#111.0 6> fyo de Janeiro, 18SI.

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CORTE ¦f.ÜBLICAM POR^HOfU^OSTtNI. PROYIHCÍAS

A-NO I6S000 Anno 20.000
Semestre 9 Soo o A correspondência e reclamações devem ser dirigidas Semestre 11 $000
Trimestre 5Sooo 1 1 Rua D'ASSEMBLEA440rFM;iNA:ÍlTKOOf«Mada;fítVCT-'la»STOUai. Avuiso $5 o o
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j4 / tXdncír C Jf Jmpnador daüusiia.


Iieiblíi SUtetrala
CHROIVICAS FLUMINENSES
Soledade, l'J ds Março
Vai escripta da roça, esta chronica fIti-
minense.
Assim é forçoso.
Eu estou ua Soledade, a sete horas do
bulioio da corte e das intiigas da rua do
Ouvidor.
Excellente cousa, é estar longe da corte I
longe do Cruzeiro e dos suicidas !
Aqui nem um echo dos theatros, nem
um boato politico vem perturbar a mi-
nha paz de espirito. Tudo me recorda
Virgílio : o socego feliz, a tranquillidáde,
o silencio apenas interrompido pelo ran-
ger d'um carro que os bois pucham pe-
sadamente.. .
Sou meio selvagem, confesso, tenho hor-
ror á falsa natureza, a essas ruas estrei-
tas, a essas casas de papelão a esses jar-
dins de folha pintada...
E quando fujo da corte, nunca é em
busca de Petropolis — essa plataforma de
Botafogo—; mas para me refugiar com-
pletamente na roça.
Na Soledade estou perfeitamente ; o si-
tio é atneno e os companheiros são bons.
Uns tocam, outros dansam, outroa ca-
e ninguém se aborrece.
çam
Agora mesmo chego d'aiua caçada, em
que a corrida vertiginosa atravez da mat-
ta sombria, e o ar puro do campo, re-
frescando-me o sangue queimado pelas fe-
bres da corte, deixaram-me um torpor, são,
agradável, que mais convida á sesta do
que a chronicar.
Estou cançadissimo e sinto uma pre-
guiça íradesea ; mas se eu não escrever,
é quasi certo, que o gerente da Revista
não me paga. Portanto...
Portanto, officio obriga.
A roça é uma boa cousa, e melhor se-
ria ainda, se não houvesse caminho de
ferro.
Mas ha o caminho de ferro.
O trem passa-me justamente na porta ;
tem de levar estas tiras de papel, e traz-
me diariamente os jornaes da corte.
:ü r U i !-¦ i ii J i l ii õ 11-11 ii ti
Delles, eu vejo, o aem espanto, o iissns-
BÍnalo do imperador da Rússia.
Não mu surproiideii esto acontecimento.
Esperava-o desde muito, sem o desejar.
A Rússia, quo de Pedro o grando até
certa épocha foi a igual das outras na-
ções da Europa, vio-so dopois'isolnda, des-
de que triumphoti em todos os estados
europeus o regimen constitucional.
A sua situação já era melindrosa, e tor-
nára-se completamente insustentável pe-
rante as novas aspirações.
Parar, quando as outras nações marcha-
vam, foi o seu grande erro.
i Ter a Rússia ligada ao occidente, e
quando S. Petersburgo recebeo do Paris,
com os figurinos da véspera as idéias da
communa ; quando a Bulgária teve a sua
constituição ; a Allemanha, o seu sócia-
lismo ; quando por toda a parte se agi-
tam idéias de liberdade ; só a insensatez
poderia tentar manter ahi uma monarchia
oriental.
Era forçoso ceder ou morrer : o czar
escolheu a segunda ponta do dilemma ;
o nihilismo conta hoje a sua primeira vic-
toria.
Eu não queria mal ao czar...
Nem o quero tão pouco aos nihilistas.
Mas acho mais natural o desespero d'es-
tes do que a politica d'aquelle.
