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Ana Duarte nº3, 11ºB

24/04/2020
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1. Localize no espaço e no tempo a ação deste excerto.
As ações deste excerto ocorrem todas na Quinta de Santa Olávia, a quinta de Afonso
no norte do país, onde Carlos da Maia é apenas um menino e vive a sua infância, e
muitos anos depois do suicídio de Pedro da Maia em Benfica, por causa da fuga de
Maria Monforte com o italiano.

2. Estabeleça um contraste entre o estado de espírito atual de Afonso na Quinta de


Santa Olávia e o evidenciado em Lisboa.
Na Quinta, características que apontam para a vivacidade (apesar de já ser velho),
orgulho, felicidade e paz de espírito de Afonso da Maia são muito nítidas no excerto:
“(…) olhos vivos e húmidos, e tornaram a apertar-se comovidos.” (l. 11); “’É são, é rijo’
– dizia o velho risonho, anediando as barbas.” (l. 18); “E, com um clarão de simpatia na
face, alva e redonda como uma velha Lua, ornada já de um buço branco: (…)”. Estas
são, comparativamente com as evidenciadas em Lisboa, são muito diferentes, uma vez
que Pedro tinha cortado relações com ele, embora depois eles se tenham reconciliado
e Carlos tenha contribuído para isso, mas durou muito pouco aquando a morte do seu
próprio filho: um pai nunca deveria ter de enterrar um filho.

3. Compare Carlos a seu pai, sob o ponto de vista de Vilaça.


Segundo Vilaça, Carlos da Maia aparenta ter muitas feições de seu pai, nomeadamente
os olhos, que o próprio diz serem os “olhos dos Maias” aludindo à descendência da
família e como característica própria, assim como o cabelo, encaracolado e negro,
embora note a sua juventude com a exclamação de que um dia irá crescer e ser um
homem, tal como o seu pai.

4. Indentifique dois exemplos de sensações utilizadas na descrição do espaço


interior, comentando a sua expressividade.
Ora, estes dois exemplos encontram-se no mesmo parágrafo, que abrange as linhas 21
a 23. “Tinham entrado na sala de jantar, onde um lume de lenha na chaminé de
azulejo esmorecia na fina e larga luz de abril;” Nesta citação, é detetável a sensação de
superação das adversidades, neste caso o suicídio de Pedro, que escureceu a vida de
Afonso; ao deixar entrar a luz na sala de jantar, dá a ideia de Afonso ter conseguido
reencontrar a luz e o sentido da sua vida, e também porque agora tinha uma nova
missão, a de criar o seu neto, Carlos da Maia, que precisava do seu amor e afeto.
Na segunda citação, “(…); porcelanas e pratas resplandeciam nos aparadores de pau-
santo; os canários pareciam doidos de alegria.” trata-se simplesmente do reflexo e
consequência desta mesma superação, que se expressa em felicidade, paz e alegria.

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