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Quem Luta Educa!

Viçosa – MG

Plataforma Municipal de Emergência:


Reivindicações ao prefeito Ângelo Chequer frente a
pandemia do coronavírus
QUE O MUNICÍPIO ATUE PARA GARANTIR RENDA, DIREITOS E SAÚDE PÚBLICA PARA QUE
O POVO POSSA FICAR EM CASA

A crise mundial de saúde desencadeada pelo Corona Vírus atinge proporções de um terremoto em escala global.
Suas consequências agravam a crise econômica que já vinha em curso desde 2008 e apontava um baixo
crescimento do PIB mundial em 2020. O Brasil e Minas Gerais são atingidos fortemente por grave crise. Recai
sobre a população o desafio de se manter em quarentena como única maneira de salvar a própria vida.

O isolamento social só é possível reorganizando a economia, destinando recursos para garantia de renda,
direitos e saúde pública. Caminho oposto ao que vinha sendo aplicado a nível nacional e estadual com as
políticas neoliberais. Políticas e reformas que fragilizaram o SUS, concentraram renda, aumentaram a pobreza,
os desempregados, precarizados e trabalhadores informais. Sobretudo nos preocupamos com esses últimos.

As medidas até agora anunciadas são insuficientes para garantia da vida dos mais pobres. Bolsonaro, Zema,
assim como as prefeituras municipais, postergam iniciativas que são urgentes para salvar vidas, gerando assim
pressão pela flexibilização do isolamento social o que traria graves consequências.

Frente a isso, aqui em nossa região, assim como a nível estadual e nacional, movimentos populares, igrejas,
organizações de juristas, intelectuais, mulheres, juventude, direitos humanos, médicos, negros, povos indígenas,
quilombolas, pastorais, partidos e sindicatos - totalizando mais de 60 entidades - nos unificamos na Plataforma
Nacional Emergencial para o Enfrentamento da Pandemia do Coronavírus e da Crise Brasileira (disponível em
www.encurtador.com.br/jr579); na Plataforma Estadual de Emergência (disponível em https://tinyurl.com/PEE-
FBPMG) e, agora, em uma PLATAFORMA REGIONAL DE EMERGÊNCIA com as seguintes reivindicações
aos poderes públicos municipais:

1. Medidas para a saúde:

1) Mais recursos para o SUS. Pressão para revogação imediata da Emenda Constitucional nº 95 de 2016, que
dispõe sobre teto de gastos públicos, contingenciando investimentos com a educação, saúde pública e ciência,
dada a importância desses setores para a superação da pandemia no país.

2) Apoio à UFV. Lutar para liberação de recursos para a realização dos testes que estão sendo desenvolvidos
pela universidade. Acelerar testes e estender a todos que apresentem sintomas. Além da subnotificação impactar
diretamente nos dados informativos sobre o corona vírus para a população, muitas pessoas que apresentam
sintomas estão tendo que ser deslocadas até Belo Horizonte para que possam realizar o teste.

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Telefones: (31) 3891-1428 / 3899-2670 - Fax: (31) 3891 3146 – E-mail: qlevicosa@gmail.com
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3) Aquisição de Equipamentos de Proteção Individual (EPI). Garantindo a menor exposição ao contágio e


menor risco aos profissionais de saúde que têm cumprido um papel fundamental no combate à doença.

4) Ampliação dos leitos dos hospitais na região. Com a dificuldade de estrutura para o número de casos que
estão aparecendo, muitas pessoas que não apresentam “todos os sintomas” estão sendo mandadas de volta pra
casa sem terem condições de um bom tratamento e expondo outras ao contágio. Por isso apoiamos iniciativas
que busquem ampliar os leitos para o atendimento a COVID-19, como a proposta do Hospital de campanha em
Ponte Nova que irá disponibilizar 80 leitos para os pacientes de COVID-19, atendendo a 21 municípios da
região.

5) Assistência de saúde nos distritos e comunidades rurais. Sobretudo para as pessoas dos grupos de risco,
evitando a necessidade de se deslocar para os centros urbanos, aglomerações e sobrecarga nos atendimentos dos
hospitais. Realização de campanha direcionada ao isolamento e cuidados de saúde principalmente nas periferias.
Grande parte da população das periferias continua tendo de trabalhar, porém a dinâmica da vida cotidiana
também permaneceu quase que intacta, sem inclusive, cuidados direcionados aos grupos de risco.

