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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA

CAIO GIRARDI NUNES

ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICA DE IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA


DE GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA ATRAVÉS DE PAINÉIS
FOTOVOLTAICOS EM UMA EDIFICAÇÃO RESIDENCIAL

TUBARÃO
2020
CAIO GIRARDI NUNES

ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICA DE IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA


DE GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA ATRAVÉS DE PAINÉIS
FOTOVOLTAICOS EM UMA EDIFICAÇÃO RESIDENCIAL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


ao Curso de Engenharia Civil da Universidade
do Sul de Santa Catarina como requisito
parcial à obtenção do título de Engenheiro
Civil.

Orientador: Prof.º Gil Félix Madalena.

TUBARÃO
2020
CAIO GIRARDI NUNES

ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICA DE IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA


DE GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA ATRAVÉS DE PAINÉIS
FOTOVOLTAICOS EM UMA EDIFICAÇÃO RESIDENCIAL

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi


julgado adequado à obtenção do título de
Engenheiro Civil e aprovado em sua forma
final pelo Curso de Engenharia Civil da
Universidade do Sul de Santa Catarina.

Tubarão, 07 de agosto de 2020.

______________________________________________________
Professor e orientador Gil Félix Madalena, Esp.
Universidade do Sul de Santa Catarina

______________________________________________________
Prof. Lucimara Aparecida Schambeck Andrade
Universidade do Sul de Santa Catarina

______________________________________________________
Rangel Pereira dos Santos
Universidade do Sul de Santa Catarina
Dedico essa monografia primeiramente à Deus
por ter me dado forças e saúde para concluir
esta etapa da minha vida, aos meus pais, meu
irmão e minha namorada, que sempre me
motivaram nessa caminhada, minha eterna
gratidão.
AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, por toda oportunidade e sucesso concebido a


mim. Entre as batalhas e glórias está a conclusão desta graduação.
Aos meus pais, Antonio Nunes e Valdete de Fátima Girardi Nunes, por todo
apoio, incentivo e todas as facilidades que deram para mim neste tempo e em toda minha
vida.
Ao meu irmão mais velho, Cassio Girardi Nunes, já graduado em Administração,
por todo exemplo que me deu e todo apoio para concluir esta fase.
A minha namorada, Marielen Benedet Luciano, já graduada em Engenharia Civil,
também na Unisul, onde fez várias disciplinas comigo. Sempre ajudando um ao outro e por
esses e muitos motivos sempre me ajudou muito e nunca mediu esforços para ver meu sucesso
e minha felicidade.
Ao professor Rangel Pereira que me orientou no início da construção dessa
monografia.
Ao meu orientador Gil Félix Madalena que deu continuidade e foi muito
importante para conclusão desta monografia.
A coordenadora do curso de Engenharia Civil da Unisul, Professora Lucimara
Aparecida Schambeck Andrade, que foi de extrema importância para meu sucesso na
graduação, se tornando, além disso, uma amiga significantemente em minha vida.
Aos meus animais de estimação, Cristal (filha) e Windy (irmã), que sempre me
acompanharam e me deram alegria.
A todos os familiares, amigos e colegas que contribuíram em minha vida
acadêmica e fizeram parte desta monografia.
“A persistência é o caminho do êxito.” (Charles Chaplin).
RESUMO

Devido ao constante crescimento da população e a necessidade de estudos na área de


eficiência energética e qualidade de energia, os meios sustentáveis se tornaram alternativas
propostas para geração de energia, entre elas a energia solar fotovoltaica. O trabalho em
questão tem por finalidade analisar a viabilidade econômica do desenvolvimento de painéis
fotovoltaicos conectados à rede elétrica em uma edificação residencial. Por meio de análises
financeiras como Payback, TIR e VPL, é possível adquirir resultados necessários para a
identificação da viabilidade econômica da instalação desse sistema. Através dos estudos e
análises comparativas, os resultados obtidos foram claros e positivos sobre a geração de
energia solar fotovoltaica, com um tempo de retorno favorável em relação ao investimento, já
que o elemento principal para sua geração é o sol, uma fonte inesgotável da natureza.

Palavras-chave: Energia Solar Fotovoltaica. Payback. TIR. VPL. Viabilidade.


ABSTRACT

Due to the constant growth of the population and the need for studies in the area of energy
efficiency and energy quality, sustainable means have become proposed alternatives for
energy generation, including photovoltaic solar energy. The document has the purpose to
analyze the economic viability of developing photovoltaic panels connected to the electrical
network in a residential building. Through financial analyzes such as Payback, TIR and NPV,
it is possible to acquire the results necessary to identify the economic viability of installing
this system. Through comparative studies and analyzes, the results obtained were clear and
positive about the generation of photovoltaic solar energy, with a favorable return time in
relation to the investment, since the main element for its generation is the sun, an
inexhaustible source of nature.

Keywords: Photovoltaic solar energy. Payback. TIR. VLP. Viability.


LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Corte transversal de uma célula fotovoltaica ........................................................... 21


Figura 2 - Componentes de uma célula fotovoltaica ................................................................ 22
Figura 3 - Célula de Silício Monocristalino ............................................................................. 23
Figura 4 - Célula de Silício Policristalino ................................................................................ 23
Figura 5 - Célula de Silício Amorfo ......................................................................................... 24
Figura 6 - Representação de um sistema fotovoltaico conectado à rede elétrica ..................... 26
Figura 7- Representação de um sistema fotovoltaico isolado ou autônomo ............................ 27
Figura 8 - Módulo fotovoltaico ................................................................................................ 28
Figura 9 - Localização geográfica da residência em estudo ..................................................... 34
Figura 10 - Fachada Frontal ..................................................................................................... 35
LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - Estimativa de geração de energia Empresa A em kWh ......................................... 37


Gráfico 2 - Estimativa de geração de energia Empresa B, em kWh ........................................ 38
Gráfico 3 - Fluxo de caixa Empresa A ..................................................................................... 41
Gráfico 4 - Fluxo de caixa Empresa B ..................................................................................... 43
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Levantamento do gasto energético .......................................................................... 35


Tabela 2 - Payback simples e descontado (Empresa A) ........................................................... 40
Tabela 3 - Payback simples e descontado (Empresas B).......................................................... 42
Tabela 4 - Comparação entre as empresas A e B ..................................................................... 45
Tabela 5 - Comparação entre sistema convencional e sistema fotovoltaico ............................ 46
LISTA DE ABREVEATURAS E SIGLAS

ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica


ART – Anotação de Responsabilidades Técnica
CA – Corrente Alternada
CC – Corrente Contínua
CELESC – Centrais Elétricas de Santa Catarina
CREA – Conselho Regional de Engenharia e Agronomia
CRESESB – Centro de Referências para as Energias Solar e Eólica Sergio de S. Brito
FC – Fluxo de Caixa
ICMS – Impostos sobre Circulação de Mercadorias e Serviços
NBR – Norma Brasileira
PIS – Programa de Integração Social
SC – Santa Catarina
TIR – Taxa Interna de Retorno
TMA – Taxa Mínima de Atratividade
UNISUL – Universidade do Sul de Santa Catarina
VPL – Valor Presente Líquido
LISTA DE SÍMBOLOS

% – Porcentagem
kW – Kilo Watt
kWh – Kilo Watt hora
m² – Metro quadrado
mm – Milímetro
R$ – Reais
V – Volt
W – Watt
LISTA DE EQUAÇÕES

Equação 1 – Valor Presente Líquido ........................................................................................ 31


