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Resolução do Exame Modelo 10 de Matemática A

Alfa & OmegaMat

Duração do Exame: 150 minutos + 30 minutos de tolerância

12.º Ano de Escolaridade

1. Fazendo um esquema

− − −

Para o primeiro sinal há dez escolhas possı́veis (já que há dez bandeiras); escolhida essa bandeira, sobram
nove bandeiras para o segundo sinal; e finalmente, escolhidas as bandeiras para os dois primeiros sinais,
restam oito escolhas para o terceiro sinal (sobraram oito bandeiras)

10
Assim, podem ser feitos A3 = 720 sinais diferentes com três bandeiras

Resposta: (C)

2. Fazendo um esquema

ˆ − ˆ − ˆ − ˆ − ˆ − ˆ − ˆ − ˆ − ˆ

Legenda:

lugares dos reis e valetes: −

lugares possı́veis das damas: ˆ

9
C4 é o número de maneiras distintas de colocar as quatro damas nos nove lugares possı́veis

Para cada uma destas maneiras, as quatro damas podem permutar de lugar entre si de 4! maneiras dis-
tintas e os oito reis e valetes podem permutar de lugar entre si de 8! maneiras distintas

Portanto, as doze cartas podem dispor-se lado a lado, de 9 C4 × 4! × 8! = 121927680 maneiras distintas

Resposta: (B)

3. Seja n o número da linha

Sabe-se que multiplicando os primeiros dois elementos com os dois últimos elementos dessa linha obtém-se
625

Então,

n
C0 ×n C1 ×n Cn−1 ×n Cn = 625 ⇔ 1 × n × n × 1 = 625 ⇔


⇔ n2 = 625 ⇔ n = ± 625 ⇔ n = ±25

⇔ n = −25 ∨ n = 25

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Como n ≥ 1, então, n = 25

Assim, trata-se da linha n = 25, que tem 26 elementos

Quanto à probabilidade:

26
Número de casos possı́veis: C2

Visto que de todos os elementos da linha se escolhem dois, ao acaso

Número de casos favoráveis: 5

Visto que de todos os elementos da linha só se podem escolher o primeiro e o último (cuja soma é 2), o
primeiro e o segundo (cuja soma é 26), o primeiro e o penúltimo (cuja soma é 26), o segundo e o último
(cuja soma é 26), o penúltimo e o último (cuja soma é 26), para que a sua soma seja inferior ou igual a 26

5 5
Portanto, a probabilidade pedida é igual a 26 C
= ≈ 0.015
2 325

4. .


4.1. Os argumentos destes dois números complexos estão em progressão aritmética de razão
n
Assim,

π 2π 17π 2π 17π π 2π 17π 5π 2π 12π 2π 2π


+ = ⇔ = − ⇔ = − ⇔ = ⇔ = ⇔n=5
6 n 30 n 30 6 n 30 30 n 30 n 5
Quanto a z
π 5 5π 5π
z = (z1 )5 = 3ei 6 = 35 ei 6 = 243ei 6

Ou
 17π 5 85π 17π 5π
z = (z2 )5 = 3ei 30 = 35 ei 30 = 243ei 6 = 243ei 6

4.2. Seja z3 = 1 + i
√ √
|z3 | = 12 + 1 2 = 2

Seja θ = Arg(z3 )

1
tan(θ) = e θ ∈ 1Q
1
tan(θ) = 1 e θ ∈ 1Q
π
Logo, θ =
4
√ π
Portanto, z3 = 2ei 4

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Seja z = |z|eiθ

z = |z|ei(−θ)

z 2 = |z|2 ei(−2θ)

Assim,
√ π π
z × (1 + i) = z1 × z 2 ⇔ |z|eiθ × 2ei 4 = 3ei 6 × |z|2 ei(−2θ) ⇔

2|z|ei(θ+ 4 ) = 3|z|2 ei(−2θ+ 6 ) ⇔
π π


2|z|ei(θ+ 4 ) = 3|z|2 ei(−2θ+ 6 ) ⇔
π π

 √  √  √
 |z|( 2 − 3|z|) = 0
2 2
 2|z| = 3|z|
  2|z| − 3|z| = 0
 
⇔ ⇔ ⇔ ⇔
 θ + π = −2θ + π + k2π, k ∈ Z
  3θ = π − π + kπ, k ∈ Z
  θ = − π + k2π , k ∈ Z