6) Informação a População do Campo. A informação é uma ferramenta fundamental para a prevenção da


COVID19, neste sentido é preciso fortalecer o diálogo com as comunidades que estão às margens no centro
urbano do município, através de materiais educativos impressos e a circulação de moto som, com áudio de
informações como orientações; métodos preventivos e o boletim municipal.

7) Editais para os estudantes do curso de medicina. Lançamento em conjunto com a administração dos
hospitais locais de editais para estudantes voluntários - no último ano de formação - da área da saúde em
conjunto com a realização de treinamento teórico prático sobre a COVID-19 e outras doenças
infectocontagiosas associado ao manejo clínico do paciente sob suspeita ou confirmados para os convocados em
atuar no combate à epidemia.

8) Saúde Mental. O isolamento social necessário neste momento, pode causar diversos sentimentos, sensações
e possíveis transtornos. Causados por esse novo momento que vivemos em permanecer em casa, relações
familiares, preocupações com os estudos, trabalho, com o futuro e diversos outros elementos que rodeiam
nossas particularidades, é necessário uma atenção direta a esses indivíduos, sobretudo os jovens, através de
espaços de atendimentos e diálogo aos que necessitarem e práticas que possam amenizar o atual momento que
vivemos.

9) Permanência das Barreiras Sanitárias. As medidas de isolamento social, se mostram eficazes na prevenção
da COVID19, neste sentido as barreiras sanitárias são fundamentais, para uma maior segurança da população,
evitando a circulação e proliferação do vírus.

10) Práticas Integradas de Saúde. Nossa saúde para se manter equilibrada, necessita de diversos fatores que
influenciam o nosso bem estar, como a alimentação, humor, espiritualidade, exercícios físicos, etc. Sendo assim
é fundamental práticas integradas de saúde, como: meditação, yoga, homeopatia, chás, biodança, dança circular,
imposição de mãos, Reik dentre outras.

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11) Agricultura Familiar Agroecológica. Alimentar além de ser um ato político, cria vínculos e relações
sociais através da terra e do alimento, é preciso incentivar a agricultura familiar agroecológica seja no subsídios
necessário para o cultivo, como alternativas para escoamento e comercialização dos produtos, é preciso
incentivar uma alimentação que potencialize a nossa saúde e imunidade, nos alimentando através de produtos
orgânicos, sem agrotóxicos e evitando o consumo de embutidos e derivados.

12) Hortas e Quintais. A alimentação saudável é fundamental para a manutenção e um bom funcionamento de
nosso organismo, neste sentido é preciso incentivar o cultivo e produção de alimentos para nossa subsistência
através de nossos quintais, terreiros, hortas verticais, além de outras possibilidades, basta usar sua imaginação.

2. Trabalho, renda, proteção social e redução dos custos de vida para os mais pobres:

1) Campanha nas Periferias. Realização de campanha nas periferias, distritos e comunidades rurais para
inscrição no programa Auxílio Emergencial do Governo Federal para aquelas(as) que não possuem CadÚnico.
Como a inscrição é feita via site ou aplicativo da Caixa Federal e, grande parte da população vulnerável não
possui sequer acesso aos equipamentos e internet, é importante que as prefeituras realizem campanhas em seus
municípios para inscrição no programa.
2) Manutenção do emprego e da renda. Estimular de empresários uma contrapartida social, considerando que
as atividades do comércio forma reabertas. Uma iniciativa poderia ser a diminuição de futuros impostos para
aqueles que não demitirem funcionários durante a crise.

3) Complementação renda. Em Minas Gerais a maior parte dos trabalhadores se encontram na informalidade,
desempregados, subempregados ou na condição de autônomos sem condições de trabalhar no período da
quarentena. A renda emergencial aprovada a nível federal é insuficiente, é preciso aprovar uma complementação
a nível estadual e as prefeituras tem papel crucial para pressão no governo de Romeu Zema.

4) Pela imediata suspensão da cobrança de água e luz. A CEMIG e as companhias de água dos municípios
devem garantir a isenção do pagamento das tarifas à toda a população de baixa renda, bem como aos
consumidores que consumirem menos de 200Kwh/mês de energia e 6m3 de água.

5) Garantia do retorno da Tarifa Rural. A s prefeituras devem se comprometer a enviar solicitações ao


Governo Federal e a Confederação Nacional de Municípios (CNM) pedindo a revogação do decreto presidencial
nº 9.642, que aumentou em 40% a tarifa dos agricultores e pequenos produtores rurais.

