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As certificações de sistemas de Gestão, principalmente a Gestão ambiental, que é uma das

modalidades mais difundidas no Brasil. No campo a certificação vem em uma crescente, tendo
grande demanda de certificação de produtos e processos.

Para a certificação dessa modalidade, existe uma série de: diretrizes; princípio; normas, que
são exigidas.

O processo de certificação está se consolidando cada vez mais, proporcionando um


instrumento de maior acesso ao mercado.

A certificação trás grandes melhorias a propriedade, ao produto ou serviço. Ela garante mais
qualidade ao produto ou serviço, agrega valor ás marcas comerciais, promove a concorrência
justa entre os fornecedores de um mesmo produto ou serviço.

Segundo “ Há o entendimento, ainda, de que a certificação pode ser um mecanismo para


estimular a melhoria da propriedade ou empresa como um todo, da qualidade do produto,
agregar valor ás marcas comerciais e promover a concorrência justa entre os fornecedores de
um mesmo produto ou serviço, considerando que os requisitos em relação aos quais a
conformidade desses produtos e serviços é atestada e são pré-estabelecidas. Esses requisitos
são de conhecimento: do público, dos concorrentes e do mercado consumidor.

De acordo com os processos de certificação são longos e baseados em uma notoriedade


adquirida no decorrer de anos, decênios e até de séculos. A concessão de uma certificação,
dependendo do caso, pode ser o passo final de uma longa caminhada que passa pela obtenção
de selos de qualidade existentes em algumas categorias de produtos, ou ainda de
certificações, com a indicação de origem.

Para Cuéllar e Torremocha (2005), os mecanismos criados para que o consumidor tenha o
conhecimento da origem e das práticas produtivas que estão por trás de um produto e para
valorizar o trabalho feito por determinados produtores não é isento de problemas. Destes, três
se destacam:

 Os mecanismos de certificação foram criados nos países mais desenvolvidos


economicamente, como principais mercados para estes produtos de qualidade
diferenciada. Não só as normas e regras de produção, mas também os mecanismos de
controle e de avaliação. Isso origin um dependência total dos países do sul, que são
obrigados a trabalhar sob métodos e processos de avaliação não próprios. Além disso,
a certificação trouxe uma nova maneira de protecionismo dos mercados do noete.
 Os processos para se avaliar a conformidade de deterninadas regras e criterios atraves
do sistema de inspeção por um terceira parte ( empresa ou entidade de certificação)
trazem custos elevados e uma burocracia excessiva. Esses dois elementos fazem com
que este sistema seja seletivo, ocasionando prejuízo aos pequenos produtores. Assim,
os sistemas que mais ocupam mão-de-obra e que melhor distribuem a riqueza no meio
rural têm sérias dificuldades para contar com um reconhecimento de boas práticas em
seus modos de produção.
 Os sistemas de avaliação de conformidade quando gerados por orgãos privados
entram em uma dinâmica de mercado e de concorrência. A credibilidade e o
reconhecimento de produtos com uma origem ambiental ou respeitada socialmente é
gerada por um setor privado, baseado na competência, em que cada entidade de
8certificação tem que sobreviver com o número de selos ou de clientes que estabelece
em um contexto de concorrência com outras entidades. Isto se manifesta em um
difícil equilíbrio para a certificação, entre a rigorosidade devida aos processos de
avaliação e a necessidade de manter um número suficiente de clientes, o que gera
menor confiabilidade no processo.