4 6 6 4 36 3



 2
 |z| = 0 ∨ 2 − 3|z| = 0  |z| = 0 ∨ |z| = 3


 
⇔ ⇔
 θ = − π + k2π , k ∈ Z
 θ = − π + k2π , k ∈ Z
 


36 3
36 3
Soluções da equação

Se |z| = 0, então w0 = 0

2
Se |z| =
3

2 i(− 36 π
)
k = 0 7→ w1 = e
3

2 i( 23π
k = 1 7→ w2 = e 36 )
3
√ √
2 i( 47π ) 2 i(− 25π36 )
k = 2 7→ w3 = e 36 = e
3 3
√ √
2 i( 71π ) 2 i(− 36π
)
k = 3 7→ w4 = e 36 = e
3 3

2 i(− 25π 36 )
k = −1 7→ w5 = e
3
( √ √ √ )
2 i(− 36 ); 2 2
ei( 36 ) ; ei(− 36 )
π 23π 25π
C.S. = 0; e
3 3 3

5. .

5.1. Como a circunferência tem raio 1, então

A(cos(x); sin(x)), com cos(x) > 0 e sin(x) > 0

Seja D, a projeção ortogonal do ponto A sobre o eixo Ox, logo, D(cos(x); 0)

Assim,

OD = | cos(x)| = cos(x)

AD = | sin(x)| = sin(x)

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AC = 2AD = 2 sin(x)

Assim,

AC × OD 2 sin(x) × cos(x) 1
A[ACO] = = = sin(2x)
2 2 2
2x × 12
Área do setor circular: A1 = =x
2
Portanto, a área da região colorida é

1 i πh
A(x) = A1 − A[ACO] = x − sin(2x), com x ∈ 0;
2 2
 
π 3
5.2. Ora, A ; e B(x; f (x))
3 2
s   2 s  2
 π 2 3 π 2 3
Pretende-se descobrir x, tal que AB = x− + sin(x) − 3 − = x− + sin(x) +
3 2 3 2
seja máxima

s  2
 π 2 3
Inserir a função y1 = x− + sin(x) +
3 2 B
y1
Ajustar a janela de visualização
hπ i
; π × [0; 4]
4
Desenhar gáfico

Procurar a abcissa do ponto onde a função atinge o


máximo

Resposta: x1 ≈ 1.95 rad


O π
4
≈ 1.95 π x

Figura 1

6. Pretende-se provar que a equação f (x) = −x, tem pelo menos uma solução em ]1; 2[, ou seja, que a
equação f (x) + x = 0, tem pelo menos uma solução em ]1; 2[

Seja, g, a função definida por g(x) = f (x) + x = x ln(2x) − 2 + x

A função g é contı́nua em [1; 2], pois trata-se da soma de funções contı́nuas

Por outro lado,

g(1) = 1 × ln(2) − 2 + 1 = ln(2) − 1 < 0

g(2) = 2 × ln(4) − 2 + 2 = 2 ln(4) > 0

Assim,

Como g é contı́nua em [1; 2], e g(1) × g(2) < 0, então, pelo corolário do teorema de Bolzano-Cauchy,
∃x ∈]1; 2[: g(x) = 0

Ou seja, g tem pelo menos um zero em ]1; 2[

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Logo, a equação f (x) + x = 0 tem pelo menos uma solução em ]1; 2[

Portanto, existe pelo menos um ponto do gráfico de f cuja ordenada é simétrica da sua abcissa, no intervalo
]1, 2[
7. De lim (f (x) − 2x − 2) = 0, resulta, lim (f (x) − (2x + 2)) = 0
x→−∞ x→−∞

