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NEUROLOGIA ATUAL
ORGANIZADORES
Rubens Reimão, Rubens J. Gagliardi e Luiz D. M. Melges
Gravação do CD:
Gravado no Brasil, 2009
PREFÁCIO E
AGRADECIMENTOS
BENY SCHMIDT
Pós-doutorado Columbia University;
Chefe do laboratório de Patologia Muscular - UNIFESP;
9.600 biópsias realizadas com estudo Istoquímico.
CARMEN ALCÂNTARA
Pesquisadora.
CÉSAR MINELLI
Coordenador do Departamento Científico de Neuro-Reabilitação da ABN;
Fellowship em neuro-reabilitação pela Washington University;
Mestre e doutor em Neurologia pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP.
CÉSAR N. RAFFIN
Professor Adjunto Neurologia Escola Médica Santa Casa Misericórdia (EMESCAM) - Vitória, ES;
Neurologista e Neurorradiologista do Hospital Meridional - Vitória, ES.
CLÁUDIO GOMES
Diretor do Serviço de Reabilitação da Santa Casa de São Paulo;
Assessor Clínico da Associação para Valorização e Promoção de Excepcionais.
DAGOBERTO CALLEGARO
Pesquisador.
DANIEL GAWENDO
Médico Neurologista do Serviço de Neurologia da Santa Casa de Santos;
Neurologista do Serviço de Neurologia Clínica do Hospital Beneficência Portuguesa de Santos.
EDUARDINA TENENBOJN
Doutora em Ciências pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo;
Psicoterapeuta psicanalista pelo Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo;
Médica Pediatra pela Associação Médica Brasileira.
ELIOVA ZUKERMAN
Professora adjunto da UNIFESP - Escola Paulista de Medicina;
Vice-Presidente do Conselho Deliberativo do Hospital Albert Einstein.
EMERSON GISOLDI
Pesquisador.
FERNANDO KOK
Livre-docente em Neurologia Infantil pela FMUSP;
Pesquisador do Centro de Estudos do Genoma Humano do IBUSP;
Assessor Médico em Erros Inatos do Metabolismo do Fleury Medicina e Saúde.
IDA FORTINI
Médica assistente do Hospital das Clínicas da FMUSP.
IVAN HIDEYO OKAMOTO
Doutor em medicina pela UNIFESP;
Coordenador de neurologia do Núcleo de Envelhecimento Cerebral - NUDEC - UNIFESP.
JERUSA SMID
Neurologista do Grupo de Neurologia
Cognitiva e do Comportamento do HC-FMUSP;
Neurologista do Instituto de Infectologia Emílio Ribas.
JOSEPH BOORKS
Pesquisador.
JUAREZ HARDING
Título de Especialista em Neurologia pela Academia Brasileira de Neurologia;
Assistente do Serviço de Neurologia do Hospital Ana Costa de Santos;
Preceptor de Neurologia da Residência de Clínica
Médica do Hospital Ana Costa de Santos.
LI LI MIN
Professor Associado do Departamento de Neurologia da FCM;
Coordenador do Projeto Demonstrativo no Brasil da
Campanha global Contra Epilepsia da OMS/ILAE/IBE.
LUCIANO HADDAD
Médico Assistente da Disciplina de Neurologia.
MARCELO ANNES
Médico responsável pelo ambulatório de Doenças da Junção Neuromuscular - UNIFESP/EPM;
Professor adjunto, Chefe da Disciplina de Neurologia da UNISA.
OSVALDO M. TAKAYANAGUI
Professor Titular de Neurologia - Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP.
PATRÍCIA HEITMANN
Professora de Neurologia da Faculdade de Medicina da UNIMES.
PRISCILA JUNQUEIRA
Psicóloga;
Mestre em Ciências pela Faculdade de Medicina da USP;
Membro do Grupo de Pesquisa Avançada em
Medicina do Sono da Faculdade de Medicina da USP.
RICARDO NITRINI
Professor Associado de Neurologia - FMUSP;
Coordenador do Centro de Referência em Distúrbios Cognitivos (CEREDIC);
Coordenador do Programa de Pós-graduação em Neurologia - FMUSP.
RODRIGO SCHULTZ
Pesquisador
RONIE LEO PISKE
Neuroradiologista Intervencionista da Med Imagem - Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo;
Membro do Comitê Executivo da Federação Mundial de Neurorradiologia Intervencionista;
Doutor em Ciências na área de Neurologia pela FMUSP.
ROSA HASAN
Neurologista, médica responsável pelo Laboratório de Sono da Faculdade de Medicina do ABC;
Médica Assistente do Centro de Sono do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da FMUSP;
Coordenadora do Departamento Científico de Sono da Academia Brasileira de Neurologia.
RUBENS REIMÃO
Professor Livre-Docente da Divisão de Clínica Neurológica do
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - HCFMUSP;
Presidente do Departamento de Neurologia da Associação Paulista de Medicina;
Diretor do Centro de Distúrbios do Sono - CDS;
Coordenador do Grupo de Pesquisa Avançada em Medicina do Sono do HCFMUSP - SP.
RUBENS WAJNSZTEJN
Médico e Neuropediatra pela USP;
Professor Assistente de neurologia e Coordenador do Núcleo
Especializado em Aprendizagem da Faculdade de Medicina do ABC.
SERGIO LIANZA
Professor adjunto Departamento de Ortopedia e
Traumatologia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo;
Coordenador da Disciplina de Medicina de Reabilitação.
SÉRGIO ROBERTO HAUSSEN
Professor Titular de Neurologia da Faculdade de
Medicina da Universidade de Ciências da Saúde de Porto Alegre;
Chefe do Serviço de Neurologia da Santa Casa de Porto Alegre.
SÉRGIO ROSEMBERG
Professor Associado do Departamento de Patologia da FMUSP;
Chefe da Disciplina de Neuropatologia.
SONIA FABIO
Pesquisadora.
SUELI ROSSINI
Pesquisadora do Grupo de Pesquisa Avançada em Medicina do Sono do Hospital das Clínicas da
Faculdade de Medicina da USP; Psicóloga Clínica;
Doutora em Psicologia Clínica pelo Instituto de Psicologia da USP.
TARSO ADONI
Neurologista do Ambulatório de Doenças Desmielinizantes do
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo;
Neurologista do Hospital Heliopólis - São Paulo.
VANDERCI BORGES
Professora afiliada do Departamento de Neurologia e Neurocirurgia da UNIFESP;
Médica Neurologista do Setor de Distúrbios do Movimento da UNIFESP.
VANESSA MARQUES
Pesquisadora.
VERA CRISTINA TERRA
Médica Assistente do Centro de Cirurgia de Epilepsia de Ribeirão Preto;
Coordenadora do Serviço de Cirurgia de Epilepsia na Infância.
VITOR TUMAS
Professor de Neurologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP.
PALESTRAS
Encefalites .........................................................................................................................55
Fernando Coronetti Gomes da Rocha
Epilepsia e Sono................................................................................................................57
Christina M. Funatsu Coelho
Distúrbios Respiratórios
Relacionados às Doenças Neurológicas ..........................................................................70
Mônica Marcos de Souza
Distonias Focais ................................................................................................................72
Elizabeth Quagliato
Neurotuberculose e Neurossífilis.....................................................................................90
José Antonio Livramento
Traumatismo Raquimedular...........................................................................................97
Luciano Haddad, Mauro Suzuki, José Carlos Esteves Veiga
Parassonias .....................................................................................................................131
Rosa Hasan
Síndrome de Vogt-Koyanagi-Harada
Incompleta com Manifestações Neurológicas ..............................................................200
Ana Elisa de Castro Mariano
Repercussão da Equoterapia no
Acidente Vascular Encefálico - Estudo de Caso ..........................................................215
Fernanda Beinotti
Alterações Fonoaudiológicas em
Crianças com Distúrbios Respiratórios do Sono.........................................................250
Fabia N L Biscuola
Pré-Mutação do X-Frágil:
Um Diagnóstico a ser Lembrado. Relato de um Caso ................................................300
Fernanda Amaral Guimarães
Qualidade Subjetiva do
Sono de Mulheres Portadoras de HIV/AIDS...............................................................317
Priscila Junqueira
Dissecção Espontânea da
Artéria Carótida Comum: Relato de Caso ..................................................................351
Rudá Alessi
Caracterização Clínica, Funcional e Posturográfica de
Pacientes com Queixa de Tontura após Acidente Vascular Encefálico ....................352
Leticia Moraes de Aquino
A Persistência de Reflexos
Primitivos na Paralisia Cerebral Espástica .................................................................368
Erika Fumie Kimura Ikegaya
INTRODUÇÃO
O Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVCI) é o tipo mais freqüente (80% dos
AVCs), sendo considerado a terceira causa de morte no mundo (5,47 milhões de pessoas
em 2002), e. no Brasil primeira causa de mortalidade (DATA SUS 150.000/100.000/ano).
Para avaliação inicial do AVCI, além do exame neurológico localizando a lesão de
acordo com a síndrome neurológica e o território arterial envolvido, recomenda-se utilizar
as escalas de avaliação clínica: NIHSS - National Institutes of Health Stroke Scale,
ECG - Escala de coma de Glasgow e Rankin Score
A escala de AVC (NIHSS) oferece importante informação prognostica inicial do
paciente com AVCI: o escore inicial < 10 está associado com boa recuperação e evolução em
cerca de 60 a 70% dos casos, enquanto escore inicial > 20, está associado a um prognóstico
reservado em 85% dos pacientes e maior risco de sangramento após trombólise (17%).
NEUROLOGIA ATUAL 42
2. RM de crânio: a difusão e perfusão: são úteis na identificação da quantidade de
área infartada e do tecido cerebral em risco, mesmo para pequenos infartos do
tronco cerebral (sensibilidade de 88 a 100% e especificidade de 95 a 100%).
3. Outros exames: ECG, Ultra-Som (Doppler de artérias cervicais e Doppler
transcraniano) - permitem a identificação de oclusões e estenoses arteriais,
avaliação do estado das colaterais, ou de recanalização, ECOCARDIOGRAFIA
TRANSTORÁCICA E TRANSESOFÁGICA: rastrear a existência de fontes
cardioembólicas (na suspeita de AVC embólico: deve ser realizado nas primeiras
24 horas). ANGIOGRAFIA CEREBRAL indicada para AVCI em jovem (idade
< 50 anos) sem fatores de risco evidentes e suspeitas de dissecção das artérias
crânio-cervicais e se alterações significativas no US.
Recomendam-se ainda: RX TÓRAX e TESTES LABORATORIAIS: Hemograma
completo com plaquetas, estudo da coagulação: INR - TS - TC - TTPa - Fibrinogênio, Na+
- K+ - Ca++ - Mg++,, função hepática e renal (TGO, TGP, Uréia e Creatinina), Lipidograma
e reações sorológicas para a doença de Chagas e sífilis (se for o caso)
Suporte Geral
Suporte nutricional (dieta enteral por SNE em bomba de infusão se houver disfagia),
decúbito elevado a 30o, monitorização cardíaca, evitar uso de cateter venoso profundo,
evitar sondagem vesical, fisioterapia motora precoce, mobilização precoce e prevenção de
úlceras de decúbito e prevenção da TVP (administração profilática de heparina ou heparina
fracionada, por via subcutânea e /ou uso de meias compressivas).
NEUROLOGIA ATUAL 43
TRATAMENTO ESPECÍFICO DO AVCI: TROMBÓLISE
Pico de ocorrência 3 a 5 dias após o ictus, deve ser tratado na deterioração neurológica
grave e na presença de sinais clínicos de herniação cerebral.
Fase I - Pré-edema em pacientes com médio a muito alto risco de desenvolver edema
cerebral.
1. Elevação da cabeça
2. Evitar compressão da jugular pela rotação da cabeça
3. Controlar PA (evitar Pressão sistólica > 180 mmHg)
4. Manter normovolemia
5. Manter temperatura normal
6. Manter glicemia e natremia normais
7. Repetir TC nos primeiros sinais de piora neurológica ou em 24 horas
8. Considerar hipotermia ou hemicraniectomia eletiva com duroplastia naqueles
com alto ou muito alto risco para síndrome da ACM maligna.
NEUROLOGIA ATUAL 44
1. Entubação orotraqueal - Manter PaCO2 em torno de 28–35 mmHg
2. Sedação com Propofol ou benzodiazepínicos de ação curta
3. Considerar hipotermia
4. Considerar hemicraniectomia descompressiva com duroplastia.
REFEÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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From the Stroke Council of the American Heart Association/American Stroke Association
2. European Stroke Initiative Recommendations for Stroke Management - Update 2003 - The European Stroke Initiative
Executive Committee and the EUSI Writing Committee
3. Guidelines for Management of Ischaemic Stroke and Transient Ischaemic Attack 2008- The European Stroke
Organisation (ESO) Executive Committee and the ESO Writing Committee- Cerebrovasc Dis 2008, 25: 457 – 507.
4. Vahedi, K. Et als - Early decompressive surgery in malignant infarction of the middle cerebral artery: a pooled analysis
of three randomised controlled trials. Lancet 2007 (6): 215- 222.
5. Hacke, W. Et al - Trombolysis with Alteplase 3 a 4,5 Hours after Acute Ischemic Stroke - NEJM 2008, 359 (13): 1317 0 1329.
NEUROLOGIA ATUAL 45
Doença de Wilson: Aspectos Atuais
A doença de Wilson (DW), descrita como entidade nosológica por Samuel Alexander
Kinnier Wilson em 1912, é moléstia hereditária, autossômica e recessiva do metabolismo
do cobre. Ela ilustra uma situação rara na Medicina: doença hereditária, potencialmente
fatal, porém de tratamento relativamente simples, muitas vezes tem a evolução de seus
sintomas revertida, quando se chega ao diagnóstico correto no início do quadro. Entretanto,
a raridade da doença e a variabilidade de expressão clínica contribuem para manter as
dificuldades diagnósticas e assim, ainda hoje, é comum encontrarmos pacientes com DW e
sequelas neurológicas graves.
A compreensão da patogênese, biologia molecular e genética da DW avançou
significativamente nas duas últimas décadas. O gene ATP7B relacionado ao defeito básico
na DW situa-se no braço longo do cromossomo 13 (Bull e col, 1993). Ele codifica a produção
da proteína homônima ATP7B, localizada nos canais de Golgi dos hepatócitos, ela transporta
e liga o cobre à apoceruloplasmina, além de, na presença excessiva do metal, proceder à sua
excreção na bile. (Kitzberger e col, 2005). A falha na excreção do cobre nos canais biliares,
secundária à disfunção da ATP7B, leva ao acúmulo tóxico do cobre nos hepatócitos.
Mais de 350 mutações no gene ATP7B já foram identificadas até hoje
(www.medicalgenetics.med.ualberta.ca/wilson/index.php). Algumas mutações têm maior
predominância em determinadas populações. Na Europa do Norte, Centro e Leste, até 38%
dos portadores de DW apresentam a substituição p.H1069Q (Caca e col, 2001). A mutação
p.R778L é a mais comum na Ásia (incidindo sobre 28 a 44% dos pacientes) (Liu e col,
2004). O primeiro estudo do genótipo de pacientes com DW na América do Sul (Deguti
e col, 2004) avaliou 60 brasileiros; encontrou 25 mutações e a mais freqüentes foram a
p.A1135fs (34,8%) e a p.L708P (14,1%). O papel das diferentes mutações na determinação
do fenótipo é ainda tema controverso, porém é certo que outros fatores, além do gene
ATP7B, contribuem para determinar a gravidade da doença.
O quadro clínico na DW tipicamente decorre de lesão hepática e neurológica.
Manifestações sistêmicas mais raras incluem nefropatia, distúrbio hematológico, distúrbio
osteoarticular, alterações dermatológicas e cardiopatias. O acometimento do sistema nervoso
NEUROLOGIA ATUAL 46
central se constata predominantemente por quadro motor com distúrbios do movimento,
decorrentes de lesão no circuito dos núcleos da base, ou de conexões cerebelares, tais
como: distonia, tremores, rigidez, bradicinesia, coréia e ataxia (Machado e col, 2006).
Concomitantemente ao acometimento motor, as alterações cognitivas são comuns na DW.
São relatadas, principalmente, alterações em funções executivas, processamento visuo-
espacial e memória (Seniow e col, 2002). Distúrbios psíquicos, desde alterações do humor
e do comportamento até quadros psicóticos, são comuns.
O diagnóstico de DW tem base no quadro clínico e na dosagem do cobre urinário,
da ceruloplasmina e do cobre séricos. Em pacientes com quadro neurológico instalado o
diagnóstico é facilitado pela presença do Anel de Kayser-Fleischer. Dificuldades maiores
podem apresentar-se em pacientes com quadro inaugurado por manifestações sistêmicas, ou
no rastreamento de familiares de pacientes com diagnóstico conhecido, pois a faixa de variação
dos níveis de ceruloplasmina, cobre sérico e urinário apresentam algum grau de sobreposição
entre normais, heterozigotos e afetados. Para casos duvidosos, o exame mais seguro é
a avaliação do teor de cobre no tecido hepático. Os testes com cobre radioativo oferecem
grandes dificuldades técnicas para sua execução e, por essa razão, são pouco utilizados. O teste
genético só é aplicável a familiares de pacientes com DW diagnosticada, porém tem como
vantagem sobre os demais permitir o diagnóstico logo no primeiro ano de vida.
As imagens de RNM mostram alterações com predileção para os núcleos da base
em, virtualmente, todos os casos com manifestações neurológicas. Essas anormalidades,
principalmente as alterações de sinal no putâmen, embora não sejam específicas da DW,
podem ser altamente sugestivas da moléstia e úteis para confirmação do diagnóstico, assim
como para controle evolutivo, pois regridem, pelo menos em parte, com o tratamento
(Magalhães e col, 1994).
Em pacientes com DW, mas assintomáticos, o tratamento deve ser iniciado e mantido
com sais de zinco. A penicilamina e a trientina são indicados em pacientes sintomáticos, por
serem mais potentes e com início de ação mais rápido, porém existem controvérsias quanto
ao uso dos quelantes de cobre, principalmente a penicilamina, face ao risco potencial de
piora do quadro neurológico no início do tratamento e eventuais efeitos colaterais da droga.
A experiência clínica com a trientina é ainda reduzida em relação a DP e classicamente
é considerada como droga alternativa na vigência de intolerância a DP. Aguarda-se a
liberação para uso comercial do tetratiomolibidato, que poderá suplantar os outros quelantes
no tratamento dos pacientes sintomáticos (Brewer e col, 2006). O transplante hepático se
reserva aos pacientes com insuficiência hepática grave.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Brewer GJ, Askari F, Lorincz MT, Carlson M, Schilsky M, Kluin KJ, Hedera P,Moretti P, Fink JK, Takanow R, Dick RB, Sitterly
J. Treatment of Wilson Disease With Ammonium Tetrathiomolybdate. Comparison of Tetrathiomolybdate and Trientine in a
Double-blind Study of Treatment of the Neurologic Presentation of Wilson Disease. Arch Neurol 2006; 63: 521-527.
NEUROLOGIA ATUAL 47
2. Bull PC, Thomas GR, Rommens JM, Forbes JR, Cox DW. The Wilson disease gene is a putative copper transporting
P-type ATPase similar to the Menkes gene. Nat Genet 1993; 5: 327-337.
3. Caca K, Ferenci P, Kühn H.-J, Polli C, Willgerodt H, Kunath B, Hermann W, Mossner J, Berr F. High prevalence of
the H1069Q mutation in East German patients with Wilson disease: rapid detection of mutations by limited sequencing
and phenotype-genotype analysis. J Hepatol 2001; 35: 575-581.
4. Deguti MM, Genschel J, Cançado EL, Barbosa ER, Bochow B, Mucenic M, Porta G, Lochs H, Carrilho FJ, Schmidt
HHJ. Wilson disease: novel mutations in the ATP7B gene and clinical correlation in Brazilian patients. Hum Mutat
2004; 23: 398-406.
5. Kitzberger R, Madl C, Ferenci P. Wilson Disease. Metabol Brain Disease 2005; 20: 295-302.
6. Liu XQ, Zhang YF, Liu TT, Hsiao KJ, Zhang JM Gu XF, Bao KR, Yu LH, Wang MX. Correlation of ATP7B genotype
with phenotype in Chinese patients with Wilson disease. World J Gastroenterol 2004; 10: 590-593.
7. Machado A, Chien HF, Deguti MM, Cançado E, Azevedo RS, Scaff M, Barbosa E. Neurological manifestations in
Wilson’s disease: Report of 119 cases. Mov Disord 2006; 21: 2192-2196
8. Magalhães ACA, Caramelli P, Menezes JR, Lo LSS, Bacheschi LA , Barbosa ER, Rosemberg LA, Magalhães A.
Wilson’s disease: MRI with clinical correlations. Neuroradiology 1994; 36: 97-100.
9. Seniow J, Bak T, Gajda J, Poniatowska R, Czlonkowska A. Cognitive functioning in neurologically symptomatic and
asymptomatic forms of Wilson’s disease. Mov Disord 2002; 17: 1077–1083.
NEUROLOGIA ATUAL 48
Impacto do Estresse nos Distúrbios do Sono
O termo “stress” foi introduzido por Hans Selye, na área da saúde e a definiu como a
reação do indivíduo a um estímulo ameaçador, denominado estressor. O estresse segue um
ciclo que se constitui na Síndrome Geral de Adaptação (SGA) que consiste de três fases:
a primeira é a de alerta, a segunda de resistência e a fase exaustão, fazendo a resistência
baixar bastante em relação ao nível normal (SELYE, 1965).
O estresse é uma condição na qual extensa região do organismo se desvia de um estado
normal de repouso (VASCONCELLOS, 1998). A resposta ao estresse é ativada pelo organismo,
com o objetivo de mobilizar recursos que possibilitem às pessoas enfrentarem situações,
percebidas como difíceis e que exigem delas esforços (FRANÇA; RODRIGUES, 2002).
Segundo Lipp e Malagris (1995), a origem do estresse pode ocorrer tanto por fatores
externos, quanto internos. Os fatores internos são representados por situações relacionadas às
perdas, acidentes, problemas no trabalho. Enquanto que, os fatores internos são determinados
pela maneira como a pessoa interpreta a situação e seu modo de se comportar.
A exposição a eventos estressantes são capazes de provocar um grau leve, moderado e
grave de estresse, de gerar uma descarga de corticóides, com a excitação do eixo hipotálamo
e a ativação dos ramos simpático e parassimpático do sistema nervoso autônomo, passando
pela medula espinhal e inervando o órgão final (LIPP; MALAGRIS, 1995).
O estresse pode ser ocasionado por eventos positivos e negativos. Embora o estresse
é visto como algo negativo, um grau baixo ou à falta dele, leva a letargia e a estagnação e
o excesso, também provoca reações disfuncionais, denominados de distress. Enquanto que,
um grau ideal que resulta em motivação e ânimo, é funcional e denominado de eustress.
ESTRESSE E O SONO
A vigília e o sono são estados fisiológicos que se sucedem de maneira cíclica. Quando
uma pessoa não dorme de forma adequada ou está privada parcialmente ou totalmente de sono,
apresentam falhas no processo de atenção e percepção, falta de interesse e motivação, déficit de
NEUROLOGIA ATUAL 49
memória (ESCOBAR; GÓMEZ GONZÁLEZ, 2006), dificuldade de concentrar-se, aumenta a
possibilidade de erros e acidentes (ROSA; COLLIGAN, 2002); irritabilidade, propiciando um
estado de ansiedade e estresse, com alterações das funções cerebrais superiores ou cognitivas,
alterando a sua capacidade de realizar atividades do cotidiano (YOLANDA, 2006).
A perturbação do sono é um problema crescente (WRIGHT et al., 2007) e em
situações de estresse, particularmente, a quantidade e a qualidade do sono se modificam
decorrente das condições sofridas durante a vigília.
Neste contexto, as alterações do sono podem agravar-se em situações de estresse
com dificuldade em iniciar o sono, despertares freqüentes, pesadelos, despertar precoce de
manhã, sensação de sono não reparador durante o dia em forma de sonolência e fadiga.
O trabalho realizado fora dos horários usuais integram os fatores psicossociais que
interagem nos processos saúde-doença (FISCHER, 2003,a) e o estresse do trabalho por
turnos também pode agravar a saúde (ROSA; COLLIGAN, 2002; WRIGHT et al., 2007)
com enfermidades do coração ou digestivas (ROSA; COLLIGAN, 2002).
Nas organizações onde há trabalhos em turnos, existem múltiplos fatores de
risco presentes no ambiente de trabalho, pois, segundo Fisher (2003, b), ocorre uma
desestabilização psicofisiológica ao longo dos anos de exposição ao trabalho em turnos.
O gerenciamento e prevenção do estresse, requer programas de treinamento para
aprender a compreender a inter-relação entre estressores, estresse e conseqüências. A prevenção
do estresse enfoca o controle ou eliminação dos estressores que possam provocar uma reação
do estresse. Enquanto que, o gerenciamento do estresse envolve procedimentos para ajudar as
pessoas a lidarem ou a reduzirem o estresse que estão sentindo (GIBSON et al, 2006)
Conclui-se que, para melhorar o distúrbio do sono é importante diminuir o estresse,
pois visualiza-se uma perspectiva bidirecional: as alterações do sono produzem estresse e,
o estresse produz mudanças no ciclo sono-vigília.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. ESCOBAR, A.; GÓMEZ GONZÁLES, B. Estrés y memória. Rev Mex Neuroci 2006; 7(1): 8-14.
