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07 de Junho de 2010
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» Conheça a Levantamento e análise da condição vacinal de crianças
Editora institucionalizadas de 7 a 16 anos
» Dados das Rising and analysis of 7-16 years old institutionalized children's condition vaccinal
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Tiago Cristiano de Lima
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Acadêmico do 8º período do Curso de Graduação em Enfermagem da Efoa/Ceufe e bolsista, desde 2001, do Programa
» Links Especial de Treinamento - PET Enfermagem da Efoa/Ceufe.
Resumo
Esta pesquisa teve por objetivo estudar a cobertura vacinal de crianças e adolescentes de 7
a 16 anos, que freqüentam uma instituição de cuidados no município de Alfenas/MG,
visando identificar o estado vacinal das crianças matriculadas no Serviço de Assistência e
Recuperação do Adulto e da Infância (Sarai), no município de Alfenas/MG; verificar a
importância que as mães e/ou responsáveis das crianças matriculadas no Sarai dão à
vacinação; comparar os resultados após aplicação de estratégias (comunicado escrito e
palestra às mães e/ou responsáveis) para regularização do calendário vacinal. Trata-se de
um estudo descritivo, sendo os dados submetidos ao teste de uma afirmação sobre uma
proporção. Observou-se que aproximadamente 94% das crianças/adolescentes
encontravam-se com o calendário vacinal em atraso, particularmente em relação às vacinas
contra hepatite B e febre amarela. No segundo registro, realizado após a primeira
intervenção, esse número caiu para aproximadamente 73%, aumentando para 100% no
terceiro registro (após segunda intervenção). Concluiu-se que, em relação ao atraso das
vacinas, de um modo geral, não há evidências suficientes para apoiar a afirmação de que o
comunicado às mães e/ou responsáveis e a palestra educativa cumpriram seu objetivo de
melhorar o calendário vacinal. Em relação à quantidade de crianças com atraso no cartão de
vacinação no primeiro registro, há evidência suficiente para apoiar a afirmação de que tal
fato é reflexo da quantidade de mães que trabalham fora e da carga horária relativa à
jornada de trabalho cumprida por estas mães.
Introdução
Um dos avanços mais substanciais em Pediatria foi o declínio das doenças infecto-
contagiosas durante os últimos 60 anos, em virtude do uso disseminado da imunização. O
esquema de imunização atualmente recomendado começa durante a fase de lactância e,
com exceção dos reforços, é completado durante a fase inicial da infância(1).
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A prática de vacinação constitui uma das medidas mais eficazes dentre as propostas dos
programas de Saúde Pública, uma vez que oferece proteção individual e duradoura às
pessoas. Levando-se em consideração o ponto de vista econômico, diversos estudos já
demonstraram que o baixo custo das vacinas utilizadas e o reduzido pessoal necessário para
o desenvolvimento de programas de vacinação são altamente compensadores, quando
comparados ao elevado custo dos atendimentos médico-hospitalares para tratamento,
reabilitação e, o mais importante, diante do sofrimento e das angústias a que está sujeita a
população com a doença(3). A vacinação sempre foi uma preocupação presente nas
propostas das políticas do setor de saúde de forma geral e, em particular, nas de atenção
primária de saúde, apontando para aspectos da prevenção de doenças e/ou proteção
específica(4).
A Pesquisa Nacional sobre Demografia e Saúde, realizada no ano de 1996, mostrou que as
coberturas vacinais aumentaram, comparando-se com a década anterior, atingindo 92,6%
para BCG, 80,3% para três doses da vacina DPT, 80,7% para três doses da vacina Sabin,
82,2% para vacina anti-sarampo e 72,5% com todas as vacinas tomadas(7).
