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AutodefesaP s

íquicaDIO N FO R T U N E

P elaprim eiravez um a renom adoa ocultista explica,atravésde instruçõesdetalhadas,


o m odo de detectar osataquesps íquicose com o defender-se deles. Estaspáginas
contêm surpreendentes revelações acerca dasL ojas N egrase dos m étodosnelas
usadospara provocar taisataques. S ão apresentados,tam bém ,osm otivosdestes
ataques,suasm anifestaçõesno ní velfí sico e aspos síveisform asde proteção contra
eles.

Editora:P ensam ento


ISB N : 8531500559
Ano: 2002
Edição: 7
N úmero de páginas: 201
Acabam ento: Brochura
Form ato:M édio

AU T O DEFES A P S ÍQ U ICA
Dion Fortune

EditoraP ensam ento

1
P R EFÁCIO

P roblem asconcernentesà redação de um livrosobreautodefesaps íquica/O sataques


ps í
quicos são m ais comuns do que pensam os / O s anúncios dos cursos que
desenvolvem o poder m ental / A experiência pessoal da autora com um ataque
ps í
quico / P sicologiae ocultism o / L igaçãoentre oabuso dospoderesm entaise o culto
dasbruxas.

Foicom consciênciadosproblem asim plicadosque m e entregueià tarefa de escrever


um livrosobreoataque ps íquico e sobre osm elhoresm étodosde defesacontraele.O
em preendim ento está cercado de arm adilhas. É praticam ente im pos sível fornecer
inform ação prática sobre os m étodos de defesa ps íquica sem ao m esm o tem po
fornecer inform ação práticasobre osm étodosde ataque ps í
quico. N ão é sem razão
que osiniciadossem pre guardaram sua ciência secreta atrásde portas fechadas.
R evelaro suficiente paraperfeito entendim ento sem aom esm o tem po revelardem ais
que se torne perigoso,eiso m eu problem a.M ascom o muito já se tornou conhecido a
respeito dosensinam entosesotéricos,e com o o cí rculo de estudantesdo oculto está
se tornando m aisam plo acadadia,pode bem ser que tenha chegado a hora de falar
sem rodeios.N ão procureiatarefa,m as,visto que elam e veio àsm ãos,fareio m elhor
que puder para cumpri-la honradam ente,tornando aces s
í vel o conhecim ento que
acumuleidurante aexperiênciade muitosanoscom asestranhasveredasdam ente
que o m ístico partilhacom o lunático. Este conhecim ento não foiobtido sem algum
custo,nem ,com o suspeito,seráasuadivulgaçãointeiram ente isentade encargos.

P rocureievitar,nam edidado pos


sível,autilização de m aterialde segundam ão.T odos
conhecem osapessoaque tem um am igo cujo am igo viu um fantasm a com osseus
própriosolhos.Isso não é de muita utilidade a ninguém . O que precisam osé tera
testemunhasob rigorosainvestigação. P or esse m otivo,não recorrià vastaliteratura
sobreoassunto em busca de ilustraçõesparaam inha tese,preferindo contarcom os
casosque se alinharam no âm bito de m inhaprópriaexperiência,e que fuicapaz de
exam inar.

P enso que posso reivindicar a posse de qualificaçõespráticas,e não apenasteóricas,


paraatarefa. M inhaatenção voltara-se inicialm ente paraapsicologia,concentrando-
se depoisno ocultism o com o a chave realpara a psicologia, devido à experiência
pessoalde um ataque ps íquico que m e deixou com asaúde arruinadapor um perí odo
considerável. C onheço por m im m esm a o horror peculiar de tal experiência, sua
insídia,suapotênciae seusdesastrososefeitossobream ente e o corpo.

N ão é fácil conseguir que as pessoas se apresentem e testemunhem os ataques


psíquicos.Em prim eiro lugar,porque elassabem que há pouquí
ssi
m aprobabilidade de
que acreditem nelas e que é m ais provável receberem a pecha de desequilí brio
m ental.Em segundo lugar,porque qualquerintrom issão nasbasesdapersonalidade é
umaexperiênciahorrorosade talm odo peculiare singularque am ente procuraevitá-
lae o indiví
duo não consegue falarsobreoassunto.

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S ou da opinião de que osataquesps í
quicossão m aiscomunsdo que geralm ente
acreditam os,e m esm o osocultistasnão avaliam asua extensão. O público em geral
não im agina absolutam ente as coisas que são feitas pelas pessoas que têm um
conhecim ento dospoderesdam ente hum ana,e que se dão ao trabalho de explorá-
los.O sestudantesdo ocultism o sem pre tiveram o conhecim ento dessespoderes,m as
atualm ente elessão conhecidose utilizadospor pessoas que ficariam sobrem odo
surpresasao descobrirem quem são osseuscolegasde prática.A S ra.Eddy,fundadora
daCiênciaCristã,topou com essesm étodosem piricam ente,sem jam aister adquirido
qualquer conhecim ento racionalde seu m odusoperandi.Elaprocurou ensiná-losde
talm odo que elespudessem ser utilizadosapenasparao bem ,e que seuspoderes
para o m al não viessem à tona; m asque ela própria teve conhecim ento de suas
possibilidades m alignas, testemunha-o o terror por aquilo que ela cham ava de
“M agnetism o Anim alM alévolo” e que ensom breceu todaasuavida.

O s m étodos da Ciência Cristã, sem a sua disciplina estrita e a sua cuidadosa


organização,foram desenvolvidose exploradospelasinúmerasescolase seitasdo
M ovim ento do N ovo P ensam ento. Em muitosdessesdesdobram entos,o aspecto
religiosofoiesquecido e osm étodossetornaram sim plesm ente um acoleção de regras
de m anipulação m ental para finspessoais,em bora não para finsdeliberadam ente
m alignos.S eusrepresentantesinform aram que poderiam ensinaraarte de vender,de
tornar o indiví
duo populare influente nasociedade,de atrairo sexo oposto,de obter
dinheiro e sucesso.O número surpreendente dessescursosanunciadosm ostraasua
popularidade; num apublicação recente de umarevistaam ericana,conteianúnciosde
sessentae trêsdiferentescursosde treinam ento em váriasform asde poderm ental.
Elesnão seriam tão popularesse não obtivessem nenhum resultado. Considerem os
algunsdessesanúnciose vejam oso que elesindicam ,lendo nasentrelinhase tirando
asnossasprópriasconclusões.

“T ransm ita seuspensam entos aos outros. P eça folheto grátis. T elepatia ou R ádio
M ental”

“P roblem ascom saúde,am or,dinheiro? Deixe-m e ajudá-lo.N ão haveráfalhas,se você


seguirasinstruções.Estritam ente pessoaleprofissional.Cuidadoso com o o m édico da
fam ília.R em eta cinco dólaresao fazer o pedido.Devolverem oso dinheiro se você não
ficarsatisfeito.’’

“O que você deseja? S ejao quefor,podem osajudá-lo aconseguir.Dê-nosachance de


ajudá-lo escrevendo para ‘N uvens L im pas’. Absolutam ente grátis. Você ficará
encantado.”

“HIP N O T IS M O . N ão possuirá você esse estranho e m isterioso poder que encanta e


fascinahom ense mulheres,influenciaseuspensam entose controlaseusdesejos,e
que o torna m estre suprem o de todas as situações? A vida está repleta de
possibilidades sedutoras para aqueles que dom inam os segredos da influência
hipnótica e para aqueles que desenvolvem seus poderes m agnéticos. Você pode
aprender em casaacurardoençase m aushábitossem drogas,aconquistaraam izade
e o am or, a aumentar seus rendim entos, a realizar seus desejos, a afastar os

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aborrecim entos e as preocupações de sua m ente, a aperfeiçoar sua m emória, a
superarasdificuldadesdom ésticas,adaro m aisem ocionante entretenim ento jam ais
testemunhado e adesenvolverumaforça de vontade prodigiosam ente m agnética,que
lhe perm itirá superartodososobstáculosao seu sucesso.

“Você pode hipnotizar as pessoas instantaneam ente - tão rápido quanto um


relâm pago -pode conseguirque você m esm o ou qualquer outra pessoa durm a em
qualquer hora do diaou danoite,ou acabar com ador e o sofrim ento. N osso livro
grátiscontapara você ossegredosdessaciênciam aravilhosa.Ele explica exatam ente
com o você pode utilizaresse poderparam elhorarsuascondiçõesde vida.N osso livro
foi entusiasticam ente aprovado por m inistros evangélicos,doutores,executivos e
mulheres da sociedade. Ele traz benefí cios a todos. E não custa nada. N ós o
distribuí
m osparainform arsobreanossainstituição.”

T ais são alguns poucos exem plos escolhidos dentre os sessenta e três anúncios
incluídos nessa única publicação de uma popular revista sem anal. Eles foram
reproduzidosin extenso,e sem alterações,exceto pelaom issão dosendereços.

Considerem osagora o que anúncioscom o essessignificam do ponto de vista das


pessoasaquem não são dirigidos,aspessoassobre quem se presume que o leitor
procura adquirir poder. Q ual será a sua posição se este quebrar o décim o
m andam ento e cobiçaramulher alheia,ou seu gado,ou seu asno,ou qualquer outro
de seusvalores? S uponham osque o estudante diligente dessesm étodosdeseje algo
que não deveriater. S uponha-m osque ele estejado outro lado dalei.O u que sofreu
uma injúria e deseja vingar-se. O u que apenas gosta do poder para seu próprio
benefício. Q ualserá o destino dabuchade canhão que fornece ao estudante daforça
m entalamunição paraassuasexperiências? Q ualasensação de ser dom inado por
essesm étodos,e quais os resultadosque podem ser finalm ente obtidospor um
experim entador experiente?

Deixem -m e contar-lhesam inha própriaexperiência,por m aispenosaque elaseja,


poisalguém deve apresentar-se pela prim eira vez e revelar osabusosque podem
florescerquando não se com preende o significado dessespoderes.

Q uando eu era umajovem de vinte anos,entreiparao serviço de um amulher que,


hoje sei,deviapossuirum considerávelconhecim ento de ocultism o,obtido durante
umalongaestadanaÍndia,e arespeito do qualelacostumavadarindiretasque eu não
podiaentendernaquelaépoca,m asque,à luz dosconhecim entosposteriores,eu viria
a com preender muito bem . Elacostumava controlarosem pregadospor m eio de seu
conhecim ento do poderm ental,e aspessoasque trabalhavam paraelaapresentavam
umaconstantesucessão de colapsosmuito peculiares.

Eu não estava em pregada há muito quando elaprecisou de m im para testemunhar


num a ação judicial.Elaera umamulherde tem peram ento violento e haviadem itido
um em pregado sem aviso prévio,sem pagar-lhe o que devia,e ele aestavaacionando
parareceber o dinheiro aque tinhadireito. Elaprecisava de m im paradizer que o
com portam ento desse hom em haviasido de talordem que elatinhajustificativaspara

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dem iti-lo daquelam aneira.S eu m étodo paraobterm eu testemunho foifixarosm eus
olhos com um olhar fixo e concentrado e dizer tais e tais coisas aconteceram ”.
Felizm ente para todos os envolvidos, eu m antinha um diário e havia registrado
diariam ente todos os incidentes. S e não fosse por isso,não sei o que m e teria
acontecido.Ao fim daentrevista,eu estava atordoada e exausta,e sem m e despircaí
em m inhacam ae dorm io sono daexaustão absolutaatéam anhã seguinte. Acredito
que tenhadorm ido porcercadequinze horas.

P ouco depoisdisso,elaprecisou novam ente de m eu testemunho.Eladesejavalivrar-se


de m eu superior im ediato,e precisava encontrar provassuficientesparajustificara
sua ação. Elarepetiu asm anobrasanteriores,m asdessavez eu não tinhaum registro
diário aque recorrer,e param inhainteirasurpresam e viconcordando com elanum a
série de acusaçõesinteiram ente infundadascontra o caráter de um hom em que eu
não tinha razão algum a para acreditar que não fosse absolutam ente honesto. A
m esm a exaustão e o m esm o sono de m orte m e assaltaram im ediatam ente depois
dessaentrevista,com o na vez anterior,m asum novo sintom aentão se m anifestou.
Q uando saídasalaao térm ino daentrevista,experim enteiacuriosasensação de que
m euspésnão estavam no lugarem que eu esperavaque estivessem .T odo aquele que
andou sobre um tapete que apresenta calom bos devido aos tacos soltos
com preenderá o que eu quero dizer. O socultistasreconhecerão um caso de extrusão
do duplo etéreo.

O incidente seguinte nesse curioso m énage não envolveu am im ,m asaoutram oça,


uma órfã de m eios consideráveis. M inha em pregadora estava sem pre em sua
com panhiae finalm ente apersuadiu a confiar-lhe todo o seu capital. Entretanto,os
curadoresficaram encolerizados,forçaram am inhaem pregadora a restituirosbens,e
levaram im ediatam ente am oçaconsigo,deixando todososseuspertencesparaserem
em pacotadose enviadosao novo endereço.

U m outroincidente ocorreu logo aseguir.Haviano estabelecim ento umamulheridosa


que eraum tanto quanto rebaixadam entalm ente. U m aboa velhinha,m asinfantile
excêntrica.M inhaem pregadoravoltou asuaatençãoparaela,e assistim osao iní cio do
m esm o processo de dom í nio.N esse caso não haviacuradoresparainterferir,e apobre
e velhasenhorafoipersuadidaaretirarseusnegóciosdasm ãosdo irm ão,que até
então osadm inistrava,e a confiá-losàsboasgraçasde m inhaem pregadora.M inhas
suspeitasse confirm aram então com pletam ente. Com o não podiasuportaraidéiade
ver a velha“T ia” trapaceada,m etim inha colher no assunto,coloqueia“T ia” aparda
situação,coloqueiseuspertencesnum a caixa,e a enviei aosseusparentes,num a
ocasião em que am inhaem pregadoranãoestavapresente.

Eu esperava que a m inha cumplicidade no negócio não fosse descoberta,m aslogo


perdiasesperanças. A secretária de m inha em pregadora veio um a noite ao m eu
quarto,depoisde apagadas as luzes,e avisou-m e que a diretora,que é com o a
cham ávam os,haviadescoberto quem engendraraafugada ‘T ia”,e que eu deveria
esperar pelo pior.S abendo dasuanatureza extrem am ente vingativa,com preendique
am inhaúnicasaí daerafugir,m asumafuganão eraalgo inteiram ente fácilde realizar.
A instituição em que eu estava era de natureza educacional,e cumpriaform alizaro

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aviso prévio antesde sair.N o entanto,eu não desejava de m odo algum trabalhar
durante esseprazosob atutelasem controle de um amulherrancorosa.De m odo que
esperei uma oportunidade que justificasse a m inha saída. Com o tem peram ento
irascívelde minha em pregadora,eu não precisaria esperar muito tem po. N a noite
seguinte, estando eu em penhada até tarde em preparar os m eus pacotes na
perspectivade m inhafuga,outro m em bro do grupo veio ao m eu quarto -umam oça
que falavararam ente,não tinhaam igase faziaseu trabalho com o um autômato. Eu
jam aism erelacionaracom ela,e estavamuito surpresacom asuavisita.

Contudo,elalogo se explicou.

“Você pretende sair?”,perguntou-m e.

Adm itique de fato pretendia.

“Então vá sem ver a Diretora. Você não sairá se o fizer. Eu tenteipor váriasvezes,e
não pude sair.”

N o entanto,eu erajovem e confiava em m inha força juvenile não tinha m eiosde


avaliarospoderesdispostoscontra m im ,e nam anhã seguinte,em roupasde viagem ,
valise nasm ãos,descie enfrentei a m inha form idávelem pregadora em sua toca,
determ inadaadizer-lhe o que ou pensavadelae de seusm étodos,sem suspeitarde
m aneiraalgum aque outracoisaalém de patifariae intim idaçãoestavapreparada.

N ão pude,no entanto,iniciaro m eu discurso cuidadosam ente preparado. Assim que


elasoube que eu pretendiasair,disse-m e:

“P oisbem ,se querir,você irá.M asantesque saiadeve adm itirque é incom petente e
que não tem nenhum aautoconfiança.”

Estando disposta a lutar,perguntei-lhe por que não m e dem itia, já que eu era
incom petente,e,de m aisamais,eu eraapenaso produto de suaprópriaescolade
treinam ento. Este com entário naturalm ente não m elhorou asituação.

Iniciou-se então um aextraordinárialitania.Elarecorreu ao seu velho truque de fixar-


m e com um olharatentoedisse:

“Você é incom petente e sabe disso.Você não tem nenhum aauto-confiançae tem que
adm iti-lo.”

“Isso não é verdade.Eu conheço m eu trabalho,e asenhorasabe que eu sei”,respondi.

O ra,não haviadúvidade que muito poderiaser dito arespeito dam inha com petência
em m eu prim eiro em prego naidade de vinte anos,tendo inúmerasresponsabilidades
sobre osom brose àsvoltascom um departam ento desorganizado; m asnadapodia
ser-ditocontraaminhaautoconfiança,exceto que eu atinhaem excesso.

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M inhaem pregadora não fez objeçõesnem m e ofendeu.Elacontinuou apronunciaras
duasfrases,repetindo-ascom o asrespostasde um alitania.Eu entraraem suasalaàs
dez horase adeixeiàsduashorasdatarde. Eladeve ter repetido asduasfrasesvárias
centenasde vezes.Q uando entrei,eu eraumam oçaforte e saudável,m assaiarrasada
efiqueidoente por trêsanos.

Algum instinto m e advertiu que,caso adm itisse que eu eraincom petente e que não
tinhanenhum aautoconfiança,asm inhasforçasse quebrariam e eu jam aispoderiam e
recuperardepois,e reconhecique essam anobrapeculiarde m inhaem pregadora era
um ato de vingança.P orque eu não seguiorem édio óbvio de fugir,eu não sei,m asna
hora em que percebem osque um fato anorm alestá para acontecer som osm aisou
m enosatraídosparaele,e assim com o o pássaro diante daserpente não pode utilizar
suasasas,não podem osdo m esm o m odo nosm over ou fugir.

Aospoucos,tudo com eçou a parecer irreal. T udo que eu sabia era que precisava
m anter a todo custo aintegridade de m inhaalm a.U m a vez que eu concordasse com
assuassugestões,eu estarialiquidada.De m odo que continuam oscom anossalitania.

M aseu estava chegando perto do fim de m inhasforças.Eu tinhaacuriosasensação de


que o m eu cam po de visão estava se estreitando. Esse fenômeno é,com o acredito,
caracterís
tico da histeria.P elo canto dosolhos,eu podiaver doismurosde trevas
avançando atrásde m im em am bososlados,com o se eu estivesse de costasparaum
biom bo e este sefosse lentam ente fechando sobre m im .Eu sabiaque quando aqueles
doismurosdetrevasse encontrassem eu estariaperdida.

Aconteceu então um acoisacuriosa.Eu ouviclaram ente umavozinterior dizer-m e:

“Finjaque está derrotada antesde o estar realm ente. Elacessará então o ataque e
você poderá sair”.O que eraessavoz,eu jam aiso soube.

S eguiim ediatam ente seu conselho. M entindo,pedidesculpasà m inhaem pregadora


por tudo que havia feito ou que ainda faria. P rom etiperm anecer em m eu posto e
andaràsdireitaspor todososdiasde m inhavida.L em bro-m e que caide joelhosdiante
dela,e elaronronou com placentem ente param im ,satisfeití ssi
m a com o trabalho da
m anhã,e elabem tinharazão paraassim estar.

M inhaem pregadora deixou-m e sair,e eu entreiem m eu quarto e m e deiteinacam a.


M asnão pude descansaraté escrever-lhe um acarta.

O que continhaessacarta eu não sei.Assim que aescrevie acoloqueinum localem


que elaaencontraria,sentiumaespécie de estupor,e perm anecinesse estado com a
m inham ente em estado de absolutasuspensão até atarde seguinte. O u seja,dasduas
datarde até por voltadasvinte horasdo diaseguinte -trintahoras.Eraum frio diade
prim avera e ainda caia neve. U m a janela junto à cabeceira da cam a estava
com pletam ente aberta e o quarto não haviasido aquecido.Eu estavadescoberta,m as
não sentianem frio nem fom e,e todososprocessosdo corpo estavam em suspensão.

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Eu não m e m ovia. As batidas do coração e a respiração eram muito lentas, e
continuaram assim pormuitosdias.

Fuiencontradaporacaso pelagovernanta,que m e reviveu com asim plesaplicação de


umaboasacudidae um aesponjafria.Eu estavatontaesem vontade de m e m over ou
m esm o de com er.Fiqueideitadanacam ae m eu trabalhoficou entregue asim esm o,e
agovernanta vinham e ver de tem posem tem pos,m asnão fez nenhum com entário
sobreom eu estado.M inhaem pregadorajam aisapareceu.

Cerca de trêsdiasdepois,m inhaestranhaam iga,que pensavaque eu haviadeixado a


casa,soube que eu aindalá m e encontrava, e veio m e ver; eisum ato que exigia
algum a coragem ,poisanossaem pregadora mútuaeraum adversário form idável.Ela
m e perguntou o que haviaocorrido em m inhaentrevista com aDiretora,m aseu não
pude contar-lhe. M inham ente eraum espaço em branco e todaalem brançadessa
entrevista haviadesaparecido com o quando passam oso apagadorsobre umalousa.
T udo que eu sabia era que dasprofundezasde m inha m ente provinha um pânico
terrívelque m e obsediava.N ão m edo de qualquer coisaou pessoa.U m m edo sim ples
sem um objeto definido,m asnão há nadam aisterrí veldo que isso. Fiqueina cam a
com todosossintom as fí si
cosque experim entam ossob m edo intenso. Bocaseca,
m ãos transpirando, coração palpitante e respiração superficial e acelerada. M eu
coração batiatão forte que a cada batida uma m açaneta de bronze caí dasobre a
arm ação da cam a chocalhava.Felizm ente param im ,m inhaam igaviu que algo estava
seriam ente errado e avisou a m inha fam í lia, que veio buscar-m e. Eles ficaram
naturalm ente muito desconfiados.A Diretora estava em baraçadí ssim a,m asninguém
podiaprovar coisaalgum a,de m odo que nadafoidito. M inham ente eraum espaço
vazio. Eu estavacom pletam ente assustada e muito exausta,e m eu único desejo era ir
em bora.

Eu não m e recuperei,contudo,com o era de se esperar. A intensidade dossintom as


dim inuiu gradualm ente,m aseu continuavaam e cansarcom muitafacilidade,com o se
todaam inhavitalidade tivesse sido drenada. Eu sabiaque,em algum lugarno fundo
de m inham ente,estava ocultaalem brançade um aterrí velexperiência,e eu não m e
atreviaapensarnela,porque,se o fizesse,o choque e o esforço seriam tão severos
que m inham ente ficariacom pletam ente arrasada.M inha consolação principaleraum
velho livro escolarde aritm ética,e eu costumavapassarhorase horasfazendo contas
sim plespara evitar que a m inha m ente se fragm entasse perguntando o que m e
haviam feito e esgueirando-se em direção à m emória,e dessam aneiraeu m e afastava
dalem brançacom o um cavaloassustado.P orfim ,ganheium pouco de paz chegando à
conclusão de que eu tinhasim plesm ente um esgotam ento por excesso de trabalho,e
que todo o estranho ocorrido erafruto de m inhaim aginação. E no entanto restavaa
sensação de que tudo erareale de que essasensação não m e deixariadescansar.

Cerca de um ano depoisdesse incidente,com o m inhasaúde aindaestivesse precária,


eu fuiao cam po m erecuperar,e lá entreiem contato com umaam igaque estiveraem
dificuldadesexatam ente por ocasião do m eu colapso. Isso nos dava evidentem ente
bonsassuntospara a conversa,e eu encontraraalguém que não procurava explicar
m inha experiência, m as, ao contrário, fazia perguntas pertinentes. O utra am iga

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interessou-se por m eu caso e arrastou-m e ao m édico da fam í lia, que rudem ente
diagnosticou que eu haviasido hipnotizada.Esse incidente ocorreu antesdosdiasda
psicoterapia, e para auxiliar uma m ente doente ele se lim itou a adm inistrar-m e
algum aspalm adasnascostase areceitar-m e um tônico e brom eto. O tônico foiútil,
m aso brom eto não,poisbaixou m euspoderesde resistência,e eu rapidam ente o pus
de lado,preferindo suportarom eu desconfortoaficarinerm e.Durante todo o tem po,
eu estava obsediadapelo m edo de que essaestranha força que fora aplicada sobre
m im de m odo tão efetivo novam ente m e atacasse. M asem bora eu tem esse esse
m isterioso poder,que estavabem m aisdifundido pelo mundo do que eu im aginara,
não posso dizer que alívio foiparam im descobrirque todo o ocorrido não erauma
alucinação,m asum fatorealque podiaser discutido e enfrentado.

O btive m inha libertação desse m edo encarando toda a situação e determ inada a
descobrirexatam ente o que m e haviaacontecido e com o eu podiam e proteger contra
a repetição da experiência. Foi um processo extrem am ente desagradável, pois a
reação causadapor recuperaraslem brançasfoium pouco m enosviolentado que a
original; m aseu finalm ente conseguilibertar-m e de m inha atorm entada condição de
m edo,em boratenhadecorrido um longo tem po antesde m inhasaúde fí sicatornar-se
norm al. M eu corpo era com o um a bateria que tivesse sido com pletam ente
descarregada.L evavamuito tem po paracarregá-lanovam ente,e toda vez que elaera
utilizadaantesde a recarga estar com pleta,acarga se perdiarapidam ente. P or um
longo tem po,fiqueisem reservasde energia,e depoisdo m enor esforço eu caí anum
sono de m orte a qualquer hora do dia.N alinguagem do ocultism o,o duplo etéreo se
danificara e o prana havia vazado. Ele só voltou ao norm al depoisque recebi a
iniciação numaordem oculta na qualtreineiposteriorm ente. N um certo m om ento da
cerimônia,sentiuma mudança,e é apenasem raras ocasiões,desde então,após
algum ainjúriaps í
quica,que sofro tem porariam ente daquelesataquesesgotantesde
exaustão.

N arreiessahistóriaem detalhesporque elafornece uma boailustração da m aneira


pela qual ospoderespouco conhecidosda m ente podem ser utilizadospor uma
pessoainescrupulosa.A experiênciade prim eiram ão tem muito m aisvalor do que
qualquer coletânea de exem plosextraí
dosdaspáginasda história,ainda que bem
autenticados.

S e o incidente acim a descrito tivesse ocorrido durante a Idade M édia,o padre da


paróquiateriaorganizado um acaçaàsbruxas.Á luz de m inhasprópriasexperiências,
não m e surpreendo que aspessoasque adquiriram a fam a de praticar a bruxaria
tenham sido linchadas,poisosm étodossão terrí veise intangíveis.P odem ospensar
que os relatosdosjulgam entosde bruxassão ridí culos,com assuas histórias de
im agensde ceraque se derretiam afogo lento,ou acrucificação de saposbatizados,
ou arecitação de pequenosrefrãos,taiscom o “Horse,hattock,iaride,iaride “.M asse
com preendem osautilização dospoderesda m ente,podem osperceber que esses
m eioseram utilizadosparaauxiliaraconcentração. N ão há diferença essencialentre
espetaragulhasnum aim agem de cerade uniinimigo e acender velasdiante de um a
im agem deceradaVirgem M aria.P odem ospensarque am basaspráticasnão passam
de superstição grosseira,m asnão podem ospensarque um aéreale potente e negara

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realidade e o poderdaoutra.“Asarm asde nossaguerranão são carnais”,poderiam
muito bem dizer ospraticantestantodaM agiaN egraquanto daIgreja.

M eu próprio caso pertence m aisaoreino dapsicologiado que ao do ocultism o,poiso


m étodo em pregado consistiu naaplicação do poder hipnótico parafinsim próprios; eu
o narrei, contudo, porque estou convencida de que os m étodos hipnóticos são
largam ente utilizadosnaM agiaN egra,e de que asugestão telepática é a chave para
um grande número de seusfenômenos. Cito m eu próprio caso,penoso com o é para
m im fazê-lo,porque um agram ade experiênciavale m aisdo que um quilo de teorias.

Foiessaexperiência que m e levou a enfrentar o estudo da psicologia analí


tica,e
posteriorm ente o ocultism o.

Assim que abordeiosaspectosm aisprofundosda psicologia prática e observei a


dissecação da m ente efetuadapelapsicanálise,com preendique haviamuito m aisna
m ente do que era relatado pelas teorias psicológicas em voga. P ercebi que
perm anecíam osno centro de um pequeno circulo de luz projetado pelo conhecim ento
cientí
fico,m asque ao redor de nóshaviaumaenorm e e envolvente esferadetrevas,e
que nessastrevasse m oviam figurasim precisas.Foiparacom preender essesaspectos
ocultosdam ente que m e dediqueiao estudo do ocultism o.

Vivi muitas aventuras no Cam inho; conheci hom ens e mulheres que podiam ser
indubitavelm ente alinhadosentre osadeptos; vi fenômenosque nenhum a sala de
sessõesjam aisconheceu,e desem penheim inhaparte neles; participei de contendas
psíquicas,e pusm inhaatenção nalista da força policialoculta que,sob adireção dos
M estresdaGrande L ojaBranca,vigiaasnações,cadaumade acordocom asuaprópria
raça; m antive a vigí
liaoculta,quando não se ousadorm irenquanto o solestá abaixo
do horizonte; e aguardeidesesperadam ente,contrapondo m eu poder de resistência
ao ataque, que as m arés lunares mudassem e a força da violenta investida se
dissipasse.

E por todasessasexperiências,aprendiainterpretar o ocultism o à luz dapsicologia,e


apsicologiaà luz do ocultism o,de m odo que um acontraprovasse e explicasse aoutra.

Devido ao m eu conhecim ento especializado,aspessoasm e procuravam quando se


suspeitavade um ataque oculto,e suasexperiênciasreforçaram e com plem entaram a
m inha.Além disso,há uma considerávelliteraturasobre o assunto noslugaresm ais
inesperados - nos relatos do folclore e da etnologia, nos anais públicos dos
julgam entosde bruxas,e m esm o nostextossupostam ente ficcionais.Essesrelatos
independentes,escritospor pessoasde m aneiraalgum ainteressadasnosfenômenos
psíquicos,confirm am asexposiçõesfeitasporaquelesque experim entaram osataques
ocultos.

P or outro lado,devem osdistinguir com muito cuidado a experiência ps í


quica da
alucinação subjetiva; precisam osestarsegurosde que apessoaque se queixade um
assalto psíquico não está ouvindo a reverberação de seus próprios com plexos
dissociados. Efetuar a diagnose diferencialda histeria,da insanidade e do ataque

10
psí quico é uma operação extrem am ente delicada e difícil,poiscom freqüência os
casosnão têm contornosdefinidos,e m aisde um elem ento pode estar presente; um
agudo ataque ps íquico provoca um colapso m ental,e um colapso m entaldeixaasua
vítim a aberta à invasão do Invisí
vel. T odosesses fatoresdevem ser considerados
quando se investigaum pretenso ataque oculto,e será m inha tarefa nestaspáginas
não apenasindicarosm étodosdadefesaoculta,m astam bém m ostrarosm étodosda
diagnose diferencial.

É de fato necessário que as pessoas identifiquem ,com todos os conhecim entos


possíveis,um ataque oculto quando o vêem . Essascoisassão muito m aiscomunsdo
que pensam os.A recente tragédiade lonacorroboraessaafirm ação.N enhum ocultista
tem qualquerilusão de que aquelam orte derivade causasnaturais.Em m inhaprópria
experiência,tive conhecim ento de m ortessim ilares.
Em m eu rom ance T he S ecretsof Dr.T averner,apresentei,à guisade ficção,inúmeros
casosque ilustram ashipótesesda ciência oculta. Algum asdessashistórias foram
ideadasparam ostraraoperaçãodasforçasinvisí veis; outrasforam extraí
dasde casos
reais; e outras ainda foram antes anotadas do que redigidas a fim de torná-las
acessíveisao público em geral.

Essasexperiênciasde prim eira m ão,confirm adaspor testemunhosindependentes,


não deveriam ser m enosprezadas, especialm ente porque é difí cil encontrar
explicações racionaispara elas,anão ser nosterm osdashipótesesocultas. S eria
pos sí
velexplicarcadacaso individualm encionado nestaspáginasalegando alucinação,
fraude,histeriaou fingim ento,m asnão é pos sívelexplicar a totalidade delesdessa
m aneira.N ão pode havertantafumaçasem algum fogo.N ão é pos sívelque o prestí
gio
do m ágico naantiguidade e o horrordasbruxasdaIdade M édiase tenham originado
sem algum abase na experiência.Asbasófiasdasbruxasseriam levadastão asério
quanto asdo cam ponêsidiota,se nunca fossem acom panhadasde conseqüências
m aléficas.O m edo foio m otivo dasperseguições,e o m edo baseou-se naexperiência
am arga; poisnão foio mundo oficialque incitou asqueim asde bruxas,e sim as
regiõesruraisque provocaram oslincham entos.O horroruniversaldasbruxasdeve ter
algum acausaatrásde si.

O sm eandros labirí nticosdo Cam inho da M ão Esquerda são tão extensosquanto


tortuosos; m asem boraexpondo um pouco de seu horror,sustento,contudo,que o
Cam inho daM ão Direita da iniciação e do conhecim ento oculto é umatrilhaparaas
experiênciasm í s
ticasm aissublim ese um m eio de am enizar o fardo do sofrim ento
hum ano.N em todososestudantesdesse conhecim ento fizeram necessariam ente m au
uso dele; muitos,ou quase todos,dele se ocupam desinteressadam ente em benefí cio
dahum anidade,utilizando-o paracurare abençoar,e redim indo dessam aneiraaquele
que se perdeu.P oder-se-iamuito bem perguntar:S e esse conhecim ento pode ser tão
desastrosam ente utilizado,qualarazão então de levantar-lhe o véu? A respostaaser
dada a essa questão é um caso de tem peram ento. Alguns afirm arão que todo
conhecim ento,sejaqualfor,évalioso. O utrospoderão dizer que farí am osm elhor em
não m exer em casade m arim bondos.O problem a contudo reside no fato de que os
m arim bondos têm a infeliz habilidade de se irritarem espontaneam ente. T anto
conhecim ento oculto está difundido pelo mundo e tantas coisas sem elhantes às

11
descritasnestaspáginaspassam despercebidase insuspeitasem nosso m eio,que é
desejávelque oshom ensde boa vontade investiguem asforçasque oshom ensde m á
vontade perverteram paraseusprópriosfins.Essascoisassão aspatologiasdavida
mí stica,e se elasfossem m aisbem com preendidas,muitastragédiaspoderiam ser
evitadas.

P oroutrolado,não é conveniente que todo mundo se com prazanoestudo de m anuais


de patologia. U m a vivida im aginação e uma cabeça vazia fazem uma com binação
desastrosa.O sleitoresdo antigo best-seller T hree M en in Boat devem lem brar-se do
destino do hom em que passou um a tarde chuvosade dom ingo lendo um m anual
m édico. Ao finaldaleitura,ele estavafirm em ente convencido de que tinha todasas
doençasnele descritas,com aúnica exceção dainflam ação dosjoelhos.

Este livro não foiescritoparasim plesm ente provocararrepios,m aspretende oferecer


umasériacontribuição paraum aspecto pouco com preendido dapsicologiaanorm al,
desvirtuado,em algunscasos,para finscriminosos. Destina-se ele aosestudantes
sériose àquelesque se viram envolvidoscom osproblem asdescritos,e que estão
procurando com preendê-lose descobrirumasaí da.M eu objetivoprincipalaofalartão
francam ente é abrirosolhosde hom ense mulheresparaanatureza dasforçasque
operam sob asuperfí cie davida cotidiana.P ode ocorrer a qualquer um de nósabrir
cam inho pelafinacascadanorm alidade e encontrar-se face a face com essasforças.
L endo oscasoscitadosneste livro,podem osde fato dizer que,exceto pelagraça de
Deus,essapossibilidade poderiaocorrer a qualquer um de nós.S e puder transm itir
nestaspáginaso conhecim ento protetor,tereirealizado m eu objetivo.

P AR T E II
DIAGN O S E DIFER EN CIA L

CAP ÍT U L O IX

DIS T IN ÇÃO EN T R E A T A Q U E P S ÍQ U ICO O BJET IVO E DIS T ÚR BIO P S ÍQ U ICO S U BJET IVO

P siquism o,umacausafreqüente de auto-ilusão / O desenvolvim ento inesperadam ente


rápido dosestudantesconduz àsvezesao distúrbio em ocional / R ecuperação das
lem brançasangustiadasde um a encarnação anterior / Asdescobertasde sensitivos
inexperientesdevem ser aceitascom cautela/ A “insanidade dasvelhascriadas” /
R eaçõesàs fixações/ O m agnetism o de um adepto potente dem ais para muitas
pessoas/ O fraudulento / O insano / O ciclo do sexo em relação ao desequilí brio
m ental/ U m caso de insanidade cíclica / O m elhor teste para a autenticidade é o
exam e dosm otivos/ O caso daperseguição ilusória/ Exem plosde genuí nosataques
ps íquicosparacom paração com osespúrios/ A necessidade de cautelaem fazer uma
diagnose.

