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Engenharia Eléctrica

Trabalho de Maquinas Primarias

Tema: Entropia e potencial de trabalho energético

Aquimo Alves Neves

Dercio Alberto Caitano


Diana Rute Xirinda
Celso Micas

Songo, Junho de 2020


Engenharia Eléctrica

Trabalho de Maquinas Primarias

Tema: Entropia e potencial de trabalho energético

Aquimo Alves Neves

Dercio Alberto Caitano


Diana Rute Xirinda
Celso Micas

Trabalho de Maquinas
primarias, a ser entregue aos
docentes:

Eng.º Narciso Nota

Dr. Lucas Boene

Songo, Junho de 2020


ÍNDICE
Introdução...................................................................................................................2
Objectivos...................................................................................................................3
Objectivos especificos................................................................................................3
Metodologia............................................................................................................... 3
Entropia...................................................................................................................... 4
Potencial de trabalho energético................................................................................ 8
Trabalho reversível e irreversibilidade.......................................................................9
Eficiência de acordo com a segunda lei ƞii...............................................................10
Variação da exergia de um sistema.......................................................................... 11
Transferência de exergia por calor, trabalho e massa.............................................. 11
Transferência de exergia por calor, q....................................................................... 11
Transferência de exergia por trabalho, w................................................................. 12
Transferência de exergia em massa, m.....................................................................12
Transferência de exergia em massa: Xmasa = mψ...................................................12
Conclusão................................................................................................................. 14
Bibliografia...............................................................................................................15
INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem como tema entropia e potencial de trabalho energético,


começando o desenvolvimento com uma discussão da desigualdade de Clausius, que
forma a base da definição da entropia, tratando do principio do aumento da entropia,
sendo entropia uma propriedade que não se conserva, não existindo portanto a
conservação de entropia. Tendo em conta a primeira lei da termodinâmica que trata da
quantidade de energia e afirma que a energia não pode ser criada e nem destruída, dai
que a segunda lei trata da qualidade de energia, especificamente ela diz respeito a
degradação da energia durante um processo, a geração de entropia e as oportunidades
perdidas de realizar trabalho.
O potencial de trabalho da energia contida em um sistema em um estado especificado é
simplesmente o trabalho útil máximo que pode ser obtido no sistema.. Ou seja, Trabalho
f (estado inicial, trajetória do processo, estado final). Em uma análise de exergia, o
estado inicial é especificado, portanto, não é uma variável.

2
OBJECTIVOS

Objectivo geral
Ter conhecimentos de entropia e de potencial de trabalho energético
Objectivos especificos

 Definir uma nova propriedade chamada entropia para quantificar os efeitos da


segunda lei;

 Estabelecer o principio do aumento da entropia;

 Examinar o desempenho dos dispositivos de engenharia a luz da segunda lei da


termodinâmica;

 Definir o trabalho reversível, que é o máximo de trabalho útil que pode ser obtido
quando um sistema passar por um processo entre dois estados especificados;

 Definir a eficiência de segunda lei.

Metodologia

A metodologia empregada para este trabalho pauta-se pela pesquisa bibliográfica, isto é,
pela busca de informações concernentes ao tema em fontes consagradas . Conforme
apontado por Macedo (1994, p. 13), trata-se da "seleção de documentos que se
relacionam com o problema de pesquisa (livros, verbetes de enciclopédia, artigos de
revistas, trabalhos de congressos, teses, etc.)”, do fechamento dessas referências e,
finalmente, da redação das ideias que comuniquem os objetivos do estudo.

3
ENTROPIA

A primeira lei da termodinâmica restringe as trocas de energia entre um sistema e a sua


vizinhança impondo a conservação de energia total. A vários processos na natureza que
não violam a primeira lei e que não ocorrem espontaneamente, como exemplo, a
primeira lei não impede que o calor passe de uma fonte fria para uma fonte quente. Só
pé possível transferir calor de uma fonte fria para uma fonte quente quando se realiza
trabalho sobre o sistema.

