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MINDMINERS | E S T U D O O R I G I N A L

O FUTURO
DA BELEZA
Estilo, Skincare e Autoimagem
Conteúdo

I) Contexto e amostra

II) Principais insights

III) O armário | Moda e perfil de compra

● Relação com as roupas durante o isolamento


● Perfil de compra
● Hi-lo 2.0
● Fim da pandemia, um novo ciclo

IV) A penteadeira | Cosméticos e skincare

● Efeito batom ou efeito skincare?


● Relação com a pele
● Rotina de cuidados
● O uso de maquiagem
● Prioridades na escolha dos produtos
● Bricolagem estética
● White is the new black

V) O espelho | Autoimagem e o isolamento

● O manifesto incompleto da beleza

VII) Ferramentas | MeSeems e Clusters

MINDMINERS | E S T U D O O R I G I N A L - O FUTURO DA BELEZA


Contexto
Há mais de uma ano grande parte da
população está se isolando e mudou
completamente seus estilos de vida, tanto
dentro quanto fora de casa.

Para mergulhar nessas mudanças e buscar


entender seu impacto no comportamento
das pessoas quando o assunto é moda,
cuidados pessoais e autoimagem,
realizamos um estudo por meio da nossa
plataforma de human analytics. Ele foi
realizado por meio de
3 questionários. Cada questionário contou
com 900 respondentes* de todo o país,
totalizando 2.700 pessoas ouvidas para dar
vida à esse report.

Visitamos a relação com as roupas, com


seus produtos de cuidados pessoais e
procuramos navegar no impacto que toda
essa transformação social teve na
autoimagem de cada um.

*distribuídos de acordo com a representatividade de


perfil do IBGE. Campos de coleta realizados entre 21
de maio a 7 de junho de 2021. Nível de confiança de
95% e margem de erro de 3,1%.
Amostra

Faixa etária Regiões Classe Social Gênero

52%
48%
N 7%
18-24 20% A 15%
NE 23%

25-34 28% CO 7% B 40%


35-44 22% SE 48%

S 15% C 45%
45+ 30% Fem. Masc.

Todas as entrevistas foram Quer falar com consumidores reais?


realizadas por meio do aplicativo Conheça mais sobre o MeSeems e
MeSeems, nosso painel de saiba como utilizá-lo em sua próxima
respondentes e também a maior
pesquisa. Clique aqui e conheça.
rede social de opinião do país.

Para complementar as descobertas,


utilizamos também alguns dados dos Sem tempo para uma pesquisa? Acesse
nossos Clusters, ferramenta nossos clusters e tenha acesso a dados
disponível dentro da nossa
sobre o comportamento dos mais diversos
plataforma e que reúne diversos
perfis de consumidores instantaneamente.
perfis segmentados de pessoas a
partir de comportamentos ou Entenda melhor como nossos Clusters
características em comum. funcionam aqui.

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Principais Insights

O fim da pandemia representa um renascimento


e uma oportunidade de se reinventar. As pessoas
estão ansiosas pela possibilidade tanto de grandes
transformações, como uma repaginada completa em seus
estilos até pequenas e simbólicas mudanças.

As questões que envolvem responsabilidade social


e ambiental das empresas vêm ganhando cada vez
mais relevância e se revelam pontos de atenção do
consumidor de forma horizontal, alcançando diferentes
mercados e diferentes perfis de consumo.

A opinião dos outros está, por hora, em segundo


plano. As pessoas irão priorizar o conforto das roupas e,
muitas, abandonarão certos rituais de vaidade que deixaram
de fazer enquanto ficaram isoladas, como, por exemplo,
pintar os cabelos brancos.

A relação com o próprio corpo (interna e externamente)


foi profundamente afetada durante o isolamento. Seja
pelo lado positivo, como, por exemplo, o impacto gerado pelo maior
tempo para cuidar da pele, como pelo aspecto negativo, visto que
muitas pessoas estão infelizes com seu peso ou marcas causadas
pela ansiedade e stress envolvendo toda a situação.

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O armário
Relação com as roupas
durante o isolamento
Há mais de um ano grande parte dos brasileiros está isolado: não apenas os que entraram em regime
exclusivo de home office, mas, também, os que precisam sair para trabalhar, já que o isolamento
acontece nos momentos em que não estão trabalhando.

“Sobre o isolamento, você...”


Ainda estou fazendo isolamento, saindo apenas quando necessário.
64%
Estou evitando aglomerações, mas saio em lugares abertos para passear.
22%
Estou encontrando pessoas próximas a mim e saindo de vez em quando com elas.
8%
Já deixei de fazer o isolamento e estou vivendo normalmente.
5%

"Usado roupas mais confortáveis e básicas e


comprando roupas assim também, que vão do
Independente da situação de trabalho em casa até saídas eventuais na rua.”
cada um, algo não se pode Mulher | 30 anos | classe A | sudeste

negar: a relação das pessoas "Em relação ao consumo, eu não comprei nenhuma
com suas roupas mudou ao roupa nesse ano. Na relação do dia a dia visto o
longo desse último ano. Seja mais confortável possível."
Homem | 23 anos | classe C | sudeste
pelo fato de não saírem de
casa, seja pela relação com o "Quando chego da rua após realizar alguma
próprio corpo devido à compra, ou por outro motivo, descarto as roupas
para lavar."
variações no peso ou até
Homem | 53 anos | classe B | sul
mesmo pela roupa ser
entendida como um possível “Estou usando pouca roupa, pois estou sempre em
casa. Uso muito pijama.”
vetor do coronavírus, os
Mulher| 51 anos | classe B | sudeste
brasileiros estão vendo seu
armário com outros olhos. "Esse ano engordei um pouco, por isso comprei
pouca roupas."
Mulher | 23 anos | classe C | nordeste

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Perfil de compra
Ao contrário do que se poderia imaginar, as pessoas que mais têm comprado roupas nos últimos
meses estão fazendo home office. Isso pode se dar ao fato de que 60% da classe A está fazendo
home office, enquanto 70% da classe C está saindo para trabalhar. Aqui, subentende-se que as
pessoas da classe A têm maior predisposição a comprar roupas mesmo quando não estão saindo
muito de suas casas.

