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• Capítulo 3 (Aula 9)
Ligações com conectores.
INTRODUÇÃO
Esses componentes devem ser dimensionados de forma que sua resistência de cálculo seja
igual ou superior à solicitação de cálculo, determinada:
1) Pela análise da estrutura sujeita às ações multiplicadas pelos seus coeficientes de ponderação;
2) Como uma porcentagem especificada da resistência da barra ligada. A resistência de cálculo pode
também ser baseada em estado limite de utilização.
LIGAÇÕES PARAFUSADAS
Vantagens:
• Rapidez nas ligações de campo;
• Economia em relação ao consumo de energia;
• Uso de pouca mão-de-obra;
• Melhor resposta às tensões de fadiga.
Desvantagens:
• Necessidade de verificação de áreas líquidas e esmagamento das peças ;
• Necessidade de planejamento para compra antecipada da execução da obra;
• Necessidade de, em alguns casos, pré-montagem de fábrica para ajuste perfeito com os furos.
LIGAÇÕES SOLDADAS
Vantagens:
• Economia de meios de ligação;
• Estruturas mais rígidas;
• Facilidade de se realizar modificações nos projetos;
Desvantagens:
• Estruturas soldadas com grandes extensões sofrem redução no comprimento devido aos
efeitos acumulativos de retração;
• Alto consumo de energia elétrica;
• Análise de fadiga indispensável em alguns casos.
TIPOS DE LIGAÇÕES
• Ligações flexíveis
Apresentam pequena restrição à rotação relativa entre os elementos estruturais e, após o carregamento
aplicado, atingem 80% ou mais da rotação teoricamente esperada, imaginando-se a conexão totalmente
livre para girar.
• Ligações rígidas
Apresentam grande restrição à rotação relativa entre os elementos estruturais, da ordem de 90% ou mais
daquela teoricamente necessária à ocorrência de nenhuma rotação.
• Ligações semi-rígidas
Engastada
C
Momento na
extremidade
A
Rotação para vigas
simplesmente apoiadas
Rotação φ (radiano)
A B C D
Apoio
Tirante
Tubulação
• Em pilares cujas extremidades são usinadas para transmitir forças de compressão por contato,
as ligações das extremidades com as placas de apoio, ou entre pilares , devem ser feitas com
parafusos ou soldas capazes de manter em suas posições, com segurança, todas as partes ligadas;
• Outras barras comprimidas, com extremidades usinadas, transmitindo esforços por contato,
devem ter meios e elementos de ligação posicionados de modo a manter alinhadas todas as partes
da ligação e dimensionados para resistir a 50% da compressão de cálculo;
• Em ambos os casos anteriores, as ligações citadas devem ser dimensionadas para resistir
também a 100% das solicitações de cálculo que não sejam transmitidas por contato, incluindo
casos de inversão de esforços.
P P
Ligação Ligação
Soldada Parafusada
• Nos casos de cantoneiras simples ou duplas e barras semelhantes, solicitadas axialmente, não é
exigido que o centro de gravidade de grupos de parafusos ou soldas de filete fique sobre o eixo
baricêntrico da barra, nas extremidades dela, para os casos de barras não sujeitas à fadiga; a
excentricidade entre os eixos da barra e das ligações pode ser desprezada em barras solicitadas
estaticamente, mas deve ser considerada em barras sujeitas à fadiga.
1) Devem ser usados soldas ou parafusos de alta resistência nos seguintes casos
• Ligações de vigas e treliças das quais depende o sistema de contraventamento, ligações de vigas
e treliças com pilares, e emendas de pilares, nas estruturas com mais de 30m de altura;
• Ligações e emendas de treliças de cobertura, ligações de treliças com pilares, emendas de pilares
ligações de contraventamento de pilares, ligações de mãos francesas ou mísulas, e ligações de
peças suportes de ponte rolantes de capacidade superior a 50kN;
• Emendas de pilares, nas estruturas com menos de 30m de altura, caso a menor dimensão
horizontal da estrutura seja inferior a 25% da altura;
2) Para os demais casos não citados acima, as ligações podem ser feitas com parafusos comuns
ASTM A307 ou ISO 4.6.
