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CETA: Comunicação Entre Todos os Alunos

– Social Networking na educação


José António Nunes Oliveira

profemrc@gmail.com

Relatório de Estágio para a disciplina de Seminário

Sob orientação de Professora Maria Barbas

Mestrado em Educação e Comunicação Multimédia

Escola Superior de Educação de Santarém

*Resumo*

O projecto «Ceta: Comunicação entre todos os alunos – Social Networking na educação»


serve para questionar a interactividade social online entre membros de uma comunidade
educativa.

Foi criado um espaço online (http://turma2ponto0.ning.com/) para os alunos se socializarem


num ambiente de aprendizagem. Seguimos três constructos de TU para a construção de uma
comunidade de aprendizagem colaborativa online: «interactivity, social context and
technologies» (2004:11). Recorremos também ao conceito de «mediação colaborativa» de
DIAS (2007).

Em Novembro de 2008 demos início a uma fase experimental entre seis turmas. Neste
momento propomo-nos: a) potenciar as aprendizagens e a mobilização de conhecimentos dos
alunos; b) promover a autonomia e criatividade dos alunos; c) estimular a utilização de som,
imagem e video no processo de aprendizagem; d) criar uma rede social de aprendizagem no
ning; e) analisar as implicações do software social na escola; f) envolver alunos, pais e
professores numa cultura de colaboração.

Palavras-chave: social networking, mediação, colaboração, educação, comunidade.

*Abstract*

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The project «Ceta: Comunicação entre todos os alunos – Social Networking na educação»
(«Ceta: Communication between all students - Social Networking in education») aims to
question the social interactivity between the members of an educational community.

It was implemented an online area (http://turma2ponto0.ning.com) for students to socialize


themselves in a learning environment. The three TU constructs to implement an online and
collaborative learning community were followed: «interactivity, social context and
technologies» (2004:11). Furthermore, the concept of «mediação colaborativa»
(«collaborative mediation») proposed by DIAS was also used.

In November 2008, we started the experimental phase with six classes. At present stage we
compromise ourselves to: a) enhance the learning skills and knowledge exchange between
students; b) promote students autonomy and creativity; c) stimulate the use of sound,
image, and video in the learning process; d) implement a learning social network in ning; e)
analyze the consequences of using social software in schools; f) involve students, parents
and teachers in a collaborative culture.

Keywords: social networking, mediation, collaboration, education, community.

1. Introdução/Formulação do Problema

Este trabalho foi realizado no âmbito da disciplina de Seminário do Mestrado em Educação e


Comunicação Multimédia. Temos como finalidade questionar a interactividade social online
entre membros de uma comunidade educativa.

A educação enfrenta a necessidade de se «preparar para o desconhecido» (CARNEIRO,


2001:122). O Plano Tecnológico da Educação visa equipar as escolas com equipamentos
informáticos e disponibilizar um computador com acesso à internet aos alunos e professores.
Temos aqui a democratização do acesso à informação. E ao conhecimento?

A pesquisa e a reflexão recairão sobre a arte de criar um ambiente de aprendizagem para o


aluno utilizar as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) na construção do
conhecimento. No domínio pedagógico, somos confrontados com a perspectiva colaborativa e
a aprendizagem online. Ao navegar pela internet, vemos que o conceito de web social tem
invadido os hábitos dos utilizadores. As «auto-estradas da informação» (FDIDA, 1997:119)
tem levado à alteração das relações sociais entre os cidadãos.

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É neste ponto que podemos pensar a utilização do social networking na educação. Na relação
pedagógica vemos o professor que "dá aulas e notas" e o aluno que "assiste e debita" a
matéria (OLIVEIRA, 2004). Questionando este modelo convencional, pretendemos com a
implentação do social networking em contexto educativo contribuir para uma aprendizagem
colaborativa. Para isso partimos das seguintes questões:

- Que implicações tem uma rede social (social networking) na educação - no desenvolvimento
das competências dos alunos?

- Que mudanças sentem os alunos na utilização deste espaço de interacção social?

Os media sociais, como "messenger" e "hi5", fazem parte da linguagem dos alunos. Entre
muitos, "playstation", "sms", "mp3" e "iphod" são meios tecnológicos da actual geração de
jovens que gostam de desafios interactivos. Considerando estas tendências, este projecto
parte do contexto da sala de aula para o ciberespaço. Envolveu numa fase inicial a
participação do professor de Educação Moral Religiosa e Católica (EMRC), neste caso o
investigador, e os alunos interessados de seis turmas do oitavo ano do Agrupamento Vertical
de Escolas de Castelo de Paiva. Este espaço poderá servir de complemento à sala de aula,
mas não foi criado como uma disciplina online nem serve para avaliação no âmbito da
referida disciplina. Apenas é uma experiência que será objecto de estudo no âmbito do
mestrado em Educação e Comunicação Multimédia.

