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A doutrina majoritária entende que o direito do consumidor faz parte do

microssistema, e não está previsto apenas no CDC. ,


O Direito constitucional está previsto na CF, art 5, XXXII, expressamente. O que
lhe dá hierarquia constitucional.
Cláusula geral de tutela da pessoa humana: é indisponível e imponderável.
Tanto a parte material quanto à parte psicológica da pessoa têm que ser
tutelada.
Vertentes da dignidade da pessoa humana: igualdade, liberdade, integridade
psicofísica e princípio da solidariedade social.
Há aplicação do CDC em contratos anteriores?
Conquanto o CDC seja norma de ordem pública, não pode retroagir para
alcançar o contrato que foi celebrado e produziu seus efeitos na vigência da lei
anterior, sob pena de afronta ao ato jurídico perfeito.
O SDS se aplica aos contratos celebrados anteriormente, tratando-se de
contrato de trato sucesso ou de execução diferida. O ATJ tem admitido a
incidência do CDC, sob o fundamento de que, nesses tipos de ajustes, há
renovação periódica da sua vigÊncia. Neste caso não há ofensa ao ato jurídico
perfeito.
- Princípios:
Espécies:
 Vulnerabilidade técnica: O STJ destrinchou a vulnerabilidade, trazendo
distinção de vulnerabilidade.
 Vulnerabilidade fática
 Vulnerabilidade econômica/processual
 Vulnerabilidade informacional
Ler resp 1195642 RJ 2010/0094391-6

Vulnerabilidade é diferente de hipossuficiência

 Hipossuficiência:
A vulnerabilidade é fática e a hipossuficiência é processual. O consumidor
hipossuficiente é aquele que encontra dificuldades no momento de produção
de provas de seu direito.
Art. 6º, VIII, CDC – A decorrência direta da hipossuficiência é o direito à
inversão do ônus da prova a favor do consumidor.
Essa inversão do art. 6 é analisada pelo juiz, mas existe a inversão op legis, que
é a inversão que já está prevista no CDC.

 Princípio da proteção do consumidor


Impossibilidade de disposição da proteção consumerista – as regras do CDC
não podem ser afastadas por convenção das partes. (art. 51, XV)
A proteção do consumidor, de cláusulas abusivas deve ser reconhecida de
ofício pelo juiz. Exemplo disso é a nulidade de cláusulas abusivas que deve ser
declarada de ofício pelo juiz (exceto aquelas previstas em contratos bancários,
conforme súmula 381, STJ)

 Princípio da confiança
É aquele que garante direitos a consumidores que depositaram qualquer tipo
de expectativa em relação à credibilidade do fornecedor.
Jurisprudência: informativo 642, STJ: A empresa que utiliza marca
internacionalmente reconhecida, ainda que não tenha sido a fabricante direta
do produto defeituoso, enquadra-se na categoria de fornecedor aparente.

 Princípio da boa-fé objetiva: art. 4º, III, L 8079/1990.


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Toda a relação contratual deve ser enxergada através da lupa da boa-fé, você
deve enxergar tudo sob a boa-fé.
Está presente também na fase pré contratual, que é a oferta. Na fase
contratual, quando se está executando o contrato e na pós-contratual (direito
de arrependimento)
Diálogo das fontes:
Traduz uma aplicação harmoniosa de diversos dispositivos sem uma anular a
outra.
É um diálogo, o CDC dialoga com o CC de uma forma harmonica.
Ex: informativo 603, STJ + sumula 412, STJ – o prazo prescricional para as ações
de repetição de indébito relativo às tarifas de serviços de água e esgoto
cobradas indevidamente é de 20 anos, na forma do art. 177 do CC de 1916 ou
10 anos, como previsto no art. 205 do CC>

Conceitos de consumidor
Correntes:
- Maximalista: consumidor é o destinatário fático do bem. Pode ser
destinatário fático mas não ser destinatário economico, como a pessoa
que compra para revender.
- Finalista: indica que consumidor é destinatário fático e econômico. É a
pessoa que adquire o produto e não vai coloca-lo novamente no
mercado. A princípio o Brasil havia adotado a teoria finalista.
- Finalista mitigada: A jurisprudencia criou a finalista mitigada. Finalismo
aprofundado teleológico. Essa entende que quem compra e revende não
é considerado consumidor, mas admite em hipóteses pontuais
destinatários tão somente fáticos. Quando a pessoa não é o destinatário
economico.
Ex: houve um caso em que uma PJ de locadora de aeronaves foi considerada
consumidor em uma relação de consumo com empresa de manutenção das
aeronaves.

Existem requisitos mínimos para ser fornecedor. Art. 3º, CDC.


Necessita haver habitualidade e exercício profissional para caracterizar como
fornecedor.

Pode demandar contra as pessoas jurídicas de Direito público? Depende. Os


serviços públicos são uti singuli (remuneração direta, por tarifa ou preço
público, aplica-se o CDC) e uti universi (remuneração indireta por impostos,
não se aplica o CDC)

O recall não afasta a responsabilidade do fornecedor.


Obs: o STJ vem entendendo que não é preciso consumir alimento com corpo
estranho, o simples fato de abrir já gera o dano.
- O objetivo do CDCé a continuidade do contrato, por isso a primazia é
para revisão.
Teoria da base objetiva – ADOTADA PELO CDC
Não é analisado a previsibilidade, apenas se existe onerosidade excessiva para
o consumidor.
Teoria da imprevisão - ADOTADA PELO CC
Exige a imprevisibilidade do fato, e além da onerosidade excessiva, se exige a
extrema vantagem para o credor.
Método bifásico de fixação de indenização de danos morais.
Hipervulnerabilidade - é a situação social fática e objetiva de agravamento da
vulnerabilidade da pessoa física consumidora, seja permanente ou temporária.

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