70% das pessoas que estão fazendo home office compraram roupas nos últimos
6 meses. Para quem trabalha fora de casa, esse número cai para 52%.

Onde essa compra se dá muda de acordo com o hábito de cada respondente:

Lojas físicas
57% 38% dos respondentes que
Online/Lojas físicas compram roupas online afirmaram
22% que esse hábito aumentou durante
o isolamento social.
Online
21%

Quem sai na frente quando o assunto é compra de roupas online são os sites próprios das marcas.
76% dos respondentes opta por esse tipo de plataforma quando vai fazer suas compras. 48%
utiliza sites de multimarcas, 42% marketplaces e 22% recorre a aplicativos.

E o que eles priorizam na hora de escolher que marca comprar?


Depois da qualidade do produto e preço (80%), a maior parte dos respondentes prioriza a diversidade
de opções (42%) e a responsabilidade ambiental (27%). Isso mostra como as marcas precisam estar
atentas aos diferentes corpos que buscam suas roupas e às exigência dos consumidores a respeito de
questões que vão além de seus produtos. Afinal, não é segredo que a indústria têxtil é uma grande
vilã do meio ambiente, perdendo em níveis de poluição somente para a indústria do petróleo.

“Empresa que apoie causas sociais,


“Como uso tamanhos plus size,
meio ambiente, índios, negros,
encontrar o meu tamanho.” LGBT, (...).”

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Hi-lo 2.0
Para os brasileiros conectados que não estão saindo de seus lares, o estilo de vida exigiu mudanças -
algumas das quais as pessoas não estão dispostas a abrir mão. Um excelente exemplo disso é o
conforto que a parte do armário voltada para ficar em casa nos proporciona. 44% dos
respondentes têm priorizado o conforto na hora de se vestir, 51% querem tanto conforto
quanto estilo e apenas 5% têm priorizado o estilo. E esses números não variam muito entre os
que estão trabalhando de casa e aqueles que estão saindo para trabalhar. A variação aparece sim
quando olhamos as gerações: aqueles que pertencem à geração Z estão mais preocupados com
estilo do que as demais gerações:

Baby
Geração Z Millennials Geração X
boomers

Conforto e Estilo 56% 51% 48% 51%

Conforto 35% 44% 51% 48%

Estilo 9% 5% 1% 2%

Quem pensa que isso é passageiro, se engana. Dos que colocam conforto em primeiro lugar, 34%
não vai abrir mão disso quando deixar o isolamento e 45% só quando a situação demandar
algo mais estiloso. Apenas 21% está disposto a deixar o conforto de lado na volta à rotina de
convívio social. Sim, estamos falando com você, hi-lo 2.0. Peças como moletons e roupas de
ginástica ou similares podem voltar com as pessoas para os escritórios quando as empresas
retomarem a rotina presencial.

O que é HI-LO?
Do inglês high-low (alto-baixo), o estlo hi-lo tomou corpo no início dos anos 2000, onde o mundo fashionista
passou a misturar peças sofisticadas e de grifes com outras mais baratas e simples. Hoje, qualquer mistura
de estilos (caro-barato, pesado-leve, etc) pode formar uma combinação ‘hi-lo’.

A empresa japonesa Whatever Inc. lançou em 2020 a coleção “Work from Home Jammies”, misturando conforto e
profissionalismo para os profissionais que fazem videochamadas constantes em casa.

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Clusters MindMiners
Fashion
O cluster de pessoas fashionistas - ou seja: aqueles que compram roupas ou
acessórios semanalmente - prefere marcas que são refinadas e divertidas. Gostam
de mudar de marcas frequentemente para conhecer outras opções e tendem a
comprar as versões premium dos produtos.
Esses dados foram retirados da nossa ferramenta de Clusters. Quer entender melhor?

Clique aqui para saber mais.

Há, então, alguma celebridade que possa trabalhar com as pessoas o conceito de estilo por
naturalmente traduzir isso em sua personalidade? Quando questionados sobre qual celebridade vinha
à mente quando pensam em estilo, três nomes despontam com margem:

Gisele | Neymar | Juliette

Não é de se espantar que os dois primeiros nomes apareçam na lista. Quer entender o que a Juliette está fazendo
aí? Dê uma olhada em nosso estudo sobre reality shows.

Quando olhamos para o mundo das marcas, 4 delas são sinônimos tanto de
conforto quando de estilo.

C&A | Nike | Adidas | Renner

Outras duas marcas também merecem destaque, mas cada uma em um universo distinto: Marisa,
remetendo à conforto, e Hering, à estilo.

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Fim da pandemia, um novo ciclo
Algumas pessoas acreditam que nada mudará com relação às suas roupas ao final da pandemia.
Mas, para uma grande parcela, o fim da pandemia irá representar o início de um novo ciclo, e o
vestuário é peça chave no simbolismo dessa “nova vida”, por ser uma forte ferramenta de expressão
pessoal. Não podemos nos esquecer que, para cada grande situação do cotidiano, a roupa é parte
fundamental desses momentos. Não seria diferente para o armário do renascimento
pós-pandêmico.

As prioridades e valores que as pessoas atribuem às suas peças de vestimenta também sofreram
alguns impactos. Mais da metade dos respondentes pagaria mais para ter roupas:

Que duram mais

92%
Que possuem tecido com proteção solar
68%
Que foram fabricadas segundo diretrizes de sustentabilidade

67%
Com tecido antibacteriano ou antiviral
59%
Cortadas/costuradas à mão
54%

A startup Insider, focada nos pilares de tecnologia, A WeUse utiliza o modelo de ‘Fashion as a Service’ (FaaS) no seu
inovação, funcionalidade e sustentabilidade, lançou negócio - as pessoas alugam as roupas por um período, em vez
máscaras antivirais que combatem o surgimento de de comprá-las, fazendo com que as roupas circulem mais e com
acne causada pelo uso de máscaras. que o consumo diminua.