Neste momento o projecto encontra-se numa fase experimental que decorre de Novembro de
2008 a Fevereiro de 2009. Primeiramente far-se-á um enquadramento teórico através da
revisão bibliográfica, a qual se procurará manter actualizada ao longo do processo
investigativo. Para o efeito criámos uma rede social na plataforma ning, cujo crescimento
dependerá da interacção dos alunos e do professor. Seguidamente serão apresentados os
procedimentos metodológicos e a análise de dados.

Embora não querendo ser irrealista, a totalidade das finalidades deste projecto dificilmente
serão observadas, uma vez que uma investigação deste tipo está circunscrita a nível
temporal. Temos as condicionantes dos prazos inerentes à conclusão do mestrado. Mesmo
assim os objectivos não foram reformulados de forma a verificar a sua consecução dentro do
prazo de investigação. Consideramos que se devem manter, porque são o meio de orientação
para este projecto continuar após o trabalho investigativo.

Esperamos que as conclusões deste trabalho sejam um contributo à construção de


conhecimento na área das tecnologias educativas, como também possam suscitar outras
questões de interesse para a investigação. Com a continuidade do projecto poderemos usá-lo
como objecto de estudo para futuras investigações.

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2. Finalidades e Objectivos do trabalho

Este trabalho tem como principal finalidade a implementação e a avaliação do social


networking na educação. Pretende-se que o mesmo possa ajudar a escola a responder ao
desafio de envolver alunos e professores, bem como a comunidade educativa, na tarefa de
construir conhecimento.

A finalidade não se resume à investigação. Através da tecnologia queremos potenciar os


objectivos da disciplina de EMRC ao serviço das finalidades da escola, presentes no projecto
educativo. Compreendemos nesta experiência a operacionalização da seguinte competência
específica de EMRC: Relacionar-se com os outros com base nos princípios de cooperação e
solidariedade, assumindo a alteridade e diversidade como factor de enriquecimento mútuo.

Desta forma temos a intencionalidade de realizar um intercâmbio com outras comunidades


educativas estabelecendo uma colaboração a distância via social networking.

Para que este estudo tenha resultados válidos, são formulados os seguintes objectivos:

a) Potenciar as aprendizagens e a mobilização de conhecimentos dos alunos;

b) Promover a autonomia e criatividade dos alunos;

c) Estimular a utilização de som, imagem e vídeo no processo de aprendizagem;

d) Criar uma rede social de aprendizagem no ning1;

e) Analisar as implicações do software social na escola;

f) Envolver alunos, pais e professores numa cultura de colaboração.

Os objectivos a) e e) foram reformulados. O primeiro, em vez de "observar" optamos por


"potenciar" para ser mais objectivo na recolha de dados. O outro foi alterado "na
aprendizagem" para "na escola", porque "aprendizagem" já se encontra no objectivo a) e "na

1
http://www.ning.com/

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escola" poderá permitir a análise sobre as implicações no ambiente de escola,
particularmente na relação entre turmas.

3. Fundamentação teórica

Neste estudo tomamos como referência teórica dois autores: Tu e Dias. O primeiro autor
elaborou vinte e uma propostas para a construção de uma comunidade de aprendizagem
colaborativa online. Com base em «three key concepts, collaborative learning, online
learning, and community learning», elaborou uma fundamentação teórica relacionada com
três constructos: «interactivity, social context and technologies» (TU, 2004:11). O segundo
autor importa pelo conceito de «mediação colaborativa» (DIAS, 2007).

Nos últimos três anos tem-se observado um crescimento de redes socias na web como uma
forma de comunicar na internet2. As mesmas podem ser aproveitadas para o trabalho em
rede – networking. Desta forma o utilizador tem a possibilidade de estabelecer diferentes
conexões, através das quais desenvolve as suas competências. A aprendizagem deixa de ser
uma actividade individualista. Siemens com o conceito do «conectivismo»3 defende uma
teoria de aprendizagem para a idade digital (2004).

Assim, o estar bem conectado pode favorecer o acompanhamento do fluxo da informação e


do conhecimento. A tecnologia pode permitir ao utilizador contactar com outros em contextos
espaço-temporal diferentes. Neste sentido o filósofo Marshall McLuhan lançou em 1960 o
conceito «the Global Village»4 enquanto efeito do progresso tecnológico. A sociedade
contemporânea integra uma crescente rede de comunicação que Semprini chama de «société
de flux» (2003).

Neste âmbito, uma ferramenta de comunicação que ganha cada vez mais espaço na internet
é social networking5. É um serviço que permite criar um perfil público ou semi-publico dentro
de um sistema6. É uma ferramenta catalizadora, uma vez que integra várias actividades.
Ning é um site deste género que permite criar redes sociais. Tem a vantagem de ser livre e
só acessível online. Não se trata de um software para download. Os seus membros podem

2
http://www.ofcom.org.uk/advice/media_literacy/medlitpub/medlitpubrss/socialnetworking/report.pdf
3
http://wiki.papagallis.com.br/George_Siemens_e_o_conectivismo
4
http://archives.cbc.ca/arts_entertainment/media/clips/1814/
5
http://www.ofcom.org.uk/advice/media_literacy/medlitpub/medlitpubrss/socialnetworking/report.pdf
6
http://jcmc.indiana.edu/vol13/issue1/boyd.ellison.html

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editar a sua página pessoal onde publicam conteúdos em diferentes formatos. Têm um
espaço comum onde podem acompanhar as actividades da rede social.

