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Sempre sou criticado ou, pelo menos comentado, mesmo entre amigos mais íntimos, de

que sempre volto ao assunto “extra terrestres” no passado, e que o tenho indevidamente
misturado com o esoterismo. Entretanto, todas estas pessoas não podem ignorar existirem
fortes, se não claras, evidências físicas desta presença entre nós desde as mais remotas eras.
Quanto a misturar esses temas com o esoterismo nada vejo de alarmante ou “herético”,
porque não podemos dividir a história humana em compartimentos hermeticamente fechados,
como se ela não fosse um amalgama indivisível de todas estas coisas. Existem – e não
poderiam deixar de existir – elos extremamente íntimos entre todos os fatos da evolução
histórica, social, religiosa e esotérica humana. Perdoem-me, portanto, meus críticos; eles
estão olhando o homem sob pontos de vistas isolados, particulares e separados, sem quaisquer
relações uns com os outros quando, na realidade, isto é impossível. O homem é um ser do
universo onde concorre infinito número de eventos, fenômenos, etc. entrelaçados; e esta é
exatamente a visão esotérica que observa e analisa o homem sob o ponto de vista holistico.
Para entendermos o homem, não podemos estuda-lo somente através uma exclusiva visão
como, por exemplo, a visão econômica. Este tipo de estudo deu nascimento ao Marxismo. O
homem é muito mais que isto, evidentemente. Ele é o produto de inúmeros fatores, alguns dos
quais desconhecidos por nós.

Alguém, certa ocasião afirmou:


“Existem legiões de conspiradores. Eles estão nas companhias,
universidades e hospitais, nos corpo docentes de escolas públicas, nas
fábricas e gabinetes médicos, em órgãos estaduais e federais, em conselhos
municipais, nas assembléias estaduais, em organismos voluntários, nas
igrejas, nas ordens esotéricas, virtualmente em todos os campos da
atividade humana.
Há também milhões de outros que nunca pensaram em si mesmos
como participantes de conspirações, e estes são os piores, são os escravos,
os idiotas úteis, etc.

Este estudo, que agora ofereço a todos quantos procuram o


Conhecimento, a Compreensão e a Sabedoria não é aconselhável à
“religiosos” e a diletantes do ocultismo. Se você não deseja conhecer a
verdade dos fatos, se ela o incomoda, ou se você é um idiota útil que passou
por uma lavagem cerebral, então não leia estas páginas, jogue-as foram...
Frequentemente, encontramos referências, feitas por “ocultistas”, à
mistérios e segredos, aos quais somente poucos iniciados têm acesso.
Mações e Rosacruzes são os que mais se reportam à estes mistérios e
segredos. Toda doutrina destas organizações baseia-se nisto. Portanto, não é
de admirar-se da repulsa destes grupos contra a lúcida declaração de H.P.
Blavatsky de que “o segredo é inimigo da Verdade”.
Via de regra, quando falamos de ocultismo, a referência nos traz à
mente uma enorme quantidade de imagens entre as mais exóticas e obscuras
1
. Claro está que estas imagens não são criadas pela fértil imaginação
humana. Certamente são lembranças ancestrais gravadas no subconsciente
da raça através milhares de anos.
Indubitavelmente o ocultismo acompanha o homem desde
remotíssimas eras, e tem se tornado, nos últimos anos, o mais explorado dos
temas de nossas vidas: uma verdadeira terra de ninguém, uma panacéia para
espertalhões 2 . Um tema sempre apresentado de maneira propositadamente
deturpada em benefício da mentira. Assim, para a maioria, o Esoterismo
tornou-se sinônimo de sobrenatural, diabólico, tenebroso, etc. Mas,
certamente, revela coisas muito além disso, que a maioria das pessoas não
consegue ver, porque não querem ver.
As práticas genuinamente esotéricas têm a finalidade de facilitar, ao
homem, esta visão tão temida, este contato: abrir os portais da mente
subconsciente para que conscientemente possamos penetrar nestas
lembranças milenares, jazendo nos mais profundos estratos mentais, e
compreender realmente o que elas são.
Não irei entrar na discussão das causas destas lembranças. Este será
um assunto desenvolvido mais adiante.
Saibam, entretanto, que a consciência dita normal é tão somente uma
estreita fresta, pela qual nos é permitido dar uma rápida “olhada” em

