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UNIVERSIDADE GAMA FILHO

DANUSA REGINA ALVES DA SILVA

TREINAMENTO FUNCIONAL: QUALIDADE DE VIDA PARA


POPULAÇÃO IDOSA

Trabalho de Conclusão de Curso submetido à


Faculdade de Educação da Universidade Gama
Filho como requisito do Curso de Pós-graduação
lato sensu Treinamento Funcional.

Orientadores: Professor MS. Alexandre Evangelista


e Professor Esp. Alexandre Correa Rocha

SÃO PAULO

2012
RESUMO

Este estudo investiga através de uma revisão literária o treinamento


funcional como ferramenta para a qualidade de vida na população idosa. Com alto
índice de estimativa de vida, aumentou-se o numero de indivíduos nesta faixa
etária, e também a preocupação com a qualidade de vida neste período, eles
necessitam de mais atenção e exercícios adaptados que respeitem as dificuldades
e limitações dos indivíduos, voltados para as funções diárias e que sejam
estimulantes, assim prevenido-os das quedas e riscos das doenças crônicas
degenerativas. A qualidade de vida é aferida através do bem estar físico, cognitivo,
psicológico, emocional e o relacionamento pessoal, sendo assim o fator principal
para sua existência.
O treinamento funcional é uma proposta de treinamento voltado para as
funções do individuo, sendo trabalhados movimentos multiplanares e de diversas
ações musculares (excêntrica, concêntrica e isométrica). O objetivo geral deste
estudo e conhecer a proposta do treinamento funcional, sua aplicabilidade e
eficácia para a população de idosos. Os objetivos específicos são: diminuir os
riscos das doenças crônicas degenerativas, com isso reduzir o índice de quedas e
melhorar da qualidade de vida. Os procedimentos utilizados nesta pesquisa e sua
metodologia utilizada é a de revisão de literatura com caráter exploratório, os
tópicos abordados são: idosos, envelhecimento, qualidade de vida, índice de
quedas em idosos, treinamento funcional e doenças crônico degenerativa. Esta
pesquisa concluiu que não adianta ter quantidade de vida, fator gerado
cronologicamente, se não tivermos o qualitativo, ou seja, a qualidade de vida sendo
assim vários estudos comprovam que o treinamento funcional é um método
eficiente para qualidade de vida em idosos, e este método tem sido aconselhado
por inúmeros autores. Nenhum dos estudos revisados se mostrou prejudicial aos
idosos.

Palavras-chave: Treinamento Funcional. Idoso. Qualidade de vida.


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .........................................................................01.

1.1Objetivos ..................................................................................04.

1.2. Objetivo Geral .........................................................................04.

1.3. Objetivos Específicos .......................................................04.

1.4. Metodologia da Pesquisa .....................................................04.

2. TREINAMENTO FUNCIONAL .............................................05.

2.1. Histórico do Treinamento Funcional ....................................05.

2.2. Metodologia .........................................................................06.

3. QUALIDADE DE VIDA ......................................................08.

3.1. Definição e Conceito de qualidade de vida ...........................08.

4. ENVELHECIMENTO ..............................................................09.

4.1. Dados Epidemiológicos .......................................................09.

4.2. Conseqüências do Envelhecimento ....................................10.

4.2.1 Doenças Crônicas degenerativas ....................................11.

4.2.2 Osteoporose e Sarcopenia .............................................11.

4.2.3 Índice de Quedas ............................................................12.

5. EFEITOS DO TREINAMENTO FUNCIONAL ..................14.

5.1. Treinamento Funcional e Índice de quedas ..................14.

5. 2. Treinamento Funcional e Idoso


....................................15.