Um pamphletario illustre explica assim
o nihilismo na Rússia :
„ Na Rússia, o czarismo é tudo, pois
ao czarismo, que é tudo, antepomos o ni-
hilismo. que é nada, nihil I"
Esta explicação não justifica certamente
o assassinato ; mas tem a lealdade da fran-
queza e resume todo o prograrama e de-
cisão d'essa seita, ou partido que, na lueta
desesperada da liberdade contra o despo*
tismo, nem as perseguições arrefeceram,
nem os desastres acobardaram!
Eoussakoff, que a esta hora já deve ter-
se encontrado com Alexandre na eterni-
dade, foi um assassino que legou ura exem-
pio á historia, matando o imperador da
Rússia.
A quantos mandou matar o imperador
da Rússia, sem dar nenhum exemplo?
Maldicto nihilismo que me fez esquecer
os caitulüs !
Os caitulüs são os nihilistas da lavoura;
a mandioca não cresce sob as suas unhas.
Do modo quo foi com verdadeira sa-
tisfitçào que un fazenda se nos viu par-
tir armados do espingardas e das peio-
res intenções contra os coininunistas do
milho alheio.
Foi um bello passeio.
Quando entramos na matta, foi com to-
das as precauções aconselhadas pelo guia-
Tomamos os pontos estratogicos, escolhe,
mos as nossas emboscadas e preparemos
o caminho ao inimigo.
Uma verdadeira estrada, com duas pon-
tes toscas, tuas bem feitas.
Isso custou-nos duas horas de trabalho;
mas tinha-mos a justa compensação de
uma carnificina atroz.
Cada um jurava pelo Apóstolo matar
pelo menos cincoenta.
Soltaram-se os cães . . . Estes vão no
rasto. toda a matta echôa promissoraraente,
o ganido approxima-se, eil-os finalmente,
os caitalús...
Que retrocedem, e desapparecem n'um
fechado impenetrável.
— Sempre
porcos, afinal I ... deixaram
o caminho limpo para se embrenharem
u'um cipoal, embrulhado como os folhetins
de Alceste 1
De volta.
Um companheiro janota que monta um
mau cavallo, começa a rir-se do seu bu-
cephalo — para prevenir que outros o fizes-
sem :
Já viram alguém
peior montado do
que eu ? pergunta elle rindo-se.
-Já.
Quem ?
O teu cavallo.
Alteb.
GazetUlia
A redaeção da Revista lllustrada con-
tinúa a gosar boa saude. Em compensação
o Dr. Corrêa anda ainda muito incommo-
dado por não ter achado o Russinho.
Náo é exacto que o Sr. Taunay esteja es-
crevendo um livro para o concurso aberto
em Madrid. O nosso patrício tem, é ver-
dade, uma obra em preparação, mas é a
Velhice de Carlos Magno.

O imperador da Cl.iu.i, que conta apo-
nas dez annos do nascido, possuo trezentas
herdados o n'ellaa noventa o oito mil ca-
vallos e cinco mil sotocontos c.imellos. . .
E' muito camollo!
Uma informação do Juiz-do-Fóra :
A' entrada do Fórum ha dois bustos: o
do Camões, e do rnarquez do Pombal, sendo
o nome d'este ultimo oscript.o Pomval...
Trocaria ello também ob pelo v?
No jardim do Campo de Sant'Anua, foi
encontrado o cadáver d'utn recém-nascido,
embrulhado n'um jornal I Este jornal era
o Cruzeiro.
Triste sina — a da criança.
Attei.dendo ao estado sanitário de certas
cidades no interior, vai-se estabelecer qua-
rentena para os passageiros que doscerem
no trem da Serra.
Bravo 1 a nova junta!
R.
O bignmo iisuoceiste
Onze horas da manhã.
Os raios indiscretos do sol, penetrando
no quarto de Anastácio dos Santos, des-
pertamVo bruscamente.