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Os corpos mudaram ao longo dessa pandemia: algumas pessoas ganharam peso, outras perderam.
Muita gente economizou dinheiro por não ter gastado com coisas que fazem parte de uma vida sem
clausura e viram isso impactar sua renda diretamente. Para os que ficaram em casa, os pijamas
foram seus novos uniformes. Para os que tiveram que sair, a prioridade foi a segurança. Ataques ao
meio ambiente ao longo dos últimos meses despertaram um senso de urgência em relação à questões
ambientais. Tudo isso significa que o mercado da moda pode esperar consumidores mais exigentes
em relação à estilo com conforto, conscientes sobre pegadas ecológicas, preocupados em relação à
higiene e segurança e em busca de um novo estilo para simbolizar seu renascimento.

Como será sua relação com as roupas


após o isolamento social?

“Espero poder continuar “Bem melhor, considerando


confortável, mesmo que tenha que meu guarda-roupa está
que me preocupar mais com o sendo renovado. Poderei
estilo.” "brincar" com outros estilos e
Mulher | 22 anos | nordeste | classe C
testar novas possibilidades de
“Vou priorizar peças atemporais uma imagem que eu queira
e com menos estampas, além do passar.”
conforto e do material.” Mulher | 23 anos | sudeste | classe C
Homem | 43 anos | sudeste | classe A
“Acho que a mesma, mas mais
“Redução enorme de consumo. preocupada com a
Vi que não preciso de muito.” sustentabilidade. Ando
Mulher | 32 anos | sul | classe C
pesquisando tecidos e marcas
“Comprar roupas novas para o que respeitam a natureza.”
Mulher | 42 anos | sudeste | classe B
começo que é o novo ciclo após a
pandemia.” “Voltarei a comprar em lojas
Homem | 41 anos | sul | classe B
físicas, porque gosto de
“Continuarei comprando mais experimentar.”
roupas online, pela praticidade.” Mulher | 54 anos | sudeste | classe B

Mulher | 35 anos | centro-oeste | classe A


A penteadeira
Efeito batom ou efeito skincare?
Historicamente, desde a 2ª Guerra Mundial, o fenômeno conhecido como “efeito batom” se mostrou
perene na maioria das grandes crises que o mundo enfrentou nos últimos anos. Impulsionado por
Winston Churchill, a venda de batons durante a guerra foi considerada de primeira necessidade, pois
acreditava-se que melhorava a autoestima e empoderamento das mulheres, algo essencial em
tempos de crise. O termo foi cunhado anos depois por Leonard Lauder, ex-CEO da Estée Lauder. O
que vimos ao longo da pandemia do coronavírus, no entanto, foi um efeito semelhante, porém
orientado a um outro mercado: não de maquiagens, mas de cuidados com a pele.

Segundo dados da ABIHPEC (Associação


Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal,
Perfumaria e Cosméticos), o setor de cuidados
pessoais e higiene obteve, em 2020, um
crescimento de 5,8% em vendas quando
comparado ao mesmo período de 2019.

A alta é puxada pelos produtos de higiene,


mas outros de skincare cresceram
significativamente em vendas, como, por
exemplo, as máscaras faciais, que viram o
número subir em 91% comparado ao ano
anterior.

Temos aqui, então, uma mostra de como o


mercado da beleza exerce um papel de
extrema importância na forma como as
pessoas lidam com as crises, seja dentro de
suas casas ou não.

Ver o mundo enfrentando um cenário


completamente caótico do lado de
fora fez com que muitas pessoas
buscassem o conforto no autocuidado
em seus lares.

Como afirmou a historiadora Laura Clouting


sobre os cosméticos na 2ª Guerra: “Quando
havia intervenção do governo em cada
aspecto de suas vidas, quando as mudanças
eram constantes, sua aparência era a única
coisa que podiam controlar”. Soa, inclusive,
como se ela estivesse se referindo aos tempo
atuais.
Relação com a pele
Há mais de um ano sem convívio social, muita gente
mudou suas rotinas e relações com seus próprios 21% dos que afirmaram que a relação
corpos, inclusive com a pele. A vida quase que com a pele melhorou durante a
exclusivamente em casa, que para muitos teve pandemia não estão fazendo home
consequências físicas e emocionais, fez com que as office. Para os que estão, esse
pessoas passassem a se incomodar mais com número sobe para 38%.
sinais de cansaço (28%) do que de idade (15%).
Ainda assim, quase 30% dos respondentes
afirmaram que a relação com a própria pele
melhorou, enquanto 11% disse que piorou. A maioria de nossos respondentes
classifica sua pele como oleosa (33%)
Essas alterações se deram por uma série de motivos: ou mista (30%). Os demais têm pele
uso constante de máscaras (maskne = mask + acne), normal (22%), pele seca (12%) e 3%
alteração na alimentação, falta de sol, distância da não sabe dizer seu tipo de pele.
poluição da cidade, efeitos psicológicos do
isolamento e maior tempo livre por não poder sair de
casa.

Por que melhorou? Por que piorou?

“Tive mais tempo de me cuidar.” “Falta de paciência e uso de máscaras de


Homem | 26 anos | classe B | nordeste proteção facial.”
Mulher | 34 anos | classe C | sudeste
“Tomei mais consciência do que
funciona para minha pele e passei “Comi muita besteira, tais como chocolate, e eu
a utilizar produtos mais naturais.” nao posso comer devido a acne do meu rosto.”
Homem | 25 anos | classe C | sul | home office Homem | 35 anos | classe A | sudeste | home office

“Pois agora cuido mais dela e tenho menos “Falta de sol e ar livre.”
contato com a poluição de São Paulo.” Mulher | 28 anos | classe B | nordeste
Mulher | 40 anos | classe B | sudeste | home office
“Não me cuido como antes,
“Estou tendo mais tempo para me cuidar e a desanimada devido à pandemia.”
falta de maquiagem está deixando a minha pele Mulher | 30 anos | classe C | sudeste

mais macia e bonita.”


Mulher | 39 anos | classe A | centro-oeste |home office “Tenho me preocupado menos com
a aparência por estar sempre em casa.”
“Porque eu pude pesquisar mais sobre como Mulher | 36 anos | classe A | nordeste | home office

cuidar da minha pele em casa mesmo, com


receitinhas na internet.” “Mais oleosa devido ao aumento da ansiedade.”
Homem | 35 anos | classe B | sul | home office
Mulher | 18 anos | classe C | norte

“Pois como não saio de casa fico


entediada e vou cuidar da pele.”
Mulher | 51 anos | classe A | centro-oeste
Rotina de cuidados
Como vimos em nosso estudo de Personal Care, 71% das mulheres entrevistadas sentem que
poderiam se cuidar mais durante a pandemia. Ainda assim, a maioria dos respondentes (77%) afirmou
sempre ter tido uma rotina simples, com poucos passos, mas alguns afirmaram que trocaram sua
rotina simples de cuidados por uma mais longa. 53% o que fez porque teve mais tempo para
cuidar de si e 32% porque começaram a ficar mais insatisfeitos com a aparência.