3.1 TECNOLOGIAS

Na nova era digital, Junqueiro salienta que a «preparação dos países para Idade do
Conhecimento depende essencialmente de uma aposta na Educação» (2002:308). O mesmo
autor adverte para o combate à info-exclusão, apelando à necessidade de «reinventar a
Escola» (2002:304) de forma a termos alunos «digitalmente esclarecidos» (2002:303). O
plano de acção eEurope 2002 procura a «participação de todos na economia do
conhecimento»7.

Face ao aparecimento da cultura digital, o governo português aprovou em 2007 o Plano


Tecnológico da Educação8. Perspectiva assim a criação de plataformas de aprendizagem. No
eixo de actuação dos conteúdos defeniu como projecto-chave a implementação de um portal
com funcionalidades de partilha de conteúdos, ensino a distância e colaboração. A estratégia
de inovação educacional implica o repensar do modelo de ensino para conseguir explorar
todo o potencial catalizador de modernização tecnológica que as plataformas podem assumir,
enquanto partilha de conhecimento. Ramos refere que nos «sistemas de eLearning procura-
se explorar a capacidade das tecnologias de proporcionarem soluções capazes de oferecer
flexibilidade de acesso, aos níveis espacial e/ou temporal, aos diferentes intervenientes dos
sistemas de instrução» (2002:138).

Actualmente temos disponíveis inúmeras ferramentas úteis à aprendizagem e à comunicação.


Apesar do desenvolvimento tecnológico, segundo Aires, registam-se frequentemente práticas
redutoras de utilização das potencialidades interactivas da internet, bem como falta de
acompanhamento do conhecimento pedagógico capaz de usar a internet com finalidades
educativas9. Por sua vez associada à tecnologia podemos ver uma mudança no cenário de
aprendizagem, na medida em que se quebra a tradição do ensino baseado no manual, no
domínio do professor e no cumprimento rígido do curriculum (BIDARRA, 2007:2).

7
http://europa.eu/scadplus/leg/pt/lvb/l24226a.htm
8
http://www.escola.gov.pt/
9
http://prisma.cetac.up.pt/prisma2/artigospdf/Comunicacao_e_Aprendizagem_Online_Luisa_Aires.pdf

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A tecnologia aparece com uma função de mediadora da aprendizagem. Neste âmbito TU
evidencia o conceito de «Computer-Mediated Communication» (2004:19). Dentro deste
processo de comunicação, Dias refere que a «rede de aprendizagem é suportada,
inicialmente, pelos processos de mediação tecnológica síncrona ou assíncrona dos
conteúdos»10 (DIAS, 2007:2).

3.1.1. Fluxos multimodais

A aprendizagem em rede aparece relacionada com os conceitos hipermédia e hipertexto.


Significam que o utilizador constroi o conhecimento através de referências associativas, deixa
assim de fazer um percurso linear para criar estruturas associativas cognitivas que utiliza no
processo de aquisição de conhecimento. Carvalho (1998) fala da «teoria da flexibilidade
cognitiva»11 em que o indivíduo mobiliza conhecimento para novas situações. Cada vez mais
apercebemo-nos da diversidade de formatos e suportes de documentos. O hipermédia tem
uma estrutura permeável multidimensional (LEÃO, 2001:21;47)12. Neste âmbito, Barbas
(2006) aponta para o desenvolvimento de uma aprendizagem em b-learning que integra os
fluxos multimodais. Através dos avanços da tecnologia digital, o processo de adquirir
conhecimento começou a «qualificar-se como flexível, mutável, interligado, aberto, dinâmico,
não-linear, rico em informação multimédia, público em vez de privado»13 (BIDARRA,
2007:15).

3.1.2. e-Conteúdos

O Plano Tecnológico da Educação vê nas plataformas virtuais de conhecimento e


aprendizagem uma função chave para a promoção da produção e utilização de conteúdos.
Dias assinala o «facto de os consumidores de conteúdos de ontem participarem como
produtores nas redes de conhecimento na Web»14 (2008:2). Ao ler Bidarra vemos a
observação de que a melhor experiência de aprendizagem é feita pelos autores dos e-
conteúdos. Quando existe a interactividade do aluno procurar resposta aos problemas, «a
aprendizagem profunda ocorrerá então de forma natural»15 (2007:10). O mesmo autor
afirma que as tecnologias multimédia não vieram solucionar inteiramente os problemas da
educação. Já as experiências integradas na Web 2.0 apontam um novo caminho a seguir.
10
http://e-repository.tecminho.uminho.pt/bitstream/10188/65/6/Contextos+de+Aprendizagem+e+Media
%C3%A7%C3%A3o+Colaborativa.pdf
11
http://hdl.handle.net/1822/192
12
http://books.google.com/books?id=NxZwKtIcME8C&printsec=frontcover&hl=pt-PT
13
http://193.137.88.111:8080/dspace/bitstream/10188/68/1/E-Conte
%C3%BAdos+e+Ambientes+de+Aprendizagem.pdf
14
http://cie.fc.ul.pt/seminarioscie/Conferencia_e-moderacao/paulo_dias_2008.pdf
15
http://193.137.88.111:8080/dspace/bitstream/10188/68/1/E-Conte
%C3%BAdos+e+Ambientes+de+Aprendizagem.pdf

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3.2. CONTEXTO SOCIAL

O contexto social é para Tu um elemento fundamental na construção da comunidade online.