Contudo, nos países em desenvolvimento como o Brasil, ainda hoje, pode ser observada
uma taxa significativa de morbimortalidade relacionada a doenças preveníveis pela
imunização, sendo que as coberturas vacinais são mais deficientes principalmente nos
Estados do Norte e Nordeste, nas regiões rurais e periféricas das grandes cidades. Também
se encontram associados à não imunização problemas relativos à baixa renda e à
desnutrição, o que potencializam o risco de morte por doenças infecto-contagiosas(8).
Apesar da melhoria das coberturas vacinais observada no Brasil, uma parcela das crianças
continua sem ser vacinada adequadamente, mesmo em locais com ampla disponibilidade
dos serviços de saúde. Após ampla revisão de vários estudos de avaliação da cobertura
vacinal e dos fatores relacionados à não vacinação, desenvolvidos no mundo e no Brasil(9),
observa-se que relacionam tal fato a uma série de fatores de risco para a não vacinação,
destacando-se: baixa renda, residência em área rural, extremos de idade materna, maior
número de filhos, baixa escolaridade materna, maior número de moradores no domicílio,
residência há menos de um ano na área, falta de conhecimento acerca das doenças
preveníveis por imunização, dificuldades de transporte, conflitos trabalhistas motivados pela
perda de dias de trabalho para o cuidado com os filhos, ausência de seguro-saúde e
presença de doenças na criança.
Os fatores relacionados aos usuários estão associados a níveis mais baixos de cobertura
vacinal, mostrando que fatores estruturais relacionados aos serviços de saúde, tais como o
retardo no agendamento das consultas, falta de consultas noturnas ou nos finais de
semana, filas, tempo de espera, falta de brinquedos e distrações para as crianças durante a
espera, também dificultam as vacinações(10).
Assim, uma das dificuldades encontradas para se manter atualizado o cartão vacinal de uma
criança estão relacionadas à falta de conhecimento dos pais sobre o modo de transmissão e
os danos que as doenças imunopreveníveis podem acarretar(11).
Diante de tais obstáculos, é fundamental que todo profissional que trabalhe com criança
(creche, escola, hospitais, orfanato, entre outros) desempenhe um papel no controle das
doenças imunopreveníveis, garantindo a manutenção adequada do estado vacinal dela(12).
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Uma das estratégias para o aumento da cobertura vacinal é o incremento das atividades de
educação em saúde, com o intuito de difundir informação aos grupos-alvo, além da
necessidade da realização de estudos qualitativos para identificar conteúdos prioritários
para discussão de informação, educação e comunicação(9).
Em face do exposto, esta pesquisa teve por objetivo o estudo da cobertura vacinal de
crianças e adolescentes que freqüentam uma instituição de cuidados no município de
Alfenas, MG.
Objetivos
Método de estudo
A população investigada foi composta pelo cartão de vacinação das crianças e adolescentes,
matriculados no Sarai e também por suas mães ou responsáveis. Com relação a estas,
fizeram parte da amostra 41 mães e/ou responsáveis que estiveram presentes no local e no
horário determinado pelos pesquisadores, após convocação escrita prévia.
Para coleta de dados primários foi utilizado um questionário formado por questões
estruturadas e não estruturadas, que buscou informações para estudar as questões
relacionadas à importância dada pelas mães e/ou responsáveis à imunização.
· Grau de escolaridade: importante para se conhecer o grau de instrução das mães e/ou
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responsáveis;
· Profissão: para saber a disponibilidade de tempo que essas mães e/ou responsáveis
apresentam para procurar um posto de saúde;
· Presença de filhos pequenos em casa: o que pode levar a uma maior necessidade de
procurar um posto de vacinação e conseqüentemente adquirir novas informações;
· Importância dada à vacinação: pelas mães e/ou responsáveis por vacinar seus filhos.
Para responder ao primeiro objetivo foram solicitados os cartões de vacinas das crianças e
adolescentes, sendo feito um levantamento do seu estado vacinal.
O segundo objetivo foi obtido por meio da convocação das mães e/ou responsáveis das
crianças, aos quais foi aplicado um questionário.