A segunda lei da termodinâmica restringe o tipo de conversões energéticas nos


processos termodinâmicos e formaliza os conceitos de processos reversíveis e
irreversíveis, resultando em expressões que envolvem desigualdades, por exemplo, uma
maquina termia irreversível é menos eficiente do que uma reversível que opera entre os
mesmos reservatórios de energia térmica. Outra desigualdade com consequências
importantes para a termodinâmica é a desigualdade de Clausius enunciada pelo físico
alemão R.J.E. Clausius (1822-1888), e é expressa por:

, essa desigualdade é valida para todos os ciclos termodinâmicos, reversíveis e

irreversíveis, incluindo os ciclos de refrigeração. Todo calor transferido de ou para um


sistema pode ser considerado como se consistisse de quantidades de calor infinitesimais
divididas pela temperatura da fronteira. Se não ocorrem irreversibilidades no interior do
sistema e no dispositivo cíclico reversível, então o ciclo pelo qual o sistema combinado
passou é internamente reversível. Como tal, ele pode ser revertido. O trabalho
컀ᒍ uma vez que não pode ser uma quantidade positiva nem negativa,

portanto . Podemos assim concluir que a igualdade na desigualdade de


컀ᒍ

Clausius vale para os ciclos totalmente ou apenas internamente reversíveis. Analisando


o volume ocupado por um gás em um arranjo pistão cilindro que executa um ciclo,
verificamos que a variação liquida de volume durante o ciclo é zero, t .

Uma grandeza cuja integral cíclica é nula depende apenas do estado e não da trajetória

do processo e, portanto é uma propriedade. Assim a grandeza deve representar


컀ᒍ

uma propriedade na forma diferencial, Clausius em 1865 chamou essa propriedade de


entropia, designada pelo símbolo e definida por

. Equação 1
컀ᒍ

4
A variação da entropia de um sistema durante um processo pode ser determinada pela
diferença entre a entropia nos estados final e inicial:

. Equação 2
컀ᒍ

Em processos de transferência de calor isotérmicos e internamente reversíveis a


variação da entropia pode ser determinada usando a expressão , onde

é a temperatura constante do sistema e o calor transferido durante o processo


internamente reversível.

Em um sistema fechado isolado, a transferência de calor é zero e a equação de entropia


se reduz a ‫݋‬ . A entropia de um sistema isolado sempre aumenta ou, no caso
limite de um processo reversível, permanece constante, ela nunca diminui, isto é
conhecido como principio do aumento da entropia. Na ausência da transferência de
calor a variação de entropia se deve apenas as irreversibilidades e seu efeito é sempre o
aumento da entropia.

A entropia total de um sistema é dado pela soma das entropias das partes do sistema.
Tomando como exemplo um sistema isolado, composto por um sistema e sua
vizinhança, a entropia total é dada por ‫݋‬ 컀 ᒍ ‫ݐ‬ ç , onde
valem a igualdade para os processos reversíveis e a desigualdade para os irreversíveis.
O principio de aumento da entropia pode ser resumido da seguinte maneira:

컀 컀ᒍ컀 ᒍ컀‫݋‬
컀 컀 컀ᒍ컀 ᒍ컀‫݋‬
컀 ᒍ컀‫݋‬

A entalpia é conservada apenas durante processos reversíveis idealizados e aumenta


durante todos processos reais. A geração de entropia pode ser usada como medida
quantitativa das irreversibilidades associadas a um processo. Ela também pode ser usada
para estabelecer critérios de desempenho de dispositivos de engenharia.

O valor de entropia de um sistema é fixo uma vez estabelecido o estado do sistema. Nas
regiões de liquido comprimido e vapor superaquecido, esse valor pode ser obtido
diretamente das tabelas para aquele estado, nas regiões de mistura saturada é
determinado a partir da expressão ‫݋‬ t ‫݋‬ᒍ , onde x é o titulo e os
valores de ‫݋‬ᒍ e ‫݋‬ estão listados nas tabelas de saturação. Na ausência de dados para o
liquido comprimido a entropia do liquido comprimido pode ser aproximada a entropia

5
do liquido saturado na mesma temperatura e a variação da entropia de massa m durante
um processo é simplesmente , ao estudar os
aspectos da segunda lei da termodinâmica relacionados a processos, a entropia é
normalmente usada como uma coordenada em diagramas como 컀‫ݐ‬ .