Sempre foi simples, com poucos passos

77%
Era simples, mas com o isolamento ficou mais demorada
10%
Sempre foi longa, com várias etapas

9%
Era longa, mas com o isolamento ficou mais simples

4%

Isso tudo também explica a relação das pessoas com seus produtos de skincare. Os mais utilizados
pelos respondentes são: hidratante facial (67%), hidratante corporal (62%), protetor solar (60%) e
sabonete específico para a região do rosto (50%).

26% 24%
dos respondentes passou a usar hidratante passou a usar sabonete
facial somente após o início da pandemia. específico para o rosto.

K-Beauty vs A-Beauty
A simplicidade na rotina de skincare aponta para uma tendência global que vai de encontro com a
famosa ‘K-Beauty’, os famosos 10 passos na cultura sul-coreana propostos para cuidar do rosto. Com
a ânsia de sair para aproveitar a vida fora de casa, pode-se esperar que a ‘A-Beauty’ se aproprie da
rotina das pessoas no cotidiano pós pandêmico.

Originada na Austrália, a ‘A-Beauty’ conversa com o estilo de vida praiano e ao ar livre da população
australiana, que prefere investir seu tempo aproveitando o dia do que acumulando etapas nos
cuidados pessoais. Não só isso, mas a preocupação com os ingredientes naturais é, também, um
ponto importante desta filosofia de autocuidado - algo que, como veremos mais adiante, salta aos
olhos dos consumidores brasileiros.

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O uso de maquiagem
Como vimos, uma categoria que teve grande desuso durante esses últimos meses foi a de
maquiagens. Das pessoas que utilizam esses produtos, mais da metade não os tem usado
ultimamente.

62% 37%
das pessoas que deixaram de usar maquiagem porque a máscara
o fizeram porque não estão saindo de casa. tampa o rosto.

Em relação às pessoas que mantiveram o uso de maquiagens:

Os produtos mais utilizados: Os produtos mais abandonados:

1º Base 1º Base
2º Máscara de cílios 2º Sombra
3º Lápis de olho e pó facial 3º Blush

Aqui, o destaque das maquiagens que se mostraram mais relevantes vai para os produtos de olho
(máscara de cílios e lápis de olho) e de preparação de pele (base e pó facial), o que pode ser
associado ao fato de que, por conta do rosto estar coberto a maior parte do tempo por máscaras, os
olhos e a pele que ficam aparentes se sobressaem.

Um dos principais motivos pelos quais as pessoas continuam usando maquiagens mesmo dentro de
casa mostra como, para parte do público, foi-se criando uma relação muito íntima com essa
categoria. 42% usam maquiagens porque gostam, mesmo quando não vão encontrar
ninguém. Em nosso estudo de Personal Care, vimos como a maquiagem têm sido uma aliada nesse
momento para sentirem-se bem com suas aparências em meio a tanto estresse e ansiedade.

Para postar fotos nas redes sociais


45%
Porque gosto de usar, mesmo que não vá encontrar ninguém
42%
Para trabalhar fora de casa
37%
Para passear
34%
Para videochamadas
29%
Outro
3%

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Prioridades na
escolha dos produtos
O amplo acesso à informação têm feito com que os consumidores fiquem mais exigentes em relação
ao que esperam das marcas que consomem, em vários sentidos. As marcas são responsáveis pelo que
produzem e pelos efeitos que aquilo que colocam no mercado têm nas vidas de todo o ecossistema.

55% das pessoas têm o hábito de olhar a lista de ingredientes dos


cosméticos ou produtos de cuidados pessoais.

Seguindo essa linha, a prioridade na hora de selecionar quais cosméticos entram em casa vai na linha
do que temos visto horizontalmente em outras categorias. As pessoas estão mais exigentes quando
o assunto é responsabilidade socioambiental e, aqui, a formulação dos produtos é parte importante
disso. Depois de qualidade (71%) e preço (63%), o que as pessoas mais valorizam na escolha dos
seus cosméticos é sua origem natural e uma lista de ingredientes livres de componentes prejudiciais
e polêmicos.

Origem natural
29%
Lista de ingredientes “limpa” (ex: sem parabenos, silicones, etc)
26%
Indicação de conhecidos
19%
Ser vegano
11%
Embalagem reciclável
9%
Indicação de famosos nas redes sociais
4%

Marcas mais associadas ao autocuidado:


em ordem decrescente

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Bricolagem estética
O que muita gente teve que aprender durante esse isolamento foi a fazer coisas com as próprias
mãos - e para o setor de cuidados pessoais isso não foi muito diferente. Tentamos entender qual
parcela das pessoas tinha passado a fazer certas coisas em casa: cortar ou pintar o cabelo e fazer
as unhas ou sobrancelhas.

52% dos respondentes passou a fazer pelo menos algum desses


rituais de cuidado pessoal em casa.

Cortar o cabelo
Pintar o cabelo
24%
18%
33%
43%
Fazer as unhas
Fazer as sobrancelhas
30%
23%
36%
36%

Começou a fazer sozinho(a) Vai continuar fazendo sozinho(a)

De uma forma ou de outra, o conceito de DIY (do


inglês do it yourself, ou faça você mesmo(a) em
Vale, no entanto, questionar tradução literal) já estava se popularizando em
diversas frentes antes mesmo do início da
se realmente esses números se pandemia. Foi ela que, como em tantas áreas,
manterão com a volta à rotina tracionou esse comportamento e impactou
diretamente na forma como a indústria atende
fora de casa. As pessoas às diferentes necessidades das pessoas.
podem ter percebido a
economia em fazer certas
coisas sozinhas e não estarem
dispostas a abrir mão desse
dinheiro ou, com o passar do
tempo, a busca por um novo
“estilo pós pandêmico” fará
com que as pessoas procurem
mãos profissionais para
retomar esses serviços.

