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Sumário
1. TIPOS DE MERCADOS ..................................................................................................................... 1
2. A HIPÓTESE DE MAXIMIZAÇÃO DOS LUCROS ................................................................................. 3
3. CONCORRÊNCIA PERFEITA ............................................................................................................. 8
3.1. CURVAS DE RECEITA DA FIRMA (EM CONCORRÊNCIA PERFEITA) ........................................... 11
3.2. CURVAS DE CUSTO ................................................................................................................ 13
3.3. EQUILÍBRIO DA FIRMA NO CURTO PRAZO ............................................................................. 13
3.4. ÁREAS DE LUCRO TOTAL, RECEITA TOTAL E CUSTO TOTAL ..................................................... 15
3.5. CURVA DE OFERTA DA FIRMA NO CURTO PRAZO .................................................................. 16
3.6. CURVA DE OFERTA DA INDÚSTRIA NO CURTO PRAZO ........................................................... 19
3.7. EQUILÍBRIO DA FIRMA NO LONGO PRAZO ............................................................................. 20
3.8. O CASO DA CURVA DE OFERTA NEGATIVAMENTE INCLINADA ............................................... 22
3.10. O CASO DA CURVA DE OFERTA HORIZONTAL ...................................................................... 23
MAIS QUESTÕES COMENTADAS ...................................................................................................... 29
LISTA DE QUESTÕES APRESENTADAS ............................................................................................... 34
GABARITO ....................................................................................................................................... 38
1. TIPOS DE MERCADOS
Alguns autores ainda colocam outras variáveis1, mas, para fins de concursos,
estas três são suficientes. Podemos classificar os mercados em: concorrência
perfeita, monopólio, concorrência monopolística, oligopólio, oligopsônio e
monopsônio. Vejamos, sucintamente, as características principais de cada um
deles:
1
Mobilidade dos fatores de produção e conhecimento de tecnologia.
2
Apesar de não serem homogêneos, os produtos transacionados são semelhantes e facilmente substituíveis
entre si.
COMENTÁRIOS:
A maior dificuldade da questão era relacionada ao Português, afinal, o que significa
“não-colusiva”? Operar de forma “não-colusiva” significa operar de forma que não
seja imprópria. Desta forma, está correta a assertiva, pois as firmas inseridas em
uma concorrência monopolísitca concorrem “ferozmente” entre si, o que as
diferencia de uma concorrência perfeita é o fato de que cada firma possui
monopólio sobre o seu produto. Ou seja, elas adotam estratégias de diferenciação
para seus produtos.
GABARITO: CERTO
COMENTÁRIOS:
A agricultura é o exemplo clássico da existência da concorrência perfeita. Em
qualquer livro de microeconomia, o autor exemplificará esta estrutura de mercado
citando a agricultura.
GABARITO: CERTO
Pois bem, vamos analisar essa condição de maximização de lucros, para que
o entendimento fique claro. Em primeiro lugar, gostaria de ressaltar que essa
condição vale para qualquer estrutura ou tipo de mercado,
independentemente se é curto ou longo prazo. Assim, qualquer empresa
(estando inserido em um mercado monopolista, oligopolista, concorrência perfeita,
etc), estando no curto ou no longo prazo, buscará produzir até o ponto em que o seu
custo marginal de produção seja igual à receita marginal. Por isso, resolvi colocar
esse item separado na aula.
Existem variadas maneiras de provarmos este teorema da maximização de
lucros dentro da nossa abordagem marginalista da teoria firma. Faremos uma
demonstração intuitiva, sem cálculos.
Pense comigo e tente responder às seguintes perguntas:
- O que acontece se a empresa está com um nível de produção tal em que a
receita marginal seja superior ao custo marginal?
- E o que acontece se o custo marginal for superior à receita marginal?
No primeiro caso, a firma está estimulada a aumentar a produção, uma vez
que o fazendo, estará aumentando os lucros. Isto ocorre justamente porque a
receita adicional decorrente da produção adicional (receita marginal) é superior ao
custo adicional (custo marginal). Ou seja, produzir mais significa ter mais lucro, uma
vez que o acréscimo de receita será superior ao acréscimo de custo.
No segundo caso, a firma deve reduzir a produção, uma vez que o fazendo,
estará aumentando os lucros. Isto ocorre porque se reduzir a produção, o
decréscimo de custo (custo marginal) será superior ao decréscimo de receita
(receita marginal). Ou seja, reduzindo a produção, o custo total será reduzido em
montante maior que a redução na receita total, fazendo os lucros aumentarem.
Esquematicamente, temos o seguinte:
Nível de
Rmg > Cmg produção
Rmg < Cmg
(Q)
Rmg = Cmg
3
Em economês: qual será minha receita marginal?
4
Em economês: qual será meu custo marginal?