Requisitos básicos para certificação


Segundo a cafepoint (2010), adotar uma certificação de origem e de excelência na
qualidade, significa implantar uma linguagem universal para comunicação com todos
os consumidores. Assim, criam-se possibilidades de ampliação das áreas de consumo,
bem como da identificação das preferências e exigências atuais dos consumidores, que
são as informações, que orientam o gerenciamento da produção e o desenvolvimento
de novos produtos.
A certificação é a garantia de que a propriedade está adotando:
 Boas práticas agrícolas;
 Preservação do meio ambiente;
 Condições dignas aos funcionários;
Esses itens acima trazem maior confiabilidade do consumidor e asseguram a qualidade
do produto.
A certificação trás ao produtor um sistema de produção ambiental sustentável ,
economicamente viável e socialmente justos.
Para se obter a certificação é preciso adequar a propriedade às normas do programa.
Requisitos básicos que o produtor deve preencher:
 Preservação ambiental: adotar praticas de manejo que visem a preservação de
nascentes e a conservação do solo, destinar os resíduos poluentes gerados na
propriedade a um local adequado e protegido para o descarte e tratamento.
 Relações sociais: respeito à liberdade de organizações dos trabalhadores, realizar
capacitações em segurança no trabalho, de equipamentos e de práticas agronomicas.
 Segurança alimentar: uasr agroquímicos somente com recomendações técnicas e
registro no Ministério da Agricultura, registrar todas as operações, do cultivo ao
armazenamento, permitindo o rastreamento doa cafés, evitando a contaminação por
agentes estranhos.

Preservação ambiental
A qualidade ambiental de um produto é um dos critérios exigidos pela certificação. O
consumidor se preocupa com a qualidade ambiental se um produto ou serviço.
, isso reflete o nível de respeito da produção com o meio ambiente e a diversidade
ecológica.
Segundo ...., o código mais difundido é o da produção orgânica elaborada pela IFOAM
(International Federation of Organic Agriculture Movements), em que o sistema
agrário é considerado parte do ecossistema. Assim, deve-se respeitar esse
ecossistema e respeitar os ciclos ecológicos.
E como respeitar esse ambiente? Não utilizando produtos químicos nocivos para a
saúde humana e animal e também para o ecossistema; regulando o uso de agrotóxicos
e fertilizantes; usando de maneira correta a gestão de descarte de resíduos, que
podem ser utilizados para a produção de biofertilizantes; adoção de práticas que
garantam a preservação dos recursos hídricos, da biodiversidade e da qualidade do ar
e sempre respeitar os códigos de preservação do meio ambiente e a responsabilidade
social da produção.
A preservação ambiental visa a saúde de todos os componentes do ecossistema, dos
seres humanos e da ecologia. Sempre respeitando e potencializando os ciclos dos
recursos naturais.
De acordo com a SCAA (Associação de Cafés Especiais da América) 2005, deve-se ter
foco e recursos para a sustentabilidade no comércio mundial. Em 1997 a SCAA formou
uma força-tarefa especial e recomendou uma expansão da Declaração de Missão da
entidade para incluir a sustentabilidade e uma lista de atributos de apoio e ações
relacionadas ao café e a sustentabilidade. A lista de atributos e ações sustentáveis foi
criada como um ponto inicial para discussão e para servir como catalisador para
crescimento da consciência e compromisso da Indústria. A lista de atributos de apoio
foi estabelecida como uma “Declaração de Entidades” relativa ao café e à
sustentabilidade, e engloba o compromisso para a qualidade, a cooperação, a
dedicação para educação continuada dos membros, a sensibilidade para o meio
ambiental, a consistência dos assuntos sociais, o encorajamento de práticas
empresariais éticas e a produção do valor do café .Isso resultou em algumas iniciativas
como:
 PIC (Produção Integrada de Café): Norma que focaliza e rastreabilidade da produção
realizada com a preservação da biodiversidade e a utilização das boas práticas
agrícolas. Visando a segurança alimentar, a estabilidade dos agroecossistemas, a
preservação e melhoria da fertilização do solo, o manejo das pragas, a proteção da
diversidade biológica e outros.
 CCCC (Código Comum para a Comunidade Cafeeira: É outra iniciativa para o café
sustentável, liberada pela GTZ (organização de cooperação técnica da Alemanha). Esse
código de contuda apresenta várias orientações, visando estabelecer um conjunto de
normas e procedimentos para a condução da cultura e manuseio em toda cadeia
produtiva , também os aspectos técnicos da produção e a preservação ambiental.
De acordo com a Rainforet Alliance Certified (2014), para obter a certificação precisa-
se de uma compensação por destruições menores de ecossistemas naturais não
anunciados. A destruição menor de ecossistemas naturais, mas nunca áreas de AVC,
que tenha sido levadas a cabo, inadvertidamente, por uma fazenda, fazenda membro
ou admistrador, é permitida unicamente com as seguintes condições:
I. O evento é o primeiro deste tipo no histórico de certificação Rainforest Alliance da
organização;
II. A área convertida está localizada fora das áreas AVC, áreas protegidas ou terra
cuja conversão for ilegal;
III. Um especialista em restauração ecológica prepara um plano com objetivos, metas
quantitativas, parâmetros, ações de manejo com prazos estabelecidos, recursos e
pessoal responsável para a restauração requerida, e é enviado à Rainforest
Alliance para aprovação dentro dos três meses seguintes à data de destinação. O
plano inclui os seguintes elementos:
A. A destruicao é mitigada por meio de restauração em, ou perto da área
convertida, ou mediante a designacao de uma área ecologicamente
comparável, destinada à conservação, em uma proporção de 1:1;
B. A área do ecossistema natural convertido deixa de ser usada para
producao agricola e reservada com o propósito de restaurar a área a sua
condição natural prévia;
C. Em fazendas grandes, destruições de ecossistemas naturais de até 2% da
área da fazenda, ou 50 hectares (o que for menor), somente será
permitido se tal destruição for compensada em uma proporção 1:1 de
áreas ecologicamente comparáveis, como especificado em um plano com
prazos estabelecidos, preparado por um profissional qualificado, e
aprovado pela rainforest alliance ou seu representante;
D. Destruições de até 10% da área da fazenda ou um hectare (o que for
menor) são permitidos sem necessidade de compensação. No caso de
grupos de pequenos produtores, estes limites aplicam em nível de cada
fazenda membro.

