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LOURIVAL CÂNDIDO SANTANA

EFEITOS DO CONSUMO DIÁRIO ELEVADO DE PROTEÍNAS


NA SAÚDE DO INDIVÍDUO

Cuiabá
2018
LOURIVAL CÂNDIDO SANTANA

EFEITOS DO CONSUMO DIÁRIO ELEVADO DE PROTEÍNAS


NA SAÚDE DO INDIVÍDUO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à


Universidade de Cuiabá, como requisito parcial
para a obtenção do título de graduado em
Nutrição.

Orientador: Juliana Varjão

Cuiabá
2018
LOURIVAL CÂNDIDO SANTANA

EFEITOS DO CONSUMO DIÁRIO ELEVADO DE PROTEÍNAS NA


SAÚDE DO INDIVÍDUO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à


Universidade de Cuiabá, como requisito parcial
para a obtenção do título de graduado em
Nutrição.

BANCA EXAMINADORA

Prof(a). Isabela Prado

Prof(a). Bruna Vieira Lopes

Cuiabá, 15 de Junho de 2018


SANTANA, Lourival Cândido. Efeitos do consumo diário elevado de proteínas na
saúde do indivíduo. 2018. 30 folhas. Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação
em Nutrição – Universidade de Cuiabá, Cuiabá, 2018.

RESUMO

Atualmente é muito comum as pessoas abusarem das quantidades limítrofes diárias


de proteínas objetivando se favorecerem de seus benefícios, seja para o esporte,
estética, entre outros, grande parcela desses indivíduos realizam esse uso elevado
sem o devido acompanhamento profissional. Quais seriam os efeitos na saúde do
indivíduo que consome diariamente uma quantidade de proteínas superior as das
atuais recomendações? O trabalho busca demonstrar de forma clara os reais efeitos
na saúde de indivíduos com consumo elevado de proteína, quais quantidades são
realmente prejudiciais e qual tempo necessário de aplicação desse tipo de dieta para
surtir efeitos na saúde. Foi realizada uma revisão bibliográfica por meio de livros e
artigos selecionados nos bancos de dados: SCIELO e PUBMED publicados nos
últimos anos. Muitos estudos mostram que as proteínas exercem um papel de grande
importância em muitos processos metabólicos que ocorrem no corpo humano, seja
formação de novas células, fornecimento de energia, controle da saciedade e até
mesmo auxílio na perda de peso. As necessidades diárias de proteínas variam entre
autores e guias nutricionais presentes, podendo também no mesmo autor variar a
quantidade por indivíduo conforme seu estado de saúde ou ciclo de vida em que o
mesmo se encontre. No presente trabalho foi explanado sobre o papel das proteínas
na saúde do indivíduo bem como as atuais recomendações das diretrizes vigentes
desse nutriente, à respeito dos efeitos deletérios e quantidades de ingestão que
causam tais malefícios os resultados obtidos foram inconclusivos devido à escassez
de trabalhos que analisem de forma individual os efeitos do excesso de proteínas na
saúde, bem como as quantidades e tempo exato que de fato são deletérios.

Palavras-chave: Proteína; Consumo; Efeitos; Hiperproteíco; Saúde.


SANTANA, Lourival Cândido. Effects of high daily protein consumption on the
individual's health. 2018. 30 pages. Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação
em Nutrição – Universidade de Cuiabá, Cuiabá, 2018.

ABSTRACT

Nowadays, it is very common for people to abuse the daily borderline amounts of
proteins in order to favor their benefits, whether for sport, aesthetics, among others, a
large proportion of these individuals carry out this high use without proper professional
follow-up. What are the effects on the health of the individual who consumes a daily
amount of protein higher than the current recommendations? The study seeks to
clearly demonstrate the real health effects of individuals with high protein intakes, what
amounts are actually harmful and how long it takes to apply this type of diet to health
effects. A bibliographic review was carried out through books and articles selected in
the databases: SCIELO and PUBMED published in recent years. Many studies have
shown that proteins play a major role in many metabolic processes occurring in the
human body, such as formation of new cells, energy supply, satiety control, and even
aid in weight loss. The daily requirements of proteins vary between authors and
nutritional guides present, being able also in the same author to vary the amount per
individual according to their state of health or life cycle in which it is found. In the
present work, it was explained about the role of proteins in the health of the individual
as well as the current recommendations of the current guidelines of this nutrient,
regarding the deleterious effects and amounts of ingestion that cause such harm, the
results obtained were inconclusive due to the scarcity of studies that analyze the
effects of excess protein on health, as well as the exact amounts and time that are in
fact deleterious.