O conector é um meio de união que trabalha por meio de furos feitos nas chapas
Rebites
Parafusos comuns
2F
F
Força de Força de
2F atrito compressão
entre as chapas Fc
Fat
F
F
Arruela
P
Folga da furação
Força de
das chapas
protensão do
parafuso
Furação a broca
d d d d
d + 1,5 mm
d + 1,5 mm
d + 1,5 mm d + 5 mm (d<24) d + 6 mm (d<24) 2,5 d
d + 6 mm (d=27) d + 8 mm (d=27)
d + 8 mm (d>30) d + 9,5 mm (d>30)
continuação tabela
t t
Espaçamentos mínimos
a
valor de a d + 6 mm (d<19 mm)
para bordos d + 7 mm (19<d<26 mm)
3d
laminados d + 9 mm (26<d<33 mm)
ou cortados Bordas
com maçarico 1,25 d (d>33 mm) cortadas com
a
serra ou
tesoura
a 3d 3d
• A distância entre os centros dos furos não pode ser inferior a 2,7d, de preferência 3d;
• A distância do centro do furo alargado ou alongado a qualquer borda de uma parte ligada não
pode ser inferior ao valor indicado para furos padrão, acrescido de βd, sendo d o diâmetro do
parafuso e β definido como a seguir:
Espaçamentos máximos
• Os espaçamentos máximos são da ordem de 15t (peças comprimidas) e 25t (peças tracionadas),
onde t é a espessura da chapa (meio de ligação);
• Para qualquer borda de uma parte ligada, a distância do centro do parafuso mais próximo até
essa borda não pode exceder 12t e nem 150mm..
<12t
<150 mm
F F
a
a
s
2F
GENERALIDADES DO DIMENSIONAMENTO
• Ligações entre elementos com espessura de chapa t > 4,75mm (NBR 8800/86);
DIMENSIONAMENTO A TRAÇÃO
φt Rnt
A resistência à força cortante para um parafuso, exceto nos casos de pega longa e ligações de
grande comprimento, deve ser tomada como base no que for mais crítico entre:
Resistência de cálculo
φR n
Rn = 3,0dtf u (apoio)
Rn = atf u (rasgamento)
Parafusos
ASTM A490 φ t Rnt ≤ 0,69 f u A p − 1,93Vd (nota 1)
φ t Rnt ≤ 0,69 f u A p − 1,50Vd (nota 2)
Parafusos
ASTM A449 φ t Rnt ≤ 0,64 f u A p − 1,93Vd
(d > 38mm)
e barras rosqueadas
em geral
Fat ,máx = µ (P − T )
Rv = µξ (P − T )
Área
tracionada Área
cisalhada
Área
Área tracionada
cisalhada
F/2
F/2
F/2
F/2
Ligação a tração
Q
F/2
F/2 + Q
F
F
F/2
F/2 + Q
F F M=F e
F/n R = kr
= + r
∑ kr 2
= k ∑ =M
r 2
M
R = kr = r
∑r 2
M M
Rx = y Ry = x
∑r 2
∑r 2
(a) (b)
(c)
(d)
2 Ai
t=
a
b t fc
f c y c = f t (h − y c ) , com ft = (h − yc )
2 2 yc
by c3 t
+ (h − y c )
3
I=
3 3
M
f ti = yi
I
6M
ft = 2
bh
• As ligações destinadas a transferir forças paralelas à superfície de contato das partes ligadas
podem ser “por atrito” ou, alternativamente, “por contato”. As ligações nas quais o deslizamento
seria altamente prejudicial devem ser ligações “por atrito”. Também aquelas que estiverem sujeitas
a forças repetitivas, com reversão de sinal, devem ser ligações por atrito;
• Os parafusos A490 e os parafusos A325 galvanizados não podem ser reutilizados. Os demais
parafusos A325 podem ser reutilizados uma vez, se houver aprovação do engenheiro responsável.
O reaperto de parafusos previamente apertados e que afrouxarem durante o aperto de parafusos
vizinhos não é considerado como reutilização.
Denomina-se soldagem ao processo de união entre duas partes metálicas, usando uma fonte de
calor, com ou sem aplicação de pressão. A solda é o resultado desse processo.
FONTE DE
CALOR
PROCESSOS DE SOLDAGEM
• Baixo custo;
• Necessidade de mão-de-obra habilidosa;
• Processo mais usado na fabricação e na manutenção.
Máquina de solda
(gerador de corrente
contínua)
Revestimento
Eletrodo
Arco
Escória Gases
Máquina de solda
Metal-base
• Processo automático;
• Somente na posição plana ou horizontal;
• Solda de topo ou ângulo com mais de 1 metro de comprimento e 5 a 50mm de espessura.
Eletrodo
Escória
Material fusível
Metal-base
TIPOS DE ELETRODOS
O eletrodo a ser utilizado em uma ligação soldada deve ser compatível com o metal a ser soldado,
devendo ter resistência de cálculo maior que a do metal base.
E xx xx
Posição de soldagem, tipo de eletrodo
Representa a resistência à ruptura por tração em ksi
• Visual;
• Por meio de líquido penetrante;
• Por meio de partículas magnéticas;
• Por meio de exame radiográfico;
• Por meio de ultra-som.