1
- Talvez não seria necessário dizer-se que grande parte destas imagens são distorcidas pelas ignorantes
superstições Católico-Romanas, reforçadas, atualmente, pelas imagens hollyhoodianas. Tudo fazendo parte de
uma trama para nos afastar da realidade Esotérica.
2
- Estes constituindo uma ala daqueles idiotas úteis. Porque são tão prejudicados em suas manobras quanto
aqueles a quem enganam – são cegos enganando cegos.
algumas destas coisas. Se esta fresta for alargada, então estender-se-á, à
nossa frente, um outro universo: um universo infinito, ao qual não temos,
no estado atual de nossa consciência, qualquer acesso ainda... um universo
ao qual tememos porque o julgamos perigoso, eivado de demônios que, a
bem da verdade, são projeções de nós mesmos...
Entre inúmeras obras oferecendo uma abertura para esta fantástica
nova visão, para aquilo que o Esoterismo é na realidade, e que poderão ser
estudadas para uma melhor compreensão deste Novo Mundo, não acessível à
maioria de nós, pobres profanos, os livros de Blavatsky, de Lovecraft, de
Collin Wilson, de Itzhak Bentof, de Ernesto Bono, de Aldous Huxley, de
Thimothy Leary, entre outros mais, são excelentes, apresentando-se como os
mais completos tratados sobre o tema vistos através uma visão destituída de
“misticismos” baratos. Porém, uma ressalva deve ser feita: eles necessitam
ser profundamente estudados, principalmente nas entrelinhas, e sem
quaisquer tipos de preconceitos. Fora isso, qualquer esforço para
compreender o que dizem será vão, e tomaremos gatos por lebres.
Aos realmente interessados no Conhecimento e nas práticas
Esotéricas, faltam informações chaves, informações valiosas, ainda não
oferecidas ao público em geral. Tais informações, tenho certeza, destruiriam
a imagem corrompida sob a qual o Esoterismo é apreciado. Entretanto, isto
não é do gosto de vários grupos.
Lamentavelmente, não são poucas as “ordens” e “fraternidades” e
“escritores” que em seus currículos e escritos vêm deturpando ou trocando
obras sérias por outras com explícitas tendências misticóides, piegas,
supersticiosas, carolas e enganadoras.
Torna-se mais que evidente que o Verdadeiro Esoterismo não está
ligado a nenhuma destas coisas. Também, por outro lado, não devemos nos
conduzir por estreitos princípios, nem por sectarismos. Torna-se necessário
conhecer tudo; mesma a opinião mais antagônica a nós. Ela pode reter
algumas informações, alguns conceitos, úteis que nos escapam no momento,
e que podem ser de grande utilidade para completar nosso quadro. Devemos
aprender a discernir o falso do verdadeiro (uma tarefa bem difícil em se
tratando de esoterismo): “separar o joio do trigo”, nas palavras de um
antigo rabino da Judéia, cujo nome perdeu-se para nós. Muitos o chamam de
“Jeheshuah”, tomando o símbolo pela coisa simbolizada. E muitíssimos
outros fizeram dele um “deus”, infelizmente.
As convicções, notadamente aquelas de cunho místico-religioso
devem ser, a princípio, descartadas; pois se estabelecem na fé cega, sem
quaisquer questionamentos por parte de seus seguidores.
A experiência nos confirma todos os dias de que as dificuldades e
frustrações encontradas nas práticas esotéricas têm como origem a
ignorância dos princípios que as norteiam. Se você pensa em magia como
uma realizadora de milagres, você está errado na sua concepção de magia.
Todos conhecem a Lei da Causa e Efeito. Em magia essa Lei é