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White is the new black
Outro ponto é que quase metade dos respondentes deixou de fazer certas coisas para cuidar de si
como cortar o cabelo, fazer a barba, unha, sobrancelha, etc. Perguntamos para as pessoas que
deixaram esses rituais de lado se elas voltarão a fazê-los ao fim do isolamento. A maioria disse que
sim, voltará. No entanto, um dos dados chama a atenção:

27% dos das pessoas que deixaram de pintar o cabelo durante o isolamento não
pretendem voltar a fazê-lo com o retorno ao convívio social.

A marca Lolla
O que isso quer dizer? Que lançou, neste ano,
provavelmente veremos muito mais uma linha
especificamente
cabeças grisalhas circulando ao voltada para
nosso entorno quando voltarmos a cabelos brancos e
grisalhos. A modelo
frequentar áreas públicas. Esse escolhida para
movimento de libertação da velha representar o
lançamento nas
obrigação de manter os cabelos redes sociais é uma
tingidos para esconder os fios brancos mulher mais velha, o
que mostra a
mostra como brasileiras e brasileiros preocupação da
estão perdendo o medo de colocar a marca em ocupar
esse território de
autenticidade à frente de certos autenticidade dos
padrões estéticos. grisalhos e torná-lo
algo ‘cool’.

Busca pelo termo "Cabelo grisalho":


Brasil

01/02/2016 01/02/2021

Google Trends

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O espelho
"Ela tá sarada, turbinada, processada,
envenenada, um mulherão"
Turbinada - Zeca Baleiro

"E pra você me entender, vou ser até


mais direto/ Loira burra, você não
passa de mulher objeto"
Loira burra - Gabriel O Pensador

"Amélia não tinha a menor vaidade


Amélia é que era mulher de verdade"
Ai que saudade da Amelia - Ataulfo Alves

"Feia de cara, mas é boa de bunda


Olhe só é a pequena Raimunda"
Pequena raimunda - Ramona

"Se fosse mulher feia tava tudo certo


Mulher bonita mexe com meu
coração"
Amiga da minha mulher - Seu Jorge

"Gatinha, quanto mais o tempo passa


você perde a graça e vai ficar sozinha"
Sissi - Alexandre Pires
O mito da beleza

Existe uma relação, no mundo ocidental, entre o fato de que as mulheres passaram a adentrar e
conquistar o mercado de trabalho e o aumento exponencial de cirurgias plásticas de natureza estética
ou transtornos alimentares nesse gênero ao longo dos últimos anos. O conceito do mito da beleza,
elaborado pela autora estadunidense Naomi Wolf, explica esse fenômeno. “As qualidades que um
determinado período considera belas nas mulheres são apenas símbolos do comportamento feminino
que aquele período julga ser desejável. O mito da beleza de fato sempre determina o comportamento,
não a aparência.”, diz a autora.

Há quem questione se isso é fruto de uma fantasia coletiva ou se realmente a realidade é mais dura
com o sexo feminino. E, aqui, trouxemos alguns dados que podem orientar esse entendimento de uma
forma mais palpável.

Perguntamos aos nossos respondentes se eles fariam algum tipo de


procedimento estético. Enquanto 72% dos homens responderam que
não faria nenhum procedimento, apenas 48% das mulheres deu a
mesma resposta.

A relação com os corpos na pandemia também muda de um para o


outro. 15% dos homens afirmou que a relação com seus corpos durante
esse período piorou - para as mulheres, esse número dobra.

Questionamos, também, se eles estavam felizes ao se olhar no espelho.


65% disse que sim e 35% não está contente com seu reflexo.
Aprofundado esses dados e fazendo uma análise à partir do gênero,
temos, no entanto, uma diferença significativa nesses números.

Enquanto 76% dos homens disseram estar felizes com o que viam no
espelho, esse número caiu para 55% com as mulheres.

Perguntamos a elas o porquê de não estarem felizes com o que viam e trouxemos
algumas respostas a seguir.

