNICA PARA CIRCULAÇÃO INTERNA DE ENERGIAS


Os ataques energéticos são influências de energias intrusas e desarmônicas, com o objetivo
de levar a vítima ao desequilíbrio, que pode levar a doenças físicas e mentais. Geralmente
essas energias estão carregadas de sentimentos ruins. Esses ataques só obtêm êxito se o
indivíduo entrar em sintonia com esses padrões. Uma pessoa alegre e equilibrada, que não
alimenta mágoas e deseja o bem para todos (inclusive para os agressores), quando uma
carga energética ruim chega ao seu campo energético, não ocorre troca e a pessoa não é
influenciada.

Na vida diária, ocorrem inúmeras situações que podem induzir a pequenos desequilíbrios
energéticos, por exemplo, preocupações, ansiedade, emoções fortes (euforia, decepções,
etc.). Nesses momentos a pessoa se torna vulnerável.

As técnicas de circulação interna de energias são o melhor recurso para se alcançar o


equilíbrio emocional, que é um passo importante no desenvolvimento humano.

Estado vibracional:

Trata-se de uma poderosa técnica que serve para o reequilíbrio energético, autodefesa e
desenvolvimento parapsíquico. Esta técnica é muito utilizada por vários pesquisadores,
como ferramenta básica para se obter pleno domínio bioenergético.

- Fique em pé, com a mente e o corpo relaxados. Afaste um pouco os pés.

- Com o pensamento concentrado, dirija a bioenergia, pela impulsão da vontade, para os


pés e mãos.

- Traga de volta o fluxo de energia para a cabeça e em seguida para os pés e mãos
novamente, com vontade decidida.

- Repita a operação, aumentando cada vez mais a intensidade e a velocidade da energia, até
todo o corpo vibrar intensamente.

Obs.: Para se obter um bom resultado, recomenda-se a sua prática em qualquer situação,
várias vezes ao dia. Temos relatos bastante positivos de muitos indivíduos, que através
dessa técnica, conseguiram um grande desenvolvimento parapsíquico. No início, o
praticante pode sentir alguma dificuldade, mas com o tempo isto desaparece, bastando
apenas desejar para entrar no Estado Vibracional.
Anexo I

Exercícios Bioenergéticos

Exercício nº 1

Proposta:

A manutenção do equilíbrio energético de nossos corpos no plano terreno é nossa


responsabilidade e por isso temos a disposição diversas manobras que podem ser utilizadas
a qualquer momento, segundo nossas necessidades. A prática sugerida neste exercício é
simples e bastante poderosa, pois acessa forças telúricas que combinadas com energias
cósmicas levam você a um estado de grande equilíbrio, harmonia e bem estar.

Prática:

Procure um lugar tranqüilo, de preferência próximo à natureza.

Fique preferencialmente de pé e sem sapatos. Braços estendidos ao lado do corpo. Busque


uma respiração tranqüila. Serenamente vá levando sua atenção para seus pés. Sinta a
energia que vem do interior do solo, subindo até alcançá-lo. Ela penetra pelos seus pés,
girando velozmente em círculos anti-horários. Sobe pelo seu corpo, sempre no mesmo
sentido. Passa por cada um de seus chacras, abrindo-os e conectando-os com esta força, até
que a energia telúrica chegue ao topo de sua cabeça, girando e liberando pelo seu chacra
coronariano todas as energias estagnadas em você. Repita este procedimento duas ou três
vezes. Agora respire tranqüilamente e mentalize acima de você uma grande luz dourada.
Um sol de energia e amor. Faça com que esta energia entre pelo seu chacra coronariano
lentamente e no mesmo sentido anti-horário. Faça com que ela vá descendo por todo o seu
corpo, ocupando todos os espaços, passando por todos os seus chacras, até chegar a seus
pés. Observe a harmonia em todo o seu ser. Finalmente perceba que ao mesmo tempo em
que a energia cósmica penetra pelo alto de sua cabeça, a energia telúrica flui pelos seus pés,
fazendo com que você se sinta forte e em equilíbrio com as forças que o mantém saudável
em sua passagem pelo nosso planeta. Fique alguns momentos absorvendo essa agradável
sensação. Seja feliz.
Exercício nº 2

Proposta:

Quando estamos nos sentindo parados, amedrontados diante dos problemas e das coisas
desconhecidas e não conseguimos enxergar soluções, caminhos ou mesmo a nossa
capacidade para enfrentá-los, devemos imaginar que somos uma semente. Que guardado
dentro de nós existem inúmeras possibilidades e potencialidades desconhecidas e que para
encontrá-las devemos ter a coragem de plantar essa semente. Nos preparar para enfrentar o
desconhecido sem medos, sem receios, descobrindo em nós forças adormecidas e
encarando nossos medos, nossas falhas, usando-os a nosso favor.