2. FISHER, F.M. Fatores individuais e condições de trabalho e de vida na tolerância ao trabalho em turnos. In: FISHER, F.M.;
MORENO, C.R.C; ROTENBERG, L. Trabalho em turnos e noturno na sociedade 24 horas. São Paulo: Atheneu, 2003,a.
3. FISHER, F.M. As demandas da sociedade atual. In: FISHER, F.M.; MORENO, C.R.C; ROTENBERG, L. Trabalho em
turnos e noturno na sociedade 24 horas. São Paulo: Atheneu, 2003,b.
4. FRANÇA, A. C.L. e RODRIGUES, A. L. Stress e trabalho. Guia básico com abordagem Psicossomática. 3 ed.São
Paulo: Atlas, 2002.
5. GIBSON, J.L.; IVENCEVICH, J.M.; DONNELLY JR, J.H.; KONOPASKE, R. Organizações: comportamento,
estrutura e processos. 12 ed. São Paulo: MCGRAW-Hill, 2006.,
6. LIPP, M.N.; MALAGRIS, L.N. Manejo do Estresse, In: RANGÉ, B. (Org.) Psicoterapia Comportamental e Cognitiva,
Campinas, Psy, 1995.
7. ROSA, R.R.; COLLIGAN, M. J. El trabajo por turnos en lengaje sencillo. DHHS (NIOSH) Núm. de Publicación 97-145, 2002
NEUROLOGIA ATUAL 50
8. SELYE, Hans. Stress a tensão da vida. 2 ed. São Paulo: Ibrasa, 1965.
9. YOLANDA, D.R.P.I. Estrés y sueño. Rev Mex Neuroci, 2006,7(1) :15-20.
10. Vasconcellos, E. G. Tópicos de psiconeuroimunologia. São Paulo: Ipê, 1998..
11. WRIGHT, C. E. ; VALDIMARSDOTTIR, H. B. ; ERBLICH, J. ; BOVBJERG, D, H. Poor sleep the night before an
experimental stress task is associated with reduced cortisol reactivity in healthy women. Biological Psychology, 2007,
vol. 74, no3, pp. 319-327.
NEUROLOGIA ATUAL 51
Migrânea Intratável
NEUROLOGIA ATUAL 52
Esta classificação é limitada, porque na verdade os pacientes que vão aos centros terciários
são aqueles com dor freqüente (>15dias/mês) e rebeldes a tratamento com vários tipos de
fármacos, porém os criterios da Tabela 1 contemplam apenas tratamento farmacológico,
negligenciando complicadores como condições co-mórbidas, e uma ampla gama fatores
exógenos (eventos estressores, privação de sono, abuso de analgésicos) ou endógenos(
depressão, alterações hormonais) que poderiam complicar a evolução natural da migrânea.
A American Headache Society criou uma secção especial de MR e que recentemente
propôs critérios para RM e para migrânea crônica refratária (MC-R) ( Tabela 2 ), onde os
critérios prévios são refinados, enfatizando-se a necessidade de que a cefaléia interdirá com
a qualidade de vida, a despeito de se modificarem os deflagradores como estilo de vida,
além, é claro, do fracasso de tratamentos farmacológicos adequados, assim como, estão
separadas a migrânea episódica e a migrânea crônica. Devidos ao infreqüente acesso a
terapias comportamentais, não foram incluídas nessa classificação, ainda que o ideal fosse
sua inclusão, para que se justificasse o arrolamento desses pacientes em ensaios com terapias
invasivas, pois seria a falta de resposta a essa abordagem multidisciplinar e multimodal que
caracterizaria a “refratariedade”.
Fracasso em tentativa adequada com fármacos convencionais, aprovados por consensos locais
Tentativa adequada
Dose apropriada
Duração apropriada
Descartar abuso de medicações
Fracasso
Efeito nulo ou insatisfatório
Efeitos colaterais intoleráveis
Contra-indicações ao uso
Para a migrânea, fracasso em pelo menos 4 classes, 3 das quais devem ser as
abaixo listadas de 1 a 4
1. Beta-bloqueadores
2. Anti-convulsivantes
3. Bloqueadores de canais de cálcio
4. Anti-depressivos tricíclicos
5. Outros fármacos para os quais existam pelo menos um ensaio com resultado positivo
6. Anti-inflamatórios nao esteroidais
7. Outras substâncias, como vitamina B2 ou co-enzima Q10.
NEUROLOGIA ATUAL 53
Tabela 2. Proposta de critérios de refratariedade para migrânea e migrânea crônica (6)
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
NEUROLOGIA ATUAL 54
Encefalites
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NEUROLOGIA ATUAL 56
Epilepsia e Sono
NEUROLOGIA ATUAL 57
corticais cerebrais anormais. No indivíduo epiléptico é importante avaliar em que fase
é possível a observação de alterações clínico e eletrográficas (com movimento ocular
rápido-REM ou sem movimento ocular rápido - N-REM). Maneira indireta de observar o
anteriormente referido consiste na observação de qual período da evolução do sono ocorrem
as alterações clínicas. Assim sendo, crises epilépticas observadas mais no terço inicial e
intermediário de um período de sono, sugerem crises durante a fase N-REM, período em
que ocorre em maior proporção. Crises epilépticas observadas mais no terço final de um
período de sono, sugerem crises durante a fase REM, período em que ocorre em maior
proporção comumente também associado a mais freqüentes despertares.
A fase N-REM favorece a visualização, propagação das despolarizações anormais
e das apresentações clínicas, determinadas pela redução da atividade cortical cerebral
em prol da atividade síncrona determinada pelo marca-passo sub-cortical na fase
N-REM, especialmente no estágio II. Algumas síndromes epilépticas podem ser bastante
evidenciadas neste estado comportamental: estado de mal eletrográfico sub-clínico do
sono, Landau Kleffner, epilepsia benigna com ponta-onda centro-temporal, a fragmentação
do traçado hipsarrítmico. Considerando-se a apenas a descrição clínica dos sinais que
ocorrem exclusivamente durante o estado de sono, freqüente é a dificuldade em se
estabelecer diagnóstico diferencial com alguns tipos de parassonias, principalmente para
descargas anormais oriundas do lobo frontal, manifestando-se por movimentos atípicos,
não estereotipados e hipercinéticos. Na fase REM, contudo, dada a sua semelhança
neurofisiológica à vigília, fica favorecida a visualização e localização de uma despolarização
anormal principalmente se focal sem que se observe manifestação clínica, uma vez que
nesta fase do sono inibição motora é a uma características. O despertar e o estado de
vigília privada do sono demonstram ser importantes fatores influenciadores para algumas
manifestações epilépticas, essencialmente as crises primariamente generalizadas.
Os distúrbios do sono (bruxismo, sonambulismo, distúrbio comportamental do sono
REM, movimentos periódicos dos membros, terror noturno, pesadelos, enurese noturna,
dispnéia noturna, apnéia obstrutiva entre outros tantos), além do diagnóstico diferencial com
as manifestações de natureza epiléptica de ocorrência durante o período de sono, poderiam
ser consideradas como os próprios fatores facilitadores das crises epilépticas, determinados
pela inadequada evolução do ciclos REM e N-REM, fragmentação deste comportamento
determinado pelos despertares freqüentes, hipoxemia e conseqüente privação do sono como
já anteriormente citada. Especial situação referente ao sono, mas que se observa durante
o período de vigília, e que vale a pena sempre ser lembrada no leque dos diagnósticos
diferenciais com as epilepsias consta das crises catapléticas, componente da narcolepsia.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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NEUROLOGIA ATUAL 59
Reabilitação no AVC
César Minelli
Coordenador do Departamento Científico de Neuro-Reabilitação da ABN
Fellowship em neuro-reabilitação pela Washington University
Mestre e doutor em Neurologia pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP.
NEUROLOGIA ATUAL 60
resultados se mantiveram um ano após a intervenção. A crença de que exercícios de fortalecimento
deveriam ser evitados no membro parético devido ao risco de aumentar a espasticidade não tem
fundamento científico, pelo contrário, este fortalecimento melhorou a capacidade funcional do
membro afetado e esta melhora estava diretamente relacionada a intensidade da terapia. Para o
fortalecimento muscular a estimulação elétrica funcional mostrou-se benéfica. O treinamento
da marcha com suspensão do peso em esteira parece ser útil na reabilitação da deambulação,
o mesmo não acontecendo na ausência da suspensão do peso. O treinamento eletromecânico
também não foi superior a técnica convencional. O uso de órteses e equipamentos de adaptação
funcional apesar de extensamente usados ainda não foram satisfatoriamente avaliados. A
reabilitação cardiovascular pode ser útil já que o próprio descondicionamento físico compromete
a participação do sujeito na reabilitação. Terapias novas como realidade virtual, elaboração de
engramas motores e treinamento do movimento bilateral, parecem promissoras. A estimulação
elétrica cortical, a qual consiste em um processo invasivo com colocação de eletrodos epidurais
para estimular áreas adjacentes à lesionada e consequentemente estimular a neuroplasticidade,
necessita de estudos mais detalhados quanto a segurança e efeitos a longo prazo.
As meta-análises tem revelado que a terapia ocupacional promove uma maior
independência tantos nas atividades básicas da vida diária quanto participação em atividades
na comunidade pós-AVC. Apesar dos benefícios fornecidos ainda não se sabe qual o “pacote”
de atividades que deve ser oferecido na reabilitação para otimizar a recuperação nesta área.
A fonoaudiologia tem como metas na realitação pós AVC melhorar a comunicação
e propiciar uma deglutição segura. Um método simples a beira do leito para se avaliar
a deglutição, apesar de limitado em sensibilidade e especificidade, é testar a capacidade
da deglutição da água. Uma boa parte dos pacientes recupera-se espontaneamente da
disfagia logo nos primeiros dias, mas para aqueles que persistem disfágicos é obrigatória
a avaliação fonoaudiológica. A abordagem principal é quanto as orientações posturais,
técnicas de deglutição e manipulação de textura dos alimentos. Os déficits de linguagem
comprometem severamente as atividades dos pacientes pós-AVC. As evidencias atualmente
disponíveis não mostram um benefício claro das intervenções utilizadas, provavelmente
devido a qualidade baixa dos estudos já realizados.
A terapia cognitiva é voltada para os déficits de atenção, apraxia e hemi-negligência.
Mais uma vez, apesar de estudos mostrarem eficácia de determinadas técnicas a qualidade
dos estudos não indicam uma recomendação forte para estas terapias.
Entre as condições mais específicas, o ombro doloroso pode estar presente em quase
80% dos pacientes pós-AVC. Mobilização precoce do membro e estimulação elétrica
funcional parecem atuar favoravelmente na tanto na prevenção quanto no tratamento.
Os antidepressivos tricíclicos, gabapentina e lamotrigina apresentam boa resposta e
tolerabilitade no manejo da dor neuropática quanto comparada com placebo. Na abordagem
da espasticidade, terapias envolvendo movimentos específicos, posturas, relaxamento
e órteses são muito utilizados, porém empiricamente. Tratamento farmacológico,
principalmente com a aplicação da toxina botulínica, tem papel comprovado na redução da
especificidade, porém com duvidosa melhora em ganho funcional.
NEUROLOGIA ATUAL 61
A reabilitação no AVC utilizando células tronco ainda é uma esperança, não realidade.
Duas principais questões primoridiais precisam de respostas:
1. Que tipo de células tronco devem ser a fonte ideal nos transplantes?
2. Como estas células proporcionariam uma reorganização estrutural no cérebro
que levasse a um ganho funcional em indivíduos transplantados.
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NEUROLOGIA ATUAL 62
Mecanismos da Memória
NEUROLOGIA ATUAL 63
coativacao/sincronizacao de diferentes regioes cerebrais durante tarefas cognitivas, inclusive
a simples nomeacao de um objeto (Kraut et al., 2003). Conforme o modelo de memoria
episodica material-especifica, o sistema hipocampal esquerdo participa predominantemente
na memoria verbal, e o esquerdo, na memoria visual. Do ponto de vista neurofisiologico,
a consolidacao a longo prazo das informacoes ocorre no neocortex gracas a influencia
facilitatoria do sistema hipocampal, mediante o processo de potenciacao a longo prazo
(Kandel et al., 2000).
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NEUROLOGIA ATUAL 64
Cefaléias Crônicas Diárias,
Diagnóstico e Tratamento
Cefaléia crônica diária (CCD) é termo genérico utilizado para agrupar pacientes com
cefaléia diária ou quase diária (mais que 15 dias por mês, por mais de três meses). Ainda
não há consenso quanto à classificação. A classificação das CCD mais empregada é:
Forma Primária
Cefaléia com duração superior a quatro horas: Migrânea transformada e crônica, Cefaléia
do tipo tensional crônica, Cefaléia persistente e diária desde o início, Hemicrânia contínua.
Cefaléia com duração menor que quatro horas: Cefaléia em salvas, Hemicrânia
paroxística crônica, Cefaléia hípnica.
Forma Secundária
Cefaléia pós-traumática, Cefaléias cervicogênicas (ou por desordens da coluna cervical),
Cefaléia associada a distúrbios vasculares (arterites, MAV, hematoma subdural), Cefaléia
associada a distúrbios intracranianos não vasculares (hipertensão intracraniana, infecciosa,
neoplasias), outros tipos (distúrbios da articulação têmporo-mandibular, sinusites).
NEUROLOGIA ATUAL 65
FISIOPATOGENIA
Não está totalmente estabelecida, sendo possível considerar uma série de mecanismos
que atuariam isoladamente ou em conjunto. O uso excessivo de medicação e a cefaléia rebote
que pode causar é de importância capital no surgimento e na manutenção da enxaqueca
transformada e, em menor escala, da cefaléia do tipo tensional crônica. Excitação anormal
de fibras nociceptivas aferentes, maior sensibilização central por aumento da responsividade
no núcleo caudalis com conseqüente diminuição da modulação da dor, deposição de
ferro na substância cinzenta periaquedutal, ativação central espontânea e desregulação
hipotalâmica são outros fatores de mal funcionamento neuronal comumente citados.
Alterações neuroendócrinas, com aumento do cortisol plasmático e redução dos níveis de
prolactina, também sugerem sistema hipotalâmico-hipofisário-adrenal hiperfuncionante.
Pacientes com CCD apresentam redução da serotonina sanguínea e plaquetária que parece
ter relação com o uso excessivo de analgésicos e ergóticos o que levaria a maior supressão
dos sistemas antinociceptivos, já parcialmente suprimidos em pacientes migranosos.
QUADRO CLÍNICO
NEUROLOGIA ATUAL 66
síndrome da cefaléia hípnica. Os tratamentos sugeridos na literatura atual tem sido de pouco
sucesso, exceto em alguns pacientes que obtém remissão completa dos sintomas com o uso do
lítio. Amitriptilina, cafeína, indometacina, são medicamentos que também podem beneficiar.
MEIOS DIAGNÓSTICOS
COMPLICAÇÕES
TRATAMENTO
NEUROLOGIA ATUAL 67
tratada ambulatorialmente; em casos mais difíceis, os pacientes são internados em unidades
especializadas. Esse período pode variar de um a vários meses, ocorrendo em geral acentuação
dos sintomas dolorosos e de abstinência (náuseas, agitação, insônia) principalmente na
primeira semana; por vezes há necessidade do controle da exacerbação dos sintomas e da
abstinência com o uso de benzodiazepínicos. Há propostas controversas como corticosteróides,
dihidroergotamina, divalproato, indometacina injetáveis. Passado o período mais crítico,
inicia-se a fase de melhora e diminuição tanto da intensidade quanto da freqüência das dores
e dos sintomas associados. O tratamento profilático deve ser iniciado precocemente.
É muito importante o seguimento (em geral semanal) do paciente, estimular a
mudança do estilo de vida e o apoio psicológico especializado, com sessões de psicoterapia
de suporte, relaxamento e biofeedback. Deve-se entender que, mesmo iniciado o uso de
medicamentos profiláticos, a resposta pode demorar várias semanas, devido não só às
propriedades farmacológicas das drogas utilizadas, mas ao fato de que estas só se tornam
totalmente efetivas após a o período de desintoxicação em quatro a seis semanas.
Tratamentos fisioterápicos como alongamento, RPG, exercícios específicos, calor
local, eletro-estimulação, bloqueio analgésico do nervo occipital (na cefaléia cervicogênica
ou por compressão do nervo grande occipital), agulhamento de “trigger-points”, têm sido
descritos como procedimentos de melhora. Os resultados com a acupuntura tradicional
ainda são controversos.
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO
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NEUROLOGIA ATUAL 69
Distúrbios Respiratórios
Relacionados às Doenças Neurológicas
O sono é um processo ativo gerado e modulado no sistema nervoso sendo submetido a uma
complexa rede de sistemas neuronais localizados no hipotálamo , tronco encefálico e tálamo.
Os neurônios respiratórios estão localizados na formação reticular do bulbo
constituindo três agrupamentos de neurônios: núcleo respiratório dorsal e ventral no bulbo
inferior e núcleo parabraquial medial no bulbo superior. Os neurônios respiratórios estão
intimamente relacionados aos centros de atividade motora do trato respiratório superior
envolvendo língua e laringe.
A proximidade anatômica dos centros controlando respiração, sono e motilidade do
trato respiratório superior estabelece entre essas estruturas uma interrelação fisiológica .
Com a finalidade de gerar um padrão respiratório normal os centros respiratórios
requerem regulação vestibulocerebelar do tônus da musculatura supraglótica, faringolarin-
geana,diafragmática e músculos intercostais.
Os efeitos da respiração no sono consistem de uma redução no drive respiratório
no sono não REM e alterações complexas no sono REM;
Essa redução no drive respiratório foi descrita por Kleitman.
A resistência das vias aéreas superiores aumenta durante o sono em decorrência da
diminuição do tônus muscular.
O sono pode ser alterado em muitas doenças neurológicas através dos seguintes
mecanismos: lesões em áreas de controle do sono, doenças produzindo dor, paralisia motora
ou pobre mobilidade (síndromes rígido-acinéticas, distonias e outras disfunções motoras) e
ainda decorrente de medicações para controle de doenças neurológicas.
Sonolência diurna excessiva, sono fragmnentado, estridor laríngeo, desordem
comportamental do sono REM, crises epilépticas noturnas, movimentos periódicos durante o sono,
síndrome das pernas inquietas e os distúrbios respiratórios do sono são comuns a muitas doenças
neurológicas. Desordens do sistema vestibulocebelar tais como atrofia olivopontocerebelar
podem causar apnéia do sono devido a prejuízo dos músculos respiratórios.
O dano bilateral dos núcleos respiratórios podem resultar em falência da respiração
automática chamada de curso de Ondine.
NEUROLOGIA ATUAL 70
Em particular, a síndrome da apnéia obstrutiva do sono e outros distúrbios
respiratórios do sono (Respiração de Cheyne Stokes, Apnéias Centrais, Síndrome de
Resistência das Vias Aéreas Superiore) ocorrem em mais de um terço dos pacientes com
doenças neurológicas: Acidente Vascular Encefálico, Demência, Doença de Parkinson,
Síndromes Parkinsonianas Atípicas, Polineuropatias, Doença de Neurônio Motor, Doença
de Placa Motora e Miopatias, Jennum e cols, 2007.
A Síndrome da Apneía Obstrutiva do Sono é fortemente associada a riscos
cardiovasculares e cerebrovasculares com significantes problemas de acidentes de tráfico
e durante o trabalho.
As modalidades de tratamento envolvem o uso de CPAP, CPAP auto-titulável, VPAP
(PAP variável) e Bipap para a SAOS e uso de ventilação volumétrica não invasiva para
pacientes com fraqueza no diafragma.
O tratamento com CPAP diminui as anormalidades respiratórias, reduz os sintomas
de sonolência diurna e os riscos cardiovasculares e cerebrovasculares .
A ventilação não invasiva melhora a qualidade de vida nos portadores de Esclerose
Múltipla e na Esclerose Lateral Amiotrófica.
A apresentação enfocará os distúrbios respiratórios do sono nas diferentes áreas de
doenças neurológicas tais como : taupatias (demência de Alzhmeier, paralisia supranuclear
progressiva, degeneração corticobasal), sinucleinopatias (Doença de Parkinson, Atrofia
de Múltiplos Sistemas, Demência de Corpos de Lewy), AVC, ELA, Distrofia miotonica,
miastenias gravis e ataxia espinocerebelar. Também constituiu objetivo caracterizar as
diferentes apresentações clínicas das alterações respiratórias noturnas.
NEUROLOGIA ATUAL 71
Distúrbios do Movimento
Elizabeth Quagliato
Professora Colaboradora do Departamento de Neurologia da
Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas
Especialista em Transtornos do Movimento
DISTONIAS FOCAIS
NEUROLOGIA ATUAL 72
correta dos músculos-alvo e a determinação das doses permite obter excelentes resultados no
blefaroespasmo, na disfonia espasmódica e em algumas formas de distonias ocupacionais.
Blefaroespasmo
É uma das mais comuns formas de distonia e se caracteriza pela contração
involuntária dos músculos orbiculares dos olhos, que se fecham na maior parte do dia.
Causa dificuldade para realizar tarefas que envolvam a visão, comprometendo a vida
profissional e social. Tem início geralmente entre a quinta e a sétimas décadas de vida,
sendo sua prevalência 16 a 133 pro milhão de habitantes.É mais comum nas mulheres,
tem início insidioso, progressão lenta e estabiliza-se após 2 a 3 anos. A TBA tem sido
considerada seu tratamento de escolha.
Distonia cervical
O torcicolo espasmódico é uma distonia focal caracterizada pela contração involuntária
dos músculos cervicais, acarretando espasmos dolorosos e incapacitantes, além de posturas
cervicais anormais. Sua prevalência é de 8,9:100.000 habitantes. Apresenta-se como
rotação da cabeça (torcicolo), inclinação lateral (laterocolo), flexão anterior(anterocolo) ou
extensão (retrocolo). A TBA é considerada sua melhor opção terapêutica.
Disfonia espasmódica
Caracteriza-se pela contração dos músculos laríngeos (tireoaritenóide ou
cricoaritenóide), causando adução ou abdução das cordas vocais durante a fala. Seu tratamento
é feito com aplicações de TBA, através de eletromiografia ou endoscopia, nos músculos
envolvidos. O efeito tem início após cerca de 48 hrs e persiste por 8 a 16 semanas.
Distonias ocupacionais
Sua forma mais comum é a cãibra do escrivão, sendo descritas dezenas de distonias
relacionadas à hiper-utilização de grupos musculares, pela repetição constante de tarefas.
Seu tratamento envolve mudança de função dos músculos envolvidos, aprendizado da língua
Braille e aplicações de TBA nos músculos que parasitam os movimentos involuntários.
Distonia psicogênica
Sugerem este diagnóstico movimentos inconsistentes, que se modificam ao longo
do tempo, e que não se enquadram em nenhum quadro semiológico. Podem remitir
espontaneamente ou com a distração do paciente. Placebo e psicoterapia podem fazê-la
desaparecer. O paciente apresenta, no seu histórico de vida, outros comprometimentos
psiquiátricos evidentes e geralmente se associa a um ganho secundário.
Hemidistonia
Geralmente ocorre no hemicorpo contralateral à lesão ou disfunção do putamen,
sendo, portanto, secundária. Sua causa mais freqüente é a vascular.
NEUROLOGIA ATUAL 73
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NEUROLOGIA ATUAL 74
Ataque Isquêmico Transitório
INTRODUÇÃO
DEFINIÇÃO
NEUROLOGIA ATUAL 75
FISIOPATOLOGIA
ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO
NEUROLOGIA ATUAL 76
Outras linhas de pesquisa recentes sugerem que pacientes com AIT que apresentam
novas lesões isquêmicas nos exames de neuroimagem também tem mais risco de sofrer
um AVC do que aqueles sem estas alterações. Isquêmias observadas na tomografia de
crânio determinam um risco 4 vezes maior de AVE num período de 90 dias.10 A ressonância
magnética, mais sensível pela possibilidade de estudo por difusão (DWI), associa-se a um
risco 2 a 5 vezes maior nos primeiros dias.11
AVALIAÇÃO CLÍNICA
NEUROIMAGEM
NEUROLOGIA ATUAL 77
INVESTIGAÇÃO DE DOENÇA CAROTÍDEA
O ECG deve ser realizado em todos os pacientes para investigação de fibrilação atrial (f.a.)
e para exclusão de arritimias cardíacas ou infarto agudo do miocárdio (IAM). A monitorização
cardíaca contínua intra hospital ou ambulatorial permitem o diagnóstico de f.a. paroxística. A
realização de ecocardiograma transtorácico ou transesofágico quando se suspeita de uma fonte
de cardioembolia e os achados podem modificar a abordagem terapêutica.
TRATAMENTO
NEUROLOGIA ATUAL 78
inicial. O tratamento conservador é a melhor opção para pacientes com estenose < 50%.
O tratamento endovascular tem evoluído nos últimos anos, passando a ser uma opção para
lesões de difícil acesso, quando existem condições médicas que aumentem o risco cirúrgico
ou nos casos de estenose induzida por radioterapia.