Equação 2 – Taxa Interna de Retorno ...................................................................................... 31
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO................................................................................................................. 16
1.1 JUSTIFICATIVA ............................................................................................................ 16
1.2 OBJETIVO ...................................................................................................................... 17
1.2.1 Objetivo geral .............................................................................................................. 18
1.2.2 Objetivos específicos ................................................................................................... 18
2 REVISÃO DE LITERATURA ........................................................................................ 19
2.1 ENERGIA SUSTENTÁVEL ........................................................................................... 19
2.2 ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA .......................................................................... 19
2.3 EFEITO FOTOVOLTAICO ............................................................................................ 20
2.4 CÉLULAS FOTOVOLTAICAS ..................................................................................... 21
2.4.1 Silício Monocristalino ................................................................................................. 22
2.4.2 Silício Policristalino ..................................................................................................... 23
2.4.3 Silício Amorfo .............................................................................................................. 24
2.5 SISTEMAS FOTOVOLTAICOS .................................................................................... 25
2.5.1 Sistemas fotovoltaicos conectados à rede elétrica..................................................... 25
2.5.2 Sistemas Isolados ou Autônomos ............................................................................... 26
2.5.3 Outros componentes .................................................................................................... 27
2.5.3.1 Módulos fotovoltaicos ................................................................................................ 27
2.5.3.2 Baterias ....................................................................................................................... 28
2.5.3.3 Inversores ................................................................................................................... 28
2.5.3.4 Reguladores de carga .................................................................................................. 29
2.5.4 Resolução 482/2012 (ANEEL) .................................................................................... 29
2.5.4.1 Regulação dos micros e mini geradores de energia de energia elétrica no Brasil ...... 29
2.6 VIABILIDADE ECONÔMICA ...................................................................................... 30
2.6.1 Payback ........................................................................................................................ 30
2.6.2 Valor Presente Líquido (VPL) ................................................................................... 31
2.6.3 Taxa Interna de Retorno (TIR).................................................................................. 31
3 METODOLOGIA ............................................................................................................. 33
3.1 MÉTODOS DA PESQUISA ........................................................................................... 33
4 ESTUDO DE CASO ......................................................................................................... 34
4.1 APRESENTAÇÃO DO EMPREENDIMENTO ............................................................. 34
4.2 DADOS DO LOCAL EM ESTUDO ............................................................................... 34
4.3 GASTO DO CONSUMIDOR COM ENERGIA ELÉTRICA......................................... 35
4.4 CARACTERÍSTICAS DO SISTEMA FOTOVOLTAICO PROPOSTO ....................... 36
4.4.1 Empresa A .................................................................................................................... 36
4.4.2 Empresa B .................................................................................................................... 37
5 RESULTADOS E ANÁLISES......................................................................................... 39
5.1 SISTEMA FOTOVOLTAICO PROPOSTO ................................................................... 39
5.2 VIABILIDADE ECONÔMICA ...................................................................................... 39
5.2.1 Payback simples e descontado .................................................................................... 39
5.2.1.1 Payback simples e descontado – Empresa A .............................................................. 40
5.2.1.2 Payback simples e descontado – Empresa B .............................................................. 42
5.2.2 Valor Presente Líquido- VPL..................................................................................... 44
5.2.2.1 Valor presente líquido empresa A .............................................................................. 44
5.2.2.2 Valor presente líquido empresa B .............................................................................. 45
5.2.3 Taxa Interna de Retorno (TIR) – Empresa A e B .................................................... 45
5.2.4 Comparação entre as empresas A e B ....................................................................... 45
5.2.5 Comparação de custo entre o sistema fotovoltaico e o sistema convencional ........ 46
6 RESULTADOS ESPERADOS ........................................................................................ 47
7 CONCLUSÃO ................................................................................................................... 48
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 49
16

1 INTRODUÇÃO

Nos últimos anos, o ramo da construção civil vem buscando novos meios para a
diminuição dos impactos ambientais, visto que é um dos setores da economia que mais geram
resíduos, devido ao grande uso de recursos naturais. Hoje em dia, sustentabilidade é uma
alternativa necessária para minimizar a degradação ambiental, principalmente na área da
construção, onde já é possível encontrar diversas tecnologias e materiais disponíveis no
mercado para construções ecológicas, que utilizem técnicas construtivas diferente das
convencionais, respeitando, assim, os princípios da sustentabilidade.
Com o aumento considerável da população, faz-se necessário uma demanda maior
de geração de energia elétrica, tornando viável o investimento no desenvolvimento de
energias renováveis para reduzir os impactos ambientais, causados pelo alto consumo de
combustíveis fósseis utilizados como matéria-prima na produção de eletricidade.
Portanto, a energia solar fotovoltaica é uma opção acessível, pois é uma geração
de energia simples, sustentável e totalmente limpa, tendo como matéria-prima inesgotável a
luz do sol. Essa energia é produzida através da conversão da energia solar em eletricidade por
células fotovoltaicas.

A utilização da energia solar possui várias vantagens, como a economia na conta de


energia, a diminuição da demanda pela energia do sistema nacional, adiando assim,
a construção de novas barragens e usinas termelétricas e nucleares que geram
diversos impactos ambientais e por ser uma fonte de energia renovável e limpa, sem
produzir resíduos poluentes. (NASCIMENTO, 2004, p. 9).

Dessa forma a geração de energia elétrica através do efeito Fotovoltaico, será o


foco neste trabalho. Será realizada a verificação da viabilidade do estudo de caso de uma
residência, tendo como uma das justificativas sobre o estudo destes painéis fotovoltaicos. O
presente trabalho avalia o custo de implantação e o tempo de retorno do investimento que
estes painéis proporcionam.

1.1 JUSTIFICATIVA

Com o crescimento constante da população, o setor energético no Brasil vem


apresentando diversas transformações nos métodos utilizados para a geração de energia
elétrica. Visando diminuir os impactos ambientais causados e tendo como principal objetivo a
obtenção de energia elétrica de forma sustentável, algumas das fontes geradoras podem ser
17

encontradas com abundância na natureza, como a luz Sol, que é considerada uma fonte de
energia renovável.
A energia solar é a fonte de geração mais promissora para o futuro da
humanidade, além de ser limpa e sustentável. Estudos revelam que é possível economizar uma
quantia considerável em sua conta mensal de energia elétrica, além de se ter geração de
energia limpa, é a fonte renovável mais antiga disponível na Terra e totalmente natural. Na
atualidade, a utilização de energia solar é praticamente inesgotável e não gera poluição
térmica e química. Existem vários métodos capazes de aproveitar a energia solar e
transformá-la em energia elétrica, um deles é através de painéis fotovoltaicos.
O Brasil é considerado um país com grande capacidade geradora de energia solar.

Pode-se observar como o potencial disponível no Brasil é maior quando comparado


com países da Europa, onde a conversão fotovoltaica já é utilizada largamente. Além
do tamanho do país, observa-se que em todo o território brasileiro há disponibilidade
de irradiação solar equivalente ou melhor que nos países do sul da Europa e
superando países como, por exemplo. Alemanha, país com capacidade instalada
significativa de sistemas de geração fotovoltaica (MANUAL DE SISTEMAS
FOTOVOLTAICOS, 2014).

Já é possível ver incentivos para esse tipo de geração de energia, onde o


consumidor investe para se tornar um gerador, diminuindo drasticamente a sua conta de
energia.
Sendo assim, este trabalho visa analisar a viabilidade da implantação da geração
de energia fotovoltaica em uma residência, contribuindo para a sustentabilidade e causando
menor impacto ambiental no mundo.
Desta forma, definiu-se como problema central desta pesquisa: É
economicamente viável a implantação de sistema fotovoltaico em conjunto ao sistema
convencional de geração de energia elétrica em uma residência? Em estudo de caso
realizado no ano de 2020.

1.2 OBJETIVO

A seguir serão apresentados os objetivos gerais e específicos que foram adotados


para a realização deste trabalho.
18

1.2.1 Objetivo geral

O objetivo principal deste estudo é avaliar a viabilidade econômica da


implantação de um sistema de geração de energia elétrica por meio de painéis fotovoltaicos
em uma residência.

1.2.2 Objetivos específicos

a) Relatar o conceito de energia sustentável e seus benefícios;


b) Descrever o funcionamento do sistema fotovoltaico;
c) Analisar, matematicamente, os dados do consumo anual de energia elétrica de
uma residência, comparando com o sistema em estudo;
d) Comparar o método convencional de geração de energia com o método de
geração de energia solar fotovoltaica;
e) Apresentar viabilidade econômica do sistema de geração de energia solar
fotovoltaica e identificar o tempo de retorno de tal investimento através do
método de cálculo payback, valor presente líquido (VPL) e taxa interna de retorno
(TIR).
19

2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 ENERGIA SUSTENTÁVEL

A revolução industrial trouxe mudanças significativas no processo de produção no


Brasil. Dentre todas, as principais foram o aumento da população e taxa de urbanização,
trazendo como maior consequência o aumento da demanda de energia elétrica
(NASCIMENTO, 2004).
Nos últimos anos, buscou-se atender essa demanda no aumento da energia elétrica
com a geração de energia de maneira eficiente e sustentável, satisfazendo não só a população,
mas também o meio ambiente. Causando assim, menor impacto ambiental que ocorre no
método de geração de energia utilizada na queima de combustíveis (NASCIMENTO, 2017).
Diversas empresas e habitações aderiram esta ideia de utilizar a geração de
energia sustentável, onde mostram os dados recentes de que o nosso país ocupa um lugar de
destaque na geração desta energia limpa, com cerca de 80% de sua matriz elétrica sendo
composta por energia renovável (EPE, 2012). Dessa forma, mostra-se que o país está em
constante evolução, buscando cada vez mais fontes de energia que agridam menos o meio
ambiente.
Ainda segundo o estudo de Nascimento, o Brasil possui imensa capacidade de
geração de energia fotovoltaica, possuindo níveis de irradiação maiores que países como
Alemanha, França e Espanha, onde esta fonte energética é popularmente conhecida
(NASCIMENTO, 2017).