Colocamos essa semente em terra fértil, úmida e agradável, onde possamos por algum
tempo olhar para dentro de nós, sem interferências externas. Aproveitamos este momento
em que nos sentimos protegidos para trabalhar em nós, nossos medos, nossas expectativas e
nossa ansiedade. Devemos imaginar nos libertando da casca dura que nos protege, sentindo
a terra fazendo resistência a nós, a força que temos de fazer para alcançar a luz e de repente,
a grande alegria ao vislumbrar os primeiros raios do sol nos aquecendo e nos fortalecendo.
Os cuidados com as ervas daninhas e pragas que tentam tirar de nós o alimento. A
determinação em conquistar nosso espaço e criar nossas raízes cada vez mais profundas,
garantindo não só nosso alimento, mas também alicerçando com vontade, nossos sonhos e
desejos. Engrossamos nosso caule, enchemos nossos galhos de folhas, flores e frutos.
Resistimos as tempestades, as ventanias. Perdemos alguns galhos, mas sentimos cada vez
mais firmeza em nossas raízes. Por algumas vezes secamos. Nossas folhas e frutos caem e
nos sentimos desanimados.

Mas, de nossas raízes, sentimos tamanha vibração, que novamente nos organizamos e
produzimos uma seiva ainda melhor, que corre através de nós e nos proporciona um novo
ânimo. E vemos brotar em nós, folhas mais verdes, flores mais bonitas e frutos ainda mais
saborosos. Então, nos sentimos felizes, equilibrados e em paz.

Prática:

Vamos nos colocar em uma posição confortável, onde possamos relaxar cada músculo do
nosso corpo. Nossa respiração deve ser tranquila e calma.

Pensemos em nós como se fossemos uma semente, dura, firme, guardando dentro de si uma
bagagem enorme. Vamos imaginar um pedaço de terra, no local onde melhor nos agrade e
lá colocar nossa semente. Sentimos a terra como um agasalho, nos aquecendo e nos
alimentando, umedecendo nossa casca, permitindo lentamente nossa liberdade. Conforme
vamos saindo de dentro da semente, sentimos a resistência que a terra faz sobre nós e a
força que temos de fazer para encontrar nosso caminho. Instintivamente buscamos a luz e o
calor do sol, mas ao mesmo tempo sentimos a necessidade de lançar uma parte de nós em
direção a terra, criando raízes sólidas que nos permitam caminhar com firmeza na busca da
luz. Conforme vamos rompendo a terra, crescemos nas duas direções, até que percebemos
a luz e o calor. Estamos fora da terra e tudo a nossa volta nos encanta, o céu azul, os
pássaros, a leve brisa que passa por entre as árvores. Ao mesmo tempo sentimos que
estamos firmes e prontos para nos desenvolver de forma plena.

A cada raio de sol, a cada chuva que nos molha, nos sentimos mais fortes. Aumentamos
nossas raízes para podermos nos alimentar e alicerçar nossos objetivos. Engrossamos nosso
caule, consolidando nossas propostas. Enchemos nossos galhos de folhas bonitas, verdes e
saudáveis, criando em torno de nós uma aura de beleza, de paz e determinação. Produzimos
flores lindas, que representam nossos sonhos e aspirações e nos frutos vemos a
concretização desses sonhos. Essa bela árvore que vemos, somos nós. E cada um é capaz de
criá-la, mas cuidando dela todos os dias, afastando as pragas e os parasitas, olhando-a como
um todo, da raiz ao fruto, sendo sempre útil a si e a natureza que a cerca.

Agora vamos buscar retornar do nosso exercício com toda tranquilidade. Percebemos nossa
suave respiração. Uma leve sensação de paz invade todo nosso ser. Realizados e felizes,
estamos prontos para uma nova jornada.

Exercício nº 3

Proposta:

A forma como você se vê é muito importante na realização dos seus sonhos. Às vezes nos
achamos comuns e simples demais e isso faz circular em nós uma energia só de
sobrevivência, esquecendo de que todos nós temos um diferencial. É esse diferencial que
traz cor e alegria a nossas existências. Todas as coisas simples que fazemos são
extremamente importantes no nosso dia a dia, mas esse diferencial nos possibilita descobrir
novos caminhos e exercitar nossas potencialidades. A natureza nos brinda com vários
exemplos de transformação que se soubermos observar e avaliar, poderemos utilizar em
nós.

Um exemplo interessante é o da lagarta. Simples, igual a tantas outras que com ela
convivem, realizando sempre as mesmas tarefas. Tarefas de extrema importância no seu
conjunto, mas aparentemente simplórias no individual. Mas na natureza, a lagarta é o
aprendizado, a disciplina, as tarefas em conjunto, o acúmulo de experiências. Quando se
sentem preparadas se isolam e formam sobre si uma proteção, um casulo, onde possam
entrar em contato consigo mesmas e avaliar suas experiências. É nessa hora que vamos
decidir se somos capazes de romper essa proteção, que nós mesmos criamos ou se vamos
nos esconder e secar dentro dela. Temos de ter a coragem da lagarta, nos fechar dentro de
um casulo e sermos capazes de romper essa proteção em busca das nossas conquistas.
Romper a proteção é sempre difícil, nos causa às vezes dores e desconfortos, mas nós
temos sempre de pensar nas alegrias de nossas próprias descobertas e romper essa proteção,
permitindo que o nosso “eu” cheio de possibilidades seja descoberto em todo seu potencial,
e assim nos descobrirmos um dia, lindas borboletas, coloridas, livres para escolher seu
próprio caminho, semelhantes na beleza, mas sempre com algum diferencial na cor ou no
estilo. Mas as borboletas não fazem outras borboletas. Elas botam ovos que se transformam
em lagartas, assim cada uma terá sempre a sua oportunidade de descoberta, pois essa é
nossa missão individual. Vamos libertar a borboleta que existe em cada um de nós.