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NEUROLOGIA ATUAL 79
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NEUROLOGIA ATUAL 80
Cefaléias Trigêmino Autonômicas
Trata-se de um grupo de cefaléias que tem em comum dois fatos: as dores são unilaterais
acompanhadas de sintomas autonômicos devidos a ativação parassimpática craniana.
Faremos considerações sobre: Cefaléia em salvas, Hemicrania paroxística crônica e
episódica, Cefaléia de curta duração, unilateral, neuralgiforme com hiperemia conjuntival
e lacrimejamento (SUNCT) e Hemicrânia contínua.
Cefaléia em salvas (CS) predomina no sexo masculino,apresenta crises com dores
unilaterais, muito intensas na região orbital, supra-orbital, temporal, durando de 15 a 180
minutos, em geral uma vez ao dia. Iniciam-se muitas vezes a noite. Acompanha pelo menos
um dos seguintes distúrbios autonômicos: hiperemia ocular, lacrimejamento, congestão
nasal, rinorreia, miose e ptose palpebral.
As crises tem frequência de uma a cada dois dias.
Na forma de CS em salvas episódica as crises se repetem por uma semana até um
ano e podem desaparecer por um mês ou mais. Na forma de CS crônica as crises não tem
remissões ou desaparecem por tempo menor que um mês.
As crises da CS melhoram com oxigênio a 100%, 5 a 7 litros por minuto, em máscara.
Na crise pode ser usado triptano injetável como sumatriptano 6 mg s/c.
A prevenção pode ser feita usando um dos seguintes medicamentos: verapamil 160
a 320 mg/dia, metisergida 4 a 10 mg/dia, corticoesteroide em curto período, valproato de
sódio 600 a 200mg/dia, topiramato 100 a 200 mg/dia ou melatonina 10 a 15mg. Na forma
crônica é particularmente útil o carbonato de litio 600 a 900 mg/dia.
Hemicrânia paroxística crônica predomina no sexo feminino. As crises são similares
as da Cefaléia em salvas porem tem duração menor, de 2 a 30 minutos, e se repetem mais
que 5 vezes num dia.
Em geral estes casos não tem remissões e por isto esta forma denomina-se Hemicrania
paroxística crônica (CPH), em contraposição a Hemicrânia paroxística episódica (EPH)
quando as crises tem períodos de remissão de pelo menos um mês.
A característica mais importante desta cefaléia é o fato de ser sensível a indometacina
em doses apropriadas (média de 150 mg/dia) que pode controlar totalmente as crises.
NEUROLOGIA ATUAL 81
Quando esta medicação não é tolerada, existem relatos isolados mostrando efetividade de
naproxeno, prednisona, acetazolamida ou verapamil.
Esta hemicrânia pode se associar a manifestações do tipo neuralgia do trigêmeo,
denominando-se Hemicrania paroxística-tic.
Cefaléia de curta duração, unilateral, neuralgiforme com hiperemia conjuntival e
lacrimejamento (SUNCT).
Trata-se de uma forma rara de cefaléia que apresenta dores neuralgiformes unilaterais
de curta duração, pulsátil ou em pontadas, orbitária, temporal durando de 5 a 240 segundos.
Estas dores se repetem muitas vezes em curto período,as vezes até 200 por dia. Apesar do
aspecto neuralgiforme da dor, esta não é controlada pela carbamazepina. Alguns casos
reagem bem a lamotrigina.
Hemicrania continua (HC) é um quadro de cefaléia unilateral diária continua,com
períodos de exacerbação, podendo se acompanhar de um ou mais sintomas autonômicos
como hiperemia conjuntival e/ou lacrimejamento, congestão nasal/ rinorreia, ptose palpe-
bral e/ou miose.
O fato importante é que se trata de uma forma de cefaléia unilateral que responde
bem à indometacina.
Outras opções que apareecem em relatado isolados são: celebrax 400 a 800 mg ou
topiramato 100 a 200mg.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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NEUROLOGIA ATUAL 82
Demência de Início Precoce
NEUROLOGIA ATUAL 83
Embora este grupo de pacientes seja estudado como um todo, os pacientes que iniciam
o quadro de demência antes dos 45 anos apresentam características distintas. Estima-
se que a prevalência de demência neste grupo seja de 12/100.000. A causa degenerativa
está presente em aproximadamente 30% dos casos sendo mais freqüente degeneração
lobar. A DA foi encontrada raramente neste grupo de doentes. As doenças inflamatórias
ou autoimunes,como Esclerose Múltipla, Lupus, Encefalopatia Autoimune, entre outras,
acometem 20% dos pacientes. Neste grupo, ainda é possível diagnosticar doenças
metabólicas, que habitualmente tem início na infância, embora em aproximadamente 20%
dos pacientes, apesar da intensa investigação a etiologia não seja determinada.
A investigação deve ser realizada buscando determinar uma etiologia tratável ou a
realização de aconselhamento genético. Deverá incluir uma avaliação clínica detalhada, com
exame neurológico, psiquiátrico e neuropsicológico. As alterações de comportamento, humor
ou personalidade deverão ser sempre investigadas junto aos familiares. Os exames subsidiários
usualmente solicitados para os pacientes com início tardio devem ser realizados, complementados
pelo exame de ressonância magnética de crânio, eletroencefalograma, sorologia para HIV.
Outras doenças infecciosas, neoplásicas, mitocondriais, ou intoxicação exógena por diversas
substâncias, como metais pesados, devem ser lembradas. O exame do líquido cefalorraquidiano
deverá ser realizado sempre que a evolução for atípica ou muito rápida. Os demais exames
deverão ser solicitados dependendo das demais características clínicas do paciente, e a
investigação deverá ser sempre extensa para que elucidar a etiologia da demência.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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NEUROLOGIA ATUAL 84
Atualização em Esclerose Múltipla
NEUROLOGIA ATUAL 85
Recomenda-se que o tratamento seja instituído precocemente, visando reduzir a
atividade inflamatória e o dano axonal. É consenso entre os autores que o tratamento
com betainterferona ou acetato de glatirâmer deve ser iniciado frente ao diagnóstico
definido de esclerose múltipla4. Nos pacientes com Síndrome Clínica Isolada (CIS),
o tratamento deve ser considerado depois de avaliado o risco de conversão para
EM3,4. Em qualquer situação, a escolha da terapêutica inicial deverá ser definida
conjuntamente pelo médico e paciente, considerando que os estudos comparativos
entre os imunomoduladores não demonstraram haver diferenças quanto à eficácia4.
Uma vez iniciado o tratamento, este deverá ser monitorado através de exames clínicos
periódicos, visando identificar novos surtos, alterações cognitivas ou progressão da
doença4. A RM de encéfalo ou coluna cervical deverá ser realizada sempre que houver
suspeita de atividade subclínica da mesma.
Estudos com RM demonstraram o aparecimento de lesões e a atrofia cortical
independentemente do curso clínico benigno da EM, sendo sugerido que a suspensão do
tratamento faz com que haja retorno à atividade pré-clínica da doença. Assim, o tratamento
com estes medicamentos deverá ser mantido por tempo indeterminado, exceto em caso de
perda de eficácia ou presença de efeitos colaterais que interfiram na qualidade de vida dos
pacientes, sendo indicada a migração entre as drogas em caso de falha terapeutica4.
O natalizumabe é um anticorpo monoclonal humanizado, que tem seu uso indicado
nos pacientes que não responderam adequadamente ao tratamento com betainterferona
ou acetato de glatirâmer e que apresentam grande atividade da doença ou naqueles
recém diagnosticados com doença agressiva4,5. Deve ser utilizado exclusivamente como
monoterapia, em pacientes imunocompetentes, desde que a terapia com INF-b ou AG tenha
sido suspensa há pelo menos 14 dias. Para aqueles pacientes em uso de imunossupressores,
sugere-se um intervalo mínimo de três a seis meses. Não existem evidencias para uso nas
formas progressivas da doença5.
O mitoxantrone teve seu uso aprovado para pacientes com a forma secundariamente
progressiva, progressiva com surtos ou a forma remitente-recorrente que tenha apresentado
falha terapêutica com o uso de imunomoduladores4. Os pacientes devem ser monitorados
quanto à função cardíaca antes de cada aplicação da droga e a dose cumulativa máxima
de 100 mg/m2 de área corporal deve ser respeitada. Outros imunossupressores como
azatioprina, ciclofosfamida, micofenolato, embora sem estudos conclusivos quanto a sua
eficácia, são considerados uma opção terapêutica se as demais não foram eficazes.
Diversas drogas encontram-se em estudo para o tratamento da EM. Todos atuam
na fase inicial da doença, quando predomina a atividade inflamatória. Os anticorpos
monoclonais atingem alvos específicos da cascata inflamatória, e além do natalizumab
já aprovado, outros como o alentuzumabe, o rituximabe, o daclizumabe, entre outros,
encontram-se em fase de conclusão das fases III e II. Entre os medicamentos orais temos o
fingolimode, a cladribina, o ácido fumárico, a teriflunomida, o laquinimode e o tensilorimo.
Os dois primeiros já demonstraram bons resultados de fase II, e encontram-se em conclusão
do estudo fase III.
NEUROLOGIA ATUAL 86
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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NEUROLOGIA ATUAL 87
Primórdios da Neurologia na FMUSP
Antonio Spina-França
Professor Emérito de Neurologia da FMUSP.
NEUROLOGIA ATUAL 88
Tem início, assim, a segunda fase da Neurologia na FMUSP, a fase dourada. A dupla
Tolosa-Lange atua nesta fase desde o falecimento de Vampré até 1965, quando Lange passa
a dedicar-se integralmente a sua maior obra, o periódico Arquivos de Neuro-Psiquiatria
que, com Longo e Tolosa, fundara em 1943. Nessa fase, inicia-se o amadurecimento de
discípulos, após doutorar-se, alcançam por concurso o grau de Docente Livre. Ainda, esse
período se enriquece com o desenvolvimento de setores paralelos, como os de LCR, de EEG
e de EMG. Desenvolve-se também o aprimoramento na especialidade, com a introdução
curricular da Residência. Todos esses passos ocorrem já no ambiente do Hospital das Clínicas
(HC) da FMUSP, para o qual se transferira em 1945-1946 deixando a Santa Casa.
Com a aposentadoria de Lange em 1965, inicia-se o segundo período dessa fase, o de
Tolosa-Canelas. Horacio Martins Canelas foi o discípulo dileto de Lange e, após a aposentadoria
de Tolosa, o novo Titular de Neurologia da FMUSP. A partir de 1970, o responsável pela era
seguinte, a do estabelecimento das conquistas alcançadas. Brevemente, neste novo período,
sucessivamente assistem-se passos universitários de monta: o estabelecimento do Ensino
de Pós-Graduação em Neurologia da USP (1972-1973); a reestruturação da Residência nas
especialidades neurológicas dentro dos ditames do Conselho Nacional de Residência Médica
(1975); a inclusão de novo Professor Titular no rol das disciplinas neurológicas, em 1977,
posição por concurso brilhantemente preenchida por Antonio F. Branco Lefèvre; restauração
em 1979 do Departamento de Neurologia da FMUSP, que fora consumido na fogueira das
paixões de uma reforma universitária inoportuna.
Não foi pouco o que também se construiu desde então.
Não se acham nos muitos dias da Clínica Neurológica da FMUSP e nem naquelas
de escolas de igual produtividade, razões para alienar da literatura internacional o que
produzimos. Cabe-nos descobrir os motivos e, um a um, vencer por apontar nossa realidade
científica e cultural.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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São Paulo: Lemos Editorial, 1999: 43-51.
NEUROLOGIA ATUAL 89
Neurotuberculose e Neurossífilis
NEUROLOGIA ATUAL 90
Em ambas afecções o diagnóstico deve ser feito pela história clínica, antecendentes
epidemiológicos, exames de neuroimagem que apresentam vários tipos de lesões, porém,
inespecíficas, e exame do líquido cefalorraquidiano (LCR). Este é o padrão ouro para o
diagnóstico e acompanhamento evolutivo em ambas afecções. O quadro geral do exame do
LCR pode ser o mesmo em ambas doenças:
1. pressão inicial normal ou discretamente elevada;
2. pleocitose discreta (NS) e moderada (NT) com presença de células
linfomononucleadas e polinucleares neutrófilos. Estes podem predominar na
neurotuberculose;
3. aumento do teor protéico com aumento do teor de globulinas gama. Na NS este
aumento é de moderado a intenso por vezes com distribuição oligoclonal;
4. hipoglicorraquia na NT com aumento do teor de lactato;
5. aumento da enzima adenosino deaminase (ADA), na NT.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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NEUROLOGIA ATUAL 91
Crises Febris
As crises febris (CF) são muito freqüentes nas crianças entre os 3 meses e os
5 anos de idade, e constituem a causa mais comum de atendimento na emergência
pediátrica. Embora tenha natureza benigna, que pode ser comprovada após vários
estudos populacionais longitudinais, a experiência de ver uma criança em crise epiléptica
é aterrorizante para os pais. Estes precisam ser bem orientados quanto a anormalidade e
a conduta frente aos episódios febris.
O conceito de CF será avaliado historicamente, junto com a história natural da
anormalidade. Serão abordados os aspectos evolutivos da criança que propiciam este estado
de hiperexcitabilidade.
As CF se classificam em simples e complexas de acordo com o tempo de duração, tipo
e recorrência das crises. O risco para o desenvolvimento de novas crises febris ou de evolução
para epilepsia difere entre estas duas categorias, mas são pouco freqüentes. O diagnóstico
diferencial e os exames subsidiários serão avaliados, lembrando que a principal dúvida surge
nos lactentes no primeiro ano de vida, sobre a necessidade ou não de se puncionar para a
obtenção do LCR, na suspeita de quadro CF por provável meningo-encefalite.
A etiopatogenia sempre merece ser discutida, e os aspectos genéticos hoje tão em
moda serão abordados. Será que a crise febril prolongada pode levar ao desenvolvimento
da esclerose temporal mesial?
Das crianças que apresentaram CF, 1/3 apresentarão recorrência e podem ser passíveis
de tratamento para prevenir recorrências. Não há ainda um consenso se as CF devem ser
tratadas de acordo com os fatores de risco para recorrência ou para epilepsia.
O tratamento da fase aguda e o de longo prazo serão avaliados com as medicações
mais empregadas. Tem-se orientado tratar as CF com pelo menos um fator de risco para
recorrência, ou àquelas com quadros atípicos, por exemplo, crianças com mais de duas a
três CF simples; bem como CF simples associada a alterações eletrencefalográficas ou a
anormalidades do SNC observadas a neuroimagem. Outros casos que merecem tratamento
são as CF prolongadas, já que podem causar lesão hipocampal, esclerose temporal mesial,
com conseqüente epilepsia.
NEUROLOGIA ATUAL 92
O tratamento contínuo não tem mostrado um efeito na prevenção do
desenvolvimento da epilepsia, mas é efetivo para prevenir as recorrências. O tratamento
eventual é preferível ao contínuo por ser efetivo e levar a um menor número de efeitos
colaterais. Para cada caso, os riscos dos efeitos colaterais das medicações antiepilépticas
devem ser ponderados em relação aos benefícios.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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NEUROLOGIA ATUAL 93
Síndromes Epilépticas na Infância
As causas das síndromes epilépticas na infância têm sido cada vez mais elucidadas
com os avanços no campo da genética1,2, dos erros inatos do metabolismo e da neuroimagem.
Estas, aliadas aos avanços nos procedimentos de monitorização por vídeo-EEG têm
redirecionado as condutas médicas, desde anamnese ao manejo terapêutico e prognóstico.
No campo da genética da neurotransmissão, as descobertas de alterações em genes de
subunidades de receptores A do ácido gama-amino-butírico2,3, por exemplo, têm esclarecido
a origem autossômica dominante de síndromes generalizadas como a conhecida ausência
com EEG típico com ponta-onda generalizada a 3 Hz (subunidades beta3, gama1 e alfa1);
a epilepsia mioclônica juvenil (subunidades delta e alfa1), a epilepsia generalizada com
convulsões febris plus (subunidades delta); a epilepsia mioclônica grave - síndrome de
Dravet - ( subunidades gama2), e, porque não incluir aqui as crises familiais febris simples,
decorrentes de mutações encontradas em subunidades gama2. Entre as canalopatias voltagens
dependentes na membrana neuronal, por alterações em canais de potássio descreveram-se
famílias com crises neonatais benignas; e em canais de sódio ( SCNA1) foram descritas as
epilepsias frontais noturnas, as mioclonias graves da infância - síndrome de Dravet - , como
também famílias com epilepsia generalizada com convulsões febris plus (ambas, portanto,
com outros sítios na membrana, além dos domínios de entrada do receptor GABA-A).
A síndrome de West, descrita há quase 170 anos, tem sido encontrada em crianças com
alterações gênicas (Xp22.3-p21.1) em herança recessiva ligada ao X, que resulta em
deficiência da proteina CDKL5 (cyclin-dependent kinase-like 5, codificada no gene STK9).4
Nesses casos, além dos espasmos, ocorre grave encefalopatia, com quadro variável, desde
hipotonias intensas precoces a quadros semelhantes à síndrome de Rett, sendo a resposta à
vigabatrina ou esteróides variável, com algumas crianças rapidamente responsivas e outras
com controle mais difícil, indicando-se às vezes intervenção cirúrgica5.
Portanto a síndrome de West, além dos casos sintomáticos decorrentes de disgenesias
como lissencefalia e hemimegaencefalia, displasias focais, septais ou agenesia calosa,
ou ainda decorrente da esclerose tuberosa e fatores infecciosos ou vasculares pré, peri
ou pós-natais no primeiro semestre de vida, inclui-se entre as síndromes genéticas,
NEUROLOGIA ATUAL 94
cromossomopatias como a síndrome de Down e a do 1p36, e a monogênica, STK9, além
do gene ARX5,6. Os espasmos infantis apresentam-se ainda em alguns erros inatos do
metabolismo, de natureza autossômica recessiva: a síndrome de Menkes (kinky hair disease
- cabelo duro e quebradiço, por deficiência de cobre), a deficiência de tetrahidrobiopterina -
hiperfenilalaninemia intratável e outras, como as peroxisomiais. Nas síndromes metabólicas
os espasmos costumam aparecer mais precocemente do que nas formas criptogênicas e
muitas vezes com outros tipos de crises precedendo ou concomitantes.
Entre as síndromes epilépticas com surto-supressão, são reconhecidas duas pela
ILAE5: a síndrome de Ohtahara e a encefalopatia mioclônica neonatal. Esta segunda é
encontrada em erros inatos:
1. No erro de clivagem da glicina, a hiperglicinemia não cetótica, que pode responder
(sempre parcialmente) ao diazepam como droga de manutenção, havendo relato
de piora do distúrbio metabólico com uso da vigabatrina.
2. Síndrome de Menkes (kinky hair disease - cabelo duro e quebradiço, por deficiência
de cobre), na qual o recém-nascido hipotônico adquire hipertonia precoce e grave.
3. Dependência da piridoxina, relacionada ao gene Antiquitin7, que causa excessiva
excreção renal do semi-aldeído alfa-aminoadípico, um quelante da piridoxina.
Elevado nível de ácido pipecólico no liquor é um marcador que pode ser utilizado
na clínica. Nesta as crises são frequentemente sutis do tipo apneicas e cianóticas,
mas podem se apresentar como mioclônicas inclusive no período fetal, como
descrito nos primeiros relatos da doença.
4. Dependência do piridoxal fosfato, que cursa com importante comprometimento
sanguineo, com anemia hipocrômica, trombocitopenia e coagulopatia. As crises
podem cursar com intensa salivação e movimentos orais e somente respondem
ao piridoxal-fosfato, não responde a anticonvulsivantes e nem à piridoxina.8,9
5. Deficiência do transportador de glutamato na mitocôndria, com hipotonia e
encefalopatia com atrofia cerebral10.
NEUROLOGIA ATUAL 95
Algumas síndromes apresentam características clínicas peculiares, sem relação com
erros inatos de metabolismo, como a parcial migratória maligna, de aparecimento ainda nos
primeiros meses; assim como aquelas do período pré-escolar e escolar, como a mioclônico-
astática, as benignas centro-temporais e occipitais de Gastaut e de Panayiotopoulos, a
encefalopatia epiléptica devastante da criança em idade escolar, encefalopatia epiléptica
com ponta-onda contínua do sono lento, que inclui a síndrome de Landau-Kleffner, com
alguma pista no gene da disfasia de expressão5.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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NEUROLOGIA ATUAL 96
Traumatismo Raquimedular
Dr. Luciano Haddad1, Dr. Mauro Suzuki2, Dr.José Carlos Esteves Veiga3
1
Médico assistente da disciplina de neurocirurgia, 2 Médico residente da disciplina de neurocirurgia,
3
Chefe da disciplina de neurocirurgia
NEUROLOGIA ATUAL 97
O tratamento clínico inicial visa a imobilização da coluna vertebral e prevenção
de novos déficits. O uso rotineiro de altas doses de corticoesteróides para traumatismos
fechados parece ter cada vez menos indicações na prática clínica neurocirúrgica moderna
devido aos nocivos efeitos colaterais além dos resultados pouco satisfatórios quanto a
melhora funcional à longo prazo. (5,8)
O tratamento cirúrgico após o TRM visa a estabilização da coluna para reabilitação
precoce, prevenção de novos danos neurológicos e deformidades, além, da restauração da
função medular quando possível. (7)
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NEUROLOGIA ATUAL 98
Cuidados Paliativos em Fase Avançada
NEUROLOGIA ATUAL 99
a capacidade vital forçada respiratória em 50% do predito ou menor. Normalmente o
início do uso se faz pelo período noturno em função da hipoventilação, progredindo
para períodos somatórios. A instalação precoce deste tipo de assistência ventilatória
aumenta sobrevida e a qualidade de vida dos pacientes.
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Marcos Moreira
Mestre e Doutor em Medicina
Professor do serviço de Neurologia da Universidade Federal de Juiz de Fora
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Sabemos que sono é importante, ainda que a função do sono não esteja totalmente
esclarecida, não há evidência que exista alguma espécie animal em que o sono não esteja
presente. Embora ainda não seja claro se a privação de sono é seguida por intrusões de
sono e perda cognitiva porque nos tornamos sonolentos, cansados ou ambos, as evidências
indicam que a falta de sono tem sérias conseqüências, especialmente para o cérebro,
A privação crônica de sono é frequentemente experenciada devido a condições
médicas, distúrbios do sono, demanda de trabalho, responsabilidades domésticas e sociais
e estilo de vida.
A privação parcial de sono pode ocorrer de três modos: como fragmentação de sono,
que ocorre em algumas doenças do sono, como por exemplo, a apnéia do sono não tratada. O
segundo tipo de privação parcial do sono envolve perda específica de um estágio fisiológico
do sono, é menos comum que os outros tipos, e está relacionada ao uso de medicamentos
que suprimem estágios específicos do sono, ou quando a fragmentação é restrita a estágios
específicos como, por exemplo, quando os episódios de apnéia rompem primariamente um
estágio do sono, como o sono REM. O terceiro tipo de privação parcial de sono é a restrição
de sono, o qual também é chamado de débito de sono, que se caracteriza por redução na
duração do sono, este tipo é bastante comum.
Muitos experimentos têm demonstrado que privação de sono aumenta lapsos
comportamentais durante execução de tarefas, que são refletidos como rápidos cochilos.
Com a continuação da falta de sono, esses lapsos podem durar de 0,5 segundo a 10 segundos,
podendo progredir para ataques repentinos de sono total (lapsos dos quais o sujeito não sai
espontaneamente, sem estímulo adicional). Existe a hipótese de que os lapsos produzidos pela
perda de sono podem ser originados nos sistemas subcorticais de início do sono (hipotálamo,
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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A. TRANSTORNOS PRIMÁRIOS
B. TRANSTORNOS SECUNDÁRIOS
TRATAMENTO
C. OUTROS CRSD
Nesta categoria poderão ser colocados quadros clínicos que preenchem os critérios
de CRSD, não enquadrados nos outros acima classificados.
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A esclerose múltipla (EM) é uma doença do sistema nervoso central (SNC) considerada
como uma doença desmielinizante de origem inflamatória crônica. Caracteriza-se por
uma resposta auto-imuno a componentes da mielina, que se manifestada em indivíduos
geneticamente susceptíveis, desencadeada por um ou mais agentes ambientais. Um pro-
cesso degenerativo de células nervosas esta presente na fisiopatologia da doença. Linhas
de pesquisam especulam se este processo degenerativo antecede, ou se é conseqüente ao
processo inflamatório.
As limitações da abordagem diagnóstica da EM atual, é que não há um parâmetro
clínico ou paraclínico, que possa garantir ou excluir o diagnóstico, de maneira inequívoca.
Enquanto as técnicas de imagem são de particular importância para demonstrar lesões
características, e comprovar a disseminação destas lesões no tempo e espaço, o LCR se
constitui como importante ferramenta que demonstra uma inflamação crônica no SNC, com
características próprias da doença. O estudo do LCR também permite afastar o diagnóstico
de outras doenças, passíveis de inclusão entre os diagnósticos diferenciais da EM.
Medidas da concentração das imunoglobulinas é um importante item da análise
do LCR, comprovando a presença de uma atividade inflamatória. Um dos métodos mais
utilizados para a caracterização da produção intratecal de imunoglobulinas é a pesquisa de
bandas oligoclonais (BOC), simultaneamente no LCR e no soro.
