Você está na página 1de 11

15ª Olimpíada Nacional de História do Brasil da Unicamp - 2023

- Site: https://www.olimpiadadehistoria.com.br/
- Prazo para inscrições: até 27 de abril
- Prazo para inscrições com desconto: até 12 de março
- Valor por equipe: 115 reais (sem desconto) / 75 reais (com desconto)
- Cada equipe deve ser formada por três alunos (ensino médio) e um
professor
- Período de realização das 6 fases online da Olimpíada: 08 de maio a
17 de junho
- Fase final presencial: 26 e 27 de agosto (na Unicamp)
- Todas as fases são eliminatórias
Sobre as fases da Olimpíada de História
As seis fases online têm duração de uma semana cada e preveem questões de
múltipla escolha e realização de tarefas. O conteúdo apresentado nas questões
permeiam, além da História do Brasil, assuntos interdisciplinares, como geografia,
literatura, arqueologia, patrimônio cultural, urbanismo, atualidades etc. O formato
oferece aos estudantes e professores a oportunidade de discutir temas que nem
sempre são abordados em sala de aula ou estão presentes nos livros didáticos.
Meneguello afirma que a ONHB é uma importante ferramenta de ensino de História
do Brasil. “Nesses 15 anos, pudemos observar como a Olimpíada estimula a análise
crítica dos estudantes e contribui para a preparação deles para vestibulares, concursos
e exames, como o ENEM”, disse.
A competição também faz parte do edital ‘Vagas Olímpicas’ da Unicamp. De acordo
com o desempenho, os participantes podem concorrer a duas vagas no curso de
graduação em História da Unicamp, sem passar pelo vestibular.
A ONHB é realizada com apoio do Departamento de História da Unicamp, do Serviço
de Apoio ao Estudante (SAE) da Unicamp e da Associação Nacional de História
(Anpuh). Conta também com a participação de docentes universitários, alunos de
graduação, mestrandos e doutorandos.
https://www.olimpiadadehistoria.com.br/noticias/ler/253
Como se inscrever:

- Acessar https://www.olimpiadadehistoria.com.br/, clicar em “inscrever-se” e


seguir as orientações
- Preencher o código INEP do colégio: 35136931
- Utilizar o e-mail institucional da escola para o registro da inscrição de cada
participante
- Criar um nome para a equipe (obrigatório) e inserir uma imagem (opcional)
➔ não são permitidos nomes e imagens pornográficos, preconceituosos
ou ofensivos (com ou sem duplo sentido)
- Preencher como professor orientador: fernando.monteiro@camendel.com.br
OBS: a orientação será coletiva, feita por todos os professores de História do
ensino médio do Mendel.
Questão 1 (1ª Fase da 12ª Olimpíada)
O quadrinho se refere ao famoso discurso de Martin Luther
King em Washington, nos EUA,
em agosto de 1963, e foi publicado pelo artista Raphael
Salimena em seu site ”A Linha do Trem”
no dia 26 de dezembro de 2015:

A partir da interpretação da imagem e de seus


conhecimentos, nota-se que a charge:

A. Explora o efeito de humor sugerindo que o “brasileiro


médio” ignora a dimensão do problema
do racismo no passado e no presente.
B. Identifica o “brasileiro médio” pelo uso da camisa
amarela e pelo emprego de uma expressão que
classifica como desimportante o debate apresentado.
C. Recusa a validade da luta por direitos civis e da denúncia
das políticas de segregação racial nos
Estados Unidos nas décadas de 1950 e 1960.
D. Ressalta o interesse geral da multidão pelo discurso ao
representá-la aglomerada e de costas
para quem vê a imagem.
Gabarito:

Questão 1:

Alternativa A: 5 pontos
Alternativa B: 4 pontos
Alternativa C: 0 ponto
Alternativa D: 1 ponto
Questão 2 (1ª Fase da 12ª Olimpíada)
Leia o texto adaptado de um artigo científico escrito pelo arqueólogo e historiador Jaisson Lino, que
apresenta os cemitérios como uma importante fonte de estudos para a História e para a Arqueologia. A
partir da leitura do excerto, escolha a alternativa mais pertinente.

Documento 002 Texto acadêmico p. 7


Os cemitérios da Guerra do Contestado (1912 – 1916)

A. O cemitério da Batalha do Irani é um campo santo, espaço de peregrinação e veneração católica aos
líderes santificados da Guerra do Contestado.
B. O cemitério do Irani é fruto da Guerra do Contestado, que aconteceu no planalto sul brasileiro e
levou à morte mais de 6 mil pessoas.
C. O artigo apresenta os cemitérios como parte da cultura material que é um instrumento para
compreender religiosidades e sobrevivências.
D. O artigo indica a permanência do culto a José Maria, mantendo a mística local da ressurreição e da
formação do exército encantado de São Sebastião.