5. 3. Treinamento Funcional e Qualidade de Vida ..................15.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
.............................................16.
REFERÊNCIA .........................................................................17.
1. INTRODUÇÃO

Considera-se idoso uma pessoa da terceira idade, sendo que em países


desenvolvidos cronologicamente é classificado idoso, pessoas com mais de 65
anos e nos países em desenvolvimento maiores de 60 anos, classificação realizada
pela Organização Mundial da Saúde. (GUIA DA PESSOA IDOSA, 2010)
O envelhecimento no Brasil nos anos 60 era de 3 milhões, onde que passou
em 1975 para 7 milhões e em 2002 para 14 milhões (um aumento de 500 % em 40
anos) com a tendência de em 2020 alcançará o número de 32 milhões de idosos.
(CADERNO DE SAÚDE PÚBLICA, 2003)
Segundo IBGE (2012), a estrutura etária brasileira em 2008, que para cada
grupo de 100 crianças de 0 a 14 anos existem 24,7 idosos de 65 anos ou mais, e
que em 2050 para cada 100 crianças de 0 a 14 anos existirão 172,7 idosos, e que
também a expectativa de vida de um brasileiro ao nasce será em média 81 anos
em 2050, devido os avanços da medicina e condições gerais de vida da população.
Para SILVA (2005) a idade cronológica é uma classificação adotada
frequentemente nas discussões sobre o envelhecimento, porém temos que
considerar também as idades biológica, social e psicológica que não
necessariamente são iguais a cronológica. E para que possamos compreender as
variadas dimensões da velhice, devemos analisar a diferença entre as mesmas.
De acordo com NÓBREGA (1999) nos aspectos da fisiologia, o
envelhecimento causa um declínio progressivo em todos os processos fisiológicos.
Entre estes processos estão às alterações no sistema músculo esquelético, onde
que há uma redução de 30 e 40% da força máxima muscular em idosos com
aproximadamente 60 anos, que indica uma perda de força de 6% por década dos
35 aos 50 anos de idade e, a partir daí, 10% por década. Redução também na
massa óssea, sendo mais frequente em mulheres e quando se apresentam em
níveis mais agudos, é caracterizada a osteoporose, que ocasionalmente tende a
fraturas. Uma das causas mais frequentes do envelhecimento é a alteração natural
da cartilagem articular que, juntamente com lesões, ocasionam no decorrer da vida
diversas degenerações que acarretam a diminuição da função locomotora e da
flexibilidade, com tendência de maior risco de lesões.
Segundo OKUMA (1998) vários estudos evidenciaram que a degeneração
provocada pelo envelhecimento é minimizada pela a prática de atividade física,
ajudando o idoso manter uma qualidade de vida mais ativa. A prática de atividade
física estimula várias funções essenciais do organismo, como a do aparelho
locomotor, que é importante no desempenho das atividades diárias e pelo grau de
independência e autonomia do idoso. Também responsável pelo tratamento e
controle de doenças crônico-degenerativas (como diabetes, hipertensão,
osteoporose).
Para MICHAEL et., al. (2005) o treinamento funcional pode ser para um
idoso desafiador e benéfico melhorando a sua mobilidade e o seu funcionamento
físico.
Os indivíduos idosos que realizaram o treinamento funcional obtiveram uma
melhora significativa com relação às atividades realizadas no dia a dia (AVDs e
AIVDs). (VIEIRA, 2009)
De acordo com LEAL et., al. (2009) relacionando resultados de um grupo
controle e um grupo de treinamento funcional, observou-se que o grupo de
treinamento funcional apresentou melhores resultados em relação ao grupo
controle, e de que o treinamento funcional melhora a qualidade de vida de idosos.
Fatores principais que afetam a qualidade de vida dos idosos: condição de
saúde, função física, energia e vitalidade, função cognitiva e emocional, satisfação
de vida e sensação de bem-estar, função sexual e social, recreação e condição
econômica. (SPIRDUSO, 2005)
O envelhecimento ideal é o resultado do bem-estar psicológico que sofre
interferências de diversos fatores como a de sistemas de apoio social, tipos de
personalidade, características genéticas, sendo fatores positivos ou negativos,
construído aspectos como a de otimismo, motivação, felicidade auto-estima, vigor,
auto-eficácia e depressão. Sendo ela a principal causa de incapacidade ou de
morte prematura entre adultos neste século. (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE
SAÚDE).
Os motivos que levaram a escolher o Treinamento funcional objeto de estudo
foram: 1) com o envelhecimento o idoso é acometido por diversas alterações no
sistema musculoesquelético como consequência a redução da capacidade
funcional ocasionando a dependência no seu dia a dia sendo agravante no
tratamento de doenças crônico-degenerativas como a Osteoporose e Sarcopenia;
2) Altos índices de queda e fraturas em idosos; 3) Crescimento do envelhecimento
e a busca da qualidade de vida neste período.
1.1. Objetivos