No último painel internacional, para consenso e recomendações da análise do LCR,
considerou-se a focalização isoelétrica seguida do immunoblotting a técnica padrão ouro
para a pesquisa de BOC. A definição de presença de BOC consiste na comprovação da
presença de dois ou mais clones de imunoglobulinas presentes no LCR e ausentes no soro.
As BOC não são alterações específicas da EM. Demonstra-se a presença de BOC em
doenças inflamatórias ou infecciosas do SNC, embora os registros quanto à sua freqüência
sejam variáveis. Além disso, alguns autores descrevem a presença de BOC mesmo em
algumas doenças não inflamatórias.
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Nos últimos anos, pesquisadores têm desenvolvido novos agentes para o tratamento
de pacientes com a esclerose múltipla (EM), movendo de uma era limitada por terapias
sintomáticas, para outra era das terapias modificadoras da doença. Muitos pacientes agora
são beneficiados pelo uso de agentes imunomoduladores como os interferons beta 1a, 1b
e o acetado de glatirâmer, para reduzir a frequência de surtos, a carga da doença à imagem
por ressonância magnética (IRM), retardando assim a incapacidade física.
Diretrizes internacionais para o uso de agentes modificadores da doença enfatizam
a necessidade de iniciar o tratamento o mais cedo possível. Essas diretrizes se baseiam em
estudos de história natural da doença, que demonstram que 20 a 25 anos após o início dos
sintomas, quase 90% dos pacientes com EM terão incapacidade grave. Infelizmente, não
temos meios validados para diferenciação precisa entre indivíduos que apresentarão um
curso leve, moderado ou mais grave da doença.
A escolha e o tempo de início do tratamento com agentes modificadores da doença
ainda permanece controverso, particularmente em pacientes que apresentam com síndrome
clínica isolada (CIS). Contudo há um aumento de evidências sugerindo que um tratamento
precoce é benéfico. Os critérios de McDonald, revisados em 2005, permitem antecipar o
diagnóstico da EM em pacientes com o primeiro episódio sugestivo de desmielinização.
Embora o diagnóstico precoce tenha sido muito debatido quanto aos prós e contras do início
da terapia, a decisão final sobre quando iniciar o tratamento deve ser tomada em conjunto
pelo médico, paciente e familiares, após revisão das evidências existentes. Estudos que
suportam o tratamento precoce se baseiam nas evidências que mostram que os aspectos
clínicos dos primeiros anos da doença irão sofrer impacto na evolução a longo prazo.
Pacientes com as formas clínicas que cursam com surtos e que estejam em fase
ativa da doença, podem se beneficiar da terapia imunomoduladora. Definem-se fase ativa
da doença as formas clínicas que apresentam um surto clínico nos últimos dois anos, ou
que evidenciem sinais de atividade inflamatória ao estudo de IRM. As imagens nessas
formas revelam presença de novas lesões ponderadas em T2 e Flair ou lesões captantes de
gadolínio em imagens ponderadas em T1.
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HTLV
Estudos têm demonstrado que de fato, tanto o HIV-1 quanto o HTLV-I, podem se
ativar mutualmente em culturas de células, com a possibilidade da coinfecção HIV-1/
HTLV-I aumentar a incidência de mielopatia, bem como ter impacto na sobrevida
destes pacientes.
1. Penalva de Oliveira, AC; Vidal, JE; et al. Complicações Neurológicas das Retroviroses Humanas: HTLV/HIV; 2346.
Em Lopes, AC. Tratado de Clínica Médica, Ed. Roca, 2006, São Paulo.
Ricardo Nitrini
Professor Associado de Neurologia - FMUSP
Coordenador do Centro de Referência em Distúrbios Cognitivos (CEREDIC)
Coordenador do Programa de Pós-graduação em Neurologia - FMUSP
Agitação ocorre em 70% dos casos e pode manifestar-se com ou sem agressividade.
Comportamento motor aberrante tem sido incluído na agitação por muitos autores. Embora
ocorra em cerca de 10% dos pacientes na fase inicial, acomete mais de 80% na fase avançada.
Apatia é um dos sintomas mais comuns, ocorre em 40 a 80% dos pacientes e sua
freqüência aumenta com a progressão do declínio cognitivo.
Desinibição pode ocorrer em 30 a 40% dos casos (falta de respeito às regras do
convívio social ou aos sentimentos alheios, impulsividade, perda de auto-controle)
TRANSTORNOS DO HUMOR NA DA
Depressão tem sido relatada em 30 a 50% dos casos, enquanto ansiedade ocorre
com freqüência um pouco menor (20-30%). Euforia é menos comum <10% e mania ainda
menos frequente.
Delírios são comuns (40 a 65%) e no início confundem-se com as falhas que podem
ocorrer por declínio da memória, quando o paciente não sabe onde deixou algo e julga que
alguém lhe roubou. Mas com o tempo, fica mais evidente o caráter delirante dos sintomas
TRANSTORNOS DA PERCEPÇÃO
DIAGNÓSTICO
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO
4. Insônia
Trazodona
Quetiapina
Zolpidem
Benzodiazepínicos (curto prazo)
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
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Ricardo Nitrini
Professor Associado de Neurologia - FMUSP
Coordenador do Centro de Referência em Distúrbios Cognitivos (CEREDIC)
Coordenador do Programa de Pós-graduação em Neurologia - FMUSP
DIAGNÓSTICO
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Rosa Hasan
Neurologista, médica responsável pelo Laboratório de Sono da Faculdade de Medicina do ABC;
Médica Assistente do Centro de Sono do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da FMUSP;
Coordenadora do Departamento Científico de Sono da Academia Brasileira de Neurologia.
TRATAMENTO
Transtornos do despertar - TD
Transtornos do despertar são parassonias que se apresentam como um despertar
parcial do sono NREM com confusão mental isoladamente ou com manifestações motoras
complexas como deambulação, vocalização e ou manifestações autonômicas.
Os TD apresentam certas características em comum1,5:
histórico familiar positivo,
surgem do sono de ondas lentas (estágios 3 e 4 do sono NREM) e nunca de
sono REM,
ocorrem no primeiro terço do ciclo do sono ou a partir do despertar de manhã,
amnésia parcial ou total para o evento,
são comuns na infância e diminuem ou desaparecem com a idade,
é comum a associação de dois tipos de transtornos do despertar no mesmo portador,
Sonambulismo - SN
Caracterizam-se por comportamentos motores confusionais iniciando-se abruptamente
a partir do sono NREM. Comportamentos semi-estruturados, automáticos com sentar-se na
cama, levantar e até deambular vagarosamente caracteristicamente de olhos abertos e vidrados
com uma expressão facial vaga e distante, ora evoluindo (mais comumente em adultos) com
Terror noturno - TN
TN é caracterizado por um despertar confusional súbito de sono de ondas lentas
acompanhado de sentar na cama, há um grito estridente e agudo, intensa ativação do
sistema nervoso autonômico (taquicardia, taquipnéia, vermelhidão de pele, sudorese,
midríase, aumento do tônus muscular) e fácies de extremo terror4. Nos adultos pode haver
deambulação ou até correr, relatos de sonhos fragmentados comportamentos lesivos
violentos. Os episódios duram de 5 a 20 minutos.
TN tem uma prevalência de 1 a 6% na infância e de cerca de 2% em adultos. A
persistência ou aparecimento na idade adulta tem as mesmas implicações fisiopatológicas
que o sonambulismo.
Diagnóstico dos TD
O diagnóstico dos TD é clínico, mas a polissonografia está indicada em casos de
dúvida diagnóstica, necessidade de diagnóstico diferencial com epilepsia, resistência ao
tratamento, e deve ser realizada com derivações adicionais para eletrencefalografia.
Tratamento
Medidas gerais, medidas de segurança no ambiente de sono, práticas de higiene de
sono, hipnose, técnicas de relaxamento e psicoterapia anti-estresse são úteis5. Os agentes
farmacológicos mais usados são:
OUTRAS PARASSONIAS
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Com absoluta certeza, a melhor conduta no acidente vascular (AVC) cerebral é a prevenção.
O AVC é uma doença de graves conseqüências e passível de prevenção; assim todos os cuidado
devem ser tomados para evitarmos o aparecimento o deste temível problema. A prevenção é uma
atitude fundamental e prioritária e todo profissional de saúde deve estar engajado nesta tarefa.
Não vamos nos detalhar neste importante item pois será abordado separadamente em outros
capítulos. Neste capítulo, vamos nos deter principalmente no tratamento da fase aguda do AVC.
Chama-se fase aguda do AVC, a fase em que estão ocorrendo significativas alterações
no tecido cerebral, devido ao comprometimento da circulação, e que leva ao aparecimento
de isquemia e edema (que compõem a área de penumbra) e que podem evoluir para o
infarto cerebral. A caracterização da fase aguda varia segundo diferentes autores, podendo
ser definida como uma fase hiperaguda, em geral até 4 horas e 30 minutos após o ícto e uma
fase aguda, até 12, 24 ou 48 horas do início dos sintomas. Estes conceitos são de grande
importância, pois a isquemia e o edema são passíveis de correção e reversão, ao passo que o
infarto leva a dano celular irreversível, com a grande possibilidade de seqüelas clínicas. Os
cuidados específicos nesta fase são essenciais e podem mudar o curso da doença, reduzindo
o número de mortes e reduzindo as seqüelas.
O AVC é uma emergência médica e neurológica e obrigatoriamente deve ser
encarado como tal. A caracterização de emergência para o tratamento do AVC é devido a
rápida progressão da lesão após se iniciar a isquemia, com tendência a irreversibilidade e
ao fato de que as possibilidades terapêuticas específicas são tempo dependentes. A maioria
das propostas terapêuticas somente podem ser empregadas dentro de uma estreita janela
terapêutica, fatores que reforçam a idéia de urgência para esta doença. O ideal é se iniciar
o tratamento especializado em até 3 horas do início do quadro clínico.
O AVC é uma doença que tem tratamento específico e a eficácia deste tratamento está
relacionada ao tempo em que o mesmo é instituído e aos métodos e meios oferecidos. Deve-
se combater o niilismo, que até a algumas décadas era a lei, e atualmente é combatido.
Para se atingir esta meta cronológica, é necessário que haja suficiente informação ao
público leigo, para que saiba reconhecer a possibilidade de se tratar de um AVC e saiba que
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ATIVIDADE INTERICTAL
ATIVIDADE ICTAL
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4. Hughes JR. EEG in Clinical Practice, 2nd edition, Butterworth-Heinemann, Newton, MA; 1994.
Cerca de 30% dos infartos cerebrais ocorrem em pacientes entre 18 e 49 anos, porém,
não é bem estabelecido o limite de idade a partir do qual os fatores de risco aterogênicos
predominam. A proporção entre homens e mulheres varia em diferentes populações, com
tendência de haver maior frequência de mulheres no grupo abaixo de 30 anos.
Os mesmos fatores de risco para AVC em idosos ocorrem no jovem: hipertensão
arterial, diabetes melito, dislipidemia, obesidade e doença cardíaca. Neste grupo passa a
ter grande importância fatores ambientais como tabagismo, uso de contraceptivo oral ou
terapia de reposição hormonal e uso de cocaína ou crack. Migrânea tem sido relacionada a
AVCI, especialmente em jovens.
Algumas causas não inflamatórias possíveis ou potenciais relacionadas ao AVC
em jovens: dissecção, displasia fibromuscular, doença de moyamoya, angioendoteliose
neoplásica, homocistinúria, dolicoectasia.
Algumas causas inflamatórias possíveis ou potenciais relacionadas ao AVC em
jovens: doença de Takayassu, arterite granulomatosa, arterite infecciosa (sífilis, tuberculose,
micoses, AIDS, malaria, micoplasmose, herpes), arterites sistêmicas (artrite reumatóide,
sarcoidose, doenças do colágeno, poliarterite nodosa).
Causas hematológicas: hiperviscosidade (síndromes mieloproliferativas, disproteinemias);
coagulopatias (coagulação intravascular disseminada, hemoglobinopatia, deficiências de fatores
da coagulação, terapia com vitamina K).
Causas cardíacas: doença valvar (estenose mitral, prótese valvar, endocardites,
doença reumática), fibrilação atrial, doença do nó sinusal, infarto agudo do miocárdio,
acinesia ou aneurisma da parede do ventrículo esquerdo, aneurisma do septo atrial,
cardiomiopatia dilatada, doença de Chagas, cirurgias cardíacas, defeitos do septo atrial
(forame oval patente) ou ventricular.
Doença pulmonar pode relacionar-se a AVC nos casos de malformação com fístula
e trombose de veia pulmonar.
Outros fenômenos embólicos como embolia gordurosa, embolia fibrocartilaginosa,
embolia gasosa do mergulhador, embolia iatrogênica e embolia de tecido tumoral.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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GLICOCORTICÓIDES
Os glicocorticóides tem efeito apenas a curto prazo e estão indicados em surtos motores
ou sensitivos. A dose recomendada é de 1000 mg / dia de 3 a 5 dias por via endovenosa.
Em casos graves indica-se o uso de 2000 mg/ dia. Em pacientes que apresentam efeitos
colaterais podemos utilizar doses menores (750 mg/dia). Após a pulsoterapia, devemos
manter prednisona oral em doses regressivas por 6 a 10 dias.
IMUNOMODULADORES
IMUNOSSUPRESSORES
ANTICORPOS MONOCLONAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
INTRODUÇÃO
OBJETIVO
METODOLOGIA
DISCUSSÃO
Estes indivíduos não podem ser considerados incapazes devido aos déficits motores
e de fala. O fato de terem sua autonomia reduzida pela dificuldade em expressar-se, não
significa que suas vontades não devam ser respeitadas.
INTRODUÇÃO
O trauma raquimedular (TRM) constitui grave síndrome incapacitante, que acaba por
acarretar em alterações da motricidade, sensibilidade, distúrbios vegetativos e repercussões
psicológicas.
OBJETIVO
METODOLOGIA
RESULTADOS
CONCLUSÃO
As seqüelas pós TRM causam grave incapacidade, e a perda motora leva a dependência
do indivíduo e violação de sua autonomia.
INTRODUCTION
METHODS
RESULTS
A total of 80 patients were considered for the study, counting 48 women (60.00%)
and 32 men (40.00%). Among these, proportions were as follows: 27 patients (33.75%)
with probable Alzheimer’s disease (13 women and 14 men); 19 patients (23.75%) with
CONCLUSION
Alzheimer’s disease was the most frequent cause of dementia in our sample, in
accordance with the majority of epidemiological studies. The relatively high frequency
of normal pressure hydrocephalus is explained by the fact that our service is a regional
reference centre for evaluation and treatment of such condition. In comparison with earlier
studies conducted in our Department of Neurology, the proportion of Alzheimer’s disease
patients has increased, probably due to a greater population demand for assistance in cases
of cognitive symptoms.
INTRODUCTION
METHODS
A total of 75 adult individuals were evaluated between May 2007 and April 2008
at the Hospital das Clínicas - UNICAMP; 37 of them were neurologically healthy
individuals, 37 were acute phase post-stroke patients, and one was a patient who had
a metastatic disease to the central nervous system. Evaluation consisted on a medical
history with complete neurological exam, including tests for attention, visual perception,
phonemic perception, spontaneous speech, fluency, comprehension, repetition, naming,
praxis evaluation (ideomotor/constructional), and the Edinburgh Inventory for analysis
of handedness (scores 10 to 50). The original 10 daily activity items of the Edinburgh
Inventory could receive a score of 1 (stronger right-hand preference) to 5 (stronger left-
hand preference). The 38 patients with brain diseases were submitted to neuroimaging
exams for correlation between the brain injury site and the assessment of handedness or
cerebral dominance for language : all of them underwent a CT scan, and 16 were also
submitted to MR of the brain. Fisher’s exact test was employed for contingency tables
regarding association between the injury site and the presence or absence of aphasia, with
a threshold of significance set at ρ<0.05.
Three subjects (4.0%) were reportedly left-handed, with respective scores 42, 46 and
46 in the Edinburgh Inventory (mean 44.667; s=2.309; SEM=1.333; CV=5.2%). Seventy-
two subjects (96.0%) were right-handed according to the evaluation, with scores varying
from 10 to 23 (mean 12.431; s=3.112; SEM=0.367; CV=25.0%). The patient with cerebral
metastasis was confused, but not aphasic. Among the 37 post-stroke patients, 10 had injuries
to the right hemisphere and 27 to the left : 20 were aphasic, 13 were only dysarthric, and
4 had no speech or language disturbances. None of the non-aphasics had injured classical
language-processing areas. Among all aphasic patients, only one had a right-sided brain
lesion but was reportedly right-handed (score 11 in the Edinburgh Inventory), which
could be due to a case of crossed vascular aphasia (Wernicke’s aphasia). As a whole, the
handedness assessment by way of the Edinburgh Inventory was reliable for estimating
cerebral lateralization in 37 of the 38 brain injured patients (ρ=0.001).
CONCLUSION
OBJECTIVE
BACKGROUND
Aphasia subtypes can predict the vascular territories involved in brain injury, as well
as adversely affect the patients’ quality of life. It would be important to objectively estimate
its role for prognosis in the acute stroke phase.
METHODS
CONCLUSIONS
Global aphasia in the acute stroke phase can adversely affect the prognosis of the
patients, possibly because it denotes the involvement of a larger vascular territory. Muteness
is an important semiological component for this diagnosis.
Guilherme Macedo, Marcel Ushoa, Luana Bello, Jarbas Guimarães, Antonio José Santos
INTRODUÇÃO
OBJETIVOS
Chamar a atenção para diagnóstico clínico precoce dessa doença neurológica, pois
quanto mais rápido a instituição da terapêutica, melhor o prognóstico.
RELATO DE CASO
INTRODUÇÃO
OBJETIVOS
MATERIAL E MÉTODOS
RESULTADOS
CONCLUSÕES
INTRODUÇÃO
OBJETIVO
MÉTODO
RESULTADOS
Houve melhora da função motora de punho e mão, bem como da função sensorial
destes segmentos de forma variável entre os pacientes.
José Eduardo Lima, Luis Fernando C. Ferreira, Vitor Tumas, Wilson Marques Jr.
Divisão de Neurologia do Hospital das Clínicas da
Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo
INTRODUÇÃO
RELATO DE CASO
DISCUSSÃO
Ana Carolina Fernandes Llanas, Marcos Cammarosano Kopczynski, Paulo Dezen Gaiolla
Hospital Israelita Albert Einstein
INTRODUÇÃO
OBJETIVO
METODOLOGIA
Tipo de estudo
Estudo de Caso
Local do Estudo
Clínica Médica Cirúrgica de Neurologia do Hospital Israelita Albert Einstein.
AMOSTRA
RESULTADOS
CONCLUSÃO
1. Bruni et al.Aspectos fisiopatógicos e assistenciais de enfermagem na reabilitação da pessoa com lesão medular. Rev
Esc Enferm USP 2004, 38(1): 71-79.
2. Van Peppen RPS et al. The impact of physical therapy on functional outcomes after stroke: what is the evidence? Clin
Rehabil 2004; 18:833-862.
3. Kendall FP, Mc Creary EK, Provance PG. Músculos Provas e Funções, 4ª ed, São Paulo: Manole;1995.
Marcos Cammarosano Kopczynski, Paulo Dezen Gaiolla, Ana Carolina Fernandes Llanas
Hospital Israelita Albert Einstein
OBJETIVO
METODOLOGIA
Tipo de Estudo
Relato de Caso
Local do Estudo
Clínica Médica Cirúrgica de Neurologia do Hospital Israelita Albert Einstein
AMOSTRA
O paciente iniciou tratamento fisioterpêutico em 05/02 e foi avaliado por meio de dois
instrumentos: a ficha de avaliação de fisioterapia neurológica do Hospital Israelita Albert
Einstein e a Medida de Independência Funcional (MIF - Hetherington e Earlan, 1995). O
Tratamento de Fisioterapia
Foi constituído por duas sessões diárias com atendimentos de 50 minutos cada
por 45 dias. Foram realizados exercícios de fortalecimento global, treino de trocas
posturais, estimulação sensorial e perceptual, treino de controle de tronco em sedestação e
ortostatismo em stand-in-table. Após 3 sessões, iniciou treino da passagem de sedestação
para ortostatismo de maneira mais ativa até conseguir realizar essa troca postural sob
supervisão (sem auxílio). Também passou a treinar equilíbrio em ortostatismo e treino de
marcha com auxílio máximo. Após 40 dias passou a deambular por 200 metros com auxílio
mínimo e 10 metros sob supervisão.
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Kendall, FP; McCreary, EK; Provance, PG. Músculos. Provas e Funções. 4 ed. Manole, São Paulo, 1995. 453 p.
2. Hetherington, H; Earlan, RJ; Kirk, CIC. The disability status of injured patients measured by functional independence
measure (FIM) and their use of rehabilitation services. Injury, 26. 1995; 97-101
INTRODUÇÃO
OBJETIVOS
METODOLOGIA
Estudo retrospectivo com coleta de dados realizada com base no livro de registro da UTI
adulto do Hospital Universitário de Taubaté (SP) (HUT), no período de 1999 a 2005, excluindo-
se os menores de 12 anos. Optou-se pelo estudo da mortalidade proporcional segundo causa, pois
indica de maneira universal a importância de uma causa ou grupo de causas de morte em uma
determinada população, e pode ser utilizada no delineamento de prioridades na área da saúde.
RESULTADOS
Foram encontrados 538 óbitos por todas as causas e 69 óbitos envolvendo diagnóstico
neurológico (coeficiente de mortalidade proporcional variando de 6,12 a 20,00 por ano,
CONCLUSÃO
INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA
OBJETIVOS
METODOLOGIA
A coleta de dados foi realizada com base nos livros de registro da Enfermaria de Neurologia
e Neurocirurgia do Hospital Universitário de Taubaté, no período de 1999 a 2003, entre todas as
idades. Trabalhando os indicadores de saúde específicos; gênero, faixa etária e ano.
RESULTADOS
Entre os 2.206 casos neurológicos presentes para os cinco anos do estudo, houve 96
diagnósticos de tumor encefálico (4,3%) com predomínio de homens 66,7%. Distribuição
CONCLUSÃO
INTRODUÇÃO E OBJETIVOS
MÉTODOS
Coleta de dados por meio de análise de prontuários e entrevista via telefone, com
dezessete pacientes operados na AACD. Foram realizadas vinte e cinco perguntas objetivas.
RESULTADOS
Glória Maria A.S.Tedrus1, Lineu Corrêa Fonseca1, Grace Helena Letro2, Patrícia Mencaroni Kange3
Científica FAPIC/Reitoria. Faculdade de Medicina.
Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas).
1
Professor de Neurologia, 2 Medica do Hospital e Maternidade Celso Pierro, 3 Bolsista de Iniciação
INTRODUÇÃO
OBJETIVO
CASUÍSTICA
METODOLOGIA
RESULTADOS
CONCLUSÃO
A queda não é um evento exclusivo dos idosos, porém para eles esta tem um
significado muito importante, pois pode levá-los a incapacidade, injúria e morte, o que a
torna um problema de saúde pública. Por isso ferramentas que avaliem o risco de quedas
se fazem necessárias para identificar a população de risco e servir como um guia para a
intervenção e o acompanhamento dos resultados obtidos com o tratamento. Nesse sentido,
o objetivo do estudo foi verificar a concordância entre a Escala de Berg Balance e o Biodex
Balance System para predizer risco de quedas em idosos. A amostra foi composta por 62
idosos com idades entre 72-89 anos, sendo 11 participantes do sexo masculino e 51 do
sexo feminino. Para a avaliação do risco de quedas utilizou-se a Escala de Berg Balance e
a plataforma Biodex Balance System - Modo Fall Risk, com o Índice de Kappa verificando
a concordância entre os testes. Foi encontrada concordância razoável entre a Escala de
Berg Balance e a plataforma Biodex Balance System, podendo então o risco de quedas
ser predito por ambas. No entanto, como o uso da plataforma é restrito a alguns serviços,
devido a seu alto custo, conclui-se que a Escala Berg Balance também é um bom método de
avaliação, além de ser mais acessível, menos onerosa e avaliar atividades do cotidiano.
A pesquisa foi desenvolvida no Ambulatório do Serviço de Geriatria e Crônicos do Hospital Servidor Público Estadual -
Francisco Morato de Oliveira.
INTRODUÇÃO
RELATO DE CASO
CONCLUSÃO
Darlene Lessa Machado, Celso Ricardo Fernandes de Carvalho, Maria Bernadete Dutra Resende,
Suely Kazue Marie, Mary Souza Carvalho, Umbertina Conti Reed
Ambulatório de Doenças Neuromusculares do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP
Os problemas respiratórios são causas comuns de mortalidade dos pacientes com DMD
causando padrão respiratório restritivo com redução das pressões respiratórias máximas
e da Capacidade Vital Forçada (CVF), de forma rápida e progressiva. Corticoterapia e
fisioterapia são utilizadas para desacelerar o quadro, porém os resultados destes tratamentos
na função pulmonar permanecem pouco compreendidos.
OBJETIVO
MÉTODOS
Serão avaliados 50 pacientes com diagnóstico de DMD, idade entre sete e 16 anos,
a partir do início do tratamento medicamentoso com corticoterapia e pelo período de 18
meses, através de sete avaliações:
Teste de Função Pulmonar: utilizou-se um espirômetro acoplado a um
microcomputador, calibrado diariamente;
Avaliação das Pressões Respiratórias máximas: a Pressão Inspiratória máxima
(PImáx) e Pressão Expiratória máxima (PEmáx) foram avaliadas utilizando-se um
manovacuômetro.