O mesmo autor refere que «successful online collaborative learning is an online learning
community» (2004:15). O sentido colaborativo aparece em Tu relacionado com a dimensão
social.

3.2.1. «Learner centred»

A expressão «learner centred» (2004:15) avançada por Tu carrega em si uma concepção do


ensino e da aprendizagem com base na autonomia e nas capacidades do aluno. No contexto
das comunidades de aprendizagem online, o aluno assume o controlo pela construção do seu
conhecimento. A própria possibilidade de comunicação assíncrona permite ao aluno mais
autonomia na gestão da aprendizagem (RAMOS, 2002:151). Sobre a autonomia do aluno, Tu
alerta para o equívoco de o deixar só passando-lhe todas as responsabilidades. No ambiente
online o aluno revela níveis maiores de autonomia, mas o mesmo autor salienta que as suas
competências tecnológicas devem ser consideradas adequadas, bem como o apoio para
enriquecer o ambiente de aprendizagem. A inadequada análise destes aspectos pode resultar
numa falha de aprendizagem para o aluno online (2004:15).

Esta mudança de controlo da aprendizagem, deixando de ser centrada no professor para ser
no aluno, coloca desafios aos professores ao nível de competências quer técnicas quer
pedagógicas. Passando para ambientes online, Dias apresenta a figura do e-moderador. A
actividade passa pela dinamização, gestão e acompanhamento. Tem um papel activo na
organização do grupo e das aprendizagens. Actua como um elemento do grupo e devolve a
liderança à comunidade. Neste exercício prático da liderança partilhada, a comunidade tem
autonomia para negociar colaborativamente o sentido na construção das aprendizagens
(2008:3-4).

Para o trabalho de e-moderação de uma comunidade de aprendizagem online, Salmon (2000)


apresenta um modelo que distingue cinco níveis: acesso e motivação > socialização online >
troca de informação > construção do conhecimento > desenvolvimento16.

3.2.2. e-Comunidade de Práctica

A crescente acessibilidade ao software social tem permitido uma maior troca de informação e
conhecimento. A internet tornou-se um espaço mais democrático. A generalização da

16
http://www.atimod.com/e-moderating/5stage.shtml

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publicação em blogues, wikis ou plataformas colaborativas, tem suscitado o sentimento de
vínculo social a uma determinada comunidade. No entanto, mais do que a e-inclusão na
comunidade, a experiência da partilha e da participação permite o desenvolvimento da
confiança e reciprocidade. São os níveis de confiança na participação e de reciprocidade na
partilha o fundamental para a elaboração da identidade da comunidade (DIAS, 2008). A
construção do conhecimento não se baseia somente no trabalho individual, antes demais é
vista pelo envolvimento dos membros do grupo. A interacção social e cognitiva constituem o
contexto da experiência do conhecimento (DIAS, 2007:3).

No fundo uma rede de pessoas que partilham online interesses, tarefas, problemas e
resolução dos mesmos, representam uma «E-Cop»: e-comunidade de prática (TU, 2004:73).
Trata-se de um «sistema de organização dinâmica da informação» 17 (DIAS, 2008:2). A
internet pela dimensão social da participação deixou de ser um mero repositório de
conteúdos, para assumir-se como experiência interactiva de apreendizagem e conhecimento.
Dias (2008) vê na imersão social e cognitiva a marca de mudança para o aparecimento das
comunidades colaborativas. E mais adianta que a interacção social constitui o sistema
mediador para a integração nas actividades da comunidade, bem como a mediação
colaborativa é a expressão da comunidade (2008).

3.3. INTERACTIVIDADE

3.3.1. Colaboração

Colaboração e cooperação são duas terminologias utilizadas em educação. Ambas aparecem


frequentemente associadas a competências e critérios de avaliação. Em cooperação, o aluno
opera juntamente com o professor, executando somente as tarefas propostas. TU distingue-
as vendo a colaboração no sentido de promover a autonomia. O aluno aqui tem poder para
estruturar o seu processo de aprendizagem. Romanó (2003:2) entende o sentido colaborativo
como a forma do aluno processar o conhecimento ou o processo como o aluno dá resposta
aos problemas. Nesta perspectiva, a aprendizagem colaborativa é vista como mais
qualitativa, sendo considerada uma estratégia pedagógica que incentiva à participação do
aluno18.

