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Resolução:
As antidunas são uma das formas possíveis de fundo móvel (Fig. 14.1, Quintela), associadas
geralmente ao regime rápido (Fr > 1).
2π V2
L=
g
ou seja,
gL
V=
2π
No nosso caso,
V=
(9,8) (2,0) = 1,77 m s −1
2π
vindo:
1
PROBLEMA 3.2
D 50 = 0,25 mm
V = 0,6 m s −1
h = 0,9 m
ν = 10 −6 m 2 s −1
i = 0,0004
Resolução:
Sabemos que:
τ = γ JR (7.4, Quintela)
2
Esta expressão geral é válida para qualquer escoamento, laminar ou turbulento.
Considerando a hipótese de regime uniforme, J = i. Relativamente a R (raio hidráulico) e
considerando, para maior simplicidade, uma secção rectangular, temos, por definição:
A bh h
R= = =
P b + 2h h
1+ 2
b
Para canais largos, como é o caso da maioria dos rios naturais, h << b, vindo:
h
R= ≈h
h
1+ 2
b
Neste caso,
τ = γ R J = γ hi (14.3, Quintela)
Substituindo valores:
No sistema anglo-saxónico de unidades, teríamos que converter este valor a esse sistema,
vindo: τ V = 0,131 l b f ft −1 s −1 . Analisando a Figura 14.2, para este valor de τ V e para
D50 = 0,25 mm (ou, no caso, qualquer outro diâmetro), estamos no domínio das dunas (o
caso mais corrente, em rios aluvionares).
PROBLEMA 3.3
composto por areia grossa e seixo (D 75 = 5 cm) , e um declive de 0,01. Suponha taludes
Resolução:
A curva representada no diagrama de Shields (Figura 14.3, Quintela) constitui uma base de
trabalho para a resolução de problemas relativos a canais não erodíveis. Esta curva foi
primeiramente delineada por Rouse (1939), com base no trabalho de Shields (1936).
De notar que, dada a natureza estocástica do processo de arrastamento, referida aliás pelo
próprio Shields, não há verdadeiramente uma condição crítica para o início do movimento.
De facto, a curva de Shields não deve ser encarada como um valor absoluto, acima da qual
se inicia inevitavelmente o movimento, antes existirá sempre alguma arbitrariedade e mais
correcto será falar de um movimento fraco (apenas algumas partículas, das mais pequenas,
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serão arrastadas), médio (partículas médias deslocar-se-ão em quantidade não desprezável,
mas sem transporte sólido significativo nem alteração prática do leito) ou generalizado
(movimento amplo das partículas, com alteração do leito) (ASCE 1977).
A Figura inclui uma escala auxiliar, que facilita o cálculo de τc quando conhecemos as
propriedades do fluido e do sedimento.
Reynolds das Partículas = V* D/ν, onde V* (= √ τ/ρ) é a chamada velocidade de atrito, junto
ao fundo]. De facto, nesta região do diagrama, o outro parâmetro de Shields, τ* , é uma
τ τ
τ* = = = 0,06
(γ s − γ )D γ
s
γ − 1 D
γ
É este precisamente o nosso caso, já que o material aluvionar do leito situa-se claramente no
grupo dos seixos, em cujo caso a expressão anterior é válida (pode demonstrar-se que, para
rios com material de fundo com D ≥ 6 mm, caímos nesta região do diagrama de Shields; mas
a respectiva demonstração é deixada como exercício para casa).
Sabendo que:
vem:
γh i
= 0,06
γ
γ s − 1 D
γ
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γs
Admitindo que = 2,65 (quartzo), vem:
γ
h i = 0,1 D
uma expressão simples que relaciona o tamanho mínimo de grão que permanece em
repouso, num canal caracterizada por h e i.
Ao aplicar esta equação, convém ter presente que no leito dum canal aluvionar, como é o
caso, à medida que as partículas mais pequenas são arrastadas pelo escoamento e as
partículas maiores permanecem em repouso, estas últimas vão constituindo uma camada
superficial, mais grosseira, que vai funcionar como um pavimento, uma "armadura", que
protege o substrato, composto geralmente de material mais fino.
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K= (14.1) de Quintela (p. 378)
D1 / 6
Assim,
(0,1) (0,05 )
h máx ≤ = 0,5 m
0,01
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K= = 43 m1 / 3 s −1
(0,05 )1 / 6
vindo:
5
Q 3
b= = = 2,22 ≈ 2,3 m
q 1,35
PROBLEMA 3.4
ψ deverá ser sempre inferior a φ. Seja, e.g., m = 1,75 (1,75H:1V) vindo ψ cerca de 30º)
Então:
τo sen 2 ψ
= 1− (Equação 14.4, Quintela)
τc sen 2 φ
τo sen 2 30 o
= 1− = 0,55654
τc sen 2 37 o
τo é a tensão tangencial real no talude [igual a 0,75 γ h i, Figura 14.4, Quintela)] e τc a tensão
tangencial crítica para movimentar estas partículas num leito plano, dada pelo diagrama de
Shields. Neste caso:
τ = 0,06 (1,65 ) γ D = γ D / 10
vindo:
τo 0,75 γ h i
= ≤ 0,55654
τc 0,1 γ D
e:
0,55654 (0,1)(0,05 )
h≤ ≅ 3,71m
0,75 (0,001)
6
Trata-se de escolher agora uma largura de fundo, b, de forma que o canal transporte o
caudal dado (50 m3 s-1) para uma altura de água não superior a 3,00 m.
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K= = 43 m1 / 3 s −1
(0,05)
1/ 6
podemos construir agora uma tabela, e.g., em "Excel", em função de b, até chegar, por
iterações, ao valor dado para o caudal (50 m3 s-1). Recorde-se que, para uma secção
trapezoidal e neste caso,
vindo pois:
b (m) A (m2) P (m) R = A/P R2/3 V (m s-1) Q (m3 s-1)
1,0 18,75 13,09 1,43 1,27 1,73 32,392
2,0 21,75 14,09 1,54 1,34 1,82 39,496
3,0 24,75 15,09 1,64 1,39 1,89 46,799
4,0 27,75 16,09 1,72 1,44 1,96 54,259
3,4 25,95 15,49 1,67 1,41 1,92 49,766
3,5 26,25 15,59 1,68 1,42 1,92 50,512
Solução: b = 3,5 m
2.1) Para declives baixos, é possível usar uma secção trapezoidal, mesmo sem
revestimento, conforme o Problema 4.
2.2) Para declives superiores, pode tornar-se necessário proteger os taludes, com
revestimento adequado, ficando o projecto condicionado apenas à possibilidade de
erosão do leito, conforme o Problema 3. O objectivo será então fazer um canal
suficientemente largo para limitar a altura de água e, consequentemente, a tensão de
arrastamento. Se estes canais são suficientemente largos, podemos fazer R = h, o que
simplifica o problema, como aconteceu no Problema 3.
2.3) Se o declive for ainda maior, excessivo pois, a melhor solução será possivelmente
reduzir o declive do leito e absorver a queda em excesso através de descarregadores
adequados.