Fez-se uma avaliação entre os três registros, utilizando para a análise estatística o Teste de
uma Afirmação sobre uma Proporção, com nível de significância igual a 5%(14).
Resultados
Análise e discussão
Para hepatite B, no geral, sem especificação de dose, observou-se:
Na Tabela 1 estão os dados dos três registros realizados após utilização de cada estratégia
para atualização dos cartões de vacina das crianças em atraso. No 1° registro tem-se o total
de cartões participantes da pesquisa (n=64), sendo que, destes, 60 (93,75%)
apresentavam uma ou mais vacinas em atraso. Destas, merece destaque a vacina contra
hepatite B, com 90,62% dos cartões, enfatizando o atraso na 1ª dose da vacina, com
79,69%.
A baixa atualização da cobertura da vacina contra hepatite B pode estar relacionada à sua
recente inclusão no Programa Nacional de Imunização (PNI), em 1998. Atualmente, a
primeira dose é preconizada logo após o nascimento da criança, a segunda 30 dias após e a
terceira seis meses após a primeira dose. Em casos de atraso entre a primeira e a segunda
dose, o intervalo entre a segunda e terceira deve ser de no mínimo 60 dias.
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Com relação à vacina contra febre amarela, tem apresentado atraso. Nesse caso, deve-se
levar em consideração a realização de uma Campanha Estadual de Intensificação em 1999,
quando foi entregue um comprovante de vacinação, não sendo feito registro no cartão da
criança. Quando questionados a respeito da vacina, as mães e/ou responsáveis afirmavam
que a criança já havia tomado, mas não tinham documento comprovando. Assim, não se
pode afirmar que a ausência de registro signifique que não tenha sido vacinada, pois pode
ter havido perda de comprovante. Contudo, não foi considerado como dose administrada.
Por isso, sugere-se que esse aspecto seja melhor trabalhado em outro estudo.
Lembre-se que o 3º registro foi realizado após palestra proferida aos pais e/ou responsáveis
das crianças com o cartão em atraso. Verificou-se que 100% dos cartões voltaram a
apresentar algum atraso, estando este relacionado, principalmente, à hepatite B; 91,67%
dos cartões apresentaram atraso nesta vacina. Os freqüentes atrasos nas doses agendadas
contra a hepatite B podem ser devido ao longo esquema de vacinação(15).
Os adolescentes que não receberam a vacina contra hepatite B, quando eram crianças,
devem fazê-lo, uma vez que a doença pode causar sérios danos ao fígado. Algumas pessoas
contaminadas por esse vírus ficam condenadas a carregá-lo pelo resto da vida e ainda
podem infectar outras pessoas. Os intervalos mínimos entre as doses de vacina devem ser
respeitados e não existe intervalo máximo entre as doses, devendo-se, portanto, retornar à
vacinação a partir da interrupção(16, 17).
O melhor momento para atualizar o esquema vacinal é entre 11 e 12 anos, pois nessa
idade, além de ser mais fácil o controle pelos pais, o que facilita a adesão a esquemas
demorados e complexos, ainda não houve o início da vida sexual e a probabilidade de
gravidez e transmissão de agentes por esta via é baixa. Caso isso não ocorra, ela deve ser
feito na primeira oportunidade possível. Assim, o momento do ingresso à escola torna-se
uma oportunidade estratégica para atualização do esquema vacinal de crianças,
adolescentes e adultos, exigindo-se, no momento da matrícula, uma cópia da carteira de
vacinação e só permitindo a matrícula àqueles que estiverem com a carteira em dia(6,18).
Pela análise da Figura 1 se constatou que 45,1% das mães não tinham filhos com menos de
5 anos em casa, 27,45% os tinham com idade entre 5 e 7 anos e apenas 27,45% possuíam
filhos menores de cinco anos em casa.