2.2 ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA

A energia fotovoltaica é resultado da conversão de radiação solar em energia


elétrica. É obtida, segundo Braga (2008, p.2), “através da conversão da radiação solar em
eletricidade por intermédio de materiais semicondutores, esse fenômeno é conhecido como
efeito fotovoltaico”.
Completando esta informação, Galdino e Pinho (2014, p.50) afirmam que “A
energia solar fotovoltaica é a energia obtida através da conversão direta da luz em eletricidade
(Efeito Fotovoltaico), sendo a célula fotovoltaica um dispositivo fabricado com material
semicondutor, a unidade fundamental desse processo de conversão”.
20

Esse efeito foi relatado pela primeira vez por Edmond Becquerel em 1839, onde o
mesmo observou a diferença de potencial nas extremidades de um material semicondutor
quando exposto à luz. Ou seja, no momento da interação da radiação solar com o material,
ocorre a liberação e movimentação de elétrons por este material, gerando assim a diferença de
potencial (NASCIMENTO, 2004).
Segundo Pinho e Galbino (2014 p. 54), afirmam que “em 1876 foi concebido o
primeiro aparato fotovoltaico advindo dos estudos da física do estado sólido e, apenas em
1956, iniciou-se a produção industrial, seguindo o crescimento da área de eletrônica”.
Inicialmente, o desenvolvimento da tecnologia fotovoltaica aconteceu por
empresas do setor de telecomunicações, pois havia a necessidade de fontes de energia que
oferecessem quantidade de energia necessária para a permanência no espaço por longos
períodos de tempo, que possuíssem menor custo e peso (CRESESB, 2004).
Com a crise mundial de energia, que ocorreu entre os anos de 1973/1974, renovou
e ampliou o interesse pelas novas fontes de geração de energia, fazendo com que não se
restringisse somente aos programas espaciais, mas também na utilização das células
fotovoltaicas no meio terrestre para suprir o funcionamento de energia (CRESESB, 2004).
No Brasil, segundo a Abinne (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e
Eletrônica), em seu relatório publicado no ano de 2012 (Abinne, 2012), o ritmo de
crescimento da demanda é lento, devido a vários fatores, como por exemplo, o custo de
geração do sistema fotovoltaico que ainda não é competitivo, o investimento para instalações
residenciais é elevado e, finalmente, os consumidores têm pouco conhecimento sobre a fonte
fotovoltaica para a geração de energia elétrica.

2.3 EFEITO FOTOVOLTAICO

O sistema solar fotovoltaico deriva de vários componentes elétricos para seu


funcionamento. As células fotovoltaicas são produzidas com material semicondutor, ou seja,
material com valor condutividade entre isolantes e condutores (RÜTHER, 2004).

O semicondutor mais usado é o silício. Seus átomos se caracterizam por possuírem


quatro elétrons que se ligam aos vizinhos, formando uma rede cristalina. Ao
adicionarem-se átomos com cinco elétrons de ligação, como o fósforo, por exemplo,
haverá um elétron em excesso que não poderá ser emparelhado e que ficará
“sobrando”, fracamente ligado a seu átomo de origem. Isto faz com que, com pouca
energia térmica, este elétron se livre, indo para a banda de condução. (CRESESB,
2008).
21

Figura 1 - Corte transversal de uma célula fotovoltaica

Fonte: TUTORIAL DE ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA, CRESESB (2012).

Sendo o silício o semicondutor mais comum em sistemas fotovoltaicos, o mesmo


possui pouca energia térmica, assim seu elétron que sobra na última camada de valência se
desliga facilmente de seu átomo de origem, sendo visto na figura acima.

2.4 CÉLULAS FOTOVOLTAICAS

As células fotovoltaicas são responsáveis por absorver a energia vinda do sol e


transformá-la em energia elétrica, utilizando-se uma fina camada de óxido de silíco,
transparentes e com alta condutividade elétrica.

As primeiras células produzidas possuíam baixo rendimento, em torno de 2%, e


custavam em média US$ 600/W. Porém, atualmente já se podem encontrar células
com rendimento acima de 10%, podendo atingir 18% dependendo do material
utilizado e com custo médio de US$ 6,00/W, tendendo a diminuir cada vez mais.
(BRAGA, 2008, p. 20).

Para completar, de acordo com CRESESB, uma célula fotovoltaica, que é


considerado um dispositivo elétrico através do calor da radiação solar, desprende facilmente
os elétrons da última camada de valência do silício, convertendo em energia elétrica através
do efeito fotovoltaico (CRESESB, 2008).
22

Figura 2 - Componentes de uma célula fotovoltaica

Fonte: Pinho e Galdino (2014).

Conforme visto acima, o silício (Si) é o principal material na fabricação de células


fotovoltaicas e se constitui como o segundo elemento químico mais abundante na terra. Tem
sido explorado em diversas formas, como Monocristalino, Policristalino, Amorfo, dentre
outras, e são classificadas de acordo com seu material e suas características.

2.4.1 Silício Monocristalino

O silício Monocristalino (m-si) é obtido através um processo onde o monocristal é


fundido em um banho de silício a mais de 1420°C. A célula de silício Monocristalino é a mais
utilizada comercialmente, pois sua tecnologia representa alta confiabilidade e apresenta uma
das maiores eficiências do mercado, na faixa de 15% com conversão direta de radiação solar
em energia elétrica (RÜTHER, 2004).

A utilização da energia solar possui várias vantagens, como a economia na conta de


energia, a diminuição da demanda pela energia do sistema nacional, adiando assim,
a construção de novas barragens e usinas termelétricas e nucleares que geram
diversos impactos ambientais e por ser uma fonte de energia renovável e limpa, sem
produzir resíduos poluentes. (NASCIMENTO, 2004, p. 9).

No entanto, esse tipo de célula tem seu custo alto em comparação as células de
silício policristalino, devido maior complexidade de fabricação, pois são obtidas a partir de
barras de silício produzidas por fornos especiais para atingir a pureza necessária (RÜTHER,
2004).
23

Figura 3 - Célula de Silício Monocristalino

Fonte: CRESESB. Centro de referência para as energias Solar e Eólica, 2008.

O silício monocristalino, conforme figura 3, apresenta uma eficiência de 15% a


18% em sua produção energética.

2.4.2 Silício Policristalino

As células de silício Policristalino são células com processo de fabricação menos


rigorosas, originam-se de expansão muito lenta de silício altamente puro, após um banho de
reatores em condições controladas, assim sendo mais barata e possuindo um rendimento
menor quando comparado com a mesma.

As células policristalinas têm um custo de produção inferior por necessitarem de


menor energia na sua fabricação, mas apresentam um rendimento elétrico inferior
(entre 11% e 13%, obtendo-se até 18% em laboratório). Esta redução de rendimento
é causada pela imperfeição do cristal, devido ao sistema de fabricação. (FERREIRA,
2010, p. 6).

Figura 4 - Célula de Silício Policristalino

Fonte: CRESESB. Centro de referência para as energias Solar e Eólica, 2008.


24

O material das células policristalinas é basicamente o mesmo das células


monocristalinas. Porém, este possui grande granulação, onde concentra em sua volta seus
defeitos que o torna menos eficiente, chegando ao máximo 12,5%. Se ganha no baixo custo de
fabricação e implantação e, atualmente, é a mais difundida no mercado (RÜTHER, 2004).

2.4.3 Silício Amorfo

As células de silício amorfo são as que possuem uma menor eficiência energética
em comparação as células de silício monocristalino e policristalino. Porém, são as de mais
baixo custo de fabricação, produzidas a partir de camadas finas de silício sobre vidro ou
outros substratos. Difere-se das demais estruturas cristalinas por apresentar alto grau de
desordem na estrutura dos átomos (CRESESB, 2006).

O uso de silício amorfo apresenta duas desvantagens: a primeira é a baixa eficiência


de conversão comparada às células mono e policristalinas de silício; em segundo, as
células são afetadas por um processo de degradação logo nos primeiros meses de
operação, reduzindo assim a eficiência ao longo da vida útil (CRESESB, 2006).

