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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA

CENTRO DE HUMANIDADES OSMAR DE AQUINO

LICENCIATURA EM HISTÓRIA

DOCENTE: SINUÊ NECKEL

COMPONENTE CURRICULAR: HISTÓRIA DO BRASIL REPÚBLICA I

THALITA SANTOS FURTADO

NAPOLITANO, Marcos. Da República da Espada ao condomínio de fazendeiros: a


consolidação da ordem republicana. In: ______. (org.). História do Brasil república: da
queda da Monarquia ao fim do Estado Novo. São Paulo: Contexto, 2016. p. 13- 39.

“[...] a implantação da República no Brasil não aconteceu só por causa de decretos,


ações motivadas por desafetos ou iniciativas individuais de algumas lideranças civis
e militares. A Monarquia estava em crise havia muito tempo [...]” (p. 15)

“Desde a década de 1870, a ideia de que o melhor regime para o Brasil seria uma
república crescia entre as oligarquias das províncias mais ricas [...], bem como entre
os militares [...]. Para as primeiras, a Monarquia dificultava o acesso as decisões
políticas do governo central [...]” (p. 16)

“Para os militares [...], o Exército se sentia desprestigiado como corporação pelo


governo. Os militares também criticavam a escravidão [...]” (p. 16)

“Foram esses grupos, ao lado de líderes republicanos populares [...], que ajudaram a
desgastar politicamente a imagem da Monarquia junto à sociedade. Quando foi
derrubada pelo golpe liderado por Deodoro da Fonseca, a Monarquia já era um regime
que tinha perdido apoios fundamentais entre as elites civis e militares.” (p. 17)
“Os republicanos [...] não formavam um bloco político e ideológico único e coeso.”
(p.17)

“Havia uma corrente liberal, cuba base social era formada pelas oligarquias em torno
dos partidos republicanos regionais [...] Seu projeto político defendia uma república
liberal, de natureza federalista, baseada em meus que consagração a liberdade
individual, mas com restrições a extensão da cidadania eleitoral e política.” (p. 19-20)

“Outra corrente [...] era a positivista, [...] forte entre os militares do Exército [...]. Seu
projeto, ao contrário dos liberais, era construir um governo centralizado e tutelar que
estimulasse a modernização econômica, a alfabetização das classes populares e
determinadas reformas sociais.” (p. 20)

“A terceira corrente era a dos radicais republicanos, também conhecidos como


jacobinos [...]. Sua base social eram os setores médios das grandes cidades,
pequenos funcionários públicos e trabalhadores [...]. Defendiam reformas sociais que
distribuíssem a renda e incluíssem as massas na vida política nacional.” (p. 20)

“Podemos dividir a Primeira República em três grandes períodos: 1) consolidação da


ordem republicana (1889-1899); 2) institucionalização da política liberal-oligárquica
(1899-1922); 3) crise da hegemonia liberal oligárquica (1922-1930).” (p. 21)

“Nós agitados anos iniciais da República, as três principais correntes republicanas


experimentaram alianças e dissidências entre si. [...] foi Floriano Peixoto, militar que
exerceu a presidência entre 1891 e 1894, um dos políticos de maior prestígio entre
positivistas e jacobinos [...]” (p. 21)

“As oligarquias regionais [...] competiam umas com as outras, seja pelo poder regional,
seja pela condução da política nacional.” (p.22)

“Nos municípios, as disputas pelo poder passavam pelos interesses de famílias e clãs
de grandes proprietários rurais, chamados de “coronéis” [...]” (p. 32).

“[...] as disputas políticas dentro das oligarquias se resolviam à bala. [...] A Revolução
Federalista no Rio Grande do Sul (1893-1895) ou a Revolta de Juazeiro (1914) no
Ceará são exemplos dessas disputas.”(p. 22)
“[....] A Revolta Armada (1893-1894) foi o momento mais grave dessa tensão política
entre as duas Armas nacionais que teoricamente deveriam estar unidade na defesa
da nação.” (p. 22)

“[...] a Guerra dos Canudos foi o resultado de tensões sociais e políticas causadas
pela extrema miséria e exploração do homem do campo como mão de obra barata e
massa agregada aos “coronéis” locais.” (p. 23)