RESULTADOS PRELIMINARES
CONCLUSÕES
Elaine Cristina da Silva, Darlene Lessa Machado, Maria Bernadete Dutra Resende,
Suely Kazue Marie, Mary Souza Carvalho, Umbertina Conti Reed
Ambulatório de Doenças Neuromusculares do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP
INTRODUÇÃO
OBJETIVO E MÉTODOS
Até o momento, 11 pacientes com idade de seis a 15 anos completaram pelo menos 12
meses de seguimento, ou seja, cinco avaliações. Nestes 11 pacientes ao longo de um ano:
1. Na medida da MFM, que engloba as três variáveis (D1, D2, D3) houve declínio
em 72,73% dos pacientes e 27,27% obtiveram aumento nesta medida.
Gabriela Camargo Remesso, Magali Aldrin Lopes Marion, Isabela Pessa Anequini, Ebe Santos Monteiro,
Sara Regina Delgado de Aguilar Franco, Marcia Maiumi Fukujima, Gilmar Fernandes do Prado
Pronto Socorro do Hospital São Paulo - UNIFESP-EPM
INTRODUÇÃO
OBJETIVO
MÉTODO
CONCLUSÃO
INTRODUÇÃO
OBJETIVO
METODOLOGIA
Os sujeitos foram avaliados pelos instrumentos: Escala de Hoehn & Yahr modificada
(HY), Teste Token (TT) Fluência verbal (FV) e Teste de Extensão de Dígitos (TED). O
Mini-Exame do Estado Mental e a escala de depressão geriátrica foram critérios de exclusão
de quadros demenciais ou depressivos.
RESULTADOS
CONCLUSÃO
Selma Veloso, Daniela Arruda, Elaine Silva, Darlene Machado, Sonia Camiloti
OBJETIVO
MÉTODO
RESULTADOS E CONCLUSÃO
Grupo A
Quatro pacientes com movimentação ativa de um ou mais segmentos do MS,
apresentaram: pontuação inicial da MIF acima de 100, seguindo sem alteração após o
protocolo, o que sugere uma adaptação à seqüela; melhora na goniometria com média de
17,75º; variação de até 1 grau na avaliação do tônus muscular.
Grupo B
Quatro pacientes sem movimentação ativa do MS acometido, apresentaram:
pontuação inicial inferior a 86 pontos na avaliação da MIF, o que demonstra maior
dependência funcional quando comparados ao grupo A; melhora de 75% dos pacientes
na independência funcional, após o protocolo, com maior destaque no item autocuidado
(banho, vestuário superior e alimentação); melhora na goniometria com média de 33,25º;
variação de até 2 grau na avaliação do tônus muscular.
Observou-se que o instrumento de avaliação MIF foi eficaz para quantificar a evolução
funcional dos pacientes pós-AVE, submetidos à aplicação de toxina botulinica, que somado
ao protocolo de reabilitação, auxiliando no desenvolvimento de metas de tratamento.
Apesar de os pacientes do grupo A não terem demonstrado alteração na pontuação da MIF,
foi possível observar a melhora qualitativa, não diminuindo a indicação para a aplicação
da toxina botulínica.
Karina Nocelo Ferreiro, Renata Laurenti Dos Santos, Adriana Bastos Conforto.
Laboratório de Neuroestimulação. Divisão de Clínica Neurológica,
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - São Paulo, SP
OBJETIVOS
MÉTODOS
RESULTADOS
Adriana Bastos Conforto, Karina Nocelo Ferreiro, Camila Tomasi, Renata Laurenti dos Santos,
Viviane Loureiro Moreira, Sueli K.N. Marie, Silvia C. Baltieri, Leonardo G. Cohen
Neurology Department, Hospital das Clínicas, São Paulo University
OBJECTIVE
METHODS
Twenty-two patients were randomized within the second month after a single hemispheric
stroke to application of 2-hour RPNS at one of two stimulus intensities immediately preceding motor
training, three times a week, for one month. Jebsen-Taylor test (JTT, primary endpoint measure),
pinch force, Functional Independence Measure (FIM) and corticomotor excitability to transcranial
magnetic stimulation (TMS) were measured before and 1 after the end of the treatment month.
RESULTS
Baseline motor function tests were comparable across the two RPNS intensity groups.
JTT and FIM improved and motor cortical excitability increased in the lower intensity
RPNS group more than in the higher intensity RPNS group.
CONCLUSIONS
These results indicate that multiple sessions of RPNS could facilitate training effects
on motor function after subacute stroke depending on the intensity of stimulation. Careful
dose-response studies are needed to optimize parameters of RPNS stimulation before
designing costly, larger double-blind multicenter clinical trials.
INTRODUÇÃO
Lesões reversíveis no esplênio do corpo caloso vistas por ressonância magnética tiveram
seu primeiro relato em 1996 e desde então intrigam neurologistas pelas múltiplas possibilidades
diagnósticas, localização peculiar e caráter reversível na maioria das vezes1. As causas mais
relatadas são o uso/retirada de drogas antiepilépticas (DAE) e as encefalites virais, e outras causas
incluem crises epilépticas, hipoglicemia, trauma, e lesão cerebral relacionada à altitude2.
RELATO DE CASO
Paciente masculino, 43 anos, dá entrada no pronto socorro com queixa de febre isolada
há 5 dias, seguida de apatia, astenia e tontura não objetiva. Há 1 dia apresentou queda com
perda da consciência e tremores no corpo, segundo relato do paciente. Na ocasião recebera
medicamento endovenoso do qual não lembrava o nome. Nos dias seguintes, apresentou piora
da apatia e confusão mental. Ao exame físico estava afebril, desorientado temporalmente,
bradipsíquico e pouco colaborativo. Não havia alterações focais no exame neurológico.
Exames complementares: TC de Crânio revelou cisto de aracnóide parietal direito; hemograma
e eletrólitos normais, VHS=45, líquor sem pleocitose com proteína e glicose normais, culturas
negativas e reações negativas para herpes, toxoplasma e citomegalovírus. RM de crânio mostrou
restrição à difusão no esplênio do corpo caloso de padrão ovóide. O paciente recebeu tratamento
com Aciclovir e apresentou melhora clínica. Aguarda realização de RM de controle.
DISCUSSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Tania Oliveira Lopes, Monique Bueno Alves, Lilian Cadah, Carla Sousa Berh, Miguel Neto Cendoroglo
Hospital Israelita Albert Einstein - SP
INTRODUÇÃO
OBJETIVO
CASUÍSTICA
RESULTADOS
Foi relatado o processo desde a sua implementação tendo como diretriz o Manual
Internacional de padrões de Certificação para o cuidado a Doenças ou Condições Específicas
dividido em cinco capítulos:
1. Prestando ou Facilitando o Cuidado foi identificado a necessidade do
desenvolvimento de pessoas e formação dos Comitês;
CONCLUSÕES
Valeska Maria Eboli Bello, Vanessa Laniado Tuchsznajder, Rodrigo Rizek Schultz
INTRODUÇÃO
A demência não é apenas um tipo de doença, ela é considerada uma síndrome, ou seja, é um
grupo de sinais físicos e sintomas, estando presente em várias doenças diferentes. É caracterizada
pelo desenvolvimento de múltiplos déficits cognitivos e alterações de comportamento. O tipo
mais comum de demência é a doença de Alzheimer (DA), sendo a demência vascular (DV) outra
forma comum de síndrome demencial. A demência caracteriza-se por deterioração intelectual
progressiva que interfere nas funções sociais ou ocupacionais diárias. Ocorrem alterações de
memória, orientação, abstração, capacidade de aprender, percepção visuoespacial, linguagem,
praxia, e ainda perda de funções executivas como planejar, organizar e seqüenciar atividades.
O diagnóstico de demência necessita de uma história precisa, de exame neurológico,
clínico, avaliação neuropsicológica, exames laboratoriais e de neuroimagem. A depressão é
uma síndrome clínica muito freqüente na população idosa, sendo comum a coexistência de
depressão e demência. O diagnóstico diferencial entre ambas pode ser de difícil elaboração.
Na depressão, a perda de memória diminui paralelamente à medida que o humor piora, o
que pode confundir com o diagnóstico de demência em fases iniciais da doença, solicitando,
portanto, uma avaliação cuidadosa desses pacientes.
OBJETIVO
MÉTODOS
CASUÍSTICA
RESULTADO
A idade média dos pacientes avaliados foi de 77,5 anos. A média de pontuação no
MEEM foi de 11 pontos de um total de 30. Em relação a ECDD, a média obtida foi de 17
pontos de um total de 38 na escala.
CONCLUSÃO
Estudo realizado no ambulatório de neurologia do comportamento da Faculdade de Medicina de Santo Amaro - Unisa - Centro
de Ensino e Pesquisa - CENEPES “Prof. Dr. Liberato John Alphonse Di Dio” - Hospital Geral do Grajaú - São Paulo - SP.
INTRODUÇÃO
RELATO DE CASO
DISCUSSÃO
Mesmo em casos tratados precocemente, o quadro clínico da encefalite pelo HSV pode
ser extremamente grave. Nos casos em que o tratamento específico é retardado, como ocorreu
com este paciente, que só foi medicado após oito dias, é praticamente certo que o paciente
evolui desfavoravelmente, ou ao óbito ou com seqüelas graves e incapacitantes. Mesmo com
RM e quadro clínico compatíveis com encefalite herpética, esta situação de persistência de
predomínio PMN no LCR levou à confusão diagnóstica e gerou importantes implicações
terapêuticas, com introdução de vários medicamentos antimicrobianos - com efeitos colaterais
importantes - além do aciclovir. É importante sempre ter em mente que, embora raras, infecções
virais do sistema nervoso central podem eventualmente cursar com predomínio PMN no LCR,
condição esta que é geralmente associada apenas a infecções bacterianas.
Raquel Guimarães Costa, Frederico Nakane Nakano, André Cleriston José dos Santos,
José Eduardo Lima, Fabíola Dach, Wilson Marques Júnior, José Geraldo Speciali, Osvaldo Takayanagui
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP
INTRODUÇÃO
RELATO DE CASO
CONCLUSÕES
INTRODUÇÃO
OBJETIVOS
MÉTODOS
RESULTADOS
CONCLUSÕES
INTRODUÇÃO
A avaliação inicial dos pacientes acometidos pelo Acidente Vascular Cerebral (AVC)
é realizada através da Escala de AVC do National Institute of Neurological Disorders and
Stroke (NIHSS). Esta escala varia de 0 a 44 pontos e contempla os déficits neurológicos
apresentados pelo paciente quanto a: orientação, motricidade ocular, campos visuais,
paresia facial, motor membros superiores e inferiores, ataxia apendicular, sensibilidade
dolorosa, linguagem, disartria e extinção e negligência. O resultado da escala de AVC do
NIHSS permite à equipe médica em consonância com escala de coma de Glasgow e os
primeiros exames de imagem pré-determinar o possível prognóstico do paciente. Porém
para avaliação de incapacidades e dependência do paciente não existe uma escala de
fácil aplicabilidade na admissão hospitalar que pode nortear o tipo de assistência a ser
prestada ao paciente.
A Escala de Rankin Modificada (ERM) é utilizada na alta hospitalar para avaliar as
incapacidades dos pacientes, é categorizada em seis níveis: 0- assintomático, 1- sintomas
sem incapacidades, 2- incapacidade leve, 3- incapacidade moderada, 4- incapacidade
moderada a grave, 5- incapacidade grave e 6- óbito.
A ERM pode ser considerada uma importante ferramenta para avaliação funcional
comparativa e para otimizar o planejamento assistencial dos pacientes de Centro de
Atendimento de AVC, que tem como objetivos o diagnóstico rápido, o tratamento eficaz e
a reabilitação precoce de maneira individualizada a todos os pacientes.
OBJETIVO
RESULTADOS
CONCLUSÃO
Monique Bueno Alves, Carolina Engelsmann, Fernando M. Santos Coelho, Alexandre Ottoni Kaup,
Silvia de Barros Ferraz, Alexandre Pieri, Tânia Oliveira Lopes, Miguel Cendoroglo Neto
INTRODUÇÃO
OBJETIVO
MÉTODO
RESULTADOS
589 pacientes foram gerenciados pelo Protocolo AVC no período, 381 foram admitidos
pela Unidade de Primeiro Atendimento (UPA). 41 pacientes receberam terapia trombolítica
CONCLUSÃO
Monique Bueno Alves, Grasiele Sara Ferreira Lopes, Dirley Glitz Santana,
Nilcéia Oliveira R de Freitas, Lourdes Segawa, Delma de Almeida, Marina Vaidotas,
Carolina Engelsmann, Fernando Morgadinho Santos Coelho, Miguel Cendoroglo Neto
Centro de Atendimento ao Paciente com AVC -Hospital Israelita Albert Einstein
INTRODUÇÃO
O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é considerado uma emergência, 85% dos casos
são de etiologia isquêmica (AVCI) e 15% hemorrágica (AVCH). O AVCI possui uma janela
terapêutica para o tratamento, isto é, em até 3 horas do início dos sintomas o paciente pode
ser beneficiado pela terapia trombolítica endovenosa e de 3 a 6 horas pela mesma terapia
por via intra-arterial. Esta terapia tem como objetivo intervir nos processos patológicos
desencadeados pela isquemia cerebral. A fase aguda da doença deve ser encarada como
ameaça à vida do paciente por isso o atendimento deve ser rápido, sistematizado, de
qualidade e prestado por profissionais treinados.
A utilização de indicadores de qualidade é uma estratégia utilizada para melhoria
do processo e é preconizada pela Joint Commission International (JCI), o tempo
porta-imagem é considerado um indicador de resultado do Centro de Atendimento
ao Paciente com AVC do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE). O tempo porta-
imagem é compreendido pelo intervalo entre admissão do paciente na Unidade de
Primeiro Atendimento (UPA) até a liberação do laudo da tomografia. De acordo com o
National Institute of Neurological Disorders and Stroke (NINDS) este tempo deve ser
menor ou igual a 45 minutos. Para priorizar o atendimento dos pacientes com suspeita
de AVC, o Centro de Atendimento ao Paciente com AVC do HIAE instituiu o Código
AVC, uma tecla no telefone da sala de emergência da UPA que aciona uma cadeia de
bips dos setores envolvidos no atendimento de emergência: anestesiologista, equipe
CTI, tomografia, hemodinâmica, transporte de pacientes, enfermeira gerenciadora de
casos. O acionamento da tecla AVC visa “quebrar as paredes do hospital” com isso
reduzir o tempo entre a admissão e a confirmação diagnóstica favorecendo o sucesso
do tratamento.
O objetivo do trabalho foi analisar os casos de TPI maior que 45 minutos e levantar
os fatores que o influenciaram.
RESULTADOS
CONSIDERAÇÕES FINAIS
INTRODUÇÃO
OBJETIVOS
CASUÍSTICA
RESULTADOS
CONCLUSÃO
INTRODUÇÃO
OBJETIVO
CASO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
INTRODUÇÃO
A assistência hospitalar aos pacientes com AVC deve ser rápida e eficiente para minimizar
os danos causados pela interrupção do fluxo sanguíneo cerebral. Atrasos para o início das
medidas terapêuticas podem determinar prejuízos no prognóstico funcional desses pacientes. A
priorização das ações pode ser garantida através da instituição de um protocolo de atendimento
de emergência para os pacientes com suspeita de AVC nas unidades de emergência hospitalares.
A implementação do protocolo gerenciado de AVC no Hospital Moysés Deuscht
– M´Boi Mirim seguiu as diretrizes assistenciais preconizadas pela American Heart
Association e pelo Consenso Brasileiro Cerebrovascular e adotou como sistema de
monitorização da qualidade e segurança os indicadores da Joint Commission International
(JCI). Foram adotados também indicadores de resultados como tempo médio de permanência,
mortalidade, avaliação de incapacidade do paciente na alta e tempo para realização do
primeiro exame de imagem (tempo porta-imagem).
OBJETIVO
MÉTODO
Foram atendidos 114 pacientes com diagnóstico médico de AVC, sendo 97 AVC
Isquêmicos e 17 AVC Hemorrágicos de Abril a Dezembro de 2008.
O tempo médio entre a instalação dos sintomas e admissão hospitalar em 2008 foi
de 14 horas.
A média do tempo porta-imagem no período de agosto a dezembro/2008 foi de
2,66 horas.
O tempo médio de internação hospitalar dos pacientes com AVC isquêmico e
hemorrágico foi de 7,24 dias.
A taxa de uso de antitrombóticos em pacientes com AVC isquêmico em 2008 foi de
79,94%, a profilaxia de trombose venosa profunda foi realizada em 48,71% dos pacientes,
a taxa de adesão a terapia de redução sérica do colesterol foi de 17,66% e a avaliação de
disfagia foi realizada em 36,16% dos pacientes.
A taxa de mortalidade dos pacientes com AVC no período foi de 14%. O grau de
incapacidade médio na alta foi de 3 (Escala Modificada de Rankin).
CONCLUSÃO
OBJETIVO
O objetivo desse estudo foi identificar a prevalência da SPI entre gestantes através
de entrevista clinico diagnóstica individual durante o período pré-natal e determinar a
gravidade dos sintomas através da IRLS.
MÉTODO
RESULTADO
A prevalência de SPI na gravidez foi de 13,5% em nossa amostra, sendo que 90,1%
dos casos iniciaram seus sintomas durante a gravidez. Mais da metade das pacientes
(53,4%) apresentou sintomas graves ou muito graves, e a maioria das gestantes (45,2%)
estavam no terceiro trimestre. A SPI ocorreu predominantemente entre as primigestas
(52,5%). Não observamos diferenças demográficas entre os grupos com ou sem SPI, e nem
as características demográficas se associaram a qualquer característica da SPI.
A SPI durante a gestação é mais freqüente que na população geral, ocorrendo casos
graves e muito graves em mais da metade das gestantes com SPI, ocorre principalmente no
terceiro trimestre e nas primigestas.
INTRODUÇÃO
A Síndrome das Pernas Inquietas (SPI) é uma entidade distinta algumas vezes
confundida com desordem do Movimento Periódico das Pernas. O paciente reclama de
formigamento, sensações desagradáveis ou mesmo dolorosas em membros inferiores.A
condição é caracterizada por intensa urgência em mover ou massagear as pernas, que oferece
algum alívio. Os sintomas usualmente ocorrem quando o indivíduo vai para a cama e daí
causa insônia. Ocorrem acima de 15% da população e aumenta com a idade. É diagnosticada
clinicamente. É comum em idosos com prevalência de 10-35% entre aqueles acima de 65
anos. Tem predominância na população feminina. Embora ela possa ser idiopática, ela
também pode ser associada com deficiência de ferro, artrite reumatóide, insuficiência renal
e uma variedade de lesões neurológicas, especialmente neuropatia periférica.
A patogênese da síndrome não é clara, mas parece envolver anormalidades na
transmissão neural dopaminérgica ou metabolismo do ferro. Há evidência da disfunção
idade relacionada das vias dopaminérgicas descendentes, possivelmente originando-se no
diencéfalo ou tronco cerebral superior.
MÉTODOS
RESULTADOS
Nós estudamos 54 indivíduos sendo 25.92% com idade entre 50-60 anos; 48.14%
entre 61-70 anos; e 25.92% ≥ 71 anos e observamos que 38.97% dos entrevistados
apresentavam SPI, sendo 18.51% não sedentários e 3.70% sedentários, com predomínio
no sexo masculino.
CONCLUSÃO
Observou-se uma maior prevalência de SPI, baseado nos quatro critérios diagnósticos,
ou seja, (sensações estranhas nas pernas, intensa urgência em movimentar as pernas, ocorre
em repouso à noite, melhora com movimento), entre os praticantes de atividade esportiva
do que nos sedentários. Não é possível saber a razão desta diferença neste momento, mas
estes dados justificam a realização de estudos para se, estes indivíduos procuram na prática
de atividade física a melhora dos sintomas ou se a atividade física predispõe a SPI.
INTRODUÇÃO
OBJETIVOS
MATERIAL E MÉTODO
RESULTADOS
Em relação aos dados sócio-demográficos, 30% têm ensino fundamental, 40% têm
ensino médio, 30% têm ensino superior e 55% são casados. Em relação às características
da lesão medular, todas ocorreram a mais de 2 anos, 60% foram completas, 55% ocorreram
entre T3 e T8, 50% ocorreram por arma de fogo e 90% levaram a paraplegias. 90% dos
para-atletas apresentaram bexiga neurogênica, 70% fazem uso de sonda e 30% apresentaram
quadro de infecção urinária na avaliação. Em relação ao tempo total de sono, os para-
atletas deste estudo dormem em média 7 horas e meia por dia. Dos para-atletas avaliados,
70% relataram DS. Os principais DS encontrados foram roncos (30%) e 25% relataram
fragmentação do sono em função da necessidade de esvaziamento da bexiga, com impacto
na qualidade do estado de vigília.
CONCLUSÃO
Manoel Oliveira Antunes, Renato Oliveira Rossi, Vitor Asseituno Morais, Henry Porta Hirschfeld,
João Coin Carvalho, Luciane B Coin Carvalho, Lucila B F Prado, Gilmar F Prado
Neuro-Sono - Disciplina de Neurologia, Medicina de Urgência e
Medicina Baseada em Evidências - Universidade Federal de São Paulo
INTRODUÇÃO
OBJETIVO
MÉTODOS
Através dos relatos dos sujeitos, verifica-se que a formação de grupos terapêuticos
psicodramáticos tem permitido que eles possam identificar-se uns com os outros,
compartilhando as representações da doença durante o processo terapêutico. As técnicas
e fases psicodramáticas têm propiciado a emergência do contexto grupal, que amplia a
consciência dos sujeitos e a possibilidade de surgimento de ações de cuidado, espontâneas e
criativas. Além do acolhimento ao paciente, o trabalho com grupos vem produzindo respostas
clínicas que tem contribuído significativamente com a formação do diagnóstico e a adesão
aos tratamentos propostos. Passaram a ser incorporadas ao diagnóstico e tratamento clínico
dos pacientes sua história, seus valores e dificuldades, o contexto social em que vivem e
principalmente, a representação da doença de que são vítimas. Os benefícios também se
estendem à equipe interdisciplinar, uma vez que é valorizada uma consciência maior sobre
as dimensões subjetivas e sociais dos distúrbios que acometem os pacientes, o que refi na e
aumenta a possibilidade de intervenções mais efetivas e humanas.
CONCLUSÃO
Rafael de Andrade Balsalobre, Marco Antonio Cardoso Machado, Vitor Asseituno Morais,
Renato Oliveira Rossi, Henry Porta Hirschfeld, José Fausto Morais, Gilmar Fernandes Prado
Neuro-Sono - Disciplina de Neurologia, Medicina de Urgência e
Medicina Baseada em Evidências - Universidade Federal de São Paulo, São Paulo - SP.
INTRODUÇÃO
O avanço maxilo mandibular (AMM) cirúrgico, tem sido indicado para o tratamento
da Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono (SAOS), em pacientes apneicos graves, ou que
não toleram ou não obtiveram sucesso em outros tratamentos.
O AMM promove a anteriorização da maxila e mandíbula, promovendo o aumento
do diâmetro das vias aéreas superiores (VAS). O objetivo deste estudo, foi avaliar a eficácia
do AMM no tratamento da SAOS, isoladamente, em pacientes que não sofreram outro
procedimento cirúrgico para SAOS, através de uma revisão sistemática da literatura.
METODOLOGIA
Uma busca sistemática da literatura sem restrições de língua ou tipo de estudo foi
realizada nas seguintes bases de dados: COCHRANE CENTRAL, MEDLINE, EMBASE,
LILACS e Biblioteca Brasileira de Odontologia, além de busca manual nas listas de
referências de cada artigo. Foram incluídos estudos onde participantes apneicos adultos
submeteram-se ao AMM como tratamento. Como medida de desfecho, foram avaliados
o Índice de Apnéia e Hipopnéia (IAH) pré e pós tratamento com AMM. Os artigos foram
analisados segundo critérios padrão estabelecidos pela Cochrane Foundation, e os dados
foram extraídos em ficha específica.
RESULTADOS
(P=0,620)
Segundo o gráfico é possível identificar uma medida de efeito negativa, assim, existe
evidência estatística de que há uma redução do IAH absoluta em torno de 50 unidades.
CONCLUSÕES
Esta revisão sistemática sugere que o AMM para o tratamento da SAOS pode ser
efetivo, porém tal conclusão baseia-se em dados de série de casos. As séries de casos
incluídas foram homogeneas, permitindo metanálise, havendo necessidade de se estudar
as variáveis associadas à população não respondente, para se poder elencar os critérios de
indicação cirúrgica.
INTRODUÇÃO
OBJETIVO
CONCLUSÃO
E.D.S. Melo1, L.G. Cohen3, F.I. dos Reis1, C. Tomasi1, M. Scaff1, A.B. Conforto1,2
1
Neurology Department, Hospital das Clínicas, São Paulo University,
2
Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein, Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo
3
Human Cortical Physiology Section, NINDS/NIH, Bethesda, USA
OBJECTIVE
METHODS
Ten patients with corticosubcortical (3) or subcortical (7) infarcts were included in
the study (seven men). Patients underwent daily sessions of active (n=5) or sham (n=5)
rTMS of the UH during weekdays, for two weeks (total, ten sessions; 1Hz, intensity of 90%
of the resting motor threshold of the unaffected abductor pollicis brevis, for 25 minutes).
