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Fenomenologia - I
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um fato novo mostre uma outra realidade. Para evitar que a verdade
filosófica também fosse provisória, a solução, para Husserl, é que ela
deveria referir-se às coisas como se apresentam na experiência de
consciência, estudadas em suas essências, em seus verdadeiros
significados, de um modo livre de teorias e pressuposições, despidas
de seus acidentes próprios do mundo real, do mundo empírico objeto
da ciência. Buscando restaurar a "lógica pura" e dar rigor à filosofia,
argumenta a respeito do principio da contradição na Lógica.
No primeiro volume do seu Logische Untersuchungen ("Investigações
lógicas"-1900-01), sob o título Prolegomena, Husserl lança sua crítica
contra o Psicologismo. Segundo os psicologistas, o princípio de
contradição seria a impossibilidade do sistema associativo estar a
associar e dissociar ao mesmo tempo. Significaria que o homem não
pode pensar que A é "A" e ao mesmo tempo pensar que A é "não A".
Husserl opõe-se a isto e diz que o sentido do principio de contradição
está em que, se A é "A", não pode ser "não A". Segundo ele, o
princípio da contradição não se refere à possibilidade do pensar, mas
à verdade daquilo que é pensado. Insistiu em que o principio da
contradição, e assim os demais princípios lógicos, têm validez
objetiva, isto é, referem-se a alguma coisa como verdadeira ou não
verdadeira, independentemente de como a mente pensa ou o
pensamento funciona.
Em seu artigo Philosophie als strenge Wissenschaft ("Filosofia como
ciência rigorosa" -1910-11) Husserl ataca o naturalismo e o
historicismo. Objetou que o Historicismo implicava relativismo, e por
esse motivo era incapaz de alcançar o rigor requerido por uma
ciência genuína.
A redução fenomenológica. A fenomenologia é o estudo da
consciência e dos objetos da consciência. A redução fenomenológica
(ou "epoche" no jargão fenomenológico), é o processo pelo qual tudo
que é informado pelos sentidos é mudado em uma experiência de
consciência, em um fenômeno que consiste em se estar consciente
de algo. Coisas, imagens, fantasias, atos, relações, pensamentos
eventos, memórias, sentimentos, etc. constituem nossas experiências
de consciência.
Husserl propôs então que, no estudo das nossas vivências, dos
nossos estados de consciência, dos objetos ideais, desse fenômeno
que é estar consciente de algo, não devemos nos preocupar se ele
corresponde ou não a objetos do mundo externo à nossa mente. O
interesses para a Fenomenologia não é o mundo que existe, mas sim
o modo como o conhecimento do mundo se dá, tem lugar, se realiza
para cada pessoa. A redução fenomenológica requer a suspensão
das atitudes, crenças, teorias, e colocar em suspenso o
conhecimento das coisas do mundo exterior a fim de concentrar-se a
pessoa exclusivamente na experiência em foco, porque esta é a
realidade para ela.
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Doutor em Geologia e
bacharel em Filosofia
Lançada em 4/03/2001,
revisada em 20-04-2005. .
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Direitos reservados. Para citar esse texto: Cobra, Rubem Q. - Fenomenologia. Temas de Filosofia, Site www.cobra.pages.nom.br,
Internet, Brasília, 2001, rev. 2005.
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