Figura 5 - Célula de Silício Amorfo

Fonte: (RÜTHER, 2004).

A utilização de silício amorfo para uso em fotocélulas, tem mostrado grandes


vantagens nas propriedades elétricas por apresentar uma absorção da radiação solar na faixa
do visível. É uma boa opção para ser instalada, pois não necessita de ângulo direcionado ao
sol para gerar eletricidade, apenas a luz difusa é suficiente, dando maiores oportunidades de
instalação em locais específicos onde painéis mono/poli cristalinos não seriam úteis
(RÜTHER, 2004).
25

2.5 SISTEMAS FOTOVOLTAICOS

Um sistema fotovoltaico é formado por um ou mais módulos fotovoltaicos,


acompanhado de equipamentos auxiliares, como baterias, acessórios de segurança, inversores
dentre outros componentes, para produzir energia elétrica utilizada para atender as
necessidades, avaliando, assim, os benefícios econômicos.
Uma célula fotovoltaica possui baixa tensão e corrente de saída, tendo que agrupar
várias células para formar um módulo fotovoltaico, que também podem ser chamados de
painéis fotovoltaicos, gerando tensões e correntes de saídas adequadas (LINHARES, 2016).
O sistema solar fotovoltaico conta com dois grandes grupos, os conectados à rede
(on grid), normalmente encontrados em residências ou usinas fotovoltaicas, e os autônomos
(off grid), que são utilizados em casos de bombeamento de água, antenas de comunicação e
eletrificação de locais com difícil acesso.
Temos um terceiro tipo, que são os sistemas híbridos, onde o sistema usa duas ou
mais fontes de energia, como exemplo o sistema solar/eólico/diesel, utilizando uma fonte de
reserva, obtendo uma variedade para suprir as necessidades.

2.5.1 Sistemas fotovoltaicos conectados à rede elétrica

Os sistemas fotovoltaicos conectados à rede elétrica operam em paralelo com a


rede de elétrica da distribuidora de energia, ou seja, a energia fotovoltaica é usada como fonte
complementar à energia elétrica.
Esse fato surgiu após a Resolução Normativa Nº 482, de 17 de abril de 2012, que
possibilitou sistemas fotovoltaicos serem conectados à rede de distribuição, de forma que
possa ser consumida ou inserida a rede elétrica todo o excedente de energia produzida pelo
sistema, diferente dos sistemas autônomos. Os sistemas conectados são empregados em locais
já atendidos por energia elétrica, não sendo necessária a utilização de baterias (CRESESB,
2014).

[...] a energia consumida e a energia injetada na rede distribuição são registradas


separadamente pelo medidor bidirecional (ou por dois medidores que medem a
energia em cada sentido). A cada instante apenas o registro em um dos sentidos será
realizado, dependendo da diferença instantânea entre a demanda e a potência gerada
pelo sistema fotovoltaico. (PINHO; GALDINO, 2004, p. 290).
26

Figura 6 - Representação de um sistema fotovoltaico conectado à rede elétrica

Fonte: http://www.energiadosol.net/v2 (Acesso em 19 de outubro de 2019).

Os sistemas conectados à rede (figura 6) são constituídos de módulos


fotovoltaicos e de inversores. Leva-se em consideração que este tipo de sistema não tem a
necessidade de possuir em seus componentes baterias, pois toda a energia produzida será
aproveitada no momento ou entregue a rede elétrica.

2.5.2 Sistemas Isolados ou Autônomos

Os sistemas isolados ou autônomos, como o nome já diz, são sistemas totalmente


independentes e não são ligados à rede elétrica convencional. Não possuem, também,
nenhuma ligação com outras fontes de energia e podem possuir, ou não, o sistema de
armazenamento.
Esse sistema é mais utilizado em áreas rurais, onde não se tem acesso à energia
elétrica, ou pode ser encontrado também em grandes empresas e indústrias, já que toda a
energia produzida pelo sistema deve atender as necessidades, tendo em vista que não há
possibilidade de conexão com a rede elétrica (ABELLA, 2005).

Existem sistemas autônomos utilizados para bombeamento de água, sendo a água


armazenada no reservatório para utilização no instante do consumo. Os sistemas
autônomos com armazenamento são utilizados onde se necessita alimentar cargas à
noite ou em períodos nublados. Os sistemas compreendem a maioria das aplicações
de sistemas fotovoltaicos em regiões remotas ao redor do mundo sendo a
eletrificação rural a mais difundida. (BIGGI, 2013 p. 29).

Os sistemas isolados ou autônomos são basicamente constituídos por:


a) Módulos fotovoltaicos: que convertem a energia solar em energia elétrica;
b) inversores: equipamento que converte corrente contínua em corrente alternada;
27

c) baterias: equipamento de acumulação de energia elétrica excedente da produção


pelo módulo fotovoltaico;
d) reguladores de carga: equipamento que regula a carga da bateria com a energia
proporcionada pelo módulo fotovoltaico.

Figura 7- Representação de um sistema fotovoltaico isolado ou autônomo

Fonte: MANUAL DE ENGENHARIA PARA SISTEMAS FOTOVOLTAICOS, 2014, p. 256.

Em geral, são bem parecidos com os conectados à rede, apresentando alguns


componentes a mais, como se pode observar na figura acima.

2.5.3 Outros componentes

Além dos módulos fotovoltaicos, existem ainda outros componentes que


compõem o sistema fotovoltaico para ter seu bom funcionamento, que são nomeados como
módulos fotovoltaicos, baterias, inversores e reguladores de carga.

2.5.3.1 Módulos fotovoltaicos

Módulos fotovoltaicos são basicamente dispositivos empregados para conversão


de energia solar em energia elétrica, a partir da captação da luz do Sol.

O módulo fotovoltaico nada mais é que o conjunto de células fotovoltaicas e que


formam uma ou mais placas fotovoltaicas. Nele consiste uma estrutura montada em
quadro, encapsulada geralmente de alumínio e é interligado eletricamente entre si
podendo ser em série ou em paralelo. (CRESESB 2014).

Modelo de módulo fotovoltaico mostrado na (Figura 9) abaixo, fabricado pela


empresa Kyosra.
28

Figura 8 - Módulo fotovoltaico

Fonte: CRESESB. Manual de Engenharia para Sistemas Fotovoltaicos, 2014.

Existem três configurações de ligação que se podem organizar os módulos, a fim


de aumentar a potência, podem ser em série, em paralelo ou misto (CRESESB, 2006).

2.5.3.2 Baterias

As baterias, também conhecidas de acumuladores eletroquímicos conforme visto


acima, são utilizadas principalmente em sistemas isolados, sem a utilização da rede elétrica.
Assim, as mesmas têm como objetivo principal, acumular a energia que se produz durante as
horas de luminosidade, a fim de poder ser utilizada à noite ou durante períodos prolongados
de mau tempo. Outra função é a estabilização de corrente e tensão na hora de alimentar cargas
elétricas, suprindo transitórios que possam ocorrer na geração (SOLAR, 2018).

2.5.3.3 Inversores

O inversor solar é um equipamento que tem como principal função converter a


energia gerada pelos painéis, transformando-as de corrente contínua para corrente alternada.
Fazendo com que o sistema seja compatível com as redes de distribuição de energia e os
equipamentos elétricos e eletrônicos utilizados, garantindo também a segurança e fazendo a
medição do sistema (CRESESB, 2014).

O principal papel dos inversores num sistema de geração fotovoltaico é o de criar


corrente CA a partir de corrente CC, visto que uma célula fotovoltaica gera corrente
CC. Para gerar esta corrente CA existe um dispositivo no inversor que se chama
comutador e cujo papel é o de quebrar a corrente contínua em pulsos. Estas
deformações, que são provocados na onda devido às comutações dos interruptores
do inversor, podem produzir perturbações mais ou menos importantes nas células
fotovoltaicas. (BRAGA, 2008, p. 18).
29

Nos painéis fotovoltaicos, o inversor é responsável por controlar a tensão e


corrente que chega as baterias, auxiliando no aumento da vida útil das mesmas e no aumento
da eficiência de transferência de energia do painel para a bateria.

2.5.3.4 Reguladores de carga

Nos sistemas fotovoltaicos que utilizam baterias para o armazenamento da


energia, é necessária a utilização de reguladores de carga, que tem como principal função
preservar a durabilidade das baterias, efetuando a gestão da carga armazenada, evitando que
ocorra o descarregamento de altas tensões causadas por excesso de carga e impedindo a
descarga profunda.