fundamental. Assim sendo, certos efeitos dependem de específicas causas.
O Esoterismo, em todas suas ramificações, tem no estudo e em suas
práticas, uma face experimental, cujo laboratório e a cobaia somos nós
mesmos. Infortunadamente, essa característica, se ainda não esquecida,
encontra-se relegada à condição de quase total abandono pela maioria dos
‘esoteristas’, os quais tornaram-se simples imitadores e copiadores dos
grandes experimentadores. Em nosso país, um número mínimo de
pesquisadores, estudiosos e praticantes, não têm encontrado, juntos aos
demais, suficiente compreensão e inteligente retorno, malgrado o imenso
esforço dedicado, pelos primeiros, à divulgação do Real Esoterismo. E isto
os tem levado inexoravelmente a uma situação de ostracismo; enquanto a
maioria dos copiadores, enganadores e enganados seguem alardeando suas
idiotices e, por isso, sendo os mais acatados, seguidos e exaltados como se
mestres fossem.
Penso que o primeiro mistério existente no Esoterismo é exatamente
este: como consegue se manter, malgrado a falta de espírito de pesquisa e
da prática constantes? Como pode ser isto? Por que a esmagadora maioria
de ‘esoteristas’ e, inegavelmente, de religiosos se negam ao estudo e à
metódica pesquisa de seus próprios sistemas? Por que tudo aceitam sem o
menor questionamento? Será por medo da verdade? Ou será que temem
melindrar seus “mestres” com perguntas embaraçosas? Ou será que temem a
ira de uma hipotética divindade? Ou será, finalmente, medo de descobrirem
o quanto estiveram enganados durante suas vidas? A mim, me parece que
todas estas questões são verdadeiras. Porém, uma questão se ergue acima de
todas as outras: de onde vem esse atavismo em aceitar coisas sem provas?
Mais à frente tentarei responder a essa questão com mais elementos.
De certo modo é fácil compreender a “Arte Esotérica”. Podemos
mesmo obter muito ‘conhecimento” mediante a leitura de livros, ou através
os ensinamentos de mestres. Mas sem uma prática constante e metódica, e
sem as ligações realizadas nos planos internos, esse conhecimento ficará na
superfície, no mais externo. E é claro que possuindo este “conhecimento”
externo você poderá se tornar uma grande escritor “esotérico” ( receberá
prêmios, etc), e mesmo impressionar milhares de indivíduos, e até ser
exaltado pela mídia como um astro de primeira grandeza, etc. Mas tudo isso
será no externo, não no interno. O que, pois, acontece? Pensamos muito
saber, quando na realidade nada sabemos. Isto é, temos “Conhecimento”,
mas nenhuma Compreensão e Sabedoria no uso do “Conhecimento”. Isto, no
linguajar esotérico quer significar que atingimos a Sephira chamada Daath =
Conhecimento. Entretanto, Daath é uma falsa Sephira, localizada abaixo de
Chokmah (Sabedoria) e Binah (Compreensão).
No antigo Egito, a Deusa Maat personificava a Verdade e Justiça que,
em linguagem iniciática dizem a mesma coisa: sem justiço não existe
verdade e vice-versa. Esta ‘divindade’ é cultuada por todos os Reais
Esoteristas.
Mas o que vem a ser Verdade? Mais precisamente: qual a definição de
Verdade? E como realiza-la?
Eis aí questões que perseguem os homens como sua próprias sombras
através as idades sem conta. Questões que perturbam, estremecem,
obscurecem e iluminam ao mesmo tempo nossos corações e mentes.
Perguntas que podem contemplar e responder, ocasionalmente, na medida
em que harmonizamos nosso humor e nosso trabalho.