Prática:

Deitados, em uma posição confortável, respiração calma e tranquila, vamos deixar nossa
mente nos conduzir, nos guiar.

Vamos imaginar uma árvore, e nessa árvore seus galhos, suas folhas bem verdes. Vamos
olhar uma folha em especial. Nessa folha se encontram vários ovinhos pequenos e brancos.
Estamos dentro de um desses ovos e começamos a sair dele. Reparamos que todos os outros
ovos também se rompem e vários seres iguais buscam seu espaço. A dificuldade de
locomoção é igual para todos, mas o nosso instinto nos manda caminhar em busca de
alimento. Nos rastejamos com dificuldade até alcançarmos as folhas e assim começamos a
descobrir aos poucos as várias formas de conseguir alimento. A cada folha nova que
alcançamos, sentimos a necessidade de buscar outras e assim iniciamos uma busca de
diferentes possibilidades. A nossa primeira função é encontrar alimento e conhecimento.
Em determinado momento nos sentimos pesados e sentimos necessidade de parar.
Começamos então a pensar em todas as experiências pelas quais passamos e esses
pensamentos vão lentamente nos envolvendo, como um véu, formando em torno de nós
uma proteção, que nos isola de tudo e assim vamos nos olhando por dentro, avaliando tudo
aquilo por que passamos e de toda a bagagem que adquirimos ao longo desse tempo de
aprendizado. Algumas lembranças nos alegram, outras nos entristecem e vamos nos
aprofundando cada vez mais em nós mesmos e essa nossa proteção aumenta e se fortalece,
mas de repente, sentimos uma necessidade de sair do casulo e descobrir o mundo fora nós.
No início sentimos receio em abandonar nossa segurança, mas uma força enorme nos
impulsiona através do desconhecido e nos faz começar a quebrar esse casulo. Com
dificuldade, lentamente vamos nos libertando de nossa proteção e para nossa surpresa,
percebemos que não somos mais lagartas simples e limitadas, somos lindas borboletas
coloridas, livres para escolher seu caminho, repletos de conhecimento e capazes de alcançar
lugares antes inimagináveis. Parecidas com as outras borboletas, porém com características
próprias e capazes de seguir em direção aos nossos sonhos com mais sabedoria.

Em silêncio buscamos retomar o contato com nosso corpo físico. Percebemos nossa
respiração. Estamos calmos. Uma sensação de liberdade invade nosso ser. Pensamos no
Criador e na beleza de sua criação. Somos felizes. Estamos em Paz.
Exercício nº 4

Proposta:

Durante milhões de anos, quando da formação da Terra, registrou-se uma grande


concentração de energia no interior de nosso planeta. Próxima a superfície, essa energia se
transforma em vida. Energia que permite que as plantas nasçam, que as árvores cresçam. Se
observarmos, por exemplo, uma grande mangueira, veremos que além de seus galhos
frondosos, uma grande rede de raízes se espalha em seu redor, em direção ao centro do
planeta, na busca constante dos nutrientes que a manterão viva, oferecendo por muito
tempo, frutos saborosos e uma agradável e protetora sombra.

Podemos e devemos também usufruir desse contato com a natureza, não apenas comendo
seus frutos ou descansando sob a sombra acolhedora. Podemos recarregar e equilibrar
nossas forças, fazendo como a árvore, que além da chuva e do sol, se alimenta dessa
energia telúrica, que vem das profundezas da nossa casa, a Terra.

Prática:

Sente-se confortavelmente, de preferência com as costas retas. Apóie os dois pés no chão.
Respire lentamente, com bastante calma. Preste atenção em sua respiração. Deixe os
pensamentos passarem por sua mente, livremente. Relaxe. Serenamente, vá imaginando um
lugar muito bonito, natureza exuberante, árvores frondosas. Escolha uma, se aproxime dela,
vagarosamente. Olhe-a. Veja como ela é forte, tão cheia de vida. Repare em sua copa, em
seu caule e em suas raízes. Acompanhe o caminho que as raízes percorrem. Da superfície,
vão entrando na terra, como grandes braços na busca do alimento, que a fazem tão cheia de
vida. Acompanhe essas raízes. Sinta como se fosse você que está recebendo esses
nutrientes. Sinta-se forte, energizado. Respire essa energia, absorva-a lentamente. Perceba
como você se sente bem. Agora, você e a árvore são apenas um ser, que num único pulsar,
se alimentam da energia que emana do centro da Terra. Relaxe e aproveite por alguns
instantes. Relaxe tranqüilamente. Preste atenção novamente a sua respiração. Perceba seu
corpo. Você está em equilíbrio, em paz e carregado desta boa energia, pronto para os
desafios do seu dia a dia.

Você também pode gostar