6) Manutenção do emprego e pagamento imediato dos salários integrais dos trabalhadores da educação.
As prefeituras devem abster de demitir servidores e pagar os salários integrais dos servidores da educação, além
de se posicionar publicamente pelo pagamento dos salários atrasados dos trabalhadores da rede estadual de
ensino.

7) Suspensão da cobrança de aluguel das famílias de baixa renda e de todos os despejos das ocupações
urbanas e rurais por um ano. As prefeituras devem deflagrar leis municipais que suspendam a cobrança de
aluguel das famílias de baixa renda por um período inicial de 3 meses (podendo ser postergado) com acordo de
suspensão do pagamento do IPTU aos donos dos imóveis durante este período. Além disso, devem suspender as

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ações e os processos de reintegração de posse, garantindo o acesso à moradia e dignidade e possibilitando que as
famílias possam se concentrar nos desafios centrais deste momento, que é a sobrevivência e a saúde.

8) Criação de área no site das prefeituras para divulgação do comércio de produtos da agricultura
familiar e agroecológicos. As prefeituras devem auxiliar na comercialização dos alimentos dos pequenos
agricultores e cooperativas locais, favorecendo iniciativas que busquem a entrega dos produtos em casa e
evitando a saída das pessoas, além de dar apoio e estimular iniciativas da economia solidária.

9) Fomento às campanhas de solidariedade que acontecem na região. As prefeituras devem garantir apoio
logístico do município para a distribuição, assim como pontos de arrecadação e verba mensal para aquisição de
alimentos, produtos de higiene pessoal e de limpeza para garantir que a população que vivem nas periferias
possam permanecer pelo período que for necessário em quarentena.

10) Prédios e estruturas desabitadas devem ser destinadas a abrigar a população em situação de rua. As
prefeituras devem utilizar de prédios que tenham condições mínimas de salubridade de forma a auxiliar a
população em situação de rua. Fortalecer a rede de apoio e combate à violência doméstica considerando a
possibilidade de vítimas de violência de gênero estarem em isolamento social em companhia dos seus
agressores; priorizando ações de atenção e enfrentamento à violência doméstica contra meninas e mulheres com
a reabertura imediata da Casa das Mulheres visando o atendimento emergencial a mulheres em situação de
violência; incrementar a divulgação do aplicativo digital "MG Mulher".

11) Cruzamento de dados entre organizações e Prefeitura pra melhor organização e mapeamento de
famílias vulneráveis. As prefeituras devem garantir uma melhor sinergia entre os seus dados e os dados de
instituições de caridade, pastorais, ONG’s e demais iniciativas que possibilitem mapear e cadastrar famílias de
baixa renda que possam ser incluídas em programas de assistência social.

12) Dar suporte a entidades na feitura e execução de projetos. O CTA está escrevendo projeto para o Banco
do Brasil de distribuição de cestas. É fundamental que as prefeituras ofereçam suporte necessário para que
outras organizações também o façam.

13) Criação de comitês populares de ação social. Aproveitar a estrutura administrativa das prefeituras para
subsidiar a criação de Comitês Populares de Ação Social com a finalidade de atrair doações e voluntários que
possam amplificar as ações de solidariedade desenvolvidas pela administração municipal e também de demais
entidades do município. Diante da deterioração provocada pela aprovação da reforma trabalhista os municípios
devem: a) aproveitar a mobilização desse mutirão proposto para também levantar dados necessários a outras
futuras iniciativas e 2) desde já construir uma Cartilha com orientações trabalhistas

14) Formação de um Cadastro de iniciativas populares. Mapear e cadastrar iniciativas voluntárias populares
que estejam oferecendo ajuda aos mais necessitados durante a pandemia, como costureiras que atuam na
confecção de máscaras, cooperativas que doam alimentos, etc.

15) Monitoramento e Transparência com recursos Federais e Estaduais que vieram para o Município. O
município deve lançar mão de todos os meios disponíveis para dar ampla divulgação aos recursos recebidos do
governo federal e estadual durante o período de vigência da pandemia e após;

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16) Divulgar informações no Rádio de acesso a políticas e de prevenção e monitoramento. A prefeitura


deve buscar veicular sempre que possível veicular informações relevantes para a população em programas de
rádio pois os mesmos conseguem atingir um grande público variado e diverso.

17) Projeto para distribuição de gás de cozinha. Em conjunto com as cestas básicas a prefeitura deve
distribuir as famílias de baixa renda gás de cozinha.