Mean age (± standard error) in the active rTMS group was 59.6±4.1 years and in the sham
group, 56±8.8 years. In the active rTMS group, interventions were started, on average,
24±7.1 days after stroke and in the control group, 27±7.3 days. Patients were instructed to
spontaneously report any symptoms and answered a questionnaire after each stimulation
session. Syncope and seizures were also registered.
RESULTS
One patient in the active group and three patients in the sham group reported
headache and nuchal pain during rTMS sessions. In all cases, pain was mild and resolved
spontaneously, minutes after end of stimulation. Three patients in the active group and
four in the sham group reported sleepiness during the procedure. There were no seizures or
other adverse events.
Adverse events were mild and were more frequent in the sham than in the active
group. These preliminary results indicate that repeated sessions of low-frequency rTMS of
the UH was safe in the subacute phase after stroke.
Paulo Dezen Gaiolla, Marcos Cammarosano Kopczynski, Ana Carolina Fernandes Llanas
Hospital Israelita Albert Einstein
INTRODUÇÃO
OBJETIVO
METODOLOGIA
Tipo de estudo
Estudo de Caso.
Local do Estudo
Clinica Médica Cirúrgica de Neurologia do Hospital Israelita Albert Einstein.
AMOSTRA
Foi constituída por um paciente, EAG, 42 anos, que em sua quarta gestação apresentou,
durante a cesárea (após a retirada de feto), hipotensão e dessaturação evoluindo para choque
PROCEDIMENTO
RESULTADOS
CONCLUSÃO
1. Kendall, FP; McCreary, EK; Provance, PG. Músculos. Provas e Funções. 4 ed. Manole, São Paulo, 1995. 453 p.
2. Hetherington, H; Earlan, RJ; Kirk, CIC. The disability status of injured patients measured by functional independence
measure (FIM) and their use of rehabilitation services. Injury, 26. 1995; 97-101
Natalha Taranha Bueno Moreno, Natasha de Camargo Villoslada, Rubens José Gagliardi, Camila Waters.
Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Faculdade de Enfermagem e Disciplina de Neurologia
INTRODUÇÃO
OBJETIVO
Avaliar o estado funcional e qualidade de vida de pacientes que sofreram AVC isquêmico.
MÉTODOS
O trabalho envolveu 32 pessoas que sofreram AVC isquêmico, (13 mulheres), com
idades entre 37 e 93 anos (média: 84 anos). Quanto ao questionário de qualidade de vida
(SSQOL) dois indivíduos responderam que sua saúde é excelente, dois como muito boa,
20 como sendo boa, oito ruim e nenhum indivíduo respondeu muito ruim. Já no Índice de
Barthel nenhum individuo foi classificado como comprometimento severo e grave, porém
três indivíduos foram classificados como comprometimento moderado e 29 como leve.
CONCLUSÃO
INTRODUÇÃO E OBJETIVO
RELATO DE CASO
INTRODUÇÃO
OBJETIVO
MÉTODOS
CONCLUSÃO
INTRODUÇÃO
OBJETIVO
MÉTODO
RESULTADOS
66,66% dos adolescentes se sentem normais tendo epilepsia; 13,33% se sentem mal,
6,66% se sentem tristes; 6,66% se sentem esquisitos e 6,66% não sentem nada de diferente.
Com relação aos sentimentos pós-crise, 26,66% sentem mal estar/cansaço/moleza; 20% se
sentem normais, 26,66% não sentem nada, 13,33% se sentem tristes, 6,66% sentem dor de
CONCLUSÃO
As perguntas foram feitas de forma aberta para dar mais oportunidade para que
os adolescentes colocassem de forma mais detalhada seus pontos de vista, sentimentos
e mesmo dúvidas com relação à epilepsia. Porém todos os adolescentes deram respostas
simples e vagas. Foi observado também que os adolescentes desse estudo têm dificuldade
em discriminar seus sentimentos e uma certa dificuldade em conversar sobre eles. Estes
resultados chamam a atenção para a falta de conhecimento sobre a epilepsia por parte dos
adolescentes portadores e deve ser preocupação importante em programas de intervenção
terapêutica e cuidados de orientação familiar.
INTRODUÇÃO
Define-se insônia de bebês como a dificuldade em iniciar e/ou manter o sono durante
a noite. Nos primeiros meses de vida espera-se uma redução gradual do número de horas de
sono por dia, com consolidação do número de horas contínuas de sono durante a noite. Os
sincronizadores externos do ritmo sono-vigília guardam relação íntima com a atitude dos
familiares em relação ao sono do bebê.
OBJETIVO
MÉTODO
CONCLUSÃO
A alimentação noturna e o habito de dormir com alguma fonte de luz foram mais
freqüentes no grupo-caso, sugerindo que esses hábitos estão associados à fragmentação do
sono dos bebês insones.
Apoio: CAPES
INTRODUÇÃO
METODOLOGIA
Para avaliar a adaptação egóica dos residentes, foi aplicada a Escala Diagnóstica
Operacionalizada (EDAO), a partir de entrevistas psicológicas, que seguiram o modelo de
“Entrevista em Prevenção”, proposta por Simon (1983,2000). Em seguida, foi aplicada a
Escala de sonolência excessiva de Epworth.
CASUÍSTICA
Foram entrevistados 28 residentes (R1) e estagiários (E1), com idade média de 26,6
anos, 15 homens e 13 mulheres, distribuídos nas especialidades de: Gineco e Obstetrícia;
Clínica Médica; Cirurgia; Pediatria; Ortopedia; Otorrino; Radiologia e Psiquiatria.
Observamos que 82% dos residentes avaliados apresentam boa eficácia adaptativa,
18% no entanto, apresentam dificuldades de moderada a severa na eficácia adaptativa do
ego e portanto no equilíbrio psíquico.
43% dos residentes demonstram estar sofrendo de sonolência excessiva diurna em
grau significativo ou patológico.
Entre as mulheres, a porcentagem de sonolência excessiva diurna é maior (54%) do
que entre os homens (33%).
Percebemos que nas especialidades onde a exigência de horários semanais de
trabalho e de plantões é menor, os residentes apresentam melhores resultados adaptativos
e quase nenhuma sonolência excessiva diurna, o contrário se dá nas especialidades em que
os médicos são mais exigidos.
CONCLUSÕES
Michele Devido Santos, Ana Paula Machado Goyano Mac-Kay, Rubens José Gagliardi,
Paulo Sérgio Boggio, Roberta Lianza, Larissa Cangueiro, Marcelia Sousa de Sousa,
Fulvia Eduarda da Silva, Karla de Almeida Lins, Keila Narimatsu
FCMSCSP / Santa Casa de Misericórdia de São Paulo
INTRODUÇÃO
OBJETIVO
METODO
CONCLUSÃO
Este estudo indicia melhora em aspectos da comunicação oral que são, segundo a
literatura 1,2,3,4 desencadeadores de melhora em estruturas lingüísticas mais complexas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Nitsche MA, Schauenburg A, Lang N, et al. Facilitation of implicit motor learning by weak transcranial direct current
stimulation of the primary motor cortex in the human. J Cogn Neurosci;v.15, p.619-26, 2003e.
2. Nitsche, M. A.; Grundey, J.; Liebetanz, D.; Lang, N.; Tergau F.; Paulus, W. Catecholaminergic Consolidation Of Motor
Cortical Neuroplasticity In Humans. Cereb Cortex, Goettingen, v. 14, no. 11, p. 1240-5, nov. 2004a.
3. Paulus, W. Transcranial direct current stimulation (tDCS). Suppl Clin Neurophysiol, Goettingen, v. 56, p. 249-54, 2003.
4. Mansur CG, Fregni F, Boggio PS, Riberto M, Gallucci-Neto J, Santos CM, et al. A sham stimulation-controlled trial
of rTMS of the unaffected hemisphere in stroke patients. Neurology; v.64, nº10, p.1802-1804, 2005.
Alessandro Finkelsztejn1, Yára Dadalti Fragoso2, Elizabeth Regina Comini-Frota3, Paulo Diniz da Gama4,
Anderson Kuntz Grzesiuk5, Jussara Mathias Netto Khouri6, Soniza Vieira Alves-Leon7,
Rogerio Rizo Morales8, Marco Aurélio Lana-Peixoto9, Cristiane Franklin da Rocha9
1
MS Reference Center, Hospital de Clinicas de Porto Alegre,
2
MS Reference Center Coastal Region of Sao Paulo, DRS IV; and Universidade Metropolitana de Santos,
3
Hospital das Clinicas, Universidade Federal de Minas Gerais,
4
Medical School, Pontificia Universidade Catolica de São Paulo, campus Sorocaba,
5
Instituto Neurologico e da Coluna Vertebral / Hospital Santa Rosa - Cuiaba,
6
Medical School, Pontificia Universidade Catolica do Parana, PUCPR and Universidade Positivo Curitiba,
7
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Hospital Universitario Clementino Fraga Filho,
Research Unit on Idiopatic Inflammatory Demyelinating Diseases of the CNS Rio de Janeiro,
8
Universidade Federal de Uberlandia
9
CIEM - Investigation Center for MS, Universidade Federal de Minas Gerais
INTRODUCTION
METHODS
Brazilian database from nine MS clinical and research units, with complete data on
47 pregnant women (49 pregnancies) were analyzed. The list of authors strictly follows
the alphabetical order of the last surname (last name in double names). Authorization
from Ethics Committees and patients’ consent were individually obtained by the
authors, in accordance with the regulations of their workplaces. All data was included
in a special Excel file.
Regular treatment at the time of pregnancy diagnosis was: interferon-beta (17 cases),
glatiramer acetate (15 cases), methotrexate (1 case) and corticosteroids (1 case), while 15
patients were not receiving any regular medication. Glatiramer acetate was continuously
administered during pregnancy in 12 patients, in accordance with their physicians’ decision
and discretion. Although decreased, postpartum relapse rate in these cases were not
significantly reduced in patients who used drugs throughout pregnancy (p=0.41). Despite
relatively high exposure to MS medications, no birth defects were reported. Low birth
weight and prematurity were similar to those for developing countries. Three complications
may have been associated with these medications (abortion, hemorrhage and delayed
intrauterine growth), while three others (abortion, fetal death due to hospital infection and
shoulder dystocia) were considered to be of purely obstetric nature.
CONCLUSION
This is the first Latin American paper on the subject and the fourth largest series of
cases reported in the world. Our results confirm previous findings on lower relapse rate
during pregnancy and add to the present literature informing on data related to drug exposure.
Those who wish to participate in this study should send an e-mail to lampreg@yahoo.com,
indicating their interest.
Marcelo Zini Megale, Marise Cestari Paulo, Luciana Barberino, Tarso Adoni, Rogério Ribeiro Marques
Serviço de Neurologia, Hospital Heliópolis - São Paulo, SP
INTRODUÇÃO E OBJETIVO
RELATO DE CASO
Heloisa Helena Carvalho Alves1, Leticia Carvalho Alves1, Natalia Carvalho Alves1,
Celia Maria Siqueira de Andrade1, Alessandro Finkelsztejn2, Yara Dadalti Fragoso3
1
Universidade Santa Cecília, Santos, SP, Brazil
2
Hospital de Clinicas de Porto Alegre, RS, Brazil
3
Multiple Sclerosis Reference Centre for the Coastal Region of the State of São Paulo (DRS IV),
and Universidade Metropolitana de Santos, SP, Brazil
INTRODUCTION
METHODS
The mean O’Leary index for the patients was 45.6% (range: 11.9 to 85.6%). Sixteen
patients (72.7%) presented an O’Leary index greater than 30%, indicating a risk of losing
teeth (p=0.035). Caries were found in 10 patients and five controls. Nineteen MS patients
(86.3%) presented silent and active dental infection, while none of the controls did
(p<0.001). Sixteen patients (72.7%) presented orofacial and cephalic pain compatible with
temporomandibular dysfunction, compared with six controls (27.2%; p=0.003). Nineteen
patients (86.3%) had abnormalities on CT scans of the temporomandibular joint, compared
with ten controls (45.4%; p=0.004). There was no correlation between oral condition and
EDSS, MS duration, medications previously and presently used, age or gender. The initial
periodontal treatment and general recommendations improved the O’Leary index by 33%
in ten patients who decided to undergo proper dental treatment, after only 30 days (p=0.05)
and 48% after 90 days (p=0.04).
CONCLUSION
MS patients presented very poor oral conditions. A dental surgeon should be part of
the team caring for MS patients.
CONFLICTS OF INTEREST
Roberta Lianza, Rubens José Gagliardi, Paulo Boggio, Michele Devido Santos,
Ana Paula Machado Goyano Mac-Kay, Larissa Cargueiro, Marcelia Souza,
Fulvia Eduarda, Karla de Almeida Lins, Keila Narimatsu
FCMSCSP / Santa Casa de Misericórdia de São Paulo
INTRODUÇÃO
OBJETIVO
MÉTODO
Foi observado após a aplicação do re-teste que 31% dos pacientes obtiveram um melhor
desempenho. 50% dos pacientes com menos de 1 ano de lesão apresentam uma melhoria
media de 11%.
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Nitsche MA, Schauenburg A, Lang N, Et Al. Facilitation of implicit motor learning by weak transcranial direct current
stimulation of the primary motor cortex in the human. J Cogn Neurosci;v.15, p.619-26, 2003e.
2. Nitsche, M. A.; Grundey, J.; Liebetanz, D.; Lang, N.; Tergau F.; Paulus, W. Catecholaminergic Consolidation Of Motor
Cortical Neuroplasticity In Humans. Cereb Cortex, Goettingen, V. 14, No. 11, P. 1240-5, Nov. 2004a.
3. Paulus, W. Transcranial direct current stimulation (tDCS). Suppl Clin Neurophysiol, Goettingen, v. 56, p. 249-54, 2003.
4. Mansur CG, Fregni F, Boggio PS, Riberto M, Gallucci-Neto J, Santos CM, ET AL. A sham stimulation-controlled trial
of rTMS of the unaffected hemisphere in stroke patients. Neurology; v.64, nº10, p.1802-1804, 2005.
Sarah Virginia Filetti, Marina Gagheggi Maciel, Rafael Yoshitake, Mário Loio Meira Lins Filho,
José Roberto L. Ferraz Filho, Lucia Helena Neves Marques
Departamento de Neurologia e Departamento de Radiologia (Serviço de Medicina Nuclear)
Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto - FAMERP, São José do Rio Preto - SP
INTRODUÇÃO
OBJETIVOS
METODOLOGIA
Foram realizados exames de RME nas seqüências FLAIR e difusão, até 6 horas
no período pós-crítico em 10 pacientes portadores de epilepsia refratária (ER), e foram
comparado à RME feita previamente, de rotina ambulatorial.
RESULTADOS OBTIDOS
Marina Gagheggi Maciel, Lucia Helena Neves Marques, Mário Loio Meira Lins Filho,
José Roberto L. Ferraz Filho, Rafael Yoshitake, Sarah Virginia Filetti
Departamento de Neurologia e Departamento de Radiologia (Serviço de Medicina Nuclear)
Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto - FAMERP, São José do Rio Preto - SP
Heloísa Helena Carvalho Alves, Sidney Oliveira Garcia, Yára Dadalti Fragoso
1
Odontologia, Universidade Santa Cecília
2 Medicina, Universidade Metropolitana de Santos
RELATO DE CASO
Paciente do sexo feminino, 28 anos de idade, com nove anos de história de cefaléia
hemicrania esquerda fixa. Desde o início a dor é contínua, de intensidade moderada, em
caráter de pressão forte, durante todo o dia e toda a noite, com frequentes picos de pior
intensidade que duram cerca de uma hora e não parecem se relacionar a fatores desencadeantes
específicos. A cefaléia mais intensa pode assumir um caráter de pontadas e aperto em toda
região hemicrania esquerda, atingindo também a hemiface ipsilateral. Nos picos de maior
dor, associa-se edema palpebral esquerdo, lacrimejamento do mesmo lado e sensação de
calor na hemiface esquerda. A dor se concentra na região periocular e temporal.
Ao exame clínico e neurológico não foram encontradas anormalidades, exceto pelo
dolorimento de toda hemiface e hemicranio esquerdo à palpação. A paciente apresentava
assimetria das pálpebras com nítido edema periocular esquerdo.
Diagnosticada como Hemicrania Contínua pelo Ambulatório Especializado em
Cefaléias do Departamento de Neurologia da UNIMES. Medicada com indometacina em
doses progressivamente maiores, obteve alívio parcial da dor com 100mg de indometacina
ao dia. Apesar de tolerar bem a medicação, o aumento de dose não trouxe benefício extra e
a paciente considerou a eficácia do tratamento como sendo da ordem de 50%.
Avaliada pelo dentista que trabalha na equipe, apresentava ausência de cinco
dentes na arcada superior e dois dentes na arcada inferior, com prótese parcial
removível superior. Dor à palpação da região temporomandibular esquerda, em
áreas de músculos masseter e temporal. Articulação temporomandibular esquerda em
posição lateral e posterior à cápsula articular, com presença de estalos em abertura
e fechamento, e com desvio da linha média para o lado esquerdo. Exames comple-
mentares de imagens: radiografia panorâmica e tomografia hipocicloidal nas posições
de máxima abertura, fechamento, protusivo e vista coronal confirmaram os achados
clínicos. Instalado aparelho interoclusal inferior para promover relaxamento muscular
e reposicionamento articular.
CONCLUSÃO
INTRODUÇÃO
OBJETIVO
MÉTODOS
CONCLUSÃO
INTRODUÇÃO
OBJETIVOS
MÉTODOS
RESULTADOS
Cem pacientes foram incluídos neste estudo; 59% com mais de 65 anos de idade,
41% do sexo feminino e 91% com fatores de risco para doença aterosclerótica. Tempos
obtidos: (T1) 890,41 min + 1209,51; (T2) 115,65 min + 108,82 (T3) 207,55 min + 218,00
(p<0,01). Trinta e quatro pacientes foram admitidos com menos de 3 h do início dos
sintomas. Em T1, pacientes sem fatores de risco, que não procuraram outro serviço médico
previamente e com sintomas de início noturno, chegaram mais precocemente com resultado
estatísticamente significante. Nos intervalos T2 e T3, não houve resultado significativo.
CONCLUSÕES
INTRODUÇÃO
É frequente observar pacientes que apresentam mais de um tipo de cefaléia e que, por
não obterem alívio para suas dores nas unidades básicas de saúde e nos ambulatórios gerais
de neurologia, são referidos a ambulatórios terciários para investigação. Relatamos aqui a
nossa experiência do atendimento conjunto da neurologia (cefaléias) com a odontologia.
MÉTODOS
RESULTADOS
CONCLUSÃO
Amara Angélica Pradela, Beatriz Maria Moreno Peneda, Maria Denice Toledo Aragão,
Renata Libretti, Renata Argento Moura, Rosana Maria Leite Russo Soares, Sheila de Lima
Vitor Félix-Torres1, Pedro Schestatsky1, Osvaldo Nascimento2, Betânia Ehlers1, Márcia Lorena Chaves1
1
Hospital de Clínicas de Porto Alegre - RS, 2 Universidade Federal Fluminense - RJ
INTRODUÇÃO
MÉTODOS
RESULTADOS
Houve uma correlação positiva entre os escores da LANSS aferidos pelos dois
avaliadores (r=0.89; p=0.001). O escore da LANSS foi maior no grupo dos pacientes
com patologias tipicamente neuropáticas em comparação com os demais grupos (teste de
Bonferroni; p<0.001 para todas comparações).
INTRODUÇÃO
RELATO DO CASO
CONCLUSÃO
INTRODUÇÃO
OBJETIVO
Apresentar sob forma de relato de caso a evolução clínica de um paciente com AVE
através da NIHSS e da MIF submetido à Fisioterapia.
CONCLUSÕES
OBJETIVO
CASO CLÍNICO
Ricardo Oliveira Horta Maciel, Agessandro Abrahão, Thiago Fukuda, Manuela Fragomeni,
Fernanda Castro Boulos, Jullyanna Sabrysna Morais Shinosaki, Renata Amaral Andrade,
Alessandra Billi Falcão, Lauro Figueira Pinto, Ricardo Araújo de Oliveira, Robson Fantinato
Baiense, José Luíz Pedroso, Deuvenir de Souza Carvalho.
Setor de Investigação e Tratamento de Cefaléias - Escola Paulista de Medicina – UNIFESP
INTRODUÇÃO
OBJETIVO
RELATO DE CASO
DISCUSSÃO
INTRODUÇÃO
Aneurisma cerebral é uma dilatação anormal de uma artéria cerebral que pode levar
a ruptura da mesma no local enfraquecido e dilatado. Essa ruptura se dá em 95% dos casos
sobre a circulação carotídea, sendo 41,2% sobre a carótida interna, notadamente próxima
à origem da artéria comunicante posterior, 33,5% sobre a artéria comunicante anterior e
em 19,8% nos ramos da artéria cerebral média, na região de cápsula interna. Em virtude
dessas possíveis localizações, a hemorragia intracerebral acarreta quase sempre alterações
neurológicas maciças, devido às lesões nas vias piramidais, bem como o estado de coma,
na grande maioria dos casos. Para graduar esses déficits neurológicos, utilizamos uma
escala chamada Medida de Independência Funcional (MIF), a qual é um instrumento
que avalia a incapacidade dos pacientes com restrições funcionais de origem variada.
Seu objetivo primordial é avaliar de forma quantitativa a carga de cuidados demandada
por uma pessoa para a realização de uma série de tarefas motoras e cognitivas de vida
diária. A MIF verifica o desempenho do indivíduo para a realização de um conjunto de 18
tarefas, referentes às subescalas de autocuidados, controle esfincteriano, transferências,
locomoção, comunicação e cognição social. Cada item pode ser classificado em uma escala
de graus de dependência de 7 níveis, sendo o valor 1 correspondente à dependência total
e o valor 7 correspondente à normalidade na realização de tarefas de forma independente.
Assim, a pontuação varia de 18 a 126 pontos. Porém, em nosso serviço, a Fisioterapia não
avalia os sub-itens comunicação e cognição social, sendo a Fonoaudiologia a responsável
por essa pontuação. Com isto, para o serviço de Fisioterapia, a pontuação varia de 7
(dependente total) a 77 (independente) pontos.
RELATO DO CASO
Homem, 43 anos, raça amarela, apresentou quadro de mal estar e vômito evoluindo
com crise convulsiva tônico-clônica, associada ao rebaixamento do nível de consciência. Foi
levado para o pronto-socorro com glasgow 13, evoluindo para glasgow 9 e hemiparesia à
direita, sendo submetido à intubação oro-traqueal. Realizado Tomografia computadorizada
de crânio (TCC), que evidenciou hemorragia subaracnóidea com inundação ventricular
(aneurisma). Foi transferido para Unidade de Terapia Intensiva sedado, em ventilação
mecânica (VM) e pupilas isocóricas (MIF=7). Permaneceu 21 dias em VM na traqueostomia,
sendo extubado e posteriormente avaliado pela fisioterapia, obtendo 22 pontos na escala MIF.
Após 12 dias da extubação, equipe da Fonoaudiologia autoriza progredir com desmame da
traqueostomia, sendo decanulado 20 dias depois. Ao exame físico, apresentava-se hipoativo
e apático. Não deambulava e realizava sedestação e ortostatismo com máximo auxílio
(MIF 3 - moderada assistência). Ao exame neurológico apresentava-se pouco contactuante,
respondia a comando simples, hipotrofia generalizada, hemiparético à direita de predomínio
crural, e pobre reação de endireitamento de tronco. Iniciou programa de fisioterapia na ala
de internação com cinesioterapia ativo-assistida global, treino de transferências e trocas
posturais com máxima assistência (MIF 2 - máxima assistência), alongamentos gerais e
estímulo à motricidade voluntária, que evoluiu para cinesioterapia ativa, com ganhos motores
progressivos, treino de transferências e trocas posturais com mínimo auxílio (MIF 4 - mínima
assistência), ortostatismo com mínimo auxílio (MIF 4) e treino de marcha estática e dinâmica.
A complexidade dos exercícios era progredida de acordo com a melhora da resposta motora.
Em aproximadamente seis semanas depois, apresentava marcha sob supervisão (MIF 5 -
sob supervisão), realizava treino de subir/descer escadas, treino de equilíbrio dinâmico com
obstáculos e gestos esportivos (tênis, pois sabia-se que o paciente gostava de jogar tênis).
Quando foi de alta hospitalar, sua pontuação na escala MIF correspondia a 52 pontos, com
pontuação 4 (mínima assistência) para quase todos os itens avaliados.
CONCLUSÕES
INTRODUÇÃO
OBJETIVO
MÉTODO
RESULTADOS
INTRODUÇÃO
RELATO DO CASO
IM, feminina, branca, 33 anos, solteira, natural e procedente de Marília – SP, ex-
empacotadeira, sem filhos. Há 10 anos, apresentou náusea, disfonia e fasciculações de
pálpebras, sendo evidenciada paresia de prega vocal esquerda, por videolaringoscopia.