Key-words: Protein; Consumption; Effects; Hyperproteic; Health.


LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Necessidades diária de macro nutrientes definidas em porcentagem…16


Figura 2 – Recomendações diárias de macro nutrientes para cada ciclo da vida…17
Figura 3 – Recomendações de nutrientes FAO........................................................19
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

DCNT Doenças Crônicas não Transmissíveis


DRI Dietary Reference Intakes
FAO Food and Agriculture Organization
GIP Peptídeo Inibidor Gástrico
HDL Lipoproteína de Alta Intensidade
LDL Lipoproteína de Baixa Intensidade
OMS Organização Mundial da Saúde
ONU Organização das Nações Unidas
PNF Programa Nacional de Florestas
PRODUZIR Programa de Organização Produtiva de Comunidades
PRONAF Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar
RDA Recomendações Dietéticas Adequadas
SBD Sociedade Brasileira de Diabetes
SEBRAE Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
VET Valor Energético Total
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ................................................................................... 09
2. PROTEÍNAS, PARA QUE SERVEM E QUAIS SEUS EFEITOS NA
SAÚDE DO INDIVÍDUO ......................................................................... 10
3. RECOMENDAÇÕES PROTEICAS MAIS UTILIZADAS....................... 15
4. ALTA INGESTÃO PROTEICA E SEUS EFEITOS NA SAÚDE ............ 20
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................ 24
6. REFERÊNCIAS ................................................................................. 25
9

1. INTRODUÇÃO

Atualmente o uso em excesso de proteínas na dieta está cada vez mais


presente no dia a dia dos indivíduos de maneira geral, seja pelos atletas com intuito
de suprir suas demandas catabólicas elevadas, as pessoas acima do peso que
buscam uma maior saciedade como consequência da substituição de fontes de
carboidratos por fontes proteicas e também os fisiculturistas que se beneficiam do
poder de anabolismo destas. (PAIVA; ALFENAS; BRESSAN, 2006)
Muitos desses indivíduos não sabem quais quantidades a serem usadas para
determinado fim, que de acordo com o objetivo buscado a quantidade de proteína irá
variar e que existem limites usuais mínimos e máximos desse macro nutriente e na
maioria das vezes essas pessoas acabam não procurando auxílio profissional
adequado para aumentar a ingestão de fontes proteicas na sua dieta.
Hoje em dia observa-se diversos casos de indivíduos que fazem uso de um
consumo elevado de proteínas a fim de se beneficiarem com seus efeitos. Além disso
muito se fala dos riscos desse consumo hiperproteíco, levando também alguns
profissionais a optarem por não expor seus pacientes ao possíveis danos à saúde que
são relacionados a essa pratica.
Quais os efeitos na saúde do indivíduo que consome diariamente uma
quantidade de proteínas superior as das atuais recomendações? O trabalho busca
demonstrar de forma clara os reais efeitos na saúde de indivíduos com consumo
elevado de proteína, quais quantidades são realmente prejudiciais e qual tempo
necessário de aplicação desse tipo de dieta para surtir efeitos na saúde.
Sendo assim, objetiva-se adiante, elucidar os efeitos na saúde do indivíduo que
consome uma dieta hiperproteica diariamente, explanar a importância das proteínas
e seus efeitos benéficos e deletérios a saúde, demonstrar as atuais recomendações
de ingestão proteica e expor os efeitos encontrados que são relacionados a alta
ingestão proteica diária.
A metodologia utilizada será a revisão bibliográfica por meio de livros e artigos
selecionados nos bancos de dados: SCIELO e PUBMED publicados nos últimos anos,
utilizando como descritores: dieta hiperproteica, consumo elevado de proteínas,
efeitos do consumo de proteínas, proteínas e funções das proteínas.
10