12
O psiquism o,aindaque genuí no,é um acausafreqüente de auto-ilusão.U m sensitivo é
invariavelm ente muito sensívele sugestionável.Essaé abase de seusdons.N ão sendo
o psiquism o um desenvolvim ento norm al,entre oseuropeuspelo m enos,o sensitivo
é,nalinguagem dosengenheirosnavais,“superim pulsionado porsuaquilha”. Ele é por
isso instável,propenso a violentas reações em ocionais, e em geral exibe aquelas
aberraçõesde condutaque estam osacostumadosaassociaraosgêniosartí s
ticos.A
não ser que um sensitivo sejatreinado,disciplinado,protegido e dirigido poraqueles
que lhe com preendem aconstituição,o seu psiquism o não é digno de confiança,poiso
sensitivo é arrastadoparaondesopram osventos.O sensitivo e o neurótico são muito
sem elhantesem suasreaçõesà vida,m aso neurótico difere do sensitivo porque,ao
invésde sersuperim pulsionado porsuaquilha,ele é subim pulsionado pelasm áquinas.
O resultado,contudo,é o m esm o -umadiscrepânciaentre aforça e a form a com a
conseqüente inabilidade para m anter um controle central,ponderado e diretivo. A
técnica da disciplina oculta visaem grande parte a controlarasforçasdisparatadas,
com pensando asensibilidade do sensitivo e protegendo-o dasim pressõesindesejadas.
N ão é bom saber com o se abre a porta do Invisívelsem ao m esm o tem po aprender a
fechá-laetrancá-la.

Com o se observou naIntrodução,érelativam ente raro que o Invisí


velvenha em busca
de sereshum anos.Com o disseaL agartaaAlice apropósito do Cãozinho,“Deixe-o em
paz,e ele adeixará em paz”. M asse com eçam osaestudaro ocultism o ou m esm o a
trabalhar com ele,m aiscedo ou m aistarde com eçarem osaobter resultados,desde
que,naturalm ente,ossistem as que estam osutilizando contenham osgerm esda
eficácia.

N o caso de um apessoaque estátrilhando o Cam inho pelaprim eiravez,o progresso é


necessariam ente lento e trabalhoso,m as uma alm a que recebeu a iniciação em
encarnaçõesanteriorespode reabrir as faculdadesps í quicascom tal rapidez que o
problem a de m anter a coordenação harmónica da personalidade se torna sério. Ë
muito comum umapessoaque está fazendo seu prim eiro contato com o m ovim ento
ocultista sofrer um distúrbio psíquico. Essaperturbação é àsvezesatribuí dasàsm ás
influências,e àsvezesàsentidadesm alignas.N enhum adessasinferênciasdeve ser
correta. Há um a terceira possibilidade,que é responsável pelo m aior número de
vítim as-o fato de que aconsciênciaestá sendo perturbadaporumaforçadiferente. ~
muito comum umacriançaficarfebrile agitada nosprim eirosdiasdasfériasno m ar.
Elanão está de fato doente. M aso arpesado e acom idadiferente e aexcitação de seu
novo am biente perturbam o seu sens í velequilí
brio fí
sico. O corre o m esm o quando o
neófito sofre um distúrbio no iní cio de sua carreira oculta. Asvibraçõesincomunso
agitam ,e ele tem então um ataque de indigestão oculta. Em am bososcasos,o
tratam ento é o m esm o -restrição tem poráriadadietaque causou aperturbação.

U m a outra causa do distúrbio ps


íquico é a recuperação parcial da m emória das
encarnaçõespassadas,se essasincluem episódiosdolorosos,especialm ente aqueles
que se relacionam com osestudosesotéricos.A entrada de conceitosocultistasna
m ente consciente tende a despertar a m emória subconsciente de experiências

13
sim ilaresnasvidaspassadas.A em oção que cerca umalem brançaé invariavelm ente
recuperadaantesdaim agem real do acidente. (Esse é um dosm elhorestestesparaa
exatidão das m emórias das vidas passadas.) Essa em oção prefiguradora pode
perm anecer por um longo tem po no lim iarda consciênciaantesque asim agensse
esclareçam o bastanteparase tornarem tangí veis.S e aem oção que está vindo à tona
é de naturezadolorosa,elapode causarumaconsiderávelperturbação,e,naausência
de um orientador experiente,pode seratribuí daaum ataque oculto,ou à percepção
psíquica deinfluênciasm alignasno grupo oculto ao qualo neófito estáfiliado.Cumpre
ter muita cautelanaanálise dasim pressõesps íquicasde um estudante inexperiente,
que pode estartãocheio de receioscom o um puro-sangue de doisanos.

P or outro lado,asreaçõesinstintivasde um aalm a pura e sens ívelnão devem ser


ignoradas.AsL ojasN egrase asentidadesm alignasexistem .N ão devem osperm itirque
ogrito de “L obo! L obo!” nostorne indiferentesou descuidados.S ejacom ofor,aví
tim a
está sofrendo de um desconforto que pode sersuavizado.

É muito difí cildeterm inar psiquicam ente se o queixoso tem m otivosrazoáveispara


lam entar-se,poissuaprópriaim aginação terá preenchido asuaatm osferacom form as
m entais am eaçadoras. N ão é coisa sim ples decidir se essas form as m entais são
subjetivasou objetivas.O cam inho m aissábio é acreditarque talprovaésuscetí velde
um exam e objetivo e exam inaro registro do grupo particularou do ocultista contra
quem os ataquesestão sendo dirigidos. M as é igualm ente necessário exam inar o
registro da pessoaque está sofrendo osataques.Q ue essapessoaestá im buí dados
ideaism aissublim esnão é provade que elatem umaboacabeça,um julgam ento claro
e im parcial,ou um aboaavaliação danaturezadasevidências.U m apessoanão precisa
ser necessariam ente um mentiroso contumaz parafazer afirm açõesque estão muito
longe daverdade.

O utro fator que se deve levar em contasão asextravagânciasdo instinto sexualnum a


pessoa em quem esse instinto é reprim ido. Considerem oso caso de um a mulher,
talvez já m adura,cujascircunstânciaslhe perm itiram pelaprim eira vez seguirsuas
própriasinclinações; um caso muito comum em donas-de-casaque precisam esperar
pela herança dos falecidos antes de iniciarem a jornada da vida. Ela escolhe o
ocultism o,pelo qualpode sem pre ter tido um ainclinação,e junta-se aalgum cí rculo
paraestudare parapossivelm ente obteriniciaçãoritual.O dirigente desse cí rculo será
provavelm ente um apessoade forte personalidade.A recém --chegada,inexperiente e
fam inta de am or,está encantada. O ritualé um a coisamuito estimulante,com o o
clero anglo-católico descobriu porsua própriaconta. A mulher,que possivelm ente
ignora osfatosdavida,sente-se estranham ente agitada. Ela está aterrorizada,sente
que algo do R eino de P ã está se aproxim ando.S eusinstintosafarão descobrirafonte
de que procede a influência perturbadora. Ela apontará um dedo infalí vel para o
m acho m agnético. E raram ente levará em consideração as reaçõesda mulher na
presençado hom em .

S e ela é um a mulher que ignora os fatosda vida, a acusação que ela faz tom ará
norm alm ente aform ade um aacusação de influênciahipnótica. Elanão com preende
que é anatureza que aestá hipnotizando. S e elaé um amulher que conhece algo a

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respeito do mundo,aacusação pode ser de propostasam orosasim próprias.N o m ais
dasvezes,basta apenasolharparaamulher para descobrirse há de fato qualquer
fundam ento nessaacusação.~ raro um ajovem sim pática,que poderiacom razão estar
apreensiva,contartaishistórias.P arece que nuncaocorreàsqueixosasaidéiade fugir
ou de pôroassunto nasm ãosde um prom otor. S e,aofim de um alongahistória,cheia
de insinuaçõestenebrosase sugestõesexecráveis,fazem osapergunta“M aso que ele
fez, exatam ente? “, a resposta será, quase sem pre, “Ele olhou-m e de m odo
significativo”.

Q uando ouvim osuma dessashistórias,deverí am osdar m aisatenção à postura da


pessoa que a está narrando do que aos fatos alegados. Isso fornecerá am iúde a
inform ação m aisvaliosa.É a coisam aisdifí
cildo mundo conseguirque um a ví tim a
genuí na fale. A mulher que está contando a história de sua própria vergonha é
norm alm ente uma mulher desprezada,e a fidedignidade de seu testemunho no
assunto está na razão inversade sualoquacidade. N ão esqueçam osque,com o nas
brigas,é necessário ter duaspessoasparaque um escândalo ocorra,e apessoaque
adm ite um erro e pede ajudaparavoltaratrásnospassoserradosé muito m aisdigna
de auxilio do que aquela que pretende ser com o os anjosdo céu,onde não há
casam entosou noivados.

T ão grande é a necessidade de cautela para avaliar osfatos num a acusação de


im oralidade que ascorteslegaisnão aceitarão o testemunho da ví tim a,m esm o sob
juram ento e sob interrogatório,am enosque ele sejacorroborado por testemunho
adicional. O m édico deve conhecer o m esm o tipo de m entalidade,e um a form a
comum de distúrbio m entalrecebe o nom e,até m esm o nosm anuais,de Insanidade da
VelhaCriada.

Eu poderiacitardezenasde casosque exem plificam asafirm açõesprecedentes,m as


elesnão têm suficiente interesse oculto parajustificarasuainclusão nestaspáginas.

S e quem com andao grupo é um amulher,um ram o diferente de reaçõesentra em


jogo,em boraasm esm ascausasestejam em ação. N ão se com preende geralm ente
que afixação,ou apaixão de um amulher por outra,é na verdade um caso de am or
substitutivo,com o o prova o fato de que ajovem que tem muitosadm iradores,ou a
mulher que é feliz no casam ento nuncase entregam aela.N esse caso,assim com o na
atração heterossexual norm al, “o inferno não conhece nenhuma fúria com o a da
mulher desprezada”; não é pos sível, por razões óbvias, receber acusações de
com portam ento im próprio. (Em boraem umaacusação isso tenhasido alegado contra
m im ,tendo eu sido acusada de ser um hom em disfarçado e de tentar seduzir a
queixosa,e houve quem acreditasse nisso.) A acusação feita em tais casos tom a
norm alm ente umade duasform as,sendo o seu m ecanism o ou “Você não m e am a,
portanto você é cruel.Eu fuitratada cruelm ente”; e osexem plosm aisafetadosse
alinham de acordo com essaacusação.O u “Você não m e asna,portanto eu o odeio. A
atraçãoque você tem porm im é hipnótica”.

Deve-se ter em m ente, ao se avaliar essas acusações,que um ocultista treinado,


especialm ente de um alto grau,tem umapersonalidade extrem am ente m agnética,e

15
isso pode perturbaraquelesque não estão acostumadoscom forçasps íquicasde alta
tensão. P oisao passo que um a pessoa que está m adura para o desenvolvim ento
desabrocha rapidam ente uma consciênciasuperior na atm os fera de um iniciado de
alto grau,apessoa que não está pronta pode descobrir que essasinfluênciassão
profundam ente perturbadoras. U m adepto que perm ite que pessoas inadequadas
penetrem o seu cam po m agnético é digno de reprovação por sua falta de senso e
discrição,m asele não pode serjustam ente acusado de abusosde poderesocultos.Ele
em anaforça involuntariam ente e não pode ajudarasipróprio. O sm aioresadeptos
sem pre vivem em reclusão,não só porque precisam de solidão parao seu trabalho,
m astam bém porque asuainfluênciasobrealm asdespreparadasproduz um areação
muito violenta,e issoterm inanaCruz ou nataçade cicuta.

N ão devem osnegligenciar o fato de que a pessoa que noschega com umalonga


históriade ataque oculto e pede auxilio,especialm ente ajudafinanceira,pode estar
sim plesm ente inventando um alorota,e deverí am osutilizar a m esm a discriminação
que em pregam osao ouvirascalam idadesde um aoutra,tentando diferenciarentre o
falso e o verdadeiro. Conhecium hom em que perm itiu que um pretenso adepto que
estava sofrendo de um pretenso ataque oculto se refugiasse em seu estúdio,e ao
retornar de uma breve ausênciadescobriu que o pretenso adepto havia vendido a
m obíliapara com prar bebida; e ele teve toda a razão para acreditar que osúnicos
espíritosque estavam de algum am aneiraenvolvidosnosproblem asdo falso adepto
haviam penetrado o estúdio dentro de garrafas.

Ásvezeso ataque oculto provém sim plesm ente dasfantasiasde um dem ente,e isso
não invalidanecessariam ente o fato de que se pode encontrarumasegundapessoa
que traz evidências corroborativas. O s alienistasconhecem uma curiosa form a de
insanidade cham ada folie de deux,na qual duas pessoas intim am ente associadas
partilham juntasdasm esm asilusões.Descobre-se comumente em taiscasosque um a
é claram ente insana,e que aoutra é de um tipo histérico e im buiu-se dasilusõesde
sua com panheira por m eio dasugestão. U tilizo o fem inino porque essa form a de
insanidade é raranoshom ens.Elaocorre com freqüênciacom duasirm ãsou com duas
mulheresque vivem juntas.

Há outraarm adilhaque o ocultista experiente deveriaobservarem suasrelaçõescom


apessoaque se queixade um ataque oculto. A insanidade pode serperiódicaem suas
m anifestações,com ataquesde m aniaagudaalternando com perí odosde com pleta
sanidade. Esse caráter periódico deveriaser sem pre observado no caso dasmulheres,
nasquaisqualquerinstabilidade tem peram entalé grandem ente exagerada durante as
épocasdasregras,namudançade vida,durante agravidez e,de fato,em qualquer
perí odo em que a vida sexual é estimulada à atividade,seja em ocionalm ente ou
fisicam ente. Deve-se tam bém ter em m ente que noscasospatológicosaperiodicidade
dasfunçõesfem ininaspode sergrandem ente perturbada.

Eu tive certa vez uma boalição a esse respeito,que exem plifica a necessidade de
cautela.N aapresentação de um de nossosm em bros,nóstínham osrecebido em uma
de nossas casas comunitárias uma mulher cujo m arido, um hom em bastante
conhecido navidapública,se recusava a viver com ela,com o fuiinform ada,e fizera

16
diversastentativas para livrar-se dela,am eaçando interditá-lapor insâniase elade
algum a m aneiralhe resistisse. Essesfatosforam testemunhadospor um cí rculo de
am igosque conheciam tanto o hom em com o amulher. Eu mantive essamulher sob
observaçãodurante um mês,paraverificarsehaviaalgoque justificasse aacusação de
insanidade e,nada constatando, assumir o caso. N a sétim a sem ana, contudo,a
perturbação se m anifestou. Elaentrou num grande estado de excitação,declarou que
estava m orrendo de fom e e sendo m altratadapelapessoaque,em m inhaausência,
era responsávelpelacasa.S ete sem anasm aistarde tivem osoutro ataque,durante o
qualeladisse que asm ásinfluênciasprovinham de um certo arm ário em seu quarto,
vagueou pela casa em trajes extrem am ente inadequados e perdeu todo o
autocontrole. Esse ataque teve tam bém curtaduração.Descobrim os,por fim ,que ela
sofriade um aapendicite crônica que envolviao ovário direito e que,quando asua
m enstruação extrem am ente irregularocorria,elaperdiaacabeçapor algunsdias.O
caso era ainda agravado pelo fato de que durante osintervaloselaera em todosos
aspectosperfeitam ente sã. Apóster deixado a nossacasacomunitária,elacontou
sobre nósexatam ente asm esm ashistóriasque havia contado anteriorm ente sobre o
m arido.O lunático incurávelé um problem amuito m enossério paraasociedade do
que essescasoslim í trofes.É preciso tratá-loscom extrem acautela,poiselespodem
causarumaim ensaconfusão.

Q uando um ainsanidade atingiu um estágio avançado,todo aquele que teve algum a


experiênciacom oslunáticostem poucadificuldade parareconhecê-la.Cada tipo de
insanidade tem asua expressãofacialcaracterí s
ticaem esm o seu m odo de andar.M as
não é tão sim ples,m esm o parao especialista,reconhecer umainsanidade em seus
estágiosiniciais.O slunáticossão extrem am ente convincentes,e se assim ilaram um
pouco do jargão ocultista e do espiritualista,podem apresentar adequadam ente as
suas razões. M esm o o alienista experiente tem am iúde de m anter um caso sob
observaçãoparacertificar-se de que setrataou não de um ainsanidade real.

N um cam po cm que osespecialistasestão freqüentem ente em dúvida,o que deve


fazer o leigo diante de um caso que desperta as suas suspeitas? Ele não pode
reconhecer umainsanidade quando avê,m asseu próprio senso comum poderiaguiá-
lo. Em outraspalavras,que ele suspendao julgam ento sobre osfatosalegadose se
concentre naquestão dosm otivos.É aquique ele encontrará asuam elhor indicação.
S e um apessoanão pode oferecer nenhumaexplicação válidaparaasrazõesde um
ataque que aestá atingindo,nem paraasuacausaou origem ,podem osestar quase
certosde que esse ataque tem origem em suaprópriaim aginação.

N um caso que m e veio àsm ãosem busca de auxilio,aví tim ado ataque,um hom em ,
declarou que estava sendo perseguido por sugestão telepática. Indaguei sobre a
origem de sua perseguição, e ele disse que algum as pessoas que viviam no
apartam ento vizinho costumavam sentar-se num cí rculo e concentrar-se sobre ele.
P erguntei-lhe por que elas agiam daquela m aneira, e ele não pôde dizer-m e. Ele
sim plesm ente reiterou que elaso faziam ,em bora adm itisse que nunca estivera no
apartam ento delas,nem ,de fato,jam aislhesfalaraexceto paratrocarum bom -dianas
escadas.Era evidente que não havianenhum m otivo razoávelparaessaspessoasse
darem ao trabalho de persegui-lo. S e alguém já fez experiências com sugestão

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telepática conhecerá a intensaconcentração que elarequer e o duro trabalho que é
executá-la,e não se pode im aginaralguém dando-se aotrabalhodefazê-laporlongos
períodosde tem po sem um motivo bem definido.O uvifalar,contudo,de um caso bem
autenticado de umamulher que teve umaligação com um hom em casado que atacava
aesposadessam aneira.Eu m esm a conhecidoiscasosem que um certo indiví duo,que
tinha bastante influência nos cí rculos transcendentais, que os jornais cham avam
im polidam ente de sua“L ojade L ouvor”,e que era igualm ente conhecido no centro
financeiro de L ondrespor seusesforçospara obter ouro da água do m ar,utilizava
sugestão telepática para induziraassinaturade chequese docum entos.Em face de
alguém que esperava por umaentrevista,esse hom em sentava-se e concentrava-se
sobre seu interlocutor. T ão forte era a influênciaassim exercidaque um hom em de
m inhas relações renunciou a um posto im portante por causadainfluênciam ental
indevida que sentia sobre si, e outro renunciou ao conselho de um a de suas
com panhiaspelam esm arazão.

Em am bososcasosnão é difí cilprocurarum motivo adequado parao ataque m ental.


Com parem essesdoiscasoscom o exem plo anterior,e adiferença pode serfacilm ente
percebida.Deveríam os,contudo,ser tão cautelososem decidirse não há nadaerrado
quanto em aceitar por seu valor aparente asafirm açõesque nospossam ser feitas.
Além disso,deveríam ostersem pre em m ente,quandotratarm oscom umapessoaque
está obviam ente perturbada e que alega um ataque ps í
quico,que o desequilíbrio
m entalpode tersido induzido pelo ataque psíquico.A vidaé,nam elhor dashipoteses,
uma coisaestranha,e muitascoisasque são m aisestranhasdo que o norm alpodem
acontecer àquelesque se m ovem noscí rculosocultos.

CAP ÍT U L O X
O S P ER IGO S N ÃO -O CU L T O S DA L O JA N EGR A

AsL ojasN egrase o submundo / T iposde crim e comumente associadosàsL ojasN egras
/ P recauçõesnecessárias/ Caráter e lem brançade m estresocultos/ O periódico T ruth
/ Extorsão / Asm ásinfluências/ Drogase Im oralidade / P erigo para osrapazes/
S acrifí
cio hum ano / P olí
ticasrevolucionárias/ S inaisde um aL ojaN egra.

O s fatosconsideradosno capí tulo anterior,em bora nospossam tornar cautelosos


quanto ao exam e dasprovas,não nosdevem cegarquanto ao fato de que há ovelhas
negras em todos os rebanhos e de que uma fraternidade que com eçou com as
m elhoresintençõespode inadvertidam ente,pelaignorânciaou im perfeição de seus
dirigentes, desviar-se para o Cam inho da M ão Esquerda. P essoas perfeitam ente
inocentespodem associar-se a elanum afase de degradação não confessadam ente
negra,e essaspessoaspodem ver-se em águasque são desagradavelm ente turvas,se
não realm ente perigosas.

O s perigos esotéricos serão estudados em detalhe no próxim o capí tulo e


considerarem os aqui os perigos exotéricos que podem ocorrer atrás do Véu do
T em plo,poisanatureza humanaé sem pre a m esm aonde quer que aencontrem os,e
m ostra pouca originalidade em escolher seu cam inho para o Abism o. P oder-se-ia

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pensarque num livro com o este não é necessário abordartaisassuntos,m asse este
livro deve servirao propósito para o qualfoiescrito,é necessário fazê-lo por três
razões; em prim eiro lugar,porque a m aior parte dosestudantesde esoterism o são
mulheres,e m esm o em nossosdiasesclarecidoselasgeralm ente ignoram avidado
submundo,e um aL ojaN egra conduz porum cam inho direto e estreito paraaterrade
apachese mundanas,lado alado com assuasoutrasinconveniências.Em segundo
lugar,porque o conhecim ento dessesfatosé essencialparaadiagnose diferencial.E,
em terceiro lugar,porque ospoderesocultosnão são incomumente utilizadosparaa
obtenção de finspuram ente mundanose,por conseguinte,quando a questão da
crim inalidade comum está associadaaumaorganização oculta,osresultadospodem
sercom plicadosporumamisturade m étodosque pertencem aoutroplano.

Devem ossem pre lem brarque um alojanão precisanecessariam ente ter sido form ada
com o propósito expresso de burlar a lei; ela pode ter-se iniciado com um fim
perfeitam ente legí
tim o,e tersido explorada por pessoasm alévolasparaseuspróprios
objetivos, pois, devido à natureza secreta de seus procedim entos, a form a de
organizaçãodafraternidade se prestaaváriasform asdetransgressão dalei.

S abe-se muito bem que um aorganização ocultase envolveu com otráfico de drogas,e
que outra estava m etida com o ví cio antinatural. U m a terceira degenerou num
estabelecim ento pouco m elhor do que um a casade m á fam a,e seu chefe era um
experiente aborteiro. O utrasse envolveram com polí ticassubversivas.Aquelesque se
juntam às fraternidadessem investigá-las-a elase àscredenciaisdosdirigentes-
criteriosam ente,podem ver-se envolvidosem umaou em todasessascoisas.

Atrásdo véu do segredo,guardado porim pressionantesjuram entos,muitascoisas


podem acontecer,e é,portanto,essencialtom arcuidadosasinform açõesarespeito do
caráter,dascredenciaise dafolha-corridadosl
íderesde um aorganização.

S e essesdadosnão são acessíveis,algo estáerrado.O EstranhoM isterioso,que acabou


de chegardo O riente ou do continente com referênciasvagas,é provavelm ente uma
fraude.

S e encontram osalgum adificuldade paradescobrirosantecedentesde um pretenso


adepto,podem osconsultar o conhecido periódico T ruth,daCarteret S treet,S . W .I.
T ruth foi originalm ente fundado para denunciar os abusos na vida econômica e
pública,e paraesse fim ele m antém uma“L ista N egra” de indiví
duosque devem ser
evitados.Esse periódico é leale destem ido em seusm étodos,não um perseguidor
nem um encom iasta de pessoas.Ele m antém um olho vigilante sobre o cam po do
ocultism o e expõe ao ridículo oscharlatães,umatarefaparaaqualele deveriacontar
com agratidão e o apoio de todososque têm a causadaR eligião daS abedoriano
coração.

O perigo m ais comum a que um a pessoa que entra na com panhia de indiví duos
indesejáveisestá exposta é o de ser induzida a entregar m ais dinheiro do que é
conveniente pelosexpedientestradicionaisda trapaça e da chantagem ,sendo esta de
longe aform am aiscomum de aborrecim ento nasL ojasN egras.O único rem édio em

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todososcasosé colocaro assunto nasm ãosdapolí cia.Em prim eiro lugar,é seu dever
com o cidadão paraque outrosnão sejam envolvidoscom o você. Em segundo lugar,se
você não o faz,osperseguidoresnão o deixarão até que o tenham sugado por
com pleto,e não o deixarão se descobrirem que você é útilcom o joguete.Jam aisnos
livram osde um chantagista dando-lhe dinheiro.Issoéapenasum convite paraque ele
ofaçanovam ente. Ajarápidae firm em ente no iní cio e você logo estaránofim de seus
aborrecim entos.

Conseguirdinheiro com am eaçasé chantagem ,e obrigaralguém afazer certasações


por am eaça tam bém é um crim e. Acordos fechadosou docum entosassinadosem
conseqüência de am eaças não têm validade. As am eaças não precisam ser
necessariam ente grosseirase abertas,com o asque são feitascom um revólver; tudo
aquilo que o coajacontra suasinclinaçõespode ser interpretado com o um aam eaça.
P or exem plo,suponha que lhe inform aram ,ainda que com tato,que se você não
subscrever osfundosde um aorganização,seu interesse pelo ocultism o estarásujeito
aser alvo de com entários,e poderá envolvê-lo em aborrecim entoscom seusparentes
ou em pregados.Isso,aosolhosdalei,é chantagem .Q ualquer coisa,de fato,que tira
vantagem do m edo de um apessoaé um achantagem .

Considerem osagora qualé am elhor coisaafazer se você está sendo chantageado.


Dificilm ente será sensato responder à chantagem com chantagem . A melhor coisaa
fazer é responder que você pensará no assunto e verá o que pode ser feito,e então ir
direto ao posto policialm aispróxim o e contartodaahistória.Você pode estarcertode
que será atendido com am áxim agentilezae atenção,e que todo esforço será feito
para ajudá-lo, m esm o que você tenha que adm itir que sua conduta não foi
irrepreens ível.Indo à polí
ciae contando francam ente o estado de seusnegócios,você
estará depondo contra o réu,e asautoridadestêm todo interesse em proteger as
pessoasque fazem isso.

N ão se desencorage pelo fato de que não pode apresentar nenhum testemunho


adicionalem apoio de sua afirm ação. A polí ciapoderá dizer-lhe que não há prova
evidente parasolicitarum mandado de prisão; entretanto,elesfarão investigações,e o
próprio fato de a polícia estar investigando é suficiente para tirar o sossego dos
chantagistase provavelm ente paraespantá-losdo paí s,e elesnorm alm ente não farão
revelaçõesinconvenientesen route,preferindo antesfugirenquanto é pos sível.Além
disso,asua queixairá para osregistrosda polí cia,e a vigilânciaserá m antida; no
devido tem po,outraqueixapode ser feita,ou,pelo que você sabe,já pode ter sido
feita,e então arede com eçaasefechar.

L em bre-se sem pre de que unichantagista tem m aism edo de expor-se do que você;
por qualqueraborrecim ento que possaestarreservadoparavocê,ele tem à frente um
longo perí odo de reclusão.U m aoportunalem brançadessefatofazm aravilhascom os
presumí veischantagistas.

O m edo de exporassuasprópriasfalhasnão deve detê-lo. A natureza dasacusações


feitascontra você pelo chantagistajam aisserá m encionada.N ão é você quem está
sendo julgado.Esuaidentidade não serárevelada.Você será designado com o S r.A.ou

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S ra.B.L onge de sertratadocom o unicrim inoso ou de terum dedo acusadorapontado
contra você,descobrirá que é visto com o um apessoaque está prestando um serviço
público e todo esforço será feito pelasautoridadesparadesem baraçarseu cam inho.
U m esforço deliberado está sendo feito no presente para extinguir esse crim e
abom inável,e osjuizestêm aplicado sentençasexem plarese procurado proteger os
dem andantesde todasasm aneira,no propósito de encorajá-losaapresentarem -se.

M asalém de qualquer form ade coerção,pessoasincautas,cheiasde entusiasm o ou


encantadaspelanovarevelação,podem despendermuito m aisdinheiro do que seria
razoável; elaspodem m esm o despender tudo que têm ,e,depois,desiludidaspelos
eventos posteriores, lam entar grandem ente o tê-lo feito. Em muitos casos, um
procurador com petente pode conseguiradevolução dosbens.O stribunaisnão vêem
com bonsolhosascontribuiçõesexcessivasaos“m ovim entos”.

N ão é preciso dizer que nenhum aorganização conduzidacorretam ente consentiriaem


aumentar seus fundos às expensas da ruí na de um de seus m em bros. Cumpre
tam bém ,naturalm ente,proteger-se contra a extravagância e a m alevolência e as
m aquinações do indiví duo que tenta com prar prestí gio por interm édio das
subscrições.S em prefoinosso costume,naFraternidade daL uz Interior,insistirem que
qualquer mulher que se propõe a dar uma grande doação deveria consultar seu
conselheiro de finançasantesde fazê-lo. P or umarazão ou outra,recusam osm aisde
vinte e cinco m illibrasdurante osúltim ossete anos.E não tem osqualquerrazão para
lam entartê-lofeito.A forçadeumaorganização oculta não está no planofí si
co.

Ë bem sabido que há váriasdrogasque podem serutilizadasparaexaltaraconsciência


e induzir um psiquism o tem porário. M as talvez não se saiba que muitas dessas
substâncias estão sujeitas ao controle das autoridades e que obtê-las de fontes
irregulares,ou m esm o ter a posse delasparafinsilegí
tim os,constituicrim e sujeito a
prisão,e nesse caso tam bém asautoridadesestão alertase osm agistradoscostumam
ser extrem am ente drásticos.

T odos os iniciados do Cam inho da M ão Direita concordam em que exaltar a


consciênciapor m eio de drogasé um procedim ento perigoso e indesejável.Existem
pesquisadoresque por razõeslegí tim asdesejam em preender uma experiência,m as
não posso conceber qualquer razão legí tim aparaintroduzirum neófito no hábito das
drogas.Em todo caso,se taisexperiênciassão tentadas,elasdeveriam ser conduzidas
sob asupervisão de um m édico qualificado,que estariaem condiçõesde prevenira
catástrofe ou de lidar com elano caso de sua ocorrência.Asdrogasque alteram a
consciênciaafetam tam bém o coração,e o coração nem sem pre é com o deveriaser.
Além disso,acom posição dasdrogasrarasnão está padronizadae variabastante; elas
podem conter várias im purezas, e as am ostras podem tornar-se anorm alm ente
tóxicas.O aborrecim ento de term ossob asm ãosum cadáverinesperado e inexplicável
só é superado pelo desgosto de tornarm o-nosnósm esm oso cadáver,e um adessas
eventualidadespode ocorrer quando aspessoascom eçam afazer experiênciascom
drogasque “afrouxam oslaçosdam ente”.

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A m oraldahumanidade em geraldeixamuito adesejar,do ponto de vistado puritano,
e asorganizaçõesocultasque ocupam ascostasm arí tim asdaBoêm ia,m aisainda.As
poucasorganizaçõesque afirm am que o ocultism o é essencialm ente um a religião
m antêm um padrão elevado; as dem ais são abençoadas com uma coleção
calidoscópica de am antes.Isso não nosdiz respeito. S e aspessoaspreferem pulara
cerca,elasé que sabem .N ão considerarem osporenquanto osabusosocultosdaforça
do sexo,poisesse tem aserá estudado em detalhesno lugaradequado.Analisarem os
neste capítulo aform aabsolutam ente norm alcom que aim oralidade é camufladasob
acapadoocultism o.A esserespeito,inúmeroscasoschegaram ao m eu conhecim ento.
O chefe de um grupo seduziasistem aticam ente assuaspupilassob o pretexto de que
issoerapartedesuainiciação,e o grupo aceitavaasituação num espí rito do m aispuro
auto-sacrifí
cio. M uitas outras lutavam desagradavelm ente contra a m aré, com o
resultado de que as “paixonites” e osposteriorescolapsosnervosos eram muito
freqüentes.N ão é preciso dizer que taism étodosnãofazem parte do Cam inho daM ão
Direita.

Ë surpreendente o número de mulheresde ideaiselevados,de boafam í liae de am pla


cultura que podem ser induzidasaaceitar taisteoriase taispráticas.O perigo que
aguardaasjovensou asmulheresinexperientesque se associam aessesgrupospode
serfacilm ente im aginado.

Eu fuiváriasvezesacusadade terumam ente estreita em m inhaatitude paracom os


gruposem que taisacontecim entoseram perm itidos,m aso custo em sofrim ento
hum ano é tão grande e a desm oralização geral tão sórdida que a tolerânciachega
perigosam ente perto do cinism o. T alvez não se saiba,m asosm eninose osjovens
correm tanto o perigo da corrupção num aL ojaN egra quanto,asmulheres.Já houve
casostãoflagrantesnão só aquicom o no exterior,que apoliciafoiobrigadaaintervir.

N os tem pos antigos, e entre pessoas prim itivas, o sacrifí cio hum ano era um
acontecim ento comum relacionado com aspráticasocultas.A Europaorientalconhece
esserito aindanosdiasde hoje.A históriado Barba-Azultem asuaorigem naspráticas
do infam e Gillesde R ais,m arechal de França e com panheiro de Joana d’Arc,que
m assacrou inúmerascriançase jovensem função de suasexperiênciasm ágicas.Eu
jam aisouvifalarde um dessescasosnaInglaterra,m asdosEstadosU nidosnostêm
chegado em diferentesocasiõesosrelatosde curiososassassí niosque se assem elham
aassassí niosrituais; porém ,naausênciade inform açãoadequada,é im pos sívelchegar
a uma conclusão final a esse respeito. N ão obstante,chegou-m e recentem ente às
m ãos um livro sobre m agia publicado para circulação restrita,no qual se faz a
afirm ação de que o sacrifí
cio de sangue idealé o de um acriançado sexo m asculino.

O m ovim ento ocultista é com freqüência acusado de entregar-se a atividades


revolucionárias.Há certosaspectos,no entanto,que devem ser consideradosquando
se avaliaaverdade dessaacusação. Em prim eiro lugar,o m ovim ento ocultista não é
um todo hom ogêneo. Ele está totalm ente desorganizado e pode ser com parado à
situação polí
ticadaInglaterraantesdaConquista norm anda.A constituição dosvários
grupose associaçõesvariaenorm em ente,e o que é verdade paraum pode não ser
verdade para outro. N ão há dúvida de que várias organizaçõesem várias épocas

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estiveram im plicadascom a polí tica,com o o dem onstra a associação da S ociedade
T eosófica com osm ovim entospolí ticosindianos,m asdevem oster em m ente que os
revolucionáriosde um a geração são os reacionários da próxim a geração. Afinal,a
política é umaquestão de opinião,e m esm o aspessoasde quem discordam ospodem
estar,afinal,certas.Eu,pessoa]m ente,acredito que um a fraternidade oculta nunca
deve ocupar-se de polí tica,por razõesque apresenteiem outro de m euslivros,S ane
O ccultism ,e que não discutireiaqui,porserem irrelevantesnestaspáginas.M as,visto
que aspessoasse têm reunido desde tem posim em oriaisvisando à ação polí tica,não
podem osfazer objeção aalgo que aleiperm ite. Aspessoasque se vinculam auma
organização fundada para a ação polí tica vinculam-se com os olhos abertos e
presumivelm ente paraosfinsparaosquaiselafoifundada.Há razõesparaobjeção,
contudo, quando um a organização é fundada para atividades não-polí ticas e
posteriorm ente os seus dirigentes, sem consultar, ou sequer inform ar os seus
seguidores em preendem atividades polí ticas por sua própria conta, utilizando a
organização para esse propósito e envolvendo,assim ,osseusseguidores,sem seu
consentim ento,nascom plicaçõesque podem surgir,e em pregando o dinheiro das
contribuiçõesparaum fim especí fico em finalidadesque osdoadoresnão tinham em
vista.P oder-se-iaperguntarque uso,naatualidade,osrevolucionáriospoderiam fazer
dasorganizaçõesocultas.Q uanto ao que sei,elesutilizaram ou tentaram utilizá-las
para enviar as cartasde pessoascuja correspondência estava sendo vigiada,e eu
m esm a recebicerta feita um pedido para perm itirque um a pessoa que haviasido
deportadaretornasse ao paí ssob um nom efalsoedem orasse em umade nossascasas
comunitárias com o um membro regular, e algum as centenas de libras foram
oferecidas paraque o fizéssem os.N ão é preciso dizer que acorrespondênciafoienvia
daim ediatam ente àsautoridades.O sproblem asque exam inam osneste capí tulo não
são peculiaresàsfraternidadesocultistas,m assão comunsaqualquerorganização que
não discrimina os seus m em bros. As organizações que fazem publicidade devem
forçosam ente aceitar todososque se apresentam e dar-lhesum destino à luz da
experiênciaposterior,e algum asdessasexperiênciaspodem sermuito bizarras.N ão se
pode censurarumaorganização que aceitaumaocasionalovelhanegra,anão serque
elam antenha todo um rebanho com essacor.

U m alojade duvidosapureza pode ser facilm ente reconhecida pelaspessoasque a


freqüentam e que podem muito bem sercom paradasao aventureiro decadente com
fumosde requinte,que gosta de em oçõesfortes. AsverdadeirasL ojasN egrassão
guardadastão cuidadosam ente quanto asL ojasBrancasde grau elevado,e nenhum
estranho tem acesso a elas. O estudante sério de O cultism o N egro visa ao
conhecim ento e à experiênciam ágicae não vaiperder o seu tem po com um aprendiz.
Aqueles que preferem graduar-se num a L oja N egra, depois de cum prirem seu
aprendizado naCorte Exterior de umaL ojaBranca,fazem aescolhade olhosabertos,e
aexperiênciadeve serseu m estre.N ão devem oslastim á-losse aexperiênciaé penosa.
A pessoaque estou dispostaaauxiliaré apessoaque é um aví tim a,não aquelacujo
tiro saiu pelaculatra. O hom em ou amulher que,rejeitando ospassosgraduaisdo
Cam inho daIniciação,escolhe subircom um foguete,terá depoisque descer apoiado
num abengala.

