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Tal equívoco sobre o lugar do homem no cosmos colocou o Homo sapiens numa
“posição” de superioridade ilusória quanto ao restante da criação. Tal engano é facilmente
verificado pelo crescente aumento em todos os índices de violência (seja de origem social,
cultural, ecológica, política, étnica etc.). A fantasiosa “superioridade” do homem moderno
arremessou o mundo numa espiral de crises financeiras, guerras e devastação climática que
culminarão, inegavelmente, na completa destruição do nosso planeta.
Portanto, “devolver” o homem ao seu lugar correto dentro do cosmos faz-se necessário.
Para tal concordamos com Barroso, quando diz:
Acredito que a Arte tem importante papel a desempenhar nesse processo. O artista visto
como essa entidade mística que tem um pé na transcendência e outro no cotidiano, como nos diz
Barroso, tem em seu poder a capacidade de operar o encantamento necessário ao homem para
despertar do transe midiático presente em nossa sociedade que reduziu todas as coisas a uma
lógica cartesiana fria e desumana em sua essência. Uma vez que priva o homem do contato
natural com seu eu belo, estético, espiritual ou, para usar a terminologia de Barroso, priva o
homem do Mana que conecta todas as coisas e que nos faz ser parte do TODO. É hora de deixar a
intuição poética que provocou a explosão de criatividade em nossos irmãos distantes e que se
provou tão essencial são surgimento na nossa Arte opere novamente. Dessa vez, trazendo uma
explosão de magia, arte e lógica selvagem, afinal:
Que venham logo esses dias de despertamento. E que esse homo rationale descubra-se, o
quanto antes, de fato, um homo symbolicum.
REFERÊNCIAS