Assim, é necessário um mecanismo que controle a tensão a ser aplicada no banco de


baterias, e que não permita a circulação de corrente para os painéis. Os controladores
de carga utilizam diodos de bloqueio que não permitem a circulação de corrente
reversa, em geral possuem uma chave que desliga a carga caso a tensão baixe a
determinado nível, e podem diferir no modo de proteção das baterias contra sobre
cargas basicamente de três formas: desligando o circuito dos geradores, curto-
circuitando os painéis fotovoltaicos, ou ainda, através de um mecanismo MPP.
(SERRÃO, 2010 p. 15).

Os reguladores podem ser encontrados de três tipos como reguladores de carga em


paralelo, em série ou de pico máximo de potência, tendo como principais tensões utilizadas de
12V, 24V e 48V (CRESESB, 2014).

2.5.4 Resolução 482/2012 (ANEEL)

Esta resolução, estabelece as condições gerais para o acesso de micro geração e


mini geração distribuída aos sistemas de distribuição de energia elétrica, o sistema de
compensação de energia elétrica e de outras providências (ANEEL 2012).

2.5.4.1 Regulação dos micros e mini geradores de energia de energia elétrica no Brasil

A Resolução Normativa n° 482, disponibilizada pela ANEEL em 17 de abril de


2012, estabelece as condições para o acesso a microgeração e minigeração distribuída através
de sistemas de distribuição de energia elétrica. A norma prevê que os consumidores de
energia elétrica têm a possibilidade de gerar sua própria energia por fonte renovável com até
1MW de potência instalada.
30

A geração de energia a partir do consumidor, é conectada à rede de transmissão da


concessionária, tratando a energia gerada como fonte de consumo. Caso não for consumido no
exato momento da geração, ou seja, a geração for superior ao consumo, à mesma é
transmitida em forma de créditos a rede de distribuição. Esse excedente poderá ser usado a
qualquer momento, desde que obedeça ao prazo estipulado pela norma de até 60 dias para
utilização do crédito de geração.

2.6 VIABILIDADE ECONÔMICA

O estudo da viabilidade econômica está voltado para as análises dos ativos


(recursos financeiros, humanos, bens permanentes e materiais), onde mostra a capacidade do
projeto em gerar lucro e verificar a capacidade de retorno do capital investido. (NEVES,
2010).
Dessa forma Hoji, (2012), cita que não há investimentos cem por cento seguros,
porém quanto melhor planejado, menor o risco de obterem-se resultados inesperados.
De um modo geral, o estudo da viabilidade econômica de um projeto está
relacionado com a sua vida útil e com o tempo de retorno de investimento do mesmo. A partir
disso, são utilizados alguns elementos para obtenção dos cálculos como, por exemplo, o
método PAYBACK (retorno de investimentos), VPL (valor presente líquido), TIR (taxa
interna de retorno), entre outros. (BERNAL e PASCALICCHIO, 2012).
Esses métodos de cálculo servem para obtenção de resultados e ajudam a
determinar a viabilidade do projeto, ou seja, se o projeto se tornará viável ou não de acordo
com os resultados alcançados.

2.6.1 Payback

O payback representa o cálculo do período de tempo em que o investidor levará


para recuperar o valor investido no projeto, calculado a partir dos fluxos de caixa futuros.
(CADORE; GIASSON, 2012).

“O payback é o período transcorrido para obter o retorno do investimento. Podendo


ser histórico ou descontado. Sendo o histórico, calculado de maneira simples, sem
nenhum desconto de custo de oportunidade sobre o capital investido”. (BRITO,
2006, p. 51).

O projeto se paga quando o resultado das somas for positivo ou zerar, ou seja,
demonstra o prazo em que o capital investido começa a dar retorno. (KASSAI, 2000).
31

Conforte citado acima por Brito (2006), o payback se apresenta de duas formas: o
simples, onde não há nenhuma taxa de desconto, e o descontado, que como o próprio nome
diz, apresenta uma taxa de desconto.

2.6.2 Valor Presente Líquido (VPL)

O valor presente líquido define-se como o valor no presente das parcelas futuras.
Segundo Brigham e Ehrhardt (2012), se o VPL de um investimento obtiver o resultado
apresentado positivo (VPL>0), a proposta é aprovada, ou seja, o valor investido será
recuperado. Caso o resultado do VPL for negativo (VPL<0), a proposta é rejeitada, pois
indica que o investimento não é economicamente viável.
É obtido calculando-se o valor presente de uma série de fluxos de caixa
(pagamento ou recebimento), com base em uma taxa de custo de oportunidade conhecida e
subtraindo-se o investimento inicial. (MIRANDA, 2011, p. 47).
Em termos matemáticos, o VPL pode ser representado pela seguinte equação:

𝑉𝑃𝐿 = −𝐹𝐶0 + + +⋯+ Equação ( 1 )

Fonte: MIRANDA, 2011, p. 47.

Onde:
VPL = Valor Presente Líquido
FC = Fluxo de Caixa
i = Taxa de Juros

2.6.3 Taxa Interna de Retorno (TIR)

A taxa interna de retorno é a taxa responsável por encontrar o percentual de


remuneração que o projeto proporciona nada mais é do que definir o valor de remuneração
que o investimento oferece. Sendo assim, quanto maior for esse percentual, mais viável é o
projeto. O cálculo do TIR é feito normalmente pelo processo de tentativa de erro.
(MONTEVECHI; PAMPLONA, 2006, p. 28).
O cálculo do TIR pode ser feito pela equação abaixo:

0= - FC0 + ⋯ Equação ( 2 )

Fonte: MIRANDA, 2011, p. 47.


32

Onde:
FC = Fluxo de Caixa
TIR = Taxa Interna de Retorno
33

3 METODOLOGIA

Este capítulo apresentará o tipo de metodologia de pesquisa e os procedimentos e


instrumentos utilizados para a coleta de dados, respectivamente.

3.1 MÉTODOS DA PESQUISA

Para poder analisar o resultado econômico gerado com a implantação de sistemas


de geração fotovoltaica em uma residência na cidade de Lauro Müller, Santa Catarina, tendo
em vista o consumo de energia, inicialmente foi realizado um estudo bibliográfico.
Esse tipo de pesquisa é feito a partir do levantamento de referências teóricas já
analisadas e publicado em meios escritos como livros, artigos científicos, páginas de web e
bases de dados. Foi realizado também estudo da legislação brasileira para este tipo de
geração, as resoluções 482/ 2012 e 687/2015, manuais do Centro de Referência para Energia
Solar e Eólica Sérgio de Salvo Brito (CRESESB), manuais e artigos científicos.
A pesquisa trata-se de caráter exploratório e assim para partir à análise:

As pesquisas exploratórias têm como propósito proporcionar maior familiaridade com


o problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a construir hipóteses. Seu
planejamento tende a ser bastante flexível, pois interessa considerar os mais variados
aspectos relativos ao fato ou fenômeno estudado. Pode-se afirmar que a maioria das
pesquisas realizadas com propósitos acadêmicos, pelo menos num primeiro momento,
assume o caráter de pesquisa exploratória, pois neste momento é pouco provável que
o pesquisador tenha uma definição clara do que irá investigar. (GIL, 2010, p. 27).

O método utilizado será um estudo de caso, para verificar a viabilidade de


implantação de painéis fotovoltaicos em uma residência. Quanto à abordagem, será uma
pesquisa quantitativa sob método de procedimento do tipo estudo de caso. Segundo Bicudo
(2004, p. 104) apud Leonel; Motta (2007, p. 106), “a abordagem quantitativa está mais
preocupada com a generalização, relacionada com o aspecto da objetividade passível de ser
mensurável, permitindo uma ideia de racionalidade, como sinônimo de quantificação”.
Dessa forma, será verificada a viabilidade econômica, analisando e comparando
os resultados encontrados.
34

4 ESTUDO DE CASO

4.1 APRESENTAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

A residência, no qual será aplicado o estudo de caso, está localizada na Rua 6 de


dezembro, Loteamento Bela Vista, no centro de Lauro Müller (CEP: 88880-000), no estado
de Santa Catarina, conforme representação do local.

Figura 9 - Localização geográfica da residência em estudo

Fonte: Google Maps 2020, adaptado pelo autor.

