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LICENCIATURA EM HISTÓRIA
“Desde a década de 1870, a ideia de que o melhor regime para o Brasil seria uma
república crescia entre as oligarquias das províncias mais ricas [...], bem como entre
os militares [...]. Para as primeiras, a Monarquia dificultava o acesso as decisões
políticas do governo central [...]” (p. 16)
“Foram esses grupos, ao lado de líderes republicanos populares [...], que ajudaram a
desgastar politicamente a imagem da Monarquia junto à sociedade. Quando foi
derrubada pelo golpe liderado por Deodoro da Fonseca, a Monarquia já era um regime
que tinha perdido apoios fundamentais entre as elites civis e militares.” (p. 17)
“Os republicanos [...] não formavam um bloco político e ideológico único e coeso.”
(p.17)
“Havia uma corrente liberal, cuba base social era formada pelas oligarquias em torno
dos partidos republicanos regionais [...] Seu projeto político defendia uma república
liberal, de natureza federalista, baseada em meus que consagração a liberdade
individual, mas com restrições a extensão da cidadania eleitoral e política.” (p. 19-20)
“Outra corrente [...] era a positivista, [...] forte entre os militares do Exército [...]. Seu
projeto, ao contrário dos liberais, era construir um governo centralizado e tutelar que
estimulasse a modernização econômica, a alfabetização das classes populares e
determinadas reformas sociais.” (p. 20)
“As oligarquias regionais [...] competiam umas com as outras, seja pelo poder regional,
seja pela condução da política nacional.” (p.22)
“Nos municípios, as disputas pelo poder passavam pelos interesses de famílias e clãs
de grandes proprietários rurais, chamados de “coronéis” [...]” (p. 32).
“[...] as disputas políticas dentro das oligarquias se resolviam à bala. [...] A Revolução
Federalista no Rio Grande do Sul (1893-1895) ou a Revolta de Juazeiro (1914) no
Ceará são exemplos dessas disputas.”(p. 22)
“[....] A Revolta Armada (1893-1894) foi o momento mais grave dessa tensão política
entre as duas Armas nacionais que teoricamente deveriam estar unidade na defesa
da nação.” (p. 22)
“[...] a Guerra dos Canudos foi o resultado de tensões sociais e políticas causadas
pela extrema miséria e exploração do homem do campo como mão de obra barata e
massa agregada aos “coronéis” locais.” (p. 23)
“Definiu-se que o voto ia ser direto [...]. Analfabetos, mendigos, soldados, mulheres e
religiosos [...] não podiam votar, nem ser votados.” (p. 25)
“Outra medida importante implantada pela nova Constituição foi a separação entre
Igreja Católica e Estado [...]” (p. 25)
“No final do seu governo, Floriano passou o poder sem maiores sustos para Prudente
de Morais [...]. A República da Espada de transformava no “Condominio de
Fazendeiros”.” (p. 26)
“Na presidência da República, Campos Sales usaria uma fórmula política simples [...].
Conhecida na historiografia como Política dos Governadores, essa prática implicava
o apoio automático do governo federal aos grupos que estivessem no governo dos
estados [...]” (p. 28)
“[...] historiadores vêm demonstrando que o próprio jogo político das elites oligárquicas
e suas formas de organização e ocupação do Estado, seja no plano regional ou
federal, não era tão simples e não se resumia à “Politica do Café com Leite.” (p. 31)
“O mineiro, Afonso Pena acabou eleito, governando entre 1906 e 1909. O novo
presidente defendia certo grau de intervenção do Estado na economia [...]” (p. 33)
“Eleito, Hermes da Fonseca colocou em prática seu plano para forçar o rodízio do
poder nos Estados hostis a sua candidatura [...]. O plano resumia-se à Política das
Salvações [...]” (p. 35)
“No plano social, o governo Hermes da Fonseca foi marcado por conflitos importantes
e dramáticos. Nós primeiros dias de governo, eclodiu a Revolta da Chibata [...],
protagonizada por marinheiros em sua maioria negros e pobres. Os revoltosos faziam
uma exigência básica e razoável: o fim dos castigos físicos na Marinha de Guerra
brasileira [...]” (p. 36)