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Trabalho

De
História

Aluno: Luiz Fernando Da Silva Baçal


Turma: 2000
Professor: Léo
Disciplina: História
• Era de Ouro da América Portuguesa:
O ciclo do ouro é considerado o período em que a extração e
exportação do ouro figurava como principal atividade econômica
na fase colonial do país e teve seu inicio no final do século XVII,
época em que as exportações do açúcar nordestino decaiam pela
concorrência mundial do mercado consumidor.
Devemos notar que entre 1750 e 1770, Portugal arcava
dificuldades econômicas internas decorrentes de má
administração e desastres naturais, além do que sofria pressão
pela Inglaterra, a qual, ao se industrializar, buscava consolidar
seu mercado consumidor, bem como sua hegemonia mundial.
Assim, a descoberta de grandes quantidades de ouro no Brasil,
tornava-se um motivo de esperanças de enriquecimento e
estabilidade econômica para os portugueses.
Sem espanto, notamos que os primeiros exploradores a
procurarem ouro e metais valiosos no Brasil, tinham o escopo de
levá-los à metrópole, onde seriam desfrutados.
Entretanto, estas incursões pioneiras no litoral e interior do país
não ocasionaram muitos resultados, além do conhecido, que
fora a conquista do território.
As grandes jazidas de ouro foram descobertas em Minas Gerais,
Goiás e Mato Grosso, onde foram divididas em forma de lavras
(lotes auríferos para exploração, a exemplo das sesmarias
latifundiárias de monocultura).
Durante o auge deste ciclo, no século XVIII, foi gerado um grande
fluxo de pessoas e mercadorias nas regiões citadas,
desenvolvendo-as intelectual (chegada de ideias iluministas
trazidas pela elite recém intelectualizada) e economicamente
(produção alimentar para subsistência e pequenas manufatura)
Nesse período, estima-se que a população brasileira tenha
passado de 300 mil para cerca de 3 milhões de pessoas
Com o advento da exploração aurífera, esta atividade passou a
ser a mais lucrativa na colônia, o que acarretou a transferência
da capital colonial de Salvador para o Rio de Janeiro, de modo a
assegurar a fiscalização das regiões de mineração que se
acercavam.

Por fim, o ciclo do ouro perdurou até o ocaso do século XVIII,


quando se esgotaram as minas, aproximadamente em 1785, em
pleno desenrolar da Revolução Industrial.
Esse período representou o momento de maior abuso e
dominação do Brasil pelos países europeus, posto que a Coroa
portuguesa cobrava altos impostos sobre o minério extraído, os
quais eram taxados nas Casas de Fundição, onde as pedras eram
derretidas e transformadas em barras e receberiam um selo que
dariam legitimidade para ser negociado, pois haviam desvios e
sonegações que, quando descobertos, eram penalizados
duramente.
Os principais mecanismos de controle foram:
Quinto – 20% de toda a produção do ouro caberiam ao rei de
Portugal;
Derrama – uma quota de aproximadamente 1.500 kg de ouro
por ano que deveria ser atingida como meta pela colônia, caso
contrário, penhoravam-se os bens dos senhores de lavras;
Capitação – imposto pago pelo senhor de lavras por cada escravo
que trabalhava em seus lotes.
Percebemos que os altos impostos, as taxas, as punições e os
abusos de poder político exercido pelos portugueses sobre o
povo que vivia na região e no Brasil como um todo, gerava
conflitos que culminariam em várias revoltas e,
concomitantemente em que essa economia trouxera um
crescimento demográfico ao país e desenvolvera uma economia
baseada na atividade pecuária em diversas regiões isoladas do
território brasileiro.
Essa economia também derivou em pobreza e desigualdade, pois
ao final deste ciclo, a população ficara à margem da sociedade,
tendo de se sujeitar a agricultura de subsistência para
sobreviver.
Após este período, o Brasil permanecia como simples exportador
de produtos primários, estancado neste ciclo vicioso e sem
conseguir envergadura técnica capaz de promover o seu
desenvolvimento econômico.

