INDUÇÃO FLORAL

O manejo influencia a época do florescimento. As plantas de- Elaboração

vem estar nutridas, livres de pragas, doenças e plantas dani- Divino Nunes Mesquita
nhas. (Engº. Agr. EMATER-AC)
mesquit@agronomo.eng.br
A prática com menor custo para indução é irrigação que deve
Cel: (68)9.9967-0413
ocorrer no mínimo após período de 40-60 dias de estresse
Obs: proibida a reprodução e a distribuição,
hídrico. Após a indução não se deve aplicar nitrogênio, pois salvo pelo autor
esse elemento estimula a gema a vegetar, o que ocasiona
efeito contrário ao desejado.
A lima ácida taithi produz durante todo o ano, mas assim a
produtividade é baixa porque maior parte das gemas são dor-
mente, principalmente àquelas de ramos velhos. Os ramos
produtivos da limeira são preferencialmente àqueles que pos- Fotos: SANCHEZ, 2005
suem idade entre 5-6 meses de emissão.
Além da indução, outro processo importante é a inibição que
ROSEIRAS
Solicitação deste documento pode ser feita à EMATER-AC: (CULTIVO COMERCIAL)
também proporciona emissão de frutas temporões.
Av, das Nações,2.604, Estação Experimental
A vegetação mais importante para o florescimento é a do final
Rio Branco – AC, CEP 69908-620
do verão amazônico (período seco) e começo da primavera Tel: (68) 3226-4365
que coincide com grande produção de brotos com internódios
curtos (nós curtos) e maior proporção de gemas reprodutivas
(gemas floríferas), pois somente gemas novas florescem
(entre 5-6 meses).
Controle do floresci- Controle da frutifi- Conservação
mento cação pós-colheita
Inibição Fixação 20mg/L de GA3
40mg/L de GA3 (0,1- GA3 10mg/L (0,05g de Progibb
0,3g de Progibb 400) a (0,025g de Progibb 400) em imersão
cada 7 dias a partir de 400) após a antese por 15 segundos
julho
b) 25 mg/L de GA3
(0,07g de Progibb 400)
+ 25 mg/L de 2,4-D
(0,03mL de U-46 Fluid)
a cada 45 dias
c) 80 mg/L de GA3 EMATER ACRE
(0,2g de Progibb 400)
após 50-60 dias de
Estresse hídrico
Indução Desbaste
Ethephon 500mg/L Ethephon 400 mg/L
(Ethrel 2,08mL/L ) +1% (Ethrel – 1,66mL/L)
de uréia 40 dias antes em frutas com 1-2
da floração cm de diâmetro
LOCAL E AMBIENTE DE PLANTIO
Roseiras melhor se desenvolvem em solos de textura média,
pH entre 5,5 e 6, e nutrição equilibrada, sendo imprescindível
realizar análise dos solos para conhecimento da fertilidade e
posterior correção.
Outro fator edafoclimático importante é a drenagem, pois em
solos encharcados torna-se difícil o manejo da cultura.
Os solos devem ser subsolados a cerca de 60-70 cm de pro-
fundidade.
No estado do Acre recomenda-se cultivar roseiras somente
em ambientes protegidos devido principalmente às fortes
chuvas incidentes.
A população de plantas é variável em função da variedade
podendo atingir até 100.00 pl/há em espaçamentos de 0,10 a
0,3 m entre plantas e 0,3 a 0,6 m entrelinhas, em camalhões
com cerca de 0,25-0,35 m de altura, sob substrato leve, poro-
so e nutricionalmente equilibrado.. Pode-se também cultivar
roseiras em recipientes com capacidade mínima para 10lL,
mas nesse caso eleva-se o custo de produção devido aos
custos elevados de vasos ou potes.
CONTROLE DE PRAGAS DOENÇAS E PLANTAS DA-
NINHAS
Os fatores que interferem negativamente na produtividade de-
vem ser mitigados. O controle de pragas, doenças e plantas
daninhas devem ocorrer para que não haja competição com a
cultura por fatores básicos de produção (água, luz, nutrientes).
A aquisição, transporte e aplicação de defensivos agrícolas
prescindem recomendação por Engenheiro Agrônomo.
Não adquira ou aplique defensivo ou outros insumos sem Figura 2 - Faixa para aplicação de fertilizantes em cobertura
antes consultar um Eng. Agrônomo!
MANEJO DO FLORESCIMENTO
ADUBAÇÃO EM COBERTURA O período de florescimento é determinante para produção
de frutas e o conhecimento dos fatores que controlam essa
As adubações de plantio devem ser calculadas com base na
fase são necessários para alterações no período de colhei-
interpretação da análise de solos, e em culturas já implantadas
ta o que propicia aumento do retorno financeiro do Agricul-
em análise de folhas (Figura 1) coletadas em número de 25-30
tor ao possibilitar o planejamento da colheita em função do
por hectare.
preço.
Atualmente no Acre o preço pago pelo quilo da lima ácida
taithi no período da safra é tão insignificante que não cobre
o custo de colheita, além de ocasionar sobra de frutas nas
lavouras o que onera a atividade devido ao risco de criação
de focos de pragas e doenças.
Potafós, 1994
Figura 1 - Região de coleta de folhas para análise laboratorial
Pode-se também calcular adubação com base no diâmetro da
copa, utilizando a fórmula . Exemplo para copa com diâmetro
de 2m: Adubação (kg/planta) 2 x 2 x 0,3= 1,2 kg de NPK 15-15-
15 + micros dispostos na circunferência da copa (Figura 2).
Essa adubação deve ser realizada por duas ou três vezes por
anos, preferencialmente no início, meio e fim do período chuvo-
so.