(a) Plana
(b) Horizontal
(flat)
(d) Sobrecabeça
(c) Vertical
(overhead)
Entalhe
Filete
Tampão
A A A A
SOLDAS DE ENTALHE
Processo de soldagem Posição de Tipo de chanfro Espessura da
soldagem garganta efetiva
Arco elétrico com
eletrodo revestido Chanfro em J ou U Profundidade
(SMAW)
do
Arco submerso
(SAW) Chanfro em bisel ou
Todas chanfro em V, ângulo do chanfro
chanfro ≥ 60º
SOLDAS DE FILETE
t = 0,7 b b1 b2
t=
2 2
b 1 + b2
Fa
nta
ce
b b
1
rga
Perna
Ga
t
t
b Raiz
b
2
bmáx
t b
• A área efetiva de cisalhamento de uma solda de tampão, em furo ou rasgo, deve ser igual à sua
área nominal da seção transversal do furo ou rasgo no plano das superfícies em contato;
• O diâmetro dos furos para soldas de tampão em furos não pode ser inferior à espessura da parte
que os contém acrescida de 8mm, nem que 2.25 vezes a espessura da solda;
• A distância de centro a centro de soldas de tampão em furos deve ser igual ou superior a quatro
vezes o diâmetro do furo;
• O comprimento do rasgo para soldas de tampão em rasgos não pode ser maior que dez vezes a
espessura da solda;
• A largura dos rasgos não pode ser inferior à espessura da parte que os contém acrescida de
8mm, nem maior que 2.25 vezes a espessura da solda;
• As extremidades desses rasgos devem ser de forma semicircular, ou devem ter cantos
arredondados de raio não inferior à espessura da parte que os contém, exceto aquelas
extremidades que se estendem até a borda do elemento soldado;
• O espaçamento entre as linhas de centro de rasgos, medido na direção transversal ao
comprimento dos rasgos, deve ser igual ou superior a quatro vezes a largura do rasgo;
• A distância de centro a centro de rasgos situados na mesma linha longitudinal ao comprimento
deles, medida sobre essa linha, deve ser igual ou superior a duas vezes o comprimento dos rasgos;
• A espessura de soldas de tampão em furos ou rasgos situados em material de espessura igual ou
superior a 16mm deve ser igual a espessura desse material. Quando a espessura desse material for
maior que 16mm, a espessura da solda deve ser no mínimo igual à metade da espessura do mesmo
material, porém não inferior a 16mm.
Se numa mesma ligação forem usados dois ou mais tipos de solda, a resistência de cálculo de cada
um desses tipos deve ser determinada separadamente e referida ao eixo do grupo, a fim de se
determinar a resistência de cálculo da combinação.
Para soldas de filete superpostas a solda de entalhe, este método não é aplicável, utilizando-se
apenas nos cálculos a resistência das últimas.
SIMBOLOGIAS DE SOLDA
SOLDA EM CHANFRO
LOCA - RETO OU S/ MEIO V U OU J OU COM FACE C/ UMA FACE
V OU X
LIZAÇÃO CHANFRO OU K DUPLO U DUPLO J CONVEXA CONVEXA
LADO
DA
SETA
LADO
OPOSTO
AMBOS
OS
LADOS
S/ INDICAÇÃO
DE NÃO USADO NÃO USADO NÃO USADO NÃO USADO NÃO USADO NÃO USADO
LADO
LADO
DA
SETA
LADO
NÃO USADO
OPOSTO
AMBOS
OS NÃO USADO NÃO USADO NÃO USADO NÃO USADO NÃO USADO NÃO USADO NÃO USADO
LADOS
S/ INDICAÇÃO
DE NÃO USADO NÃO USADO NÃO USADO NÃO USADO NÃO USADO NÃO USADO NÃO USADO
LADO
13
13
13
13
13
6
13
6
6
13
13
CL da Solda
A
LD
CL SO
40
40
20-40
Localizar soldas nas extremidades
da junta
20
20
20
Solda desejada
GARGANTA EFETIVA
6 (10)
10
10
Símbolo
Solda desejada
Solda desejada
1 1
Símbolo
GENERALIDADES DO DIMENSIONAMENTO
• Ligações entre elementos com espessura de chapa t > 4,75mm (NBR 8800/86);
a) metal-base
total Cisalhamento (soma vetorial) na Rn = 0,60 Aw f y , φ = 0,90
seção efetiva
b) metal da solda
Rn = 0,60 Aw f w , φ = 0,75
a) metal-base
Solda de entalhe Tração ou compressão normais à Rn = Aw f y , φ = 0,90
seção efetiva da solda
b) metal da solda
de penetração
Rn = 0,60 Aw f w , φ = 0,75
b) metal da solda
Rn = 0,60 Aw f w , φ = 0,75
Fx Fy Fy
τx = τy =
tl tl Fx
Fx Fy F res
fx = fy = Fx
l l
Fy
t
b
e
F
τF =
∑ tl F F
Fe
τM = r
Ip
x
Fe y r
τx = y
Ip τM
τF
Fe
τy = x (a) (b)
Ip
F Fe
fF = τ Ft = fM = τ M t = r
∑l I p (t = 1)
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79
Soldas longitudinais
VS
τ=
P
Ib y τ a'
t
f
M
σ = y x
(b) (c)
P
τ=
2t (a'+2t f )
Soldas transversais
V
τ= τ dmáx = σ d2 + τ d2 ≤ τ res
2th0
τ σ
h0