Portanto,

f (x)
lim = 2 e lim (f (x) − 2x) = 2
x→−∞ x x→−∞

Visto que a reta de equação y = 2x + 2 é assı́ntota ao gráfico quando x → −∞

Como f é par, então,

f (x)
lim = −2 e lim (f (x) + 2x) = 2
x→+∞ x x→+∞

Visto que a reta de equação y = −2x + 2 é assı́ntota ao gráfico quando x → +∞

Assim,

1
2
 2  2
x x f (x) 1 1
lim lim
f 2 (x) x→+∞ f (x) x→+∞ x (−2)2 1
lim = = = = 4 =
x→+∞ f (x) + 2x lim (f (x) + 2x) 2 2 2 8
x→+∞

Resposta: (B)

8. Se a potência x cresce em progressão geométrica de razão r, então, a potência cresce de acordo com a lei
xn = x1 × rn−1 , com n ∈ N

Assim, a respetiva intesidade f , será,

f (xn ) = 130 + log(xn )



= 130 + log x1 × rn−1

= 130 + log (x1 ) + log rn−1

= 130 + log (x1 ) + (n − 1) log (r)

= f (x1 ) + (n − 1) log (r)

Esta expressão final é o termo geral de uma progressão aritmética de razão log(r) e de primeiro termo f (x1 )

Portanto, a intensidade f do som cresce em progressão aritmética de razão log(r)

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9. 0 ∈ Df

A função f é contı́nua em x = 0, se existir lim f (x), ou seja,


x→0

se lim f (x) = lim f (x) = f (0)


x→0− x→0+

ex − e2x ( 00 ) ex − 1 + 1 − e2x ex − 1 e2x − 1


ˆ lim f (x) = lim = lim− = lim− − lim− =
x→0− x→0− x x→0 x x→0 x x→0 x
e2x − 1
= 1 − lim × 2 = 1 − 1 × 2 = −1
2x→0− 2x
ex − 1
Aplicou-se o limite notável: lim =1
x→0 x
√ √  √ 
x + 1 − 1 ( 00 ) x+1−1 x+1+1
ˆ lim f (x) = lim = lim √  =
x→0+ x→−3− x2 + 2x x→0+ x(x + 2) x + 1 + 1
√ 2
x + 1 − 12 |x + 1| − 1 x+1−1
= lim+ √  = lim √  = lim √ =
x→0 x(x + 2) x+1+1 x→0 x(x + 2)
+
x+1+1 x→0 x(x + 2)
+
x+1+1
x 1 1
= lim+ √  = lim √ =
x→0 x(x + 2) x+1+1 x→0 (x + 2)
+
x+1+1 4

e
ˆ f (0) = −
e3k+1

Como, lim f (x) 6= lim f (x)


x→0− x→0+
Então, não existe valor para k, para o qual a função f é contı́nua em x = 0

10. Determinemos a função primeira derivada da função h


h  x i0  x 0 x 1 x x
h0 (x) = 4 sin =4× cos = 4 × cos = cos
4 4 4 4 4 4

Determinemos a função segunda derivada da função h


h  x i0  x 0 x 1 x
h00 (x) = cos =− sin = − sin
4 4 4 4 4

Assim,

1 x x
h00 (x) − sin 1 sin
lim = lim 4 4 = − × lim 4 = − 1 × lim sin (y) = − 1 × lim sin (y) =
x→0 2x x→0 2x 8 x→0 x 8 y→0 4y 32 y→0 y
1 1
=− ×1=−
32 32

Fez-se a mudança de variável

x
y= ⇔ x = 4y
4

Se x → 0, então, y → 0

sin (x)
Aplicou-se o limite notável limx→0 =1
x

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11. logb (8a) + logb (4a) = eln(2) ⇔ logb (8a × 4a) = 2 ⇔ logb (32a2 ) = 2 ⇔
√ √
⇔ 32a2 = b2 ⇔ b = ± 32a2 ⇔ b = ±4 2|a|

Como, por hipótese, a > 0 e b > 0, tem-se que, b = 4 2a

Resposta: (C)
12. .