2. PROTEÍNAS, PARA QUE SERVEM E QUAIS SEUS EFEITOS NA SAÚDE


DO INDIVIDUO

Não se diferenciando da maioria dos seres vivos, para garantir a sua


sobrevivência a espécie humana necessita suprir o mínimo de suas condições vitais,
encontrar um meio ambiente favorável à sua existência e realizar a ingestão adequada
de seus aportes nutricionais, garantindo assim a manutenção da saúde.
(GUIMARÃES; SILVA, 2003)
“A nutrição bem equilibrada pode minimizar a fadiga, reduzir as lesões, otimizar
os depósitos de energia e finalmente por ajudar a saúde em um modo geral.”
(FERREIRA, RIBEIRO E SOARES, 2001; DOS SANTOS, 2002)
Um bom aporte nutricional proporciona não somente um equilíbrio energético
diário, como também um ajuste na qualidade dietética, permitindo uma adequada
distribuição dos nutrientes energéticos, assim como de macro nutrientes, minerais,
vitaminas, fibras e líquidos (QUINTÃO et al, 2009).
Para uma alimentação equilibrada é necessário ingerir as quantidades corretas
de macro nutrientes, proteínas, carboidratos e lipídios, uma vez que desta forma
garantirá o bom funcionamento do organismo. (SBD, 2006)
Os principais responsáveis por fornecer as calorias são os macro nutrientes:
carboidratos, proteínas e lipídios. Os carboidratos e as proteínas, quando totalmente
metabolizados no organismo, fornecem 4kcal de energia por cada grama e os lipídios,
9kcal. (SBD, 2006)
Cada macro nutriente (carboidrato, proteína e lipídeo) desempenha uma função
diferente no nosso organismo, as proteínas por exemplo tem as seguintes funções
(estrutural, enzimática, hormonal, defesa, nutritiva, coagulação sanguínea e
transporte de outros nutrientes), sendo assim a ingestão delas deve ser em
quantidade compatível a demanda exigida pelo organismo, o que varia de um
indivíduo para o outro de acordo com seu estado de saúde (patologia adquirida ou
congênita) ou estilo de vida (sedentarismo ou ativo fisicamente). (BONOTTO et al,
2012)
As proteínas, cujo nome vem da palavra grega protos, que significa “a primeira”
ou a “mais importante”, são as biomoléculas mais abundantes nos seres vivos, estando
presentes em todas as partes de uma célula. Não bastasse isso, as proteínas assumem
uma diversidade de funções biológicas, com propriedades e atividades fantasticamente
11

distintas, como em músculos, cabelos, unhas, penas de pássaros, anticorpos e uma


série de outros exemplos, cada qual exibindo um papel biológico característico.
(JUNIOR; RANCISCO, 2006, pag. 12)
Elas são polímeros cujas unidades constituintes fundamentais são os
aminoácidos. Os aminoácidos, por sua vez, são moléculas orgânicas as quais possuem
ligadas ao mesmo átomo de carbono (denominado de carbono α) um átomo de
hidrogênio, um grupo amina, um grupo carboxílico e uma cadeia lateral “R”
característica para cada aminoácido. Essa cadeia lateral é o que difere os aminoácidos
em sua estrutura, tamanho, cargas elétricas e solubilidade em água. Além de conferir
propriedades físico-químicas diferentes a cada aminoácido, as cadeias laterais são
também responsáveis por forças estabilizadoras, advindas de interações fracas
(ligações de hidrogênio, hidrofóbicas, eletrostáticas etc.), que mantêm as estruturas
conformacionais enoveladas das proteínas. (JUNIOR; RANCISCO, 2006, pag. 12)
As fontes proteicas são normalmente saborosas como no caso dos diversos
tipos de carnes, bovina, suína, aves e peixes e de fácil acesso uma vez que seus
derivados não são tão dispendiosos como os hambúrgueres, salsichas, steaks e
também os ovos, que facilita mais ainda o seu consumo, existem estudos que
mostram que por conta dessas características citadas, os brasileiros em sua maioria
possuem o hábito alimentar hiperproteíco mesmo que de maneira não proposital.
(FARNSWORTH et al, 2003)
As proteínas são imprescindíveis à saúde humana, uma vez que além de
exercerem o papel de fonte calórica, fornecem os aminoácidos, que servem de base
construtora e renovadora, ou seja, são fundamentais ao crescimento e pela
manutenção das funções do nosso organismo. Sendo as suas fontes de origem animal
mais ricas as carnes em geral, os ovos, o leite e os derivados do leite, por sua vez as
leguminosas são as melhores fontes de proteína no reino vegetal. (SBD, 2006)
Fora exercerem o papel de combustível para o crescimento e
desenvolvimento de todo o nosso organismo, quando consumidas em grandes
concentrações, as proteínas fornecem também energia para funções basais e demais
atividades diárias. Como se não bastasse, as proteínas possuem uma infinidade de
outras funções biológicas. Sendo algumas, a função de regular o metabolismo,
realizar transporte de alguns outros nutrientes, atuar como catalisadores naturais,
função imunológica, agindo como receptores de membranas das nossas trilhões de
células e tantas outras. (PAIVA; ALFENAS; BRESSAN, 2006)
12