• Inconfidência Mineira:
A Inconfidência Mineira, ou Conjuração Mineira, foi uma
tentativa de revolta abortada pelo governo em 1789, em pleno
ciclo do ouro, na então capitania de Minas Gerais, no Brasil,
contra, entre outros motivos, a execução da derrama e o
domínio português.
Foi um dos mais importantes movimentos sociais da História do
Brasil. Significou a luta do povo brasileiro pela liberdade, contra a
opressão do governo português no período colonial.
No final do século XVIII, o Brasil ainda era colônia de Portugal e
sofria com os abusos políticos e com a cobrança de altas taxas e
impostos. Além disso, a metrópole havia decretado uma série de
leis que prejudicavam o desenvolvimento industrial e comercial
do Brasil. No ano de 1785, por exemplo, Portugal decretou uma
lei que proibia o funcionamento de indústrias fabris em território
brasileiro.
Neste  período, era grande a extração de ouro, principalmente
na região de Minas Gerais. Os brasileiros que encontravam ouro
deviam pagar o quinto, ou seja, vinte por cento de todo ouro
encontrado acabava nos cofres portugueses. Aqueles que eram
pegos com ouro “ilegal” (sem  ter pagado o imposto”) sofria
duras penas, podendo até ser degredado (enviado a força para o
território africano).
Com a grande exploração, o ouro começou a diminuir nas minas.
Mesmo assim as autoridades portuguesas não diminuíam as
cobranças. Nesta época, Portugal criou a Derrama. Esta
funcionava da seguinte forma: cada região de exploração de
ouro deveria pagar 100 arrobas de ouro (1500 quilos) por ano
para a metrópole. Quando a região não conseguia cumprir estas
exigências, soldados da coroa entravam nas casas das famílias
para retirarem os pertences até completar o valor devido.
Todas estas atitudes foram provocando uma insatisfação muito
grande no povo e, principalmente, nos fazendeiros rurais e
donos de minas que queriam pagar menos impostos e ter mais
participação na vida política do país. Alguns membros da elite
brasileira (intelectuais, fazendeiros, militares e donos de minas),
influenciados pela ideias de liberdade que vinham do iluminismo
europeu, começaram a se reunir para buscar uma solução
definitiva para o problema: a conquista da independência do
Brasil.

O grupo, liderado pelo alferes Joaquim José da Silva Xavier,


conhecido por Tiradentes, era formado pelos poetas Tomas
Antônio Gonzaga e Cláudio Manuel da Costa, o dono de mina
Inácio de Alvarenga, o padre Rolim, entre outros representantes
da elite mineira. A ideia do grupo era conquistar a liberdade
definitiva e implantar o sistema de governo republicano em
nosso país. Sobre a questão da escravidão, o grupo não possuía
uma posição definida. Estes inconfidentes chegaram a definir até
mesmo uma nova bandeira para o Brasil. Ela seria composta por
um triangulo vermelho num fundo branco, com a inscrição em
latim: Libertas Quae Sera Tamen (Liberdade ainda que Tardia).
A Inconfidência Mineira transformou-se em símbolo máximo de
resistência para os mineiros, a exemplo da Guerra dos Farrapos
para os gaúchos, e da Revolução Constitucionalista de 1932 para
os paulistas. A Bandeira idealizada pelos inconfidentes foi
adotada pelo estado de Minas Gerais.
• Mão de Obra da Era de Ouro:
A escravização africana no Brasil passou a sofrer incentivos da
Coroa após 1570 e, assim, segundo o historiador Thomas E.
Skidmore, a partir de 1580, chegavam ao nordeste brasileiro pelo
menos dois mil escravos africanos por ano2. Os escravos eram
trazidos ao Brasil em embarcações conhecidas como navios
negreiros em condições extremamente precárias. Era comum
que metade dos cativos trazidos morresse durante a viagem em
razão dessas más condições.
Esses escravos originavam-se de diversas regiões da África, mas
os historiadores sugerem que, em grande parte, eles pertenciam
ao grupo étnico dos sudaneses e dos bantos. A respeito disso, o
historiador Boris Fausto afirma que:
No século XVI, a Guiné (Bissau e Cacheu) e a Costa do Marfim, ou
seja, quatro portos ao longo do litoral do Daomé, forneceram o
maior número de escravos. Do século XVII em diante, as regiões
mais ao sul da costa africana – Congo e Angola – tornaram-se os
centros exportadores mais importantes, a partir dos portos de
Luanda, Benguela e Cabinda. Os angolanos foram trazidos em
maior número no século XVIII, correspondendo, ao que parece, a
70% da massa de escravos trazidos para o Brasil naquele século3.
Os historiadores estimam que, ao longo da história da escravidão
africana no Brasil colonial, foram trazidos cerca de quatro
milhões de africanos. Os escravos eram utilizados nos mais
diversos tipos de trabalho, com maior destaque para a sua
utilização nos engenhos produtores de açúcar e nos centros de
mineração a partir do século XVIII.
O regime de escravidão no Brasil impunha ao africano (e ao
indígena também) um regime de trabalho exaustivo e desumano.
Além disso, os escravos eram mantidos em condições precárias,
muitas vezes mal alimentados e vítimas dos mais variados tipos
de violência. Isso motivou focos de resistência entre os
escravos por meio de sabotagem e, principalmente, fuga.
A escravização dos africanos moldou profundamente a sociedade
brasileira. Culturalmente, a presença africana influenciou a
cultura brasileira em diversos aspectos: música, culinária, idioma
etc. Além disso, impôs um forte preconceito racial, que
reverbera ainda no século XXI e que necessita de medidas para
atenuar os contrastes sociais existentes.

• Bibliografia Geral:
https://www.google.com/amp/s/m.historiadomund
o.com.br/amp/idade-moderna/escravidao-no-
brasil-colonial.htm
https://www.sohistoria.com.br/ef2/inconfidencia/
https://www.google.com/amp/s/www.todamateria
.com.br/ciclo-do-ouro/amp/

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