As coordenadas do lote são: Latitude: -28.387688 e Longitude: -49.394879

4.2 DADOS DO LOCAL EM ESTUDO

A residência escolhida para o estudo de caso teve sua construção no ano de 2019,
com área total de 112,35 m².
35

Figura 10 - Fachada Frontal

Fonte: Do autor, 2020.

A imagem acima representa a fachada frontal da residência voltada ao Norte.

4.3 CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA

A coleta dos dados de consumo de energia elétrica da residência em estudo foi dos
últimos 12 meses. Os dados foram obtidos através das faturas da Celesc. A tabela abaixo
apresenta o consumo de energia elétrica em um período de 12 meses.
Tabela 1 - Levantamento do gasto energético
Consumo
Mês de referência Consumo Total Faturado (kWh) Custo Total (R$)
07/2019 415 297,12
08/2019 286 213,88
09/2019 335 245,35
10/2019 311 229,82
11/2019 312 231,07
12/2019 366 265,45
01/2020 350 255,15
02/2020 375 271,72
03/2020 352 256,81
04/2020 315 232,84
05/2020 399 286,91
06/2020 396 362,96
Total 4.212 3.149,08
Fonte: Celesc, adaptado pelo autor, 2020.

Com um consumo total de 4.212 kWh, a residência gerou um custo de R$3.149,08


anual.
36

4.4 CARACTERÍSTICAS DO SISTEMA FOTOVOLTAICO PROPOSTO

Para obtenção de dados a fim de levantar o sistema fotovoltaico viável para


abastecer a residência em estudo, foi realizado dois orçamentos em empresas fornecedoras
especializadas em sistemas de painéis fotovoltaicos da região.
Ambas as empresas fornecem equipamentos e serviços técnicos especializados
seguindo a Resolução Normativa nº 482 da Aneel, de 17 de abril de 2012. Os sistemas
instalados têm como objetivo comum otimizar a radiação solar e transformar em geração de
energia elétrica.

4.4.1 Empresa A

A empresa A está localizada na cidade de Criciúma/SC, a mesma é especializada


em painéis fotovoltaicos e segue todos os parâmetros exigidos pela norma. Após a visita
realizada na empresa para melhor conhecimento, foi solicitado um orçamento com base na
planta de cobertura e demais características da residência em estudo fornecidas a empresa em
questão.
A empresa forneceu o orçamento contendo os equipamentos necessários para
compor o sistema proposto, são eles: 1 gerador composto por 13 painéis fotovoltaicos e 1
inversor de frequência. Os mesmos são capazes de produzir em média 5.128,42 kWh/ano,
dentro de uma área necessária de 26 m² de telhado.
Conforme o gráfico 1 abaixo, observamos a estimativa de energia consumida
durante o ano comparando com a geração de energia elétrica fornecida pelo sistema da
empresa A.
37

Gráfico 1 - Estimativa de geração de energia Empresa A em kWh

Consumo x Geração

607
575

575
534

462

444
415
399

396
390
375

368

366
358
352
350

335
315

312
311
305

286
280
260

Energia consumida Energia mensal gerada pelo sistema

Fonte: Cedido pela empresa A, 2020.

Após analisar o gráfico acima, nota-se que em quase todos os meses a energia
gerada pelo sistema de painéis fotovoltaicos propostos ultrapassou a quantidade usual.
Somente três meses ficaram abaixo da quantidade de kWh gerada necessária, sendo que os
mesmos apresentam menor incidência de sol por consequência da estação do ano.
Os demais meses tem como quantidade gerada, utilizando o sistema proposto,
uma estimativa maior de geração de energia do que o consumido.
Com relação a valores, temos o custo total do sistema apresentado nesta proposta
orçado em R$ 22.500,00, com todos os custos de frete e instalações inclusos. As garantias
impostas pela empresa são de dez anos para os painéis fotovoltaicos e sete anos para o
inversor sendo a durabilidade média do conjunto estimada em 25 anos.

4.4.2 Empresa B

A empresa B, está localizada na cidade de Tubarão/SC. O gerador proposto pela


empresa, possui potência nominal de 4319 kWh/ano e área necessária para instalação de 25m²
de telhado.
O conjunto para o sistema conta com um gerador composto por 10 painéis
fotovoltaicos e um inversor de potência. As garantias impostas pela empresa são de 5 anos
para inversores contra defeito de fabricação e sua vida útil é estimada entre 12 a 15 anos, 10
38

anos para os painéis fotovoltaicos contra defeitos de fabricação e de 25 anos na geração de


energia referente a performance de 80% de eficiência.
De acordo com o gráfico 2 abaixo, observamos a estimativa de energia produzida
pelo sistema fotovoltaico orçado com comparação ao consumo de energia elétrica existente
pela edificação.

Gráfico 2 - Estimativa de geração de energia Empresa B, em kWh

533,75
506,46

Consumo X Geração

483,97
437,86

397,29

385,01
415
399

396
375

366
319,87
352
350

303,48

303,15
335
315

312
311
262,37

286
238,34
213,6

Energia consumida Energia mensal gerada pelo sistema

Fonte: Cedido pela empresa B, 2020.

O valor do sistema apresentado nesta proposta está orçado em R$17.272,00, com


todos os custos de frete e instalações inclusos.
Conforme o gráfico acima nos mostra, a questão de alguns meses não atender a
demanda necessária de geração se repete devido a estação do ano.
39

5 RESULTADOS E ANÁLISES

5.1 SISTEMA FOTOVOLTAICO PROPOSTO

O sistema fotovoltaico proposto nesse estudo de caso será conectado diretamente


à rede de energia elétrica existente, conforme estabelece a Resolução Normativa nº 482
disponibilizada pela ANEEL em 17 de abril de 2012. Toda a energia excedente gerada pelos
painéis fotovoltaicos nos períodos onde o consumo for menor que a geração, será compensada
nos períodos em que o período for maior, ou seja, quando for produzido mais energia do que
consumida. Essa energia será “emprestada” para concessionária e quando houver necessidade
de maior consumo do que geração, por exemplo anoite onde não tem incidência de sol, essa
energia é devolvida. Dessa forma, dispensa o uso de baterias, pois a rede de energia elétrica
servirá como back-up.
Conforme já citado acima, esse tipo de sistema é comum em edificações
existentes, onde, além de serem consumidos de energia elétrica, passam a serem produtoras da
mesma.

5.2 VIABILIDADE ECONÔMICA

Para avaliar a viabilidade econômica, objetivo principal desse estudo de caso foi
utilizado para efeito de cálculo os métodos de Payback simples e descontado, o Valor presente
líquido – VPL e a Taxa interna de retorno- TIR das duas empresas que foram orçadas os
sistemas conforme descritos acima.

5.2.1 Payback simples e descontado

Para calcular a viabilidade de projeto, foram considerados dois períodos, de 10


anos referentes à garantia oferecida pelos painéis fotovoltaicos e 25 anos seguindo o tempo
estipulado para a vida útil do sistema. Foi estabelecida uma taxa mínima de atratividade-
TMA- de 10,8% a.a. com base nos dados obtidos dos orçamentos, onde foi considerada a taxa
de juros de aplicação do investimento na poupança que gira anualmente em torno de 8% a.a.
incluso 2% de custos anuais com manutenção e 0,8% de depreciação anual do sistema.
Dessa forma, foram usados os dados obtidos acima onde o fluxo de caixa
acumulado representa o Payback simples, ou seja, o tempo de retorno do investimento sem
40

descontar a taxa mínima de atratividade ou taxa de juros. Já o fluxo de caixa descontado é


formado pelo tempo de retorno do investimento considerando a taxa mínima de atratividade.