3.3.2. Motivação

17
http://cie.fc.ul.pt/seminarioscie/Conferencia_e-moderacao/paulo_dias_2008.pdf
18
http://www.nonio.uminho.pt/challenges/05comunicacoes/Tema3/03RosanaRomano.pdf

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Bidarra coloca o problema de que «os estudantes muitas vezes não se envolvem com as
matérias colocadas online»19 (2007:10). A motivação é um aspecto a considerar na
organização de uma comunidade online (SALMON, 2000). As tecnologias multimédia são de
considerar pelo potencial motivacional, como podemos ver pelo sucesso comercial dos vídeo-
jogos. Na educação a motivação, segundo Bidarra, pode aumentar quando se envolve o aluno
num ambiente de aprendizagem interactivo com desafios pessoais (2007:15).

3.3.3. Participação

Em educação, colaborativo aparece como um desafio a uma abordagem diferente do


processo de aprendizagem. A socialização online deve ser tida em consideração no
desenvolvimento da aprendizagem (SALMON, 2000). A escola como uma comunidade de
aprendizagem não se limita à transmissão de conhecimentos, antes demais, segundo Dias, o
membro da comunidade tem de assumir um papel activo e a co-autoria das narrativas da
aprendizagem. Desta forma, para o referido autor, o desafio pedagógico passa por
desenvolver uma cultura de participação na experiência colaborativa de construção do saber
em diferentes contextos e práticas da sua utilização e aplicação (2007).

3.3.4. Partilha

A troca de informação é por si mesma, segundo Salmon, o patamar que antecede a


construção do conhecimento. As comunidades de aprendizagem são para Dias a expressão da
partilha. Os membros através das suas interacções criam um «conjunto de objectivos,
valores, normas e intencionalidade social, história e identidade»20 (Dias, 2007:3). Neste
sentido de partilha social presente na web, o referido autor vê um fundamento de mudança
no desenvolvimento das redes de aprendizagem. No fundo estas redes são mais que um
recurso informacional, uma vez que passam a ser «uma forma de imersão e construção
colaborativa do sentido» (DIAS, 2008:2).

4. Metodologia

Por se tratar de um contexto educacional, do ponto de vista metodológico optamos pela


investigação qualitativa para desenvolver este projecto. Procuramos identificar marcas na
interactividade social pela recolha de dados através da observação directa e questionários
que visam conhecer os hábitos e as opiniões dos alunos.

19
http://193.137.88.111:8080/dspace/bitstream/10188/68/1/E-Conte
%C3%BAdos+e+Ambientes+de+Aprendizagem.pdf
20
http://e-repository.tecminho.uminho.pt/bitstream/10188/65/6/Contextos+de+Aprendizagem+e+Media
%C3%A7%C3%A3o+Colaborativa.pdf

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O modelo de investigação centra-se num paradigma interpretativo baseado na investigação-
acção. Na perspectiva ontológica, o nosso projecto passa pela análise, em contexto real, da
implementação de social networking na educação.

Assim, na qualidade de criadores e membros da rede, assumimos epistemologicamente o


papel de participante e investigador. Enquanto parte do contexto de escola, procuramos
acompanhar de forma naturalista a motivação dos alunos. Pela natureza fenomenológica da
investigação educativa, consideramos o processo de investigação como flexível e evolutivo. O
conhecimento é construido a partir da realidade emergente do próprio fenómeno.

Pretendemos estar mais atentos às fases do processo do que aos resultados finais. Nesta
linha valorizamos os aspectos de natureza qualitativa, embora façamos recurso a dados
quantificáveis de modo a sustentar a interpretação qualitativa. Em consonância com o rigor
da investigação tomaremos sempre as opções metodológicas mais consentâneas.

Devido à complexidade de factores inerentes à realidade educativa a classificar, optamos por


uma interpretação holística. Na recolha de dados consideramos a descrição das situações,
actividades e perspectivas dos membros enquadrada no contexto social.

5. Listagem do material utilizado

Para este trabalho foi utilizado o seguinte material:

- e-mail,
- internet,
- plataforma ning,
- questionário escrito,
- questionário online de registo na plataforma,
- comunicação aos encarregados de educação,
- excel,
- software para edição de imagem e som.

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6. Cronograma

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Assim, depois de visualizarmos o cronograma, descrevemos de forma promenorizada as
diversas fases em que dividimos o nosso estudo, cada uma delas com diferentes tarefas, a
saber:

a) Concepção

• revisão da bibliografia sobre o tema social networking na educação enquanto


estratégia para a construção de uma comunidade de aprendizagem colaborativa online;

• definição da política de privacidade com especial atenção para a segurança na


internet, de forma a garantir a autorização dos encarregados de educação e a criação de
um ambiente educativo online assente num contexto social da escola; assim optamos por
criar uma rede social privada com acesso somente por convite;
• criação da rede ning através do registo de endereço da página, escolha do template,
definição de cores e tipo de letras, gestão das abas e layout;
• escolha dos participantes recaiu sobre seis turmas de alunos do oitavo ano do ensino
básico pertencentes à mesma instituição escolar, mas divididos em dois espaços
escolares;
• tradução do software social ning para o idioma "português pt", a partir do inglês e do
português brasileiro;
• elaboração do questionário de perfil para registo na rede, para identificarmos o novo
membro e permitir administrativamente a associação à rede, ao mesmo tempo fazemos
um levantamento de dados sobre a identidade e hábitos na utilização da internet;
• elaboração de instrumentos e materiais de recolha de dados, passando pela testagem
dos mesmos através de questionários, diálogo na sala de aula, grelhas de observação,
etc;