1.2. Objetivo Geral

- Investigar e conhecer a proposta do Treinamento Funcional sua


aplicabilidade e eficácia para a população idosa.

1.3. Objetivo Específico

- Promover a qualidade de Vida

- Diminuir o Índice de Quedas

- Reduzir os riscos das Doenças Crônicas Degenerativas.

1.4. METODOLOGIA DA PESQUISA

A metodologia utilizada é a de revisão de literatura com caráter exploratório,


com investigação e análise do banco de dados Scielo, Revistas Eletrônicas, Livros
Impressos, Pubmed, Google Acadêmico, Bibliotecas Eletrônicas, artigos da
Organização Mundial da Saúde. Os tópicos abordados são: idosos,
envelhecimento, qualidade de vida, índice de quedas em idosos, treinamento
funcional e doenças crônicas degenerativa.
2. TREINAMENTO FUNCIONAL

Segundo CHECK, (2007) o movimento funcional nasceu a partir do momento


que se teve a necessidade da sobrevivência no mundo, sendo que cada uma das
formas de vida diferentes antes do surgimento do hominídeo, evidenciando que
todo e qualquer movimento que resulta na fuga de predadores, absorção e entrega
de nutrientes e eliminação de resíduos, está sob o resultado da vontade de poder
que trouxe todas as espécies. Concluindo que estes movimentos são movimentos
funcionais, sendo o exercício da vida, assim, o exercício, verdadeiramente
funcional.
CAMPOS E NETO, (2004) o treinamento funcional é um programa de
exercícios através da atividade física visa melhorar a capacidade funcional,
preparando para as atividade do dia a dia, estimulando o corpo humano, em
reabilitações de lesões músculo-esqueléticas e esportes.
Treino - sm (der regressiva de treinar) 1 Ato ou efeito de treinar. 2. Exercício ou
conjunto de exercícios praticados por um atleta ou conjunto de atletas como
preparo físico ou com o fim de apurar suas habilidades (MICHAELIS, 2009)
Funcional - adj. (lat. functione + al 3) 1 Relativo às funções vitais. 2. Em cuja
execução ou fabricação si procura atender, os antes de tudo, à função.
(MICHAELIS, 2009)

2.1. Histórico do Treinamento Funcional

Para CAMPOS E NETO (2004) a origem do treinamento funcional foi em


1970, através das buscas de especialistas das ciências do exercício em melhorar o
rendimento dos esportistas, descobriu-se os exercícios funcionais específicos para
cada esporte. Muitos destes exercícios despertaram o desenvolvimento da
propriocepção (coordenação intramuscular, articular e tendínea provocada pelo
desequilíbrio), com isso melhora a capacidade funcional do dia a dia (caminhar,
correr, subir escadas) e melhora do gesto motor do esporte.
De acordo com EVANGELISTA E MONTEIRO, (2010) através dos
profissionais da área de reabilitação e fisioterapeutas, foram os primeiros a utilizar
exercícios que imitavam ações motoras que os pacientes faziam no seu dia a dia,
durante a sessão, tendo em vista o mais rápido retorno a sua vida normal após
uma cirurgia ou lesão, através disso nasceu o treinamento funcional.

2.2. Metodologia

Segundo D’ELIA, 2005 o treinamento Funcional não visa somente músculos,


mas através de movimentos multiplanares e multi-articulares e com participação da
propriocepção, surgindo o conjunto dos segmentos corporais e entre qualidades
físicas. Resultando movimentos mais eficientes através de aspectos distintos:

- Transferência de Treinamento: quanto mais específicos forem os exercícios em


comparação à atividade exercida, maior será a transferência dos ganhos do treino
para a atividade a ser praticada.