A entropia de massa fixa não muda durante um processo internamente reversível e


adiabático, um processo no qual a entropia permanece constante é chamado de processo
isoentrópico, caracterizado por: t .

컀ᒍ Corresponde a uma área diferencia em um diagrama . A transferência de


calor durante um processo internamente reversível é determinado pela integração como

sendo: 컀ᒍ no processo isotérmico internamente reversível o resultado é

컀ᒍ .

A entropia de um sistema esta relacionada ao numero total de possíveis estados


microscópicos do sistema, chamado de probabilidade termodinâmica p, que, de acordo
com a relação de Boltzmann pode ser expressa por ln com 
.

A variação de entropia durante um processo pode ser determinada pela integração das
t ᒍ ‫ݐ‬ ᒍ
equações 컀 entre os estados inicial e final.

Líquidos e sólidos podem ser aproximados como substâncias incompressíveis, uma vez
que seus volumes específicos permanecem quase constantes durante um processo e a
t
variação de entropia é dada por , a variação de entropia em um processo é

determinada segundo a expressão ㌳ 컀 ln uma

relação para processos isoentrópicos envolvendo líquidos e sólidos é obtido igualando a


zero a variação da entropia definida acima oque resulta em 컀 ln


A variação de entropia de um gás ideal é dada por, ᒍ t ln t
, a variação da

entropia para um processo é obtido pela integração dessa relação entre os estados inicial
e final.


ᒍ t ln

ou t ln Equação 3

6
As expressões para variação de entropia dos gases ideais sob hipótese de calor
especifico constante é obtido substituindo ᒍ 컀 por ᒍ 컀 e 컀 .
Utilizando relações exatas para calores específicos em função da temperatura a variação
da entropia durante um processo é determinado segundo a equação
t ln , quando a hipótese de calor especifico é valida as relações isoentrópicas


dos gases ideais são dadas por: ᒍ
relação

㌳ ᒍ
relação ᒍ
relação. Quando a hipótese de calor

especifico constante não é valida usamos a expressão t ln . Podendo ser

rearranjada para pressão relativa e volume especifico relativo como

ᒍ ᒍ
onde é a pressão relativa ou ᒍ ᒍ
onde ᒍ é o volume especifico relativo,

essas duas expressões são estritamente para processos isoentrópicos com gases ideais. O
trabalho reversível no escoamento em regime permanente pode ser expresso de acordo

com as seguintes propriedades 컀ᒍ ᒍ 컀 컀 , para substancias


incompressíveis pode ser simplificado como 컀ᒍ ᒍ 컀 컀 .

Os consumos de trabalho em um compressor reversível que comprime um gás ideal de


até são determinados pela integração de cada caso com os seguintes resultados:

t㌳ t
Isoentrópico ᒍ 컀 컀

t㌳ t
Politrópico ᒍ 컀 컀

Isotérmico ᒍ 컀 컀 t ln Equação 4

Para uma turbina operando em regime permanente o estado de entrada do fluido de


trabalho e pressão de descarga são fixos. Como o que se deseja de uma turbina é a
produção de trabalho e a eficiência isoentrópica de uma turbina é definida pela
expressão abaixo:

ܽ ‫ݐ݋‬ 컀 ‫݋‬ t ܽ ‫ݐ‬ ‫ݐ‬


ܽ ‫ݐ݋‬ soentrópico da turbina ‫ݐ‬ ‫ݐ‬
Equação 5

A eficiência de um compressor é dada por:

7
ܽ ‫ݐ݋‬ soentrópico do compressor ‫ݐ‬ ‫ݐ‬
ܽ ‫ ݐ݋‬real do compressor ‫ݐ‬ ‫ݐ‬
Equação 6

A eficiência de um bocal é dada por:

t 컀 ‫݋‬ ܽ ‫݋‬ ᒍ ‫ݐ‬ ‫ݐ‬


t soentrópica na saida do bocal ᒍ ‫ݐ‬ ‫ݐ‬
Equação 7

O balanço de entropia que se aplica a todo sistema que passa por qualquer processo é
dado por:

컀 컀 컀 ou na forma de taxa como 컀 컀 컀

Para um processo geral em regime permanente isso pode ser simplificado para

컀 컀 컀 Equação 8

POTENCIAL DE TRABALHO ENERGÉTICO

O potencial de trabalho da energia contida em um sistema em um estado especificado é


simplesmente o trabalho útil máximo que pode ser obtido no sistema.. Ou seja, Trabalho
f (estado inicial, trajetória do processo, estado final). Em uma análise de exergia, o
estado inicial é especificado, portanto, não é uma variável. A saída do trabalho é
maximizada quando o processo entre dois estados especificados é ele é executado de
maneira reversível. Portanto, ao determinar o trabalho potencial, todas as
irreversibilidades são negligenciadas. Finalmente, O sistema deve estar no estado morto
no final do processo para maximizar a saída de trabalho. Um sistema é reivindicado
como estando no estado morto quando está em equilíbrio termodinâmico com o meio
ambiente. Nesse estado, um sistema está no temperatura e pressão do seu ambiente (em
equilíbrio térmico e mecânico), não possui energia cinética ou potencial em relação ao
seu ambiente (velocidade zero e elevação zero por acima do nível de referência) e não
reage com o meio ambiente (quimicamente inerte). Também não há efeitos de
desequilíbrio magnético, elétrico e de tensão superficial entre o sistema e seus arredores,
se forem relevantes para a situação específica. As propriedades de um sistema no estado
morto são indicadas pelo zero subscrito, por exemplo, P0, T0, h0, u0 e s0. Salvo
indicação em contrário, a temperatura e pressão de estado morto são assumidos como

8
T0 25 ° C (77 ° F) e P0 1 atm (101.325 kPa ou 14,7 psia). Um sistema tem exergia zero
no estado morto.

TRABALHO REVERSÍVEL E IRREVERSIBILIDADE


O trabalho realizado por dispositivos que produzir trabalho nem sempre é
completamente de uma forma utilizável. Por exemplo, quando um gás em um
dispositivo de êmbolo se expande, parte do trabalho o gás produzido é usado para
empurrar o ar atmosférico para fora do caminho do êmbolo. Este trabalho que não pode
ser recuperado para ser usado para qualquer finalidade útil é igual à pressão atmosférica
P0 pela mudança de volume do sistema.
Wviz=Po(V2 - V1) equação 9
A diferença entre o trabalho real W e o trabalho de vizinhança Wviz é chamado de
trabalho útil Wu.
Wu=W - Wviz= W - Po(V2 - V1) equação 10
Trabalho reversível Wrev é definido como a quantidade máxima de trabalho útil que
pode ocorrer (ou o trabalho mínimo que precisa ser fornecido) quando um sistema passa
por um processo entre os estados inicial e final especificados. Este é o trabalho útil de
saída (ou entrada) obtido (ou gasto) quando o processo entre os estados inicial e final
são executados de maneira totalmente reversível. Quando o estado final é o estado
morto, trabalho reversível é igual a exergia. Para processos que exigir trabalho, o
trabalho reversível representa a quantidade mínima de trabalho necessária para realizar
esse processo. O termo trabalho é usado para denotar trabalho e poder. Qualquer
diferença entre o trabalho reversível Wrev e a ferramenta Wu deve-se a
irreversibilidades presentes durante o processo, e essa diferença é chamada
irreversibilidade I.
I=Wrev,sal -Wu,sal o I=Wu,ent - Wrev,ent equação 11

A irreversibilidade é equivalente à exergia destruída. Para processo totalmente


reversível, condições reais e reversíveis de trabalho são idêntico, portanto a
irreversibilidade é zero. Isso era de se esperar, dado que processos totalmente
reversíveis não geram entropia. A irreversibilidade é uma quantidade positiva para
qualquer processo real (irreversível) porque Wrev Wu para dispositivos produtivos e
Wrev Wu para dispositivos consumidores de trabalho. A irreversibilidade pode ser vista
como o potencial de desperdício de trabalho ou o oportunidade perdida de fazer o

9
trabalho. Representa a energia que pode ser convertida em trabalho, mas não era.
Quanto menor a irreversibilidade associada a um processo, quanto maior o trabalho
produzido (ou menor é o trabalho consumido). Ele o desempenho de um sistema pode
ser melhorado, minimizando a irreversibilidade associada à ele.