b) implementação do estudo

• comunicação aos encarregados de educação, tendo alguns revelado relutância em


consentir o envolvimento dos educandos no projecto;
• apresentação do projecto aos alunos envolvendo-os no sucesso do mesmo;
• inscrição dos membros através da recolha de e-mails para formalizar os convites;
observação directa de alguns alunos no processo de registo para vermos as suas
dificuldades; assim para ajudar no registo elaboramos um toturial quer em suporte
digital scripto como audio (podcast);
• dinamização e construção da rede através da moderação de actividades e
comunicação com os membros; sugestão para colocação dos trabalhos escolares na
parte dos blogs;

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• propostas recolhidas na sala de aula e votação online para o nome da rede; foram a
votação os seguintes: "CETA", "gr8", "iturma", "eu e tu", "i-Escola", "escola 8"; foi
escolhido pelos membros da rede o nome "CETA – Comunicação Entre Todos os
Alunos";
• recolha de dados através de questionário escrito realizado em contexto de sala de aula
e transferência dos dados para um ficheiro de excel; como também o registo de
observações feitas durante esta fase experimental;

c) reformulação

• retirada dos anúncios publicitários com a elaboração de uma solicitação à


administração da ning justificando a utilização em contexto educativo; "The Ning
Team" deu um parecer favorável garantindo as mesmas condições de utilização dos
seus serviços;
• mudança do cabeçalho do layout da rede; foi discutido este assunto pelos membros
tendo aparecido uma proposta de um aluno;
• recolha online de dados através de fóruns; assim complementando outras formas de
recolha de dados, foi criado um grupo "Dirigir CETA" que tem um conjunto de fóruns
onde os membros podem dar a sua opinião;
• registo das dificuldades e necessidades dos membros; elaboração de uma grelha com
as diversas actividades; diálogo com os alunos, mesmo aqueles que não são
membros;

d) avaliação

• análise dos dados obtidos através da recolha anteriormente referida;


• formulação das conclusões.

7. Registo pormenorizado de todas as observações efectuadas

Na apresentação do projecto aos alunos vemos que revelaram interesse e motivação. Alguns
alunos criaram o seu e-mail, uma vez que era condição para se inscrever. Apesar do envio de
convites à maioria dos alunos no início da implementação do projecto, a resposta de adesão
não foi totalmente massiva. Todas as semanas há alunos a inscrever-se. Alguns casos
constatámos que a inscrição esteve aliada à recepção do computador portátil com acesso à
internet. Outros alunos têm tido dificuldade em preencher o registo e associar-se.

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Observamos que na comunicação aos encarregados de educação para dar a conhecer o
projecto, somente três deram o seu e-mail para um posterior convite. Um pai, sem
apresentar justificação, não autorizou a inscrição da sua educanda. Em conversa com alguns
pais, observo que não têm conhecimentos sobre as TIC. Com receio alguns restringem a
utilização da internet e têm também solicitado a ajuda para orientar os filhos.

Quanto às actividades dentro da rede social, a maioria dos alunos preocupou-se em alterar a
sua página pessoal e fazer amigos. Cerca de metade dos membros colocou a foto pessoal
como imagem digital de apresentação. Registamos também que alguns já trabalham com
software de imagem, tendo um aluno partilhado na rede qual utilizava. Um outro aluno criou
o cabeçalho para o layout da rede. Sobre as fotos vemos uma tendência para a publicação de
fotos pessoais tiradas ao rosto e com os amigos. Particularmente nos vídeos vemos uma
tendência para temas musicais. Verificamos que um vídeo foi retirado após diálogo, via
correio interno da rede, entre o professor e o aluno, uma vez que continha linguagem
obscena. Posto isto, o aluno não se sentiu constrangido, porque continuou a divulgar vídeos e
tem sido um dos membros mais activos. Constatamos outro aspecto que dos vídeos
publicados nenhum foi criado pelos alunos, embora alguns alunos trabalhem com o movie
maker. A nível de músicas vemos que são publicadas nas páginas pessoais.

Importa referirmos que nos blogs alguns alunos postaram trabalhos realizados na sala de
aula. Nenhum aluno adicionou fóruns de discussão, embora alguns alunos tenham comentado
os fóruns adicionados pelo professor. Podemos ver que os fóruns mais participados são sobre
a própria rede, com corpo de texto breve cuja resposta pode ser rápida.

Distinguimos um ambiente positivo de socialização entre as turmas. Verificamos que vários


alunos se conhecem através da CETA e fazem comentários positivos entre si.

É de salientar a utilização do correio electrónico interno da rede social que tem servido para
fazer avisos gerais e recomendar alguma publicação. O mesmo tem sido útil para comunicar
em privado com alguns membros. Em contexto de sala de aula um aluno referiu que era
"chato" estar sempre a receber e-mails da rede social. Informamos o mesmo que pode gerir
os conteúdos a receber consoante os seus interesses.