- Estabilização: para que o individuo aprenda a reagir, o treinamento funcional usa


quantidades controladas de instabilidade, facilitando a recuperação da estabilidade.
A o treinamento funcional através da instabilidade estimula o sistema
proprioceptivo e a capacidade de reação, assim estimulando e recrutando os
músculos estabilizadores e neutralizadores do joelho, tornozelo, quadril, e
principalmente os estabilizadores da coluna vertebral.

- Desenvolvimento dos padrões de movimentos primários: O cérebro tem a


capacidade de armazenar vários movimentos-chave que são facilmente acessados
e modificados quando realizamos movimentos de mesma amplitude e velocidade.
O treinamento funcional tem alguns movimentos que são primários para a
sobrevivência humana e sua performance esportiva, sendo sete movimentos:
agachar, levantar, abaixar, avançar, empurrar, puxar e girar. Eles são adaptados
conforme a necessidade do individuo e a atividade a ser realizada.

- Desenvolvimento dos fundamentos de movimentos básicos: Através dos


movimentos básicos, qualquer tipo de movimento complexo pode ser executado, a
partir do conhecimento dos quatro movimentos básicos, são eles: habilidades de
locomoção (andar, correr e pular, que possui deslocamento do corpo de um lugar
para outro), habilidades não-locomotoras ou de estabilidade (equilibrar-se, torcer,
virar e balançar, movimentos que não possui ou tem pouco deslocamento),
habilidades de manipulação (podem ser propulsores, arremessar, chutar ou
receptivos, como agarrar, usando as mãos e os pés para o controle de objetos) e
consciência de movimento (para executar uma tarefa necessariamente ela percebe
e responde às informações sensoriais, para a realização da mesma). O resultado
do conjunto dos movimentos básicos são os movimentos complexos que utilizamos
em atividades diárias ou esportivas.

- Desenvolvimento da consciência corporal: o treinamento funcional desenvolve


vários aspectos da consciência corporal, sendo o aprendizado controle de
movimentação e conhecimento do individuo referente a partes do próprio corpo.

- Desenvolvimento das habilidades biomotoras fundamentais: o treinamento


funcional desenvolve as habilidades de acordo com o grau de participação de cada
uma delas no esporte ou atividade específica e de acordo com a fase de
treinamento. Uma habilidade raramente domina um exercício; na maioria das
vezes, o movimento é produto da combinação de duas ou mais habilidades sendo
elas: o desenvolvimento da força, do equilíbrio, da resistência, da coordenação, da
flexibilidade e da velocidade é imprescindível.

- Aprimoramento da postura: o treinamento funcional exercita tanto a postura


estática (posição em que o movimento começa e termina) quanto à postura
dinâmica (capacidade do corpo de manter o eixo de rotação durante todo o
movimento). Este aprimoramento da postura é primordial para o equilíbrio e a
qualidade de movimento.

- Uso de atividades com os pés no chão: Esses exercícios são mais parecidos com
os movimentos que executamos nos esportes e nas atividades diárias. O
treinamento funcional utiliza constantemente movimentos de cadeia cinética
fechada, são exercícios que começam com os pés ou as mãos aplicando força
contra o chão, possibilitando a aplicação de uma força maior do que nos exercícios
de cadeia aberta, trabalhando todo o sistema neuromuscular e a habilidade do
corpo de estabilizar as articulações ao longo do movimento.

- Exercícios multi-articulares: A transferência de ganhos para as atividades


específicas se dá ao treinamento funcional trabalhar desenvolvendo a capacidade
de estabilização e coordenação intramuscular necessária para que tenha eficiência
nos movimentos.

- Exercícios multiplanares: o treinamento funcional trabalha o corpo nos três


planos: sagital, coronal/frontal, transversal, utilizando exercícios com os pés no
chão e movimentos multi-articulares, que necessitamos muito para a realização dos
esportes e na vida diária.

