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7. 1.

OEDITORIAL/ARTIGODEFUNDO

Oseditoriaissãotextosjornal í sticosemqueoconteúdoexpressaaopini ãodaempresa,dedirecção


ouequipaderedacção,semaobrigaçãodeterumaimparcialidadeouobjectividade.Geralmente,osgr
andes
jornaisreservamumespaçoparaoseditoriaisemduasoumaiscolunaslogonasprimeiraspáginasinter
nas. Osboxes(quadros)sãonormalmentemarcadoscom
umabordadiferenteparamarcarclaramenteque aqueletextoéopinativo,enãoinformativo.

Oseditoriaispodem esclarecer ,ilustraropini ões,induziracções.O editorialéintencional .Éo


pensamentooficialdojornal .

Oeditorialapresentaumavisãopol í ticaefilosófica,globaldomundo.Oeditorialest ámaisvirado


paraofuturo.Trata-sedeumtextoprospectivo,preconizaasviasaseguir , interroga-sesobreela.

Oeditorialpertencendoaogéneroopinativo,assume,todavia,umestatutoparticular
,porqueimplica demodoespecialacredibilidadedapublicação.

Oprofissionaldaredacção,encarregadoderedigiroseditoriais,normalmenteoDirectordojornal ,é
chamadoeditorialista.

Oseditoriaismaioresemaisanal í ticossãochamadosArtigosdefundo.Anotadistintivadoeditorial
éadignidade.Oeditorialistadevepautarpelaseriedadelinguísticaqueéum
elementofundamentalpara manteroprest í gioeaautoridadeperanteopúblico.

Oeditorialdeserclaro,concisoebreve.Pornormao“eu”doeditorialistanãoéfrequenteaparecer , ou
seja,oseditoriaisnãosãoassinadosporqueelesrepresentamopensarcolectivodoórgãodecomunica
ção. Omaisfrequenteéoempregodopronome“ nós”majest ático,oua3ªpessoadosingular
.Noentanto,chama -
seatençãoparaofactodealgunsjornaisapresentaremeditoriaisassinadospelodirectordojornal .

Caracter í sticasdoeditorial

Opúblicoaoqualsedestinadefineoestilodoeditorial , masnãodoseuconteúdo.Porisso,oeditorial
éoespaçodojornalondeseadmiteanormacultadalinguagem.Éoespaçoondeoredactorsesocorred
e argumentosl ógicosparaapersuasãofinal .

TextosJornal í sticos MurronaPage2

Assimoeditorialdeveapresentar :

a)Temabemdefinido;

b)Poucasideias,commaiorênfasenasafirmaçõesenãonasdemonstrações;

c)Flexibilidade,maleabilidade.

“ Afinalidadedoeditorialédirigiraopini ãopública,persuadindoatravésdaexortação,doapelo,do
aviso,dapalavradeordem,oudaconstataçãodefactos” .
Al ém disso,oeditorialtambém expõe,interpreta,esclareceeanalisaosacontecimentosdi áriosda
sociedade.

Funçõescl ássicasdoeditorial

1.Explicarosfactos–ascausaseconsequênciasdeumadecisão;

2.Darantecedentes(contextualizar )–darpistasaoleitorparacompreenderoassunto;

3.Predizerofuturo–
olhandoopresenteoeditorialistafazprevisãodofuturocomparandooassuntoactual
comoutrosanteriormentedecorridos;

4.Formularjuízos–oeditorialistafuncionacomooguardi ãodaconsci
ênciapública,devetomarpartidoe defenderposturasformulandojuízosdevalor
,juízosmoraissobreoqueest ábem eoqueest ámalno mundo,defendendo-obem.

Oeditorialpodeapresentardiferentessubgéneros

1.edtorialpol émico– em quesecombatem posiçõescontr áriaseseprocuraconvencerpalaviada


argumentação.Visademonstrarastesesdosadversários.

2.editorialinterpretativo–baseando-seemdadoscient í
ficos,oeditorialistaestudapormenorizadamenteos factoseasdeclaraçõesqueconstituem
otema,fornecendooselementosnecessáriosàsuacompreensão
ouaformulaçãodejuízossobreosmesmos.Numsegundomomento,expõeasuaposiçãosubjectiva,is
toé, asconclusõesqueoeditorialistaconsideraserem asmaisacertadaseparaasquaisosleitoresj
áficaram sensibilizados.

3.editorialobjectivoouanal í tico–expõeosdadoseosfactosmuitoobjectivamente,apontandomais
explicaçõeseemitindosentenças,comoqueevitandopronunciar -
sesobreoerroouaverdade,obemouo maldosdadosavançados.

Técnicasparaaelaboraçãodoeditorial

Oeditorialouartigoopinativopartedeumaevidênciaaxiomaqueédemonstradaconformeoponto

TextosJornal í sticos MurronaPage3

devistadojornal .

Enquantoanot í ciadeveconternecessariamenteasrespostasàsperguntas oquê,quem,quando e

onde ,oeditorialaprofundao como eo por quê ,poistrata-


sedeargumentarparachegaraumaconclusão l ógica.Oeditorialcomplementaanot í
ciacompesquisaeinformaçãoadicional .

Aevidênciaaserdiscutidapodeserinspiradanumanot í ciaoudeclaraçãododia.Umavezexpostaa
informação,embreveslinhas,parte-separaaargumentação.

Deve-setambém:
 Apresentarotema;

 Exporassuasimplicaçõeseconsequências;

 Tomarumaposiçãopessoal , adoptandoumaconduta,
(propondo)umasoluçãoetraçandoumrumo.

Opar ágrafofinalédeimport ânciacrucial .

Estruturadoeditorial

1.Apresentaçãodoproblema;

2.Exposiçãodasconsequênciasdoproblema;

3.Tomadadeposição.

7. 2. OARTIGODEOPINI ÃO

Est ápreceituadonaDeclaraçãoUniversaldosDireitosdoHomemque“todooindivíduotemdireitoà

opini ão,àliberdadedeexpressão,deexteriorizaçãodosseussentimentosperanteoqueaconteceno
quotidiano”
.Estamanifestaçãopodeserfeitamedianteaprodução,oralouescrita,deumartigodeopini ão,
quepodeserdivulgadonosmeiosdecomunicaçãosocial , comoar
ádio,atelevisão,asrevistaseosjornais, entreoutros,gravitandoem tornodetemaspol
émicosqueexigem umatomadadeposiçãoporpartedos
ouvintes,espectadores,leitores,enfim,porparte da comunidade em geral .O artigo de opini ão é
fundamentadoem impressõespessoaisdoautordotexto,peloqueosseusargumentossãof áceisde
contestar ,oquequerdizerque,apartirdeum artigodeopini ãosobreum assuntopol
émico,podemos argumentarcontraouafavordaopini ãoexpostaporumdeterminadoindivíduo.

O artigodeopini ãoéum textoargumentativo/dissertativoqueapresentaargumentossobreo


assuntoabordado,portanto,oautordotexto,al émdeexporoseupontodevista,devesustent á-
loatravésde informaçõescoerenteseadmissíveis.

Logo,asideiasdefendidasnoartigodeopini ãosãodetotalresponsabilidadedoautor ,e,poresse


motivo,omesmodevetercuidadocom averacidadedoselementosapresentados,al ém
deassinarotexto final

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