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Bioestatística - Planejamento de experimentos (parte 1)

Possibilidade de viés: fatores da pesquisa que induzem a uma resposta não representativa
e/ou não totalmente verdadeira.

Interferência do investigador:
Observacional: só observa as características dos indivíduos e acompanha ao longo do
tempo.
Experimental: impõe-se algum fator sobre as características dos indivíduos, ex: uso
do placebo ou remédio em um grupo.

Número de mensurações de cada unidade:


Transversal: coleta e análise de informações em apenas um momento.
Longitudinal: acompanhamento dos pacientes ao longo do tempo, dois momentos de
coleta e análise de informação.

Período de referência:
Prospectivo: os dados irão ser gerados ainda pelo acompanhamento da pesquisa.
Retrospectivo: os dados já foram gerados no passado, apenas serão analisados
atualmente.

Descritivo: descreve as situações relevantes.


Estudo de casos: descrição de situações acompanhadas pessoalmente, uso de dados
de pesquisa pessoal.
Estudo de uma série de casos: descrição de situações baseadas em dados trazidos por
outras pessoas, instituições.

Analítico: comparação de grupos tentando estabelecer uma causa e efeito para determinada
situação.
Ensaio Clínico Aleatorizado/Randomizado: divisão de pessoas, com características
semelhantes, em grupos de forma aleatória = grupo do remédio e grupo do placebo. Estudo
experimental, longitudinal, prospectivo.
Vantagens: alta credibilidade de pesquisa, acompanhamento da cronologia
dos eventos, interpretação simples dos resultados.
Desvantagens: barreiras éticas em aplicações de certos estudos.

Planejamento de experimento - parte 2

Estudo de coorte: tenta estabelecer uma relação de causa e efeito e descrever a


incidência do desfecho, comparando grupos sem exposição aleatória a um fator, apenas
observa as características e manifestações dos indivíduos. É um estudo analítico,
observacional, longitudinal, prospectivo.
- Seleção de indivíduos sadios e divisão de grupos em exposto e não exposto.
- Acompanhamento dos grupos por um período longo o suficiente.
- Medição da frequência do evento de interesse (doença) no grupo exposto e
não exposto.

Vantagens: alto poder analítico, planejamento simples, interpretação simples


de resultado, cronologia de eventos, permite análise de múltiplos desfechos depois de
uma exposição, garante que a exposição precedeu o desfecho e exposição natural dos
participantes a um fator -> respeito a ética.
Desvantagens: não serve para casos de doenças raras, alto custo do processo
de acompanhamento, risco de perda de participantes, mudanças na equipe da
pesquisa, variáveis podem induzir a um resultado (ex:idade), longo tempo de
pesquisa necessário.

OBS:. Principal diferença entre ECA e EC é a imposição de uma


característica/exposição de um fator ao indivíduo, de forma aleatória, no ensaio
clínico, enquanto no outro isso não ocorre: a exposição já é natural aos participantes.

Estudo de caso-controle: estudo analítico, observacional, retrospectivo, usado em


pesquisas sobre fatores geradores de doença, observa o desfecho (doença) e tenta
descobrir a causa associada, seleciona indivíduos com casos e indivíduos sem o caso.
Vantagens: tempo curto de pesquisa, baixo custo de processo, sem risco para
os participantes, sem problemas éticos, investigação de diferentes fatores ao mesmo
tempo, pode estudar doenças/desfechos raros e doenças de desenvolvimento lento.
Desvantagens: não garante que a exposição precedeu a doença, risco de viés
de memória (memória diferente dos fatos concretos), risco de má seleção dos
indivíduos, viés de registro de informação de exposição (registro incompleto =
resultado incompleto).

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