- Desenvolvimento da sinergia muscular: Somente os exercícios que envolvem todo


o corpo na sua execução trabalham a sinergia muscular; uma vez que eles
requerem alguns músculos para controlar o movimento ao mesmo tempo em que
outros exercem a força. a sinergia ocorre quando vários músculos trabalham juntos
para conseguir uma ação coordenada das articulações.

3. QUALIDADE DE VIDA

“Vou considerar como qualidade de vida boa ou excelente


aquela que ofereça um mínimo de condições para que os
indivíduos nela inseridos possam desenvolver o máximo de
suas potencialidades, sejam estas: viver, sentir ou amar,
trabalhar, produzindo bens e serviços, fazendo ciência ou
artes. Falta o esforço de fazer da noção um conceito e torná-lo
operativo”. (NETO, 1994)

3.1. Definição e Conceito de qualidade de vida

A qualidade de vida com valores subjetivos é conceituada através da


percepção dos indivíduos sobre sua situação na vida, referente ao contexto da
cultural e sistemas de valores, com perspectivas que variam individualmente em
relação a suas preocupações e aos seus objetivos. (WHOQOL-100, 1996)
A qualidade de vida funcional é definida como funcionamento normal do
organismo, relacionando assim o funcionamento físico, mental, emocional e social.
Sendo ele multidimensional referindo-se a saúde, expectativa de vida e causas de
morte. bem-estar, que avaliando assim os aspectos positivos e satisfação com a
vida. (HRQOL, 2010).

4. ENVELHECIMENTO

O termo envelhecimento é usado para se referir a um processo ou conjunto


de processos que ocorrem em organismos vivos, e que com o passar do tempo
levam a uma perda de adaptabilidade, deficiência funcional, e finalmente, à morte.
O envelhecimento é uma extensão lógica dos processos fisiológicos do
crescimento e desenvolvimento, começando com o nascimento e terminando com
a morte. (SPIDURSO, 2005)
Definir envelhecimento é algo muito complexo, biologicamente é
considerado um processo que ocorre durante toda a vida. Existem vários conceitos
de envelhecimento, variando de acordo com a visão social, econômica e
principalmente com a independência e qualidade de vida do idoso. (SAÚDE EM
CASA, 2006)

4.1. Dados Epidemiológicos


O Brasil passará da 16ª para a 6ª posição mundial até 2025, em termos de
número absoluto de indivíduos com 60 anos ou mais, algo que está profundamente
relacionado às alterações sanitárias, sociais e políticas. (MINISTÉRIO DA SAÚDE,
2006)
Dados do IBGE (2002) mostram que os indivíduos idosos apresentam mais
problemas de saúde em relação à população em geral, e que em 1999, dos 86,5
milhões de pessoas que referiram ter consultado um médico nos últimos 12 meses,
73,2% tinham mais de 65 anos, sendo que esse grupo, no ano anterior, apresentou
14,8 internações por 100 pessoas, resultando o maior coeficiente de internação
hospitalar. E 53,3% dos idosos apresentaram algum problema de saúde, e 23,1%
tinham alguma doença crônica.
Segundo CHAIMOWICZ, (1997) o Brasil está com a população mais
envelhecida, predominantemente com agravos crônicos, substituindo a população
jovem, que possuía como maior incidência as doenças infecciosas. O processo de
transição demográfica e epidemiológica tem uma relação direta, sendo que, os
grupos mais jovens tendenciosamente são beneficiados pela queda inicial da
mortalidade, que se concentra seletivamente entre as doenças infecciosas. Este
grupo passa a conviver com fatores de risco para doenças crônico-degenerativas.