Sabe-se que com o esquema básico de vacinação se recebem orientações sobre a aplicação
das vacinas obrigatórias no primeiro ano de vida e que a meta principal do PNI (Programa
Nacional de Imunização) é vacinar as crianças com menos de um ano de idade,
administrando as vacinas incluídas no esquema básico, bem como aplicação dessas em
crianças de 1 a 4 anos completos que não tenham sido vacinadas ou que tenham o
esquema básico incompleto(19). Acredita-se que mães com filhos menores de 5 anos em
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casa poderiam ter uma maior acessibilidade aos postos de vacinação e assim levá-los para
vacinar; com esse contato com os profissionais de saúde poderiam estar sendo informadas
a respeito dos novos calendários de vacinação e da sua importância.
Figura 1 - Freqüência de mães com filhos menores de sete anos em casa, segundo faixa
etária.
Destaca ainda a atitude de alguns profissionais de saúde como causa de atraso nos cartões
de vacina. Dentre estas atitudes estão: não perguntar sobre a situação vacinal do cliente
enquanto aguarda atendimento, receio de perder a vacina ao abrir um frasco multidoses,
falha na identificação dos esquemas de vacina e divulgação insuficiente de informações aos
pais e/ou responsáveis(19).
O aumento do nível de escolaridade dos pais, especialmente das mães, propicia maior
conhecimento dos problemas de saúde de seus filhos, resultando em maior acesso,
conhecimento e habilidade para interagir com os serviços de saúde(9).
Estudos realizados na América Latina e países asiáticos apontam como principais causas de
atraso nos cartões de vacina o esquecimento, a falta de disponibilidade para levar a criança
ao serviço de saúde, a falta de conhecimento das mães e/ou responsáveis sobre o assunto,
a distância do serviço, o medo que as mães têm de vacinar seus filhos quando apresentam
qualquer doença, falsas contra-indicações percebidas pelos profissionais de saúde ou
mesmo pelos pais e/ou responsáveis (diarréia, vômitos, resfriado e tosse). Nesse caso,
70,73% das mães trabalham fora e os horários podem ser incompatíveis com o horário de
funcionamento dos postos de vacinação(20).
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Uma importante barreira com relação ao cumprimento do calendário vacinal pode ser a
jornada de trabalho das mães. Na Figura 4 se nota que 51,72% têm de 7 a 10 horas de
carga horária no trabalho, dificultando a ida ao posto de vacinação, que normalmente
funciona no município de Alfenas, MG, entre 8 e 17 horas, de segunda a sexta-feira.
Quando nos referimos à questão da acessibilidade, estamos nos referindo à facilidade que
as mães e/ou responsáveis têm de irem até um posto de vacinação e serem atendidas.
Assim, o acesso ao posto de vacinação pode contribuir com a manutenção do calendário
atualizado. Nesse caso, 92,68% das mães têm esta facilidade, pois o Serviço se encontra
próximo de suas casas ou existem ônibus disponíveis para o transporte.
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Desta forma, observa-se que esta variável tem pouca influência no atraso dos cartões de
vacina.
Outros dados de interesse são o conhecimento das mães e/ou responsáveis em relação ao
calendário de vacinação das crianças (90,24% disseram estar em dia o cartão), a
justificativa para os cartões atrasados (50% disseram não ter conhecimento do atraso nos
cartões) e a importância que as mães atribuem à vacinação (100% consideraram a
vacinação importante, mencionando que ela protege a criança e que toda criança deve ser
vacinada). Observou-se uma contradição entre os dados encontrados nos cartões das
crianças e as respostas dadas pelas mães e/ou responsáveis, quando questionados a
respeito da atualização dos cartões de vacina. Em contrapartida, 90,24% disseram estar em
dia os cartões de vacina, sendo que no 2º registro (momento anterior à entrevista), 73,33%
dos cartões permaneciam em atraso, mesmo após a aplicação da primeira estratégia para
tentar atualizá-los. Outros 7,32% disseram não ter conhecimento dos cartões da criança e
apenas 2,44% assumiram que os cartões de vacina estavam em atraso.