8. Resultados Esperados

Dificilmente podemos apontar que este projecto causa determinado efeito. Interessa-nos
perceber até que ponto pode ser uma estratégia de motivação na escola actual. Por isso
importa-nos saber as reacções dos membros da comunidade educativa. Esperamos propiciar,

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através da interacção social, um ambiente de proximidade, de valorização, de respeito, de
liberdade de expressão, de comunicação, de partilha, de cidadania participativa, de
colaboração, entre os diferentes membros.

Também queremos ser um contributo para a implementação do Plano Tecnológico da


Educação, para o aumento da literacia digital. Esperamos fomentar entre os docentes o
interesse em utilizar os recursos tecnológicos em contexto educativo, ajudando a ver a
internet com fins pedagógicos.

Relativamente aos alunos esperamos possibilitar mais um espaço onde se possam sentir à
vontade para construir conhecimento. Pretendemos que sintam confiança em participar e
reconheçam que na interactividade social têm benefícios. Ao mesmo tempo queremos que
assumam regras de conduta e segurança online.

No fundo esperamos gerar uma e-comunidade de prática e ser um contributo para a


construção do conhecimento.

9. Cálculos efectuados

Com o questionário feito aleatoriamente a trinta alunos membros da rede social, não
pretendemos medir a sua adesão, mas sobretudo verificarmos se esta estratégia para recolha
de dados serve para avaliar os objectivos propostos. Nesta linha esta amostra pode-nos
indicar as tendências desta rede social, uma vez que não é nossa intenção fazer uma análise
representativa de todas as redes sociais.

Verificamos que as variáveis do género, do acesso à internet e instituição escolar não


induzem à leitura de uma tendência. Consideramos num próximo questionário a necessidade
de integrar a excelência escolar.

Apresentamos os resultados relativos ao questionário feito através de respostas dicotómicas.


Esquematizamos a tabela do seguinte modo: itens, número de ocorrências e pespectivas
percentagens.

Sim Não
QA Com a CETA tens sentido mais à vontade em participar? 23 - 76,7 7 - 23,3
a) Os fóruns e os blogues têm sido úteis. 22 - 73,3 8 - 26,7
As ligações para outros sites ajudam a desenvolver o espírito de
b) investigação. 25 - 83,3 5 - 16,7
c) Desenvolvi algumas competências informáticas. 23 - 76,7 7 - 23,3

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d) Utilizo mais som, imagem e vídeo. 18 - 60,0 12 - 40,0
e) Pode ajudar-me a estudar. 17 - 56,7 13 - 43,3
f) Fomenta o gosto pela disciplina. 26 - 86,7 4 - 13,3
g) A informação sobre cada pessoa é útil. 22 - 73,3 8 - 26,7
h) Pode estimular ao diálogo com os colegas e o professor. 29 - 96,7 1 - 03,3
i) O professor devia aparecer separado dos alunos. 29 - 96,7 1 - 03,3
j) Pode desenvolver a colaboração entre os alunos e o professor. 30 - 100 0 - 00,0
k) Pode desenvolver a colaboração entre os alunos. 30 - 100 0 - 00,0

A nível geral podemos ver que há uma opinião positiva em todos os itens. Em onze questões,
distinguimos as quatro últimas relativas à categoria da colaboração como tendo uma
tendência favorável de 98%.

A primeira questão (QA) permitia uma resposta aberta para justificar a opção. Sobre a
categoria da participação, reparamos que "conversar" e "fazer novos amigos" são as
respostas mais frequentes. Aqueles que respoderam "não" justificaram por não ter o hábito
de usar esta rede social.

10. Conclusões

A partir dos dados analisados podemos afirmar que os alunos do oitavo ano do ensino básico
mostraram uma opinião bastante favorável a esta experiência de interactividade social no
contexto escolar. Compreendemos aqui que o aluno está a fazer uma experiência de
aprendizagem que se vai construindo no dia-a-dia pela participação. Recordamos a pirâmide
de Salmon (2000) e enquadramos neste momento a rede social numa fase de socialização.

Nesta perspectiva de evolução pensamos que social networking pode possibilitar a construção
de uma comunidade de aprendizagem colaborativa online. Para isso vemos que é necessário
dar tempo para que os alunos aprendam a participar. Neste sentido compreendemos a
expressão de Tu «Being patient» (2004:14).

Mesmo identificando algumas dificuldades dos alunos em participar e a falta de condições


ideais de acesso à internet por banda larga, vemos que a continuidade deste projecto poderá
valorizar as finalidades da escola. A interactividade social entre diversas escolas, leva-nos a
projectar um cenário futuro, inspirado no conceito referido «The Global Village», de
aparecimento de e-school village.

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11. Bibliografia

BARBAS, M. (2002). Intercompreensão: do espaço aula ao ciberespaço. Tese de


Doutoramento em Ciências da Educação – Especialização em Comunicação Educacional.
Lisboa: Universidade Aberta.