Portadora de asma, em uso de broncodilatador inalatório, sem outras doenças. Antecedentes
familiares, 3 irmãos e mãe portadores de “reumatismo” (sic). Há 9 anos, perda da pinça
bilateral, fraqueza e fadiga, instabilidade de marcha, hipoestesias, acompanhado por
CONCLUSÃO
Este caso mostra o acometimento respiratório tanto por doença pulmonar (asma) como
por espasmos torácicos e de laringe de etiologia neuromuscular (LSS), cuja concomitância inter-
fere enormemente na qualidade de vida desta paciente; atualmente, o único tratamento tolerado
pela doente tem sido a corticoterapia oral, apesar das várias propostas terapêuticas tentadas.
INTRODUÇÃO
OBJETIVO
MATERIAL E MÉTODO
RESULTADO
CONCLUSÃO
INTRODUÇÃO
RELATO DO CASO
CONCLUSÃO
INTRODUÇÃO
OBJETIVO
MÉTODO
Relato de caso
Menino, nove anos. HF: um primo de segundo grau (parte materna) falecido aos dez
anos por patologia neurológica não esclarecida. Há um ano e três meses com irritabilidade,
dificuldades no aprendizado, piora há dois meses com alterações na marcha e fala.
Exame físico: manchas escuras (negras) na mucosa gengival e pregas palmares. Exame
neurológico: hemiparesia direita, paralisia facial direita, fala atáxica com disfonia. Exames
laboratoriais definiram insuficiência de supra-renal e aumento dos AGCML. Tomografia de
crânio com hipodensidade talâmica e cerebelar bilateral, ressonância magnética de crânio
com hipersinal em T1 e T2 na substância branca profunda (predominando no hemisfério
esquerdo) e cerebelar bilateral.
INTRODUÇÃO
OBJETIVO
MÉTODO
RESULTADOS
De acordo com IQSP 89,5% do grupo de HIV são más dormidoras e 10,5% são boas
dormidoras. 81,8% são más dormidoras no grupo de doentes de AIDS e 18,2% são boas
CONCLUSÃO
Maria Fernanda Mélega Mingossi, Maria Lúcia Leal dos Santos, Carlos Eduardo Mendonça Tomé,
Abram Drewiacki, Paula Teixeira, Vanessa Mastrogiovanni Haddad
Faculdade de Ciências Médicas de Santos (UNILUS) - Hospital Guilherme Álvaro
INTRODUÇÃO
OBJETIVO
Relatar caso de SSW com primeira manifestação clínica tardia de stroke like durante
o puerpério.
MÉTODOS
Relato de caso
Paciente 22 anos, gênero feminino, ensino médio completo. No terceiro dia pós
cesárea apresentou quadro súbito de cefaléia de forte intensidade, hemiplegia e paralisia
facial central à esquerda. Exame físico: mancha vinho do porto em região palpebral
superior direita. Exames complementares: TC crânio evidenciou hiperostose, atrofia
cortical em região occipital à direita associada à imagens de calcificações cerebrais
giriformes em “linha de trem”; angiografia cerebral com alteração da drenagem venosa
cerebral à direita, extensa estrutura de aspecto vascular calcificada na convexidade
parieto-temporal direita. Avaliação oftalmológica sem alteração. Iniciado tratamento
DISCUSSÃO
CONCLUSÃO
INTRODUÇÃO
OBJETIVO
MÉTODOS
Relato de caso
Paciente de 16 anos, masculino, adotivo, em acompanhamento nos serviços de
neurologia e gastropediatria. HF: ignorada. Hospitalizado apresentando há 40 dias, adinamia
e sonolência, evoluindo com idéias de autoflagelação, dificuldade para falar e andar. Exame
físico normal. Avaliação psiquiátrica diagnosticou surto psicótico esquizofrênico, medicado
com olanzapina e imipramina. Evoluiu com hipomimia, disartria discinética, sialorréia,
mioclonias no membro superior direito. Exames complementares: hemograma, provas de
função hepática e eletroencefalograma normais. Tomografia computadorizada de crânio:
lesões hiperdensas dos núcleos da base. Ressonância magnética de crânio: focos simétricos
de hipersinal em T2 e hiposinal em T1 nos núcleos lentiformes e mesencéfalo (“sinal do
DISCUSSÃO
CONCLUSÃO
Leonardo Mariano Inácio Medeiros, Maria Eugênia Siemann, Luiz Domingos Mendes Melges.
Hospital das Clínicas de Marília
INTRODUÇÃO
CASO CLÍNICO
J.D.P., sexo masculino, 60 anos, casado, branco, 1º grau completo, católico, funileiro,
procedência remota e atual Garça, São Paulo. Segundo acompanhante, há 06 horas paciente
apresenta quadro de confusão mental, não sabendo relatar seu próprio nome, com desorientação
temporo-espacial, associado com cefaléia parietal, não sabendo caracteriza - lá. Negava TCE,
febre, sinais focais, diplopia, tontura, perda da consciência e outros sinais ou sintomas.
História pessoal
Negava doenças de base; negava uso de medicamentos; negava atopias; negava
cirurgias ou internações prévias. Etilista em abstinência há 09 anos, ingeriu bebida alcoólica
durante 10 anos. Tabagista em abstinência há 02 anos, 80 maços ano. Negava lesão herpética
sintomática prévia. História familiar: pai falecido por AVE aos 32 anos; mãe falecida aos
78 anos por Ca de Intestino.
Exame físico
BEG, descorado +/+4, desorientado no espaço e tempo, pensamento ilógico, sem
alucinações auditivas ou visuais, atento, congruente com o afeto, fácies atípica, marcha
Exame Neurológico
Força grau V; reflexos profundos simétricos, grau III; Sensibilidade preservada;
coordenação preservada; pares cranianos sem alterações; marcha atípica; tônus preservado;
movimentação ativa e passiva sem alterações; sem sinais meníngeos. Ausência de nistagmo.
Babinski ausente.
Exames Complementares
Hematócrito 33,4%; Hemoglobina 11,2 g/dl; Leucócitos 15500 M/I (0-0-0-6-85-0-
0-4-0-5). Glicose 155 mg/dl; Uréia 16; Creatinina 0,7; Na+ 139; K+ 2,4; sorologia: Anti-
HIV 1 e 2 negativos. LCR: Incolor/límpido; células 34; linfócitos 78%; neutrófilos 12%;
eosinófilos 0%; reticulo monócitos 16%; macrófagos 0%; hemácias 1; glicose 84; proteínas
31; cultura negativa. RNM: alteração de sinal de pólos temporais e ínsulas, compatível
com processo inflamatório, devendo ser considerado principal possibilidade, encefalite
herpética. EEG: presença de complexos periódicos, ondas theta, em área temporal do
hemisfério esquerdo.
DISCUSSÃO
CONCLUSÃO
Maria Lúcia Leal dos Santos, Maria Fernanda Mélega Mingossi, Evelyn de Paula Pacheco,
Eliana Yamada Kamia, Tiago Martins dos Santos Leal, Mariana Martins dos Santos Leal
Hospital Ana Costa de Santos
INTRODUÇÃO
OBJETIVOS
MÉTODOS
Exame físico
Mais de 20 manchas café com leite com mais de 1,5cm de diâmetro, incontáveis
lesões efelidóides e neurofibromas cutâneos. Exame oftalmoscópico: inúmeros nódulos de
Lisch. Apresentou primeira crise epiléptica tonico clonica generalizada aos 33 anos e seis
meses sendo medicada com fenitoína. Realizada tomografia computadorizada de crânio
que evidenciou imagem hiperdensa arredondada com localização na linha média bifrontal.
Submetida a tratamento neurocirúrgico. Na análise histológica (coloração hematoxilina-
eosina) da lesão cerebral evidenciou-se arranjos sólidos de células alongadas com limites
DISCUSSÃO
NF1 tem sua alteração gênica causando uma alteração na produção da proteína
neurofibromina que se encontra deficitária. Apresenta função supressora tumoral levando
a uma predisposição a ocorrência de neoplasias. Os tumores da parte central do sistema
nervoso ocorrem em cinco a 11% dos casos sendo o mais freqüente, o glioma de nervo
óptico (RICCARDI, 1992).
CONCLUSÃO
Maria Lúcia Leal dos Santos, Maria Fernanda Mélega Mingossi, Isabel Cristina Matias Frenkiel,
Tiago Martins dos Santos Leal, Mariana Martins dos Santos Leal
Hospital Ana Costa de Santos
INTRODUÇÃO
O termo ¨moyamoya¨ foi utilizado pela primeira vez em1969, por Suzuki e Takaku,
fazendo referência ao aspecto angiográfico cerebral, semelhante à ¨fumaça de cigarro¨,
formado por colaterais (rete mirabilis), designando a terminologia atual de fenômeno
¨moyamoya¨. Doença de Moyamoya é uma vasculopatia oclusiva cerebral progressiva
caracterizada por estenose ou oclusão da porção supraselar da artéria carótida interna e
principalmente da artéria cerebral média e cerebral anterior, com a primeira descrição
em 1957, por Takeuchi e Shimizu. Esta terminologia restringe-se a entidade específica
e aplicada somente quando não é detectada causa subjacente causadora do fenômeno
¨moyamoya¨. Quando ocorre uma associação definindo-se um fator causal (síndrome
de Down, neurofibromatose), a denominação correta é síndrome Moyamoya (SMM). O
diagnóstico baseia-se no quadro clínico, nas imagens por ressonância magnética com
angiorressonancia e angiografia cerebral.
OBJETIVOS
MÉTODOS
Relato de caso
Mulher, cor parda, 18 anos, com fenótipo de SD e cariótipo 47 XX, trissomia 21.
AP: cardiopatia congênita com correção cirúrgica aos 12 meses e quadro de coréia nos
quatro membros há três anos. Apresentou quadro súbito de hemiparesia e paralisia facial
DISCUSSÃO
CONCLUSÃO
INTRODUÇÃO
OBJETIVO
MÉTODO
RESULTADOS
CONCLUSÃO
INTRODUÇÃO
OBJETIVO
MÉTODOS
CONCLUSÃO
INTRODUÇÃO
OBJETIVO
Analisar o efeito dos exercícios de equilíbrio corporal em um paciente com TCE
tetraparético e atáxico.
MÉTODOS
Relato de caso. Os instrumentos utilizados para a avaliação do equilíbrio corporal
foram: Berg Balance Scale (BBS) e a Posturografia Estática por meio do equipamento
Balance Rehabilitation Unit (BRU). O protocolo de reabilitação consistiu de exercícios
de integração sensorial, equilíbrio corporal estático e funcional nas posturas sedestação
e bipedia. A reabilitação do equilíbrio corporal foi realizada duas vezes por semana, com
sessões de cinqüenta minutos, totalizando dezenove sessões de tratamento.
RELATO DE CASO:
M.A.H. 30 anos de idade, gênero masculino, histórico de lesão cerebral há 15
anos por atropelamento automobilístico. Ao exame físico observou-se: ataxia, dismetria,
instabilidade postural e marcha terapêutica com uso de andador de rodas, fadiga às atividades
de pequeno esforço como, na marcha ebriosa em terreno plano. O escore obtido na BBS
manteve-se igual ao término do tratamento, com escore de 30 pontos. Na posturografia
CONCLUSÃO
ABSTRACT
Multiple Sclerosis (MS) is a disease that affects 2.5 million people in the world.
There is no nationwide epidemiological study on its prevalence in Brazil, but a survey in
the city of São Paulo in 1999 indicated 15 cases per 100.000 habitants. MS is a primary
disease of the central nervous system (CNS), clinically characterized by relapses mediated
by acute inflammatory lesions in the white matter, followed by a progressive phase,
mediated by axonal and neuronal loss. The concept of MS as an autoimmune disease
caused exclusively by Th 1 (Th1) lymphocytes autoreactive to myelin components has
been substituted by a more comprehensive hypothesis that takes into account the role of T
CD4 Th-17 (Th17) cells in interaction with T regulatory cells.The Th17 and other effector
T lymphocytes act as promoters and modulators of tissue inflammation. However, the
role of these cytokines in patients with MS submitted to traditional treatment deserves
more attention.
OBJECTIVE
To determine the levels of IL-17 in the serum, cerebrospinal fluid (CSF) and
supernatant of cultured lymphocytes from patients with less than 5 years of relapsing-
remitting multiple sclerosis (RRMS) and from controls.
The IL-17 was quantified (by ELISA assay) in the serum and correspondent CSF
from 30 patients. The IL-17 was also quantified in the supernatant of cultured lymphocytes
stimulated with PHA from 15 patients divided in three groups (5 not yet treated, 5 in use
of Interferon-beta or Glatiramer and 5 in use of corticosteroid or immune-suppressor).
Healthy controls were matched to the patients by age and gender.
RESULTS
Although the ELISA assay was very sensitive (less than 15 pg/ml), we could not
detect IL-17 in the serum and CSF of the patients. However, using the supernatant of
cultured lymphocytes we have detected high level of IL17 in patients with no treatment,
which was not statistically different from that found in the control group. IL 17 levels
were lower in the immune-modulated group and lowest in the immune-suppressed group,
reflecting the actions of these drugs. Proliferative response of lymphocytes stimulated with
nonspecific mitogen was significantly reduced in the treated group, suggesting the reduction
of function of the T lymphocytes.
CONCLUSION
IL-17 levels were not detectable in the serum or CSF of MS patients or matched
healthy controls. However, when the lymphocytes were stimulated in culture with a
nonspecific mitogen, a significant level of IL-17 was found in healthy individuals as well
as non treated MS patients. Patients receiving immune-modulator or immune-suppressive
drugs presented a significantly reduced level of IL-17, which was accompanied by reduction
of the proliferative response of T lymphocytes. This result suggests that the traditional
treatment of MS patients probably lead to a reduction of proliferative response of Th17
lymphocytes. Thus, the longitudinal quantification of IL-17 may be used as an inflammatory
marker for monitoring the treatment of MS patients.
A distrofia muscular (DM) é uma doença genética progressiva que causa fraqueza
muscular e pode interferir no nível de dependência da criança em relação ao seu cuidador,
podendo conseqüentemente, alterar a qualidade de vida. A qualidade de vida é tema de
muitos estudos e pesquisas, porém sua definição exata é bastante complicada devido à
gama variada de significados. Este estudo tem como objetivo avaliar a qualidade de vida de
crianças com distrofia muscular e seus respectivos cuidadores e analisar o impacto do nível
de dependência da criança com distrofia muscular em sua qualidade de vida e na de seu
cuidador. Deste modo foi realizado um estudo controlado de corte transversal, de caráter
descritivo com 31 crianças e seus respectivos cuidadores, através da utilização de 3 escalas
específicas: Pediatric Evaluation of Disability Inventory (PEDI); Quality of life evaluation
scale (AUQEI) e World Health Organization Quality of Life (WHOQOL – breve). Os
dados foram comparados entre os grupos de crianças com DM e controle pelo teste Mann-
Whitney. Houve diferença significativa da qualidade de vida das crianças entre os grupos,
porém tal diferença não foi observada entre cuidadores. Concluiu-se que crianças com DM
apresentam qualidade de vida inferior a crianças de um grupo controle sem interferir na
qualidade de vida de seus cuidadores.
INTRODUÇÃO
CASO 2
ESA, feminino, 25 anos, há três anos iniciou fraqueza em MSE que progrediu para
MSD e ambos os MMII acompanhada de disfonia. Exame Físico Neurológico: força
muscular grau 2 proximal e grau 3 distal em MMSS, grau 4 proximal e grau 5 distal
nos MMII, atrofia da interósseos, região tênar e hipotênar bilateralmente, presença de
fasciculações em língua, hiperreflexia global, presença do Sinal de Hoffman e Babinsky
bilateralmente.
TCT, feminino, 23 anos, há três anos iniciou fraqueza muscular e atrofia em mãos
que progrediu para fraqueza em MMII e fasciculações em MMSS. Exame Neurológico:
Força muscular grau 4 proximal e grau 3 distal em MMSS, grau 4 proximal e grau 5 distal
em MMII, atrofia de interosseos das mãos , Hiperreflexia global e presença do sinal de
Hoffman e Babinsky bilateralmente.
CASO 4
BTO, feminino, 26 anos, há dois anos iniciou disfonia que progrediu com disartria
e fraqueza em MMSS e MMII. Exame Neurológico: fala disatrofônica, força muscular
grau 4 proximal e grau 3 distal em MMSS, grau 3 proximal e grau 4 distal em MMII,
atrofia distal de MMSS e MMII, hiperreflexia global, com presença do Sinal de Hoffman e
Babinsky bilateralmente e fasciculações de língua.
Nenhum dos pacientes apresentavam co morbidades, história familiar positiva ou
casamentos consangüíneos. Sorologia para HIV, HTLV 1 e 2, hepatite B e C, VDRL,
vitamina B12, TSH, T4L, completo, FAN, crioglobulinas, anti DNA e anti ENA foram
normais para todos os pacientes, assim como, RNM de encéfalo e de coluna cervical e o
líquor. A Eletroneuromiografia mostrou potenciais de alta amplitude e de pequena duração
sugestivo de acometimento do corno anterior da medula.
DISCUSSÃO
INTRODUÇÃO
O diagnóstico sindrômico da epilepsia de um paciente com crises epilépticas, possibilita
a instituição da terapêutica adequada e estabelecimento do prognóstico. Neste desafio, o
eletrencefalograma (EEG) é um aliado ainda insubstituível, que pode tanto respaldar uma
suspeita clínica quanto refutá-la. Este exame, porém, pode trazer conseqüências deletérias
ao paciente, se ocorrer supervalorização de seus achados, em detrimento da semiologia. O
caso apresentado a seguir ilustra as conseqüências de supervalorização de achados de EEG,
sem levar em consideração aspectos de apresentação do quadro clínico e de sua evolução.
CASO CLÍNICO
DISCUSSÃO
RESUMO
OBJETIVO
RESULTADOS
Quando comparados cada item do questionário sobre sono, os dois grupos se mostraram
muito homogêneos apresentando diferença estatisticamente significante somente no item
que se refere à presença de tempo de sono equivalente (dia = noite) que foi mais freqüente
no grupo com DA (p= 0,003). Outras diferenças entre o padrão de sono nos dois grupos
Considerable evidence gained over the past decade has supported the conclusion that
neuroinflammation is associated with Alzheimer Disease (AD) pathology. Inflammatory
components related to AD neuroinflammation include brain cells such as microglia and
astrocytes, the classic and alternate pathways of the complement system, the pentraxin acute-
phase proteins, neuronal-type nicotinic acetylcholine receptors (nAChRs), peroxisomal
proliferators-activated receptors (PPARs), as well as cytokines and chemokines. Both
the microglia and astrocytes have been shown to generate beta-amyloid protein that has
been shown to act as a pro-inflammatory agent causing the activation of many of the
inflammatory components. Further substantiation of the role of neuroinflammation in AD
has come from clinical studies. They demonstrate that patients who took non-steroidal
anti-inflammatory drugs have a lower risk of developing AD than those who did not. Those
data suggest that anti-inflammatory agents, such as NSAIDs, should protect against the
disease. In multiple epidemiological investigations testing this hypothesis, a significant
risk reduction, or a trend towards such a reduction, has been observed in long-term as
opposed to short-term users of traditional NSAIDs. In addition, It has been suggested that
overproduction of reactive oxygen species (ROS) may play a role in damage and death of
the neurons can occur. This effect can be observed in several neurodegenerative diseases
as AD and Parkinson´s disease The moderate mitochondrial generation of ROS as second
messengers, however, amplifies some signalling, which leads to gene transcription and
cell growth. These effects of ROS may be beneficial (e.g. cytoprotective, cytotrophic).
Thus, compounds that can regulate ROS levels may act as neuroprotective drugs and
may be useful in the treatment of neurodegenerative diseases. In Sektion Klinische
Neuropharmakologie der Neurochirurgischen Universitätsklinik, Germany, researchers
testing ROS activity in cerebral human mitochondria of the 8-tert-butyl-gabapentin-
lactam, an antiepileptic gabapentin new derivative showed neuroprotective ativity. With
INTRODUÇÃO
OBJETIVO
CASO
CONCLUSÃO
INTRODUÇÃO
Existe uma parcela de pacientes com Síndrome de Guillain Barré (SGB) que necessita
de cuidados intensivos, seja pela progressão acentuada do quadro clínico ou pela evolução
para insuficiência respiratória aguda. Na maioria das vezes após a recuperação motora, existem
profundas seqüelas que afetam a qualidade de vida destes pacientes. Não existe um índice
específico, para a avaliação da incapacidade física e/ou motora em pacientes com SGB.
OBJETIVO
Avaliar a qualidade de vida de pacientes com SGB, internados na UTI, após a alta
hospitalar, utilizando-se de dois instrumentos: o SF-36 e o índice de Barthel .
MÉTODOS
CONCLUSÃO
Conclui-se que pacientes com SGB parecem ter um impacto na qualidade de vida
a longo prazo, apesar da recuperação física considerável após um período de um a dois
anos.Os resultados podem ajudar a conscientizar o médico de que um cuidadoso exame
neurológico pode ser complementado pela opinião de seus pacientes em relação a sua
qualidade de vida.
INTRODUÇÃO
RELATO DE CASO
CONCLUSÃO
Dissecções da artéria carótida comum são quase sempre traumáticas, porém também
podem ser manifestações de dissecções aórticas tipo A e de colagenoses, sendo necessária
investigação dessas possíveis origens.
INTRODUÇÃO
OBJETIVO
Caracterizar pacientes após AVE com queixa de tontura em relação aos dados
sociodemográficos, clínico-funcionais e pela posturografia.
MÉTODO
Estudo de casos de pacientes com diagnóstico de AVE e queixa de tontura (N=6).
A avaliação clínica foi composta por força muscular, sensibilidade, grau e predomínio da
hemiparesia, coordenação motora e marcha. A avaliação da funcionalidade foi realizada
por meio da Escala de Barthel. A triagem otoneurológica baseou-se no questionário sobre
tontura e sintomas associados. Foram avaliados pela posturografia do Balance Rehabilitation
Unit – BRUR: o limite de estabilidade (LOS) e a área do centro de pressão (CoP) nas
condições:
1) posição ortostática em superfície estável e olhos abertos,
2) posição ortostática em superfície estavel e olhos fechados,
3) posição ortostática em superfície instável e olhos fechados,
4) posição ortostática em superfície estável e interação visuo-vestibular.
Foram realizadas análises descritivas simples.
A amostra caracterizou-se por maioria do gênero feminino (66,6%), com média etária
de 64,8±10,02 anos. 83,3% dos casos apresentaram AVE do tipo isquêmico, com tempo
médio de lesão de 4,33±1,86 anos. 50% dos indivíduos eram hemiparéticos à esquerda,
sendo destes 66,6% de grau leve e 83,3% de predomínio crural. Em relação à força muscular,
foi observada fraqueza muscular no hemicorpo parético, sendo em 66,6% dos indivíduos
em membros inferiores (grau 4) e 50,0% em membros superiores (grau 4). Na avaliação
da sensibilidade, observou-se hipoestesia na sensibilidade superficial em 50% dos casos
no hemicorpo afetado. Houve alteração leve (33,3%) e grave (16,6%) da coordenação
motora, e alteração da marcha em 83,3% dos casos. A escala de funcionalidade de Barthel
demonstrou independência para todos os indivíduos, com pontuação média de 94,16±0,51.
A triagem otoneurológica mostrou que 100% dos indivíduos apresentaram tontura do
tipo rotatória após o AVE, de curta duração, relacionada principalmente às mudanças de
decúbito - levantar-se da posição deitada para sentada e de sentada para em pé (33,3%),
sem queixas de sintomas associados (zumbido, cefaléia, sudorese, insônia, vômitos,
náuseas, sensação de desmaio, pressão aural). 33,3% dos pacientes referiram uma queda no
último ano, porém sem associação com a ocorrência da tontura. Os parâmetros avaliados à
posturografia foram: LOS= 104,66±61,08 cm2; Condição 1= 15,47+29,60cm2; condição 2=
15,54+30,44cm2; Condição 3= 53,29+57,85cm2; Condição 4= 23,36+36,57cm2.
CONCLUSÕES
ABSTRACT
Objective
To determine the survival rate according to the main findings of emergency
electroencephalography of patients treated for emergencies in a tertiary hospital.
Method
In this prospective study, the findings of consecutive emergency EEG performed
on inpatients in Hospital de Base in São José do Rio Preto, Brazil were correlated with
survival utilizing Kaplan-Meyer survival curves.
Results
A total of 681 patients with an average age of 42 years old (1 day to 96 years) were
evaluated, of which 406 were male. The main reasons for EEG were epileptic seizures
(221 cases), hepatic encephalopathy [116 cases of which 85 (73.3%) were men, p-value
= 0.000], status epilepticus (104 cases) and impairment of consciousness (78 cases). The
underlying disease was confirmed in 578 (84.3%) cases with 119 (17.5%) having liver
disease [91 (76.0%) were men, p-value = 0.000], 105 (15.4%) suffering strokes, 67 (9.9%)
having metabolic disorders, 51 (7.5%) central nervous system infections and 49 (7.2%)
epilepsy. In the three months following EEG, a survival rate of 75% was found in patients
with normal, discreet slow activity or with IRDA, of 50% for those with continuous delta
activity and generalized epileptiform discharges, of 25% for those with burst-suppression,
diffuse depression, and in alpha/theta-pattern coma and finally death was pronounced
immediately in patients with isoelectric EEGs.
Conclusion
EEG with its main findings differentiated different survival rates and is thus a good
prognostic tool for patients examined in emergencies.