12.1. Determinemos os pontos A, B e C

Ora, A(x; 0; 0)

Como A é ponto do plano ABC, resulta,

x + 0 + 0 − 12 = 0 ⇔ x = 12

Logo,

A(12; 0; 0), B(0; 12; 0) e C(0; 0; 12)

Assim,
p √ √
AB = (12 − 0)2 + (0 − 12)2 + (0 − 0)2 = 144 + 144 + 0 = 12 2

Portanto, o volume do octaedro é igual a

2 √ 2
AB × OC 12 2 × 12
VOctaedro = 2 × V[ABCDE] = 2 × =2× = 2304 u.v.
3 3
12.2. O plano DEF é paralelo ao plano ABC, assim, os respetivos vetores normais são colineares

Logo, um vetor normal ao plano DEF poderá ser →



α (1; 1; 1)

Portanto, um vetor diretor da reta perpendicular ao plano DEF poderá ser →



α (1; 1; 1)

Concluindo, uma equação da reta que é perpendicular ao plano DEF e que contém o ponto B, é
(x; y; z) = (0; 12; 0) + k(1; 1; 1), k ∈ R

13. Ora,

g(x) − e g(x) − g(e) g(x) − g(e) ln(e) − 1 1−1


lim = lim = − lim = −g 0 (e) = − =− =0
x→e e−x x→e −(x − e) x→e x−e ln2 (e) 1

Cálculos auxiliares

e e
g(e) = = =e
ln(e) 1
x0 1
 0
x0 × ln(x) − x × (ln(x))
0 1 × ln(x) − x × ln(x) − x ×
g 0 (x) =
x
= = x = x = ln(x) − 1
ln(x) 2 2 2 2
(ln(x)) (ln(x)) (ln(x)) (ln(x))
Resposta: (A)

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14. .

14.1. Calculemos a função segunda derivada de g


0 0 0
g 00 (x) = e2x+1 (2x + 1)2 = e2x+1 × (2x + 1)2 + e2x+1 × (2x + 1)2 =

0 0
= (2x + 1) ×e2x+1 ×(2x+1)2 +e2x+1 ×2×(2x+1)×(2x + 1) = 2e2x+1 (2x+1)2 +2e2x+1 (2x+1)×2 =

= 2e2x+1 (2x + 1)2 + 4e2x+1 (2x + 1) = 2e2x+1 (2x + 1)(2x + 1 + 2) = 2e2x+1 (2x + 1)(2x + 3)

Declive da reta tangente t

2
mt = g 00 (−1) = 2e−2+1 (−2 + 1)(−2 + 3) = −
e
2
Logo, t : y = − x + b, b ∈ R
e
Ponto de tangência T (−1; g 0 (−1))

1
g 0 (−1) = e−2+1 (−2 + 1)2 = e−1 × 1 =
e
 
1
Logo, T −1;
e
Assim,

1 2 1 2 1 2 1
= − × (−1) + b ⇔ = + b ⇔ b = − ⇔ b = −
e e e e e e e
2 1
Portanto, a equação reduzida da reta tangente ao gráfico de g 0 no ponto de abcissa −1, é y = − x−
e e

14.2. Determinemos os zeros de g 00 (x)

g 00 (x) = 0 ⇔ 2e2x+1 (2x + 1)(2x + 3) = 0 ⇔ 2e2x+1 = 0 ∨ 2x + 1 = 0 ∨ 2x + 3 = 0 ⇔

1 3
⇔ Equação impossı́vel ∨2x = −1 ∨ 2x = −3 ⇔ x = − ∨ x = −
2 2
Quadro de sinal de g 00 (x)

3 1
x −∞ − − +∞
2 2
2x+1
2e + + + + +
2x + 1 − − − 0 +
2x + 3 − 0 + + +
g 00 (x) + 0  − 0  +
3 1
g(x) ^ g − _ g − ^
2 2

   
3 1
O gráfico da função g tem a concavidade voltada para cima em −∞; − e em − ; +∞ , e tem
  2 2
3 1
a concavidade voltada para baixo em − ; −
2 2

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