4.2 Conseqüências do Envelhecimento


Para SPIDURSO, (2005) temos dois tipos de envelhecimento, o primeiro é o
processo de envelhecimento (sevenescência) que são as mudanças relacionadas e
geradas pela própria idade, sem interferência do ambiente ou doenças. O segundo
é processo de envelhecer (senilidade) refere-se a sintomas clínicos e inclui os
efeitos do ambiente e das doenças. Ambos são diferentes, porém eles se
interagem entre si, sendo assim fatores ambientais podem agravar os processos
básicos do envelhecimento aumentando o risco a doenças e estresse.
Para SINGH (2004) as alterações fisiológicas que são normalmente
observadas em populações de envelhecimento estão quase que freqüentemente
ligadas às alterações relacionadas ao desuso. Os efeitos do envelhecimento
acometem as capacidades funcionais, vários sistemas do corpo humano e órgãos
que são essenciais para saúde do idoso. Alterações relacionadas ao
envelhecimento e ao desuso, referente à diminuição:
-Massa muscular;
-Capacidade aeróbica máxima e submáxima;
-Velocidade de condução nervosa da contratilidade cardíaca;
-Força, potência, resistência e velocidade de contração;
-Função mitocondrial;
-Freqüência cardíaca máxima, volume sistólico e débito cardíaco,
comprometimento endotelial relaxamento e variabilidade da freqüência cardíaca
reduzida;
-Propriocepção e equilíbrio eficiente;
-Estabilidade, elasticidade dos tecidos, e encurtamento e enfraquecimento dos
tendões;
-Massa óssea, força e densidade;
Referente ao aumento:
- Rigidez arterial, do miocárdio, sistólica e diastólica.
- Gordura corporal total, massa de gordura visceral, e intramuscular acúmulo de
lipídios.
De acordo com ROSSI, (2008) o pico de massa óssea ocorre aos 35 anos, a
partir deste período a reabsorção aumenta e taxa de formação se torna estável,
logo após ocorre a osteopenia fisiológica que é a perda progressiva de massa
óssea. A osteoporose é o resultado da falta do freio estrogênico que libera os
osteoclastos, principalmente nas mulheres pós-menopausada e no Idoso.

4.2.1 Doenças Crônicas degenerativas

4.2.2 Osteoporose e Sarcopenia

Para NETO et., al.(2002) a caracterização da diminuição da densidade


óssea se dá pelo distúrbio osteometabólico que representa a osteoporose, com
debilitação da micro arquitetura óssea, ocasionando a fragilidade esquelética e do
risco de fraturas. Devido à contração muscular executada na atividade física,
ocasiona a deformação que é interpretada pelo osso com um incentivo à formação
óssea. Uma das principais maneiras de evitar a osteoporose é aumentando a
massa óssea na infância e na adolescência. No entanto o idoso deve evitar e
prevenir as quedas, pois é uma das principais ocorrências da osteoporose. Os
exercícios, neste período, têm como objetivo preservar ou reestruturar as
capacidades funcionais, melhora do equilíbrio, do padrão da marcha, das reações
de defesa e da propriocepção de uma maneira geral, contribuindo para uma melhor
qualidade de vida sem a necessidade da dependência no seu dia a dia.
Segundo ROSSI, (2008) muitos fatores ocasionam a sarcopenia sendo eles
genéticos condições ambientais, problemas comportamentais, as alterações no
metabolismo do músculo, alterações endócrinas e fatores nutricionais e
mitocondriais. O nível de sarcopenia não é igual para diferentes músculos e varia
entre os indivíduos. O declino muscular é diferente entre membros superiores e
inferiores, devido a sua maior importância para o equilíbrio, a ortostase e a marcha
dos idosos. A perda da função é ocasionada devida musculatura esquelética do
idoso produzir menos força e desenvolve suas funções mecânicas com mais
lentidão: diminuição do estimulo muscular e da união mioneural; há contração
continua um relaxamento lento e aumento da fadiga; a diminuição da força
muscular na cintura pélvica e nos extensores dos quadris resultando na dificuldade
para a impulsão e o levantar-se; e a diminuição da força da mão e do tríceps torna
mais difícil o eventual uso de bengalas. Estes efeitos podem ser minimizados e até
revertidos com o condicionamento físico. A prevenção das deficiências musculares
relacionadas à idade podem ser realizadas através de exercícios mantidos ao
longo dos anos. Para a prevenção da diabetes tipo dois e melhora da capacidade
funcional são indicado os exercícios aeróbicos, e os exercícios de resistência
aumentam a massa muscular no idoso de ambos os sexos, minimizando, e mesmo
revertendo, a síndrome de fragilidade física presente nos mais longevos.
Sendo assim, toda forma de exercícios físicos regulares, principalmente os
de resistência progressiva, melhoram a qualidade de vida através do grau de
independência a serem vividos.