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Q ualquersolicitação de umagrande som ade dinheiro deveriaser sem pre encarada
com o um sinal de perigo. É uma das condiçõesm ais estritasda iniciação que o
conhecim ento oculto jam aispode-ser vendido ou utilizado para ganho. S eide um
ocultistaque cobra trezentaslibrasporumadasiniciaçõesque concede; e ele adaráa
quem querque tenha trezentaslibras.Em m inhaopinião,apessoaque pagatrezentas
librasportalobjetivofazjusà espécie de iniciação que vaiobter.

É tam bém um mau sinalquando um ocultistautilizalivrem ente osprodígiosdiante dos


não-iniciados.N enhum adepto genuíno jam aisfará isso. A pessoaque reviraosolhos,
lê nossasencarnaçõespassadas,descreve nossa aura,contorce-se e nosdá um a
m ensagem de seu M estreassim que lhe som osapresentados,eisalguém que devem os
evitar.

Q uanto m aisobservo o m ovim ento ocultista,m aism e surpreendo com ascoisasque


aspessoaspodem dizer e fazer sem serem punidas.A pessoa comum não está no seu
norm alquando lidacom assuntosps í
quicos.Elapassanorm alm ente por trêsfases.Em
prim eiro lugar,pensaque tudo é superstição e fraude. Em segundo lugar,quando o
seu ceticism o serom pe,elaacreditaem qualquercoisa.Em terceiro lugar,se consegue
chegarao terceiro lugar,elaaprende adiscrição e distingue asFraternidadesN egrase
asFraternidadesBrancasdasFraternidadesT olas.

CAP ÍT U L O X I
O EL EM EN T O P S IQ U ICO N O DIS T ÚR BIO M EN T A L

P ersonalidade,individualidade e reencarnação / O strêsgrandesinstintos/ Histeria/ O


neurótico / Insanidadesorgânicas/ Asglândulasendócrinas/ O sangue / Contatoscom
o Invisí
vel/ A concepção cabalí s tica dosR em osInvisí
veis/ O Q lippoth em relação à
insanidade / A consciênciaem relação àsEs feras/ O psiquism o do psicopata e Base
comum dapsicologiae do ocultism o / M étodosocultistasparalidarcom ainsanidade
e O bsessão.

Vim osnum capí tulo anterior que osdistúrbiosnervosose m entaispodem estimular


um ataque ps íquico,especialm ente se o sujeito estáfam iliarizado com aterm inologia
do ocultism o. Devem os considerar tam bém o papel desem penhado pelo ataque
psíquico nasdesordensnervosase m entais.M asantesde iniciarm osesta seção de
nosso estudo,devem osdarumabreve explicação sobre a natureza dasperturbações
nervosas e m entais e sobre a distinção entre am bas. N ão entrarem os em
consideraçõesacadêm icas,poisestaspáginasnão foram escritaspara o psicólogo
profissionalortodoxo -que tem inúmerosm anuaisà sua disposição -,m aspara a
pessoa cujo interesse está em prim eiro lugarnostem asocultistas,e que enfrenta o
estudo do assunto desprovidadostecnicism osdapsicologiae dapsicofisiologia,duas
ciências de que precisam os ter pelo m enos um conhecim ento prático para
enfrentarm osostrabalhosocultos.

N o curso de um a encarnação, a m ente está assentada sobre as funções das


caracterí
sticas do Eu S uperior,ou Individualidade, que é a alm a im ortal que se

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desenvolve no curso de um a evolução. A mente, por conseguinte, é parte da
personalidade -aunidade daencarnação-que com eçano nascim ento e se dissolvena
m orte,sendo asuaessênciaabsorvidapelapersonalidade,que assim se desenvolve.

A m ente é essencialm ente o órgão de adaptação ao m eio am biente,e é quando essa


adaptação falhaque asperturbaçõesneuróticase histéricascom eçam .T odacriatura
vivaéum canalporondefluiacorrente de forçavitalque procede do L ogos,o Criador
deste universo. Essa corrente divide-se nos três canais principais, que para nós
correspondem aostrêsgrandesinstintosnaturais,aAutopreservação,aR eprodução e
o Instinto S ocial.Essassão astrêsm olasprincipaisde nossasvidas.A própriapressão
da vida está atrásdessescanais, e se eles são bloqueadosalém de seu poder de
com pensação (por m aisconsiderávelque este seja),elesagem com o ascorrentes
cujoscanaisestãobloqueadose que,em conseqüência,transbordam e encharcam as
terrasadjacentes.

A em oção é o aspecto subjetivo de um instinto. O u seja,quando um instinto está


operando,nóssentim osem oção. T odaem oção que sentim ospode ser referidaaum
ou outro dosinstintos.N osso ressentim ento pela crí
tica à nossadignidade tem suas
raízesno instinto da Autopreservação. N osso am or à arte tem seu elevado aspecto
espiritual e seu aspecto fí
si
co elem ental,e a transmutação de um plano ao outro
ocorre livrem ente,de m odo que,anão ser que com preendam oso significado dessas
m anifestações,poderem osincorrer em erro. N a com preensão desse ponto está a
chavedaciênciadavida.

S e um desses grandes instintos é tão frustrado que todas as tentativas de


com pensação sucumbem ; ou se o tem peram ento é tão inelástico e inflexí velque não
m odificarásuasexigências,o ego faz um adesesperada tentativafinalde ajustam ento
que ultrapassa oslim itesem que as relaçõesharm oniosascom o m eio am biente
podem ser m antidas. As relaçõescom o m eio am biente se rom pem ,e a m ente
abandona,pelo m enosem parte,aesfera. da realidade,ingressando na esfera da
im aginação. A sensação de valores fixos se perdeu, e as coisas assumem uma
im portância sim bólica. Esse rom pim ento pode ser parcial, restringindo-se a certos
aspectosdavida,ou pode sertotal.

N ahisteria,asforçasodiosasdavidaperm anecem no canal,m asjorram com força


concentrada por qualquer com porta que possa estar aberta para elas.
Conseqüentem ente,ao invésde o rio sob obstrução ser um corpo de águaque flui
suavem ente,ele desce em rápidose sorvedourosdifí ceise perigososparanavegar,de
m odo que o barco da vidanelesnaufraga.O paí scircunvizinho é tam bém reduzido a
um lam açal,nem terra nem água. Em outras palavras, o tem peram ento torna-se
tem pestuoso e indevidam ente em ocional, e os fatoresnão-em ocionais da m ente,
com o o julgam ento e o autocontrole,se descoordenam . Esse tem peram ento está
perpetuam ente em dificuldadescom avida,e periodicam ente asem oçõesreprim idas
transbordam em acessosde gritose m ovim entosmuscularesconvulsivos,que agem
com o válvulasde segurançae aliviam tem porariam ente apressão.

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O neurótico difere do histérico por certascaracterísticasm arcantesque precisam ser
cuidadosam ente consideradas,poissão muito im portantesdo ponto de vista prático.
Asperturbaçõesneuróticascom eçam dam esm am aneiraque osdistúrbioshistéricos,
poisresultam daem oção reprim idae dafaltade adaptação ao m eio am biente; m as
nesse caso,asforçasvitais agem para abrir novoscanaisque possam circundar o
obstáculo que lhe bloqueia o cam inho. T em os, conseqüentem ente, o que os
psicólogoscham am de deslocam ento em ocional. U m assunto relativam ente pouco
im portante torna-se objeto de um a efusão que não condiz em absoluto com a
realidade,pois esse objeto foi substituí do por outra coisa. É esse curioso trilhar
subterrâneo da em oção nam ente que causatanta desordem ,poiso sofredor não é
insano e,no entanto,certasseçõesde seusvaloresereaçõesà vidaestão pervertidas.
Ele é um apessoa extrem am ente difí cilde lidar,porque é dado aam orese ódiose
m edosinesperadose absolutam ente irracionais,e age de acordocom eles.

Condições sem elhantes prevalecem nas insanidades orgânicas; as conseqüências


psicológicas são as m esm as, m as, visto que a origem é fí si
ca,e não m ental, a
psicoterapiapouco pode fazer por elas.M esm o assim ,algo pode ser feito paratrazer-
lhesalívio,em bora não para curá-laspor com pleto; considerem osentão esse assunto
dospontosde vistapsicofí si
co e ocultista.

O corpo é o veí culo dam ente. S e o veí


culo é falho,am ente não pode expressar-se
corretam ente; suasreaçõesserão distorcidas.A ciênciaortodoxadiz que o cérebro é o
órgão dam ente,m asaciênciaesotéricadiz que o cérebro é o órgão de percepção das
im pressões dos sentidos e de coordenação dos im pulsos eferentes. É a estação
telefônicado sistem anervoso.É apenasum dospontosem que am ente tocao corpo,
sendo osoutrosasglândulasdo sistem aendócrino,apineal,apituitária,atireóide,as
supra-renais,o tim o e asgônadas; podem osacrescentar-lhesaindao P lexo S olare o
P lexo S acro. O estudioso dafisiologiatântrica terá naturalm ente observado que os
Chakrascoincidem em sualocalização com osórgãosendócrinos.

Asglândulasendócrinastêm portarefam anter a com posição quí m icado sangue,nele


despejando suassecreções,cham adashormônios,em certasproporçõesequilibradas.
S e abalança está de algum am aneiradesregulada,sejapor um excesso de secreção,
seja pela falta de outra,profundasalteraçõesocorrem no m etabolism o. T odosos
processosvitaissão reguladospelasglândulasendócrinas,e elaspodem serapressadas
ou retardadasem seusdiferentesaspectosquando abalançadasendócrinasse altera.
S abem osfisiologistasque essabalança endócrina está intim am ente associada aos
estadosem ocionais,e especialm ente à vivacidade ou apatia do tem peram ento. O s
psicólogosnão avaliam suficientem ente aim portânciadosrecentestrabalhossobreas
glândulasendócrinas,m asosocultistasconhecem tanto esse aspecto dapsicofisiologia
quanto osensinam entostradicionais. O sexercí ciosde respiração do sistem a yoga
baseiam -se nesse conhecim ento,e são extrem am ente poderosos,com o o são todasas
práticasocultistasque sãotrazidascorretam ente parao planofí si
co.De fato,podem os
dizer que nenhum processo ocultista é realm ente potente,nem que fecha o seu
circuito,se não tem pontosde contato com am atériadensa; eisum ponto que muitos
ocultistasnão levam em consideração.O ocultism o,em borabasicam ente um processo

26
m ental,não é sim plesm ente um processo m ental. É simultaneam ente espiritual e
m aterial.

N a grande m aioria doscasosde insanidade,asalteraçõescerebraisorgânicasnão


podem ser dem onstradas,m asosalienistasestão cadavezm aispropensosaacreditar
que podem detectar a sí filisde Hécate no sangue. S ua com posição quí m ica pode
desviar-se do norm al,seja devido a uma alteração no equilí brio horm onal ou aos
subprodutosda enferm idade. Essaalteração na quí m ica do sangue é im ediatam ente
seguidapor umaalteração no tom em ocionalEste pode tornar-se superem ocionalou
deprim ido,apático ou irritado. O santigosdescreviam adm iravelm ente essesestados
com o osquatrohumores,o sanguí neo,o bilioso,o linfático e o colérico.

O sfisiólogosdem onstraram abundantem ente que osestadosem ocionais afetam a


com posição quí m ica do sangue. Estam oscom preendendo gradualm ente que essas
alteraçõessão produzidaspelam ediação dasglândulasendócrinas,que podem ser
cham adasde cérebro em ocional,assim com o am atériacinzentano crânio pode ser
cham ada de cérebro sensorim otor. S egue-se, portanto, que se por algum a
interferênciaem seu funcionam ento asglândulasproduzem uma com posição quí m ica
correspondente àquelaque produzem quando um estado em ocionalparticulardá seu
estímulo especial, o indiví duo experim entará sensações físi
cas associadas ao seu
estado em ocionalcorrespondente. S uam ente procurará ajustar-se aessascondições,
explicando-as pela im aginação. P ortanto, se houver um estado sanguí neo
característico da condição de m edo,im agensde m edo se produzirão nam ente. É com
base nisso que as insanidades orgânicas produzem os seus estados m entais
característicos.

S ejauma causam entalou uma causafí si


ca a responsávelpelo estado em ocional,o
resultado é o m esm o para o paciente. Asinsanidadesorgânicasdistinguem -se das
insanidades funcionais apenas por sua origem . U m a insanidade orgânica tende a
desviar-se m aisdo norm aldo que um adesordem nervosafuncional,poisnestaúltim a
intervém um grau considerávelde com pensação,visto que o paciente pode em grande
m edidareadquiriro dom í nio de sie m anter-se longe dosextrem osdesastrosos.N ão é
esse o caso de um ainsanidade orgânica,que cam inhaparao seu fim lógico.É poressa
razão que um neurótico,m esm o sofrendo seriam ente,nuncatem um colapso total,a
m enosque esteja seguro das m isérias da vida. O instinto de autoconservação o
m antém sobreospés.

T endo considerado asbasesfí sicase subjetivasdasperturbaçõesm entais,estam os


agora em posição de avaliarexatam ente o papeldesem penhado pelo Invisí
vel.O que
acontece quando um neurótico abraçaoocultism o? P odem osresponderm elhoraessa
questão considerando o que acontece quando um apessoanorm alabraçaoocultism o.
Elaaprende pelaprim eiravez que existem M undosInvisíveise com eçaapensarneles.
Ao fazê-lo,elaentra em contato com essesmundos.N o iní cio,elapode não sercapaz
de percebê-losconscientem ente; entretanto,elasente subconscientem ente e elesa
afetam . U m observador próxim o pode reconhecer esse processo por m ilharesde
m aneiras.

27
Existem grandesforçasque se m ovem com o correntesno Invisí vel,e som oslançadas
nelasde acordo com a nossaafinidade tem peram ental.A personalidade violenta é
lançadanasCorrentesde M arte; a em ocionale sugestionável,naesfera de L una.E as
influências dessas esferas se exercem sobre as personalidades. O ocultista que
trabalhapor um sistem apróprio,que sabe que haverá de encontrar essasforçasm ais
cedo ou maistarde,entra voluntariam ente em contato com cada umadelase,por
interm édio de rituaisapropriados,sintetiza-asem suapróprianatureza. Ele sabe que
cada aspecto tem seu contrário. A Virgem M ariareflete-se naL ilith. O scredosantigos
conheciam essa lei, m as o cristianism o popular,que não tem nenhum a raiz na
tradição,aesqueceu. Durante a R eform a,o cristianism o protestante deitou fora o
aspecto ocultista. T odosospanteõespagãostêm grosseirosaspectosde divindades,
assim com o aspectosetéreos.P recisam osprocurarno m onte de refugosdahistóriaas
partesperdidasde nossaprópriatradição,se desejam osaperfeiçoaranossafé,e a
linham aisproveitosade procuraestá naCabalae naliteraturagnóstica. A literatura
dosgnósticosfoigrandem ente destruí dapelaperseguição sistem ática,m asnaCabala
ainda tem osum sistem a com pleto. O sjudeus,por serem estritam ente m onoteí s tas,
não falam de deuses,m asreconhecem umahierarquiade anjose arcanjos que é o
equivalente dospanteõespagãos.É porinterm édio dessesm ensageirosetéreosque o
P aide T udo form ou osmundos.

Considerem osm ais uma vez a doutrina cabalista do Q lippoth,poisela tem uma
profundainfluênciasobre o problem a dainsanidade. A doutrina dosDez S ephiroth
S agrados,dispostosem seu padrãocorretoparaform araÁrvoredaVida,pode ajudar-
nosaconceber o Invisí vel.A P rim eiraS ephirafoiconcentradaapartirdo Im anifesto,o
P onto no Círculo. Elaem anaaS egunda,que por sua vez em anaaT erceira.Assim que
uma em ana a outra,am bas estão equilibradas; m asquando a em anação está em
curso, há um perí odo de desequilí brio de forças. Isso, de certo m odo, ocorre
espontaneam ente no Cosm o e estabelece um aesfera por suaprópriaconta,que não
serelacionacom o sistem acósmico.

Conseqüentem ente, cada esfera do Cosm o tem a sua contraparte no Caos, em


m iniatura,é verdade,m aspotente e funcional.

Cadaesfera,no curso de sua evolução,edifica umaS obrealm a,que é cham adapor


diferentesnom esem diferentessistem as.N o sistem acabalí stico,cham am -se Arcanjos
,
osEspí ritosdiante do T rono. A esfera do S olé representadapor R afael; a esferada
L ua, - por Gabriel. O sS ephiroth Inversos,ou Q lippoth,se constroem da m esm a
m aneira. N as M oradas do Inferno, am bos são conhecidos com o Briguentos e
O bscenos,e essesnom esindicam suficientem ente o seu caráter. A esfera do S ol
tam bém é o ponto de m anifestação do M essias,ou S alvador,sobre aT erra.O P rí
ncipe
daP az tem S eu oposto nosBriguentos.T odo aquele que teve aVisão beatificasabe a
reação que lhe segue, e com o a sabedoria, o autocontrole e a paciência são
necessáriosparalidar com asforçasque são libertadasnão apenasnaalua,m asno
m eio am biente. É por essarazão que osperí odosde purgação e disciplinaprecedem
todas as revelações. Devem os m anter a vigí lia antes de poderm os participar do
banquete.

28
A consciência,em anadadaesferadaT erra,eleva-se diretam ente paraaesferadaL ua.
Esta é a esfera ps
íquica,negativa,fem ininae receptiva.Daíelapassaparaaesfera do
S ol.Estaéaesferapositiva,m asculina,daconsciênciasuperior,avisão do profeta que
se distingue dado sensitivo.O cam inho é flanqueado em am bososladospelasesferas
daS abedoriaHerm éticaedaBelezaElem ental.

Essasesferas,que dizem respeito aosgrausdainiciação,não devem ocupar-nosaqui.


Vam osnosater àsesferasdaL ua,L una,aS oberanado tique de L una.O ra,L unaera
representada pelos antigos sob diversas form as, com o Diana, a casta caçadora,
sím bolo dasublim ação,e Hécate,patrona da feitiçaria e dos partos. Já assinalam os
que osQ lippoth da esfera de L una cham avam -se O bscenos. É por essa razão que
quando aalm ainstável avança pelo Cam inho de S aturno,que transpõe o Astral e
penetraaesfera de L una,elatocao seu aspecto de Hécate e vê-se en rapport com os
Demônios, cujo chefe é L ilith, que propicia sonhos libidinosos. N ão surpreende,
portanto,que Freud tenhadescoberto que ossonhosdo neurótico estão repletosde
im agens sexuais em suas form as m ais pervertidas e depravadas. O s R abinos
conheciam tão bem asuapsicologiaquanto Freud.

Com o já se observou,o neurótico é am iúde um sensitivo,e o sensitivo é am iúde um


neurótico. O que podem osesperarque aconteça à alm aque recebeu iniciação numa
vida passada, que reteve subconscientem ente o desenvolvim ento ps íquico então
concedido,e que se vê encarnada num a personalidade neurótica nesta vida? Ela
estarásob o dom ínio tenebroso daL ua,e L ilith serásuasoberana.Asforçasdo Abism o
ingressam pelas portas inadequadas do tem peram ento neurótico. O s com plexos
dissociados do M icrocosm o são reforçados pelos com plexos dissociados do
M acrocosm o,poisé isso o que são exatam ente osQ lippoth.

O socultistase osseusadm iradoresignorantes,ossupersticiosos,sem presustentaram


que ainsanidade está vinculadaà possessão dem oní aca.A medicinam odernaobjeta,e
declara que as várias m anifestaçõesda m ente enferm a devem -se inteiram ente a
processospsicológicossubjetivos.N a atualidade,essasduasescolasde pensam ento
são com o doiscam posarm ados,dispostosparaabatalhae brandindo suasarm asum
contra o outro. Cadaum delesestá seguro dem aisde suasprópriasrazõesparadar
ouvidosà outra.Acredito que um cam po comum pode serencontradoparaoencontro
dessesdoispontosde vista opostos.A psicologiadem onstraom ecanism o dam ente e
pode explicaroprocesso m entalporcujo interm édio asidéiasdo perturbado assumem
suasform asdefinitivas.Elapode m ostraraconecçãoentreessasidéiase.ossonhosda
m ente norm al.O que elanão pode explicar é a diferença fundam entalentre esses
estadossubjetivose a consciênciadesperta norm al.É aquique o ocultista pode dizer
algo que sejadigno de atenção ao psicólogo,poisele pode m ostrarcom o essasvisões
podem ser produzidas experim entalm ente e voluntariam ente por m eio da m agia
cerim onial.E o que é m aisim portante,o ocultista pode m ostrar-lhe com o essasvisões
podem ser dissolvidase asfaculdadesps í
quicasencerradase seladasporcom pleto.

Isso nosconduz à parte prática de nossasconsiderações.A té onde podem osm étodos


dam agiaritualser aplicadosà curado distúrbio m ental? Elessão,indubitavelm ente,
paliativos,e não produzirão um acuraperm anente,anão ser que aorigem do estado

29
m entalperturbado sejadescobertae esclarecida.A não serque isso sefaça,assim que
dispersarm osos fantasm aselesse form arão novam ente,poiso estado m ental do
paciente os está invocando. N estas circunstâncias, nenhum cí rculo m ágico pode
conservar-se intato.Assim que rom pem osaligação com o Abism o,o pacientearefaz.

M astaiscondiçõesconstituem um cí rculo vicioso.Asforçasqlippóticascom asquaisse


estabeleceu contato desenvolver-se-ão ativam ente, e agarrar-se-ão à sua ví tim a
quando se fizerem tentativas para desalojá-las. N esta nossa época racionalista,
estam ospropensos a esquecer que existe um mal organizado e inteligente. S e as
causasfí sicasdessaperturbação foram esclarecidas,o foco séptico extirpado,ou o
tumorque pressionavaaglândulaendócrinarem ovido,e am ente não voltaaonorm al,
um exorcism o produziráam iúde resultadosim ediatose evidentes.

N o caso do neurótico,cujaperturbação está inteiram ente na esfera da m ente,um


exorcism o é de enorm e valor com o m edida prelim inar para o tratam ento
psicoterapêutico adequado,porque ele lim pao terreno e previne areinfecção,dando
ao paciente uma chance para com eçar de novo. É pos s
ível que os demônios
qlippóticostenham obtido um ainfluênciahipnótica tão poderosasobre a ví tim a,que
estafica sem forçaspararom pê-lapor qualquer esforço de vontade própria,e o tipo
ortodoxo de psicoterapianão consegue tocararaiz daperturbação.O exorcism o pode
ter que ser repetido duasou trêsvezesno curso do tratam ento,poisasligações
podem renovar-se depoisde terem sido quebradas.M asassim que oscom plexosdo
paciente forem esclarecidos,elasnão m aisretornarão. Em todo caso,um exorcism o
produz evidente benefício tem porário; durante acalm aria,o pacientetem umachance
parareadquiriro dom í nio de sipróprio e asinfluênciasm alignasestão abaladas.U m
paciente corajoso,que cooperainteligentem ente,raram ente precisará serexorcizado
m aisdo que trêsvezes,desde que ascondiçõesm ateriaissejam favoráveis.Eu vicasos
que foram esclarecidosporum sim plesexorcism o,e ospacientesperm aneceram em
bom estado enquanto obedeceram àsinstruçõese evitaram o contato com o Invisí vel,
sejalendo livrossobre ocultism o ou associando-se apessoasque se interessavam por
tais assuntos; e eu tam bém vi o Abism o restabelecer a sua influência quando o
pacientedesobedeceu àsinstruçõesereanim ou asvibraçõesantigas.

P recisam oscom preender que aconsciênciahum ananão é um vaso fechado,m asque,


com o o corpo,tem uma entrada e umasaí da. Asforçascósm icascirculam por ela
durante todo o tem po,com o a água do m ar num a esponja viva. Q ualquer estado
em ocionalque pode penetrar-nosé reforçado do exterior.O eu subjetivo tem apenas
o fósforo,o Cosm o fornece o com bustí vel. Assim que o fogo se acende,asforças
cósm icasdo tipo adequado irão atiçá-lo. Assim com o o católico devoto é inspirado
pelas influências de seu santo padroeiro, invocado pela oração, o neurótico é
aterrorizado por seu demônio obsessivo,invocado pelas locubraçõesmórbidas da
subconsciênciadissociada.O ocultistaafirm aque o princí pio generalizado do m altem
seuscanaisinteligentes,assim com o o P rincípioorganizado do Bem tem S eusespí ritos
auxiliares. T odo observador que considerar o fenômeno do distúrbio m ental
descobrirá muitascoisasparacorroboraressahipótese.

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A questão da obsessão é extrem am ente im portante. A palavra é em pregada com
muitaliberdade noscí rculosocultistas,e significaaretiradade um aalm ade seu corpo
e asuasubstituição por outraalua,m astenho dúvidasquanto ase essaéaverdadeira
representação do que acontece. S em pre m e pareceu que naobsessão não tem osa
substituição realde um aalm apor outra,m aso dom í nio com pleto de um aalm apor
outra. É um domí nio hipnótico, e podem os explicá-lo nos term os da conhecida
psicologiadahipnose,sendo o hipnotizador,no caso,umaentidade astral.

Existe umaoperação na m agiaconhecidacom o “obtenção daform adivina”,naqualo


operadorse identificaim aginariam ente com o deuse,assim ,se torna um canalparao
seu poder. P odem os encontrá-la num a das form as da m agia egí pcia em que o
sacerdote portava uma m áscara para significar a cabeça do anim alsim bolicam ente
atribuído ao deusque representava. Essaidentificação im aginária é um método bem
conhecido no ocultism o e é am iúde em pregado com o um exercí cio m ental para
penetrarnavidainterior de umaplantaou de um cristal.O sefeitosdesse processo são
muito caracterí s
ticose peculiares. Estou propensa a acreditar que é esse m étodo,
com binado com ahipnose,que é utilizado pelaentidade obsediante,que se identifica
em prim eiro lugarcom asuaví tim ae depoisim põe asuaprópriapersonalidade sobre
ela,obtendo,assim ,um veí culo de m anifestação. Acredito tam bém ,no entanto,que é
apenasem certoscasosanorm ais-sejam induzidospelaenferm idade dam ente ou do
corpo,ou porumadasm aisdrásticasoperaçõesdam agianegra-que essa im posição
podeocorrer.

P AR T E III
A DIAGN O S E DE U M AT AQ U E P S IQ U ICO

CAP ÍT U L O X II

M ÉT O DO S EM P R EGADO S P A R A EFET U AR U M A T A Q U E P S IQ U ICO

Bruxaria, antiga e m oderna / O conhecim ento dasdrogas/ Fatoresenvolvidosna


realizaçãodeum ataque ps íquico / Concentraçãom ental/ Invocaçãodaforçacósm ica
/ Exem plo de um a invocação cerim onial / O m ágico com o canal da evocação /
M étodospara pôr-se em contato com a ví tim a / S ubstituição / T alism ãs/ O bjetos
m agnetizados/ M otivosdo ataque ps íquico / O caso da cantora de concerto / O caso
do adepto oriental/ A violação m ental

Q uem querque leiaosantigoslivrossobrebruxaria,com piladosfreqüentem ente pelos


caçadoresprofissionaisde bruxas a partir dasconfissões,obtidassob tortura,das
pretensasbruxas,descobrirá que osfenômenosdescritoscaem em certascategorias
geraisque são sem elhantesem diferentesépocase em diferentespartesdo mundo,
que ficam oscom aim pressão de que deve haver algum fogo sob tantafumaça. O s
registrospúblicosdosjulgam entosde bruxasnaEscócia,osrelatóriosde um padre
encarregado de extirpar a feitiçaria no norte daItália,osarquivosda Bretanha,as

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históriasdam agianaliteraturaclássicae,finalm ente,osrelatosdosviajantessobreas
práticasdospovosprim itivosem todo o mundo,todosse explicam mutuam ente,
concordando,no que se refere aosfenômenosdescritos,com asexplicaçõesdadas
pelasbruxassobreseusm étodose com asdivisõesgeraisem que caem osfenômenos.

Devem osanalisar,em prim eiro lugar,autilização dasdrogas,de que a Fraternidade


N egra em todas as épocas sem pre possuiu um notável conhecim ento. P oções,
ungüentose fumigaçõesforam utilizadosam plam ente,e entre todososingredientes
m isteriosos e extraordinários de que eram com postos podem os redescobrir as
substâncias que,com o sabem os,têm am plospoderesm edicinais. A papoula, que
produz sono e sonhos,o cânham o,que produz visões,adatura,que causaaperdada
m emória,grãosem pestados,que produzem o aborto,insetos,que são poderos íssim os
afrodisíacos,cascasde árvores,que são eficazesanafrodisí acos,e,no N ovo M undo,os
brotosde certoscactos-tudo isso,e muito m ais,desem penhou seu papelnasinfusões
dasbruxas.P aracelso obteve renom e por utilizaralgum astradicionaispoçõesm ágicas
parafinsm edicinais.O sBórgiaobtiveram infâm iapor em pregá-lascom o venenossutis
que destruíam am ente sem necessariam ente destruiro corpo. Conta-se que o filósofo
rom ano L ucrécio perdeu asanidade devido aumabebidam ágicaque suamulher lhe
deu para restaurarasua afeição por ela.Existem antigasreceitasde ungüentosde
bruxasque contêm ópio e cantárida. N ão é difí cilim aginar que espécie de sonhos
irrom periam no sono assim induzido. C. S . O llivier,em seu recente livro A nalysisof
M agic and W itchcraft,opinaque aassistênciaao S abbateraam iúde obtidaatravésde
sonhosinduzidospordrogas.

Venenossutisexercem tam bém um papelnaeficáciadasm aldições,sendo o m étodo


favoritofazerum talism ã de bronze,cobre ou chumbo,e prendê-lo discretam ente no
fundo de um vaso de beberou de um apanela.Q ue efeito tinhao talism ã,eisum dado
conjectural,m asnão há dúvida pelo m enosquanto ao efeito do chumbo,que se
dissolve constantem ente em pequenasquantidades,e do verdete nosalim entos.

M asem bora todasessascoisasfizessem parte,e parte considerável,do culto das


bruxas, não podem os considerá-las estritam ente com o um m étodo de ataque
psíquico,ereferim o-nosaelasnestaspáginasapenasparaque seusefeitospossam ser
excluídosdadiagnose.

Há três fatoresnum ataque ps íquico,e qualquer um deles-ou todos-,pode ser


em pregado numadadaocasião. O prim eiro delesé asugestão hipnótica telepática.O
segundo é o reforçodasugestão pelainvocaçãodecertasforçasinvi síveis.O terceiro é
o em prego de algum asubstânciafí sicacom o um point d’appui,ponto de contato,ou
vínculo m agnético. A força em pregada pode ser utilizada com o um a corrente direta,
transm itida pela concentração m ental do operador,ou pode ser conservada numa
espécie de acumuladorps í
quico,que pode serum elem entalartificialou um talism ã.

N o Capítulo II,consideram oscom algum aextensão adasugestão,e não precisam os


repetiro que já foidito,exceto para lem brar ao leitor que a essênciada telepatia
consiste na indução sim pática da vibração. O s psicólogos experim entais sem pre
suspeitaram que a em oção é muito sem elhante à eletricidade; eles provaram

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conclusivam ente que os estados em ocionais alteram a condutividade elétrica do
corpo. O ocultista acredita que aem oção é umaforçade tipo elétrico,e que no caso
do hom em comum elase irradiadele para todasasdireções,form ando um cam po
m agnético; m asno caso do ocultista treinado elapode ser concentrada num feixe e
direcionada.S uponham osque você sejacapazdeconcentrartodaasuaatenção sobre
umaúnica em oção,inibindo tudo o m ais,você terá alcançado um estado em ocional
puro,não-adulterado e não-diluí do.T odaaforçavitalque se juntou à suaalm afluirá,
por conseguinte,nessasim plessubdivisão de um único canal,ao invésde espalhar-se
pelas inúmeras ram ificações dos três canais comuns anteriorm ente referidos. A
concentração será trem enda, m as ela será obtida a um preço trem endo. ~ para
alcançaressaterrí velconcentração que ossantosdo O cidente e osyoguesdo O riente
praticam um ascetism o torturante. Você precisavender tudo que possuiparaadquirir
essapérolavalios íssim a,e um eco do m étodo persiste natradição doscontosde fada
em que a pessoa que descobre a pedra dasorte só pode ter um único desejo. T al
concentração é boaparaum propósito,e apenasparaum.P odem osnosconcentrar
sobre uma cura, ou sobre uma destruição, m as não podem os operar as duas
simultaneam ente; e não podem ostam bém mudarfacilm ente de um aparaoutra.N ão
podem oscom binarosincom patí veisnoslim itesde um aúnica vida.O u seja,se nos
concentram osnum trabalho de m aldição e m ortepararealizarum ato de vingança,e a
nossa raiva é saciada,não podem osim ediatam ente virar a direção da alm a e nos
reconcentrarem trabalhosde sabedoriae redenção. P odem oscom pararaalm aque se
m ove com a m aré da. evolução a uma roda que girano sentido dosponteirosdo
relógio; e aalm aque se m ove contraam aré da evolução aumaroda que giraem
sentido anti-horário. A posição do eixo pode ser alterada de m odo que a rodagire
qualquer ângulo sem que adireção de suarevolução sejaafetada,m aso volante deve
pararantesque o engenho possaser invertido,e um grande volante exige um grande
esforço para ser detido. Além disso,para inverter o volante,tem osque parar o
m ecanism o. O m ovim ento norm aldaalm aé no sentido horário,à frente da corrente
daevolução. P recisam ospensarmuito antesde tentarinverter essadireção,m esm o
m om entaneam ente,afim de realizarum trabalho de m aldição e m orte.O velho refrão
“Vaihaver o diabo!” diz bem a verdade. Além disso,é questionávelse existe essa
inversão m om entâneadadireção. O im pulso deve ser refreado e iniciado novam ente
antesque ainversão dadireção possaocorrer.

Forçaspoderosaspodem ser desenvolvidaspor essaconcentraçãosubjetivadaprópria


m ente,m asm esm o asforçasm aispoderosaspodem ser utilizadasse aplicarm oso
equivalente m ecânico dasm archas; se,em outraspalavras,enquanto essatrem enda
concentração está sendo m antida, captam os os contatos da força cósm ica
correspondente. U tilizam os os poderes da m ente hum ana com o um arranque
autom ático, e, enquanto a m enor roda propulsora está girando, engatam os a
engrenagem do m ecanism o principal. Há um breve perí odo de luta enquanto a
pequena peça força asalavancasrelutantesdagrande m áquina,m asdepoiso vapor
tom aim pulso e o m ecanism o recom eçaseu trabalho. Depoisdisso é apenasengatara
m archaedirigir-sevocêforcapaz!O correom esm o com am agiacerim onial.

Exam inem osum caso concreto de alguém que desejaservir-se de um aforça belicosa.
Ele teriaque recorreraumacerimôniado planeta M arte.Drapejariaseu altarcom um

33
tecido verm elho e ele próprio vestiriauma túnica escarlate.T odososseusutensílios
m ágicosseriam de ferroeoseu bastão de forçaseriaumaespadanua.S obre seu altar
ele colocariacinco velas,poiscinco é o número de M arte. S obre seu peito estariao
sím bolo de M arte gravado num pentágono de aço. Em suam ão estariaum anelde
rubi. Ele queim aria enxofre e salitre em seu turíbulo. E então,de acordo com o
trabalho em vista,invocaria o aspecto angélico ou dem oní aco da Q uinta S ephira,
Geburah,aesfera de M arte. Invocariao nom e divino de Geburah,cham ando o Deus
das Batalhas para ouvi-lo,ou o arquidemônio da Q uinta M orada Infernal. T endo
realizadoessapoderosainvocação,ele seofereceriaentão asipróprio no altarcom o o
canalparaam anifestação daforça.

Há aindamuitasfórmulasque ensinam com o fazer para que umaforça sejacaptada


sem a necessidade de o próprio m ágico ser o canal. Em m inha opinião,elas são
absolutam ente ineficazes; o único substituto pos
sívelparaom ágico é um médium em
transe. Ë por essarazão que am agiaritualnão consegue realizá-la.Você não pode
fazer umaom elete sem quebrarosovos,e se você tencionaser um mágico,você tem
que iraté o fim .Q uando setratadecaptaroaspecto angélico de um aforça,aquestão
é inteiram ente diversa.S er o canalde um atalforça constituium grande privilégio e é
umainiciação em si.O operador precisaapenaselim inar de sua natureza todasas
incom patibilidades e m anter-se concentrado sem vacilações. O pior que pode
acontecer é ele não obterresultadoalgum.M asquando ele procuracaptaroaspecto
dem oní aco de umaesfera,o assunto mudade figura.P ouquí ss
im aspessoasdesejam
oferecer-se paraam anifestação de umaforça com o Asm odeus.Eu não acredito que
hajaqualquer esquem aparainvocarosdemôniossem ser obsediado por eles,anão
ser o m étodo de Abram elin,que envolve seism esesde preparação e só é operado
apósse ter alcançado o conhecim ento e afam iliaridade do Anjo Guardião S agrado. A
beirado Abism o está bem protegida.N ão é pos sívelatirarcom o revólver e evitaro
coice daarm a.