Segundo Flatt (1978), o aumento da ingestão proteica pode favorecer a perda


de peso, além da não recuperação deste peso perdido. Esse efeito pode estar
associado ao fato das proteínas apresentarem alto efeito termogênico.
As proteínas possuem o poder de saciedade maior que os carboidratos e
também lipídeos, ação realizada em todos indivíduos, independente do seu estado
nutricional, sendo ele eutrófico ou até mesmo em sobrepeso. (STUBBS, 1996)
Segundo alguns autores, o maior efeito das proteínas na saciedade pode estar
associado às alterações fisiológicas resultante da ingestão desse macro nutriente.
Dentre estes, a alta concentração de aminoácidos na corrente sanguínea observada
após a ingestão das proteínas estimula a liberação de hormônios anorexígenos e
insulina que agem na saciedade. Além disso, a presença da proteína no lúmen
intestinal e o aumento da concentração de aminoácidos após o processo digestivo
estimulam a secreção da colecistoquinina, favorecendo a diminuição da ingestão
alimentar. A natureza da proteína ingerida e a resposta oxidativa associada a esta
ingestão podem influenciar o poder de saciedade observado. (LANG, 1998)

Em outro estudo foi atestado que o grupo que ingeriu durante a refeição o soro
do leite que possui grandes quantidades de caseína (proteína láctea), apresentou uma
plenitude gástrica maior quando comparado ao grupo que não ingeriu o soro do leite
e também uma não vontade de se alimentarem nas três horas seguintes. Concluíram
que esse resultado foi obtido por conta do esvaziamento gástrico que é mais lento
devido a presença da caseína que possui uma absorção também mais lenta. (HALL
et al, 2003)
De acordo com mais um estudo sobre a ação das proteínas, foi avaliado o efeito
da alta ingestão desse macro nutriente em 148 indivíduos com sobrepeso e
obesidade, por um mês fizeram uso de uma dieta restritiva para perda de peso com
cerca de 20% do VET (Valor Energético Total) de proteínas. Quando comparado ao
grupo controle, o grupo que consumiu a dieta restritiva apresentou ganho de peso
50% menor, e a maior parte do peso ganho foi de massa magra. Os resultados foram
atribuídos aos efeitos de saciedade das proteínas que são mais eficientes quando
comparado aos carboidratos e lipídios. (WESTERTERP-PLANTENGA; WILSON;
WESTERTERP, 1999)
Também segundo Baba (1999), que realizou a comparação do efeito da
ingestão de uma dieta com 45% do VET a partir de proteína ao de uma dieta
13

convencional (12% VET de proteína). De novo, a perda de peso foi significantemente


maior nos indivíduos que receberam o aporte proteico elevado.
Muitos estudos tem demonstrado também que várias fontes proteicas possuem
a capacidade de estimular a liberação do hormônio insulina. O leite por exemplo,
principalmente o seu soro que possui ações insulinotrópicas. Em razão da sua alta
digestibilidade e, por consequência, liberação mais veloz de aminoácidos no sangue,
o soro estimula a liberação de peptídeos ativos ou uma ativação do sistema das
incretinas, principalmente a GIP (Peptídeo Inibidor Gástrico), sendo assim,
determinadas fontes proteicas possuem também ação de melhora da resistência
insulínica uma vez que melhora a sensibilidade da mesma, consequentemente
auxiliando no controle glicêmico. (GANNON et al, 2003 e FARNSWORTH et al, 2003)
Muitos são os benefícios advindos de uma dieta rica em proteínas, todavia se
faz necessário o cuidado com esse consumo elevado quando adotado a longo prazo,
levando em consideração os possíveis riscos à saúde. (NUTTALL; GANNON, 2004)
Para Brenner et al (1996) o consumo elevado de proteínas, sobretudo as de
origem animal, está normalmente associado a um maior consumo de gorduras,
principalmente as saturadas e também colesterol e a uma baixa ingestão de fibras,
aumentando assim o risco de doenças, principalmente as cardiovasculares. Outros
estudos apontam a alta ingestão proteica como causadora de sobrecarga renal devido
ao alto ritmo de filtração glomerular.
Há estudos que mostram que o consumo excessivo de fontes proteicas pode
ter efeito prejudicial, estimulando as perdas excessivas de cálcio em indivíduos
idosos. (OMS, 1990)
O aumento na ingestão proteica pode ter relação direta ou indireta com o
diagnóstico de proteinúria, uma vez que esse aumento promove maior oferta de
produtos metabólicos e das próprias proteínas disponíveis no organismo, no caso, na
urina (MAGALHÃES, 2007; DE SOUZA MENDES E BREGMAN, 2010, p.174-177).
A acidose metabólica, também uma nefropatia, é uma das consequências da
doença renal crônica que é causada devido ao aumento da degradação de proteínas,
a redução na gênese das mesmas e ao balanço nitrogenado que se encontra negativo.
(GUYTON E HALL, 2011)
A dieta influência de maneira absoluta na produção de ácidos, podendo
potencializar, desse modo, para o agravamento do quadro de acidose já presente no
paciente portador doença renal crônica. (Magalhães, 2007)
14