Objetivo
Método
Resultados
Foram estudados 681 pacientes, dos quais 406 (59,6%) masculinos, com idade
média de 42 anos ( 1 dia a 96 anos). As principais motivações para o E-EEG foram crises
epilépticas (221 casos), encefalopatia hepática (116 casos, dos quais 85 masculinos
(73,3%), valor-p = 0,000); estado de mal epiléptico 104 e rebaixamento de consciência
78. O diagnóstico da doença de base foi confirmado em 578 (84,3%), sendo 119 (17,5%)
hepatopatia, dos quais 91(76,%) masculinos, valor-p = 0,000; 105(15,4%) acidente vascular
encefálico; 67(9,9%) distúrbio metabólico; 51(7,5%) infecção do sistema nervoso central
e 49(7,2%) epilepsia. PS de 75% nos três primeiros meses após E-EEG foi encontrada nos
pacientes com E-EEG normal, com alentecimento discreto ou com IRDA, de 50% nos três
meses nos pacientes com E-EEG com Delta Contínuo, distúrbios epilépticos crítico e com
PED, menor que 25% nos dois primeiros meses nos pacientes com E-EEG com surto/
supressão, com depressão difusa e com ritmo alfa/teta e finalmente morte logo após, no
E-EEG iselétricos.
Conclusão
O E-EEG, com seus principais achados, foi capaz de diferenciar as diversas taxas
de sobrevivências na amostra estudada, constituindo-se, portanto, bom instrumento de
prognóstico para pacientes atendidos nas unidades de emergência hospitalar.
INTRODUÇÃO
OBJETIVO
RESULTADOS
CONCLUSÃO
A literatura sobre este método ainda é escassa; foi referido que o aperfeiçoamento
de estratégias de controle postural, somatossensorial, visual e vestibular em diferentes
tarefas tem auxiliado na reabilitação de pacientes com distúrbios do equilíbrio corporal.
Os Módulos de Reabilitação e PTG, aplicados de forma personalizada, têm como objetivo
acelerar os mecanismos de adaptação e compensação no SNC, aperfeiçoando as estratégias
de controle postural e coordenação motora, de forma lúdica e interativa.
INTRODUÇÃO
OBJETIVO
MÉTODOS
Foram avaliados por posturografia do BRU sete pacientes hemiparéticos (GE) que
apresentavam comprometimento neurológico de leve a moderado pela escala de AVE do
National Institutes of Health e sete indivíduos saudáveis (GC) pareados ao GE em relação
à idade e gênero. Os parâmetros avaliados pela posturografia foram o limite de estabilidade
e a área do centro de pressão (CoP) e a velocidade de oscilação (VoS) nas condições 1-9:
Condição 1. posição ortostática em superfície estável e olhos abertos;
Condição 2. posição ortostática em superfície estável e olhos fechados;
Condição 3. posição ortostática em superfície instável e olhos fechados;
Condição 4. posição ortostática em superficie estável e estímulo sacádico;
Condição 5-8. posição ortostática em superfície estável e estímulo optocinético;
Condição 9. posição ortostática em superfície estável e interação visuo-vestibular.
Para a análise dos resultados utilizou-se o Teste T-Student para amostras independentes.
CONCLUSÃO
INTRODUTION
METHODS
RESULTS
CONCLUSION
The large increase in amphetamine compounds use for obesity treatment is considered
as a risk factor for the development of stroke and treating physicians should be aware of the
potential vascular adverse side effects when prescribing this group of anti-obesity drugs.
INTRODUTION
METHODS
RESULTS
Laboratory work-up, including iron and ferritin serum levels were normal. Electromyographic
study disclosed chronic denervation and indicated an asymmetric process affecting anterior horn
cells of the spinal cord. Polysomnography revealed increased sleep onset latency, normal apnea
hypopnea indexes and increased periodic leg movement in sleep index (PLMSI=30/hour).
Our patient developed RLS concomitant to classic PPS symptoms and the
pathophysiology of such association is still obscure. The success of dopaminergic therapy in
our patient suggests that dopaminergic system may be involved on pathophysiology of RLS.
CONCLUSION
Treating physicians should be aware that RLS may be associated with PPS and it
may respond to dopaminergic agonist therapy.
OBJETIVO
MÉTODO E CASUÍSTICA
RESULTADOS
INTRODUÇÃO
METODOLOGIA E CASUÍSTICA
Ratos machos Wistar foram separados em grupos tratados (i.p.) com salina (controle,
n=24) e com tripitramina nas doses de 0,5 nmol/kg (n=13); 5 nmol/kg (n=11); 10 nmol/
kg (n=7); 20 nmol/kg (n=9), 30 min antes da avaliação da atividade motora em actômetro,
onde foram registrados os parâmetros: locomoção, levantar, tempo de grooming, tempo
parado e nº de cíbalos. Imediatamente após esta avaliação, os animais foram submetidos à
esquiva inibitória (0,5 mA; choque 3 s; tempo máximo de latência 298 s) (treino). Passadas
24 horas, a latência dos ratos foi novamente registrada (teste). A diferença entre as latências
(teste-treino) foi considerada como critério de aprendizado e consolidação da memória.
RESULTADOS
A administração de tripitramina 0,5 nmol/kg aumentou a latência dos animais em
relação ao grupo controle (115,0 ± 36,9 versus 38,3 ± 13,8). Efeito semelhante foi obtido com
a dose 5 nmol/kg (110,8 ± 33,7). No entanto, a administração de doses maiores do antagonista
M2 não modificou a latência dos animais em relação ao controle. Dos parâmetros verificados
CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. MIRANDA, L. P.; RESEGUE, R.; FIGUEIRAS, A. C. M. A criança e o adolescente com problemas do desenvolvimento
no ambulatório de pediatria. J. Pediatr. v. 79; n. (Supl 1); p. S33 – S42; 2003.
2. MARTINEZ, C.M.S.; JOAQUIM, R.H.V.T.; OLIVEIRA, E. B.; SANTOS, I.C. Suporte informacional como elemento
para orientação de pais de pré-termo: um guia para o serviço de acompanhamento do desenvolvimento no primeiro ano
de vida. Rev. Bras. Fisioter. v. 11; n. 1; p. 73-81; 2007.
3. OLHWEILER, L.; SILVA, A. R.; ROTTA, N. T. Estudo dos Reflexos Primitivos em pacientes recém-nascidos pré-
termo normais no primeiro ano de vida. Arq. Neuropsiquiatr. v. 63; n. 2-A; p. 294 – 297; 2005.
4. PARKES, J.; DONNELLY, M.; DOLK, H.; HILL, N. Use of physiotherapy and alternatives by children with Cerebral
Palsy: a population study. Child: Care, Health & Development. v. 28; n. 6; p. 469-477; 2002.
5. KOMAN, L. A.; SMITH, B. P.; SHILT, J. S. Cerebral Palsy. The Lancet. v. 363; n. 31; p. 1619 – 1631; 2004.
6. ZAFEIRIOU, D. I. Primitive Reflexes and Postural Reactions in the Neurodevelopmental Examination. Pediatr.
Neurol. v. 31; n. 1; p. 1 – 8; 2004.
7. KRIGGER, K. W. Cerebral Palsy – An Overview. Am. Fam. Physician. v. 73; n. 1; p. 91 – 100; 2006.
8. DAMASCENO, A.; DELICIO, A. M.; MAZO, D. F. C.; ZULLO, J. F. D.; SCHERER, P.; NG, R. T. Y.; DAMASCENO,
B. P. Primitive Reflex and Cognitive Function. Arq. Neupsiquiatr. v. 63; n. 3-A; p. 577 – 582; 2005.
9. FUNAYAMA, C. A. R.; PENNA, M. A.; TURCATO, M. F.; CALDAS, C. A. T.; SANTOS, J. S.; MORETTO, D.
Paralisia Cerebral – Diagnóstico etiológico. Rev. Medicina (Ribeirão Preto). v. 33; n. 2; p. 155 – 160; 2000.
10. PEIXOTO, E. S.; MAZZITELLI, C. Avaliação dos principais déficits e Proposta de tratamento da Aquisição Motora
rolar na Paralisia Cerebral. Revista Neurociências. v. 12; n. 1; 2004.
11. IWABE, C.; PIOVESANA, A. M. S. G. Estudo comparativo do tono muscular na Paralisia Cerebral Tetraparética em
crianças com lesões predominantemente corticais ou subcorticais na Tomografia Computadorizada de crânio. Arq.
Neuropsiquiatr. v. 61; n. 3-A; p. 617 - 620; 2003.
INTRODUÇÃO
Há trabalhos que mostram que o uso de propranolol leva a diminuição dos níveis
de melatonina. Esta substância é implicada com a regulação do ciclo sono vigília, gerando
discussão nos meios acadêmicos quanto à possibilidade da menor secreção deste hormônio,
causada pelo fármaco, levar a alteração da qualidade do sono.
OBJETIVO
CASUÍSTICA E MÉTODO
Foram selecionados pacientes que não estavam em uso de propranolol e que iriam
ser medicados para tratamento de hipertensão arterial sistêmica, atendidos no ambulatório
de clínica médica da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, entre os meses de novembro
de 2007 e abril de 2008. O grupo de casos foi composto por 13 pacientes e o grupo controle
por 21. Realizada avaliação da qualidade do sono de ambos os grupos no momento da
seleção e após 4 meses. Ao final do trabalho permaneceram 11 pacientes em cada grupo.
Resultados: As pontuações da escala de Epworth, do questionário da qualidade do sono
e da escala de HAD no início e no final da avaliação mantiveram-se constantes tanto do
grupo caso quanto no grupo controle.
Evelyn Franco Fonseca, Maria Christina Mendes de Almeida Fleury, Shirley Holanda de Albuquerque
INTRODUÇÃO
METODOLOGIA
RESULTADOS
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. AMERICAN OCCUPATIONAL THERAPY ASSOCIATION (AOTA). Uniform terminology for occupational therapy.
American Journal of Occupational Therapy, 3. ed., v. 48, n.11, 1994.
2. DIAZ, S. Quality is client oriented. Planned Parenthood Challenges, no. 2. 1994. P31-33.
INTRODUÇÃO
OBJETIVOS
CASUÍSTICA E MÉTODOS
RESULTADOS
CONCLUSÃO
INTRODUÇÃO
MÉTODOS
RESULTADOS
Cassiana Abreu Horta1, Alfredo Damasceno1, Felipe Von Glehn2, Karen Girotto1,
Lidiane Campos2, Lucas Vilas Boas1, Maurício de Alencar1, Paulo Afonso Mei1,
Marcondes França Junior3, Anamarli Nucci4
1
Médico Neurofisiologista Clinico, 2 Residente de Neurologia Clínica,
3
Médico Adjunto do Departamento de Neurologia,
4
Prof. Dra. Coordenadora do Ambulatório de Doenças Neuromusculares da UNICAMP
Ambulatório de Doenças Neuromusculares da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual
Campinas (UNICAMP)
INTRODUÇÃO
Neuropatias motoras são entidades que cursam com amplo espectro de agressão ao
nervo periférico tendo apresentações clínicas e etiológicas diversas.
A Neuropatia Motora Multifocal (NMM) é caracterizada por fraqueza muscular
progressiva de distribuição multifocal associada à atrofia muscular, mioquimias, câimbras,
fasciculações assemelhando-se ás Doenças do Neurônio Motor mimetizando em especial a
Esclerose Lateral Amiotrófica.
A distinção pode ser feita pela ausência de acometimento bulbar, de sinais de
neurônio motor superior e de envolvimento motor usualmente assimétrico em extremidades
de membros superiores; proeminentementes em mãos. Inclui atrofias em territórios de
troncos nervosos específicos, eletrofisiologia com comprometimento mielínico e motor
exclusivo, bloqueio de condução multifocal, evolução benigna e resposta á terapêutica com
Imunoglobulina Humana.
OBJETIVOS
CONCLUSÃO
BACKGROUNDS
OBJECTIVE
We have described six Brazilian patients with POEMS Syndrome and review the
clinical and laboratorial features of the disease.
One patient presented osteosclerotic myeloma, one Castelman’s disease, two patients
has serum vascular endothelial growth factor (VEGF) higher and in three patients no
associated condiction were found. All the patients present Chronic Acquired Demyelinating
Polyneuropathies (CIDP) diagnose by neurophysiologic examination.
CONCLUSIONS
INTRODUÇÃO
A Síndrome de Tolosa Hunt (STH) é doença rara caracterizada por dor orbitária
unilateral e paresia de um ou mais nervos oculomotores com resposta importante ao uso
de corticóides. São comuns achados inespecíficos à Ressonância Magnética (RM), como
alteração de sinal do seio cavernoso, fissura orbital e/ou ápice dá órbita.
RELATO DE CASO
CONCLUSÃO
INTRODUÇÃO
RELATO DE CASO
RESUMO
RESULTADOS
CONCLUSÃO
INTRODUÇÃO
OBJETIVO
Relatar uma apresentação atípica de uma síndrome rara: portador de diabetes mellitus
tipo 1 com neuropatia dolorosa assimétrica de difícil controle associada a provável síndrome
disabsortiva. Relato do caso. Paciente do sexo masculino, 31 anos, com diagnóstico de
diabetes tipo 1 há 3 anos, quando apresentou emagrecimento de 20kg em 20 dias, polidipsia,
polifagia, poliúria e cetoacidose. Iniciou uso irregular com insulina, tendo tido vários
episódios de cetoacidose diabética nos primeiros 2,5 anos, e passado a ter controle rigoroso
nos últimos 6 meses. Admitido no nosso serviço devido às queixas, iniciada há 4 meses, de
dor excruciante e parestesias em região sacral, membros inferiores e tronco, piores à noite.
Concomitante, referia perda de 25kg neste período, anorexia, astenia, insônia, ansiedade,
impotência sexual, retenção urinária e diarréia intermitente, aquosa, de pequeno a moderado
volume, sem restos alimentares, sangue, muco ou pus, às vezes associada a dor abdominal
que melhorava após a evacuação, sem relação estrita com a alimentação, 1-8 episódios/
dia. Estava caquético, apresentava tetraparesia flácida assimétrica (mais importante nos
membros inferiores e à esquerda), hipoestesia tátil, sensitiva e vibratória nos membros
COMENTÁRIOS
INTRODUÇÃO
MATERIAL E MÉTODO
RESULTADOS
CONCLUSÕES
Michele Devido Santos, Ana Paula Machado Goyano Mac-Kay, Rubens José Gagliardi, Roberta Lianza,
Marcelia Sousa de Sousa, Fulvia Eduarda da Silva, Karla de Almeida Lins e Keila Narimatsu
FCMSCSP / Santa Casa de Misericórdia de São Paulo
MÉTODO
9 participantes receberam ETCC catódica em hemisfério contralateral a lesão
(inibição da área saudável) por dez dias e foram avaliados com testes motores e cognitivos.
Os testes foram realizados antes da ETCC e após 5, 10 e 15 dias do início do tratamento.
Resultados: observou-se melhora nos testes de fluência verbal e memória operacional; a
melhora foi observada após 5 dias de tratamento e manteve-se estável até 15 dias após
o início da estimulação. Por outro lado, não foram observados efeitos significativos em
tarefas motoras.
RESUMO
CONCLUSÃO
INTRODUÇÃO
OBJETIVO
MÉTODO
RESULTADOS E DISCUSSÃO
De acordo com IQSP 89,5% do grupo de HIV e 81,8% do grupo de doentes de AIDS
são más dormidoras. Dezoito (60%) mulheres apresentavam carga viral indetectável, e,
12 (40%) apresentavam carga viral detectável. Segundo os resultados da contagem das
células T CD4 entre as mulheres estudadas, 20 (66,6%) apresentavam valores iguais
CONCLUSÃO
INTRODUÇÃO
OBJETIVO
Investigar a percepção da qualidade do sono de mulheres portadoras de HIV/AIDS.
MÉTODO
RESULTADOS
De acordo com IQSP 89,5% do grupo de HIV são más dormidoras e 10,5% são
boas dormidoras. 81,8% são más dormidoras no grupo de doentes de AIDS e 18,2% são
boas dormidoras. No grupo controle 56,7% das mulheres são más dormidoras e 43,3% são
boas dormidoras. Em relação à eficiência do sono no grupo de HIV os seguintes dados
foram encontrados: 36,8% tiveram uma eficiência do sono > 85%, 31,6% uma eficiência
CONCLUSÃO
INTRODUÇÃO
OBJETIVO
MÉTODO
Da amostra 72,5% são casados, 90% não completou o ensino fundamental, 70% tem
somente o trabalho durante a safra. A idade dos sujeitos variou entre 18 e 56 anos, com
média de 37,43 anos, sem diferenças significativas entre os grupos. Os sujeitos do grupo-
estudo apresentaram maior percentual de latência do sono elevada (p=0,040), fizeram mais
uso de medicação para dormir (p=0,013), referiram maior sonolência diurna (p=0,012) e
possuíam pior qualidade subjetiva do sono (p=0,013) quando comparados com os sujeitos
do grupo-controle. Quanto às queixas de distúrbios do sono, no grupo-estudo, 62,5%
apresentaram queixas de 1 a 2 vezes na semana; no grupo-controle, 65% de 1 a 2 vezes
na semana. No que se refere à latência do sono, os resultados demonstraram que 45% do
grupo-estudo demoravam mais de 60 minutos para adormecer; enquanto 37,5% do grupo-
controle demoravam menos de 15 minutos. Os resultados obtidos referentes à duração do
sono demonstraram que, no grupo-estudo, 25% dormiam menos que 5 horas por noite; no
grupo-controle, 10% dormiam menos que 5 horas por noite. Quanto ao uso de medicação
para dormir, no grupo-estudo, 55% não usavam medicação e 37,5%, usavam entre 3 ou mais
vezes na semana. No grupo-controle, 85% não usavam medicação. Os resultados obtidos
no PSQI demonstraram que 47,5% do grupo, apresentaram sonolência diurna moderada.
No grupo-controle, verificou-se que 40% não apresentavam sonolência diurna.
CONCLUSÃO
Nesta amostra de trabalhadores agrícolas foram observadas perdas na qualidade
do sono, sendo mais acentuada no grupo-estudo. As queixas de distúrbios do sono foram
observadas nos dois grupos sem diferenças significativas.
INTRODUÇÃO
O sono pode ser afetado por diversos fatores que interferem no ciclo sono-
vigília de um individuo, dentre eles a privação, presença de distúrbios mentais, efeito
de drogas no Sistema Nervoso Central, hábitos irregulares de sono, idade, patologias
físicas e cognitivas, mudança de fuso-horário e o ritmo circadiano. A sonolência
excessiva tem como conseqüências, nos adolescentes, queda do desempenho escolar,
lapsos de memória, inconstância no humor e problemas comportamentais. Nos dias
atuais, se reconhece a importância do sono como agente restaurador e homeostásico,
com importante influência sobre o estado vigil do indivíduo. Sabe-se que os transtornos
do sono podem trazer diversas repercussões, provocando alterações na qualidade
de vida (QV), disfunções autonômicas, prejuízo na performance profissional ou
acadêmica, aumento na incidência de transtornos psiquiátricos e conseqüências
na segurança pessoal com aumento de acidentes. Estudantes universitários exibem,
normalmente, um padrão irregular do ciclo vigília-sono caracterizados, especialmente,
por grandes atrasos de fase nos fins de semana. Além de enfrentar a carga curricular,
os estudantes buscam melhorar a qualificação profissional, complementando o curso
com atividades extracurriculares como estágios, pesquisas e monitorias. Assim,
submetem-se a forte pressão e estresse pela exigência de alto rendimento acadêmico
e pelo tempo demandado em estudos.
OBJETIVO
A amostra foi composta por 32 alunos, sendo 24 mulheres e 08 homens, com idade
entre 21 e 40 anos. A avaliação foi feita no próprio campus, sendo que 68,8% apresentaram-
se como casados e 31,2% solteiros. Quanto à ocupação, 28,1% não relataram nenhuma
atividade de trabalho, 50% trabalhavam como estagiários na área de estudo e 21,9%
referiram outra ocupação profissional. A coleta de dados foi realizada no mês de agosto de
2007 e os instrumentos aplicados foram o Questionário de Sono de Giglio e o instrumento
de avaliação de qualidade de vida World Health Organization Quality of Life em sua
versão abreviada (WHOQOL-bref)
RESULTADOS
Com relação aos hábitos de sono 93,8% estavam satisfeitos quanto ao local de
sono. Quanto a apresentar algum problema de sono: a maioria (59,4%) relatou apresentar
problemas às vezes, 12,5% freqüentemente e 9,4% sempre. Em relação ao acordar muitas
vezes durante a noite (mais que três vezes por semana): 65,6% disseram acordar às vezes,
6,3% sempre e 3,1% freqüentemente. A média de horas de sono durante a semana foi de
6,1h ± 1,1h e durante o final de semana de 8,3h ± 1,7h. Houve uma relação significante
entre o número médio de horas de sono durante a semana e o resultado do WHOQOL-bref,
mostrada através da correlação de Pearson (r=0,448, p=0,010).
CONCLUSÃO
A maioria dos estudantes encontra-se satisfeita com o local de sono, porém, grande
parte relata apresentar problemas de sono e acordar muitas vezes durante a noite. A correlação
entre a média de horas de sono durante a semana e o resultado do WHOQOL-bref mostrou-
se positiva, ou seja, quanto maior o número de horas de sono durante a semana, maior o
resultado no WHOQOL-bref, indicando melhor percepção da qualidade de vida.
INTRODUÇÃO
A qualidade do sono pode ser afetada por diversos fatores que interferem no ciclo
sono-vigília de um indivíduo, dentre eles a privação do sono, presença de distúrbios
mentais, efeitos de drogas no Sistema Nervoso Central, hábitos irregulares de sono, idade,
patologias físicas e cognitivas, mudança de fuso horário e ritmo circadiano. Os adolescentes
constituem o grupo com maior tendência à privação de sono. Os estudantes universitários
são formados em geral por indivíduos com menos de 25 anos, uma fase de transição entre
a adolescência e a idade adulta. Grande número de alterações pode ocorrer nesta fase da
vida e, em alguns casos, instalam-se distúrbios de diferentes gravidades. Na qualidade de
estudantes, esses jovens devem subordinar suas atividades aos horários escolares, e isto
pode produzir algumas alterações, uma vez que os horários de dormir e acordar encontram-
se atrelados à distribuição cronológica dos compromissos escolares. Estes fatores podem
reduzir a qualidade do sono ou aumentar a tendência do surgimento de distúrbios do sono.
OBJETIVO
CASUÍSTICAS E MÉTODOS
CONCLUSÃO
INTRODUÇÃO
O exercício da atividade docente implica em uma ocupação que exige certo grau de
habilidade, preparo e conhecimento atualizado, ao mesmo tempo em que este profissional necessita
praticar ações que desenvolvam as habilidades cognitivas, afetivas e emocionais. Na atualidade,
muitos professores, apresentam em suas atividades pedagógicas, sentimentos de desilusão,
desencantamento, desmotivação e dificuldades de lidar com as novas situações requeridas no
ambiente educacional. Diante da cobrança advinda da instituição de ensino, dos pais e à própria
exigência em permanecer atualizado a fim de responder às expectativas e necessidades dos
alunos, conduz o professor na busca de alternativas diferenciadas para dar conta de suas atividades
pedagógicas. A insatisfação frente às circunstâncias desfavoráveis e os constantes desafios que
precisam enfrentar na vida diária provocam, muitas vezes, sentimento de impotência, redução
de vida social, culpa, indignidade, falhas de memória, nervosismo e desgaste físico e emocional.
Como conseqüência dessas queixas, das pressões internas, das preocupações com a vida pessoal,
das crenças e valores de cada um, podemos encontrar professores mais vulneráveis a ansiedade
e propensos a alterações na qualidade do sono, demonstrando que as atividades mentais do dia
esgotam as energias, prejudicando a concentração, os reflexos e trazendo maior sensibilidade à
dor. Para o estudo da ansiedade, dois conceitos distintos são encontrados: ansiedade-estado, que
se refere a um estado emocional transitório caracterizado por sentimentos subjetivos de tensão
que podem variar em intensidade ao longo do tempo; e ansiedade-traço, a qual se refere a uma
disposição pessoal, relativamente estável, a responder com ansiedade a situações estressantes e a
uma tendência a perceber um maior número de situações como ameaçadoras.
OBJETIVO
RESULTADOS
Apenas 13,3% dos professores avaliaram ter um sono muito bom, 60% razoavelmente
mau, e 26,6% consideraram o sono como muito bom. Com relação a ansiedade 13,3% dos
professores sugerem traços de ansiedade média e 86,6% traços de ansiedade alta.
CONCLUSÃO
INTRODUÇÃO
OBJETIVO
MÉTODO
RESULTADOS
As parassônias mais frequentemente relatadas pelos dependentes de cocaína quando
comparadas às relatadas pelos não dependentes foram: sensação de muito calor (p<0,001),
sendo que 35% dos dependentes apresentaram esta sensação três ou mais vezes na semana,
comparado a 5% do grupo-controle; sentir dores (p<0,001) foi apresentado três ou mais
vezes por semana em 12,5% dos dependentes de cocaína, enquanto que no grupo-controle
CONCLUSÃO
SETOR DE CRIAÇÃO
Av. Brigadeiro Luís Antônio, 278 - 12º andar
01318-901 - Bela Vista - São Paulo, SP