T endo invocado e concentrado suaforça,o feiticeiro tem em seguidaque considerar


seu alvo. Ele precisaentrar em contato astral com a ví tim a. P ara fazê-lo,ele deve
produzirum arelação,o que não é tão fácilquanto se im agina.Em prim eiro lugar,ele
tem que encontrarsuaví tim ae estabelecer um ponto de contato em suaesfera,e em
seguida, operando a partir dessa base,conseguir penetrar-lhe a aura. U m a força
desfocadanão é m uito útil.U m foco deve ser obtido.O m étodo comum é obteralgum
objeto que estejaim pregnado com o m agnetism o da ví tim avisada,uma m echa de
cabelos,um cortadordeunhasou qualquercoisaque elavistaou manuseie.T alobjeto
está vinculado m agneticam ente ao seu possuidor,e o feiticeiro pode seguirapista e
assim penetrarnaesfera de suaví tim ae estabelecer umaligação. Ele procede,então,
com o qualquer hipnotizador que conseguiu colocarsuaví tim anosprim eirosestágios
de hipnose. P or m eio do ví nculo m agnético,ele ganhou a atenção ps íquica de sua
vítim a,que ouvirá assuassugestõessubconscientem ente. R esta,então,observarse as
sem entesde pensam ento assim plantadaslançarão raí zesou se serão expulsasda
m ente. Em todo caso,aví tim aficou perturbadae inquieta.

S e um ví
nculo m agnético não pode ser obtido,o praticante da m agianegra precisa
recorreraoutrosestratagem as.U m dosm aiscomunsé o daS ubstituição.U m objeto é

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escolhido e porm eio do cerim onialé identificado com aví
tim avisada.P or exem plo,
um pequeno anim al pode ser batizado com o nom e da ví tim a,e depoisim olado,
norm alm ente por tortura, com o operador concentrando-se entrem entes na
personalidade do original. O velho estratagem a de fazer uma im agem de cera e
derretê-ladiante do fogo,ou enfiarcravosnum aestátuade m adeira,batizada com o
nom e da ví tim a, é freqüentem ente encontrado nos registrosdosjulgam entos de
bruxas.Enfiarcravosnão tem ,de fato,nenhum efeito im aginávelsobre aví tim a,m as
ajudaaconcentraçãodooperador.

O m étodo do talism ã é tam bém em pregado de váriasm aneiras.U m talism ã é um


sím bolo que representaumacertaforça,ou um acom binaçãodeforças,gravado num a
substânciaconveniente,e m agnetizado pelo ritualEle pode serfeito de qualquercoisa
que retenhao m agnetism o; m etais,pedraspreciosasou pergam inho são em pregados
com freqüencia; o papelé m enoseficaz,anão ser que sejaencerrado num estojo de
m etal.A águae o óleo podem ser m agnetizadoseficazm ente,m aslogo perdem sua
potência. Constrói-se um talism ã evocando-se a força necessária, com o já se
descreveu,e então concentrando-asobre o objeto preparado,que é colocado sobre o
altarantesdo iní cio dasevocações.

U m talism ã assim preparado deve em seguidaser colocado na esfera m agnética da


vitim a.Conta-se que aS ra.Burton,desejosade converter seu marido livre-pensador,o
fam oso S irR ichard Burton,o grande explorador,costumava pedirao seu padrepara
benzer pequenasestátuasde santose colocava-asnosbolsosde suasroupas.U m
estratagem asem elhante é utilizado pelosoperadoresdo ocultism o negro. O bjetos
m agnetizadossão colocadosnosquartoshabitualm ente ocupadospela ví tim a, ou
enterradosem seu cam inho,de m odo que eladevapassarsobre elescom freqüência.
Essestalism ãsm alignosnão apenasagem porseu próprio poder,m astam bém servem
paraofeiticeirocom o ponto de concentraçãoparasuasm editações.

Efeitosnocivossão tam bém produzidospor objetosque foram utilizadosna m agia


negra e que se im pregnaram com asforçasem cujageração foram em pregados.As
bugigangasdo equipam ento m ágico aparecem em lugaresmuito estranhos.Eu estava
presente a um leilão num a cidade rural quando os doze signos do zodí aco,
caprichosam ente pintadosnum a lousa, vieram à venda. Várias de m inhas am igas
haviam adquirido tesourosm ágicos,tais com o lâm padasde altar e queim adoresde
incenso que obviam ente provinham de lojasrituais,m asam elhor peçadacoleçãoera
umavaram ágica que foiposta em leilão juntam ente com um lote de páse tenazes.
Grandesglobosde cristal são vistos com freqüência nos antiquários. T odosesses
objetosdevem ser cuidadosam ente desm agnetizadosantesde entrarem na esfera
psíquicadealguém .

Eu estava participando certa vez de umasérie de experiênciasps


íquicasque seguiam
seu curso norm al,quando,por nenhumarazão aparente,ascoisascom eçaram asair
errado e houve um verdadeiro cataclism o. N ão soubem os senão depois que o
proprietário do apartam ento em que ascoisasocorriam havia adquirido um tapete
que havia sido utilizado num ritual m ágico por um ocultista de quem som ente a
extrem abrandurapoderiaser consideradaduvidosa.

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O elem entalartificialérealm ente abase daeficáciadasm aldições.N esse caso,não se
em prega nenhumasubstânciafí sica,m asumaporção do Akasha é m odeladanum a
form adefinidae assim conservadapelavontade do operador,até que,porassim dizer,
“endureça”.Derram a-se nessaform aaenergiaconcentradado operador,algo de seu
próprio eu vaiparaela.Essaform aé asuaalm a,e é com o um torpedo autogovernado
que se põe a m over contra um alvo escolhido. O u o operador,se for um mágico
experiente,pode deliberadam ente anim aressaform am entalcom essênciaelem ental,
que é asubstânciarude e indiferenciadadavidaextraí dade um ou outro dosreinos
elem entais.É parase fazer isso que se invocaam aldição em nom e de algum ser. O
am aldiçoador declara“Eu o am aldiçôo por isso e aquilo”. E essaevocação cham aa
essênciaque anim aaform am ental,produzindo assim um elem entalartificialque é
dotado de um avidaprópriae independente.

S e desejam ossaberalgo sobre a eficáciadasm aldições,devem osapenasexam inaro


relato doshom ensque estiveram envolvidosnaaberturadafam osatumba de T ut-
ankh-am en.Há muitosoutroscasosigualm ente bem docum entados.

P odem osser expostosaum aborrecim ento oculto,sejacontrariando ou de algum a


outra m aneiraenredando-noscom um ocultista inescrupuloso,sejaenvolvendo-nos
com uma duvidosa fraternidade oculta. N o caso de um a disputa com um ocultista,
além dosm otivoshumanoscomunsparaum abuso de poder,é preciso contarcom o
fato de que um adepto que não é dosm aispurossem pre sofre da desagradável
enferm idade ps í
quica do “ego hipertrofiado”.Ele am ará o poderparaseu próprio bem ,
e tom ará qualquer deserção daparte de um antigo seguidor,ou qualquerresistênciaà
sua vontade im periosa,com o um insulto pessoalou m esm o com o um ainjúria.Com
uma m ente treinada, um pensador irado causará danos,e eu soube de casosde
ocultistasque,por puro m elindre,chegaram a extrem osda m aldade. S ó podem os
esperar que eles não acreditem na eficácia do que fizeram , e que apenas
representaram para a galeria “pour encourager lesautres” e para assegurar-se da
lealdade entre seusseguidores.

O utracoisaque é vistaparticularm ente com m ausolhosporesse tipo de adepto são as


tentativasdaparte de um pupilo que rom peu com o m estre de fazer uso daquilo que
lhe foiensinado.P arece não haver nadaque o ciumento guru não façaparadestruir
fisicam ente o seu cheia.

N um caso que chegou ao m eu conhecim ento,umacantoradeconcertohaviafeito um


“tratam ento” param elhorar a voz com um adepto m edí ocre. Elafinalm ente decidiu
que não gastariam aisum tostão nesse em preendim ento e disse-lhe navisitaseguinte
que aqueladeveriaseraúltim a.Ele concentrou o olharsobre elae disse-lhe que,se o
fizesse,assim que subisse ao palco veriasuafacenoardiantedesie que suagarganta
se fecharia e elaseriaincapaz de em itir um som ,e que essahorrí velexperiência
ocorreriatodasasvezesque elatentasse cantar,cessando apenasquando retornasse
e prosseguisse o “tratam ento” (aum guinéu ahora).Essapoderosasugestão hipnótica
revelou-se efetiva,e asua carreira estava prestesaterm inarquando o encanto foi
quebrado.

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A seguinte carta contém uma experiência muito ilustrativa e é muito valiosa,não
apenaspor relatar um ataque psí
quico,m astam bém por descrever a m aneirapela
qualo ataque foicom batido.

“N o inverno de 1921-1922 recebiaseguinte inform ação (dosP lano Interiores):‘Vem os


asuainiciação naO rdem de Cristo’.N ão entendimuito bem e aguardei.
“Em julho de 1922,um oriental,o chefe de umagrande O rdem religiosa,veio visitar-
m e. (Eu estavam orando na S uí ça.)Vam oscham á-lo de Z. Eu esperava grandescoisas
dele e via-o com o um a espécie de M estre. S abendo que ele havia conhecido Abdul
Baha,penseiem agradá-lo colocando afoto de A.B. na parede,m asquando Z. entrou
em m inha sala percebique ele absolutam ente não gostou da idéia. Conversam os
durante algum tem po e ele m e fez diversasperguntas.S ubitam ente,ele se ofereceu
parainiciar-m e em suaO rdem .Fiqueiconfusae não sentiaaprovação interior.Disse-
lhe que precisavarefletir.M aistarde tive umainspiração (?) e perguntei:‘A suaO rdem
é a O rdem de Cristo?’. Ele respondeu: ‘S im ,é’. Eu lhe contei a m inha experiência
(relatadaacim a) e aceiteiainiciação; m aseu tinha a convicção interna de que havia
algoerrado.

“N ão senti nenhum a reação interior aos vários incidentes durante a iniciação,e


com eceiainvocarm entalm ente e sinceram ente ao Cristo,e continueiafazê-lo até o
térm ino dacerimônia.(S oube depoisque ele haviadito aum de seusdiscí
pulosque eu
aceitaraainiciação m asnão o M estre.)

“S eriadem aisrelataroutrosdetalhesm enosim portantes,de m odo que vou reportar-


m e ao segundo encontro durante o qualele m e pediu váriasvezesparadeixaracidade
em que eu estavaejuntar-m e aele num trabalho ativo.Dessavez eu ouviclaram ente
avozinterior; eladisse ‘N ão’. S ubitam ente,ele disse: ‘S ente-se à m inhafrente; eu vou
curá-la’.(Eu estavamuito doente nessaocasião.) Ele m e fixou com um forte olharde
com ando.Invoqueim entalm ente o Cristo e sentique se form araem torno de m im
umaespécie de casca.‘P ronto’,disse ele,‘eu acurei.’A voz interior disse ‘N ão’.

“Bem,ele sefoie eu passeiporum mau bocado,poiseu tinhaasensação de que havia


algoerrado,em boranão suspeitasse algo m aligno. (Com o não suspeito aindahoje.)

“Escrevium relato desse encontro aumaam iga,e um acartaenviadapor elacruzou-se


com am inha.Elacontava-m e que durante o m eu encontrocom Z.,o qualelaignorava,
elaforainstadaajuntar-se ao nosso m estre espiritualparaauxiliar-m e. Elase retirou
dosP lanosExternose percebeu,então,que poderosas forçashipnóticas estavam
chegando até m im em ondas. Ela teve que usar todo o seu poder espiritual para
ajudar-m e aresistiraelas,m asfinalm ente ‘fincam ospé num arocha,banhadade luz e
livre’. M inha carta deu-lhe a chave do ocorrido; m aselareplicou: ‘T om e cuidado,Z.
tentará novam ente. Ele percebeu que foiim pedido; e tentará nosP lanosInterioresna
próxim avez’.

“Aquicom eçaagrande experiência.P oucassem anasdepois,à noite,eu tive umavisão


muito ví
vida,ao que parecia,m asfoiuma experiênciareal.Eu estavano m eio de um

37
grupo de sete ou oito pessoas,dasquaisduaseu podiaperceber claram ente. À minha
esquerdaestavaumamulher inteiram ente veladade preto,o que lhe tornavaafigura
assustadora. A direita estava Z. Ele disse: ‘Eu lhe dareiagora a segunda,ainiciação
superior’. E prendeu-m e o braçodireito com força.M aseu m e solteie,perm anecendo
com posta e calm a,disse (posso ouviraindaam inha voz): ‘Antesque essacerimônia
prossiga,quero dizer algo. N ão posso adm itirnadae ninguém entre m im e o Cristo’.
Houve um lam ento,m ãosem gestosam eaçadorese tudo desapareceu.

“P ouco depoisrasguei.m eu cartão de iniciação,tireiZ.dacabeçae não tive nenhuma


experiênciapessoalconsciente com ele desde então.

“M aseu lhe haviaapresentado um jovem músicofrancêsde elevada posição social,de


quem elehaviagostadobastante.(Vam oscham á-lo de F.) F. e eu som osmuito am igos,
e naquela época ele precisava de algum a música oriental para uma de suas
com posições-e por outro lado,ele poderiater sido extrem am ente útilaZ. por quem
ele se sentiafortem ente atraí
do. Apósam inhaprópriaexperiência,com eceiaficar
alarm ada,m assentique eu não erasuficientem ente forte paralidar com asituação,
de m odo que nadadisse aF.m asoreiparaque ele pudesse ser protegido de todo m al.
P ouco depoisF. falou-m e em suascartasde diversasexperiênciasastrais. Em seus
sonhosele passavaportodaasorte de coisasdesagradáveise vozeslhe diziam ‘P eçaa
Z. que o ajude. Ele o ajudará’. Então ele percebiaam inha presença e com eçavaa
evocaro Cristo (tudo isso em seu sonho) e asim agensdesapareciam .Isso aconteceu
m aisde um avez.S om ente quando nosencontram osnovam ente eu lhefaleide m inha
própriaexperiência.

“Devo acrescentarque um aam iga com poder ps íquico veio ver-m e por esse tem po e
disse: ‘N asem anapassada,à noite,eu aviportrêsvezes.Você m e pediaparaajudara
salvarum jovem que estavaem perigo.O que isso significa?’
O caso acim aindica claram ente a utilização deliberada do poder m entalpor Z. S ua
pretensa“curaespiritual” eraumaóbviatentativade hipnose. M inhacorrespondente
diz claram ente que nuncasuspeitou que ele tivesse qualquerpropósito m aligno; e que
ele agiacorretam ente de acordo com assuasluzes.Eu afirm o,contudo,que qualquer
tentativapara dom inarosoutros,ou manipularde algum am aneiraassuasm entes
sem o seu consentim ento,é um aintrusão injustificávelem seu livre arbí trio e um
crim e contra a integridade daalm a. Com o podem osjulgarasí ntim asnecessidades
espirituaisde um a pessoa,especialm ente se elapreferiu não confiar em nós? Q ue
direito tem osde invadir a sua privacidade espiritual e colocar o nosso nariz nos
assuntosde seu ser m aisinterior? É tão comum a prática de enviarnom esde pessoas
aoscí rculosde cura com o pedido de que elesse concentrem nelas,sem se tom ara
precaução prelim inarde pedir-lhessuaperm issão,que ouvianunciado daplataform a
de um grande encontro público de espiritualistas que só seriam levados em
consideraçãooscasosem que houvesse um assentim ento porescrito do interessado.

Felizm ente para todos,osprocedim entosdesses“cí rculosde cura” são norm alm ente
tão fúteisque ninguém precisatem er ser o alvo de sua concentração,m esm o se eles
estiverem tentando o assassí
nio.

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N o entanto,restaoprincípio,e só posso lem braram inhaopinião m aisumavez,com o
já lem breiváriasvezes,de que talprocedim ento é umaultrajante falta de m odose de
boa-fé,e contráriaatoda a tradição ocultista. P enso que posso dizer honestam ente
que nuncadesejeidirigirasgrandescorrentesde destruição param euscom panheiros
ocultistas,em borahajaalgunsdentre elesem quem eu gostariamuito bem de dar
umaspalm adas!

CAP ÍT U L O X III
O S M O T IVO S DO A T A Q U E P S ÍQ U ICO

O sfiltrosdo am or / P ressão ps
íquica / Congressussubtiis/ A L ilith doscabalistas/
“Contrapartes” / O sfilhosde Deuse asfilhasdoshom ens/ Incidente de proteção
astralnumarelação / U m caso curioso de substituição e Acasalam entosim aginários/
Aspecto etéreo dasrelaçõessexuais/ Incubose súcubos/ Experiênciasm ágicasdo S r.
X .:(a)com umajovem solteirae(b)com umamulhercasada/ Ví cio desnatural

Já observam osnum capí tulo anterior que am aneiram aissim plesparadescobrirse a



tim ade um pretenso ataque ps íquico estáfantasiando ou não é procurarosm otivos
e,não sendo elesdiscerní veis,darà im aginação o benefício dadúvida.M otivosmuito
comunscom o cobiça,luxúria,vingança e m edo de traição não precisam passarpor
umainvestigação ps íquicaparaserem descobertos,poissão perceptí veisaolho nu. Há
outrosm otivos,contudo,que podem ser im portantesnoscí rculosocultistas,m asque
passariam com o insuspeitosporum investigadorcomum.

O s antigos livros de encantam entos que nos chegaram , m orm ente através do
refeitório doscriados,estão repletosde receitasparaobtero am or do sexo oposto.As
antigasgrim oiresfornecem muitasprescriçõesrituais,e osregistrosdosjulgam entos
de bruxascontêm freqüentesacusaçõesà mulher ladinaque,por algum m otivo,se
incumbia de dirigir as afeições de alguém para uma pessoa pela qual aquele
aparentem ente não tinhanenhum apredileção natural.Devem osencararseriam ente
essasoperações,ou devem osclassificá-lasentre aspí lulascontra a obesidade que
em agrecem sem dieta?

Já nos referim osaosantigosfiltrosdo am or. O santigosconheciam muito bem as


drogas afrodi síacas que excitam a paixão sexual. M as os m odernos tam bém as
conhecem , com o o revelam os anúncios cuidadosam ente redigidos de certas
publicações astrológicas. Existem firm as francesas especializadas na confecção de
chocolatesque contêm dosesdisfarçadasdessasdrogas. Essesprodutosganharam
publicidade recentem ente devido à m orte de duasjovense de um hom em ,causada
por ingestão de dosesexcessivas.Existem aperitivosem uso nesse paí sque contêm
essesingredientes“tônicos”,cujo efeito é bem conhecido. S e essasbeberagensnão
são “filtrosde am or”,o que são?

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N ão nospreocupam osnestaspáginascom osm étodosque pertencem apenasao
planofí si
co,m asessesassuntosprecisam serm encionadosporque há razõesparacrer
que em m ais de um a ocasião, m esm o em nosso paí s, os afrodisí acos foram
em pregadoscom o auxiliaresdaspráticasocultas.U m acertafirm a com eçou certa vez
a anunciar am plam ente que planejava com erciar o que poderí am os cham ar de
“variedadesparaocultistas”. Entre outrospreparadosanunciados,haviaum “Incenso
para a operação de Vênus”. Contudo, a firm a teve um fim prem aturo com a
intervenção dapolí cia,e aprisão dosproprietários.
M asalém dautilização de m eiospuram ente m ateriais,não é difí cilperceber que uso
se poderiafazer,neste sentido,dainfluênciam ental.Já pude observarinúmeroscasos
que pareciam extrem am ente suspeitos,m asnessesassuntosé muito difí cilchegaraos
fatos.O m odo do ataque é intangí vele não deixatraços,e avítim apode não suspeitar
de nada e ignorar totalm ente não apenaso lado ps íquico do sexo,m astam bém os
seusaspectosfí si
cose sutilm ente em ocionais.Além disso,aquelesque m aissofrem
geralm ente m enosfalam .P odem osocasionalm ente ouvirfalarde um a tentativa que
foi frustrada. A tentativa que obteve êxito raram ente vem à luz,poisaví tim a tem
tantosm otivosparaocultá-laquanto o agressor.

Q uando chegam osàspráticaspuram ente ocultistas,há duasm aneiraspelasquaiso


fim alm ejado pode seralcançado;apressão psíquica pode ser exercidasobreapessoa
desejadade m odo que ele ou elacaiasob ainfluênciado operador; ou então pode-se
utilizaraoperação ps í
quicaconhecidacom o congressussubtilis.

O que é exatam ente o congressussubtilis? Devem ossaber um pouco m aissobre o


lado oculto do sexo antesque possam osresponderaessaquestão. Em prim eiro lugar,
quaissão osfatos,ou ospretensosfatos,do assunto? O santigostinham crençasmuito
definidassobre o tem a,e essascrençaspodem am iúde dar-nosumapista,m esm o se
não aceitarm osasexplicaçõesantropomórficasque asacom panhavam .

Acreditava-se que o arquidemônio L ilith estava estreitam ente relacionado com esses
assuntos.S egundo oscabalistas,L ilithfoiaprim eiramulher de Adão,aqualcostumava
visitá-lo em seussonhosenquanto ele aindaestavasó no Jardim do Éden,e o S enhor
Deusficou tão preocupado com esse com portam ento que criou Evacom o um acontra-
atração. Asbruxas recebiam atençõessem elhantesprovindas do Demônio. S anta
T ereza de Ávilaanotaque aP rópriaDivindade avisitava. A Virgem M ariarecebeu o
Espí rito S anto. S anto Antônio foi tentado pelas aparições de belos demônios
fem ininos. Há muitos casos registrados que falam de conventos atacados pelo
Demônio e de freirasvisitadaspor este ser. George M oore,em seu interessantí ssi
mo
estudo sobre a vidado convento,S ister T heresa,relata um ataque de “Contrapartes”
entre asjovensfreiras,no qualelasform aram ligaçõescom noivosangélicos,ou seja,
com assupostasalm asdoshom ensque se afogaram durante o Dilúvio. L em osno
Gênese e no L ivro de Enoch que osFilhosde Deusse casaram com asfilhasdos
hom ens,e que um araçadem oní acasurgiu dessaunião. O folclore de todosospaí ses
fala de casam entos entre humanos e elem entais, norm alm ente com desastrosas
conseqüências.A literatura clássica está repleta de históriasdasvisitasde deusese
deusasao gênero humano. O que podem osdizersobre taishistórias? Há algo m ais
nelasalém do conto de fadase dasatisfação do desejo? P odem oscom preender o

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m otivo dafreiraque,desejando ocultaraidentidade de seu bem -am ado,declara-se
estar grávida do Demônio. P odem osigualm ente entender a psicologia dosdem ais
m em brosdo convento,que aceitam ahistóriae vêem o Demônio em cadacanto.

Citareialgunscasosque chegaram ao m eu conhecim ento e verem osse à sua luz


podem osjoeirarosfatosentre a fantasia.C erta feita,veio visitar-m e um jovem que
estava de am orescom uma mulher casada. Ele m e contou que em váriasocasiões
sonhavaum sonho muito ví vido no qualavisitava,e elasonhavasimultaneam nente
que recebiaasuavisita.Ele estavaansioso paraaperfeiçoaratécnicadessaoperação,
daío fato de virprocurar-m e. R eceio que fuipouco sim pática,e conseqüentem ente
não obtive qualquerinform ação posteriorarespeito dessacuriosaexperiência.

U m caso aindam aiscurioso veio ao m eu conhecim ento algunsanosatrás.U m amulher


contou-m e que em suajuventude haviaficado noiva de um hom em aquem estava
profundam ente ligada,e que foiassassinado enquanto trabalhava com o m issionário
naÁfricaO cidental.T endo perdido o único hom em que sentiaque poderiaam ar,ela
consentiu em casar-se com um prim o em segundo grau que há muito estava
apaixonado por elae que erasem i-inválido.T odasasvezesque tinharelaçõescom o
m arido,ela visualizava a form a de seu antigo noivo. Ela era pequena, m orena e
delicada.S eu m arido,um parente consanguí neo,erasem elhante aelaquanto ao tipo.
M asseustrêsfilhossaí ram hom ensloiros,altose encorpados,do tipo nórdico,e
apresentavam uma forte sem elhança com o hom em m orto. A veracidade dessa
históriam efoigarantidaporum am igo dafam ília.

Eu conheci pessoalm ente dois pretensos changelings. O m enino tinha as orelhas


pontudasde P ã,e se alguém algum a vez pareceu ser o filho do Demônio,era ele. A
m eninaeraumacriaturacuriosaefascinante,essencialm ente não-hum ana,e quando
seu filho nasceu ele veio ao mundo com tantafacilidadequanto um gatinho.Ambosos
seres foram concebidosquando suasm ãesestavam sob a influência da bebida,e
am bosse caracterizaram por umaacentuadainsensibilidade que,num doscasos,se
desenvolveu em deliberada crueldade. Em boramuito peculiaresde se ver,nenhum
deleseradeficiente,possuindo am bos,de fato,um cérebro superioraodam édia.

Q uem quer que tenhaalgum conhecim ento do aspecto esotérico do sexo,sabe que a
união é tanto etérea quanto fí
sica.É esse fato que constituiadiferença realentre a
união norm ale am asturbação,e explicaporque aprim eiraé vitalizante e harmônicae
asegundaé exaustivaearruí naosnervos.N ão podem osim aginarque sejapos s
ível,
paraalguém que pode projetarocorpoetéreoou paraum sercujo veí culo m aisdenso
é etéreo,exercer sob certascondiçõesum papelnasuniõessexuais? E se aceitam osa
teoriadam ediunidade,ou daobsessão,que é um aform apatológica de m ediunidade,
o que podem osdizer a respeito da possibilidade de um arelação sexualenquanto um
ou outro dosparceirosestá sob controle? Q ue tipo de alm apoderiaencarnar-se sob
taiscondições?

A tradição m edieval reconhecia duasclassesde demôniosque invadem o sono,e


cham ava-osde Íncubose S ú cubos.Eram am bososresponsáveispelossonhoslascivos.
A psicologia m oderna despreza seusserviçose dá vôosm enos altos. O sensitivo

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acredita,no entanto,que a tradição antiga tem asua parte de verdade e que os
pensam entoslibidinososdoscoraçõesdoshom ens(e dasmulheres,naturalm ente)
podem de fato produzirelem entaisartificiaisde acordo com o m étodo descrito num
capí tulo anterior,e que esseselem entaissão algo m aisdo que im agenssubjetivas,m as
têm uma existênciaetéreaobjetiva e desem penham seu papelnagênese de certas
experiências. P or exem plo,uma pessoa pode ter sonhos e fantasias de natureza
lasciva,e essespodem darorigem àssuasform asm entaiscaracterí sticas; essasform as
m entais, que agora existem independentem ente da m ente que as concebeu,
penetram a aura dessam esm a pessoa e dão-lhe sugestõesdo m esm o m odo com o
quaisquer outras form as m entais projetadas telepaticam ente da m ente de outra
pessoa poderiam fazê-lo. N ão percebem os absolutam ente o quanto nos
sugestionam ostelepaticam ente por m eio de form asm entaisprojetadas.S om os,na
verdade,envolvidos por nossas próprias atm os feras,em anadas por nós m esm os.
L em bro-m e de que quando eu era criança disseram -m e que se um a gaiola fosse
suspensabem acim ado dosselde um aantigacam ade quatro colunas,o pássaro seria
encontrado m ortonam anhã seguinte,envenenado pelo gáscarbônico que aspessoas
adorm ecidassob agaiolaexalaram .P ouco percebendo o quanto som osenvenenados
pelasnossasprópriasem anaçõesde pensam entosim prudentese m aculados.

É sabido que o orgasm o ocorre durante ossonhos,acom panhado de im agensoní ricas


apropriadas. O s antigos acreditavam que tal experiência resultava da ação dos
demônios.O sm odernosacreditam que elase deve à tensão fí sica.N ão é tão sabido,
porém , que existem pessoas, hom ens e mulheres, que podem produzir
voluntariam ente a m esm a reação apenas por m eio de sonhos. N ão podem os
perguntarse essareação pode tam bém ser produzidaporm eio dasugestão telepática,
e se esta não pode ter desem penhado algum papelnasoperaçõesde muitosbandos
de treze feiticeiras?

Há um aoutrafase curiosadesse aspecto do Cam inho daM ão Esquerda,de que tive


conhecim ento atravésde um caso que m e chegou àsm ãos.U m ajovem ingênua e
sim ples,que levavaumavidamuito isolada com am ãe viúva,foiconsultar-se com um
m édico muito conhecido,que cham arem osde S r.X .N o cí
rculo em que aS rta.Y. e o S r.
X .se m oviam haviaumaoutrafigurailustre,aquem cham arem osde S r.Z.,e queera
muito reputado por seusconhecim entosde m agia.O S r.X .disse à S rta.Y.que havia
lido osregistrosde suasvidaspassadas,e que existiaum laço cárm ico entre elae o S r.
Z.,e que eladeveriaajudá-lo em seu trabalho,derram ando am or e m agnetism o sobre
ele. Elafoiinstruídaam editar sobre o S r. Z. todasasnoitesquando já estivesse na
cam a,até adorm ecer. A pobre m oça,solitáriae crédula,entregou-se sem reservasa
essatarefa.L ogo em seguida,contudo,elacom eçou aficaragitada.O senso comum
fazia valer seusdireitos,poisela descobriu que asm editaçõessolicitadasestavam
causando um efeito perturbador sobre ela; m as o S r. X . dissipou seustem orese
reconquistou suaobediência,assegurando-lhe que ele haviaolhado o futuroeviraque
o S r.Z. poderiaeventualm ente desposá-la.Elase defrontava,assim ,com um caso de
am or pungente que aestava tornando muito infeliz e incapaz paraotrabalho.M uitas
cartassobre o assunto foram trocadasentre a S rta.Y. e o S r.X .,seidisso porque eu
m esm aasli.Fiz o que pude parapersuadi-laapôrum fim em todo o caso. O S r.X .
continuou apersuadi-laacontinuar,aproveitando-se de seussentim entose dizendo-

42
lhe quão terrívelseria a situação do S r. Z. se ela retirasse seu apoio psí
quico,e
renovando a sua afirm ação de um laço cárm ico que resultaria, por fim , num
casam ento,se elafosse fiel.A S rta.Y.,angustiadade darpenae desnorteada,dirigiu-
se a certoslí
deresdaorganização à qualostrêspertenciam . Esseslí deressecundaram
m eu conselho de que ela deveriaparar com essaspráticas,m aspersuadiram -naa
entregar-lhesascartascom prom etedorasque estavam em suaposse.Q uando aS rta.
Y.lhasentregou,porém ,elesdeclararam que todo o ocorrido eraim aginação de sua
parte,e,ao invésde expulsarem esse parde canalhasde suasfileiras,perm itiram que
am boscontinuassem norm alm ente em suasfunções.

Esse seriaum caso estranhosefosse apenasum caso isolado,m asnão é. O utramulher


veio am im por essam esm aépocanum estado que beiravaainsanidade,e disse-m e
que elatam bém havia consultado o S r. X .,que lhe disse que elajá haviarecebido a
iniciação nosP lanosInteriores,em bora elanão fosse consciente disso,e que suas
faculdadesps íquicasestavam prestesadesabrochar(umaobservação rotineirade sua
parte), m as que se ela desejasse fazer um progresso real no Cam inho deveria
abandonaro m arido,e ele (S r.X .) a poriaem contato com o seu com panheiro astral.
Esse precioso conselho teve por resultado quebraro seu lare transtorná-la.U m dia,
cam inhando no parque,elaencontrou o S r.Z.,e declarou-lhe serasuaam ante astral,
afirm ação que o S r.X . confirm ou e em belezou com ainform ação de que o S r.Z era
tam bém o M estre que ainiciaria.

T enteipersuadi-laadarum fim sumário a todaaaventurae a voltar ao seu m arido,


m aselareplicou que nunca poderia fazê-lo depoisdasexperiênciasastrais por que
tinhapassado.O S r.X .restabeleceu asuainfluênciasobre ela,eladeixou o endereço
no qual eu a conhecera e nuncasoube o que lhe aconteceu depois. S eu estado,
quando avipelaúltim avez,eradeplorável-em aciada,foradesie contorcendo-se em
m ovim entosconvulsivos.

Acreditariaalguém nahistóriade um amulherassim? O bviam ente,não,am enosque


visse ascurtasque eu vi.E esse não é um caso isolado; um acom panheirade trabalho
contou-m e dois casos exatam ente iguais que chegaram ao seu conhecim ento,
relacionadoscom o S r.X .S ão casoscom o essesque fazem o investigador honesto dos
fenômenosocultosagradeceraexistênciade um aleinoscódigosjurí dicosque perm ite
aosm agistradoslidarem efetivam ente com osocultistasque prostituem seuspoderes.
É geralm ente tão sabido que nenhum iniciado pode utilizar as artesocultasparao
ganho,que é difí cil sim patizar com as pessoas que pagam a algum ocultista de
anúnciosasuam eia-coroaou o seu m eio-guinéu e depoisse vêem em apuros.

Q ue conclusõespodem ser tiradasdosincidentesque relatei,paracujosfatosposso


daro testemunho do conhecim ento pessoal? Q uatro mulheresforam persuadidasa
envolver-se num processo de m editação cujo objetivo é em itirforça. A natureza da
forçaque foiem itidaé indicadapelo fato de que asmulherescasadasforam instruí das
anão viverem com osm aridose ajovem solteirafoiencorajadaaapaixonar-se pelo
hom em que erao foco daoperação. Esse hom em é o cabeçade um grupo de pessoas
que se ocupam sabidam ente de ocultism o prático e cerim onial. A conclusão que
extraio é a de que um a experiênciaoculta estava em curso e que,indiferentesàs

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conseqüênciasparaelas,essasmulheresforam utilizadasnaexecução daexperiência,
sendo o alcoviteiroofam oso m édico,S r.X .,e o operador o notório S r.Z.

O m esm o grupo tem aseu crédito um asérie reincidente de escândalosrelacionados


com ví ciosdesnaturais.S e setratasse apenasde um ví cio com o esses,ele não estaria
noraio de ação destaspáginas,m asparece que elefoiutilizado sistem aticam ente para
obter poder oculto. A quelesque possuem algum conhecim ento dosaspectosm ais
profundosdo ocultism o sabem que a força do sexo é um a das m anifestaçõesda
kundalini,o fogo daserpente que,de acordo com afilosofiatântrica,jaz enroladana
base daespinha,ou,nosterm osdo ocultism o ocidental,no plexo sacro.O controleea
concentração da força kundalinié um a parte im portante da técnica do ocultism o
prático. Há um am aneiracorreta de dirigi-lapor m eio do controle m ental,cujatécnica
expliqueiem m eu livroT im e P roblem ofP urity (R ider);m ashá tam bém outro m étodo,
que consiste em estimularessaforça,e assim dirigi-laparacanaisanorm aisonde ela
não será absorvida,m asperm anecerá disponí velpara propósitosm ágicos.É por essa
razão que em certasform asdaM issaN egrao altar é o corpo nu de um amulherque
pode aindaestarvivaou foiassassinadasacrificalm ente. A.E.W .M ason dá um relato
de taloperação em seu livro,T heP risoner in the O pal.

O peradoresm enosexperientes,contudo,não conseguem controlar essa form a de


força; assim que elesageram ,elase encam inhaao seu fim lógico. P or conseguinte,
essesoperadoresem pregam outro tipo de estí mulo,não amulher,m aso m enino ou o
rapaz. A prática da pederastiarelacionada com o ocultism o é muito antiga,e foiuma
dascausasdadegeneraçãodosM istériosgregos.

Cuideiem detalhesdesse assunto em outro livro m eu,S ane O ccultism . P orm enores
doscasosreaispodem ser encontradospelareferêncianoscatálogosde T ruth,o jornal
aque já m ereferianteriorm ente.

CAP ÍT U L O X IV
O S M O T IVO S DO A T A Q U E P S ÍQ U ICO (II)

Disputascom as fraternidadesocultas/ O spoderesda cláusulade penalidade nos


juram entosde iniciação / O sincidentesdum a cerimôniade iniciação / O adepto que
desafiou asuaO rdem / O ataque dosgatos/ U m aescaramuçaastral/N ovam ente o
caso de lona.

S abem muito bem osocultistasque não é coisa agradável ir alguém contra uma
fraternidade oculta da qualse tornou mem bro por m eio dainiciação cerim oniale à
qualse vinculou por juram ento. Com o já vim os,am ente m aligna de um ocultista
treinado é um aarm aasquerosa; quanto não o seráam ente grupalform adaporvárias
m entestreinadas,especialm ente quando concentradasatravésdo ritual?

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M asalém daforça m entalindividualdosm em brosde um a fraternidade,e além da
força coletiva de sua m ente grupal, há um outro fato a considerar quando um a
genuí naorganização oculta está envolvidaem operaçõesde proteção ou destruição.
T odaorganização oculta depende paraseu poderde iniciaraquilo que se cham am seus
“contatos”,ou seja,de um ou m aisde seuslí deresestarem em contato com certas
forças.S e,além disso,aorganização tem umalongalinhade tradição atrásde si,uma
potentí ssi
m a coleção de form as m entais estará reunida em sua atm osfera. T oda
cerimôniade iniciação contém ,de um aform aou outra,o Juram ento dosM istérios,
que proibe o candidato de revelar o segredo dos m istérios ou de abusar dos
conhecim entosque elesfornecem . Esse juram ento sem pre contém umaCláusulade
P enalidade e um aInvocação,em que o candidato de subm ete à penalidade quando há
abuso de confiança,e invoca algum S er para cumprir a penalidade. Algunsdesses
juram entossão coisasform idáveis,e elessão adm inistradoscom todaasolenidade
que a encenação pode arquitetar. A maneira pela qual as fraternidades ocultas
conseguiram preservar osseussegredosm ostra com o raram ente essesjuram entos
foram quebrados.