18) Suspender a cobrança de empréstimos consignados de servidores. As prefeituras devem envidar


esforços para negociar com as instituições bancárias onde os servidores recebem os seus salários, aposentadorias
e pensões, prazos para que os servidores possam efetuar o pagamento dos seus empréstimos consignados.

3. Medidas para a educação:

1) Não aplicar Educação a Distância (EaD) como atividade curricular na educação básica municipal. Não
aplicar atividades de ensino remotas em seus mais diversos moldes (EaD, atividades de ensino à distância, etc).
Reforçar essa pauta para todos os segmentos da educação, incluindo um diálogo com as esferas estaduais e
federais de ensino. Considera-se que sem infraestrutura adequada e tempo adequado para criar novas estratégias
a educação tende a ser desqualificada. Atividades não presenciais prescindem infraestrutura tecnológica
adequada, além do acesso à internet de qualidade e sabe-se que essa não é uma realidade do município. A
implementação do ensino remoto prejudicaria o acesso à educação aos mais pobres e vulneráveis,
impossibilitando ao menos 30% dos estudantes de ter acesso as aulas, por não possuir acesso à internet e mais
uma grande parcela por não ter acesso às ferramentas e tecnologias necessárias a EaD.

2) Reforçar a necessidade de cuidar da qualidade do ensino. Além das dificuldades de acesso à internet e há
que se pensar nas dificuldades dos pais acompanharem com a devida atenção às atividades, o espaço adequado
para uma mínima possibilidade de concentração e as tensões emocionais pelas quais toda a população está
passando e principalmente a população mais vulnerável que muitas vezes divide um pequeno cômodo com
vários familiares, a situação de perda de emprego e/ou de salários e o eminente risco do adoecimento e
falecimento. Neste sentido, formular estratégias para pensar, de modo participativo envolvendo a comunidade e
principalmente os profissionais da educação, sobre a questão da flexibilização dos 25% de atividades remotas
para todos os segmentos e o pós-pandemia.

3) Reforçar a educação Pública, Democrática, Universal, de Qualidade e Laica. Não adotar a compra de
“pacotes” educacionais de empresas privadas, ongs ou fundações, ou incorrer em a parcerias com empresas
privadas que pode acarretar a privatização da educação.

4) Destinação da verba da merenda dos estudantes da rede pública municipal para cestas básicas com
entregas contínuas. Garantir que a alimentação, a saúde e bem-estar mínimo das crianças, jovens e alunos da
Educação de Jovens e Adultos (EJA) seja uma prioridade.

5) Reforçar estratégias de “Luta pela Vida”. A vida vale mais do que a manutenção do calendário escolar e a
proposição de conteúdos a qualquer custo. Neste momento, mais do que estratégias de ensino à distância, deve-
se priorizar a estratégias de luta pela vida e ações de solidariedade, no sentido de atender à população mais

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vulnerável e de baixa renda em suas necessidades básicas. Isto não exclui a necessidade de pensar estratégias de
cuidados e acolhimento na área educacional.

6) Reforçar a necessidade, junto à esfera Federal, da necessidade de adiamento do ENEM e do processo


seletivo do COLUNI e vestibulares seriados. As prefeituras devem se articular para solicitar junto aos órgãos
competentes o adiamento das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), do Colégio de Aplicação
da UFV (Coluni) e demais vestibulares seriados como o PISM da UFJF;

7) Fortalecer a permanência das escolas de Educação do Campo. Os prefeitos municipais devem buscar
articular a cobrança junto ao Estado para o repasse de recursos as Escolas Famílias Agrícolas (EFA’s) e subsidiar
as demais escolas da Zona Rural localizada no município;

8) Manter um olhar ativo e preocupado com as estratégias para a manutenção e fortalecimento do EJA e
de estudantes com necessidades especiais. As estratégias educativas a serem adotadas pelas secretarias
municipais não podem perder de vista a inclusão social e as modalidades de ensino mais vulneráveis.

9) Destinação contínua de cestas básicas para os estudantes da rede pública e estadual. Garantindo que a
alimentação, a saúde e bem-estar mínimo das crianças, jovens e alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA)
seja uma prioridade.

10) Educação com direitos e sem angústia. Não as demissões de servidores contratados ou com vínculos
precários durante a pandemia. Não efetuar nenhum tipo de corte dos salários dos profissionais da Educação,
garantindo a manutenção dos direitos dos trabalhadores durante todo o período da pandemia.