“Uma vez derrubada a Monarquia, era precisei varrer as instituições herdadas do


Império. Para tal, era necessário elaborar uma nova Constituição, que substituísse a
velha Constituição de 1824 [...]” (p. 23)

“Em junho de 1890, foram convocados as eleições para a Assembleia Constituinte,


que, em poucos meses elaborou uma nova Constituição [...]. O sistema de governo
foi definido como “presidencialista” [...]” (p. 25)

“Definiu-se que o voto ia ser direto [...]. Analfabetos, mendigos, soldados, mulheres e
religiosos [...] não podiam votar, nem ser votados.” (p. 25)

“Outra medida importante implantada pela nova Constituição foi a separação entre
Igreja Católica e Estado [...]” (p. 25)

“[...] a Assembleia se autotransformou em Congresso Nacional, dividido entre Câmara


e Senado. Deodoro da Fonseca, eleito “presidente constitucional”[...] não chegaria ao
final do mandato. Os conflitos com seu próprio Ministério, suas ligações com os
monarquistas e a grave crise econômica, acompanhada de inflação, minaram dia
precária liderança [....]” (p. 26)

“Floriano enfrentou com vigor as revoltada que ameaçam a instabilidade do regime,


como a Revolta Federalista no Sul e a Revolta da Armada [....]” (p. 26)

“No final do seu governo, Floriano passou o poder sem maiores sustos para Prudente
de Morais [...]. A República da Espada de transformava no “Condominio de
Fazendeiros”.” (p. 26)

“O governo de Prudente Morais (1894-1898), enfrentou uma conspiração jacobina [...].


Em 1897, Morais sofreu um atentado cometido por um soldado [...]. A partir de então,
governou o Brasil sob estado de sítio e consolidou o poder das elites civis, intervindo
na Escola Militar e fechando o Clube militar até 1901 [...]” (p. 27)

“Na presidência da República, Campos Sales usaria uma fórmula política simples [...].
Conhecida na historiografia como Política dos Governadores, essa prática implicava
o apoio automático do governo federal aos grupos que estivessem no governo dos
estados [...]” (p. 28)

“Mas, via de regra os estados da Federação acabaram virando “feudos eleitorais” de


determinados grupos políticos originários das oligarquias.” (p. 29)

“[...] historiadores vêm demonstrando que o próprio jogo político das elites oligárquicas
e suas formas de organização e ocupação do Estado, seja no plano regional ou
federal, não era tão simples e não se resumia à “Politica do Café com Leite.” (p. 31)

“O governo de Rodrigues Alves (1902-1906) [...] patrocinou uma grande modernização


urbana no Rio de Janeiro.” (p. 32)

“A expulsão das populações pobres do centro da cidade somou-se à imposição da


vacina contra a varíola [...], culminando na Revolta da Vacina, em novembro de 1904.”
(p. 32-33)

“O mineiro, Afonso Pena acabou eleito, governando entre 1906 e 1909. O novo
presidente defendia certo grau de intervenção do Estado na economia [...]” (p. 33)

“Eleito, Hermes da Fonseca colocou em prática seu plano para forçar o rodízio do
poder nos Estados hostis a sua candidatura [...]. O plano resumia-se à Política das
Salvações [...]” (p. 35)

“No plano social, o governo Hermes da Fonseca foi marcado por conflitos importantes
e dramáticos. Nós primeiros dias de governo, eclodiu a Revolta da Chibata [...],
protagonizada por marinheiros em sua maioria negros e pobres. Os revoltosos faziam
uma exigência básica e razoável: o fim dos castigos físicos na Marinha de Guerra
brasileira [...]” (p. 36)

“O governo de Venceslau Brás (1914-1918) coincidiu com a Primeira Guerra Mundial


[...]. O Brasil permaneceu neutro no conflito até outubro de 1917 [...]. Contudo ataques
alemães a navios mercantes brasileiros que comercialização com os Aliados
acabaram convencendo o governo a declarar guerra aí Império Alemão.” (p. 37)

“[...] as oligarquias mais importantes escolheram para ser presidente do Brasil o


paraibano Epitácio Pessoa [...]. Defensor do “civilismo” republicano, Pessoa nomeou
civis para ministérios militares [...]” (p. 39)

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