4.2.3 Índice de Quedas


Segundo a OMS, (2007) pessoas com mais de 65 anos de idade
aproximadamente 28% a 35% sofrem quedas a cada ano, aumentando o índice
para 32% a 42% em pessoas com mais de 70 anos. O individuo quanto mais idoso,
maior será o nível de fragilidade, conseqüentemente será maior a freqüência das
quedas. Cerca de 30% a 50% dos Idosos que vivem em casas de repouso caem
com maior freqüência, mais dos que os que vivem na comunidade, sendo que
aproximadamente, a cada ano, 40% deles têm quedas recorrentes. A incidência
das quedas parece variar também entre os diferentes países. Um estudo realizado
na região do Sudeste Asiático revelou que na China 6% a 31% dos adultos mais
velhos caem a cada ano, enquanto outro estudo, realizado no Japão, mostrou que
o índice, é de 20%. Um estudo realizado na região das Américas (Latina e região
do Caribe) identificou que a proporção de adultos mais velhos que sofrem quedas,
por ano, varia de 21,6% em Barbados para 34% no Chile.
Somente no estado de São Paulo em 2008, cerca de 10 mil idosos foram
internados devido a fraturas de fêmur em decorrência de uma queda, segundo
levantamento da Secretaria de Estado da Saúde. Uma vez ao ano cerca de 30%
dos três milhões de idosos sofrem de quedas. Os maiores de 60 anos estão
expostos mesmo dentro de casa. Para os mais velhos, nenhum local é 100%
seguro, mas há cuidados que podem ser tomados para evitar acidentes. Neste
caso, vale a máxima de que prevenir é o melhor remédio. Em 2008, mais de 20 mil
idosos foram internados no Estado de São Paulo em decorrência de quedas. Um
estudo indicador aponta que 43% das quedas de idosos ocorrem dentro de suas
próprias casas. O estudo foi feito com 108 idosos freqüentadores do Instituto
Paulista de Geriatria e Gerontologia (IPGG), na capital paulista. Do total de idosos
entrevistados, 63% apresentaram mais de um episódio de queda. Pesquisa da
Secretaria aponta que cerca de nove mil idosos são internados por ano no Estado
de São Paulo devido a fraturas de fêmur em decorrência de uma queda. A
estimativa é de que ao menos 30% dos idosos paulistas acima dos 60 anos sofrem
quedas ao menos uma vez por ano. (SECRETARIA DE SAÚDE DO ESTADO DE
SÃO PAULO, 2009, 2010, 2011)
Segundo NETO et. al., (2002) para os maiores de 65 anos as quedas
constituem a principal causa de morte acidental. A taxa de mortalidade é maior
entre os homens, porém as mulheres têm maiores índices de quedas em relação
ao mesmo. Sendo que cada quatro pessoas que morrem após uma queda, três são
idosas. Os índices de fraturas indicam que 10% das torções de fêmur acontecem
com a queda subseqüentemente e 90% das fraturas de quadril na osteoporose em
virtude de quedas.
5. EFEITOS DO TREINAMENTO FUNCIONAL

De acordo CAMPOS E NETO (2004) o treinamento funcional promove o


condicionamento físico e saudável resultando em variados benefícios:
- Melhora do equilíbrio estático e dinâmico
- Melhoria do equilíbrio muscular;
- Melhoria da postura;
- Tem efeito positivo na saúde da coluna vertebral (maior estabilidade);
- Aumento da eficiência dos movimentos;
- Melhora no desempenho atlético;
- Diminuição da incidência de lesão;
Em vista dos argumentos apresentados o treinamento funcional abrange exercícios
que geram um desenvolvimento total do corpo humano, preparando-o de maneira
segura e eficiente para os mais diferentes desafios de qualquer esporte, atividade
física ou ocupacional e os movimentos da vida diária.
Atenta-se que a menor capacidade de trabalho muscular é um dos primeiros
sinais da velhice, afetando em última instância a capacidade laboral, a atividade
motora e a adaptabilidade ao ambiente. Os exercícios, melhorando a função
muscular, reduzem a freqüência de quedas, contribuindo assim para a manutenção
da independência e de uma melhor qualidade de vida para os idosos. (ROSSI,
2008)