Anastácio ergue-se e entrega-se ao mono-
logo seguinte :
„ E' hoje I... E' hoje que abandono o
celibato para mergulhar-me todo nas ven-
turas do hyrneneu. Adeus romances de
solteiro, adeus passeios ao Jardim Bota-
nico, adeus ceias no hotel Brasil I... Cinco
horas da manhã.. . D'aqui a seis horas é
preciso que esteja na matriz para respon-
der o „sim" sacramentai. Em quanto is-
so, matemos o bicho para ter coragem lies-
momento solemne.
se
Etomando uma garrafa de laranginha
estava sobre o criado-mudo, Anasta-
que
cio sorve nm prolongado gole.
„A minha noiva é bem bonita...."
Novo prolongado gole.
,,Mas a minha sogra é uma sarna 1. .."
Terceiro prolongado gole.
Depois de ter euchugado a garrafa aos
prolongados goles, Auastacio começa a sua
toilette.
Utciiiütu ^llimtvníi.i
A'a quatro o meiu, acha-se com aa tos-
temnnliaa sobro o poryatilo «Ia igreja.
Um quanto não vem o cortejo da noiva,
propõe aos seus companheiros um appeti-
tivo.
jlu.mt.icio cot.tenta-se de engiilir trez
coqtalos o quatro bitters. . .
II
Quando Anastácio e a sua noiva Do-
rotheia Apoplexina de Sousa se achavam
defronte do vigário, Anastácio estava o
quo se costuma dizer completamente no
pato.
Tão no pato, que via tudo duplo e tudo
gyrava em torno d'elle.
„ E' si.igi.liir I. . . parece-me que tenho
duas noivas. . . e duas sogras também 1. . .
Duas noivas, vá ; mas dois carrapatos, pi-
lulas 1 . . . "
Anastácio dos Santos, pergunta o vi-
gario, leva a gosto casar com Dorotheia
Apoplexina de Sousa?
Com uma ; mas o que hei de eu fazer
da outra ?. . .
Que outra ?
Eu vejo duas noivas I...
Oh ! ella é tão linda, retorque o ga-
lante vigário, que eu lhe perdôo vêl-a du-
piamente.
E casou-os.
III
Durante a ceia, Anastácio, que estava
d'uma vez no pato, metteil a mão no es-
partilho da sogra, e depois accrescentou
para se desculpar i
Perdão, pensei que era a compo-
teira de cocada!
E' levado 1 observou o sogro tor-
cendo-se n'uma gargalhada que lhe arreben-
tou os suspensorios.
Anastácio derramou igualmente a moyo-
uaise sobre a cabeça da madrinha do ca-
samento e desatou a rir :
Kiá 1 kiá I kiá 1 kiá I a senhora lem-
bra-me agora uma perda de molho branco,
que eu comi ante-houtem com a Rita
Quatro-Auzóes na Villa-Isabel I
E' levado 1 repetio o sogro conten-
tissimo.
IV
Meia-noite.
A hora do carvoeiro.
A hora mysteriosa em que a mãe in-
troduz no gyneceu a sua filha ignorante e
pura.
Anastácio penetrou no quarto.
Estava couimovido I
Dorotheia, querida Dorotheia, venha
dar boa noite no seu inaridiiilio I.. .
Dorotheia fíngio quo fugia. Anastácio cor-
reiill.e atraz, e de repente, parando, por
ter visto a sua segunda esposa.
Ali I ella foge, fica-me a outra.
Precipita-se sobre ella. . , que vôa em
pedaços.
Tinha visto Dorotheia no espelho do
armário e quorido agarral-a.
MORALIDADE
Casae-voa sempre em jejum.
A. Lafitte.
Modas e costumes
Botafogo, T. C. 17.
Adorado Junio,
Como se diz no mundo do madapolão
os tempos vão mal.
Nem uma nova moda esta semana.