Relações sociais e melhores condições de trabalho

Outra categoria para a certificação das propriedades são as normas de trabalho, que
asseguram as melhores condições para os funcionários poderem exercer suas tarefas.

A categoria, melhores condições de trabalho, engloba as questões:

 Funcionários mais qualificados e motivados;


 Direitos dos trabalhadores;
 Qualidade de vida decente.

Os direitos incluem o cumprimento legal nos contratos de trabalho, pagamento de horas


extras, liberdade de associação e negociação coletiva, assim como cumprimento com os
salários mínimos legais e cobertos pelos acordos coletivos com os sindicatos de trabalhadores.

Muitas fazendas utilizam de trabalhos informais. Existem várias irregularidades no campo,


como: pagamentos inferiores a um salário mínimo , menores trabalhando nas lavouras,
condições precárias de saneamento básico e outros fatores.

O empregado tem o dever de zelar pela qualidade de vida dos funcionários. Deve-se ter
regularização trabalhista, como emissão de carteiras de trabalho, boas condições de saúde e
segurança para o trabalhador.

Segundo Valee et al.(2015), a carteira de trabalho garante ao cidadão os principais direitos


trabalhistas. A CTPS pode ser solicitada por pessoas com idade a partir de 14 anos,
considerando que a contratação de menores dos 14 aos 16 anos deve pertencer à categoria de
aprendiz.

De acordo cm Vale, gruninger,shiesari,bluhn e mattos (2015), em relacao a funcionários mais


qualificados e motivados, em uma pesquisa feita, 100%dos trabalhadores mencionam que sua
capacidade tecnica para realizar suas atividades melhorou devido aos treinamentos. Fica
evidente que as certificações estimulam bastante as realizações de treinamentos. Além
disso,quando parte dos trabalhadores também realizam outros tipos de treinamentos, como:

 Trabalho em espaços confinados;


 Trabalho em altura;
 Uso de cadeiras;
 Uso de ferramentas e outros.

A maioria dos treinamentos são realizados em parceria com o Senar (Serviço Nacional de
Aprendizado Rural), entidade do governo bastante próxima e acessível aos produtores rurais.

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