Estes dados podem refletir a falta de conhecimento das mães e/ou responsáveis em relação
ao cartão de vacinação de seus filhos, principalmente no que diz respeito às vacinas recém-
incorporadas ao calendário vacinal (hepatite B) e aos reforços que devem ser administrados
(BCG).
Embora os dados obtidos no 3º registro, após palestra educativa, não tenham sido
positivos, insiste-se na necessidade de buscar novas formas de fortalecer o conhecimento
das mães em relação ao calendário de vacinação a ser cumprido e aos riscos de não fazê-lo.
Por intermédio da análise estatística e aplicação do "Teste de uma Afirmação sobre uma
Proporção", podemos afirmar que:
· Em relação ao atraso das vacinas, em geral, não há evidências suficientes para apoiar a
afirmação de que o comunicado às mães e a palestra educativa cumpriram seu objetivo de
melhorar a quantidade de crianças com a data de vacinação em dia;
· No entanto, desconsiderando a vacina contra hepatite B, há evidências suficientes para
admitir que houve melhora estatisticamente significativa em relação à quantidade de
crianças com as datas de vacinação em dia e podemos afirmar que o comunicado às mães e
a palestra educativa cumpriram seu objetivo de melhorar a quantidade de crianças com a
data de vacinação em dia;
· Em relação à vacina contra hepatite B:
- 1ª dose - há evidências suficientes para apoiar a afirmação de que houve diminuição da
quantidade de crianças em atraso do 1º para o 2º registro;
- 1ª dose - não há evidências suficientes para apoiar a afirmação de que houve diminuição
da quantidade de crianças em atraso do 2º para o 3º registro;
- 2ª dose - não há evidências suficientes para apoiar a afirmação de que houve diminuição
da quantidade de crianças em atraso de um registro para o imediatamente posterior;
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- 3ª dose - não há evidências suficientes para apoiar a afirmação de que houve diminuição
da quantidade de crianças em atraso do 1º para o 2º registro;
- 3ª dose - há evidências suficientes para apoiar a afirmação de que houve aumento da
quantidade de crianças em atraso do 2º para o 3º registro;
· Em relação à vacina contra febre amarela, não há evidências suficientes para apoiar a
afirmação de que a quantidade de crianças com a data de vacinação em dia aumentou de
um registro para o imediatamente posterior;
· Em relação às vacinas BCG, antipólio e DPT não há evidências suficientes para apoiar a
afirmação de que houve diminuição da quantidade de crianças com atraso destas vacinas;
· Em relação à quantidade de crianças com atraso no cartão de vacinação no 1º registro:
- Há evidência suficiente para apoiar a afirmação de que tal fato é reflexo da quantidade de
mães que trabalham fora e da carga horária na jornada de trabalho cumprida por estas
mães;
- Não há evidências suficientes para apoiar a afirmação de que tal fato é reflexo da
escolaridade das mães ou mesmo da facilidade de acesso ao posto de vacinação.
Não há dúvida de que o procedimento de maior efetividade e de melhor relação entre custo
e benefício em Saúde Pública é a vacinação contra as doenças infecciosas, visto que as
vacinas, ao contrário dos medicamentos, são produtos biológicos destinados a proteger
quem não está doente.
Nesta pesquisa se conclui que um grande número das crianças matriculadas no Sarai se
encontravam com o cartão de vacina em atraso. Mas quando verificado a importância que
as mães e/ou responsáveis davam à vacinação, estas consideraram-na fundamental à saúde
da criança e adolescente. Constatou-se, ainda, que ao comparar os resultados após a
aplicação de estratégias (comunicado escrito e palestra) para a regularização do calendário
vacinal, de um modo geral estas não cumpriram o seu objetivo de melhorar a quantidade de
crianças com o cartão de vacinação em dia.
Bibliografia
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