COMENTÁRIOS:
Moleza, não?! Esta nem precisa comentar, certo!?
GABARITO: CERTO
GABARITO: CERTO
COMENTÁRIOS:
Aplica-se a qualquer estrutura de mercado.
GABARITO: ERRADO
COMENTÁRIOS:
Quando o aumento no custo total é superior ao aumento na receita total, o custo
marginal é superior à receita marginal. Nesse caso, deve-se reduzir a produção,
pois haverá redução do custo marginal em montante superior à redução da receita
marginal, de forma que o custo total será reduzido em montante maior que a
redução da receita total, havendo, portanto, aumento dos lucros. Restringir a
produção neste caso, portanto, não contradiz, mas se alinha com a hipótese de
maximização de lucros.
GABARITO: ERRADO
Figura 01
Não haverá demanda para
Preço Demanda de o produto, caso a firma
s mercado O adote preço acima do O
mercado
PE2
E1 DFIRMA
PE1 E1 PE1
Demanda para a
firma competitiva
DMERCADO
QE1 Quantidade QE1
de produtos
Veja, através da figura 1.b, que o preço que a firma isolada deve praticar é
aquele mesmo preço de equilíbrio do mercado (PE1). Se a firma praticar um preço
acima de PE1, simplesmente não haverá interseção entre este preço (PE2) e a curva
de demanda, pois só há qualquer demanda quando o preço é P E1. Isto é, ela deve
praticar exatamente o preço de equilíbrio decidido pelo mercado (P E1). Se praticar
um preço acima do mercado, ninguém comprará o produto. De forma oposta, pela
racionalidade econômica, ela não venderá o produto por um preço abaixo do preço
de mercado, pois estará sendo “burra” se o fizer.
Por fim, o fato de a curva de demanda para a firma ser horizontal nos permite
concluir que a demanda para a firma em concorrência perfeita é infinitamente
elástica ou perfeitamente elástica, conforme aprendemos na aula 00.
6
Também denominados de price-takers.
4) Perfeito conhecimento
Os consumidores devem ter perfeito conhecimento dos preços, caso
contrário eles podem comprar a preços altos quando outros menores estão
disponíveis. Os produtores, similarmente, devem conhecer seus custos tão bem
P (R$)
Fig. 02
RT=P
P0 P=Rme=Rmg
Q=1
Por fim, a receita total, dado um nível de produção (Q), será exatamente a
área abaixo da curva de demanda limitada pela linha que passa por Q. Na figura 02,
nós apontamos a receita total (área do retângulo cinza) para o nível de produção
Q=2. A receita total (RT) é PxQ, ou seja, é a base do retângulo (Q) multiplicada pela
altura do mesmo (P).
Dica: em regra, quando temos uma curva de alguma coisa “média”, a área
abaixo dessa curva indicará a coisa “total”. Por exemplo, a área abaixo da curva de
receita média indica o valor da receita total. O retângulo abaixo da curva do custo
médio indica o custo total, o retângulo abaixo da curva do custo variável médio
indica o custo variável, e assim por diante.
Custo Fig. 03
em R$
Cmg
Cme
B
CVme
A
(Q)
0
Ou seja, aquelas curvas que nós estudamos na teoria dos custos nos servem
também na análise das estruturas de mercado (elas servem para qualquer estrutura
de mercado).
Custo Fig. 04
em R$
Cmg
A B
P P=Rme=Rmg
(Q)
0 QA QB
Prej = CT – RT
O custo total, então, será o custo médio (Cme) multiplicado por (Q). O valor
de (Q) é a quantidade produzida no equilíbrio, Q E (quando Cmg=P). O Cme será o
preço (ou custo) encontrado quando a linha vertical que sai do nível de produção de
equilíbrio (Q) encontra a curva do Cme (na figura 05, isso ocorre no ponto B). O
custo total (CT) será a multiplicação de (Q) pelo (Cme). Na figura 05, o CT é a área
do retângulo 0_QE_B_Cme, que é a área abaixo da curva de custo médio para o
nível de produção QE, onde a firma maximiza lucros (onde P=Cmg).
O lucro total (LT) será a diferença entre a receita total (RT) e o custo total
(CT). Por conseguinte, a área representativa do lucro total será a área da receita
total menos a área do custo total. Na figura 05, o LT será a área Cme_B_A_P.
Custo Fig. 05
em R$
Cmg
A
P P=Rme=Rmg
Cme
Cme
B
(Q)
0 QE
Figura 06
Q
Q1 Q2 Q3 Q1 Q2 Q3
a) Posições de equilíbrio a b) Quantidades ofertadas nos
curto prazo para a firma. equilíbrios de curto prazo da firma.