Disse “Jesus”: “Eu sou a Verdade”


Disse Buddha: “A Verdade está no aniquilamento do Eu”
Disse Mohamed: “A Verdade é Allah.

Haverá algum elo entre estas definições? Por que são elas tão
discordantes uma das outras?
Observe-se, no entanto, que foram pronunciadas por indivíduos
considerados os mais sábios entre sábios, do que não discordo,
naturalmente.
Entretanto, por que parecem tão discordantes, elas dizem a mesma
coisa. Basta saber ouvir.
Muito embora Maat esteja bastante ligada à tais questões, ela não
pretende responde-las com absoluta precisão. A Verdade pode ser vista
como simples idéia quando observada a uma distancia cautelosa; ou como
uma Mentira sob outros pontos de vista. Em nosso estágio atual de
percepção, de Compreensão e de Sabedoria, será impossível defini-la em
termos absolutos.
Poder-se-ia afirmar existirem várias verdades; um número infinito
delas, tantas quantas Estrelas existem no céu de Urânia – cada qual
observando o Universo sob seu ponto de vista.
Existem verdades objetivas e verdades subjetivas. Porém, séculos de
esforços filosóficos falharam em as revelar satisfatoriamente. Em minha
opinião – tão boa quanto a de outro indivíduo qualquer – a verdade depende
do ponto de vista sob o qual observamos o mundo em um dado momento e
em certas condições tais como tempo, humor, vontade, saúde, etc.
Se voc6e cr6e realmente que algo é verdade, esta crença será uma
força ativa DANDO FORMA À SUA VERDADE. Mas você não pode se
esquecer ser ela a “SUA VERDADE”(sua realidade pessoa) NÃO A DE
OUTRO: isto é, ela não deve ser tomada como Padrão Universal, tal como o
fazem as religiões organizadas com as verdade delas. Neste caminho muitos
foram os perseguidos, os torturados, os assassinados por não seguirem as
verdades da Igreja de Roma como único padrão universal da verdade.
Se você deseja comunicar a sua verdade a outra pessoa, então
necessita dar a essa verdade uma forma adaptada, para que a outra pessoa a
possa assimilar. E neste ponto questiono: poderíamos exprimir a ‘nossa
verdade’ em linguagem de outros que não seja a nossa sem deturpá-la? Se
você der forma e expressão à “sua verdade”na forma da verdade de outros,
então a sua verdade somente será verdade para outros, não para você. No
momento atual pode ser bastante difícil determinar o que é verdade para
alguém e para nós em um dado momento.
Julgamos diariamente que as estrelas no céu são reais, verdadeiras,
fisicamente existentes “agora”. Puro engano. O panorama celeste visto por
nós “agora” pode não mais existir na realidade deste agora. Lembre-se que a
luz da estrela mais próxima de nós (Próxima de Centauro) gasta em torno de
8000 anos luz para atingir nossas retinas. O céu visto atualmente não existe
mais: é uma imagem de milhares de anos atrás. Assim sendo, não é mais
verdadeiro que o ‘Fantasma da Ópera’.
Isto torna a magia de Maat um poderoso meio de auto-descoberta. A
verdade pode ser uma muito íntima experi6encia; tal experi6encia sendo
profundamente individual.
A verdade de ontem não será necessariamente a verdade de hoje e,
muito menos, a verdade de amanhã. A verdade muda, justamente como nós e
o Universo mudamos constantemente. A ÚNICA COISA IMUTÁVEL NO
UNIVERSO É EXATAMENTE A CONSTANTE MUTABILIDADE DELE.
Esta é a única verdade que a Magia Maatiana nos oferece em termos de
confiabilidade. O Universo ou ISTO somente é imutável no Plano acima do
Abismo, onde todas as coisas são UMA SÓ COISA.
Em um de seus numeráveis livros, Crowley deixa claro, referindo-se
aos “anjos”, “demônios”, “deuses”, “planos”, etc.: “Essas coisas podem ou
não existir”. “É imaterial se existem ou não”. Executando certas coisas
certos resultados seguirão; estudantes são avisados contra atribuir realidade
objetiva ou filosófica a qualquer um desses resultados”. Não existe tal coisa
como verdade no Universo perceptível; qualquer idéia quando analisada
contém em si mesma contradição”. E noutro lugar afirma: “Tudo é questão
de conveniência”.
Você diria: mas isto é um paradoxo. É e não é ao mesmo tempo. Tanto
faz você considerar que é o Sol que gira em torno de Terra, ou ao contrário.
Em qualquer uma dessas hipóteses, os cálculos dos eclipses serão exatos.
Não importa quais sejam as suas crenças: o Sol “nascerá” todos os dias, e
estará brilhando no espaço. Mesmo que para voc6e seja noite e que ele
tenha se apagado ou “morto”, como pensavam os antigos.
Veja que a própria “solidez” dos objetos “materiais” é uma ilusão à
luz da Física Moderna. Uma não realidade. Matéria, na concepção que nós
fazemos dela, não existe.
Tomemos como exemplo uma barra de ouro. Nós tocamos e
ambicionamos. A barra de ouro constitui-se de uma infinidade de átomos, os
quais movem-se em louca velocidade uns com referencia aos outros. É um
turbilhão... Estes átomos, por sua vez, são ‘constituídos’ de inúmeras
outras ‘partículas’ infinitamente pequenas (eletrões, protões, neutrões, etc.)
movendo-se ininterruptamente e à velocidades inconcebíveis; e elas se
encontram distante umas das outras – sob o ponto de vista microscópico –
por espaços enormes, semelhantes as distâncias entre os planetas.
Resumindo: numa barra de ouro existe mais “espaços vazios” e movimento
do que “matéria”. Ainda mais: até hoje a Ciência Oficial não sabe
responder se os eletrões, neutrões ( e as outras partículas atômica e
subatômicas) são “partículas” ou “ondas” em movimento, ou uma
estatística matemática. Agora, pergunto: onde está a matéria? Onde está o
objeto (a barra de ouro) cobiçado pelo homem? O que é isto que tocamos,
cheiramos, vemos, pesamos, etc. Onde está o mundo real? ONDE ESTÁ A
VERDADE?

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