A obra política "Uma Teoria da Justiça" - do filósofo americano John Rawls -

apresenta uma sociedade justa e igualitária. Contudo, observa-se na realidade brasileira

que tal idealização está longe de ser alcançada, dado que a péssima infraestrutura
escolar no País ainda perdura. Logo, torna-se necessário analisar a problemática sob
duas óticas: a do individualismo na contemporaneidade e a da indiligência governamental.
Mormente, é mister salientar a queda das atitudes éticas pela fluidez dos valores
como fomentadora da problemática. Acerca disso, conforme o sociólogo Zygmunt
Bauman, a coletividade, ao estar imersa nesse panorama líquido, acaba por perpetuar o
individualismo. Sob tal prisma, é possível verificar que os interesses pessoais da
sociedade moderna contribuem para a precária infraestrutura escolar, pois o Estado perde
sua finalidade de manutenção da ordem e, assim, nega a visão de interdependência
social, tal como acredita ser inatingível como órgão superior. À vista disso,
lastimavelmente, constata-se que essas condutas ocasionam a diminuição da qualidade
educacional e, na pior das hipóteses, evasão escolar.
Outrossim, evidencia-se que a ausência de medidas governamentais está entre as
causas do problema. Diante disso, convém destacar o livro "Ética a Nicômaco", do filósofo
Aristóteles, ao inferir que o Estado serve para garantir felicidade dos cidadãos, como
escolas qualificadas. Todavia, é inegável que tal agente não cumpre o seu encargo por
haver uma carência na devida execução das normas legítimas na efetivação do ambiente
educacional exemplar, dessa maneira, corrobora o surgimento de percalços no cotidiano
de muitos estudantes. Por conseguinte, é inadmissível que essa postura estatal persista,
uma vez que a educação deficiente pode causar danos irrecuperáveis à sociedade, como
a formação de um povo ignorante.
Destarte, infere-se que, a partir dos elementos supracitados, é de suma
importância a implementação de mudanças. Para isso, urge ao Governo Federal, aliado
às esferas estadual e municipal, melhorar a infraestrutura escolar, por meio da ampliação
de investimentos na educação em todo o Brasil, com a finalidade de permitir que toda a
sociedade tenha esse acesso prestado, garantindo o direito a educação de excelência,
tudo isso através de políticas públicas capazes de assegurar uma escolaridade segura e
igualitária. Desse modo, toda a problematização será resolvida e o corpo social se
aproximará da idealização de Rawls.