Também associada ao alto consumo na dieta e metabolização incorreta de


proteínas temos a uremia, outra patologia renal. Os substratos não proteicos, que
incluem a ureia, o ácido úrico e a creatinina são os principais responsáveis pela
mesma. (GUYTON E HALL, 2002)
15

3. RECOMENDAÇÕES PROTEICAS MAIS UTILIZADAS

Os nutrientes energéticos (proteína, lipídeo e carboidrato) são os responsáveis


por atender as calorias do valor energético total exigido da dieta. Sendo assim, uma
vez que as dietas devem ser balanceadas, deve-se primeiro estabelecer as
quantidades, em calorias e gramas, dos nutrientes energéticos na dieta e em cada
uma das refeições, sempre respeitando as quantidades recomendadas. (PHILIPPI,
2008)
Nos últimos 70 anos, os estudos sobre as necessidades humanas de proteína
vêm sendo conduzidos em diversos países e por muitos grupos de especialistas.
Todavia, este tópico ainda permanece sob investigações, e as recomendações de
proteína para populações são ainda motivo de controvérsias. Os primeiros estudos
para determinação das recomendações proteicas ideais, iniciaram se por volta de
1940. (WHO, 2002)
As recomendações nutricionais referem-se às quantidades de energia e de
nutrientes que devem conter os alimentos consumidos para que satisfaçam as
necessidades de quase todos os indivíduos de uma população sadia. Essas
recomendações, recommended dietary allowance (recomendação dietética adequada
[RDA]), surgiram a partir de 1941, através do Conselho de Pesquisa Nacional do EUA,
sendo atualizadas em várias ocasiões até 1989 e servindo indubitavelmente como
diretriz útil para indivíduos, instituições, populações e subgrupos de população.
Apesar de o seu objetivo original ser o de prover padrões para a boa nutrição, ele foi
dificultado pelo importante fato de que as RDAs foram desenvolvidas com base na
quantidade mínima apontada como necessária para a prevenção de deficiências
clínicas. Essa limitação tornou-se mais aguda e promoveu impulso para o
estabelecimento de novas recomendações, as dietary reference intakes (DRIs), que
estão baseadas na quantidade de nutrientes que precisamos não só para prevenir
deficiências, mas também para minimizar o risco de doenças crônicas e melhorar a
qualidade de vida. Espera-se que as DRIs substituam as RDAs. Essas novas
recomendações começaram a ser estudadas em 1994 pela Food and Nutrition Board,
ocasião na qual foram constituídos comitês para definir como deveriam ser revisadas
as RDAs. Na época foram introduzidos novos e importantes conceitos sobre
recomendações nutricionais. (GIANNINI, 2007)
16

Com base nas diretrizes, a ingestão diária de proteína deve variar de 0,8 a 1,0
g por quilograma de peso por dia, para manutenção do balanço energético igual a
zero, assegurando assim as funções vitais desempenhadas por esses macro
nutrientes. As necessidades diárias também podem ser expressas em forma de
percentual da quantidade que deve ser consumida de cada macro nutriente. (WHO,
2003)

Figura 1 – Necessidades diária de macro nutrientes definidas em porcentagem.

Fonte: dri (2002)


Conforme demonstrado na Figura 1, a DRI também define as quantidades de
proteína usual em forma de porcentagem, facilitando assim a distribuição nas
elaborações de planos alimentares.
As Dietary Reference Intakes (DRI) constituem-se na mais recente revisão dos
valores de recomendação de nutrientes e energia adotados pelos Estados Unidos e
Canadá, e vêm sendo publicadas desde 1997, na forma de relatórios parciais
elaborados por comitês de especialistas organizados por uma parceria entre o Instituto
de Medicina norte-americano e a agência Health Canada. Essas publicações
substituem as sucessivas versões das Recommended Dietary Allowances (RDA), cuja
décima revisão foi editada em 1989. (PADOVANI, 2006)
17

As recomendações diárias da DRI variam em fases especiais da vida como


infância e adolescência, gestação, lactação e em casos de patologias em que há o
aumento das perdas deste nutriente. Portanto, seu consumo diário deve ser ajustado
de acordo com as necessidades dos indivíduos. (WHO, 2003)

Figura 2- Recomendações diárias de macro nutrientes para cada ciclo da vida.