11) Suporte psicológico e emocional. Criação de uma rede de suporte psicológico e emocional a fim de apoiar
os trabalhadores da educação no período de volta às aulas para amenizar as consequências da transição da
pandemia para a pós-pandemia. Esta rede deverá ser formada por psicólogos, assistentes sociais, pelo Conselho
Tutelar e pessoal da medicina.

12) Participação democrática na gestão da pandemia do coronavírus na educação. Adotar ações que
estimulem a participação da comunidade escolar na construção das ações educacionais da escola após a
pandemia. Construir em conjunto com o Conselho Municipal de Educação normativas que venham a ser
adotadas pelas redes municipais durante e após a pandemia.

14) Prefeituras devem se posicionar contra a reabertura das escolas estaduais no seu município. Ao
projetar a reabertura das escolas, Zema está colocando em risco a vida de mais de 50 mil servidores, além de
suas famílias e a comunidade escolar. Não podemos deixar que esta medida contra a vida seja levada adiante.

15) Destinação de cestas básicas para os estudantes da UFV e Coluni que são dos programas de
assistência estudantil e não tiveram condições de voltarem para suas cidades-natais. Uma parte
considerável das e dos estudantes principalmente da UFV não são das cidades-sede dos campi. Isto coloca que,
com a situação de pandemia e a orientação dada de retorno para casa, o corpo discente que está em situação de
vulnerabilidade - principalmente de cidades mais distantes - não conseguiu voltar. Além disso, as bolsas-
alimentação conquistadas são insuficientes para alimentação com qualidade destes estudantes.

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16) Anistia das mensalidades. Anistiar durante a quarentena as mensalidades para estudantes de universidades
privadas que são trabalhadores autônomos durante o período da quarentena, dado que não conseguem exercer
suas profissões.

4. Suspensão da atividade minerária:

1) Suspensão imediata das atividades minerárias. Suspensão imediata das atividades minerárias da empresa
Zona da Mata Mineração (ZMM) em Teixeiras e Pedra do Anta para que não haja aumento do risco de contágio
por Coronavírus em toda a Microrregião de Viçosa.

2) Propor rotas alternativas para os caminhões de minério. Construção participativa com as comunidades
afetas das rotas de transporte de minério da empresa ZMM no município de Viçosa.

3) Emissão de Decreto Municipal de regulamentação das condições, locais e horários do trânsito de


veículos pesados em toda a extensão territorial do município. Determinar horário para a circulação das rotas
de transporte de minério da empresa ZMM no município de Viçosa.

5. Garantia de recursos para executar ações emergenciais e de recuperação da Pandemia:

1) Revogação da lei Kandir e criação de novos impostos à atividade minerária quando essa for retomada.
Unir esforços para que através da cobrança de Prefeitos e Vereadores possamos conseguir pressionar o governo
federal para revogar a Lei Kandir.

2) Taxação das grandes fortunas e fim das isenções fiscais. Unir esforços para que através da cobrança de
Prefeitos e Vereadores possamos conseguir pressionar o Congresso Nacional para aprovar o projeto de lei que
tramita na casa as grandes fortunas.

3) Os municípios devem aderir ao Convênio com a Receita Federal para cobrar o ITR. De acordo com a
Constituição Federal, 50% da arrecadação do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural – ITR cabe aos
municípios. Porém, aqueles municípios que optam pela fiscalização e cobrança do imposto podem ficar com a
totalidade do produto de sua arrecadação. A atribuição de fiscalizar, lançar e cobrar o ITR pode ser delegada
pela União ao Distrito Federal e aos municípios por meio de convênios, conforme estabelecido na Lei no 11.250,
de 27 de dezembro de 2005. A Secretaria da Receita Federal do Brasil - RFB é o órgão responsável por
estabelecer os requisitos e as condições necessárias à celebração desses convênios.

4) Criação do Fundo Municipal de Educação (FME). O Fundo Municipal de Educação deverá receber os
recursos advindos da exploração do estacionamento rotativo do município, bem como dos recursos destinados
ao município pela exploração petrolífera e mineral.

5) Incentivar a participação da Prefeitura no Projeto de Receitas Municipais do TCE e TJMJ para


aumento de arrecadação do Município. Pretende-se atuar no sentido de que a Prefeitura use a parceria entre o
Tribunal de Contas do Estado (TCE) e o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) para expandir a presença
do programa de apoio técnico e pedagógico que o Tribunal já oferece aos gestores municipais, promovendo

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ações de educação fiscal (como implantação de nota fiscal eletrônica) aos municípios, como forma de buscar
melhorar a arrecadação.

Assinam:

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