5.1. Treinamento Funcional e Índice de quedas


De acordo com COSTA et., al., (2009), foram avaliados 26 indivíduos com
idade entre 68 e 79 anos que realizaram 10 sessões de exercícios multisensoriais,
dispostos em forma de circuito contendo 13 estações de treinamento, avaliou-se e
conclui que o programa de exercícios multisensoriais promoveu a melhora
significativa do equilíbrio e houve também a redução expressiva no risco de
quedas, o risco de queda era de 19,23% no pró-teste (que corresponde a um IPQ
de alto risco de queda), e no pós-teste baixou para nenhum caso.
5.2. Treinamento Funcional e Idoso

Segundo o estudo de BRANQUINHO, et. al., (2010) com a investigação de


20 indivíduos idosos com idade média entre 60 a 70 anos de idade, analisou os
exercícios realizados base estável e instável para o equilíbrio no treinamento
funcional, constatou-se que em poucas semanas houve uma melhora significativa
na reorganização motora das funções fisiológicas dos idosos em base instável e
conclui-se que os idosos obtiveram, com a aplicação do exercício em base estável
comparado com o realizado na base instável, uma melhora no equilíbrio dos
idosos.
De acordo com LUSTOSA et. al., (2010) estudo realizado com duração de
dois meses com 7 idosas voluntárias com idade média de 64 a 88 anos, que
avaliou as AIVD e no equilíbrio unipodálico, indicou que houve melhoras
significativas nos resultados referente à capacidade de realizar as AIVD e tendo
como tendência à melhora do equilíbrio estático unipodálico, analisados antes e
após o programa treinamento funcional.

5.3. Treinamento Funcional e Qualidade de Vida


Leal et. al. (2009) aplicou um protocolo de treinamento funcional dividindo as
amostras em dois grupos: (GTF = Grupo de Treinamento Funcional e GC = Grupo
Controle). O grupo GTF realizou 12 (doze) semanas de treino, onde foram
realizados a cada semana, uma seqüência de 20 exercícios Já o grupo GC
continuou a realizar as atividades (recreativas vivências corporais e aulas
esporádicas de alongamento). Ao final das semanas de treino foram observadas no
grupo GTF, segundo os autores do estudo, uma melhora importante no controle
neuromotor, no equilíbrio corporal e na autonomia funcional o que indica melhor
desempenho nas AVD’s e conseqüentemente na qualidade de vida.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com base nos estudos realizados neste trabalho, pudemos comprovar que o
tema qualidade de vida para população idosa é abordada com ênfase nas
melhoras que o treinamento funcional possibilita nesta faixa etária.
Apesar de não ser um conteúdo ainda muito difundido pelas políticas
publicas como uma forma de prevenção e melhora na saúde, é um tema a ser
tratado na mesma intensidade, pois nele estão expressas diferentes formas de
contribuição para mais um estágio da vida que requer cuidados especiais, de
cunho especifico para que minimize os riscos das doenças crônicas degenerativas
que acometem tanto a população idosa em nosso país.
A comprovação de que o sujeito idoso, suas capacidades motoras,
estruturas musculares, fisiológicas e psicológicas estão em aparente declínio, os
exercícios oferecidos pelo treinamento funcional possibilita a melhora não só
destas estruturas, mas também o torna uma individuo mais independente.
No nosso modo de entender, muitas das discussões apresentadas neste
trabalho servem para mostrar que o idoso e as atividades que exerce no seu dia-
dia deve ser explorado como uma forma de corrigir e melhorar posturas utilizadas
erroneamente para que haja uma melhor qualidade de vida dimuindo os riscos de
quedas e suas implicações.
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