EFICIÊNCIA DE ACORDO COM A SEGUNDA LEI ƞII


A eficiência térmica e o coeficiente de desempenho para o dispositivos como uma
medida de seu desempenho. Eles foram definidos apenas com base no primeira lei;
portanto, às vezes são chamadas de eficiência sob a primeira lei.
Contudo, a eficiência nos termos da primeira lei não faz referência às melhores possível
desempenho e, portanto, pode estar errado. Considere duas máquinas térmicas, ambas
com uma eficiência térmica de 30%. Um deles (máquina A) é alimentado com calor de
uma fonte a 600 K e a outra (máquina B) com uma a 1.000 K. Ambas descartam calor a
uma médio a 300 K e, à primeira vista, ambos parecem converter a mesma fração de
calor que recebem, portanto, desempenham igualmente bem. No entanto, quando
observa-os cuidadosamente à luz da segunda lei da termodinâmica, notamos uma
cenário totalmente diferente: na melhor das hipóteses, essas máquinas podem atuam
como máquinas reversíveis, caso em que suas eficiências seriam:
 T  300 K
 rev , A  1  L   1   50%
 TH A 600 K
 T  300 K
 rev , B  1  L   1   70%
 TH B 1000 K
Equação 12
Agora é evidente que a máquina B tem um maior potencial de trabalho disponível (70
por cento do calor fornecido, comparado a 50 por cento de A), então ambos devem ter
um desempenho muito melhor que a máquina A. Portanto, podemos dizem que B
executa mal em relação à máquina A, embora ambos eles têm a mesma eficiência
térmica.
A eficiência de acordo com a segunda lei ƞII é definida como a relação entre eficiência
térmica real e máxima eficiência térmica possível (reversível) sob as mesmas condições.
ter
II 
ter,rev
(Maquinas térmicas) Equação 13
Com base nessa difinicao, as eficiencias de segunda Lei para as duas maquinas
termicaas discutidas anteriormente sao:

10
0.30
 II , A   0.60
0.50
0.30
 II , B   0.43
0.70

VARIAÇÃO DA EXERGIA DE UM SISTEMA


A propriedade exergia é o potencial de trabalho de um sistema em um ambiente
especificado e representa a quantidade máxima de trabalho útil que pode ser obtido
quando o sistema alcança equilíbrio com o meio ambiente. Ao contrário da energia, o
valor da exergia depende tanto do estado do meio ambiente quanto do estado do sistema;
Assim Exergia é uma propriedade combinada. A exergia de um sistema que está em
equilíbrio com seu ambiente é zero. O Estado de ambiente é conhecido como "estado
morto" porque, de um ponto de vista termodinâmico o sistema está praticamente
"morto" (não pode funcionar) quando atinge o tal estado.

TRANSFERÊNCIA DE EXERGIA POR CALOR, TRABALHO E MASSA


Exergia, como energia, pode ser transferida de ou para um sistema de três maneiras:
calor, trabalho e fluxo de massa. Essa transferência é reconhecida no limite do sistema
quando a exergia a atravessa, representa a exergia adquirida ou perdida por um sistema
durante um processo. As únicas duas formas associadas de interação exergia massa fixa
ou sistema fechado são transferências de calor e trabalho.

TRANSFERÊNCIA DE EXERGIA POR CALOR, Q


O potencial de trabalho da energia transferida de uma fonte térmica na temperatura T é
o trabalho máximo que pode ser obtido dessa energia em um ambiente a uma
temperatura T0, e que pode ser equivalente ao trabalho produzido por um Máquina
térmica de Carnot que opera entre a fonte e o meio ambiente. Portanto, o A eficiência de
Carnot ƞU = 1 - T0/ T representa a fração de energia de uma fonte de calor na
temperatura T= 100 K que pode ser convertidada em trabalho em um ambiente a
TO=300K.
 T  (Kj ) transferência de exergia por calor, equação 14
X calor  1  o Q
 T 

11
TRANSFERÊNCIA DE EXERGIA POR TRABALHO, W

Exergia é o potencial útil do trabalho, e a transferência de exergia pelo trabalho pode ser
expresso simplesmente como Transferência de exergia pelo trabalho:

Xtrabalho =W - Wviz para trabalho de fronteira


Xtrabalho = W para outras formas de trabalho Equação 15

onde
Walr =P0 (V2 - V1), P0 é a pressão atmosférica, assim como V1 e V2 são os volumes
inicial e final do sistema. Consequentemente, a transferência de exergia devido a
trabalho, como flecha e trabalho elétrico, é igual ao trabalho W em si. No caso de um
sistema que envolve trabalho de fronteira, como um dispositivo de cilindro e êmbolo, o
trabalho realizado para empurrar o ar atmosférico durante a expansão não pode
transferência, portanto, deve ser subtraído. Além disso, durante um processo de
compactação, um parte do trabalho é feita pelo ar atmosférico, portanto, é necessário
fornecer trabalho menos útil de uma fonte externa.

TRANSFERÊNCIA DE EXERGIA EM MASSA, M


A massa contém exergia, energia e entropia, e o conteúdo destes em um sistema são
proporcionais à massa. Além disso, as taxas de transporte de exergia, entropia e energia
para dentro ou fora de um sistema são massa. O fluxo de massa é um mecanismo para
transportar exergia, entropia e energia dentro ou fora de um sistema. Quando uma
quantidade de massa m entra ou sai de um sistema, ela é acompanhada por uma
quantidade de exergia mc, onde Ψ=(h - ho) -To (S - So) +V2 / 2 + gz. Isto é digamos,

TRANSFERÊNCIA DE EXERGIA EM MASSA: Xmasa = mψ


Portanto, a exergia de um sistema aumenta em mc quando a quantidade de massa m
entra, enquanto diminui na mesma quantidade quando a mesma quantidade de massa na
mesmo estado sai do sistema. O fluxo de exergia associado a uma corrente de fluido
quando suas propriedades são variáveis que podem ser determinadas a partir da
integração de:

12
Xmassa  pVndAc
Ac

Xmassa m   Xmasadt


t Equação 16
onde
Ac é a área da secção transversal do fluxo e Vn é a velocidade local normal para dAt.
Observe que a transferência de exergia causada pelo calor, Xcalor, é zero para o
sistemas adiabáticos, e que a transferência de exergia em massa, Xmasa, é zero para o
sistemas que não envolvem fluxo de massa através de seus limites (ou seja, sistemas
fechadas). A transferência total de exergia é zero para sistemas isolados, pois eles não
envolvem transferência de calor, trabalho ou massa.

13
CONCLUSÃO

Findo o trabalho conclui-se que os temas abordados durante o desenvolvimentos do


trabalho tem um papel importante na área de electricidade, tendo chegado a conclusão
que o engenheiro electrico deve estar dotado de conhecimentos referentes a entropia e
potencial energético. Sendo entropia uma propriedade que não se conserva, não
existindo portanto a conservação de entropia e o potencial de trabalho da energia
contida em um sistema em um estado especificado é simplesmente o trabalho útil
máximo que pode ser obtido no sistema. O engenheiro electrico deve estar sempre
consciente das duas leis básicas existentes na termodinâmica. Sendo a primeira que tem
haver com a conservação de energia e e segunda que tem haver com a qualidade da
energia, tendo em conta os sistemas existentes e as propriedades que as envolve.

14
BIBLIOGRAFIA

[01] ASHRAE, Handbook of Refrigeration, Versión SI, Atlanta, Georgia, American


Society of Heating, Refrigerating, and Air-Conditioning Engineers, Inc., 1994.

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1986, Smithsonian, pp. 193- 208.PRO

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9a. ed., American Council for an Energy-Efficient Economy,Washington, D. C., 2007.

[04] J. E. Ahern. The Exergy Method of Energy Systems Analysis. New York: John
Wiley & Sons, 1980.

[05] A. Bejan. Advanced Engineering Thermodynamics. 2nd ed. New York:Wiley


Interscience, 1997.

[06] A. Bejan. Entropy Generation through Heat and Fluid Flow. New York: John
Wiley & Sons, 1982.

[07] Y. A. Çengel. “A Unified and Intuitive Approach to Teaching Thermodynamics.”


ASME International.BLEMAS*

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