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Estou acima do peso | Porque preciso emagrecer | Me vejo feia, cabelos mal cuidados, pele mal cuidada, enfim… |
Tenho olheiras, cabelos brancos | Preciso me cuidar mais | Barriga | Quero meu cabelo melhor, mais bonito, quero
perder mais uns quilos | Engordei muito | Porque a idade modifica muito | Marcas de envelhecimento
precocemente. como marcas de sol no rosto, excesso de gorduras localizada e cabelo sem hidratação | Porque estou
acima do peso e infeliz com meu cabelo | Estou gorda | Tenho sentido os sinais da idade | Estou acima do peso | Rosto
com manchas | Porque não tenho algumas características que são consideradas bonitas | Não gosto de minha
aparência | Porque preciso de algo para ficar bela. Tratamento estético | Porque não estou satisfeita com meu
corpo e rosto | Porque estou acima do peso | Gorda e velha | Preciso perder peso | Me sinto gorda | Porque não me
sinto bonita o suficiente | Estou com espinhas, não acertei no corte de cabelo e estou acima do meu peso | Porque
eu sou gorda | Por que engordei um pouco e a barriga está saltando para fora | Tenho a pele com manchas de acne e
isso me incomoda demais | Meu rosto está cheio de manchas | Estou acima do peso e envelhecendo | Estou acima
do peso | Estou gorda e o meu cabelo não está do jeito que gostaria | Estou acima do peso | Porque vejo os sinais da
idade avançando | Minha aparência me incomoda | Engordei um pouco, gostaria de mudar meu cabelo, mas estou
evitando ir em salões de beleza e estou com um pouquinho de stress. Acho que isso reflete na aparência ou no modo
como me vejo | Emagreci muito | Quero emagrecer | Gostaria de me sentir mais jovem, com o corpo mais em forma |
Sou feia | Estou acima do peso, não gosto | Descuidada | Estou muito acima do peso | Sou feia | Manchas de espinhas
no rosto estão me incomodando | Queria engordar um pouco, fazer um botox nas linhas de expressões | Tenho
escoliose, me acho feia | Gostaria de estar melhor fisicamente | Preciso melhorar minha autoestima | Poderia me
cuidar melhor | Preciso de cuidar | Pois engordei na quarentena e, saindo somente para o necessario, deixo de ir ao
salão como fazia sem a pandemia | As rugas e os pés de galinha | Queria perder uns quilos | Preciso aprender a
cuidar mais de mim | Engordei | Estou acima do peso | Porque preciso emagrecer e o rosto tem espinha | Não me
reconheço, acho que envelheci muito durante esse último ano | Porque a minha aparência não é legal, atraente. É
descuidada | Autoestima baixa | Acho que estou com muitas marcas de expressão | Não vejo nada bonito em mim |
Porque não me sinto feliz por dentro | Marcas de expressão | Manchas no rosto e só | Preciso perder mais peso | Acho
que estou desanimada ao ponto de não me cuidar como deveria... | Aumento de peso devido ansiedade na pandemia,
tive queda de cabelo como sequela pós COVID e minha pele também mudou | Emagreci, mas continuo com
gordura na região abdominal | Porque eu estou empacada na minha carreira profissional e não vejo futuro para
mim, principalmente agora com a pandemia. Além disso, as coisas que eu fazia que me deixavam feliz, eu não tenho
conseguido mais fazer | Muito acima do peso | Estou gorda | Não estou indo no salão de beleza | Porque eu engordei
| Não ando me cuidando e estou em transição capilar | Preciso arrumar os cabelos | Gorda | Fora de forma | Cabelo,
manchas no rosto | Ainda não encontrei um produto eficiente que tira manchas de melasma do rosto | O clima tem
mudado minha aparência. Estou com mais acne e cabelos mais ralos. Minha cidade é muito quente e todo verão
me sinto mal | Tô muito magra e acabada mentalmente | Gostaria de melhorar | Estou acima do peso | Não estou
como gostaria | Não gosto de minha aparência | Pele | Queria emagrecer, tirar as sardas | A aparência mas despojada
| Gostaria de mudar algumas características físicas | Porque não é o corpo que eu queria | Porque engordei muito
durante o isolamento | Não gosto da minha aparência | Ganhei peso | Algumas coisas incomodam | Porque estou
acima do peso | Não sou padrão | Ansiedade e depressão | Porque há aspectos físicos que não me agradam, como
alguns detalhes: dentes, nariz, seios, etc | Sempre encontro coisas que não gosto. Algum detalhe sempre me
deixa infeliz | Como emagreci estou com flacidez na barriga tenho um sonho de fazer abdominoplastia | Estou em
fase de transição capilar e fazendo tratamento de pele para redução de manchas, então a minha imagem não está
das melhores nesse momento | Falta perder alguns quilos | Sou feia | Gorda | Feia | Sou muito insegura e acredito
que algumas coisas me deixam feia | Por causa do corpo | Não me acho bonita | Porque tenho muitas manchas de
acne no rosto e estou acima do peso | Autoestima muito baixa desde sempre, mas isso não é uma questão pra mim |
Preciso melhorar no aspecto peso | Eu não vejo nada de interessante | Autoestima baixa | Muitos detalhes fora do
padrão | Porque a aparência não está tão boa | Porque tem muitos cravos e espinhas no meu rosto | Acima do peso |
Muitas cicatrizes | Acredito que se deva mais a padrões socialmente impostos às mulheres | Porque engordei um
pouco nessa quarentena | Acho que preciso melhorar o corpo | Porque eu engordei muito :( | Tenho algumas
dificuldades com aceitação por conta do meu corpo | Sou acima do peso, sou baixa, meu cabelo vive preso porque
não toma forma... | Muitos fatores fazem com que cada pessoa veja algo que não gosta quando é relacionado a si
mesmo... ninguém está 100% satisfeito | Preciso perder peso | Porque estou mais gordinha | Porque tenho muitas
espinhas e acnes | Não me acho tão bonita | Acho o meu nariz feio | Magra demais | Engordei | Me sinto mal com
minha aparência, principalmente agora na pandemia | Porque tenho baixa autoestima | Envelhecendo | Estou acima
do peso | Triste
A insatisfação é grande, e, geralmente, pelos mesmos motivos: peso, pele, cabelo e, como não poderia
deixar de ser, a baixa autoestima. Por fim, queríamos entender a impressão popular em relação aos
diferentes gêneros e as relações com seus corpos.

62% 35%
das pessoas acreditam que a maioria das pessoas acreditam que a maioria
das mulheres que elas conhecem não dos homens que elas conhecem não
está satisfeita com o próprio corpo está satisfeito com o próprio corpo

Gordofobia
O recorte que trouxemos nesse estudo têm um olhar voltado para o universo feminino, mas essa é
apenas uma das facetas que estão no entorno do tema de beleza e padrões estéticos. Aqui,
compartilhamos alguns dados da nossa pesquisa de gordofobia, outro assunto extremamente
relevante nesse contexto.

51% das pessoas gordas já foram alvos de gordofobia na vida pessoal.

57% não recebeu apoio de ninguém depois de ter sido alvo de gordofobia.

Apenas 19% das pessoas sempre lidou bem com o corpo e o peso

56% das pessoas gordas já fizeram dietas bem restritivas para perder peso.

41% das pessoas acreditam que a boa forma física trará sucesso nas relações sociais e amorosas

75% acha inspirador ver personagens gordos em novelas, filmes, comerciais, etc.

71% concordam que empresas de todos os ramos deveriam repensar o padrão de modelos e
atores/atrizes em seus anúncios

O estudo completo
você confere aqui.

MINDMINERS | E S T U D O O R I G I N A L - O FUTURO DA BELEZA


Insatisfação generalizada
(e institucionalizada)
A lista que compõe esses tópicos de insatisfação poderia seguir ad infinitum. Fica claro, então, que os
tabus, bloqueios, dificuldades e dores das mulheres com sua aparência não são apenas apenas
generalizados, mas, também, institucionalizados.

Isso significa dizer que, se desejamos romper com os mitos e padrões de beleza que hoje nos aprisionam,
essa mudança deve partir dos mesmos espaços que ajudaram a perpetuar esse ciclo vicioso.

Se todas as mulheres acordassem


amando seus corpos amanhã, quantas
empresas deixariam de existir?