N o caso de um a disputa com uma fraternidade oculta, a força invocada nesse


juram ento pode entrarem ação autom aticam ente. S e o irm ão recalcitrante está no
espírito da tradição e são seus lí deres que estão errados,o poder invocado no
juram ento será umapoderosainfluênciaprotetora contra a qualospróprioslí deres
colidirão. S e,por outro lado,o irm ão falta com apalavraaosM istérios,essacorrente
punitiva entrará em ação,em boraasuadefecção possapassardespercebida.Contou-
m e um a testemunha ocular um incidente que ocorreu num a iniciação,na qual o
candidato,um hom em absolutam ente norm al, ao que parecia, depoisde fazer o
juram ento da m aneirausual,subitam ente gritou de m aneiraterrí vel,espantando a
todos,e ficou enferm o por algum as sem anas com o se tivesse sofrido um severo
choque nervoso,e nuncam aisse dedicou anadaque se relacionasse ao ocultism o.
N enhum aexplicação jam aisfoidadaparao incidente. Eu estavapresente num acerta
ocasião em que um grupo de trêscandidatosestavasendo preparado,e subitam ente
fom osinform adosno curso da cerimônia que o número doscandidatoshavia se
reduzido adois.S oubem osdepoisque o terceiro se apavoraraefugira.

O que aconteceu nessesdoiscasos,eu não sei; se houve um aquebrade palavraou se


umaestavaplanejada,ninguém pode dizer; m asalgo lançou o m edo do S enhor sobre
essesdoisindivíduose de m odo bastante efetivo. Q ue esse choque não é inerente à
cerimônia,prova-o o fato de que há apenasdoiscasosem m inhaexperiência,e posso
afirm ar que presenciei um grande número de cerimônias. P essoalm ente,quando
recebim inha própria iniciação,senticom o se tivesse chegado ao porto apósuma
viagem tem pestuosa.

O utro hom em de m inhasrelações,que eu acreditava ser um ocultista superior,foi


expulso daO rdem à qualpertencia,por que eu não sei,m aspelo que videpoisposso
im aginarque houve razõessuficientes.Em desafio ao seu juram ento de iniciação,ele
com eçou aedificar um alojaindependente. Aconselharam -no adesistir,e ele o fez,
desm antelando o tem plo.M ascom eçou im ediatam ente a construiroutro tem plo num
lugarcuidadosam ente oculto; e dessavez elefoim aisam bicioso,poisse achou pronto

45
para tentar os Grandes M istérios. Ele era um artesão muito hábil e fez todo o
equipam ento do tem plo com asprópriasm ãos,de m odo que ninguém podiasabero
que estava em ação. Escondido atrásde cortinasde rendade N othingham ,num arua
comum de W est L ondon,levantava-se um belo e pequeno tem plo dosM istérios
M aiores.Ele com pletou suaobraapósm esesde árduo trabalho,e ninguém sabiadela,
anão ser osseusam igosí ntim os.M asantesde com eçarotrabalhoritualverdadeiro,
elefoià costaparaum pequeno descanso,e lá sofreu um ataque do coraçãoenquanto
estavadeitado na praiae m orreu em quatrohoras.O ssegredosdaO rdem não foram
revelados.

O utro hom em que tivera uma disputa com a m esm a fam osa O rdem im prim iu e
divulgou seussegredoscom o um ato de vingança.Ele era um hom em de boa posição
social,riquezasconsideráveise brilhanteshabilidadesliterárias,e alcançaraum nom e
com o escritor. Desde então ele com eçou adeclinar,e chegou à pobreza e à desgraça.
A m aldição de Ahasueruspareciatê-lo alcançado,e ele foiacossado de paí sem paí s
,
não encontrando um lugarparam orar.N enhum editor publicou seuslivros,nenhum
jornalosnoticiou.

Contarei, por fim , as m inhas próprias experiências num a escaramuça astral. Eu


escreveraumasérie de artigossobreosabusosque ocorrem nasfraternidadesocultas,
e elesforam publicadosnaO ccult R eview .* M inhaescrita é largam ente inspirada,e
muito do que escrevo m e “vem ” sem que eu tenha um conhecim ento prévio do
assunto,e nesse caso particulareu divulgaramuito m aisdo que sabia,e m e viem
sériosapuros.O prim eiro sinaldisso foiumasensação de desassossego e inquietação.
P asseidepoisaterasensação de que asbarreirasentre o Visí vele o Invisí
velestavam ,
porassim dizer,cheiasde fendas,e continueitendo vislumbresdo Astralm isturando-
se com am inha consciênciadesperta. Isso,param im ,é incomum,poiseu não sou
naturalm ente sensitiva,e na técnica em que fuitreinada aprendem osam anter os
diferentesní veisde consciência rigorosam ente separadose a utilizar um método
especí fico para abrir e fechar as portas. É raro alguém obter um psiquism o
espontâneo. A nossa visão assem elha-se ao em prego de um micros cópio no qual
exam inam osm aterialpreparado.

A sensação de vagainquietaçãotransform ou-segradualm ente numasensação definida


de am eaça e antagonism o,e com ecei,então,aver rostosdem oní acosem lam pejos
que se assem elhavam àquelasim agens-retratosque ospsicólogoscham am pelo nom e
antipático de hipnagógicas,lam pejosde sonhosque aparecem no lim iardo sono. Eu
não suspeitavaem absoluto de nenhum indiví duo particular,em boraestivesse ciente
de que m eusartigoshaviam irritado profundam ente alguém ; qualnão foiam inha
surpresaentão,quando recebide um apessoaaquem consideravaumaam igae por
quem tinha o m aior respeito umacartaque não m e deixou dúvidaalgum aquanto à
fonte do ataque e sobre o que eu poderiaesperarse m aisartigosfossem publicados.
P osso honestam ente dizer que até receber essa carta eu nunca tivera a m enor
suspeita de que essapessoaestavaim plicadanosescândalosque eu atacara.

Eu estava numa posição delicada; havia lançado um a carga de artilharia sobre


princí
piosgerais,e havia aparentem ente “apanhado” muitosam igose confradese

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causado um grande reboliço no pom bal. M inha posição era ainda m ais delicada
porque eu não sabiao tanto que elessuspeitavam que eu soubesse; eu sabia,é claro,
que essesabusosexistiam esporadicam ente no cam po do ocultism o com o todosno
m ovim ento o sabem ; m assaber dessam aneira vaga é um acoisa,e pôr o dedo na
ferida de casosespecí ficosé outra. Eu descobrira evidentem ente algo muito m ais
considerável do que supunha. Eu me sentia com o um m enino que, pescando
peixinhos,fisgasse um tubarão. Eu tinha que decidirse tentaria recuperar osm eus
artigos da O ccult R eview ,ou se osdeixaria correr o seu curso natural e sofrer as
conseqüências. Eu tinha tido um fortí s
sim o im pulso para escrever esses artigos,e
agora eu podiaver por que isso ocorria.Direialgo,em outro capí tulo,arespeito dos
Vigilantes,essacuriosaseção daHierarquiaO cultaque cuidado bem -estardasnações.
U m aparte de seu trabalho está aparentem ente relacionada com o policiam ento do
P lano Astral. P ouco se sabe realm ente sobre eles.Deparam o-nosesporadicam ente
com o seu trabalho e juntam osaspeças.Eu cruzeiseu cam inho em váriasocasiões,
com o contareim aisadiante. S em pre que am agianegraestá em ação,elesse põem
em ação para entravar-lhe osplanos.S ejacom o for,chegueià conclusão de que,em
face do que havia transpirado,o im pulso que eu tivera para fazer aquele trabalho
poderia ter em anado dos Vigilantes. De qualquer m aneira, o trabalho precisava
continuar.Alguém tinhaque atacar essespontosem pesteados,afim de purificá-los ,
de m odo que resolvim anter m inhasidéiase resolver a questão,e,portanto,deixaros
artigosem questão seguirem o seu curso.

Algum ascoisasrealm ente curiosascom eçaram a acontecer. P assam osasofrer uma


desagradável invasão de gatosnegros. N ão eram gatos alucinatórios,poisnossos
vizinhospartilhavam dam esm aaflição,e trocávam oslam entoscom o vigiadacasaao
lado,que se em penhavaem retirarbandosde gatosnegrosdosdegrausdaporta e do
peitorildajanelacom uma vassoura,e que declarava nunca ter visto em sua vida
tantose tão m edonhosespécim es.T odaacasafoiinvadidapelo terrí velm au cheiro
dosanim ais.Doism em brosde nossacomunidade saiam paratrabalhardiariam ente,e
em seusescritórios,em diferentespartesde L ondres,elesencontravam o cheiro
penetrante dosgatos.

N o iní
cio,atribuí m osessaperseguição a causasnaturais,e concluí m osque éram os
parentespróxim osde algum a fascinante felina, m as osincidentesse sucediam e
sentim osque ascoisasnão estavam absolutam ente no curso ordinário danatureza.
Estávam osnosaproxim ando do Equinócio Vernal,que é sem pre um tem po difícilpara
osocultistas; haviaumasensação de pressão e tensão na atm osfera,e todosnósnos
sentíam osdecididam ente inquietos.C erta m anhã,subindo ao andarde cim aapóso
desjejum,eu subitam ente vi,descendo asescadasem m inhadireção,um gigantesco
gatom alhado,de duasvezeso tam anho de um tigre. Ele pareciaabsolutam ente sólido
e tangí vel. Eu o encarei petrificada por um segundo, e então ele desapareceu.
Com preendi instantaneam ente que era um simulacro,ou um a form a m ental que
estavasendo projetada por alguém com poderesocultos.N ão que aaparição fosse de
algum am aneiraagradável,m asera muito m elhor do que um tigre real.S entindo-m e
realm ente inquieta,pedi a uma de m inhascom panheiras para juntar-se a m im ,e
quando nossentam osem m eu quarto em m editação ouvim osogrito de um gatovindo
de fora. Esse grito foirespondido por outro,e outro. O lham ospelajanela,e arua,

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com o podí am osver,estavasalpicada de gatosnegros,e elesgem iam e gritavam em
plenaluz do diacom o o fariam nostelhadosà noite. Eu me levantei,reunim inha
parafernáliae realizeium exorcism o. Ao term inar,olham osnovam ente pelajanela.
N ão havianenhum gatoàvista,e jam aisosvim osnovam ente depois.Asvisitastinham
chegado aofim .Apenasapopulação norm alde ratosconvivianorm alm ente conosco.

O Equinócio Vernal estava então sobre nós. Devo explicar que essaé aestação m ais
im portante do ano para osocultistas. Grandesondasde força flutuam nosP lanos
Internos,e elassão difíceisde m anipular.S e há algum distúrbio astralparaeclodir,ele
norm alm ente arrebenta com o um a tem pestade nessa estação. Há tam bém certos
encontrosque ocorrem no P lano Astral,e muitosocultistasaelescom parecem forade
seuscorpos.P arafazerisso,o indiví duo precisaentrarem transe,poisdessam aneiraa
m ente fica livre para trabalhar. É comum pedir-se aalguém que com preende esse
m étodo de trabalho paravigiaro corpo enquanto este está desocupado e im pedirque
lhe sobrevenhaqualquerdano.

Viade regra,quando um ataque oculto está sendo executado,procuram osm anter a


consciênciaatodo custo,dorm indo de diae perm anecendo despertose m editando
enquanto o solestá sob o horizonte. P or azar,contudo,fuiobrigada a fazer uma
dessasviagensastraisnessaestação. M inha atacante sabia disso tanto quanto eu.
P ortanto,fiz m euspreparativoscom todasasprecauçõesem que pude pensar,reuni
um grupo cuidadosam ente escolhido e fecheio localda operação com a cerimônia
comum. Eu não tinha muita fé nessaoperação em face dascircunstâncias,poisa
m inha atacante era de um grau muito m aiselevado do que o m eu,e poderiarom per
qualquerselo que eu colocasse. Contudo,esse procedim ento dava proteção contra
aborrecim entosm enores.

O m étodo de fazer essasviagensastraisé altam ente técnico,e não posso entrar neste
assunto aqui.N alinguagem dapsicologia,trata-se de um a auto-hipnose obtida por
m eio de um sím bolo.O sí
m bolo age com o um aportaparaoInvis ível.De acordocom o
sím bolo escolhido,assim será a seção do Invisívelcujo acesso é obtido. O iniciado
experiente,portanto,não errano astralcom o um fantasm ainquieto,m ascam inhapor
corredoresbem conhecidos.

A tarefade m inhainim iganão era,portanto,difícil,poiselasabiaaocasião em que eu


deveria em preender essaviagem e o s ím bolo que eu deveria utilizar para sair do
corpo. P reparei-m e,por conseguinte,parasofrer a oposição,em boranão soubesse a
form aque elatom aria.

Essasviagensastraissão na verdade sonhoslúcidosnosquaiso indiví duo conserva


todasassuasfaculdadesde escolha,forçade vontade e julgam ento. Asm inhassem pre
com eçam com umacortinade corsim bólica por cujasdobraseu passo. N em bem eu
tinha atravessado a cortina nessaocasião quando vim inhainim iga esperando por
m im ,ou,sepreferirm osoutraterm inologia,com eceiasonharcom ela.Elasurgiu com
todosostrajesdeseu grau,que eram m agní ficos,e barrou minhaentrada,dizendo-m e
que graçasà sua autoridade ela m e proibia de fazer uso dessas viagens astrais.
R epliqueique não adm itia o seu direito de m e fechar oscam inhosastrais apenas

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porque elafora pessoalm ente ofendida,e que eu apelaraaosChefesInteriores,por
quem éram os responsáveis. S eguiu-se então um a batalha de vontades, na qual
experim enteiasensação de sergiradapelo are cairde um agrandealtura,e achei-m e
em seguidade volta ao m eu corpo. M asm eu corpo não estava onde eu o deixara,e
sim num doscantosdasala,aqualpareciater sofrido um bom bardeio. Atravésdo
fenômeno bem conhecido da repercussão,abatalhaastral tinha aparentem ente se
comunicado ao corpo,que haviadado um salto m ortalenquanto um agitado grupo
retiravaam obíliade seu cam inho.

Fiqueiabaladapor essadesagradávelexperiência.R econhecique havialevado apior e


que fora efetivam ente expulsadoscam inhosastrais;m aseu tam bém com preendique
se aceitasse essaderrotam inhacarreiraocultaestariano fim .Assim com o um acriança
que foi derrubada de seu pônei precisa im ediatam ente retom á-lo e rem ontar,se
pretende m ontá-lo novam ente, eu sabia tam bém que eu devia a todo custo
em preender essaviagem astral se quisesse conservar m euspoderes.De m odo que
pediam eu grupo pararecom por-se e refazer o cí rculo porque deví am osfazer outra
tentativa; invoquei os Chefes Interiores, e saínovam ente. Desta vez houve uma
pequena e bruscabatalha,m asconseguiterm inarotrabalho.T ive aVisão dosChefes
Interiores e retornei. A batalha havia term inado. Desde então, nunca m ais tive
qualquercom plicação.

M asao tirarm inhasroupasparairà cam a,sentique m inhascostasestavam muito


doloridas e,tom ando um espelho de m ão,descobri que eu estava m arcada de
arranhões do pescoço à cintura, com o se tivesse sido arranhada por um gato
gigantesco.

Conteiessahistóriaaalgunsam igos,ocultistasexperientes,que àquelaépocaestavam


estreitam ente associadosà pessoa com quem eu tivera esse transtorno,e elesm e
disseram que elaera bem conhecidapor essesataquesastrais,e que um apessoade
quem eram am igoshaviatido um aexperiênciaexatam ente igual,tendo sido coberta,
apósumadisputacom ela,pelasm esm asm arcasde arranhões.Em seu caso,contudo,
elaficou enferm apor seism esese jam aisteve qualquer contato novam ente com o
ocultism o.

Há um curioso epí logo para essahistória,que pode ou não explicá-la. Já conteia


históriadam orte m isteriosaque ocorreu em lona.E que o corpo nu dainfeliz jovem
foidescoberto sobre umacruz cortadanarelva.N enhum acausapôde ser descoberta
paraasuam orte,e o veredicto foide que elam orreu porexposição aofrio.M asse ela
estivesse perdida,com o viriaelaam orrerde m aneiraritual,e não andando? P or que
despiu elatodasasroupasantesde deixaracasa,cobrindo-se apenascom umacapa
negra? E por que conservou consigo um agrande faca com aqualcortou a cruz na
relva? N ão conheço asuahistóriaposterior,poiseu aperdide vistadurante osdoisou
trêsúltim osanosde suavida,m asnaépocaem que a conhecielaestava associada
com amulher à qualm e referi.Asúnicasm arcasque se encontraram em seu cadáver
eram arranhões.

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P AR T E IV
M ÉT O DO S DE DEFES A C O N T R A O A T A Q U E P S IQ U ICO

CAP ÍT U L O X V
O A S P EC T O FÍS ICO DO A T A Q U E E DA DEFES A P S ÍQ U IC A

É preciso ter cautelaem presumirque um ataque ps íquico está sendo efetuado / O s


efeitos dum a constipação negligenciada / Focos sépticos / Diagnose correta /
tratam ento dascondiçõesfí sicas,umam edidaprelim inaressencial/ T odososcasos
sérios deveriam estar sob a supervisão de um m édico qualificado / Efeito dos
soporíferos/ Efeito do m are dasm ontanhas/ Efeito do alim ento / Efeito do caloreda
pressão / Efeito da dieta / Asví tim as de um ataque devem evitar todo trabalho
psíquico.

Distinguim osjá váriostiposde ataque ps í


quico,descrevem ososm étodosque podem
ser em pregadosparaexecutá-los,e observam ostam bém asváriasform asde delí rio,
de fraude e de auto-sugestão que podem com plicar o problem a.Estam os,agora,em
posição paradiscutiraquestão dadiagnose. Considerem ostodo o assunto do ponto
de vista prático. S upondo-se que um estranho nosvenha com umahistóriade ataque
psíquico,qualdeveriaser o nosso procedim ento?

Devem osem prim eiro lugar ter em m ente que é preciso tercautelaem presumirque
um ataque ps í
quico está sendo efetuado. O s ataques ps í
quicos são coisas
relativam ente raras. N ão devem ospresumirque estam oslidando com um até que
tenham osexcluí do todasasoutrashipóteses.N ão muito tem po atrásdeparei-m e com
um caso de pretensaobsessão,que erana verdade uma constipação negligenciadae
que foiefetivam ente exorcizada com óleo de rí cino. Q uando se observam sintom as
físi
cosno caso,m esm o que elesse resumam auma cor m á ou aum mau hálito,um
m édico qualificado deveriafazerum diagnóstico,poism esm o que aperturbação tenha
um elem ento ps íquico predom inante,asuaorigem pode ser fí s
ica.O sfocossépticos
são realm ente centrosde decom posição,e com o talelesabrem aporta para form as
inferioresde vida elem ental cuja função é tom ar parte na volta do pó ao pó. As
im purezasda corrente sanguí neapodem envenenar o cérebro. T umorese abscessos
podem desregularsuasfunções.Essascoisassó podem ser reconhecidaspelo hom em
que com preende o corpo; diante de sintom assem elhantes,o hom em treinado é o
m elhor hom em ,e o hom em com o m elhor treinam ento é o hom em certo,e o único
lugarem que um treinam ento adequado em diagnose pode ser obtido é um hospital
geral.Além disso,se ascoisasnão correrem bem ,aúnica pessoa que pode tirara
sardinhacom acaudado gatoéapessoacujaassinaturaasautoridadesaceitarãonum
certificado.S upondo-se que o pacientese revele um lunático,o que é que o praticante
não-qualificado pode fazer com ele? M uitoscasosde pretenso ataque ps íquico são na
verdade casos de insânia e histeria. A sandice incipiente é algo muito difí cil de
detectar;ahisteriaémuito astuciosae plaus í
vel; um médico que lida com anatureza

50
hum ana todos os dias de sua vida detectará esses dois estados muito m ais
rapidam ente do que o leigo que jam aisosviu antes.

P ode-se objetar que é muito difí cilencontrar um médico que tenha uma atitude
sim pática para com o ocultism o. U tilizaresse argum ento é falsearaquestão. N ão se
pede ao m édico que coopere com qualquer operação oculta,m asque exam ine o
distúrbio físi
co e,quando o encontrar,que o cure. Ele está tão preocupado com as
m edidasocultasque se tom am em benefí cio do pacientequanto com aigrejaque este
freqüenta.

S e o m édico não encontranenhum aevidênciade um distúrbio orgânico,ou de algum a


doença com o veiasvaricosas,que obviam ente nadatem a ver com o estado m ental,
pode-se dizer que o caso passou pelo prim eiro teste,e podem osestar certosde que
cumpre-nospassar à investigação ps íquica. S e o caso tem m au aspecto,ou se a
perturbação durajá há muito,o m édicoprovavelm ente descobrirá que o pacienteestá
debilitado,m esm o que não haja nada definitivam ente errado,e irá proceder ao
tratam ento adequado.Isso é muito bom ,pois,quanto m elhor for o estado fí si
co do
paciente,m aior controle m entale resistênciaele terá. O ssoporí ferosdeveriam ser
evitados,se pos sível,m as,se forem necessários,o paciente deverá então ser vigiado
enquanto dorm e poralguém que saibacom o m anter umaguardaocultista,e o quarto
em que ele dorm e deverá ser purificado e selado.N orm alm ente,se um apessoaque
está no astral depara com um ataque oculto,ela volta para o seu corpo com o um
coelho para a toca e desperta com o que de um pesadelo; m asse o sono se tornou
artificialm ente profundo devido à ingestão de um soporí fero, ela não poderá
despertar,e ficará presano astral,por assim dizer,que é aúltim a coisaque se deseja
no caso de um ataque ps íquico. S e o soporí fero é considerado absolutam ente
necessário,já que é im pos s
ívelficarsem dorm irindefinidam ente,a pessoaque está
vigiando o paciente deverá observar cuidadosam ente todosossinaisde que o sono
está sendo perturbado porsonhos,e se elaperceber resmungose contorções,deverá
im ediatam ente realizar os esconjuros necessários e sussurrar em seus ouvidos
sugestõescalm antesetranqüilizadorascom o asque Coué recom endaque sefaçam no
caso das crianças. U m a das caracterí s
ticas m ais aflitivas de um ataque ps í
quico
consiste no fato de que a ví tim a tem e dorm irporque sente que no sono elaestá
indefesa.Aquelesque leram aterrí velhistóriade Kipling,“T he End ofP assage”,devem
lem brar-se de que a ví tim a do ataque oculto neladescrito sem pre ia para a cam a
usando esporasparaque com elaspudesse ferretear-se e despertar na eventualidade
de estarpelejando com o seu inim igo invisí veldurante o sono.

Há muitascoisasque se podem fazer no piano fí si


co paraauxiliarapessoaque está
sofrendo um ataque oculto,e essesm étodosfí si
cosestão dentro dasprovidênciasque
um médico pode tom ar quando o caso está aos seus cuidados. A luz do sol é
extrem am ente valiosaporque fortalece a aura e a tom a muito m aisresistente.,As
pessoassão sem pre aconselhadasase retirarem parao cam po por essarazão,m as,
paraaví tim ade um ataque oculto,areclusão no cam po pode não seraatitude m ais
sábia,poisasforçaselem entaissão muito m aispotentesfora dascidades,e se essa
vítim acorreoperigo de sofrerumainvestidade forçasatávicas,o m elhor que elatem
afazer é agarrar-se à m orada doshom ens.O m aré igualm ente umaforça elem ental

51
que serám elhor evitar,poisaáguaé um elem ento que está intim am ente associado ao
psiquism o. Q uando se recom enda uma recuperação saudávelpara uma pessoaque
sofre de um distúrbio psíquico,asgrandesm assasde águae asm ontanhaselevadas
devem ser evitadas. O m elhor lugar é um balneário no interior do paí s
. Jogos,
treinam ento físi
co,m assagens,tudo que m elhora o estado do corpo é útil,m asas
longascam inhadassolitáriasdevem serevitadasporque elasem preorisco do suicí dio.
A pessoaque sofre de um ataque psíquico deveriaatodo custo evitarasolidão.

Há um a outra m edida sim ples que proporciona im enso alí vio nos casos de
interferência psí
quica. E óbvio que o ataque é feito atravésdoscentrosps íquicos
,
portanto tudo que feche essescentrostornaráaví tim arelativam ente imune. É sabido
que um a pessoa em botada e m aterialista pode viver im punem ente em casas
assom bradasque levam o sensitivo à loucurae ao suicí dio. É tam bém sabido que o
trabalho psíquico não pode ser realizado se há. alim ento no estômago; osm elhores
resultadossão sem pre obtidosem jejum. O corolário óbvio dessesfatosé que,se
desejam osm anter oscentrosps í
quicos fechados,não deverí am osperm itir que o
estômago ficasse vazio. A pessoa que está enfrentando um ataque ps íquico não
deveriaficarm aisdo que duashorassem ingeriralgum alim ento.

Certosim portantescentrosps íquicoslocalizam -se nacabeça.U m adasm aneirasm ais


sim plesde testar a sua atividade é retirar o sangue da cabeça.Isso pode ser feito
tom ando-se um banho quente ou colocando-se ospésem águae m ostardaquente.
O utro im portante centro psíquico é o plexo solar; durante um ataque ps
íquico,sente-
se que ele está quase sem pre tenso e confrangido. U m a grande garrafa de água
quente,bem cheiade m odo que seja tão pesada quanto quente,deposta sobre o
plexo solar,que é o espaçodalarguradam ão entre abocado estômago e ascostelas,
aliviará efetivam ente a tensão nesse ponto. Além disso,apressão sem calor trará
alívio,e eu soube de casosem que um aalm ofadafirm e presano localporum cinto de
espartilho trouxe muitoconforto.

Acim ade tudo,osintestinosdeveriam ser m antidoslivresenquanto se enfrenta um


ataque ps
íquico,porque não há nadaque ponhaalguém em tão grande desvantagem
quanto aacumulação de m atériaestérilno corpo.

T odosessessim plesrem édiosfí si


cossão absolutam ente úteis.Elesnão darão um a
curaparaaspatologiasps íquicas,nem umacom pleta defesacontraoataque ps íquico,
m aspodem trazer um grande alí vio paraaaflição; elesperm item à ví tim aoferecer
uma resistência muito m ais efetiva, e aliviando a tensão eles aumentam a sua
resistência.Em muitoscasosde ataque ps íquico,aquele que resiste por m aistem po
triunfa;osataquesps í
quicosrealizadospor sereshum anosnão são coisasque podem
serm antidasindefinidam ente,poisutilizam muitaenergia.

Diz um velho adágio: “N uncautilize um agrande pá se um apequenapá pode fazer o


serviço”.O sm étodosfí si
cosde defesaenvolvem muito m enosdispêndio de energiado
que osm étodosps í
quicos,portanto é psiquicam ente econômico fazer tanto uso dela
quanto pos sí
vel.P or que devem osnospreocuparcom exorcizaroselem entosdaterra
porm eio de um ritualse podem osfazê-locom umapí lula?

52
A questão da dieta tam bém precisaser considerada a esse respeito. A propaganda
muito difundida da S ociedade T eosófica fez com que o vegetarianism o fosse visto
com o um sine qua non do treinam ento ocultista. Isso,contudo,não é verdade. A
T radição Esotérica ocidentalnão incluio vegetarianism o com o parte de seu sistem a,
m as ensina que um hom em deveria com er frugalm ente e m oderadam ente os
alim entosda terra em que se acha. P essoalm ente,estou propensa a pensar que
ocultism o e vegetarianism o podem constituirumam isturainsensataparaum europeu,
tendo com o conseqüênciaumasuper-sensibilidade que tornaavidamuito difí cilem
nossaárduacivilização.

O vegetarianism o deve ser absolutam ente bem com preendido e extrem am ente bem
realizadoparaserbem sucedido,e m esm o assim há muitaspessoasque são incapazes
de digerirasproteí nasvegetais,que não são tão facilm ente assim iláveisquanto as
substâncias anim ais. N ada a não ser a experiência pode m ostrar se um a dieta
vegetarianase adaptaaumadadapessoa.A indigestão não é o único indí cio de que
algo não vaibem . A perdade apetite,aperdade energia,aperdade peso ou um a
flácida corpulênciapodem causaruma m á saúde crônica. U m a pessoa pode dar-se
muito bem com o vegetarianism o no iní cio,m as pode descobrir, depois de um
considerávelperí odo de tem po,possivelm ente anos,que estão se tom ando sujeitasa
neurites,anevralgias,adoresciáticasou aumaou outradasdoresnevrálgicas.Essaé
uma indicação segura de que um a dieta vegetariana está fornecendo insuficiente
nutrição,não porque ela não contenha as unidades alim entí cias necessárias, m as
porque a digestão é incapaz de assim ilá-lase elasestão passando inalteradaspelo
organism o.S em pre que há um ahistóriade doresnevrálgicascom plicando um caso de
distúrbio psí
quico,costumo suspeitar de umam á nutrição crônica com o causade um
psiquism o hipertrofiado. N essescasos,descobrir-se-á provavelm ente que um a volta
gradual à dieta m ista trará uma redução da hiper-sensiblidade, os contatos
indesejáveisque se form aram desaparecerão e o estado orgânico voltaráaonorm al.A
mudança de dieta,no entanto,deveriaser sem pre feita gradualm ente para que a
digestão não sejaperturbada.

T odo aquele que está tendo problem as com um distúrbio ps í


quico deveria
im ediatam ente cessar todas as práticas ocultistas e abandonar suas m editações
habituais,retornando àsprecesde suainfânciaou aosm étodosdo N ovo P ensam ento.
N ão é horade abriroscentrosps í
quicosquando há um aperturbação astral.A coisaa
fazer nessescasosé regressar ao plano fí s
ico e aíficar,resolutam ente. Havia um
desenho num velho nú mero de P unch que no m eu m odo de ver expressaaatitude
correta para uma pessoa atorm entada pelaperturbação ps íquica. Á frente de uma
antigacam ade baldaquino está umaferoz mulherarm ada com um rolo de pastel,e
em baixo dasanefa aponta a cabeça do m arido,que diz: “Você pode m e bater e m e
quebrar,m asnão pode reprim iraminhapersonalidade,poiseu não sairei”.

S e aví
tim ade um ataque oculto se concentraem coisasmundanas,elase transform a
num osso duro de roer para qualquer feiticeiro. O que pode o feiticeiro fazer se no
m om ento em que operaaartenegra,asuavitim aestá no cinem arindo àsgargalhadas
com asm omicesde Carlitos? R ezao velho ditado que um prego em purrao outro. S e

53
você tem m edo de perigosinvisí
veis,dedique-se a um esporte que tenha algum
elem ento de risco.

CAP ÍT U L O X VI
DIAGN O S E DA N A T U R EZA DE U M A T A Q U E

O estado fí si
co pode fazer com que oscentrosps íquicosse abram / Delí
rio / O
problem a da diagnose / M étodo de abordagem / U tilização da psicom etria/ Com o
m anipularum espécim e psicom étrico / O valordaastrologia/ C om o encararahistória
de um caso / Com o detectarumam entira/ Abordagem indireta/ P ontosde correlação
/ A influênciadoslugarese A influênciadaspessoas/ É necessário ter cautelaao
assumiraresponsabilidade / O investigadordeveriafazerumadiagnose independente
e testá-lapelorelatório do sensitivo e L im itaçõesdapsicom etria.

Apósterm osconsiderado osfatorespuram ente fí s


icosde um aperturbação ps íquica,
podem osagora passarà consideração dosfatoresgenuinam ente ps íquicos.Devem os
ter sem pre em m ente, contudo, que descobrir o distúrbio fí sico não elim ina
necessariam ente o fator psíquico. U m fator físi
co,tal com o um estado anorm aldo
sangue,pode causarumaform ainferiorde psiquism o e pôrasuaví tim aem contato
com m áscondiçõesastrais.A ciênciapode cham á-lo de delí rio ou alucinação,m aso
ocultista cham a-o de psiquism o patológico e pode muito fazer para suavizá-lo,seja
fechando oscentrosps íquicos,sejaextirpando asm ásinfluênciasps íquicasdo m eio
am biente do paciente,de m odo que osespí ritosque ele vê sejam angélicosem vez de
dem oní acos,e lhe causem alegriae não angústia.O scentrosps í
quicosabertosàforça
porumacorrentesanguí neaenferm apercebem tudo que está no âm bito de suavisão.
P ortanto,assegurem o-nosde que nada,anão ser o que sejaagradável,se aproxim e
deles.P odem osnão ser capazesde afastá-losinteiram ente do Astral,m aspelo m enos
podem os nos assegurar de que as suas viagens se fazem num a parte segura e
agradáveldo Astral. Aspessoasnão com preendem o quanto asperegrinaçõesdos
delíriospodem ser dirigidase controladaspelassugestõessussurradasnosouvidosde
umapessoadoente.P odem osacom panharo hom em doente em suasviagensastraise
fazer com que anossavoz sejaouvidaentreassuasvisões,com o nosso conhecim ento
expulsando aspresençasm aléficasque o am eaçam e guiando osseussonhosno
cam inho dapaz.

N o início de nossadiagnose,devem osdistinguirastrêsclassesprincipaisde distúrbio


psíquico: aquelesque são um subproduto do distúrbio fí si
co,aquelesque se devem à
ação hum ana m aligna, e aqueles que se devem à interferência não-hum ana. O
prim eiro tipo seriaprontam ente detectado pelo m édico,se,com o já se aconselhou,
recorrêssem osaele com o m edidaessencial.Além disso,o m édico seriaútiltam bém
paraelim inarasfraudes,poisaspessoasque se m ovem noscí rculospsíquicose estão
fam iliarizadascom asua term inologiapodem simularum ataque ps íquico,sejapara
ganhardinheiro ou obter hospitalidade,sejapor puroam or à notoriedade,um motivo
muito m aiscomum para as aberraçõeshum anasdo que geralm ente se pensa. As
fraudesnorm alm ente desaparecem com muita rapidez quando am eaçadaspor um

54
exam e fí
si
co. Aquelesque decidem arriscarasorte são rapidam ente apanhadospelo
hom em que trabalhou no am bulatório de um hospitalgeral.

O diagnóstico que o ocultista deve fazer consiste,portanto,em distinguiro ataque de


uma m ente encarnada e o ataque de um a m ente desencarnada. Há duasm aneiras
pelasquaiso ocultista pode fazê-lo,e ele deveriautilizar am bas,para que elasse
contraprovem mutuam ente.

Ele deveriarecorrerpelo m enosadoissensitivosindependentesparapsicom etrizarem


o caso,e ele próprio deveria fazer seu diagnóstico a partir da história do caso
interpretada à luz dosprim eirosprincí
pios.É um grande erro m isturar o sensitivo e o
cientista. Elespodem neutralizar-se mutuam ente. Deixem osque um apessoa faça o
psiquism o e aoutra,aobservação,e tom em osasprecauçõesadequadasparaim pedir
que osresultadosdainvestigação do clarividente sejam viciadospelasugestão,ou pela
leitura m ental dasopiniõespreviam ente concebidase conservadasno cérebro de
qualquer umadaspessoasenvolvidas.É,portanto,umaboa coisaenviarossujeitos
paraum exam e psicom étrico no início de um ainvestigação ocultista,antesde form ar
qualqueropinião.

N ão é a coisam aissim plesdo mundo m anipularadequadam ente osobjetivospara


exam e psicom étrico. Eu vi certa vez um hom em tirar um cacho de cabelos,
pertencente aoutrapessoa,de seu bolso,onde ele o tinham antido poralgunsdias,e
o entregarparaapsicom etria.O cacho estava naturalm ente tão im pregnado com as
suasprópriasem anaçõesque erainútil.U m espécim e encam inhado paraexam e deve
ser algum objeto que estejacom pletam ente im pregnado com asvibraçõesde um a
pessoa.U m aroupausada recentem ente e habitualm ente,um cacho de cabelos,uma
peça de joalheria, todos esses objetos podem servir, desde que adequadam ente
preservados. S ubstâncias cristalinas, tais com o pedras preciosas, conservam o
m agnetism o m elhor do que tudo o m ais; osm etaissão igualm ente bons; preciososou
não. U m canivete,por exem plo,conservaráadequadam ente o m agnetism o.A madeira
conserva-o m al,assim com o o papel,alã,o algodão e asedaartificial,especialm ente
estaúltim a.A sedae o linho são bons.A borracha é inútil.O vidro depende daform a
param anter seuspoderes.S e está cortado de m odo que refrate a luz,ele é muito
bom ; se é liso e transparente,com o o vidro dasjanelas,é quase inútil.A pedra é
m édia.A cerâm ica,pobre. U m artigo trabalhado não é tão bom quanto um artigo
sim ples.P or exem plo,um anelcravejado não é tão bom quanto um anelde sinete. As
cartaspodem confundirporque contêm tanto do m agnetism o do envelope quanto do
autor.Algunssensitivospodem trabalharapartirde um afotografia,m asesse m étodo
não é, estritam ente falando, psicom étrico, pois a im agem m ental evocada pela
fotografiaé utilizadaparaapanharaim agem correspondente no éter refletor.

É preciso termuito cuidado param anipularum espécim e apsicom etrizar,poisele será


facilm ente contam inado pelo m agnetism o de quem o tocarou perm anecer nassuas
proxim idades,ou m esm o pensarnele com concentração. P or exem plo,se enquanto
estiver em brulhando esse espécim e paraenviá-lo,você pensarno problem aque ele
apresentae elaborarasuaprópriateoria,o psicom etrista pode apanharasuaform a
m entalao invésde ler o estado da pessoaaquem pertence o objeto. O sm ateriaisque

55
são utilizadosno em brulho deveriam tam bém estarlivresde m agnetism o. N um certo
caso,de que tive conhecim ento,o sensitivoafirm ou que um certo berloque pertencia
ou aumaenferm eiraou aalguém que trabalhava em hospitais.N a verdade,ele não
pertenciaanenhum dosdois,m ashaviasido em brulhado em algodão cirúrgico.