E' a quaresma da phantasia, e nem eu
faria hoje de Sevigné, se não tivesse a
pedir-te um par de botões de punho.
Oh I não te assustes, não terás para
isso de ir ao Luiz Rezende nem ao Souza.
Os botões a que me refiro, uneto per-
feitamente — caso nnico —¦ o chiquismo á
barateza.
São de esmalte, é a grande novidade
da epocha — em Botafogo já ninguém se
abotôa com outros, e comprehenderás fa-
cilmente que assim tenham dado no goto
ás elegantes, quando eu te disser que re-
produzem as paginas da Revista lllus-
trada — 44, rua d'Assembléa.
Foi a casa de Aguiar, César & C. ,
da rua da Quitanda que os encommeudou
na Europa.
Excellente lembrança 1
Excellente para elle sobretudo, que fez
com isso muito melhor negocio, do que se
houvesse comprado o guano da ilha de
Fernando de Noronha, que tanto tem que-
rido abocanhar.
Ha-os de differentes desenhos.
Uns reproduzem o conego do Apóstolo
pescando para o papa ; outros, a home-
nngem da Revista lllnstrada a Carlos Go-
mes, etc., etc...
Eu preferiria a collecção completa...
— Pois sim, estás-te ninando 1
Mas emfim, escolhe-me um par em que
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Jjtitoi. ve^ Íot-Jt ' xr i T1 pnniftrnsiceiõ ' Jórfoí Hhorovism.
o l/vnftei-otpior pia Kwssitt y-stot -noticiM tspcmton-nO' -minai Chor»^ o fcrmito, chor-v» o prero, Curto cm..
ae wwe w cyue deu o lomoti Uo Conimtrci c 6i.ro, tfc„w« o Utro-fo, Chorpiv» « c-.rvno.pl», chowiv» «¦ pode-»,
conttmtr<tí c*
pohi*!ucao itumíntnit, 6}ia*- g
.c«e síícÍí.,;» Urflcxiitío tonjfínW

Uí*

os Jem anft ftoíiía^o A p-ri-nieirí* j'm pTeí3«o cit i^na

JOiAlX; ÜtJ YCÍtí CfUÊ. Um Ttl ti£rtpi>t, nnncii £ £ CO-ntunf-.it a ftstoij ínt rriaunplo-ít- «Seita vt-í, povcm o eitplo YÍS''Í'«T
' fm jewM^ía. :íífnm«-i( nijTMcitt.fi- w. 0 Cccrrouco fie prtifrníifl 0 révjíciftci cont pTov/pttntiol íMCOÍhío-Jt, oi* -n 'ctcjuellí íoactrCÍt onde timtíCih t&tto fítJ^ii, coinjcx nofuTOtínaen-
pti» «a;.jm«i í/'m pilo didts de-- £iivm«. firo labl, O i-iipii'j Jt voítot. tt muiíi e-M-ioceto ôtraí {jíut fcfj |íc«t
viJli.ntlii piut» (ÀtiYiot- d wrniw- 1**0¦ Cieiot. t íücí «roficítníieíí inh,-v;nçao por mtic p£í Te £>EHm ^>"« «rpiyíí ft* rfoíipifi í ílmprifi», D ÇfUt. qwtvn fmpwrvou Juvrn- o rnuMíío -ctícchcÍd cit pontos dí acimi.