O quanto muitas marcas e mercados têm pautado seus produtos e comunicação na insegurança e
vulnerabilidade de mulheres - e, por que não, homens? E o quão diferentes todas essas coisas devem
ser para que resposta a essa pergunta seja: absolutamente nenhuma?

Convidamos 17 mulheres para refletirem, junto a nós, sobre esse questionamento. Por meio de
mais uma edição do Mind The Gap (evento exclusivo da MindMiners voltado para desmistificar,
co-criar e repensar certos temas que nos circundam tanto quanto pessoas quanto como empresas),
unimos forças para traçar novos caminhos e possibilidades quando falamos em autoimagem.

Desse encontro nasceu um mapa no qual não apenas marcas, mas, principalmente, pessoas podem
se inspirar para ousar viver um novo conceito de beleza.
Convidadas
Esse foi o grupo de mulheres dispostas a
levar o nível de discussão do tema de beleza
a outro patamar. Em uma manhã, dividiram
conosco vivências e somaram seus esforços
aos nossos para que pudéssemos traçar
novos caminhos quando o assunto é beleza: Caroline Kurzweil
Strategic Planning Coordinator
Natura

Maria Carolina Rodrigues Raquel Albernaz


Head de Consumer Insights Business & Logistic Director
Liv Up Ifood

Beatriz Zogaib Camila Melo


CPO & Cofundadora Consumer & Market Insights
Essity
JustForYou

Natália di Domenico Cláudia Puccini


Competitive Strategy Coordinator Coordenadora de Insights & Pesquisa
Natura Raízen

Giulia Queiroz Jennie Lin


Strategy Director Sr. Marketing Analyst
Suno United Creators Kraft Heinz

Emily Guarnieri
Head of Industry Strategy for Thamires Morais
Consumer Goods and Pharma Account Manager
Globo MindMiners

Raquel Pavani
Senior Market Research Manager Stephanie Hauff
Indústria farmacêutica Account Developer
MindMiners
Colaboradoras
Ao longo do evento, fomos inspiradas por algumas mulheres que nos ajudaram a ampliar o prisma que
reflete os mais variados conceitos de ‘beleza’. Cada uma delas, com sua visão e sensibilidade em
relação ao tema, trouxe diferentes elementos de inspiração para todas as participantes.

Mirian Goldenberg | Especialista


Antropóloga, Pesquisadora e Professora Titular da UFRJ

Especialista convidada para inspirar o time de mulheres convidadas a participar desse


projeto, Mirian possui uma robusta pesquisa que engloba temas como beleza, velhice e
autoimagem. Palestrante TED Talks, Colunista da Folha de São Paulo, é autora de vários
best-sellers - inclusive do título “Liberdade, felicidade e foda-se”, que foi distribuído a todas
as participantes do evento.

Verônica Dudiman | @indiqueumapreta


Cofundadora da consultoria Indique Uma Preta

Publicitária e designer de formação, atuou na área Planejamento Estratégico da Agência


Mutato atendendo a conta digital de Ipanema e Jack Daniel's, além de já ter realizado
trabalhos para marcas como Facebook, Netflix, MASP e Empregueafro. Hoje é uma das
cofundadoras da Indique Uma Preta, consultoria de conexões entre profissionais negros e
o mercado de trabalho. Além disso, é também participante da iniciativa Melhor no Plural,
realizada pelo Grupo de Planejamento. Acredita que tudo o que faz carrega um pouco dos
seus valores e ideais, por isso encontra também no trabalho uma forma de transpor as
mudanças que deseja ver no mundo.

Beatriz Fiorotto | @fiorottobeatriz


Creator e consultora de parcerias

Beatriz Fiorotto é produtora de conteúdo e consultora de parcerias. Começou a produzir e


participar de podcasts em 2017. De lá pra cá, foi redatora e produtora no site Judão,
produtora geral e apresentadora da rede B9 de podcasts, responsável por programas
como Mamilos, Código Aberto, Braincast e outros projetos.
Hoje, integra o time de Business Development do aplicativo Sparkle na Hotmart, fazendo
consultoria de conteúdo e parcerias para criadores da plataforma, além de participar da
criação de novos processos internos.

Eliane Kreisler | @elianekreisler @gestao_carreiras


Consultora de Gestão e Carreiras/Projetos de Diversidade e Longevidade

Pedagoga, pós graduada em Gestão de Pessoas pela Fundação Dom Cabral e certificada
em Personal e Executive Coach. Profissional com mais de 35 anos de experiência em
grandes empresas, na área de Recursos Humanos. Atua em projetos para 50+, que
estudam as ações e a relação intergeracional em ambientes profissionais e sociais
voltados para projetos de diversidade e educação para a longevidade nas empresas e em
projetos sobre o protagonismo feminino 50+. Também é mentora e consultora de Gestão
de Carreiras. Participa de alguns projetos como Rede Longevidade e Canal Longetalks.
Juntas, as convidadas criaram os pilares que sustentam esse mapa, o nosso manifesto
incompleto da beleza. Incompleto, porque sabemos que as possibilidades para
enriquecê-lo são enormes, e o convite para multiplicar seus pilares é constante.

O manifesto incompleto da beleza

O mito é uma história, um conto que se Inquietude para buscar a individualidade,


amplifica por meio do imaginário coletivo. para impor e não ser imposta. Buscar,
Ele viaja de geração em geração, pelo boca assim, inspirações em meio ao caos,
a boca, nos filmes, nas músicas, nas imagens venham elas de diversos locais, mas,
e nas cicatrizes. principalmente, de dentro.