Figura 07
Custo Cmg
em R$ Cme
CVme
3
P3 P3=Rmg3=Rme3=Cmg3
CVme A 2
P2 P2=Rmg2=Rme2=Cmg2
1
P1 P1=Rmg1=Rme1=Cmg1
(Q)
0 Q1 Q2 Q3
7
Nesta situação em que os custos fixos superam a diferença entre a receita total e os custos
variáveis, temos o seguinte: CF > RT CV => CF + CV > RT => CT > RT => PREJUÍZO.
8
Lucro/prejuízo=RT CT => Lucro/prejuízo=RT CF CV => Se RT=CV, então, Lucro/prejuízo= CF.
Preço
Cmg Oferta
s
P=Cmg P=Cmg
P1
D1
Q1 Quantidade 100Q1
de produtos
9
Entende-se por indústria um conjunto de firmas produzindo um produto homogêneo. Em muitas
obras, usa-se o termo curva de oferta do mercado ou oferta do setor em vez de oferta da indústria.
Assim, podemos entender como sinônimas as expressões: oferta da indústria, do setor, ou do
mercado.
Custo,
Fig. 09
Preço
CmgLP
P = Rme = Rmg = Cmg = Cme
C
Po
O Equilíbrio de longo prazo
acontece quando temos
CmeLP mínimo.
Quantidade
0 Qo produzida (Q)
10
Quando falamos em equilíbrio competitivo, estamos querendo falar em equilíbrio na concorrência
perfeita.
11
Para verificarmos se uma produção possui rendimentos crescentes de escala, nós devemos
multiplicar todos os fatores de produção por um número qualquer e verificar se a produção
resultante crescente em uma proporção maior. Ou seja, se multiplicamos todos os fatores de
produção por um número, significa que estamos variando todos os fatores de produção. Isto indica
que estamos no longo prazo.
12
A conclusão sobre a existência de economias de escala é extraída da curva de custo médio de
longo prazo. Logo, sua verificação e ocorrência são estritamente ligadas ao longo prazo.
No curto prazo, a firma pode obter prejuízo, lucro zero (normal) ou lucro
econômico. No longo prazo, ela obterá obrigatoriamente lucro normal
(zero), onde lucro total é igual ao prejuízo total (ou Rme=Cme);
COMENTÁRIOS:
Conforme vimos no item 3.3, o ponto de maximização de lucros na concorrência
perfeita exige que o custo marginal seja crescente. Se o custo marginal for
decrescente, estaremos no ponto de prejuízo máximo.
GABARITO: CERTO
COMENTÁRIOS:
Realmente o mercado em concorrência perfeita é muito difícil de ser encontrado,
mas não podemos dizer que é praticamente inexistente na economia mundial (o
mercado agrícola e de commodities são exemplos de concorrência perfeita).
Ademais, nem sempre a concorrência perfeita é o mercado ideal para o
GABARITO: ERRADO
COMENTÁRIOS:
Na concorrência perfeita, os empresários têm lucro zero no longo prazo. No curto
prazo, podem ter lucro ou prejuízo econômico, desde que igualem o preço ao custo
marginal.
GABARITO: ERRADO
GABARITO: ERRADO
COMENTÁRIOS:
No curto prazo, a firma competitiva, em equilíbrio, poderá ter lucro econômico
positivo, nulo ou negativo. Apenas no longo prazo, o equilíbrio ocorrerá
obrigatoriamente com lucro econômico zero.
GABARITO: ERRADO
COMENTÁRIOS:
Na concorrência perfeita, em longo prazo, as empresas possuem lucro
econômico zero, em que a receita total é o valor que exato que cobre as
remunerações dos fatores de produção. Ou seja, em longo prazo, a receita total
GABARITO: ERRADO
COMENTÁRIOS:
No equilíbrio de longo prazo da concorrência perfeita, o ponto de equilíbrio
acontece no ponto de mínimo da curva de custo médio, ou seja, com o menor custo
médio de produção possível (ver figura 22).
GABARITO: CERTO
COMENTÁRIOS:
Em regra, a curva de oferta de longo prazo do mercado (=indústria) competitivo é
ascendente e não perfeitamente inelástica (vertical).
GABARITO: ERRADO
COMENTÁRIOS:
A assertiva não especificou se devemos considerar o curto ou o longo prazo.
Assim, vemos que é possível sim que a firma continue funcionando mesmo que o
preço de mercado seja menor que o custo total médio. Basta que consideremos
uma situação de curto prazo (no curto prazo, o preço pode ser menor que o custo
total médio, mas superior ao custo variável médio).
GABARITO: CERTO
GABARITO: ERRADO
COMENTÁRIOS:
A curva de demanda de uma empresa competitiva é ao mesmo tempo sua curva de
receita marginal e receita média. A curva de custo marginal da firma competitiva
nos dá a curva de oferta da firma competitiva.