Fonte: dri (2002)

De acordo com o exposto acima na Figura 2, as recomendações proteicas


diárias variam conforme a idade e condição fisiológica em que o indivíduo se encontre.
18

Também existem outros órgãos que vem estabelecendo recomendações


diárias de macro e até mesmo micro nutrientes e até mesmo programas na área
alimentar para a população em geral, com intuito de garantir uma alimentação segura
e saudável. A ONU (Organização das Nações Unidas) para a Alimentação e a
Agricultura (FAO) é a agência especializada do Sistema ONU que trabalha no
combate à fome e à pobreza por meio da melhoria da segurança alimentar e do
desenvolvimento agrícola. Criada em 1945, a FAO também atua como fórum de
negociação para debater políticas e impulsionar iniciativas ligadas à erradicação da
fome e da insegurança alimentar. Nesse sentido, a Agência busca apoiar os países
em desenvolvimento com a formulação e a execução de políticas e projetos de
assistência técnica em apoio a programas nas áreas alimentar e agrícola, incluindo
todas as atividades primárias (agricultura, pecuária, extrativismo, pesca, outros). Para
isso, a Organização trabalha em parceria com outras agências das Nações Unidas,
organismos internacionais diversos bem como governos nacionais. Constituída por
191 países membros e pela União Europeia, a FAO possui cinco oficinas regionais e
78 escritórios nacionais. Entre as ações realizadas pelo escritório da FAO no Brasil,
desenvolvidas em parceria com o Governo brasileiro, podem ser citados o Programa
Fome Zero, o Programa Nacional de Florestas (PNF), o Programa de Organização
Produtiva de Comunidades (PRODUZIR), o Programa Nacional de Fortalecimento da
Agricultura Familiar (PRONAF), entre outros. (SEBRAE, 2018)

O quadro a seguir apresenta a recomendação da FAO/OMS de ingestão de


nutrientes.

Figura 3 – Recomendações de nutrientes FAO.


19

Fonte: philippi, 2008.


Como pode ser percebido na Figura 3 acima, a recomendação diária de
proteína segunda a FAO/OMS também pode ser definida através de porcentagem no
total do valor energético diário total do indivíduo.
20

4. ALTA INGESTÃO PROTEICA E SEUS EFEITOS NA SAÚDE

Na procura por um corpo “esteticamente perfeito”, muitas pessoas testam


dietas e regimes dietéticos de qualquer espécie, na esperança de atingir um novo nível
de bem-estar ou desempenho físico. Praticantes de musculação, muitas vezes,
colocam em risco sua saúde para adquirir um corpo perfeito, exagerando nos
exercícios físicos que podem levar a danos irreparáveis, já que para o
desenvolvimento muscular há um limite genético. (MAHAN, 2005)
Pesquisas sugerem que a ingestão de proteínas acima do recomendado tem
papel de manter o equilíbrio do nitrogênio e ampliar a síntese de proteínas pelo
músculo (BOERSHEIM et al., 2008; SYMONS et al., 2007)
Novas evidências mostram que uma maior ingestão diária de proteínas é
benéfica para manter a saúde, promover recuperação e manter a funcionalidade em
idosos (definidos como > 65 anos de idade). A necessidade maior de proteínas é, em
parte, devido à redução da resposta anabólica nos idosos: mais proteínas também
são necessárias para compensar inflamações e condições catabólicas associadas a
doenças agudas e crônicas que são comuns nesta idade. Além disso, idosos
frequentemente consomem menos proteína do que adultos jovens. (NUTTALL, 2004)
A hipertrofia muscular é obtida da equação treinamento específico/alimentação
adequada, ambos devidamente supervisionados, praticantes de treinamento de força
têm necessidades nutricionais diferenciadas, sendo a ingestão proteica maior que as
estabelecidas para indivíduos sedentários (HARAGUCHI, ABREU E PAULA, 2006;
ASSUNÇÃO, 2002).
Para Mcardle e Katch & Katch (2010), Tirapegui (2006) e Biesek e Guerra
(2010) a recomendação diária de proteína fica entre 0,8 – 1,8g/kg de proteínas.
Valores estes, usuais tanto para indivíduos com práticas de exercícios de alta
intensidade bem como para os sedentários. Conforme os resultados obtidos por
Nemet et al. (2005) e Gomes et al. (2008), as proteínas ingeridas em demasia são
utilizadas para a produção de energia e estocadas como tecido adiposo.
Existe uma crença popular antiga entre os atletas de que proteína adicional
aumenta a força e melhora o desempenho, mas pesquisas não apoiam esta teoria e
observa-se que a pequena quantidade de proteína necessária para o desenvolvimento
muscular durante o treinamento é facilmente atingida por uma alimentação
balanceada regular. Para os fisiculturistas ou pessoas interessadas em aumentar a
21

