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REDAÇÃO
ENEM
2020
OLÁ, VESTIBULANDO!
Todos os anos é mesma coisa: à medida que a prova do ENEM vai se aproximando,
vestibulandos de todo o país começam a se familiarizar com os possíveis temas da
Redação.
Assim como todo o resto dessa prova, a parte da Redação também tem suas próprias
especificidades. Com o passar dos anos mais e mais alunos têm conseguido atingir a
tão famosa nota 1000, mas para chegar a essa pontuação é preciso obter 200 pontos
nas 5 competências analisadas:
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2. Valorização do SUS: saúde pública e seus desafios
Esse é um tema que tem ganhado bastante destaque na discussão pública e especialmente na
ala de oposição ao atual governo. Mesmo antes do atual presidente Jair Bolsonaro, já se discutia
a necessidade de priorização de projetos e reformas para a saúde pública brasileira, que está em
constante colapso e a pandemia do novo coronavírus só evidenciou ainda mais tal situação.
O Sistema Único de Saúde (SUS) é o maior sistema público do mundo. Os Estados Unidos, por
exemplo, não possuem um sistema tão vasto e que está disponível para toda a sua população em
tantas áreas da saúde. O SUS atinge 3 estágios federativos (federal, estadual e municipal) e faz
com que o Brasil, com mais de 200 milhões de habitantes, seja o único país a oferecer serviço de
saúde para toda a população.
Em um país tão extenso e diverso como o que vivemos, os problemas econômicos e sociais atingem
também a saúde. Assim, as dificuldades geográficas e os problemas estruturais são encontrados
em todo o território brasileiro. A falta de recursos, ou a melhor distribuição dos mesmos, é um dos
principais empecilhos. Lembre-se que os recursos para a saúde são fixados por lei:
» Governo Federal deve destinar 13,2% para a saúde
» Estados 12%
» Municípios 15%
*Porcentagem em cima daquilo que é arrecadado por impostos
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Será que os alunos respondem aos mesmos estímulos
estando do outro lado da tela? Ainda existe a desconfiança,
inclusive no mercado de trabalho, sobre a qualidade dos
profissionais que estão sendo formados no modelo EAD.
Provavelmente o modelo EAD crescerá ainda mais nos próximos
5 anos, mas é preciso pensar em como combater as dificuldades
apresentadas hoje.
5. Crimes virtuais
Em 2017 a delegada Daniela Terra, da Delegacia de Repressão a
Crimes de Informática, informou que os crimes de pedofilia que
começam ou acontecem na internet tiveram aumento de 50% no
Rio de Janeiro. O número é alarmante e mostra que o ambiente
virtual está longe de ser um ambiente neutro de crimes.
No Brasil, crimes que acontecem na rede mundial de computadores são tratados
como qualquer outro crime. Além disso, por aqui temos também duas leis que
garantem alguma proteção aos usuários: o Marco Civil da Internet (2004) e a lei
Carolina Dieckman (2012).
E tem mais: uma pesquisa divulgada pela UNICEF em setembro de 2019 diz que um em cada 3
jovens em 30 países diz ter sido vítima de bullying online. A mesma pesquisa mostra que um em
cada cinco saiu da escola por conta do cyberbullying e violência. Aqui no Brasil, as redes sociais
foram o espaço responsável por conter mais casos desse tipo de violência, sendo o Facebook o
principal meio.
Não é de hoje que o comportamento do ser humano na internet vem sido discutido,
especialmente com o aumento do tempo que gastamos na rede mundial de computadores.
Sem dúvida nenhuma, é preciso pensar que medidas devem ser tomadas para que
o ambiente virtual não se torne tão violento quanto o que enfrentamos aqui fora.
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Seria essa uma responsabilidade do governo? Das
pessoas? Ou das empresas como Google e Facebook?
Além disso, é preciso pensar também na relação entre o online
e o off-line. A forma como agimos individualmente e em sociedade está
ligada a forma como agimos na internet e vice-versa? Numa sociedade
cada vez mais conectada, crimes virtuais não são só virtuais.
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7. Mobilidade Urbana
Mobilidade urbana é aquilo que permite nosso
deslocamento dentro das cidades para que possamos
estabelecer nossas relações sociais e também econômicas.
Em 10 anos, 2008 a 2018, o Brasil ganhou 28,6 milhões de
automóveis e 13,7 milhões de motocicletas. Sendo as principais
regiões metropolitanas as maiores responsáveis por esse aumento.
Se por um lado esse marco é positivo para a economia, para o meio
ambiente e para a mobilidade é uma dor de cabeça.
» Saiba que se você decidisse ficar 1 dia na semana sem usar o seu carro,
440 kg de dióxido de carbono deixariam de ser lançados na atmosfera. Se a
quantidade já é relevante individualmente, imagine se a medida fosse adotada
socialmente?
» No Brasil, capitais como São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e Recife já sofrem muito com
trânsitos impraticáveis. Recife, por exemplo, foi eleita pela a Traffic Index como tendo o 10º
pior trânsito do mundo. Imagine, então, o que é ter ainda mais automóveis adicionados a um
dia-a-dia que já tira o sono de muita gente?
De acordo com uma pesquisa divulgada recentemente pelo Denatran, o Brasil já tem 1 carro
para cada 4 habitantes. Ainda de acordo com o Denatran, apenas 19 das 5.570 cidades do país
registraram queda no número de veículos automotivos.
Além disso, é importante pensar também que a população das grandes cidades só fazem aumentar
e os transportes públicos estão cada vez mais cheios….e precários. De acordo com o Ipea, 44,3% da
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população brasileira conta apenas com o transporte público para deslocamento. Se esse número
representa quase metade da população (e pensando também que oferecer transporte público é
um dos deveres do Estado), como então é mais comum vermos obras de ampliação ou construção
de novas ruas/avenidas/rodovias do que ações para a melhoria do transporte público?
Para que brasileiros deixem o conforto de seus carros, é preciso que as capitais brasileiras
apresentem um outro nível de conforto, segurança e estrutura em seu transporte público. Em
2012 a Lei de Mobilidade Urbana foi sancionada para ser aplicada em municípios brasileiros
com mais de 20 mil habitantes. Em 2015, apenas 5% das prefeituras haviam entregue
um plano consistente. De acordo com a lei, as cidades devem:
» Melhorar o deslocamento das pessoas pela cidade
» Integrar os meios de transporte
» Ter um preço acessível em suas tarifas
O prazo máximo era abril de 2018 e muito não foi
feito. Sendo esse um dos principais pontos para
o aumento da qualidade de vida, o que Brasil e as
grandes capitais podem fazer para ter mobilidade
urbana cada vez mais sustentável?
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