a opí"''ao tio !om Ji! t çi<- -rrtwií'*! ãmtt. UkíÍíitbuí uti *c£»a dt írntns i oufijis •"< |»( "m to*'°' *¦ cl''"1 ''l"'' R«J>ei/io[f » oittiTdi a sua tombas,-

A Jecjwii <?(i5t c^evtjír de tíiianotea» íírtííri» dl aromdc. ctitt tXJiívw como |il(cm íiifOT «M(i j0 TÊncje íiomtnaor e$tup'<dtZf Vtrçíadtíros fart^^pj^ ojut CfMeYín^ por >ní»í cjut iie-m pOT w-n-t oíwío c»
cjtitxnft ÍJ dtcfctos da S)ÍY-nu. ProVi- poii vtue. tudo quanto j-en « ? ftwsjftkorf, ÍTubmnmro oIm. c«çl«.í ejfws tr*i Vr't£-iiTi<*J « ífltidTírut i A í. «O !a.ncit foi-ca- niírtcr o fcií dlerfo cia fflívín» Pvo-
Ameia, t fxxrpt tínt rfo poro- 01.ívi'tim pTQv-lcJtiicíptj t^fotre* V/'fllí71f(M (111 tllfid^ (JPUrtViulo íhtí 'd» foi-iha,
provpivtfiní-ntt já ímIovcdicíq,
 íHttiiBta 3llu8trnl)n

lmjito Paio tonto jiiiiotn, o ou ilou-me

Estaulio, autimonio, chumbo.,. .Vota* .> imprenêõe»
por satisfeita. Cujas florestas são as mais lictts om
Como sou pouco exigente, hein ? I
madeiras preciosas. A ignorância, quando não é facciosa,
Nada valo por tudo isso.
§ I eslá sompro prompta a vir a sol-o.
E por hoje nem mais novidade nom O mundo tó nos cubiça uma consti —
SofiRATRK,
o nosso guano!
tempo para tagarellar.
Ohl o tempo 6 um cobarde... Que voracidade I
GoBto dos camponezes : não têm has*
— Ü que 1 y tante espirito para raciocinarem torto.
Foge constantemente. Os nossos cabelleireiros são verdadeiras MoNTESQUlEU.
Mas antes de pingar o academias, o d'umn munificencia I
ponto final uma J
bisbliotice da ultima hora. A quem quor que lhes paga trezen- O direito e o dever são como duas
A Sra. X. está decididanimite com o ba* pai-
tos réis-ipor barba dão logo o titulo de meiras que só dão frticto se crescem uma
rão de... que já não tem vintém. doutor, o de conde, o de duque... ao lado da outra.
Foi hontem o desenlaco fatal mas Duranta o quarto de hora em
; pre* | que en IaAMEMalS.
visto. Ella que só me fazia barbear ultimamente pelo Gui-
procurava um pretexto, (
reclama uma promessa aliás marães, saudou elle três doutores o
já esque- { qua- A lucta é a condicção do successo :
cida. tro condes. o
O Sr. dá ou não dá os cavallos nosso inimigo é o nosso auxiliar.
que j Ao ouvil-o, pela quarta vez, compri
me prometteu ? R. Peel.
mentar respeitoso : „oh! sr. conde", não
—- Impossível. .. ao menos...
me pude conter, e perguntei-lhe :
Um homem sério só tem
uma pa- Conde de Ha oradores que dizem o
lavra. que ? que crèm,
Eu mesmo não sei a outros que crêem no
Pois é ; mas deve ser que dizem.
justamente tudo quanto me como os outros, o condi... mento! Valtour.
resta minha querida, e isso mesmo
por- V
que não a recebem no prego !
E n'isto deixaram-se. Eu passava ante-hontem pelo largo de No theatro como no amor, o
peccado
S. Francisco de Paulo. mortal é o aborrecimento
§ Dois cegos discutiam. Meistre.
Façamos como elles, deixemo-nos tam- Parei a escutal-os, e ouvi estes restos
bem. p hoje ao menos. de dialogo : Amor consola-nos de viver viver eu-
Até , »e tragas os botões a tua sem- ...Qual! impossível! nem ;
vejo po- ra-nos do amor.
pre a mesma vidade alguma...
Junio.
Margot de S. Chignon. Entretanto não ha duas maneiras
de
ver...
O elogio é uma lettra que a velhacaria
V
sacca contra o amor próprio.
PIKUETAS Deante d'uma enfiada de sabiás mortos
K. Brito.
á tiro.