GABARITO: ERRADO
COMENTÁRIOS:
A assertiva utilizou indevidamente a expressão “custos marginais”. O correto seria:
GABARITO: ERRADO
COMENTÁRIOS:
Em primeiro lugar, veja que a questão não nos fala se se trata de um mercado de
concorrência perfeita. Como nós acabamos de ler a aula, você sabe que a
assertiva está correta, pois define de modo preciso a curva de oferta de curto
prazo.
Apenas fique atento que se a banca omitir o tipo de mercado de que se trata,
geralmente, ela está falando da concorrência perfeita, que é o referencial teórico
usualmente adotado.
GABARITO: CERTO
GABARITO: ERRADO
COMENTÁRIOS:
Conforme vimos no item 3.9, quando temos um setor/indústria com a existência de
economias de escala, sua curva de oferta de longo prazo será negativamente
inclinada (ou seja, não terá inclinação positiva como é o usualmente aceito).
Nesta questão, ainda, não era necessário a banca dizer que se trata da curva de
oferta de longo prazo, pois ela fala da existência de economias de escala. Logo, já
fica implícito que a situação descrita envolve uma análise de longo prazo.
GABARITO: ERRADO
COMENTÁRIOS:
Quando a questão fala em custos decrescentes, ela quer se referir à existência de
economias de escala. Conforme comentamos na questão passada, e no item 3.9,
tal situação coaduna-se com uma curva de oferta negativamente inclinada, onde
aumentos da quantidade ofertada coexistem com reduções no preço do produto.
GABARITO: CERTO
Comentário:
Em concorrência perfeita, o preço é dado e a firma não, independentemente da
quantidade que produza, não influencia o preço de mercado.
A receita total é dada pela multiplicação do preço (P) pela (Q), RT=PxQ.
Gabarito: Certo
Comentários:
Em um mercado em concorrência perfeita, a firma maximiza seus lucros quando seu
preço é igual ao custo MARGINAL de produção.
Gabarito: Errado
Comentário:
Em concorrência perfeita, Rmg=Rme=P=Cmg, no equilíbrio.
Gabarito: Errado
Comentários:
Gabarito: Certo
Comentários:
Vimos na aula que se, em curto prazo, os preços forem inferiores ao seu custo
variável médio CVme, a firma não deve produzir.
Já em longo prazo, a se o preço for inferior aos custos totais médios, a empresa
deverá deixar o mercado.
Gabarito: Errado
Comentários:
O equilíbrio competitivo de longo prazo é a situação em que há lucro econômico
zero (RT = CT) .
Gabarito: Errado
Comentários:
No equilíbrio de longo prazo, NÃO há lucro econômico positivo para todas as firmas.
Todo o restante da assertiva está correto.
Gabarito: Errado
Comentários:
Um mercado perfeito é representado por ausência de barreiras à entrada e saída de
empresas, com um grande número de compradores e vendedores, os quais trocam
informações entre si e os produtos são homogêneos, ou seja, não há uma grande
variedade e qualidade de produtos e serviços.
Gabarito: Errado
Comentários:
O equilíbrio competitivo de longo prazo é a situação em que há lucro econômico
zero (RT = CT) .
Gabarito: Correto
33. (CESPE - Agente de Polícia Federal - 2014) - A respeito dos mercados que
compõem o sistema econômico, julgue o item subsequente.
Comentários:
São quatro as condições que definem a concorrência perfeita:
Atomicidade (grande número de pequenos vendedores e compradores), produto
homogêneo, livre mobilidade de fatores de produção (recursos) – livre entrada e
saída e perfeito conhecimento.
Gabarito: Errado.
Comentários:
Em concorrência perfeita, Rmg=Rme=P=Cmg, no equilíbrio.
Gabarito: Certo
Comentários:
Gabarito: Certo
Comentários:
A homogeneidade dos produtos em concorrência perfeita é total, ou seja os
produtos são idênticos entre si. São substitutos perfeitos, de forma que qualquer
diferença na qualidade dos produtos levaria os consumidores a migrar se consumo
para o produto mais qualificado.
Gabarito: Errado
33. (CESPE - Agente de Polícia Federal - 2014) - A respeito dos mercados que
compõem o sistema econômico, julgue o item subsequente.
34. (CESPE - Auditor Governamental – Geral - CGE PI - 2015) - Julgue o item que
se segue, referente à teoria microeconômica clássica.
GABARITO
01 C 02 C 03 C 04 C 05 E 06 E 07 C
08 E 09 E 10 E 11 E 12 E 13 C 14 E
15 C 16 E 17 E 18 E 19 C 20 E 21 E
22 C 23 C 24 E 25 E 26 C 27 E 28 E
29 E 30 E 31 C 32 E 33 E 34 C 35 C
36 E