massa corporal, a mitologia das necessidades aumentadas de proteínas na dieta é


assustadora. Os levantadores de peso consomem algo ente 1 e 3,5g de proteína por
quilograma de peso corporal por dia e a maioria desta proteína está na forma de
suplemento. (MAHAN, 2005)
O alto consumo de proteínas tem sido recomendado por alguns autores como
estratégia a ser utilizada no tratamento da obesidade e na melhora da resistência
insulínica. No entanto, tal medida não deve ser adotada sem que sejam consideradas
as possíveis consequências cardiovasculares e renais associadas a este maior
consumo proteico em longo prazo. O alto consumo de proteínas, principalmente
animal, está em geral associado a uma maior ingestão de lipídios, principalmente
saturados e colesterol e a uma menor ingestão de fibras, podendo aumentar o risco
de doenças cardiovasculares. (NUTTALL, 2004)
As doenças cardiovasculares representam a principal causa de mortalidade no
Brasil desde os anos 60, ou seja, em números de hoje, cerca de 300 mil brasileiros
por ano são vítimas desse mal. De fato, pesquisadores do mundo todo têm se voltado
cada vez mais para a possível relação da nutrição com as doenças cardiovasculares,
e os estudos têm demonstrado a estreita relação entre a causalidade das Doenças
Crônicas não Transmissíveis (DCNT) e os fatores da alimentação. (PORTELLA et al,
2006)
Vários autores tem sugerido que a ingestão de proteínas em torno de 15% do
VET parece ser o suficiente para atender às necessidades de desportistas e atletas e
que há poucas evidências científicas que justifiquem um consumo superior visando
aumentar a massa muscular (McARDLE et al., 1992; LEMON, 1996). No entanto não
existe vantagens e sim alguns efeitos indesejáveis em aumentar a ingestão protéica
acima de 2g/kg de peso corporal (ODRIOZOLA, 1988).
Segundo De Araújo et al (2002) a ingestão excessiva de proteínas e
aminoácidos (por meio de alimentos ou suplementos proteicos) tem demonstrado
efeitos danosos à saúde. Proteínas em níveis acima de 15% das calorias totais podem
levar à cetose pela redução de carboidratos a serem usados como substratos
energéticos, gota e também sobrecarga renal, além de aumentar o percentual de
gordura corporal, causar possível desidratação, promover balanço negativo de cálcio
e induzir à perda de massa óssea.
Geralmente o maior consumo de proteínas se associa ao maior consumo de
gordura saturada e colesterol, aumentando assim o risco de manifestação de tais
22