Do que depende muita vez a fortuna ! Uma senhora exclama compadecida :
Não comprehendo Riscar dos livros, sob pretexto de moral,
A ilha de Fernando de Noronha, outr'- porque se matam
a mulher e o amor, é suprimir uma metade
ora tão esquecida e desprezada, deposito esses pobres bichinhos, d'um cantar tão
da humanidade e rasão de ser da outra.
de galés e dos ovos sem casca, das aves doce !
aquáticas, é hoje d'uma celebridade uni- Nem eu, minha senhora. Valtour.
versai. Oh ! é bonito o
que diz... Também
E' conhecida na America, fallada na Eu- gosta dos nossos cantores das silvas ? Não tem duas fortes convicções na vida
:
ropa... -- Se gosto ! adoro-os. .. sobretudo os espíritos ardentes guardam o seu
as- pri*
Agora mesmo lá está o major Trant- sados ao espeto ! meiro enthusiasmo, e os corações
generosos
mann, commissionado pelos banqueiros de não se dão de todo senão de uma só
W vez.
Berlim, para degustar o guano da ilha, Mignet.
O cumulo do galante io :
que dizem ser uma grande fortuna da Tem passado bem, minha senhora?
ilha. Nem Basta possuir um pouco de bom senso
por isso, Dr., estou cheia de
Uma fortuna que lhe vem de ter sido ara se lamentar, em certos casos de
cabeças de prego 1 ter
a ilha da Sapucaia dos pássaros ! E' tido espirito.
pena, minha Sra., que não esteja
W antes cheia de pregos inteiros... L. Say.
E o Brasil, que possue as piais ricas ! . . ?
A sociedade é sempre
minas de carvão de pedra ; Para eu prompta a es-'
pendurar n'um deiles o meu quecer. Em França, esquecem-se algumas
Minas de ouro ; sincero coração.
vezesos crimes, sempre os serviços.
De prata ;
J. SlMO.V.
De nikel ; K. Brito.

0 orgulho 80 6 um defibito, quiindo
satisfiz demasiado fncilnionto.
Lanhiy.
A. recompensa niais corta do trabalho, é
o progresso do trabalhador.
G. M V.
Ondo existir muito amor, haverá muita
felicidade.. .
Goethb.
. .. So existir muito dinheiro, porque o
amor é mais forte que o ouro ; mas tom
necessidade do seu auxilio.
Jiwio.
O amor tem horror ao dinheiro, por isso,
quando não pó.le mais atira-lo pela janella
fora, sabe pela porta.
K. Burro.
Livro da porta
Ilecebemos e agradecemos as seguintes
publicações :
A grande Viticultura ou a riqueza para
o Brazil.
Breve memória dedicada ao governo im-
perial e aos senhores lavradores e capi-
talistas, pelo engenheiro civil J. J. da
Nobrega.
Fazemos votos para que o autor veja
o fructo do seu trabalho em forma de
parreira 1,'umas poucas de léguas qua-
dradas, e cá esperamos o. produeto li-
quido representado por algum barrilsinho
para fazermos um brinde a este paiz es-
seucial mente agricola.
Memória sobre a possibilidade e con-
veniencia da Buppressão dos annos bis-
sextos, escripta em portuguez, latim e
francez, pelo Dr. Antônio Castro Lopes,
natural do Rio de Janeiro. Carioca le-
gitimo portanto.
Proferíamos que o illustrado doutor ti-
vesse antes escripto uma memória sobre
a conveniência de duplicar os dias dos
annos ; em lugar de 365 que fossem de
730; isso sim. Imaginem que prazer te-
ria uma matrona de 40 annos em declarar
que tem apenas 20 I
Dl rui ü tu '.',11 „ «Iriian
se Quadro commeiiiorativo do gabinete 28
do Março que traz uma idlegoriu á lei da
eleição dirocla do 'J do Janeiro do 1881.
E' uma bonita litliogriiphiit feita polo Sr.