5.2.1.1 Payback simples e descontado – Empresa A

Para calcular o Payback simples e descontado da empresa A utilizou como


ferramenta o software Excel para facilitar nos cálculos e obter resultados mais precisos
conforme mostram a tabela 2 e gráfico 3 a seguir:

Tabela 2 - Payback simples e descontado (Empresa A)


(continua)
Período Fluxo de caixa Valor Valor presente
Fluxo de caixa
(Anos) acumulado presente acumulado
0 -R$22.500,00 -R$22.500,00 -R$22.500,00 -R$22.500,00
1 R$3.301,39 R$3.056,84 -R$19.443,16
-R$19.198,61
2 R$3.639,65 R$3.120,41 -R$16.322,74
-R$15.558,96
3 R$4.012,57 R$3.185,31 -R$13.137,44
-R$11.546,39
4 R$4.423,70 R$3.251,55 -R$9.885,89
-R$7.122,69
5 R$4.876,95 R$3.319,17 -R$6.566,72
-R$2.245,74
6 R$5.376,64 R$3.130,90 R$3.388,20 -R$3.178,52
7 R$5.927,53 R$9.058,43 R$3.458,66 R$280,14
8 R$6.534,87 R$15.593,29 R$3.530,59 R$3.810,72
9 R$7.204,43 R$22.797,72 R$3.604,01 R$7.414,73
10 R$7.942,59 R$30.740,32 R$3.678,96 R$11.093,69
11 R$8.756,39 R$39.496,71 R$3.755,47 R$14.849,15
12 R$6.153,57 R$45.650,28 R$2.443,67 R$17.292,82
13 R$10.642,67 R$56.292,96 R$3.913,29 R$21.206,11
14 R$11.733,12 R$68.026,08 R$3.994,67 R$25.200,78
15 R$12.935,30 R$80.961,38 R$4.077,75 R$29.278,53
16 R$14.260,65 R$95.222,03 R$4.162,55 R$33.441,08
17 R$15.721,80 R$110.943,83 R$4.249,11 R$37.690,19
18 R$17.332,65 R$128.276,48 R$4.337,48 R$42.027,67
19 R$19.108,55 R$147.385,03 R$4.427,68 R$46.455,35
20 R$21.066,42 R$168.451,45 R$4.519,76 R$50.975,11
41

Tabela 2 - Payback simples e descontado (Empresa A)


(conclusão)
Período Fluxo de caixa Valor Valor presente
Fluxo de caixa
(Anos) acumulado presente acumulado
21 R$23.224,88 R$191.676,33 R$4.613,76 R$55.588,87
22 R$25.604,50 R$217.280,84 R$4.709,71 R$60.298,57
23 R$28.227,94 R$245.508,78 R$4.807,65 R$65.106,22
24 R$31.120,18 R$276.628,95 R$4.907,63 R$70.013,86
25 R$34.308,75 R$310.937,70 R$5.009,69 R$75.023,55
Fonte: Dados da pesquisa, 2020.

Gráfico 3 - Fluxo de caixa Empresa A

R$310.937,70
Fluxo de caixa acumulado

R$276.628,95
R$245.508,78
R$217.280,84
R$191.676,33
R$168.451,45
R$147.385,03
R$128.276,48
R$110.943,83
R$95.222,03
R$80.961,38
R$68.026,08
R$56.292,96
R$45.650,28
R$39.496,71
R$30.740,32
R$22.797,72
R$15.593,29
R$9.058,43
R$3.130,90

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25
-R$15.558,96
-R$11.546,39
-R$22.500,00
-R$19.198,61

-R$2.245,74
-R$7.122,69

Anos

Fluxo de caixa acumulado

Fonte: Dados da pesquisa, 2020.

Conforme a tabela e gráfico apresentados, podemos encontrar a data estimada do


Payback simples e descontada.
Payback simples: 5 anos

0,4176 x 12= 5,0112 = 5 meses


0,0112 x 30= 0,336 = 1 dia

Payback descontado: 6 anos


42

0,9190 x 12= 11,028= 11 meses


0,028 x 30= 0,84= 1 dia

De acordo com os cálculos de payback descontado obtidos, é possível verificar


que o Payback simples terá um retorno de investimento no período de 5 anos, 5 meses e 1 dia.
Mas conforme recomendado, o cálculo do Payback descontado fornece maior confiabilidade e
o resultado foi de tempo de retorno de 6 anos, 11 meses e 1 dia, conforme pode ser observado
no gráfico 3.

5.2.1.2 Payback simples e descontado – Empresa B

Com base nos dados obtidos, utilizou-se também a ferramenta software Excel para
facilitar nos cálculos e obter resultados mais precisos conforme mostram a tabela 3 e gráfico 4
abaixo.

Tabela 3 - Payback simples e descontado (Empresas B)


(continua)
Período Fluxo de caixa Valor Valor presente
Fluxo de caixa
(Anos) acumulado presente acumulado
0 -R$17.272,00 -R$17.272,00 -R$17.272,00 -R$17.272,00
1 R$3.101,76 -R$14.170,24 R$2.872,00 -R$14.400,00
2 R$3.411,94 -R$10.758,30 R$2.925,19 -R$11.474,81
3 R$3.753,13 -R$7.005,17 R$2.979,36 -R$8.495,46
4 R$4.128,44 -R$2.876,73 R$3.034,53 -R$5.460,93
5 R$4.541,29 R$1.664,55 R$3.090,72 -R$2.370,21
6 R$4.995,42 R$6.659,97 R$3.147,96 R$777,75
7 R$5.494,96 R$12.154,93 R$3.206,25 R$3.984,01
8 R$6.044,45 R$18.199,38 R$3.265,63 R$7.249,64
9 R$6.648,90 R$24.848,28 R$3.326,10 R$10.575,74
10 R$7.313,79 R$32.162,07 R$3.387,70 R$13.963,44
11 R$8.045,17 R$40.207,23 R$3.450,43 R$17.413,87
12 R$5.649,68 R$45.856,92 R$2.243,57 R$19.657,44
13 R$9.754,24 R$55.611,16 R$3.586,61 R$23.244,05
14 R$10.729,66 R$66.340,82 R$3.653,03 R$26.897,09
15 R$11.802,63 R$78.143,45 R$3.720,68 R$30.617,77
43

Tabela 3 - Payback simples e descontado (Empresas B)


(conclusão)
Período Fluxo de caixa Valor Valor presente
Fluxo de caixa
(Anos) acumulado presente acumulado
16 R$12.982,89 R$91.126,34 R$3.789,58 R$34.407,35
17 R$14.281,18 R$105.407,52 R$3.859,76 R$38.267,11
18 R$15.709,30 R$121.116,82 R$3.931,24 R$42.198,35
19 R$17.280,23 R$138.397,05 R$4.004,04 R$46.202,38
20 R$19.008,25 R$157.405,30 R$4.078,19 R$50.280,57
21 R$20.909,08 R$178.314,38 R$4.153,71 R$54.434,28
22 R$22.999,99 R$201.314,36 R$4.230,63 R$58.664,91
23 R$25.299,98 R$226.614,35 R$4.308,97 R$62.973,88
24 R$27.829,98 R$254.444,33 R$4.388,77 R$67.362,65
25 R$30.612,98 R$285.057,31 R$4.470,04 R$71.832,69
Fonte: Dados da pesquisa, 2020.

Gráfico 4 - Fluxo de caixa Empresa B

R$285.057,31
Fluxo de caixa acumulado

R$254.444,33
R$226.614,35
R$201.314,36
R$178.314,38
R$157.405,30
R$138.397,05
R$121.116,82
R$105.407,52
R$91.126,34
R$78.143,45
R$66.340,82
R$55.611,16
R$45.856,92
R$40.207,23
R$32.162,07
R$24.848,28
R$18.199,38
R$12.154,93
R$6.659,97
R$1.664,55

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25
-R$10.758,30

-R$2.876,73
-R$17.272,00

-R$7.005,17
-R$14.170,24

Fluxo de caixa acumulado

Fonte: Dados da pesquisa, 2020.

Através dos dados obtidos na tabela e gráfico acima, podemos encontrar a data
estimada do Payback simples e descontada.
44

Payback simples: 4 anos

0,6334 x 12= 7,6015= 7 meses


0,6015 x 30= 18,045 = 18 dias

Payback descontado: 5 anos

0,7529 x 12=9,0348= 9 meses


0,0348 x 30= 1,044= 1 dia

Os resultados obtidos para empresa B foram de 4 anos, 7 meses e 18 dias para o


Payback simples. Da mesma forma que a empresa A, foi realizado o cálculo do Payback
descontado para melhor confiabilidade, onde resultou em um tempo de investimento de 5
anos, 9 meses e 1 dia.

5.2.2 Valor Presente Líquido- VPL

Para encontrar o VPL utilizamos a equação conforme descrito no item 2.6.2, cujo
investimento inicial do projeto soma com as entradas do fluxo de caixa descontado no período
do projeto. Estipulou-se o primeiro tempo de 25 anos que é referente a vida útil do sistema em
estudo, e o segundo período de 10 anos que é referente ao prazo das garantias impostas pelos
painéis fotovoltaicos.