Ah, as cicatrizes… O mito que contamos Liberdade. Não existe liberdade em


sobre a beleza, hoje, é repleto delas. Há questionar um padrão, se o resultado desse
décadas a história que ouvimos é a mesma: questionamento repete o ciclo, criando um
é preciso emagrecer, mas também ganhar novo calabouço. A beleza está na liberdade,
“corpo”. O lindo processo natural de e essa é a única chave capaz de nos
envelhecer deve ser combatido custe libertar dessa prisão.
(literalmente) o que custar. O corpo perfeito
é aquele que você sempre vai perseguir, mas Autoconhecimento como o sustento da
nunca vai alcançar. O belo é alvo e o alvo é o beleza, permitindo o entendimento das
resto. A beleza sempre pode chegar, mas ela nossas fragilidades pessoais e internas e
nunca está. revelando aquilo que realmente ecoa em
nosso interior. É o filtro de qual caminho
Por que o mito da beleza insiste em afastar, vamos seguir e que nos fará bem, e de qual
ao invés de acolher para, finalmente, incluir? padrão vamos limitar e, lindamente,
Os padrões vigentes são insustentáveis. E, rejeitar.
convenhamos, extremamente ultrapassados.
E tantos outros pilares poderiam entrar
Estabelecer um novo mito, no entanto, seria
aqui - tantos quantos a gente puder e
recontar a mesma história com outras
quiser imaginar. Afinal, discursos mudam e
palavras.
comportamentos se transformam. Os
valores internalizados, no entanto, insistem
Acreditamos que a beleza é viva, múltipla,
em resistir. Por isso, o processo de
diversa, orgânica. E assim deve ser seu
questionar para desconstruir e, enfim, se
manifesto: incompleto, para que possa ser
libertar, não acaba. Lembre-se: cada
alterado, adaptado, enriquecido com novas
pessoa que se desfaz das amarras criadas
ideias, conceitos e pontos de vista ao longo
pelos padrões de beleza está, também,
do tempo.
libertando tantas outras.

Como os membros que sustentam o corpo - Tem coragem para fazer parte deste
novo, velho, gordo, magro, preto, branco - movimento?
esses são os pilares que, por hora, sustentam
o que entendemos e defendemos como Confie. É chegada a hora de abraçar sua
beleza: autenticidade.
E agora?
O fato de o mercado estar mudando rapidamente nos últimos anos mostra o quanto as pessoas estão,
elas mesmas, passando por processos contínuos de transformação. Buscando tomar as decisões de
maior impacto positivo para seus negócios e para a sociedade, empresas e marcas precisam estar
conectadas com seus públicos constantemente.

Na MindMiners, desenvolvemos metodologias validadas por especialistas que estão prontas para uso e
vão te ajudar a moldar seu negócio para o futuro. Com elas, é possível estar à frente e tomar decisões
com muito mais segurança. - assim, erros comuns do mercado passarão bem longe da sua marca.

Convencer seu público do valor Colocar as pessoas no centro


de seu produto/serviço X das suas decisões
Entendemos que a visão sistêmica é a base para moldar as estratégias futuras das empresas. Ainda assim,
serviços e produtos são vendidos para pessoas, que vão começar a exigir cada vez um olhar mais amplo nas
tomadas de decisões corporativas. Nós temos as ferramentas que irão te ajudar nesse processo, por meio da
criação de personas, estudos de hábitos e atitudes e compreensão da jornada de compra.

Grande investimento sem retorno X Lançar produtos que fazem sentido


Muitas vezes é desafiador tangibilizar sua essência para o mercado (alô, mundo BANI). Com a nossa plataforma,
é possível polir os novos conceitos de produtos ou serviços que você pretende colocar no mundo, realizando
testes de conceito, testes de embalagem, testes de claim e PSM (pesquisa de sensibilidade de preço).

Falar com seu target X Conversar com pessoas


Com pré e pós testes de comunicação e pesquisa de saúde de marca, você tem muito mais segurança na
hora de rodar uma boa campanha e conseguir traduzir exatamente o que você quer para sua audiência. Com
nossa abordagem human analytics, pessoas vêm na frente de consumidores.

Ter brand fans X Ter brand lovers


A partir de pesquisas de NPS aliadas a mensuração de satisfação dos clientes, avaliação dos canais de
atendimento e mapeamento de need gaps, você irá se sentir muito mais próximo do seu consumidor,
entendendo quais as necessidades que sua marca não está atendendo e conseguindo desenhar melhor
estratégias que vão fazer seu negócio funcionar de maneira ainda mais fluida.

Queremos te ajudar a compreender melhor esse cenário de mudança e elevar sua marca, trazendo
insights esclarecedores sobre as verdadeiras necessidades e desejos das pessoas. A seguir, te
apresentaremos as ferramentas ideais para pavimentar o sucesso da sua empresa nos anos que virão.

MINDMINERS | E S T U D O O R I G I N A L - O FUTURO DA BELEZA


Sabemos que um estudo desses dá bastante pano pra manga. Por isso, se quiser explorar
novas possibilidades para sua marca e buscar outros insights sobre o comportamento do seu
público-alvo, podemos te ajudar.

Para montar esse report, utilizamos a nossa plataforma de Human Analytics. Nela, você pode obter
respostas para as mais variadas perguntas sobre o seu consumidor ou segmento de um jeito fácil e
com muita autonomia, mesmo que você não seja um expert em pesquisa. Conheça a nossa biblioteca
de questionários prontos para você usar!

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Clusters MindMiners MeSeems

Dashboards de monitoramento contínuo de dados Mais de dois milhões de pessoas prontas para
comportamentais de diferentes perfis de responder suas perguntas. Esse é o MeSeems,
consumidores para entender verdadeiramente seu painel de respondentes da MindMiners e a maior
target e acompanhar mudanças ao longo do rede social de opinião do Brasil.
tempo.

● Monitoramento contínuo de 32 Clusters ● Respostas a qualquer momento, 24/7;


(em breve mais perfis disponíveis);
● Representatividade em todas as faixas
● Mais de 40 categorias de dados etárias, classes sociais e regiões do país;
disponíveis em cada dashboard, +1.500 ● Milhares de perfis disponíveis,
informações diferentes sobre seu target; segmentados a partir de dados
demográficas e comportamentais;
● Dados comportamentais sobre a relação
do Cluster com diversos assuntos como ● Coleta de vídeos e imagens para obter
alimentação, games, música, aplicativos, aquele insight qualitativo que faltava;
viagens, pets, família, etc; ● Pesquisas concluídas em tempo recorde.

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Cluster com categorias de mercado e
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soluções da MindMiners, acesse o nosso site. Você também
pode ficar de olho em tendências e estudos comportamentais
de diversas categorias por meio do nosso blog.

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MindMiners é uma empresa de tecnologia. Somos especializados em


desvendar o comportamento humano porque passamos 24 horas por
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