Henrique Flui usa o que devo ser com-
prada por todos os ainigoa dos ministros
abi retratados.
Pequena Vlironica
Mhíb um suicídio I
Que cousa triste, Ber a gente o sou
carrasco !
Tonho notado que sempre que se dá
um suicídio em cireumstaneias mais ex-
traordinarias, outros lho seguem logo den-
tro om pouco.
Torna-se uma epidemia.
Antigamente erum os incêndios que se
seguiam por períodos de tres ; hoje são
os suicidas que 66 suecedem na viagem
para o outro mundo.
Ha portanto uma lei que Keplor enun-
ciaria assim :
Os suicidas attrahem-se na razão di-
recta das cireumstaneias extraordinárias,
e na razão inversa do quadrado das dis-
tuncias.
Mas, fallando sério. . .
Ha talvez um grande mal na publi-
cação das noticias de suicídio.
A noticia uão incita de certo ao crime ;
mas lembra-o, e só isso pôde bastar em
muitos casos.
Não fui eu que disse, que Werther fez
mais suicídios do que as quebras e o amor
de colluboração.
Alguém já o tinha observado antes de
mim, e com bastante fundamento ; mas
eu sou talvez o primeiro a perguntar aos
collegas da grande imprensa :
Porque uão tentaes a experiência ?
Deixo estabelecida a questão de prima-
zia, e uão é som motivo.
Ainda pelo seu ultimo numero a Re-
vista Illuslrada poderia ter sido aceusada
de plagio.
Eis o caso :
N'este mesmo lugar, tratando do nada-
dor, foi publicada esta pilhéria:
„ Mas o que fez elle ? achou o Rua-
sinlio?. ..
Não ; nada ! "
quo doi« dias antes um colleg» publicara,
achando muito espirituoea o nttribuiudo
no ViiaqueB.
Rstá ahi um „ apanhei-te, cavaquinho I ,
toráo dito os leitores.
Perdão 1 om primeiro lugar ou não ti,
nha lido «Posta vez o mano Felippe, e em
Bogundo, já quando o homem-peixe, a Re-
vista tinha tido a mesma lombrança.
Foi pois uma repetição, uma reprise-
como nos theatros ; mas um plugio, nun-
ca 1 ...
Da nosBa parte pelo menos.
E o cavallo baio, offerecido a S. M. o
Imperador.
Já está tão celebre como aquelle que
Caligula pensou fazer cônsul. Todos os jor-
naes se oecupam do bucephalo mineiro ;
dizem-lhe a côf, o tamanho, e um jornal
de Minas que lhe dá a genealogia fal-o
descender da burra de Balaão...
Isso porque vai ser montado por um
rei. ..
Eu acho, como de Saxe, que um burro
tenha embora feito desenove campanhas
sob Júlio César, á sua vigésima é ainda
um burro.
0 Pacheco tem um cosinheiro magro
como um I.
Toda vez que se conversa sobre cosi-
nheiros, elle jacta-se do seu :
— Eu por mim estou muito bem ser-
vido... Tenho um espeto de forno e
fogão.
Uma máxima para terminar :
,, Nunca censures a mulher joven e
bella por não ser uma Jeauue d'Arc, isto
pôde ser-te útil ; mas louva a velha feia,
que fôr virtuosa, é uma segurança para
ti.
E(!0.
A. VISO
Agradecendo a todos os assig-
nantes das províncias que manda-
ram satisfazer a importância de
suas assignaturas, rogamos aos que
ainda não o fizeram o obséquio de
seguir tão bom exemplo certos de
que muito lhe ficara agradecida
A Administração.
Typ. ffiidebraade, r. d'AJud& 31
¦'¦'"'*& "'¦'•*-'***~*-i-** *"• '¦ jKíwjk n. ^^0^8^^^^.**-'-

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O J OifAíílor Ca.ncli<?Lo /lentJÍfcj d' Almeida., 0 Visconde- dc 3." Jjoibtl.