5.2.2.1 Valor presente líquido empresa A

VPL 10 anos = - 22.500,00 + 3.056,84 + 3.120,41 + 3.185,31 + 3.251,55 +


3.319,17 + 3.388,20 + 3.458,66 + 3.530,59 + 3.604,01 + 3.678,96 = 11.093,70
VPL 10 anos = R$ 11.093,70

VPL 25 anos = - 22.500,00 + 3.056,84 + 3.120,41 + 3.185,31 + 3.251,55 +


3.319,17 + 3.388,20 + 3.458,66 + 3.530,59 + 3.604,01 + 3.678,96 + 3.755,47 + 2.443,67 +
3.913,29 + 3.994,67 + 4.077,75 + 4.162,55 + 4.249,11 + 4.337,48 + 4.427,68 + 4.519,76 +
4.613,76 + 4.709,71 + 4.807,65 + 4.907,63 + 5.009,69= 75.023,55
VPL 25 anos = R$ 75.023,55
45

5.2.2.2 Valor presente líquido empresa B

VPL 10 anos = - 17.272,00 + 2.872,00 + 2.925,19 + 2.979,36 + 3.034,53 +


3.090,72 + 3.147,96 + 3.206,25 + 3.265,63 + 3.326,10 + 3.387,70 = 13.963,44
VPL 10 anos = R$ 13.963,44

VPL 25 anos = - 17.272,00 + 2.872,00 + 2.925,19 + 2.979,36 + 3.034,53 +


3.090,72 + 3.147,96 + 3.206,25 + 3.265,63 + 3.326,10 + 3.387,70 + 3.450,43 + 2.243,57 +
3.586,61 + 3.653,03 + 3.720,68 + 3.789,58 + 3.859,76 + 3.931,24 + 4.004,04 + 4.078,19 +
4.153,71 + 4.230,63 + 4.308,97 + 4.388,77 + 4.470,04 = 71.832,69
VPL 25 anos = R$ 71.832,69

5.2.3 Taxa Interna de Retorno (TIR) – Empresa A e B

Com ajuda das análises dos dados obtidos no Excel, utilizou-se, como teste, a
hipótese da porcentagem de taxa interna de retorno. Quando o VPL for 0, o valor encontrado
é a nossa TIR do sistema, ou seja, a taxa interna de retorno ao ano desse investimento. Assim
o resultado encontrado para a Empresa A foi de 24% e para a Empresa B 27%.

5.2.4 Comparação entre as empresas A e B

Após obter todos os dados necessários para analisar os orçamentos entre as


empresas estudadas, foram realizados os cálculos para obtenção de resultados e análise
concreta da empresa que apresenta melhor viabilidade econômica para a implantação do
sistema fotovoltaico na residência em estudo. Na tabela 4, encontra-se os dados obtidos,
juntamente com os resultados alcançados através dos cálculos.

Tabela 4 - Comparação entre as empresas A e B


Descrição Empresa A Empresa B
Investimento -R$22.500,00 -R$17.272,00
Payback simples 5,42 4,63
Payback descontado 6,92 5,75
VPL 10 anos R$11.093,70 R$13.963,44
VPL 25 anos R$75.023,55 R$71.832,69
TIR 24% 27%
Fonte: Dados da pesquisa, 2020.
46

Realizando uma comparação entre as duas empresas analisadas acima, podemos


observar que os dois resultados apresentados foram satisfatórios para os métodos de cálculo
utilizados, sendo viáveis para implantação na residência estudada, pois conforme visto o
tempo de retorno de investimento para ambos acontece de forma rápida e antes mesmo do
término da vida útil do sistema proposto.
Sendo assim, a viabilidade econômica do sistema fotovoltaico é adequado no
quesito econômico, pois além do tempo de retorno acontecer em menor prazo que a vida útil
do sistema, ainda obteve a taxa interna de retorno de ambas as empresas maiores que a taxa
mínima de atratividade.
No entanto, é necessária a escolha de somente um orçamento, sendo este, o
sistema fotovoltaico oferecido pela empresa B. De acordo com os resultados obtidos e com a
comparação, a mesma é o mais adequado para a residência estudada, pois supre todas as
necessidades de demanda de energia elétrica, possui o menor tempo de retorno do
investimento e maiores valores de taxa interna de retorno e valor presente líquido, além de ser
menor o custo de implantação que é o objetivo principal. Porém, ambos atendem as
necessidades e trazem consigo diversas outras vantagens, principalmente na promoção da
sustentabilidade.

5.2.5 Comparação de custo entre o sistema fotovoltaico e o sistema convencional

Após a implantação do sistema fotovoltaico, o consumidor terá que pagar uma


taxa mínima mensal para a concessionária de R$ 32,00. Portanto, para melhor compreensão
dos resultados, realizamos uma tabela para a comparação dos custos com o novo sistema
escolhido e o sistema convencional.

Tabela 5 - Comparação entre sistema convencional e sistema fotovoltaico


Comparação do custo anual de cada sistema
Sistema Convencional R$ 3.149,08
Sistema Fotovoltaico R$ 384,00
Economia R$ 2.765,08
Fonte: Autor,2020

Conforme observado, além dos cálculos serem positivos para a implantação do


sistema fotovoltaico, o consumidor terá uma economia anual de R$ 2.765,08.
47

6 RESULTADOS ESPERADOS

O estudo visa demonstrar através de resultados, as vantagens decorrentes da


instalação de um sistema fotovoltaico em uma residência na cidade de Lauro Müller/SC. Para
avaliar a viabilidade econômica, será utilizado, para efeito de cálculo, o método de payback,
possibilitando calcular o número de períodos necessários para se recuperar o valor investido.
O método consiste em somar os valores de fluxo de caixa, período a período até se obter um
valor igual ao investido, chegando, então, no tempo de payback, que é quando o investimento
se paga e passa a obter lucros.
Como previsto nas normativas 482/2012 e 687/2015, as residências podem gerar a
mesma quantidade que consomem, pagando apenas a taxa mínima equivalente ao seu tipo de
ligação, monofásico, bifásico ou trifásico, sendo 30 kWh, 50 kWh e 100 kWh
respectivamente. Como o objeto de estudo é uma residência com ligação trifásica, a sua taxa
mínima é de 100 kWh.
Espera-se que os objetivos sejam alcançados e que os sistemas fotovoltaicos
conectados à rede, além de utilizar de fontes renováveis de energia, também ajudem na
redução de custos, para que o investimento do sistema de geração de energia seja viável,
encorajando a sociedade para investir nessa tecnologia.
48

7 CONCLUSÃO

A busca por alternativas sustentáveis para suprir o fornecimento de energia


elétrica vem crescendo nos últimos anos. Dentre as alternativas, no presente trabalho,
destacamos o uso da radiação solar como fonte de captação de energia. Empresas, industrias e
residências, estão aderindo ao uso de sistemas solares para redução de custo de energia,
ocasionando, assim, uma agressão menor ao meio ambiente. Contudo, apresentamos a
implantação do sistema solar fotovoltaico em uma residência de 112,35m², localizada no
município de Lauro Müller/SC.
Para a realização desse estudo, foi realizado um levantamento do consumo de
energia da residência nos últimos 12 meses. Vimos que com o sistema convencional de
geração de energia, o custo anual é de R$3.149,08. O sistema fotovoltaico proposto visa
diminuir esse custo e apresentar sua viabilidade econômica diante desse cenário.
Analisando os gráficos no capítulo 4, foi possível observar que a energia gerada
pelos painéis fotovoltaicos propostos, na maioria dos meses, ultrapassou o consumo usual.
Sendo assim, o excedente dessa geração pode ser utilizado para suprir a diferença dos meses
que não atingem a quantidade necessária devido a estação do ano.
Para analisar sua viabilidade econômica, foi realizado orçamentos com duas
empresas, denominadas A e B. Os cálculos matemáticos, identificaram o tempo de retorno por
meio do Payback, Valor Presente Líquido (VPL) e Taxa Interna de Retorno (TIR). Apesar de
ambas empresas atenderem as necessidades, a empresa B foi escolhida por possuir menor
tempo de retorno do investimento e maiores valores de taxa interna de retorno e valor presente
líquido, além de menor custo de implantação.
Comparando os custos do sistema convencional para o sistema fotovoltaico na
residência, podemos afirmar que o uso de painéis solares como obtenção de energia é viável.
Além de um tempo de retorno favorável para a implantação, o consumidor irá economizar, em
média, R$ 2.765,00 no primeiro ano. À vista disso, os resultados esperados desse trabalho
foram atendidos.
Por fim, devido aos resultados favoráveis, sugere-se o acompanhamento de pelo
menos 12 meses do sistema fotovoltaico instalado para analisar a viabilidade do sistema e se o
mesmo atende o esperado.
49

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