doenças. No entanto, em um estudo recente, observou-se que o consumo de dieta


hiperproteica em relação ao consumo de dieta hiperglicêmica levou ao aumento no
nível de HDL (Lipoproteína de Alta Intensidade), não sendo observados efeitos nos
marcadores de risco de doenças cardiovasculares como proteína C reativa.
(NILSSON et al, 2004)
Resultados semelhantes foram verificados por Farsworth (2003), que
constatou também uma diminuição dos níveis séricos de ácido graxo, LDL
(Lipoproteína de Baixa Intensidade) e aumento de HDL, havendo também diminuição
significante dos níveis de triglicérides.
Avaliando os efeitos de uma dieta hiperproteica em comparação com uma
normoprotéica no perfil lipídico e função renal de 20 indivíduos. Os resultados
mostraram uma diminuição significante na concentração de triglicérides, ácido úrico,
creatinina e LDL oxidada e um aumento nos níveis de uréia sanguínea e urinária no
grupo que consumiu a dieta hiperproteica. Conclui-se ao fim do estudo que a ingestão
hiperproteica pode ter um efeito positivo nos determinantes de risco cardiovascular
uma vez que promove a redução de LDL oxidada, triglicérides e ácido úrico. Quanto
a função renal, os autores ressaltam a importância de estudos a longo prazo para
resultados satisfatórios. (JENKINS et al, 2001)
Vários estudos indicam que o consumo excessivo de proteína pode ter efeito
deletério em mulheres que se encontram no climatério, seja por estimular as perdas
excessivas de cálcio ou por acelerar a diminuição da função renal vinculada à idade.
Este fato deve ser levado em consideração devido à redução progressiva de massa
óssea, principalmente em mulheres pós-menopausais. (MONTILLA et al, 2003)
Em estudo envolvendo mulheres e homens idosos, Meyer et al (1997)
identificaram significante associação positiva de consumo de proteína com risco de
fratura de quadril e ingestão de cálcio menor que 400 mg/dia, em ambos os sexos.
Segundo Dawson-Hughes & Harris (2002), a ingestão de cálcio parece influenciar a
associação de proteína ingerida com a absorção de cálcio, pois em estudo realizado
também com mulheres e homens idosos, verificou-se que consumo inferior a 800 mg/
dia de cálcio e alta ingestão proteica (~ 17% do total energético) foi associado com
redução de 23% da absorção de cálcio, enquanto que maior consumo deste nutriente
aumentou sua absorção, sem mudança significativa com aumento na ingestão de
proteína. Portanto, uma dieta com baixa ingestão de cálcio e excessivo consumo
23

proteico poderia comprometer ainda mais a osteoporose, que é um dos problemas de


saúde pública mais prevalentes, principalmente em mulheres pós-menopausais.
Mondini & Monteiro (1994) estudaram as modificações no padrão da
alimentação urbana brasileira e perceberam uma tendência de aumento na
participação relativa das gorduras e das proteínas. Essa preferência sabidamente é
prejudicial à saúde da mulher climatérica, pois o excesso de gordura dietética favorece
a obesidade, as doenças cardiovasculares, o câncer de mama e o de endométrio,
além do que o excesso proteico pode gerar aumento na excreção renal do cálcio,
favorecendo a osteoporose.
Também sobre o percentual de proteína dietética, Barzel e Massey (1998)
verificaram em estudo que a média de ingestão esteve acima da recomendação; como
o excesso proteico pode promover maior excreção renal de cálcio, esse fato torna-se
particularmente importante na mulher após a menopausa, pois ela já apresenta
progressiva perda de massa óssea.
Na pesquisa de Maestá (2008), os indivíduos receberam durante 2 semanas, a
dieta contendo 2,5g de proteína/kg de peso corporal/dia e 30 kcal/g proteína. As
avaliações antropométricas, alimentares, bioquímicas, balanço nitrogenado e cinética
com 15 N-glicina foram realizadas no início do estudo e no último dia da dieta. Ao final
do estudo houve aumento significativo na massa muscular (1,63±0,9kg).
24

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conforme apresentado, as proteínas exercem um papel de grande importância


em muitos processos metabólicos que ocorrem no corpo humano, seja formação de
novas células, fornecimento de energia, controle da saciedade e até mesmo auxílio
na perda de peso, todavia são vários os efeitos deletérios associados à saúde quando
a necessidade de ingestão desse macro nutriente é excessiva na dieta do indivíduo.
As necessidades diárias de proteínas variam entre autores e guias nutricionais
presentes, podendo também no mesmo autor variar a quantidade por indivíduo
conforme seu estado de saúde ou ciclo de vida em que o mesmo se encontre,
entretanto limites usuais diários estão presentes em todos os guias aqui utilizados, o
que define ou ao menos supõem as quantidades que podem ser seguras para
ingestão continua.
No presente trabalho foi explanado sobre o papel das proteínas na saúde do
indivíduo bem como as atuais recomendações das diretrizes vigentes desse nutriente,
à respeito dos efeitos deletérios e quantidades de ingestão que causam tais malefícios
os resultados obtidos foram inconclusivos, associa-se tais resultados à escassez de
trabalhos que avaliem precisamente quais quantidades excessivas de proteínas
causam danos à saúde, tais trabalhos atem-se apenas a generalização do excesso
do consumo e não na quantidade exata que foi ingerida e o tempo de ingestão pelos
indivíduos avaliados, observa-se a necessidade de novos estudos para melhor definir
as reais quantidades e tempo excessivos do uso de proteínas na dieta que causem
danos à saúde .
25

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