Q uando em brulharum espécim e psicom étrico,faça-o dam aneiram aisrápidapos sí


vel
e m anipulando-o o m enosque puder.P egue um pedaço de seda“virgem ” brancaou
preta (não colorida),grande o bastante para servir com o um invólucro. Coloque-a
sobreoartigo e em brulhe-arapidam ente,m anipulando-o atravésdaseda.Em sentido
oculto,“virgem ” significaalgo que nuncafoiutilizado paraqualquer outro propósito.
P or exem plo,você não deve utilizarum retalho de um velho vestido ou de um acapa
de alm ofada. U m artigo que não se prestaparam anipular por esse m étodo pode ser
seguro por pinçasou pelaspontasde um parde tesourase colocado no pedaço de
seda no qualserá enrolado. Guarde o artigo em brulhado num a caixa de m adeira,
assegurando-se de que todo enchim ento utilizado sejatam bém virgem .N ão se deve
confiar no relato de um único psicom etrista. É tam bém conveniente,ao enviar os
espécim es,e especialm ente ao enviarumahora de nascim ento paraum horós copo,
que o nom e do paciente não sejaconhecido,paraque o boato não se espalhe. O s
astrólogosgostam muito de traçarmapascircularese de discuti-los.Eu soube de coisas
muito desagradáveisque ocorreram por essarazão.

U m horóscopo feito por alguém que com preende a natureza desse trabalho é de
grande valor,poisaposição dosplanetasnascasascelestesnão apenasserve para
auxiliaro diagnóstico,m asé tam bém um guiamuito im portante para o tratam ento. É
m elhor,portanto,explicaraoastrólogo anatureza do caso,e aespécie de inform ação
desejada, para que ele possa estudar a carta de acordo com esses dados. U m
horóscopo é paraum terapeuta ocultista o m esm o que um achapaderaioX paraum
m édico.

Enquanto espera essesrelatórios,e enquanto asuam ente aindanão está influenciada


por eles,o ocultista deve fazer o seu próprio diagnóstico independente.P arafazê-lo,
ele deveriater pelo m enosduasentrevistascom o paciente.N aprim eira,deveriaouvir
ahistóriado caso,deixando o pacienteapresentarosfatosà suaprópriam aneira,sem
direção ou questõescondutoras. Assim que o paciente saí sse,o operador deveria
escrever a história do caso com todos os detalhes de que possa se lem brar. É
extrem am ente indesejáveltom ar notasna presença do paciente,poisisso o deixa
nervoso,por pressentirque,naspalavrasdostribunais,“tudo que disser poderá ser
utilizado com oprovacontraele”.

Ao se prepararparaasegundaentrevista,o ocultista deveriaestudarcuidadosam ente


o seu registro e ter bem claro em m ente osseuspontose asuaseqüência.Agora é a
hora de questionar os pacientes a respeito das discrepâncias e dos hiatos. Esse
procedim ento revelará am entira,deliberadaou histérica,m aisrapidam ente do que
qualquer outro m étodo,poisasdiscrepânciasde suasegunda históriase chocarão
claram ente contrao registroescrito daprim eira.S e ele estáfalando averdade,asduas
históriasconcordarão.S e está distorcendo osfatos,ele logo cairá em contradição.

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L em bre-se de que você está lidando com uma pessoa que tem caracterí sticas
sensitivasou neuróticas,ou talvez am bas,em suapersonalidade,e que suaatitude
para com ele, e m esm o seus pensam entos não-expressos, o influenciarão
profundam ente. S e ele sente que você está duvidando de suaspalavras,ele perderá a
autoconfiançae com eçará apensarque suasexperiênciaspodem ,afinal,serfruto de
sua própria im aginação. Conseqüentem ente,ele suprim irá coisas que podem ser
im portantíssi
m as do ponto de vista do diagnóstico. É nesse despejar de detalhes
relevantese irrelevantesque você descobrirá suaspistas.

Há certospontosde referênciaem que você precisaprestar atenção ao ouviresse


histórico,m asnão deixe que o seu paciente com preendaque você osestá buscando,
poisse você ganhou asuaconfiançaele poderá perceber o seu ponto de vista,e se ele
descobrir que você já tem uma opinião form ada,distorcerá inconscientem ente os
acidentespara que concordem com essaopinião. N ão perm ita que ele adivinhe o
propósito de suas questões,e assim você obterá dele respostas im parciais. P ara
im pedirque ele adivinhe o que você pretende dizer,não faça um asérie de perguntas
que elucidem ainform ação sobre um ponto especifico. Faça perguntasprim eiro sobre
um ponto e depoissobreoutro.P or exem plo,se você suspeitaque aperturbação pode
ser devida à casa em que o paciente m ora,aúltim a coisaque você deve fazer é
despertar-lhe assuspeitasaesse respeito,am enosque você estejanum apistafalsa.E
m esm o se você descobrirque está natrilhacorreta,você não deve apresentar-lhe os
fatos antes de estar pronto para agir, pois aumentando suas apreensões você
aumentará seussofrim entos.S e você suspeita que o sexo exerce um papelem sua
perturbação,e o paciente desconfiado rumo de suasperguntas,ele im ediatam ente
ocultaráaspistas,e você descobrirá que é muito difícilobter todososfatos.Ao passo
que se as suspeitas do paciente não forem despertadas, ele se revelará a um
estrevistador astuto e experiente que se aproxim aindiretam ente sem que ele se dê
por isso. Aproxirnando-se indiretam ente,você não apenasobtém todososfatosreais
do caso,m aspoupaosseussentim entos.

Ao tom ar o histórico de um caso, você deve buscar pelas correlações entre a


experiênciaps í
quica de seu paciente e ascircunstânciasde suavida.Datase lugares ,
por conseguinte, devem ser diligentem ente pesquisados. Q uando com eçou a
perturbação,e onde? T endo obtido todasasinform açõesque pudersobre essesdois
pontos,com ece a investigarse elasapresentam qualquer significado oculto. Verifique
cuidadosam ente asdatas,e exam ine-asnum a efem éride daquelesanos,e observe
com o estava a lua em relação a elas,e tam bém osplanetas.O bserve se asdatas
caíram nosequinóciosou nossolstí cios.O bserve tam bém osdiasdasem anaque lhes
correspondem .S e você descobrirque todasascrisesdo caso ocorreram nasquintas-
feiras,ou porocasião do Equinócio Vernal,ou naluacheia,você terá umainform ação
de extraordinário significado. Você terá a certeza,pelo m enos,de que está lidando
com um caso em que asm arésps íquicasinvisí
veisdesem penharam algum papel.

É preciso procurar inform açõestam bém a respeito do lugar ou lugaresem que as


diferentescrisesda perturbação ocorreram e especialm ente ascircunstânciasque
acom panharam asuaprim eiram anifestação.É extrem am ente útilvisitar,se pos
sível,o

57
lugare sentirasuaatm osfera. P ode-se sabermuita coisavisitando-se oslugaresem
que o pacienteestá vivendo.

T endo obtido todaainform ação geográfica que conseguir,estude-a cuidadosam ente


em um mapade artilhariade grande escala.P ode-se facilm ente ter acesso aele,e a
todasasinform açõesdesejadas,num a biblioteca pública. O bserve se há qualquer
vestígio pré-histórico navizinhançae,se houver,qualarelação existente entre acasa
e ele.L evanteahistóriado distrito,e vejase elatrazqualquerinform açãoadicional.O s
vestígiosrom anosestão am iúde no fundo da perturbação,poisaslegiõestrouxeram
consigo algunscultosmuito estranhosnosdias da decadência de R om a. Deve-se
suspeitartam bém dosvestí giosdruidas,se há algum delesnascercanias.

Inform e-se tam bém sobre quaisquer objetosincomunsda casa,com o im agensde


divindadesde cultosprim itivosou arm asselvagens.

É pos sívelque poderososelem entaisestejam relacionadoscom eles.P ergunte se a


perturbação desaparece quando o paciente se vaiparaoutro lugar. S e aresposta é
afirm ativa,pode-se com segurança presumirque ascondiçõesam bientaisestão no
fundo da perturbação. M as se a resposta é negativa, isso não significa
necessariam ente que o contrário é verdadeiro. P ode ser que a perturbação não
dependado local,m asde algum apessoaque reside no local.N uncase esqueçade que
na grande m aioriadoscasosessainfluêncianociva da pessoadeve-se antesauma
constituição ps í
quica infeliz do que ao abuso deliberado do conhecim ento oculto.
Dem oreparaaceitarestaúltim ahipótese,poisasuaocorrênciaérelativam enterara.E
m esm o que se saibaque apessoasuspeita tem conhecim entosocultose que se possa
provar que elaé hostilao paciente,isso não significa necessariam ente que o ataque é
consciente e deliberado. Ele pode ser inconsciente e reflexo. E bem verdade que um
ocultista deveriater suficiente controle sobre seusveí culospara im pedi-losde agir
independentem ente de sua vontade e de sua consciência; m asesse nem sem pre é o
caso. Aspessoasestão em estágiosmuito diferentesde desenvolvim ento. Há sem pre
um perí odo difí
cilentre o despertar dospoderessuperiorese o pleno controle sobre
eles.

Dever-se-iainvestigar,tam bém ,anatureza dossonhos,e se o paciente é sujeito a


pesadelos,m esm o fora da questão estrita do ataque oculto. E tam bém se ele já teve
outrasexperiênciasps íquicas,e,em caso positivo,de que natureza.

Finalm ente,uma cuidadosa pesquisa deveria ser feita a respeito dos am igos do
paciente,parase saberse algum delesé sensitivo ou estudioso do ocultism o. S eja
muito cauteloso,contudo,paranão lançarsuspeitassobre qualquer pessoa,am enos
que você tenha provasconclusivas,e é essencial fazê-lo para poupar o paciente.
L em bre-se de que é sem pre pos
sívelque você possaestarerrado.O sjornaisrelataram ,
nãofazmuito tem po,o caso de um hom em que com eteu suicí dio porque um m édico o
inform ou de que sofriade um adoençacardí acacongênitaeque não deveriadesposar
a jovem de quem estava noivo. N a autópsia,descobriu-se que ele nada tinha em
absoluto no coração. Im agine ossentim entosdo m édico que deu esse precipitado
diagnóstico.U m apessoajátranstornadaporum ataque ps í
quico terá m edo daprópria

58
som bra.É precisotratá-lamuito discretam ente. S ejamuito cauteloso ao anunciarsuas
suspeitas,m esm o que elasjá estejam conclusivam ente com provadas.Q uanto tudo foi
dito e feito,o objetivo principalde seu trabalho é um acura,não um aexplicação. É de
pouco valorparaseu pacienteapurararesponsabilidade,am enosque o assunto possa
ser esclarecido. Ele ficará consideravelm ente pior se assuassuspeitasforem dirigidas
contra algum apessoade seu am biente,de quem ele não pode escapar,e é m elhor
deixá-lo atribuirasuaperturbação e influênciasps í
quicasnão-identificadas.O ditado
“onde aignorânciaé bem -aventurança é loucuraser sábio” é m aisverdadeiro nos
assuntosps íquicosdo que em qualquer outro. N uncaabraosolhosde seu pacientea
um perigo parao qualvocê não pode lhe darumadefesaeficaz.O cirurgião que está
prestesaoperar cobre osseusinstrumentoscom umatoalhaparaque o paciente não
osveja.O ocultistasábio faz o m esm o. N ão esqueçaque o invisí velé sem pre suspeito
parao não-iniciado.

T endo conduzido apesquisanaslinhasesboçadasnaspáginasanteriores,você terá


adquirido um a considerável quantidade de m aterial para investigação. Exam ine-o
cuidadosam ente em busca de correlaçõesde causae efeito. O bserve se qualquer
exacerbação da perturbação está regularm ente associadaaqualquerincidente,lugar
ou pessoa. Considere tam bém osvárioscasostí picosque deicom o exem plosnos
capítulosanteriores,e vejase você pode descobriralgum que se assem elhe ao caso
que está investigando.O bserve asexplicaçõesdadas,e vejase elaslançam algum aluz
sob o problem a,ou se sugerem linhaspelasquaisapesquisapossaserdesenvolvida.

T rabalhando dessam aneira,você serácapazdechegaraum diagnóstico provisório. S e


ele é confirm ado pelasdescobertasdossensitivosaquem você enviou espécim espara
psicom etria, então você pode confiar em que está na trilha correta e prosseguir
confiantem ente.

L em bre-se,contudo,de que em bora os sensitivos possam concordar quanto aos


pontos principais de sua investigação,você não pode esperar uma concordância
com pletaquanto aosdetalhes. Elesinspecionam umafotografiacom posta de todaa
vida do paciente,e há tanto para ver que não é provávelque elesvejam tudo. As
coisasque elesconfirm am podem ser dadaspor estabelecido,m asascoisasque um
vê,e o outro não,não são necessariam ente ilusórias.

CAP ÍT U L O X VII
M ÉT O DO S DE DEFES A (1)

O não-iniciado e o exorcism o / L im peza da atm osfera ps íquica / L ivrando-se do


m agnetism o /Água corrente / Eletricidade e bacteriologia / Fórmula para preparar
águabenta/ Fenô menosfí si
cos/ Com o im pedirasm aterializações/ M agiaetérea no
O riente / P recauçõesatom ar contra ela / U tilização dossubprodutosdo corpo /
S ubstânciasem pregadasnaM agiaN egra/U tilização do alhocom o purificador.

59
Ao escrever para o leitor comum uma exposição dosm étodosautilizarno com batea
um ataque ps íquico,eu m e lem bro daqueles excelentes m anuais de m edicina e
cirurgiaque um esclarecido M inistério daIndústriae do Com ércio insiste que devem
ser fornecidosaoscapitãesde navio,juntam ente com um arm ário cheio de rem édios,
inofensivosou não.Q uando surge umaem ergência,o digno capitão lê do princí pio ao
fim o capí tulo que ele acredita ser indicado para o caso em questão e se põe ao
trabalho com o m elhor pode.

Assim é quando se lida com aperturbação psíquica. P arase fazer um diagnóstico é


necessário terumalargaexperiênciae paraseenfrentarospos sí
veisacidentescumpre
ter sobretudo faculdadestreinadase,m aisdo que isso,poderesdesenvolvidos.Este
livro tem m aisanatureza de um manualde prim eirossocorrosdo que de um tratado
sobreotratam ento.

Devem ostertam bém em m ente que assim com o adroga potente é eficaznasm ãosde
um perito m asperigosanasm ãosdo am ador,do m esm o m odo asfórmulasocultas
m aispoderosasexigem um equipam ento especialparaasuautilização. Além disso,
umafórmulaque é utilizadaindiscrim inadam ente pelo não-iniciado tende aperder a
suapotênciae a tornar-se inútil.A im precação popularque Bernard S haw introduziu
nasociedade cortêsem suapeçaP igm aleão é o retalho puído daadjudicação outrora
poderosa“P orN ossaS enhora”.Além disso,doiscasosnuncasão iguais,e o caso tí pico
e bem definido é um araridade e um tesouro.O senso comum,aaptidão naturale a
experiênciasão o m elhor equipam ento do exorcista.

T endo feito seu diagnóstico e estando pronto paracuidardo caso,o exorcista deverá
cumprirtrêsobrigações: precisarárepararaaurado paciente,clarearaatm osfera de
seu am biente e quebrar o seu contato com as forças que estão causando a
perturbação.Essastrêscoisassão interdependentes,e nenhum adelaséaprim eiraou
aúltim a.É quase im pos sívellevar umaauraavariadaà curase você não purificara
atm osfera; e a atm osfera não perm anecerá lim pa por muito tem po se você não
conseguirquebraroscontatos.

T eoricam ente,o idealé quebraroscontatoscom o ponto de partida.M asinfelizm ente,


na prática real,é àsvezesmuito difí cildescobri-los,e é muito difí
cilm anipulá-los
depoisque foram descobertos.Entretanto,algo deve ser feito param anter o paciente
vivo.Com pete ao exorcistapurificarolocalem que trabalha.O u,se avitim ado ataque
está se defendendo sem ajuda,cumpre-lhe construir rapidam ente algum asdefesas
tem poráriasenquanto cavatrincheiras.

A prim eiracoisaafazer quando se lidacom um ataque oculto é fazer umapurificação


tem poráriadaatm osfera e,assim ,ganharumapausapararespirarerefazerasfileiras
destruídas.Isso é obtido m aisprontam ente por um ritualorganizado do que pelaforça
de vontade sem auxilio,T odo ato realizado com intenção torna-se um rito. P odem os
tom arum banho tendo em m ente apenasalim pezafí si
ca;nesse caso o banho lim pará
nossoscorpose nadam ais.O u podem ostom arum banho visando à lim pezaritual,e
nesse caso suaeficáciase estenderá paraalém do plano fí si
co. P ortanto,realizam os
certasaçõesfí sicasnão apenascom o um m eio de purificarascondiçõesetéreas,m as

60
tam bém com o um m eio paraproduzirdefinitivam ente pelaim aginação ascondições
astraisnecessárias,umaarm apotentí
ssi
m aem todasasoperaçõesm ágicas.

O sobjetosfí s
icosim pregnam -se com asem anaçõesetérease asretêm por perí odos
consideráveiscom o um afacaretém o odorde cebolase contam inatudo que cortam os
com ela.Essasem anações,ou magnetism o com o são cham adasna term inologiada
ciênciaoculta,afetam profundam ente todapessoasensitivaque está em contato com
elas.Há um fundo de verdade na velhasuperstição de que traz desgraça colocaras
botassobre um am esa.É igualm ente desaconselhávelcolocarroupasexternassobre
umacam a.Você não sabe em quem roçou osom brosno ônibusou no trem ,então por
que darao m agnetism o de alguém achanceparacontam inaro seu lugarde dorm ir?

Felizm ente paratodosnós,o m agnetism o é um aforça muito fugidia,e em boraessa


força possaser poderosaquando fresca,eladesaparece rapidam ente,anão ser que
tenhasido deliberadam ente criadapor m eio do ritual.N ão é difí
cillivrar-se daterrí
vel
atm osferaque cercaaví tim ade um ataque oculto e perm eiatodososseuspertences,
em boraelarapidam ente se recom ponhaquando ascondiçõesque aoriginaram não
foram purificadas.

O m eio m aiseficaz de livraraví


tim ado m agnetism o é m ovê-laparaum localfresco e
não deixá-lalevar nenhum de seuspertences.Isso,contudo,é um a coisamuito difí cil
para muitaspessoas. Felizm ente,há outrosexpedientesque nasperm item atingir
nossosfinstão rapidam ente quanto eficazm ente. S e for pos sí
vel,deixem osque a
vítim ade um ataque oculto se mude tem porariam ente paraoutro am biente,levando
consigo apenasospertencesindispensáveis,e façam oscom que ele se mude com
novasroupas,ou em roupasque acabaram de chegardalavanderia.O briguem o-lo,
além disso,am anter o seu paradeiro tão secreto quanto lhe sejapossí
vel.

Diz um a velhasuperstição que um abruxapode ser expulsadatrilhase encontrarem


seu cam inho água corrente. S ou da opinião de que muitasdessasantigascrenças
popularestêm uma base real,em bora revestida pelasuperstição. Certa vez eu tive
umacuriosaexperiênciaque dá apoio aessaopinião. Eu estavaprestesatom arparte
num im portante trabalho oculto ao qualeu sabiaque haveriaoposição. U m aam iga
que estava a par do assunto pediu-m e parajantar com elananoite anterior ao dia
fixado paraaoperação. Estávam osam basconscientesda tensão daatm osfera,e ela
sugeriu que eu deveriaperm anecer à noite em seu apartam ento em vez de retornarao
m eu,não inform ando aninguém do m eu paradeiro afim de tiraro ataque datrilha.A
m anobranão foiinteiram ente bem sucedida,e tivem osumanoite exasperante,e no
diaseguinte eu podia perceber a grande tensão ps íquica que m e oprim ia. Decidi,
portanto,cam inhar no Hyde P ark a fim de m e refrescar. Q uando tinha cam inhado
parte do cam inho,sentisubitam ente que atensão dim inuí ra,e pude entregar-m e ao
trabalho sem interferências. N arreiesta experiência à m inha am iga, e ela m e fez
perguntasquanto ao local em que eu estava quando isso ocorreu. O bservam oso
ponto num m apae descobrim osque eu havia atravessado a tubulação subterrânea
pelaqualpassaaáguaoriundadaS erpentina.Eu não conheciaaantigasuperstição
concernente à água corrente,nem sabiadaexistênciada tubulação. N ão obstante,a

61
sensação de alivio foi suficientem ente forte para fazer-m e falar dela quando vi
novam ente m inhaam iga,e parapoderindicaro ponto em que ele haviaocorrido.

T em ospouco conhecim ento exato a respeito dessasforçassutisque são abase do


ataque oculto e da curaespiritual,m astem osboasrazõesparaacreditarque em sua
natureza elassão estreitam ente análogasà eletricidade. N ão são forçasinanim adas,
m astêm em suanatureza algo que é afim à vida,em borade um tipo inferior. S eipor
experiênciaque se trabalham osnum aanalogiaentre a eletricidade e abacteriologia,
chegam osm aisperto dosfatos; tão perto,pelo m enos,quanto o perm ite o estado
atual. de nossos conhecim entos. Em outras palavras, se agirm os com o se
possuí s
sem osasqualidadescom binadasdaeletricidade e dabactéria,poderí am oster
um método suficientem ente acurado de governarpor vôo cego naausênciade certo
conhecim ento e de com preensão real.S e analisam ososváriosm étodosutilizadosna
m agiapopularde todasasépocase raças,poderí am osobservar que elasconcordam
com essashipóteses.

A água corrente, com o sabem os, tem peculiares qualidades elétricas, com o o
testemunhao efeito que elacausasobre uma varinhade rabdom ante nasm ãosde
umapessoasensitiva.S ejao que for que afete o adivinho,trata-se provavelm ente da
m esm a coisaque afetao ataque oculto. Q uando noslem bram os,contudo,de que a
água corrente afasta ossabujosdapistaassim com o apretensabruxa,não podem os
ser acusados de superstição grosseira se m inam os a antiga tradição popular e
observam ososseusresultados.

A água,além disso,é o veí culo dapurificação. Elaé utilizadano rito do batism o pela
Igreja e na P reparação do L ugar pelo ocultista antesdo início de um a cerimônia.
Estritam ente falando,deve haverum pouco de salnaáguaem pregadaparaessefim ,e
o sal e a água são abençoados pelas poderosas invocações quando o sacerdote
prepara água benta,seja para um batism o,ou para colocá-la na pia para uso da
congregação.

N o que concerne ao ocultista,o salé para ele o em blem ado elem ento daterra. É
tam bém umasubstância cristalina,e assubstânciascristalinas,em suasdiferentes
form as, recebem e m antêm o m agnetism o etéreo m elhor do que qualquer outro
veículo. A água,por outro lado,é o em blem a daesfera ps í
quica. Essesdoisrem os,
entre todos,contêm ,sem dúvidaalgum a,o m aior quinhão do m aloculto. É de fato
raro que a m aldade espiritualem lugareselevadoschegue até osreinosaéreosda
m ente ou osreinosardentesdo espí rito. S e desejam osentrar em contato com uma
esferaparticularou operarpor seu interm édio,utilizam oscom o base umasubstância
que lhe sejaapropriada.Consequentem ente,umasolução de sale águafazem uma
base m elhor do que o fariam aáguae o salem separado,porque isso nosperm ite
cobrirtodaaesfera das operaçõesprováveisnum único ato. É interessante notar,a
propósito daspropriedadesm ágicasdassubstânciascristalinas,que oscristais são
utilizadosnosaparelhosde rádio paracaptarasvibraçõessutisdo éter. M aisuma vez
estam osperto datrilhade nossaanalogiaeletrobacteriológica.

62
É um ótim o expediente,quando se tenta quebrar um contato ps íquico indesejável,
im ergiro paciente num banho de águaque foiespecialm ente consagrada para esse
fim ; vesti-lo em seguida com roupasnovasou pelo m enoslim pas,e,se for pos sível,
mudá-lo paraum quarto diferente. S e isso não pode ser feito,desloque a cam ade
lugar,cuidando para que elafique num ângulo diferente do anterior; ou seja,se o
paciente tinhao hábito de dorm irdeitado no sentido norte-sul,coloque suacam ade
m odo que ele agoradurm ano sentido leste-oeste.

Asseguintesprecespodem serutilizadasnabênção do sale daágua:

“(Apontando o prim eiro e o segundo dedosparao sal.)Eu te exorcizo,ó criaturada


terra,pelo Deusvivo ( ),pelo Deussagrado ( ),pelo Deusonipotente ( ),paraque te
purifiquesde todasasinfluênciasm alignas,em N om e de Adonai,Q ue é o S enhor dos
Anjose doshom ens.

“(Estendendo am ão sobre o sal.)(Ó criaturadaterra,adorateu Criador.Em N om e de


Deus,P aiT odo-P oderoso,criador do céu e da terra,e no de JesusCristo,S eu Filho,
nosso S alvador,eu te consagro ( ) parao serviço de Deus,em N om e do P ai,do Filho e
do Espírito S anto.A m ém .

“(Apontando o prim eiro e o segundo dedosparaaágua.)Eu te exorcizo,ô criaturada


água,pelo Deusvivo ( ),pelo Deussagrado ( ),pelo Deusonipotente ( ),paraque te
purifiquesde todasasinfluênciasm alignas,em N om e de Elohim S abaoth,Q ue é o
S enhor dosAnjose doshom ens.

“(Estendendo am ão sobre a água.)(ó criaturadaágua,adora teu Criador. Em N om e


de Deus,P aiT odo-P oderoso,Q ue estendeu um firm am ento no m eio daságuas,e de
JesusCristo,S eu Filho,nosso S alvador,eu te consagro ( ) para o serviço de Deus,em
N om e do P ai,do Filho e do Espí
rito S anto.Amém .

“(Derram ando o salnaágua.)N óste suplicam os,ó Deus,S enhor do Céu e daT erra,e
de tudo que existe neles,visívele invisí
vel,que T u possasestenderam ão direita de
T eu podersobre essascriaturasdoselem entose santificá-lasem T eu santo N om e.
P erm ite que este salajude asaúde do corpo e esta águaasaúde daalm a,e que todo
poderdaadversidade e todailusão e artifí cio do m alsejam banidosno lugarem que
am bosforem utilizados,poram oraJesusCristo nosso S alvador.Amém .”

A águaassim consagrada pode ser utilizadanum banho,ou parafazer o S inaldaCruz


sobreatesta,ou paraespargirsobrealgum local.N o m om ento de suautilização,pode-
se em pregaraseguinte oração:

“P elo N om e que está acim ade todososoutrosnom es,e pelo poderdo P ai,do Filho e
do Espí rito S anto,eu exorcizo todasasinfluênciase sem entesdo m ale derram o sobre
elaso conjunto da S anta Igrejade Cristo,paraque possam ser presasrapidam ente
com ascorrentese arrojadasnastrevasexteriores,que elasnão perturbem osservos
de Deus.”

63
Apontando ou fazendo o S inaldaCruz ( ),osdedosindicadorem édio são estendidose
o anulare o m í
nim o são dobradoscontraapalm adam ão,com o polegarrepousando
sobre suas unhas. Q uando a m ão é estendida para abençoar o sal e a água,
conservam o-laplana,com osdedosjuntose paralelos,o polegarestendido em ângulo
retoaoindicador.

S e há bastante força oculta em ação paraproduzirfenômenosfí si


cos,é aconselhável
precaver contra a ocorrênciade m aterializações.O sfenóm enosfí s
icosapresentam
váriostiposde m anifestação. Elespodem tom ar a form a de ruí dos,norm alm ente
rangentesou surdos,ou m aisraram ente notasde sinosou sonsde lam entos.S e a
vítim a ouve palavras reais, devem os suspeitar de alucinações auditivas, pois, na
ausência de um m édium,asm ensagensdosespí ritossão comunicadasao ouvido
interno, e não ao nervo auditivo. L uzes podem tam bém ser vistas, tom ando
comumente aform ade esferasopacasde névoaluminosalevitando com o bolhasde
sabão. Essasesferaspodem ser de qualquertam anho,desde pequenospontosde luz
até corposde dim ensõesconsideráveis, atingindo seispés ou m ais de diâm etro.
N essasesferasde luminosidade opaca,ossensitivoscostumam ver form ashum anas
ou do reino anim al.N uvensde cor cinzento-esbranquiçada podem tam bém àsvezes
ser vistas,em ergindo do chão naform ade colunasde fumaça.Essasnuvensse fixam
num lugare não se m ovem sobre o quarto com o o fazem asesferasde luz,m asgiram
sobre sim esm ascom o redem oinhosde fumaçadentro de um copo. P ode-se observar
m aisraram ente um odorm arcante.P ode havertam bém precipitaçõesde substâncias
polvorentasou de lam a,m asessescasossão ainda m aisraros.O bjetosluminosos
podem tam bém caireespalhar-se pelo quarto.

Há certas substâncias que a experiência provou serem eficazes para im pedir a


condensação de energiaetérea. S alconsagrado dissolvido em vinagre e colocado num
piresno quarto poderá dissolver baixosgrausde força,m as para potências m ais
elevadasé conveniente utilizar ácido nítrico,derram ando um a pequena quantidade
deste num pirese expondo-o ao ar.Convém utilizá-lo em form adiluídaparaprevenir
acidentes,poisnão éaforçadoácido no piresque é eficaz,m assim asuaevaporação
no ar,e o ácido evaporará tanto diluí
do quanto puro. De que m aneiraele opera,eu
não tenho am enor idéia,m asseu valor é bem conhecido entre ossensitivos.

O sm étodosdo ataque oculto em pregadosna Europa m oderna são exclusivam ente


m entais,pelo m enosno âm bito de m inhaexperiência.O u seja,nelesam ente opera
sobre a m ente,e só incidentalm ente afetaosestadosfí si
cos.N o O riente e entre os
povosprim itivos,contudo,outros,aspectosdevem ser considerados,poismuitostipos
etéreosde m agiasão utilizadossob condiçõesprim itivasde vidae sob solosvirgens.
N essas operações etéreas, lança-se m ão de substâncias m ateriais para utilizar o
m agnetism o que lhesé afim .Fiosde cabelo,aparasde unhas,roupasusadas,objetos
de uso fam iliar,tudo isso contém m agnetism o. Conseqüentem ente,é preciso cuidar
para que essascoisassejam efetivam ente destruí dasquando fora de uso. Fiosde
cabelo e aparas de unha deveriam ser rapidam ente queim ados. As roupasusadas
nunca deveriam sair da posse de seu proprietário senão depois de três dias de
exposição ao sole ao ar livre. O m agnetism o dispersar-se-á m aiseficazm ente se as
roupas ficarem sobre a terra, especialm ente sobre terra recém -revolvida, e não

64
penduradasnum varal.O m esm o se aplica à m obí
lia.A poltrona que erao assento
costumeiro da vítim ae,acim ade tudo,acam a,devem ser arejadase postasao sol
antesde partirem . Asm esm asprecauçõessão úteisse qualquer objeto de segunda
m ão foiadquirido.

A destinação de excrem entoshum anosdeveria ser cuidadosam ente organizada e


confiada a criados dignos de confiança, com a utilização constante e farta de
desinfetantese desodorantes.Devem -se tom arprecauçõesparaim pedirque algum
nativotenhaacesso aexcrem entosfrescos.Depoisque o caloranim alsaiu deles,o seu
valor m ágico diminuigrandem ente. U m lenço sujo é tam bém um ví
nculo m agnético
efetivo,e assim tam bém oscurativosdeumaferida.Em suma,tudo que tem ostraços
de qualquerum dossubprodutosdo corpo.

M as,à parteaquestão do ataque ps íquico,há duassubstânciasque são especialm ente


apreciadasparaobjetivosm ágicos,asaber,o lí quido sem inale o sangue m enstrual.O
prim eiro é utilizado nos ritos da fertilidade e o segundo, em certas form as de
evocação.Constituiextrem o perigo essassubstânciascaí rem em terrasprim itivas,pois
osnativos,que conhecem o seu significado,guardam -nascom muito escrúpulo; m asa
m em -sahib * de nadasuspeita,e perm ite que asroupasdo corpo e dascam asvão às
m ãos do lavandeiro para que faça delas o que bem entender, satisfazendo-se
sim plesm ente com que as roupas retornem a salvo no fim da sem ana,e jam ais
pensando em investigar o que acontece à água na qual foram lavadas.Há muitas
partesdo mundo em que a venda dessassubstânciasm ágicasé um arendosaatividade
suplem entardaslavanderias.

N a Europa,o sangue m enstruale asfezesfazem parte dassubstânciasm ágicasna


M issaN egra,sendo preparadosnaspátenascom farinhade trigo.

U m m étodo tradicionalde purificaram á atm osferapsíquica de umacasa,m étodo que


posso dizer que é eficaz devido à m inhaprópriaexperiência,é espalharalho sobre o
local,deixá-lo durante anoite e recolhê-lo e queim á-lo. Entre aspessoasdo cam po,
quando se aguardam visitasdesagradáveis,umacebolaé àsvezescolocadanum vaso
sobre o consolo da lareira, com o se fosse um bulbo de jacinto, e solenem ente
queim ada no fogo da cozinha apósapartida dosvisitantes,poisse acredita que a
cebolatem apropriedade de absorver em anaçõesnocivas.É curioso observar a esse
propósito que num a m ina de carvão que conheço osmineiros foram proibidosde
trazer cebolas para o trabalho com o parte de seus lanches, porque as cebolas
absorvem osgasessubterrâneose se tornam venenosas.M eu inform ante m e disse
que ele e outroshaviam levado cebolasescondidaspara baixo e aprenderam por
am argaexperiênciaasabedoriadessanorm a.

CAP ÍT U L O X VIII
M ÉT O DO S DE DEFES A (II)

65
O m étodo m editativo / O m étodo invocativo / O valor dacom binação de am bose
Ataqueporform asm entais/ Ataqueporforçam ental/ Cam posm agnéticose Fórmula
parafazer um círculo m ágico / A Cruz Cabalistica / A Espadado P oder/ O Cí
rculo da
Cham a/ O uso do incenso / O P entagram ade Expulsão / O incidente daalm ofada
rachada / Fórmulaparaselarà aura / M étodo para fazer couraçasastrais / Com o
im pedirahipnose / Valordossacram entos.

* T ratam ento respeitoso dado naí


ndiaàsmulhereseuropéias.(N .do T .)

Há doistiposde trabalho prático que podem ser utilizadosem separado ou em


com binação,e o segundo m étodo,em m inhaopinião,dá m elhoresresultados,em bora
os representantesde um estejam prontospara depreciar o outro. O m étodo que
distinguirem oscom o m editativo consiste na m editação sobre qualidadesabstratas ,
taiscom o paz,harm onia,proteção e o am or de Deus.É o m étodo daescolado N ovo
P ensam ento,e seu valor reside no efeito harm onizador que exerce sobre o estado
em ocional e na sua capacidade de neutralizar as auto-sugestõesnocivas. O outro
m étodo,que cham arem osde invocativo,consiste nainvocaçãodaspotênciasexternas
e no em prego de m étodosform aisparaaconcentraçãodesuaforça.Esse m étodo tem
muitasgradaçõesde com plexidade e um a infinita variedade de técnicas. Elasvão
desde aoraçãom aissim plesque evocao Cristo com o S inaldaCruz até osrituaism ais
elaboradosde exorcism o realizadoscom sineta,livro e vela.A essênciado sistem a
reside no esforço de extrairda forçageraldo bem o aspecto particularde energia
necessário,e nautilização de algum sím bolo paraagircom o veículo m ágico dessaforça
no plano daform a.Esse s ím bolo pode ser um retrato m entaldo m anto azulde N ossa
S enhora; pode seroatodefazeroS inaldaCruz; pode seraáguaconsagradaespargida
em sinalde lim peza; ou pode ser algum objeto especialm ente m agnetizado paraagir
com o um talism ã. N o m étodo invocativo,o objetivo é concentrar a força,e por
conseguinte algum s ím bolo de form adeve ser em pregado. N o m étodo m editativo,o
objetivo é penetrar,paraalém dasam arrasdaform a,naatm osfera do puro espí rito,
glorioso dem aisparaque o m alpossanelaentrar,e portanto a utilização de qualquer
form aou fórmulaé descartada,uma vez que im pede aalm ade elevar-se aesse puro
ar.

Em m inha opinião,e com todo o respeito aospraticantesdesse últim o m étodo,


resultadosmuito m elhoresseriam obtidosse o m étodo invocativo,com o seu em prego
das fórmulas, fosse utilizado para perm itir que a m ente subisse ao ar puro da
consciênciaespiritual,onde o m alnão existe. S om ente aquelesque estão altam ente
treinadosnam editação conseguem elevar-se aosplanossem ajuda.É extrem am ente
difícil“decolar” da consciênciadossentidossem a utilização de algum a espécie de
estratagem apsicológico paraagircom otram polim .Há pouco sentido em recusarpor
razões puram ente acadêm icas um método de com provada eficácia. S e
com preendem os que a utilização de form as e sim bolos é sim plesm ente um
estratagem aparaperm itirà m ente controlaro intangí vel,não cairem osno erro das
observânciassupersticiosas.U m asuperstição pode serdefinidacom oautilizaçãocega
de um aform acujo significadofoiesquecido.