Conteúdo adicional

LINK: Senado notícias https://www12.senado.leg.br/noticias/videos/2016/07/arquivo-


s-conta-a-historia-da-guerra-do-contestado
Questão 2 (1ª Fase da 12ª Olimpíada)
Leia o texto adaptado de um artigo científico escrito pelo arqueólogo e historiador Jaisson Lino, que
apresenta os cemitérios como uma importante fonte de estudos para a História e para a Arqueologia. A
partir da leitura do excerto, escolha a alternativa mais pertinente.

Documento 002 Texto acadêmico p. 7


Os cemitérios da Guerra do Contestado (1912 – 1916)

A. O cemitério da Batalha do Irani é um campo santo, espaço de peregrinação e veneração católica aos
líderes santificados da Guerra do Contestado.
B. O cemitério do Irani é fruto da Guerra do Contestado, que aconteceu no planalto sul brasileiro e
levou à morte mais de 6 mil pessoas.
C. O artigo apresenta os cemitérios como parte da cultura material que é um instrumento para
compreender religiosidades e sobrevivências.
D. O artigo indica a permanência do culto a José Maria, mantendo a mística local da ressurreição e da
formação do exército encantado de São Sebastião.

Conteúdo adicional

LINK: Senado notícias https://www12.senado.leg.br/noticias/videos/2016/07/arquivo-


s-conta-a-historia-da-guerra-do-contestado
Os cemitérios da Guerra do Contestado (1912 –1916)
”Cemitério, como morada dos mortos, constitui-se como um importante elemento sagrado da
paisagem, marcando materialmente a memória daqueles sujeitos que contribuíram para as
transformações da paisagem humana de uma determinada região. No cenário de uma guerra,
constituem-se no exemplo máximo dos resultados nefastos ocorridos de lado
a lado, encontrando-se sua ocorrência, para o caso da Guerra do Contestado. Segundo o historiador
Bellomo : ’ocristianismo, com sua mensagem de ressurreição, criou uma nova concepção de como
vencer a morte e preservar a memória dos mortos. Assim surgiram os cemitérios cristãos,
sugestivamente também chamados ‘campos santos’’.
(...)
A guerra produziu seu primeiro cemitério em outubro de 1912, após a batalha do Irani. O resultado da
refrega foram dezenas de mortos, tanto por parte dos caboclos quanto pelo lado da força policial
paranaense. Dentre os mortos, estavam o líder caboclo José Maria e o capitão João Gualberto, enviado
para comandar a repressão. Devido a uma profecia de José Maria, que preconizava que morreria em
combate, mas em cem dias ressuscitaria junto com os companheiros mortos para formar o exército
encantado de São Sebastião, seus colegas abriram uma cova e colocaram o corpo de José Maria,
apenas cobrindo-o com algumas tábuas, para facilitar a ressurreição (...).
Ao que tudo indica, tempos depois, o corpo recebeu uma sepultura definitiva, sendo coberto com terra
e em sua superfície cercado com pedras e com a presença de uma cruz de madeira, que ainda hoje é
visitada por muitos em Irani, nas proximidades do local do combate, conforme pode ser observado na
Figura 3. Ainda no ano de 1940 se acreditava na ressurreição do monge, que se daria a partir de sua
sepultura, que naquela ocasião ’estava saindo da cova e que seus pés, com os sapatos ainda novos, já
estavam para fora da terra’. O depoimento do militar e farmacêutico Luiz Ferrante exibe a melhor
imagem da sepultura do monge poucos dias depois do combate:
Atingido o local do combate, o farmacêutico avistou dezenas de cadáveres espalhados, meio
decompostos, fuçados pelos porcos. Percebeu um buraco coberto de tábuas. Desceu do cavalo,
levantou as tábuas, e deu com o corpo de José Maria ali deitado, em decomposição
também. Nisto foi rodeado por meia dúzia de sertanejos que lhe perguntavam o que fazia. Respondeu
que olhava o monge que muitos estavam dizendo que ia ressuscitar. Mais tarde, ganhando a confiança
desses homens e conversando com eles, diz que verificou que estavam verdadeiramente fanatizados
pelo monge, acreditavam que ele era um santo, que ele fazia milagres de toda ordem, e que ia
ressuscitar a qualquer hora.”

Ficha técnica
TIPO DE DOCUMENTO: Texto acadêmico ORIGEM: Adaptado de: Jaisson Teixeira Lino. Os cemitérios
da Guerra do Contestado (1912 – 1916): aspectos historiográficos e arqueológicos. Habitus. Goiânia.
v.10, n.2, 187-192, jul/dez 2012. Disponível no site:
http://seer.pucgoias.edu.br/index.php/habitus/article/view/2826/1721
[http://seer.pucgoias.edu.br/index.php/habitus/article/view/2826/1721
https: //www12.senado.leg.br/noticias/videos/2016/07/arquivo-s-conta-a-historia-da-
guerra-do-contestado] http://seer.pucgoias.edu.br/index.php/habitus/article/view/2826/1721
Gabarito:

Questão 2:

Alternativa A: 0 ponto
Alternativa B: 4 pontos
Alternativa C: 5 pontos
Alternativa D: 1 ponto

Você também pode gostar