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URGENTE – PLANTÃO
JUDICIÁRIO RISCO DE
MORTE – NECESSIDADE DE
INTERNAÇÃO IMEDIATA EM
UTI
I – DOS FATOS
Rua Des. Antônio Soares, 1286, Tirol, Natal/RN, CEP.: 59.022-170 # Fone: 0xx84.32213113
Como é sabido, o Autor teria que cumprir carências diferenciadas para qualquer tipo de
contrato, exceto em caso de urgência e emergência, conforme dispõe o Art. 12, V,
“c” da Lei 9.656/98, cujo teor a seguir se transcreve:
(...)
Vê-se, pois, que a carência máxima permitida por lei para casos de urgência e
emergência é de 24 (vinte e quatro) horas. Assim, a referida carência, por parte do
Autor, que aderiu ao plano de saúde em 16 de fevereiro de 2017, está devidamente
cumprida desde o dia 17 de fevereiro de 2017.
Pois bem. Para seu infortúnio, na madrugada do dia 21 para o dia 22 de fevereiro de
2017, o Autor se sentiu mal e foi levado ao Hospital da Hapvida, também conhecido
como Hospital Antônio Prudente.
Chegando ao local, passou muito mal, desmaiou e foi levado para a sala de
reanimação, além de fazer alguns exames.
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na sala de atendimento e reanimação, local que, absurdamente, está até o momento
da confecção da presente exordial.
Ora, ainda que fosse possível realizar sua transferência, por se tratar de uma situação
de urgência/emergência, o Autor tem direito de ser internado no hospital onde está,
procedimento que, seguramente, oferece bem menos riscos.
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parte da equipe médica: Os médicos não estão autorizados pela direção do
hospital a dar qualquer declaração acerca do estado de saúde do Autor!
Em resumo, Excelência:
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Precisa ser levado a uma UTI, IMEDIATAMENTE, para não morrer;
O plano nega-se a realizar sua internação alegando carência;
O plano se nega a fornecer os documentos que demonstram que o Autor está
sob risco de vida;
O hospital PROÍBE os médicos a emitirem uma declaração de estado de saúde
do Autor;
O Hospital se NEGA a receber o ofício encaminhado pela Defensoria;
Veja-se que a conduta do Hospital é de total menosprezo ao Autor e toda a sua família,
expondo-o a uma situação de grave risco de morte sem qualquer respeito ou
cumprimento das normas éticas médicas.
Assim, vem o Autor, em total desespero, buscar este Juízo para tentar ter o
atendimento que lhe é de direito, em UTI, e, assim, poder lutar pela sua vida.
II – DO DIREITO
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I - o autor deverá aditar a petição inicial, com a complementação de sua
argumentação, a juntada de novos documentos e a confirmação do pedido de
tutela final, em 15 (quinze) dias ou em outro prazo maior que o juiz fixar;
II - o réu será citado e intimado para a audiência de conciliação ou de mediação
na forma do art. 334;
III - não havendo autocomposição, o prazo para contestação será contado na
forma do art. 335.
§ 2o Não realizado o aditamento a que se refere o inciso I do § 1o deste artigo, o
processo será extinto sem resolução do mérito.
§ 3o O aditamento a que se refere o inciso I do § 1o deste artigo dar-se-á nos
mesmos autos, sem incidência de novas custas processuais.
§ 4o Na petição inicial a que se refere o caput deste artigo, o autor terá de
indicar o valor da causa, que deve levar em consideração o pedido de tutela
final.
§ 5o O autor indicará na petição inicial, ainda, que pretende valer-se do
benefício previsto no caput deste artigo.
§ 6o Caso entenda que não há elementos para a concessão de tutela
antecipada, o órgão jurisdicional determinará a emenda da petição inicial em até
5 (cinco) dias, sob pena de ser indeferida e de o processo ser extinto sem
resolução de mérito.
Art. 304. A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303, torna-se estável
se da decisão que a conceder não for interposto o respectivo recurso.
§ 1o No caso previsto no caput, o processo será extinto.
§ 2o Qualquer das partes poderá demandar a outra com o intuito de rever,
reformar ou invalidar a tutela antecipada estabilizada nos termos do caput.
§ 3o A tutela antecipada conservará seus efeitos enquanto não revista,
reformada ou invalidada por decisão de mérito proferida na ação de que trata o §
2o.
§ 4o Qualquer das partes poderá requerer o desarquivamento dos autos em que
foi concedida a medida, para instruir a petição inicial da ação a que se refere o §
2o, prevento o juízo em que a tutela antecipada foi concedida.
§ 5o O direito de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada, previsto no §
2o deste artigo, extingue-se após 2 (dois) anos, contados da ciência da decisão
que extinguiu o processo, nos termos do § 1o.
§ 6o A decisão que concede a tutela não fará coisa julgada, mas a estabilidade
dos respectivos efeitos só será afastada por decisão que a revir, reformar ou
invalidar, proferida em ação ajuizada por uma das partes, nos termos do § 2o
deste artigo.
Tal elemento está mais do que demonstrado no presente caso, eis que, não sendo
concedida a tutela ora buscada, o Autor possui ENORMES CHANCES DE MORRER
(em poucas horas, já sofreu 09 paradas cardíacas).
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O outro elemento constante do caput do dispositivo transcrito consiste na apresentação
da lide, requisito esse, portanto, também cumprido. Veja-se que os fatos foram
devidamente apresentados e, ainda, esclarecida a pretensão resistida.
Ademais, o pedido feito por ocasião da presente inicial cautelar consiste na concessão
de medida cautelar para determinar que a HAPVIDA realize, com a cobertura do
plano de saúde e sem a aplicação da carência, a internação do Autor em UTI de
forma IMEDIATA, sob pena de aplicação de multa diária no valor de R$ 10.000,00 em
caso de descumprimento;
Na lide principal, a ser aditada no prazo estabelecido por este Juízo, informa-se, desde
já, que será buscada a reparação de todo e qualquer dano já havido e que porventura
ainda venha a ocorrer no desenrolar da situação.
III – DO PEDIDO
a) A concessão dos benefícios da justiça gratuita, por não possuir condições, no momento,
de arcar com as custas processuais;
b) A concessão da medida liminar pleiteada, devendo este MM. Juízo determinar que o
Réu autorize, IMEDIATAMENTE, a transferência do Autor para uma Unidade de
Terapia Intensiva – UTI, bem como autorize a realização de todos os
procedimentos médicos requisitados ou que porventura venham a ser
requisitados para tratamento do Autor relativo ao enfarte sofrido, sob pena de
multa diária por descumprimento no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais);
c) Que seja concedido prazo de 30 (trinta) dias para aditamento da inicial com os pedidos
principais;
d) Que seja possibilitado ao Autor a juntada posterior dos documentos que, POR MÁ-FÉ
do hospital, não lhe foram fornecidos, numa clara tentativa do hospital em tentar
desestimular o Autor a buscar seus direitos;
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e) Pede-se, ainda, que em caso de deferimento da medida liminar, seja, ainda na data de
hoje (22 de fevereiro de 2017), enviada em caráter de urgência, por oficial de justiça,
para o endereço indicado na qualificação do Réu.