66
P or outro lado,serí am osinsensatosse contássem osexclusivam ente com m étodos
form aisou cerim oniaissem dispor ao m esm o tem po de m étodosm editativospara
purificare harm onizaranossaprópriaconsciência.S e negligenciam osesse aspecto de
nosso trabalho,recontam inarem ostão rapidam ente o cí rculo m ágico com asnossas
própriasvibraçõesquanto o purificam os.De nada nosvale selarum cí rculo com os
N om esprotetores,se perm itim osque um a im aginação em pânico se descontrole,
retratando toda espécie concebí velde m al e deixando espaçosem branco para a
possibilidade de espéciesinconcebí veis.Da m esm a form a,contudo,descobrirem os
que é muito m aisfácilrealizaram editação harm onizadorase estam ostrabalhando
com a proteção de um cí rculo m ágico. T entar realizar um trabalho de exorcism o
apenaspor m eio da m editação é com o levantar um peso pelo esforço apenasde
nossas m ãos. O em prego do m étodo m ágico assem elha-se à utilização de uma
alavanca,ou um aroldanae um aplataform a.N ossosmúsculossão aindaaúnicafonte
de energia,m aspelo em prego de princí piosm ecânicosredobrarem oso seu poder.
U tilizem os, portanto, na m editação, s ím bolos que concentrem nossa atenção;
descobrirem os que isso é muito m ais fácil do que a m editação nos term os do
pensam ento abstrato. Além disso,em épocas de cansaço e crise,o pensam ento
abstrato pode ser im pos s
ívelparanós,anão ser que tenham osmuita experiênciaem
suautilização; m asraram ente atingirem osum estado quando não im aginam osaCruz
e invocam oso N om e de Cristo.

O sataquesocultospodem ser divididosem doistipos,aquelesque ocorrem por m eio


dasform asm entais,e aquelesque operam por m eio de um a corrente de força. M as
m esm o neste últim o caso a corrente de força reúne ou germ ina form as m entais
sem elhantesà sua natureza. P or conseguinte,em todo distúrbio ps íquico a form a
m entalé um fatorque deve ser considerado e enfrentado,e que constitui,naverdade,
um dosdadosm aisdisponí veispara a diagnose,poisé pelapercepção dasform as
m entaisassociadasque o sensitivo experiente é capaz de detectar a natureza do
ataque.

A força m ental é algo que não tem relação com a posição geográfica,poisé um
assunto de pura consciênciae de sintoniacom asuanota tônica.P odem oscaptar as
forçasde crençasm ortasuma centena de anosdepoisdam orte de seu últim o devoto,
e no lado oposto do globo daquele em que floresceram .M asasform asm entaissão
umacoisadiferente.Elastêm umaposição no espaço,e em borapossam m over-se com
a velocidade do pensam ento,e possam ser lançadasao ní velm aissutildo astraleaí
ancorar-se num a idéia, evitando assim oschoquescom osplanosda form a, não
obstante, para todos os propósitos práticos, em bora essas form as m entais não
ocupem espaço,elaspodem prender-se aposiçõesdefinidasno espaço. Elaspodem ,
por exem plo,associar-se a um objeto particular e,perm anecendo em seu cam po
m agnético,seguir-lhe as deslocações. O cam po m agnético im ediato tem cerca de
quatro a dez m etros; o cam po m agnético rem oto,cem a trezentosm etros. L ocais
santospoderosos,com o Glastonbury ou L ourdes,têm um cam po m agnético bem
m aior do que isso,estendendo-se possivelm ente aum parde m ilhas; essescentros
interligam -se tam bém entre siporlinhasde força.Essascoisasdevem ser consideradas
notrabalho oculto prático.

67
Q uando nosdefrontam oscom umainfluênciaque em anade um focodeforça,com o o
sítio de um velho tem plo,tem osque enfrentar o cam po m agnético rem oto por m eio
do rito. Com o isso é um m étodo que só pode ser utilizado por um iniciado de grau
superior,não o considerarem osaquiP araosfinspráticos,num ataque ps í
quico é o
cam po m agnético im ediato que deve ser considerado.

O m elhor m étodo paraenfrentá-lo é fazer um cí rculo m ágico. U m sim plesesconjuro


não é tão eficaz quanto um esconjuro realizado dentro de um cí rculo,poiseste
im pedirá efetivam ente asforçasbanidasde retornarem .Há váriasm aneirasde realizar
essa operação, m as o princí pio de todos os m étodos válidos é o m esm o. As
conjurações m ais potentes não podem ser dadas nestas páginas, porque a sua
utilizaçãoefetivadepende do grau de iniciação dapessoaque se propõe autilizá-las,e
possuirumafórmulasem ograu ao qualelapertence é tão inadequado quanto possuir
um revólversem qualquer conhecim ento de seu manejo.A fórmuladadaaseguirserá
efetiva em todasascondiçõesordinárias.Ascondiçõesextraordináriassó podem ser
conjuradasporumapessoaexperiente.

Ao fazer o cí rculo m ágico,o operador perm anece de pé,com a face voltada para o
leste. Ele encarao leste porque a corrente m agnética sobre a qualpretende operar
corre no sentido leste-oeste. Com o prim eiro procedim ento,ele deve fixaraspróprias
vibraçõese purificarasuaaura.P araisso,ele desenhaaCruz Cabalí sticasobre o peito
e sobre a testa.T ocando afronte,ele diz: “P arati,ô Deus(tocando o plexo solar)seja
o R eino,(T ocando o om bro direito) e o P oder (tocando o om bro esquerdo) e aGlória,
(juntando asm ãos)paraosséculosdosséculos.Amém ”.

P or m eio dessafórmula,o operadorafirm ao poderde Deuscom o único criador e lei


suprem ado universo diante de quem todasascoisasdevem curvar-se,e ele instala
m agneticam ente essafórmulaem suaaurapelo ato de fazer o S inaldaCruz sobre si.
Este sinalnão é um s ím bolo exclusivam ente cristão,e pode ser utilizado tanto pelo
judeu quanto pelo católico,poisacruz em pregada é a Cruz de quatro braçosiguaise
não aCruz do Calvário,cujahaste tem o dobro do com prim ento da trave e que é o
sím bolo do sacrifí
cio. A Cruz de quatro braçosuniform esrefere-se aosquatro pontos
cardeais do globo e aos quatro elem entos, e a fórmula que lhe está associada
proclam ao dom í nio de Deussobre eles,estabelecendo dessaform ao S eu reino na
esferadooperador.

A seguir,o operadorim aginaestarsegurando em suam ão direitaumagrande espada


em form ade cruz,tal com o é representadanasim agensdoscruzados.Ele alevanta
com apontaparacim ae diz: “Em N om e de Deus,detenho aEspada do P oder que
defende contra o m al e a agressão”,e im agina ter o dobro de sua altura,uma
poderosafiguraarm adae vestida com cotade m alha,vibrando com aforça do P oder
de Deuscom aqualfoiinvestidapelaformulação daEspadado P oder.

Ele traça em seguida,no chão,com apontadaEspadado P oder,o Cí rculo M ágico,e


deve ver em suaim aginação umalinhade cham asseguindo apontadaEspada,iguais
àquelasque o álcoolm etilado produz quando é aceso,m asde cor ouro-pálido.Com

68
um pouco de prática,esse cí rculo de luz seráformulado eficazm ente. Continue atraçar
o círculo até que ele sejacom pletado. O cí rculo deverá ser sem pre traçado de leste
parasul,de sulparaoeste,de oeste paranorte,dam esm am aneiraque osponteiros
de um relógio se m overiam se o relógio estivesse com a face para cim ano chão. A
direção contráriaé com o asbruxasdançavam nosS abás.O m ovim ento horário afirm a
o governo daleide Deussobre aN atureza,porque é o Cam inho do S ol; o m ovim ento
anti-horário nega-lhe o governo sobre aN atureza,m ovendo-se contrao sol.A oresistir
a um ataque oculto,toda a fórmula deveria ser sintonizada pela nota tônica da
afirm ação do dom ínio de Deussobre todaaexistência,sendo o objetivo do operador
alinhar-se com aL eiCósm icaefazercom que o P oderde Deusdestruaainterferência.

T endo formulado o cí rculo,o operador cessa de visualizar a espada, m as, ainda


visualizando o círculo,juntaasm ãosem oração e,erguendo-assobreacabeçaparao
leste,ora:“Q ue o poderoso arcanjoR afaelm e protejade todo m alque se aproxim ado
leste”. Voltando-se para o sul,ele repete a m esm a fórmulanum a prece a M iguel.
Voltando-se para o oeste,invoca Gabriel. Voltando-se para o norte,invoca U riel.
Encarando o leste novam ente,e assim com pletando o círculo,ele repete afórmulada
Cruz cabalí s
tica.

Estaformulação do círculo m ágico é especialm ente valiosaparaproteger o localonde


se dorm e,traçando-se o cí
rculo em redor da cam a.N ão precisam osnosm over de um
lado paraoutro do quarto,ou mudaradisposição-dam obiliapara traçar o cí rculo,
poiseste seráformulado onde querque o visualizem os.

É necessário reafirm areste cí


rculo todasasvezesque ascorrentesmudam ,ou seja,
um cí rculo feito depoisdo poente se m anterá até o nascer do sol,e um círculo feito
apóso nascer do solm anterá asuapotênciaaté o ocaso. Depoisde o cí rculo ter sido
afirm ado váriasvezesno m esm o lugar,asua influência persistirá por um perí odo
considerável,m asé aconselhávelreformulá-lo de m anhã e à tarde durante afase ativa
do ataque.

Q ueim ar incenso no cí
rculo é um a m edida útil,m asé preciso tom ar cuidadosao
escolhê-lo. Incensos chineses de com posição desconhecida jam ais deveriam ser
utilizados, pois eles são geralm ente com postos visando a prestar auxí li
o à
m anifestação. Incenso eclesiástico de boa qualidade, tal com o o que pode ser
adquirido em muitosfornecedoresde igreja,é seguro e satisfatório,poisé com posto
de acordo com receitastradicionais; qualidadesinferiorespodem não preencher essas
condições.

P araenfrentar entidadeselem entaisou não-hum anas,o P entagram a,ou P entalfa,éa


m elhorarm a.T rata-se de um aestrelade cinco pontasdesenhadade m odo particular.
Apontando o prim eiro e o segundo dedo da m ão direita e dobrando osoutrosna
palm ae tocando suaspontascom o polegar,com ece a traçar o P entagram ano ar,
m antendo o cotovelo rijo e suspendendo osbraçosem todaaextensão. Com ece com
o braço direito ao lado do corpo,am ão ao ní vel do quadril esquerdo,osdedos
estendidos,apontando para baixo e para fora. Dirija a m ão para o alto,com o se
desenhasse um alinha reta no ar,até que osdedos apontem para cim a,sobre a

69
cabeça,naextensão do braço. Deslize-aparabaixo novam ente,m antendo o cotovelo
preso, até que a m ão ocupe a posição oposta no lado direito,àquela com que
com eçou à esquerda.Você traçou um gigantesco V de cabeçaparabaixo. Em seguida,
levante diagonalm ente o braçoaolado do corpo,até que ele atinjaom esm o níveldo
om bro esquerdo, apontando para a esquerda. Conduza-o através do corpo
horizontalm ente, até que ele esteja na m esm a posição na direita,com osdedos
apontando paraforadocorpo.Desçaobraçopelo corpo atéque am ão volte ao ponto
no quadrilesquerdo de onde com eçou. Esse é um sinalextraordinariam ente potente.
O valor da Estrela de Cinco P ontas, o s ím bolo da Humanidade, é am plam ente
conhecido entre osocultistas,m asseu poderdepende dam aneirapelaqualétraçado.
O m étodo que ensineié o m étodo corretoparaoesconjuro.A potênciado sinalpode
ser ilustradapor uma experiênciapelaqualeu mesm apassei,m asoscéticosestão
livresparaduvidarde sua veracidade; eu am enciono apenasem beneficio daqueles
que podem estarinteressados.

Eu participava certa vez de um trabalho com um ocultista indiano,quando suspeitei


que algo não estava certo,fiz m eu protesto e fuiconvidada a m e retirar. Eu o fiz,
determ inadaaobservarosacontecim entosà distância,e,caso asm inhassuspeitasse
confirm assem ,aterum exposé.P oucosdiasdepois,estavaeu sentadaem m eu quarto
num atarde,conversando com umaam iga; escurecerahá pouco e falávam osà luz de
gás.R epentinam ente,tom am osam basconsciênciaao m esm o tem po de um apresença
no quarto e nosvoltam osespontaneam ente para a m esm a direção. M inha am iga
sentiu uma presença adversa,e eu,sendo m aissens ível,viquem era,e não tive
nenhum a dificuldade para perceber a form ade m eu confrade indiano num a esfera
ovaladade difusaluz am arela.P ediaminhaam igaparadeixaro quarto e esperar no
corredor,e assim que aporta se fechou atrásdelafiz uso do P entagram aque descre
vi,juntam ente com certosN om esde P oder que não é conveniente divulgar
nestaspáginas. Im ediatam ente, a aparição no canto próxim o à porta se desfez e
desapareceu,e ao m esm o tem po houve um forte estalo,que m inhaam igaouviu no
corredor. Cham ei-ade volta e quando entrou elaexclam ou: “Vejao que aconteceu à
porta!”,e descobrim osque um ade suasalm ofadasse haviapartido inteiram ente em
dois. Foiisso que causou evidentem ente o forte estalo que am bas ouvim os. N ão
ofereço nenhumaexplicação para esse incidente pelaboae suficiente razão de que
não seiqualpossaser.Eu sim plesm ente relateio que aconteceu.M eusleitorespodem
explicá-locom o bem entenderem .

Q uando não é pos sívelselaro quarto,am elhor coisaafazer é selaraaura.Fique de pé


e faça o sinaldacruz,tocando a testa,o peito,o om bro direito e o om bro esquerdo,
dizendo “P elo poderdo Cristo de Deusem m im ,aquem sirvo com todo o m eu coração
e com todaam inha alm ae com todaam inha força” (estendaam basasm ãosparaa
frente até alcançar o níveldo plexo solar,juntando apontadosdedos,e dirija-aspara
trásdascostas,tocando novam ente aspontasdosdedosatrásde si),e diga“Eu m e
cerco com o Cí rculo Divino de S uaproteção,em torno do qualnenhum pecado m ortal
ousacolocarseu pé”. Essaé um a antiga fórmulam onacal. É muito eficaz,m asseu
poderduraapenascercadequatrohoras.

70
Há váriosoutrosestratagem asque são úteis,não apenasparaenfrentar osataques
psí
quicos,m asem qualquercaso de influênciaou dom í
nio indevidos.

S e você tem que entrevistar-se com pessoascujainfluência você acha irresistí vel,
im agine que elasestão separadasde você por umafolhade vidrolam inado.Você pode
vê-lase ouvi-las,m aso m agnetism o delasnão pode alcançá-lo. Visualize essafolhade
vidroatéque elalhe pareçaserabsolutam ente tangí vel.S e você tem que associar-se a
pessoasque o afligem ,e que não estão em suapresença,im agine que elasse acham
separadasde você por um muro de tijolos,e digaasim esm o “Você não está aqui.Eu
não posso vê-lo ou ouvi-lo,e você sim plesm ente não existe”.

Q uando estiver negociando com uma pessoa que m ina a sua vitalidade,cruze os
dedos,e deponhaasm ãosentrelaçadassobre o plexo solar,m antendo oscotovelos
pressionadoscontra osflancos.Conserve ospésjuntos.Assim você pôsem contato
todososseusterm inaise fez de seu corpo um circuito fechado. N enhum m agnetism o
escapará de você enquanto m antiver essa atitude. S eu am igo provavelm ente se
queixará de seusm odos,m asvocê pode sem prefalarcom gentileza.

S e alguém tentadom iná-lo fixando-o propositadam ente nosolhos,não tente retribuir


olhar com olhar,poisisso apenasconduz aumaexaustivabatalhanaqualvocê pode
levar a pior,m as olhe fixam ente o ponto im ediatam ente acim a do nariz de seu
adversário,entre aspontasinternasdassobrancelhas.S e você estiver enfrentando
apenasum valentão ordinário,você im ediatam ente terá o dom ínio dasituação. S e,no
entanto,o seu antagonista tem conhecim entosdo poderm ental,você pode não ser
capaz de dom iná-lo,m as ele certam ente não será capaz de dom inar você, e o
resultado será um em pate. N ão tente dom iná-lo,m antenhasim plesm ente osseus
olhosno ponto e espere que ele se canse de suatentativa.Você não precisará esperar
muito tem po.

U tilizando osm étodosdescritosnaspáginasanteriores,qualquerpessoade coragem e


m entalidade norm al,desde que evite drogas,álcoole longosperíodosde jejum,pode,
se não perder o sangue-frio,vencer qualquer ataque ps í
quico ordinário; ou,no caso
dosataquesde potência anorm al,pode pelo m enosganhar tem po para conseguir
escaparebuscarajuda.

O ssacram entossão tam bém uma fonte muito potente de poder espiritual,e um a
igrejaem que o S anto S acram ento é conservado,ou que é suficientem ente antigo para
tersido consagradoantesdaR eform a,é um santuárioeficaz.

CAP ÍT U L O X IX
M ÉT O DO S DE DEFES A (III)

N atureza dosvínculos/ Efeito dosvínculos/ R elaçõesgrupais/ O ví


nculo astral/ O
observador / M étodo para destruir as form asm entais/ M étodo para absorver os

71
elem entaisartificiais/ M étodo paraquebraro vinculo astral/ T écnica de substituição /
U m caso ilustrativo.

N ão é incomum que aperturbação ps íquica ocorra devido à form ação de um ví


nculo
indesejável. P ara com preender a natureza desse problem a, devem osconsiderar o
tem adosví nculos.

Já analisam os com algum detalhe a questão da sugestão telepática. P oderí am os


consideraro ví nculo com o o aspecto passivo daquilo de que asugestão telepática é o
aspecto ativo. Ele form a,de fato,acondição básica necessáriaparaque asugestão
telepática ocorra. Duaspessoasque estão relacionadaspoderiam ser descritascom o
irm ãsgêm easastrais. Em bora oscorpos fí si
cossejam unidadesindependentes,os
corposastraisestão ligadosde talm aneiraqueaforçaastralcirculalivrem ente entre
am bas,assim com o o sistem acirculatório dam ãe está ligado pelo cordão umbilicalà
criançaque vainascer,com o m esm o sangue circulando livrem ente entre am bas.

Esse fato explica muitos fenô menos ocultos im portantes. É a chave real para o
m atrimônio,e explicamuitosfatosno relacionam ento entre paise filhos.Ele justifica
tam bém algunsaspectosim portantesdarelação entre professorealuno.

M asum ví nculo pode estabelecer-se não apenasentre doisindiví duos,m asentre um


indiví
duo e um grupo. Esse fato exerce um papel im portante no trabalho das
fraternidades.É tam bém pos sívelestabelecer--se um ví nculo entre um ser humano e
outrosreinosdanatureza; com entidadesdesencarnadas,com seressuper-hum anos,
e,de fato,com qualquer form a de vida com a qualum indiví duo pode form ar um
entendim ento sim pático. Deve haver alguma razão de sim patia com o base para a
form ação de um ví nculo,m as,uma vez form ado,ele pode ser desenvolvido até o
extrem o. É um fato curioso que se um ví nculo persiste por muito tem po,aspessoas
assim unidascom eçam ase tornar gradualm ente sem elhantes.T odosconhecem oso
hom em de aspecto “cavalar”; e tam bém o filho da terra sobre quem se disse
expressivam ente: “O paiestá no chiqueiro.Você o reconheceráporseu chapéu”.

Q uando doisseresestão vinculados,o m enospositivo dosdoistende a perder sua


própriaindividualidade,tornando-se um pálido reflexo do outro.É por essarazão que
o ocultista ocidental,que valoriza altam ente a individualidade,não tem discí pulos
pessoaisdam esm am aneiraque o gurisoriental,m aspreferetrabalharpeloritualcom
um grupo,porque esse m étodo é m aisim pessoal.M asm esm o assim osm em bros
individuaisde um grupo sofrerão certasmudanças,atravésdasquaiselesse afinam
com o tom do grupo,de m odo que haverá um certo denom inador comum que todos
possuem . Q uem não pode reconhecer a m arca do Cientista Cristão,do T eósofo,do
Q uacre? T odo sistem a que tem m editação grupalim prim e rapidam ente um a m arca
sobreseusm em bros.

N esse fato,naturalm ente,reside muito do valordaassociação com um grupo digno. E


nele, igualm ente, reside o prejuí zo da associação com um grupo indigno.
Considerem oso que acontece quando um apessoade caráter comum se associacom

72
um grupo de tom m oraldegenerado. Ele se verá em talantagonism o com am ente do
grupo que não terá opção a não ser retirar-se,ou então se afinará rápida m as
inconscientem ente com o diapasão de seusnovosassociados.S em se aperceber do
fato,seu senso m oral se tornará em botado e ele aceitará na verdade aquilo de que
teriaoriginalm ente fugido enojado.

U m a vez estabelecido o vínculo,outrascoisasalém do tom geraldossentim entos


podem ser partilhadas. Idéias reaispodem ser trans feridasde um a m ente à outra
com o natelepatia; e,dam esm am aneira,aforçavitalpodesertransm itida.É essefato
que explica certostiposde cura espiritual. Q uando a vitalidade etérea está sendo
transm itida,é necessário que aspessoasenvolvidasestejam no cam po m agnético
im ediato umadaoutra;m asquando aforçaastralestá em questão,aproxim idade não
é necessária.A transm issão independe do espaço.

N ão estam osconsiderando agora o uso legí tim o dessa força para curar,ou para
ensinare desenvolver osneófitos,de m odo que não analisarem osem detalheso seu
m odusoperandi. Já dissem oso bastante para m ostrar de que m aneira ela opera.
P assarem osagora à consideração dosm étodospráticosparaquebraresse ví nculo se
por qualquerrazão se desejadesfazê-lo.

P araavisão astral,o ví nculo telepático surge com o um raio de luz,ou com o um fio
brilhante,ou algum aform am entalsem elhante,poisé assim que ele é comumente
formulado pela pessoa que produz o ví nculo m agnético. Acontece às vezes, no
entanto,se o operador tem um elevado grau de iniciação,que ao invésde ligaroraio
diretam ente à pessoa com quem desejaentrar em contato,ele formulaum anim al
astralparaoqualtransfere umapequenaquantidade de suaprópriaconsciência.Essa
form aanim alcham a-se O bservador; ele não age por suaprópriainiciativa,anão ser
quando atacado,e nesse caso ele se defende com a natureza dasespéciesacuja
sem elhança foifeito. U tiliza-se o O bservador para obter-se um relato do que está
acontecendo sem anecessidade de concentraraconsciênciasobreum foco.Q uandoa
substância ps í
quica do O bservador é reabsorvida pelo adepto,este fica a par do
conteúdo da consciênciadaform aque criou. A desvantagem desse m étodo repousa
navulnerabilidade do O bservadoraoataque ps í
quico,e no fato de que seu projetoré
afetado se eleforinjuriado ou desintegrado.

Ao lidar com uma form a m ental, tenha sem pre em m ente que ela é produto da
im aginação,,e que não tem em absoluto umavidaindependente.O que aim aginação
fezaim aginação pode desfazer. S e o criadordaform am entallhe deu vidaretratando-
a im aginariam ente,você tam bém pode tirar-lhe a vida retratando-a claram ente e
im aginando que elaestá se desfazendo em m ilpedaços,ou que está se consumindo
em cham as,ou se dissolvendo naáguae sendo absorvidapelaterra.O que vem à vida
pelaim aginação pode sairdelapelaim aginação.

S e o que se tom ou porumaform am entalresiste à destruição por esse m étodo,trata-


se então,provavelm ente,de um elem entalartificial.Há doistiposde taiselem entais,
umaespécie que é anim adapelainvocaçãodaessênciaelem entalnum aform am ental,
e aoutrapelaprojeção sobre elade algum elem ento dapróprianatureza do m ágico.

73
S e elaé anim ada pelaessênciaelem ental,autilização do P entagram aservirá para
expulsá-la; m asse é daespécie que é anim ada pelaprópriaforça do m ágico,deve-se
utilizaroutrom étodo,conhecido com o absorção.

A absorção é um método de grau muito elevado,e asuautilizaçãoproveitosadepende


do estado de consciência de quem a em prega. Cada indiví duo deve decidir por si
próprio se num dado caso,num dado m om ento,está em condiçõesde tentá-la.A não
serque possafixarcom pletam ente assuasprópriasvibraçõese chegaraum estado de
perfeitaserenidade,livre de todasensação de esforço,ele não deve fazeratentativa.

N ão obstante,descreverem oso m étodo em proveito daquelesque desejem tentá-lo.

Harm onizando-se pelam editação em C risto,o adepto,assim que estiver convencido


de que assuasprópriasvibraçõesestãofirm es,com eçaporinvocardiante de suavisão
astralaim agem daform aque pretende destruir.Ele avêclaram ente em todososseus
detalhese procura adivinhar-lhe a natureza,se é um veí culo para o m alou paraa
luxúria,ou para a ação vam piresca: essessão ostrêstiposm aiscomuns,e pode-se
com muitacertezaatribuí -laaumaou outradessasclasses.T endo discernido o tipo da
força com aqualtem de lidar,o adepto com eçaentão am editarsobre o seu posto,
concentrando-se napureza e na generosidade se aforçaforluxuriosa; nacom paixão e
no am or,se for m aligna; e em Deuscom o criadore m antenedor de todaavida,sefor
vam piresca.

Ele continua essam editação até sentir-se banhado com a qualidade em que está
m editando,atésentir-se tão im buí
do de purezaegenerosidade que aluxúrianão o faz
sentirnada a não ser piedade,que a m alignidade não o faz sentirnada a não ser
com paixão,e em face do vam pirism o,que está tão seguro de que sua vida está
abrigada com Cristo em Deusque ele deixariade bom grado o vam piro term inarsua
refeição em paz se pudesse ajudá-lo dessa form a. N a realidade,o adepto que se
propõe a realizar uma absorção m ágica deve atingir o ponto em que com preende
claram ente anulidade do m alque está dispostoaabsorver,e não m aistenhanenhum
sentim ento para com ele anão ser piedade pelaignorânciaque pensapoder obter
algo bom para si dessa m aneira. Ele deseja enaltecer, educar e libertar a alm a
desencam inhadade seu cativeiro. Enquanto o adepto não chegarao ponto em que
não tem nenhum outro sentim ento além desse paracom o seu perseguidor,não lhe é
segurotentarumaabsorção.

Estando seguro de que está pronto para a tentativa,ele com eçapor atrairaform a
m ental,puxando o cordão prateado que aligaao seu plexo solarse for umaform a
m entalvam piresca,ou abrindo asuaaurae envolvendo-ase elafor de um dosoutros
doistipos.Ele asuga,literalm ente. Esse processo deve ser feito lentae gradualm ente,
durante alguns m inutos. S e for feito rapidam ente,o adepto pode não conseguir
m anter firm esassuas próprias vibrações,e então estará numa situação deveras
desagradável.

74
Q uando aform am entalfor absorvida,o adepto sentirá um areação em suaprópria
natureza que corresponde ao tipo daform am ental.S e esta é umaforçaluxuriosa,ele
sentirá o desejo despertar dentro de si; se é um aforçam aligna,ele sentiráraiva;ese é
um vam piro,ele sentirá desejo de sangue.O adepto precisadom inarim ediatam ente
esse sentim ento e retornarà suam editação sobre aqualidade oposta,conservando-a
até que assuasvibraçõessejam uma vez m aiscom pletam ente harm onizadas. Ele
saberá,então,que a força m aligna foineutralizada e que há muito m enosm alno
mundo. Ele sentirá um grande acesso de vigor e umasensação de força espiritual,
com o se pudesse dizeraumam ontanha:“Jogue-se ao m ar”,e isso serealizasse.É essa
sensação de exaltação e poder espiritualque o inform aque o trabalho foirealizado
com sucesso.N o entanto,é aconselhávelrepetiram editação em intervalosde doisou
trêsdiasno caso de outraform am entaltersido formuladae enviadaapósaprim eira.

Q uanto ao em issordaform am ental,quando aabsorção tiver lugar,ele sentirá que “a


virtude o abandonou”,e poderá m esm o ser reduzido tem porariam ente a um estado
de sem icolapso. Ele se recuperará em breve,m ascom o seu poderparaom alde seu
tipo particular consideravelm ente reduzido por algum tem po, e se ele tem a
possibilidade de reform ar a sua natureza, pode ocorrer que ele próprio fique
perm anentem ente livre desse tipo de m al.

A grandevantagem desse m étodo é que ele destróirealm ente o m al,porcom pleto,ao


passo que asim plesdestruição de um aform am entalé com o cortar a ponta de uma
erva daninha.P or outro lado,esse m étodo só pode ser realizado porum ocultista de
alto grau afinado por sublim e diapasão. S e alguém se perturbou ou se esgotou ou
perdeu de algum am aneirao sangue-frio,não deve tentá-lo de novo.

S e percebem osque o ví nculo se estabeleceu naform ade um alinha de luz,um cordão


ou outraform asimilar,presaao plexo solar,à fronte,ou aqualquer outra parte do
corpo,am elhorm aneirade cortá-loéforjarumaauram ágica.De fato,se percebem os
um ví nculo,aprim eiracoisaafazer é visualizar o cordão e tentar ver onde ele está
preso; o plexo solaré o localm aiscomum.

Formule em seguidaaespadaem form ade cruz,com o se descreveu anteriorm ente,e


invoque abênção de Deussobre ela.Visualize então umatochaflam ejante,e invoque
o poder do Espí rito S anto,cujo s
ím bolo é essam esm a tocha. Com a espada,serre o
cordão ou o raio até que todo ele tenhasido cortado.Em seguida,queim e asuaponta
com o fogo consagradodatochaatéque ele murcheecaiado ponto em que se ligaao
seu corpo.

Após efetuar esse corte, deve-se, naturalm ente, tom ar as precauções hum anas
ordináriaspara im pedir que o vínculo seja reform ado. R ecuse encontrar-se com a
pessoaresponsávelpor suaformulação,ou ler ou responderasuascartas.Corte de
fato,porum perí odo de algunsm esespelo m enos,ascomunicaçõesfí si
cas,dam esm a
m aneiracom pletaeresolutacom o secortaram ascomunicaçõesastrais.

Há ocasiões, contudo, quando um a pessoa está tão com pletam ente ofuscada e
dom inada,que elanão pode realizarporsim esm aessaoperação. A operação m ágica

75
da S ubstituição pode,então,ser executada se se pode encontrar um am igo apto a
em preender atarefa.

P araexecutaressaoperação,osdoisam igosconcordam que elaseráfeita,m asaquele


que será o substituto não deve dizer à ví tim a original quando pretende realizar a
operação,pois ela pode estar tão com pletam ente nas m ãos do dom inador que
correriaorisco de revelarinvoluntariam ente o segredo.

Escolhendo um ahora em que estejacerto de que o am igo está dorm indo,o substituto
se concentranele e im aginaestar ao seu lado,e visualizao fio ou cordão do vínculo
que se estende do am igo ao espaço. S e pudervisualizaro outro ponto de ligação no
dom inador,tantom elhor.

Ele então formulaaespadaeatochaacim adescritase,em punhando asduas,im agina


colocar-se no m eio do cordão do ví nculo,de m odo aparti-lo com o corpo. Ele não
deve utilizaraespadaou a tocha nesse processo,m asquebrá-lo com asuaprópria
carne,por assim dizer. T endo assim cortado o cordão de seu am igo,ele deve então
atingi-lo com a espada e a tocha com toda a sua força,quando o cordão tentar
envolvê-lo, pois certam ente o fará, uma vez que se assem elha exatam ente aos
tentáculosde um polvo. O substituto deve atingi-lo violentam ente,apresentando em
zelo o que lhe falta em conhecim ento,até que ele tenha tido o bastante,e com ece a
se enrolare aretirar-se.O com bate,naturalm ente,ocorrenaim aginação,m asse um a
im agem clarae vividaforproduzidaele seráeficaz.

P arailustraresse m étodo,posso m encionarum caso que m anipuleicerta vez por esse


m eio.P erguntaram -m e se podiaajudarumamulher que eraumainválidavitalí cia,m as
cujo caso os vários m édicos que ela havia consultado não eram capazes de
diagnosticarsatisfatoriam ente,nem de trazer-lhe ajuda.T odosconcordavam em que
nadahaviade orgânico com ela,e depoisde tentarem vão curá-la,diziam geralm ente
em uní ssono que eraum caso de histeriapura.Elasofriade um crônico estado de
exaustão,de indigestão,de ataquesde vômito,de doresde cabeçaenceguecedorase
de palpitações cardí acas. Ela não tinha, contudo, ’ nenhuma disposição neurótica,
sendo,ao contrário,umamulher tranqüila,sens í
vele intelectual,que suportavaseus
sofrim entoscom coragem .

Fiz um diagnóstico ps í
quico e chegueià seguinte conclusão. Durante muitasvidas
passadas,elatrilhou o Cam inho e,em suaúltim avida,umaencarnação m asculina,a
fim de apressaro seu progresso,elaviajou parao O riente,e recebeu ainiciação numa
dasO rdensT ibetanas,que infelizm ente revelou ser do Cam inho daM ão Esquerda.Aí
elaaprendeu o HathaYoga,que dá controle sobreasfunçõesdo corpo.

Em suavidaatual,elareteve ospoderesque o seu treinam ento lhe haviadado,m as


não alem brançadatécnica.Consequentem ente,osseusestadosem ocionaisafetavam
ossistem asautom áticosdo controle nervoso,cujasfunçõesnão estão norm alm ente
sob a direção da m ente. P ortanto, todas as vezes que ela era em ocionalm ente
perturbada, sua atividade m ental subconsciente transbordava para a m ente
autom ática e desregulavaalgunsdossistem asfuncionaisdo corpo. Acredito que esta

76
explicação dá umachaveparamuitoscasosde distúrbio funcional.M uitaspessoasno
curso das práticasm editativas ocultas obtêm controle da m ente autom ática que
controlao funcionam ento dosórgãosfí si
cos.P ode-se lem brarque o fam oso cientista,
S irFrancisGalton,o fundadordaciênciadaeugenia,faziaexperiênciascom o controle
m entaldarespiração,e que,ao consegui-lo,descobriu que afunção autom áticahavia
caí do num estado de latência,e ele teve que despender trêsansiososdiasrespirando
pelo poder da vontade e por atenção voluntáriaaté que afunção autom ática fosse
restabelecida.

N esse caso particular,contudo,haviam aisdo que um distúrbio de função; haviauma


exaustão crônica peculiar e muito m arcante. C oncluíque ainda existia um ví nculo
entre elaeaO rdem tibetanadaqualelahaviasido um ainiciadaem suavidaanterior.
Com o sabem osocultistas,o indiví duo retornavidaapósvidaà O rdem daqualé um
iniciado,poiso ví nculo é muitoforte.Essaé um adasrazõespor que asgrandesEs colas
de M istério não precisam fazer-se conhecidaspelapublicidade; elasconhecem osseus,
e osarrebanham no plano astral.

M asse é um a coisavalios íssim aestar sob aproteção de umaO rdem respeitável,é


extrem am ente desagradávelpersistirnum relacionam ento sim ilarcom uma O rdem
infam e. N esse caso particular,eu eradaopinião de que aO rdem à qualessasenhora
haviapertencido num avidaanterior m ergulharaem profundadecadênciae de que os
seusdirigentesestavam deliberadam ente drenando a vitalidade dosm em brosque
pertenciam aela.

T rabalhando com base nessahipótese,projetei-m e astralm ente da m aneira que já


descrevi,e visiteiessasenhoraà noite. P ercebique,enquanto dorm ia,de seu plexo
solar em anava uma substância negra, elástica e viscosa, que se assem elhava
muití ssi
m o aum bastão de alcaçuz espanholque foim ascado por umacriança.Essa
substânciase perdiano espaço.Ao tentardescobrirasuaoutraextrem idade,tive uma
breve e longínquavisão de um m onastério com um telhado chinêsem poleirado num
penhasco entre grandesm ontanhas.

Enfrenteiasituação pelo sim plesexpediente de passarm eu corpo astralpelalinhade


substância negra,quebrando-a. Elase transferiu im ediatam ente para o m eu plexo
solar,e por um instante sentiumaondade pensam entostentadoresinstigando-m ea
deixar essamulher sob o m eu dom í nio e a explorá-la em toda a sua capacidade
financeira.Expulseiessaidéiae “ataquei” a corda de alcaçuz astraldam aneiraque
descrevi,cortando-ae queim ando-lhe aponta,e tive asatisfação de vê-laenroscar-se
e desaparecernastrevas.Caí ,então,no que considereium sono bem m erecido.

N ada falei a essa senhora de m inhas idéias, porque desejava descobrir se podia
esclarecer o caso trabalhando sem ajudanahipótese oculta e sem deixar-m e induzir
por qualquer sugestão. N a m anhã seguinte,eu a visitei para saber com o estava
passando,e a encontreisentada na cam a com endo um farto desjejum e com o
sem blante de um amulher com pletam ente diferente dacriaturapálidae exausta que
haviavistonodiaanterior.

77
S em esperar por qualquer perguntade m inhaparte,eladisse: “N ão seio que houve,
m assinto-m e com o se algo tivesse sido quebrado e estou livre”.

Depoisdo desjejum elase levantou,saiu paraum passeio e encontrou o m édico quea


estava atendendo,narua.T ão grande era a mudançade suaaparênciaque este não
conseguiu reconhecê-laaté que elalhe dirigisse apalavra.