BARBAS, M. (2006). B-Learning: fluxos multimodais. Lição para Provas Públicas de Professor
Coodenador. Santarém: Escola Superior de Educação de Santarém.

CARNEIRO, R. (2001). Fundamentos da educação e da aprendizagem – 21 ensaios para o


século 21. Vila Nova de Gaia: Fundação Manuel Leão. ISBN: 972-97155-5-6.

FDIDA, Serge (1997). Das auto-estradas da informação ao ciberespaço. Instituto Piaget.


ISBN: 972-771-528-1.

JUNQUEIRO, R. (2002). A idade do conhecimento – A nova era digital. Lisboa:


Editorial Notícias. ISBN: 972-46-1356-9.

OLIVEIRA, Lia R. M. (2004). A comunicação educativa em ambientes virtuais. Universidade


do Minho: Braga. ISBN: 972-8746-25-3.

RAMOS, Fernando – As tecnologias da comunicação no suporte aos sistemas de eLearning. In


RAMOS, Fernando (2002). Internet e educação a distância. Salvador: EDUFBA. ISBN 85 232
0283-5.

SEMPRINI, Andrea (2003). La Société de Flux – Formes du sens et identité dans les sociétés
contemporaines. L'Harmattan, Logiques Sociales. ISBN 2-754-7475-4888-0.

TU, Chih-Hsiung (2004). Online Collaborative Learning Communities – Twenty-One Designs


to Building an Online Collaborative Learning Community. Westport: Libraries Unlimited. ISBN
1-59158-155-9.

Ligações à internet por ordem de apresentação do texto escrito (consultadas pela


última vez em 7 de Fevereiro de 2009)

[1] http://www.ning.com/

[2]
http://www.ofcom.org.uk/advice/media_literacy/medlitpub/medlitpubrss/socialnetworking/re
port.pdf

Página 18 de 20
[3] http://wiki.papagallis.com.br/George_Siemens_e_o_conectivismo

[4] http://archives.cbc.ca/arts_entertainment/media/clips/1814/

[5]
http://www.ofcom.org.uk/advice/media_literacy/medlitpub/medlitpubrss/socialnetworking/re
port.pdf

[6] Boyd, D and Ellison, N, 'Social Network Sites, Definition, History and Scholarship', Journal
of Computer Mediated Communication (October, 2007),
http://jcmc.indiana.edu/vol13/issue1/boyd.ellison.html

[7] http://europa.eu/scadplus/leg/pt/lvb/l24226a.htm

[8] http://www.escola.gov.pt/

[9] AIRES, Luísa - Comunicação e Aprendizagem Online: Que percursos?


http://prisma.cetac.up.pt/prisma2/artigospdf/Comunicacao_e_Aprendizagem_Online_Luisa_A
ires.pdf

[10] [20] DIAS, Paulo (2007) - Contextos de Aprendizagem e Mediação Colaborativa.


http://e-
repository.tecminho.uminho.pt/bitstream/10188/65/6/Contextos+de+Aprendizagem+e+Medi
a%C3%A7%C3%A3o+Colaborativa.pdf

[11] CARVALHO, Ana Amélia Amorim (1998) - Os documentos hipermédia estruturados


segundo a teoria da flexibilidade cognitiva. http://hdl.handle.net/1822/192

[12] LEÃO, Lucia - O labirinto da hipermídia. http://books.google.com/books?


id=NxZwKtIcME8C&printsec=frontcover&hl=pt-PT

[13] [19] BIDARRA, J. (2007). E-Conteúdos e Ambientes de Aprendizagem.


http://193.137.88.111:8080/dspace/bitstream/10188/68/1/E-Conte
%C3%BAdos+e+Ambientes+de+Aprendizagem.pdf

[14] DIAS, Paulo (2008) - Da e-moderação à mediação colaborativa nas comunidades de


aprendizagem. http://cie.fc.ul.pt/seminarioscie/Conferencia_e-
moderacao/paulo_dias_2008.pdf

[15]http://193.137.88.111:8080/dspace/bitstream/10188/68/1/E-Conte
%C3%BAdos+e+Ambientes+de+Aprendizagem.pdf

[16] http://www.atimod.com/e-moderating/5stage.shtml

[17] http://cie.fc.ul.pt/seminarioscie/Conferencia_e-moderacao/paulo_dias_2008.pdf

[18] SCHWANSEE ROMANÓ, Rosana (2003) - Ambientes virtuais para a aprendizagem


colaborativa no ensino fundamental.
http://www.nonio.uminho.pt/challenges/05comunicacoes/Tema3/03RosanaRomano.pdf

[19] BIDARRA, J. (2007). E-Conteúdos e Ambientes de Aprendizagem.


http://193.137.88.111:8080/dspace/bitstream/10188/68/1/E-Conte
%C3%BAdos+e+Ambientes+de+Aprendizagem.pdf

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[20] DIAS, Paulo (2007) - Contextos de Aprendizagem e Mediação Colaborativa. http://e-
repository.tecminho.uminho.pt/bitstream/10188/65/6/Contextos+de+Aprendizagem+e+Medi
a%C3%A7%C3%A3o+Colaborativa.pdf

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