Eu lhe disse que em m inhaopinião elanão deveriadedicar-se aosestudosocultospara


não refazer o ví nculo m agnético com a antigaO rdem ,e tam bém lhe ensineicom o
im pedir que a sua m ente subconsciente enviasse sugestõesdestruidoras aosseus
sistem asorgânicosde controle funcional.P or algunsanos,elase m anteve com boa
saúde,m asdepois,infelizm ente,retom ou o estudo do ocultism o e recaiu num estado
sem elhante ao anterior,tendo provavelm ente refeito oscontatoscom aFraternidade
tibetanaque tantostranstornoslhe causara.

CAP ÍT U L O X X
M ÉT O DO S DE DEFES A (IV)

Anjosdaguarda/ Heróisnacionais/O sAnjosBonse M ausdaCabala/ O eu superior /


A forçadeCristo / A P oliciaO culta / Experiênciasrelacionadascom aP olí
ciaO culta/O
Adepto indiano e o seu grupo de m editação / Com o se obteve acesso à m ente grupal
daraçabritânica/Com o aP olí ciaO cultafoidescoberta / S eusm étodos/ O sinaldado
por ela/ O cumprim ento do sinal/ P rova de que elaconhece osm ovim entosdos
adeptos/ O segundo sinalque foidado / AsL ojasde Caça/ M inhaexperiênciacom
umaL ojade Caça/ M aneiracuriosapelaqualainform ação é obtida/ Com o aP olí cia
O culta pode ser cham ada / Aslojasocultasnão têm uma organização central / O
m ovim ento não é controlado pêlosjudeus/ Inconsistênciadosataquesfeitoscontra o
m ovim ento aesse respeito / Abusosprincipaisdo m ovim ento oculto / O sprincipais
ocultistas,desconhecidosforadesuasprópriaslojas.

Há tantashistóriasarespeito do aparecim ento de anjosdaguarda-nosm om entosde


crise,que m esm o osm aiscéticosdevem adm itirque esse é um casoaserconsiderado.

Existe uma tradição em Devon, de acordo com a qual, se o T am bor de Drake,


conservado na Abadia de Buckland,nasproxim idadesde T avistock,é batido num
tem po de crise,o próprio Drake retornará para conduziraarm adabritânica.N ew bolt
im ortalizou essalendaem seu fam oso poem a:

‘T om a m eu tam bor em Devon e leva-o para o litoral. T oca-o quando tua força
escasseia.

S e osDonsm irarem Devon,deixareio porto do Céu,E com o outrorareunireiatoque


de tam boroCanaldaM ancha.”

78
A idéiado heróique retorna para conduziro seu povo,ou ado anjo daguardaque
aparece nashorasde crise,está profundam ente entranhadano coração de todasas
nações,e nada a extirpará. Inúmerosexem plosforam relatadospeloshom ensque
retom avam dastrincheirasdurante aguerra.

Voltem osumavez m aisà antigasabedoriadaCabala,esse depósito de conhecim entos


ocultos.Aprendem osaquisobre o Anjo Bom e o Anjo M au daalm ado hom em ,que
ficam atrásde seu om bro direito e esquerdo,um tentando-o e o outro inspirando-o.
T raduzam os o Anjo S om brio nos term os do pensam ento m oderno e terem os o
subconscientefreudiano.

M as os freudianos não com preendem que há tam bém um Anjo L uminoso que
perm anece atrásdo om bro direito de todososhom ens.T rata-se dasuperconsciência
ou,em outras palavras, do Eu S uperior,o S anto Anjo da Guarda que Abram elin
buscavacom tantoardoreesforço.

T odossabem osque quando baixam osnossaguarda uma negra tentação surge das
profundezasde nosso eu inferior,que algo atávico se agita e que tem ospensam entos,
ou m esm o fazem oscoisasde que nuncanosterí am osjulgado capazes.O uvim osavoz
do Anjo S om briofalando.

Da m esm a m aneira,nashorasde terrí veltensão,quando estam osencostadosna


parede e estam oslutando por m aisdo que nossasvidasfí si
cas,outraVoz se faz ouvir,
a voz do Anjo L uminoso. Eu nuncasoube que isso tenha ocorrido quando um hom em
estavalutando sim plesm ente porsuavidafí si
ca.P araaquelesque vêem além do véu,
a m orte não é nenhum grande m al; m as nas horasde crise espiritual, quando o
verdadeiro eu está sendo arrebatado,então é o grito daalm aque é ouvido,e Algo se
m anifesta dasnévoasdo Invisí vel,m anifesta-se num aform aque é com preens ívela
quem cham a.S e apressão intensaprovocauma expansão tem poráriadaconsciência,
um psiquism o fugidio,ou se um S er de sua própria vontade atravessao véu e se
m anifesta,eu não sei; nuncahá detalhesdisponí veisdessesincidentes.Elesocorrem
apenas nas horas de terrí vel tensão e vão tão rapidam ente quanto vieram ,não
deixando nenhum traçoanãosersobreaalm a.

Eu afirm o que assim com o o S er Inferior pode elevar-se em m om entosde tentação,o


Eu S u perior pode descer nosm om entosde crise espiritual.O objetivo do m í s
tico é
viver exclusivam ente no Eu S uperior.O objetivo do ocultista é trazer esse Eu Superior
param anifestar-se na consciênciado cérebro: “Em m inha carne vereiaDeus”.Assim
com o o Eu Inferiorpode levantar-se e induzir-nosaalgum ato horrí vel,o Eu S uperior
pode virem nosso socorro,“terrí vel’ com o um exército em bandeirado”.

Já falei da voz m isteriosa que m e instruiu sobre com o livrar-m e de grave perigo
psíquico. Em outrasocasiõesde tensão e violento esforço experim enteiumasúbita
expansão ou alteração do ní velde consciência.O Eu S uperior desceu e assumiu o
controle. Q uando estam osno m eio do tumulto,som ossubitam ente elevadospara
cim a deste e vem ostodasascircunstânciasda vida desenrolarem -se num relance,
com o se ví ssem osuma região de um local elevado,e sabem osintuitivam ente o

79
resultado do assunto.T odo tumulto em ocionalcessa,e som oscom o um navio à capa,
suportando seguram ente a tem pestade. Q uando isso m e ocorre,aslem brançasde
m inhasencarnaçõespassadassão sem pre muito vividas.É esse ‘despertarsimultâneo
do passado que m e faz sentirque a voz é a do m eu Eu S uperior,e não de outra
entidade.

Creio que nashorasde crise espiritualo hom em que tem fé na leide Deuspode
levantar-se e invocarasua proteção e um aparente m ilagre será realizado em seu
benefí cio. Entretanto,pode não haver nenhumainfração da leinatural; portanto,esse
m ilagre deve sim plesm ente ser um exem plo daoperação de umaleicom aqualainda
não estam osfam iliarizados,com o um eclipse se afiguraao selvagem com o um m ilagre,
m asao astrônom o com o um fenômeno naturalque pode serprevisto com exatidão.

O que induz essamudançade controle em nossasvidas? Estam osfam iiarizadoscom o


fato de que o m otor de um carrotem trêsm archasà frente e umaàré.N ão é pos sível
que asnossasm entestam bém tenham m archas,e que é um amudançade m archaque
induz o psiquism o? N ão há ocasiõesem que m archam osà ré e o m acaco e o tigre em
nósassumem o com ando?

Atrásdo plano fí s
ico está o plano astral,e atrásdo plano astralestáoplanom ental,e
atrásdo plano m entalestá o plano espiritual,e cadaplano age com o um plano causal
parao plano inferior,e cadaum porsua vez é controlado do plano m aissutil.Q uando
“mudam osde m archa”,a consciênciaé deslocadade um plano m aisdenso paraum
m ais sutil e com eçam os a pôr em m ovim ento causas muito rem otas de que os
acontecim entosno plano fí si
co são resultadosfinais; m anipulam osessascausase os
resultadosse produzem im ediatam ente.

Q uando mudam os de m archa do fí s


ico para o astral, acham o-nos no plano da
consciênciaps íquica e da m agiam enor. S u pondo-se que um com bate ps íquicoocorra
entre doisocultistas,se um delesé de um grau que lhe perm ite mudaram archa,de
m odo que aconsciênciase elevado plano astralparaom ental,ele estaránaesferada
m agiam aior e terá pleno controle dasituação. O outro nada pode fazer contra ele.
M aso que acontece no caso da rara e m í stica alm a que pode mudar outra vez a
consciênciae engatar a m archa de um poder puram ente espiritual? Ele desbancao
adepto. Há muitasalm asque têm essam í s
tica consciênciaespiritual,em bora não
tenham nenhum conhecim ento oculto. Entre osm odosde pensam ento superiorese
inferiores,há um grande abism o que elassaltam tem erariam ente. S e num ahora de
crise elassão capazesde elevar-se nafé e penetraressaconsciênciam í sticaeficarem
silêncio,elasterão o arsuperior de qualquer ocultista que não conta com nadaanão
seratécnica do ocultism o.

A questão da consciênciam í stica está,contudo,fora do objetivo de nossapresente


investigação, que diz respeito aos m étodos ps íquicos e à técnica tradicional do
ocultism o. T em peram entosdiferentesem pregarão m étodosdiferentes,e o m étodo
mí s
tico não interessaatodos.

80
O ocultista não ignoraaforçadeCristo; ele sabe que elase enquadranahierarquiadas
forçassuprem asdo universo,em borapossanão estar preparado para conferir-lhe a
posição exclusiva que essaforça ocupa no coração do m í stico cristão. N a T radição
ocidental ela é sim bolizada por T iphareth, a S ephira central dos Dez S ephiroth
S agradosdaÁrvoredaVidaCabalí s
tica.

A força de Cristo é o fator equilibrante,com pensador,curativo,redentor e purificador


do universo. Eladeveriaser invocadaem todaoperação de autodefesaps íquica,na
qual qualquer elem ento hum ano, encarnado ou desencarnado, está envolvido.
Q uando se tem que enfrentar elem entosnão-hum anos,taiscom o elem entais,form as
da m ente ou o Q lippoth,é o poder de DeusP ai,com o Criador do universo,que é
invocado,afirm ando-se aS uasuprem aciasobre todososrem osdanatureza,visí vele
invisí
vel.DeusEspí rito S anto é aforça que é em pregada nasiniciações,e não deve ser
invocada durante as horas de dificuldade ps íquica,poissua influência tenderá a
intensificaroestadoetornaroVéu aindam aisfino.

Há um aspecto muito curioso do mundo oculto arespeito do qualse deve dizer algo
naspresentespáginas,em boranão muito possaser revelado e,paraser franca,eu
próprianão saiba o bastante sobre ele,m asapenasosaspectoscom que,deparei
realm ente. Eu já ouvicham arem -no de P olí
ciaO culta; outrospodem conhecê-lo por
nom esdiferentes,m asacredito que se trata de uma coisareale concreta,em boraa
suaorganização não estejano plano fí s
ico,nem ,até onde eu saiba,estejam assuas
atividadesmundanasconcentradasnum único parde m ãos.Eu cruzeio seu cam inho
em váriasocasiões,e cumprim eu papelem suasatividades,e converseicom outras
pessoasque tam bém estiveram envolvidascom ela,e todosdisseram o que eu disse,
que é a voz interior e ascircunstânciasque dirigem asnossasatividadesquando
cooperam oscom essam isteriosaorganização.

P enso que elaestá organizadaem unidadesnacionais,poisaspessoasparecem entrar


e sairdasjurisdições,ou passarde um aparaoutra.P elo que sei,elanão tem nenhum a
tendência polí tica particular, estando envolvida exclusivam ente com os m étodos
ocultosaplicadosparafinscrim inosose ofensivosà sociedade.

U m ou doiscasosilustrativospodem nosajudaraesclarecer o assunto.U m ocultista


indiano que estava visitando a Inglaterra,afim de fundarumaescola,experim entou
algunsproblem as.Ele estavaprofundam ente envolvido napolí tica de seu próprio país
e não haviadúvidade que antipatizavaradicalm ente com osingleses.P enso que fuia
única anglo-saxônica de sangue puro a entrar em contato com ele. Até onde sei,ele
não se interessavapelasatividadespolí ticasmundanas,m aserasuaidéiaorganizarum
grupo de m editação que deveriadespejaraforça espiritualregenerativa do O riente
sobreaalm agrupaldo Im pério Britânico,que,segundo afirm ou,estava em péssim o
estado. Eu afirm ei, contudo,que a alm a grupal não estava m orrendo,com o ele
afirm ava,m asexausta,poishaví am ossaí do há pouco daGuerra.Além disso,eu não
podiavercom o alguém que antipatizavatantocom elapoderiaser capaz de regenerá-
la.Eu não estava certa tam bém de que a regeneração seriade nosso agrado,caso a
recebêssem os.Esse hom em ,que cham areide X .,tinhaum intenso orgulho espiritual,e
suaidéiabásicaeraque aInglaterra deviareconhçcer asuprem aciaespiritualdaí ndia

81
e receber sua inspiração espiritual do O riente. Eu era jovem e inexperiente,m as
com eceiam e perguntar que espécie de força espiritualestava para ser despejada
atravésdo canalque estávam osconstruindo. S u pondo-se que durante aGuerraum
grupo de ocultistasinglesestivesse tentado realizar um serviço sem elhante paraa
Alem anha,que linhateriasido adotada? N ão teriam elestentado influenciaram ente
grupal alem ã a abandonar seus ideais m ilitaristas e a concentrar-se na L iga das
N ações? N ão era exatam ente o m esm o que tentava fazer o nosso am igo indiano ao
tentar dissuadir-nos de nossas tendências im perialistas? N ão lhe teria parecido,
sofrendo com o sofriasob o preconceito racialdo hom em branco,que o mundo seria
um lugarbem m elhorparaahumanidade se o inglêscuidasse de seu próprio jardim e
deixasse osoutrospovosem paz? Fiqueim aise m aisinquietae X .,sendo um bom
sensitivo,detectou minhainquietação,e fuiconvidadaam e retirardo grupo que ele
estavaorganizando.

Eu sentiaque algo sinistroestavasendo tentado contraam ente grupalde m inharaça,


m asnão tinham eiosde avaliarasuaextensão ou potência.Essanão eraumahistória
que se pudesse contarà S cotland Yard; além disso,muitosde m eusam igospessoais
acreditavam na bona fides de X . e estavam tom ando parte no grupo que ele
organizava,e eu estava aflita paranão envolvê-losem qualquer aborrecim ento. Em
m inhaperplexidade,resolvinadafazer no planofí si
co e invocarosM estresdosP lanos
Internos.

N essaépoca,eu não erade um grau que tem acesso direto aosM estres,m asresolvi
tentarentrarem contato telepático com eles,em boranão soubesse se aquelescom
quem procurava comunicar-m e telepaticam ente fossem entidadeshum anasou não,
encarnadasem corpos fís i
cosou desencarnadas,poisàquele tem po eu não havia
avançadomuito em m eusestudosocultos.

A única coisaem que podiabasear-m e era umaidéiaabstrata e o reconhecim ento de


que nasdificuldadesanterioreseu tinhasido capaz de entrarem contatocom Algo nos
P lanosInternosque m ostraraserum am igo poderoso.

N atelepatia,o m étodo usualparaestabelecer contato é visualizarapessoacom quem


se deseja comunicar e cham á-la pelo nom e. Eu nada tinha para visualizar e não
conhecianenhum nom e. Entretanto,resolvifazer a tentativa o m elhor que podiae,
falando m etaforicam ente,pusm inha cabeça para fora da janela deste tabernáculo
carnalecham eiapolí cia.E recebiumaresposta.A Voz Interior respondeu-m e clarae
distintam ente:

“P rocureoCoronel.”

Fiqueimuito surpresa,poiso CoronelY.eraumapessoamuito ilustre a quem eu fora


apresentadauma vez,e aúltim apessoano mundo aquem alguém convidariapara’
contar coisasdo arco da velha. Eu não tinha a m enor intenção de passar ridí culo
enfrentando esse form idávelguerreiro em sua toca. M eusestudospsicológicosm e
haviam fam iliarizado com ostrabalhosdam ente subconsciente e o que elapode fazer

82
quando dissociada,e sentique asituação precisavaser tratada com extrem acautela,
poisosresultadosde um passo em falso poderiam ser desagradáveis.

R epliquei,portanto,à Voz Interior: “N ão acredito em você,am enosque m e dê um


sinal”.

A réplica não tardou: “O Coronel Y. estará em sua próxim a conferência. Fale-lhe


então”.

R epliquei: “Eu seique o CoronelY. não irá à m inha conferência,poiso seu regim ento
está no exterior e ele não voltaráantesque aconferênciaserealize”.

A respostafoi: “O CoronelY.estaráem suapróxim aconferência”.

“M uito bem”,disse eu,“esse será o m eu sinal.S e o C oronelY. estiverlá,eu lhe falarei,


e se não estiver,deixareique o caso sigaoseu curso”.

Q uando chegou o dia aprazado,fui dar a m inha conferência num a certa cidade.
Chegueiao salão nahoradevida,e aprim eirapessoaque vifoio CoronelY.subindo as
escadas! R esolvi,portanto,pegaro touro à unhae im ediatam ente apósaconferência
fuidiretam ente aele e lhe disse: “T enho um am ensagem parao senhor.

“Eu sei”,respondeu ele,“poism e disseram paraaguardá-la”.

P arece que ele estava em seus aposentos uma tarde com seus dois cães. Eles
subitam ente ficaram perturbadose com eçaram ainvestigaralgo que não estavalá.O
CoronelY. ouviu’ uma voz dizer-lhe distintam ente ao ouvido interior que eu pediria
suaajudae que ele deveriadá-la.Eleficou tão im pressionado com essaocorrênciaque
se dirigiu aumaam iga comum e lhe perguntou se eu estava em algum a confusão. A
seu pedido, ela m e escreveu para saber com o eu estava passando, m as não
m encionou nenhum nom e,e eu,não com preendendo o significado do incidente,dei-
lhe um arespostaevasiva.

Ele ouviu am inha históriae pediu-m e paradeixaro assunto em suasm ãos,o que eu
fiz.

Essaé um ahistóriade coincidênciasbastante estranhas,m asaconclusão é aindam ais


estranha. Depoisde deixar o CoronelY.,pergunteiuma vez m aisao Invisí velse eu
deveriafazer m aisalgum a coisa.A resposta que chegou eraade que no m om ento eu
não deviafazernada,m asque eu seriainform adaquando aaçãoposterior devesse ser
em preendida. S oube,depois,que X . haviadeixado o paí spoucosdiasapósam inha
entrevistacom o CoronelY.

N ada aconteceu durante cinco m eses,e então umatarde,estando eu sentadadiante


dalareiranapenum bra,ouvidistintam ente aVoz Interior dizer-m e que agora era a
hora de tom arprovidênciasem relação ao caso de X .,e que eu deviairao S r. Z. e
contaram inhahistória.O ra,o S r.Z.eraumapessoamuito ilustre,que eu sabiaserum

83
ocultistaelevado,m asaquem eu nuncahaviaencontrado.R epliqueià voz interiorque
eraim poss ívelaproxim ar-m e do S r.Z.,que m e m ostrariam aportaeque anão serque
abrissem o cam inho para esse fim ,eu não via com o isso pudesse se realizar. A
resposta,muito ní tida,foide que o cam inho estarialivre.Efoiverdade.

Dois dias depois anunciaram uma visita, um velho am igo a quem eu via
ocasionalm ente,e apósassaudaçõesusuaise a troca dasnovidades,ele disse: “Eu
gostaria muito que você encontrasse um am igo m eu que, acredito, teria muito
interesse por seu trabalho. P osso apresentá-laaele? S eu nom e é S r.Z.”.N ão é preciso
dizer que concordei.

Q uando chegueiao encontro com binado,disse ao S r. Z.,apóster sido apresentada:


“T enho um am ensagem parao senhor”,pensando que m e poderiam tom artanto por
uma dem ente quanto por uma basbaque. Ele m e ouviu atentam ente,e quando
m encioneio nom e do indiano,m eu am igo,que estavapresente,exclam ou: “E curioso
que você estejatratando desse assunto neste m om ento. X . regressou à Inglaterra há
doisdias”.

N ote-se que assim que X .deixou aInglaterra,eu fuiinstruí


daanadafazer,e que assim
que ele retornou, após uma ausência de cinco m eses, eu fui instruí da a agir
novam ente. A não ser que estejam ospreparadospara arrancar o longo braço da
coincidênciade seu bolso,devem osconcluirque algum ainteligênciadiretiva estava
em ação. Esse é apenasum exem plo entre muitosde m inhaexperiência.Aslim itações
de espaçom e proibem m encionarmuitosoutros.

Além da P oliciaO culta,que funciona apenasnosP lanosInternos,existem tam bém


certosgruposde ocultistasque se reúnem no propósito de com bater o O cultism o
N egro. S uponho que elesse dêem diferentesnom es,m asnão seiquaissão; já ouvi
referirem -se genericam ente aelescom o P avilhõesde Caça.Em váriasocasiões,travei
escaramuçasem seusflancose presencieialgum asanim adaspilhagens.Im agino que
elesestão organizadosem associação com aP olí ciaO culta,poispossuem m eiosde
obter inform ação que sugerem uma cooperação oriunda dosP lanosInternos. Eles
parecem possuir alianças em quadrantesinesperadose ser capazesde puxar um
considerávelnúmero de fios.N ão seique arm asps íquicasutilizam ,m asno planofísi
co
parecem contargrandem ente com osrelatosdosjornais,vigiando osindesejáveisem
trânsito e nuncaosdeixando estabelecer-se e organizar-se. S abendo o que seide seus
m étodos,de tem posem tem posreconheço asuam arca em váriastransaçõespelas
quaisoscidadãosdecentestêm todaarazão de serem gratos.

Eu osencontreicerta vez numa circunstânciaque serve para ilustrar a m aneirapela


qualosocultistaspodem “pedir” asinform açõesde que necessitam ,e atrilhafortuita
de circunstânciasasfornece.

Q uando eu era jovem ,no iní


cio do m eu interesse pelo ocultism o,entreiem contato
com um adepto que logo com preendiestar no Cam inho da M ão Esquerda,e com
quem logo corteio m eu contato. P ouco depoisde ter rom pido com ele,eu estava
assistindo aumagincanacom algunsam igos,entre elesum estudante de ocultism o,e

84
com eçam osadiscutirassuntosde interesse mútuo.Im pelidapor não seique im pulso
para confiar a ele o que jam ais havia falado a ninguém , contei-lhe as m inhas
experiênciascom o adepto aque m e referi.P araminhasurpresa,ele sabiatudo sobre
essapessoa.P arece que m eu novo am igo estavaligado aum grupo de ocultistasque
tinha por tarefa caçar asL ojasN egras
; elesjá haviam cruzado o caminho de m eu
adepto negro e o haviam obrigado acessartotalm ente asatividades,e elehaviajurado
não reorganizarasuaO rdem . Eleshaviam tido razõesrecentem ente para acreditar
que esse juram ento não estavasendo m antido e que ele tinhanovam ente organizado
umaL ojae estavaoperandoseusrituais,m asnão sabiam onde lhe pôrasm ãos.E aífui
eu,um pedaço dosdestroçoslançadosnum cam po esportivo,adar-lhe ainform ação
de que precisavam no exato m om ento em que dela precisavam . Essas coisas
acontecem regularm ente dem aisno ocultism o paraque alguém possaconsiderá-las
com ofortuitas.

Acredito que é pos sí


vel,para quem quer que dela tenha necessidade,entrar em
contato telepático com essaforça policialoculta.O sí
m bolo que m e ensinaram ausar
era uma Cruz do Calvário negra sobre um cí rculo escarlate. Devem osformulá-lana
im aginação,e enquanto am iram osm entalm ente o pedido é enviado parao Invisível,
em anando do centro datesta.

Váriastentativasforam feitasparaprovarque asfraternidadesocultassão dirigidasde


algum assedes,pretensam ente situadasna Alem anha,no T ibete,na M ongóliae na
Am érica do S ul. P essoalm ente, não acredito nisso. S uponho que tenho um
conhecim ento bastante variado dos trabalhos interiores do m ovim ento oculto,e
nuncaviqualquer coisaque indicasse um controle centralizado,sejaparao bem ,seja
parao m al.N a verdade,tudo apontaparao contrário,e indicaque não há um ví nculo
unificador,anão ser o de umaliteraturacomum,um idealism o comum e um conjunto
de sím bolosque,se não são comunsatodasasseções,são facilm ente traduzí veispor
m eio de equivalentesbem com preendidos.A situação no mundo oculto é análogaà da
CristandadeP rotestante,não à daCristandadeR om ana.O ocultista não tem um P apa.

P enso tam bém que o bolchevism o jam aisinstalou qualquercabeçade ponte nasL ojas,
em bora eu acredite que tenha tentado,com o o testemunhaasolicitação à m inha
própriafraternidade.O ocultista comum não se interessapor polí tica,seu interesse é
pelascoisasinvisíveis.Além disso, as fraternidadesocultasestão desorganizadase
dispersasdem aispara constituí rem form idáveis arm aspolí ticas,m esm o se fossem
im buídasde bolchevism o.

Diz-se tam bém que asfraternidadesocultassão controladaspelosjudeusno interesse


do sionism o.Issoétotalm ente falso. Há pouquíssi
m osjudeusno m ovim ento oculto. É
verdade,no entanto,que aCabala,o m isticism o tradicionaldaraçajudia,é um adas
fontesprincipaisdo ocultism o ocidental,e que todo ocultista que trabalhasobre essa
tradição deve pelo m enosconhecer um pouco de hebraico parapoder transliterara
escrita hebraica.O estudo dam oderna Cabalam í sticaestá quase exclusivam ente nas
m ãosdosgentiose os eruditosjudeusortodoxospouco ou nada sabem de sua
literaturae absolutam ente nadade seu sentido m í
stico.

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N inguém disse coisasm aispesadassobre o m ovim ento ocultista do que eu,e se eu
pensasse que há qualquersistem a organizado de m ásinfluências,não hesitaria em
dizê-lo, pois prezo bastante a integridade do m ovim ento; m as não acredito
honestam ente que exista qualquer organização generalizadado m ovim ento ocultista,
sejaparao bem ou parao m al,qualquer que sejaaconcepção de bem e m alque
tenham os.S ó podem os,naturalm ente,falardaquilo que vem os,m aspenso que seria
im possívelparam im estar tão intim am ente associadaao m ovim ento com o estive e
nuncatercruzado o seu cam inho em algum lugar.Eu cruzeimuitoscam inhos,e vi,não
o negarei,muitascoisasm ás,m asesse m alparticulareu jam aistestemunhei,e não
acredito que ele existaanãosernaim aginaçãodaspessoasque vêem am oscaazul.O
verdadeiro vínculo do m ovim ento ocultista é a devoção a um idealcomum,m asesse
idealé alcançadoporumainfinitadiversidade de cam inhos,tantosquanto asvidasdos
filhosdoshom ens.

L am ento pelahipotética pessoaque tem atarefade organizaro m ovim ento ocultista,


poisosocultistasdasdiferentesescolasnão podem ser induzidosacooperar. T oda
técnica que difere daque elesutilizam é suspeita; todo contato estranho é negro. A
grande m aioriadoslí deresdasescolasque conhecisenta-se cadaqualem seu próprio
círculo de luz e am aldiçoa tudo o m ais.C om o a velhasenhoraque observava o filho
desfilarcom ossoldados,elesexclam am : “Estão todosem passoerrado,m enoso m eu
João”. Eu sonhei outrora com uma federação de sociedades ocultas com uma
convenção anual,m aslogo com preendique elaeraim praticável.S e osocultistasnão
podem ser convencidosase organizarparaservirem aosseusprópriosinteresses,é
muito im provávelque elesseorganizem paraserviraosde outros.

O sabusosque m aisocorrem no ocultism o ocidentalsão a im oralidade,o uso de


drogase am istificação de mulheresestúpidas.S uaspioresfaltassão a credulidade,
umaculturarelaxadaque raiaà ignorância,e um a tolice intelectualmuito difundida.A
leitura da sorte em todas as suas form as e algum as curas espirituais espúrias
constituem outra m anchasobre o que deveria ser um cam po santo. É difí cil fazer
justiçaaosideaisque não partilham os,m assem pre m e pareceu que o hum anitarism o
grandem ente colorido de que certasseçõesdo m ovim ento estão saturadasnão é um
ornam ento. “Há de conhecê-losporseusfrutos.” O sfrutosdesse que eu vipareceram -
m e um tanto quanto passados.

Asm entesm aisfinasdo ocultism o são totalm ente desconhecidasforadesuaspróprias


O rdens.U m acláusulamuito comum nosjuram entosde iniciação intim ao candidatoa
não revelarosnom esde seuscom panheiros.S e esse juram ento fosse quebrado,o
público em geralteriauma grande surpresa. Com o o ocultism o não tem uma boa
reputação para o público em geral,oshom ensem posiçõespúblicas não podem
perm itir que os seus nom es se associem a ele; seu interesse é, portanto,
cuidadosam ente dissimulado,e eles só falam disso àqueles com cuja sim patia e
discrição podem contar.

Aquelesque sabem o que buscar,contudo,podem reconhecê-losfacilm ente. T odo


aquele que está acostumado com aanálise do estilo literário pode detectaro leitor
habitualdaBíblia.T odo aquele que conhece osrituaisocultistasdetectará o seu arom a

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no estilo literário ou oratório do hom em que está habituado à suautilização. S erá que
depoisde tanto tem po eu possaser perdoadase quebraro Juram ento dosM istérios
que proí be a divulgação dos nom es dos iniciados e sugerir que a chave para a
controvérsiaBacon-Shakespeare pode residir no fato de que Bacon e S hakespeare
eram m em brosdam esm aO rdem?

CO N C L U S ÃO

Dificuldadesda tarefa executada / A acusação de reviver assuperstiçõesda Idade


M édia/ Fenô menosps íquicosanorm aiscomumente encontradosno culto dasbruxas/
A difusão daM agiaN egra nosdiasde hoje / L ivrosrecom endados/ O sfenômenosdo
culto dasbruxase daM agiaN egradeveriam serestudadosà luz dapsicologia.

N aspáginasanteriores,procureicumprirumadifí ciltarefa,umatarefacujaexecução
satisfatóriaé quase im pos
sível.Aslim itaçõesde espaçom e im pedem de explicarpasso
apasso asm inhasidéiase de lhesoferecer asprovas.P arafazê-lo,serianecessária
umabiblioteca,não um livro. T ive que presumir,em m eusleitores,não apenasuma
fam iliaridade com aliteratura do ocultism o,m as,o que é muito m aisraro,algum a
experiênciade suaprática.Ao m esm o tem po,procureioferecer explicação suficiente,
poisquistornar estaspáginascom preens í
veisparaaquelescujafam iliaridade com o
assunto é apenassuperficial.

Este livro não é,e não pode ser,um manual satisfatório para o tratam ento dos
distúrbios psí
quicos. T udo que ele pode fazer é apontar as direções em que as
investigaçõespoderiam prosseguircom proveito.

P osso ser acusadade ter revivido assuperstiçõesdaIdade M édia.Dessaacusação,


devo declarar-m e culpada. M as devo apresentar com o alegação em contrário a
declaração de que não haveriatanta fumaçase não houvesse algum fogo,e que as
superstiçõesdaIdade M édiapodem m erecer um exam e à luz das recentes
descobertassobreapsicologiadasubcons ciência.

Q uem quer que esteja fam iliarizado com a literatura da pesquisa ps í


quica, da
psicologiaanorm al,e dosaspectosm aisinferioresdesse m ovim ento que se originou
dainspiração daCiênciaCristã e se difundiu num a centena de cultosdescontrolados,
não pode deixarde surpreender-se com o fato de que osantigoscaçadoresde bruxas
buscavam exatam ente os m esm os fenômenos que encontram os em todos esses
diferentes m ovim entos e cam pos de pensam ento. T em -se dito que, com o
descobrim osasm arcas da histerialiberalm ente distribuí
dasentre osinfelizesseres
acusadosde bruxaria,o culto dasbruxasestá explicado e liquidado. M aspodem os
descobrirque um estudo dosm otivosque em basam o culto dabruxalançariaalgum a
luz sobreahisteriae osestadosm entaisalienados.

87
T em -se dito tam bém que a históriacam inhaem cí
rculos.N osdiasde hoje estam os
presenciando um a grande revitalização do interesse pelos assuntos ps íquicos e
ocultistas.N ão precisarem osesperar muito paradescobrirque um culto dasbruxas
dará tam bém osseusprim eirospassosprom issoresem nosso m eio.

L em brem osque oscasosque citeinestaspáginasprovêm daexperiênciade um aúnica


pessoa,e eu não sou de m aneiraalgum aexcepcionalno alcance de m inhaexperiência,
em borapossaserm enoscautelosado que muitosem confiá-laao papel.S e um pouco
do balde revelatanto,o que não poderiaser descoberto peladragagem sistem ática?

Com o am inhaabordagem do assunto deve necessariam ente superficialquero dirigira


atenção de m eusleitoresparacertoslivrosque iluminam aquestão de váriosângulos.

N ão só osocultistasm as tam bém ospsicólogos,os alienistase osestudiososde


assuntosps íquicostêm umaim ensadí vidade gratidão à erudição do R ev. M ontague
S ummerse ao em penho dosS rs.R odker por tornarem aces s
íveistraduçõesexatase
com pletasdosprincipaislivrossobre bruxariaque foram escritos pelos hom ensque
estavam preocupadosem esm agaro culto dasbruxase que tiveram conhecim ento de
prim eiram ão sobresuanatureza.

Além destes,eu cham ariaaatenção de m eusleitoresparaT he P rojection of the Astral


Body,de M uldoon e Carrington,que lançaumainteressante luz sobream aneirapela
qualasbruxasgenuí nasparticipavam dosS abás.N ão pretendo que essaspalavras
im pliquem que o S r. M uldoon se entrega à bruxaria,m asele certam ente possuios
poderestradicionais,e se ele pode fazer essascoisasnosdiasde hoje,por que não
poderiam asbruxasfazê-lasno passado? S ejacom o for,não penso que hajamuita
dúvida de que a S antaInquisição lhe teriafeito a hom enagem de queim á-lo se ele
tivesse vivido durante o seu apogeu.

T hirty YearsA m ong the Dead,do Dr.W ickland,é outro livro que traz aautoridade da
experiênciapessoal,ao invésde citarautoridadese de teorizarsobre elas.T rata-se do
relato de um m édico de um asilo cuja esposaé m édium e que fez uma série de
observaçõesnotáveisarespeito danaturezadasentidadesobsediantes.

N o L ivro do Dr. M oolsobre hipnotism o relatam -se algunsinteressantesfenômenos


que não se acham m aisnoslivrosm odernos,sejapor que osinvestigadoressão m enos
capazes de explicá-los ou m ais cautelosos para comunicá-los, aproveitando-se da
experiênciadosprim eirosinvestigadores.Algunsdosprim eiroslivrossobre hipnose e
m esm erism o fornecem algum asinteressantesleiturasparao investigadorps íquico.

M edicalP sychology and P sychicalR esearch,do Dr.T .W .M itchell,é outrolivrovalioso


para o estudante,que deveria estar fam iliarizado não só com ossinaisdo ataque
psíquico,m astam bém com ossinaisdo pseudo ataque,paraque pudesse distingui-los
e não cairem algunserrosdesagradáveis.Descobrirque fom oslogradoscom sucesso
porum lunático é umaexperiênciahum ilhante.

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Human P ersonality,de M yers,é naturalm ente um clássico com que todo estudante
dos fenômenos ps íquicos deveria estar fam iliarizado. Há um a excelente edição
resumida disponívelpara aquelesque não se sentem capazesde enfrentar osdois
m aciçosvolumesde suaform aoriginal.

Dream P sychology,de N icholl,e P sychology ofInsanity,de Hart,são doislivrosmuito


esclarecedores,am bosescritosparao leigo e facilm ente inteligí
veis.Eleslançam uma
grande luz sobre osm ecanism osdam ente,e ninguém deveriadispor-se a enfrentar
um ataque ps íquico sem com preender esses m ecanism os. M eu próprio livro,
M achinary at the M ind,escrito sob m eu nom e de solteira,Violet M . Firth,é,com o
acredito,umaútilintrodução geralà psicologiam oderna.

N ão nosaproxim em osdo tem adabruxariam odernacom um espí rito de incredulidade


ou de superstição,m asdo ponto de vista do psicólogo,procurando com preender o
funcionam ento da m ente e preparadospara descobrirmuitascoisasque até então
passaram despercebidas.

A S ociedade daL uz Interior,fundadapor Dion Fortune,tem Cursosparaaquelesque


desejam seguirseriam ente o estudo daT radição Esotérica ocidental.O spedidosde
inform ação devem ser endereçadosa:

T he S ecretary,
S ociety of the InnerL ight,
38 S teele’sR oad,
L ondon,N .W .3

N otado EditorInglês

Antesde suam orte,ocorridaem 1946,Dion Fortune com preendeu que Autodefesa


Psíquica poderiadesencam inhar osleitoresque tinham pouco conhecim ento do eu
interior.

Elaprópriatinhaum vivo interesse pelapsicologiae teriaescrito um livro intitulado


T he P sychologicalQ abalah,se am orte não aim pedisse. N osúltim osanos,tem havido
grandesprogressosna ciência da m ente e da“psique”,acom panhados,infelizm ente,
por um grande aumento do uso de drogasalucinógenas-muitasdelasanteriorm ente
desconhecidas-que podem causarsimulacrosdo ataque ps í
quico.

Q uando osleitoresse acreditarem ví tim as do que é am iúde cham ado de “M agia


N egra”,devem consultarum clérigo,um médico com preensivo ou -se há provasde
am eaçase perseguições- a polí cia. A S ociedade da L uz Interior não dá nenhum
conselho sobre esses assuntos além da recom endação geral dada acim a, e esta
S ociedade titio m antém correspondênciaou debatessobre o conteúdo deste livro.

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