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Disciplina: Etnomusicologia
Caxias – MA
2020
V Seminário de Educação Musical da UCS | Fase 2: Heranças Indígenas. Disponível em
https://www.youtube.com/watch?v=VrX7K0xAyfw&t=7763s
Segundo Magda Pucci (2020), para inclui a música indígena na sala de aula, o
primeiro passo é “pesquisar para conhecer” os diferentes gêneros e seus contextos é sua
significação cultural para coletividade de criação, pois a música é uma manifestação
cultural independente do lugar onde surge, ainda ressalta em sua fala as influências das
vozes indígenas na música popular brasileira, advindas da multiplicidade de sons, estética
próprias, mesmo que este contexto seja permeado de negação desde seus primórdios.
Edson Kaiapó (2020) destaca que os jesuítas diziam: “os povos indígenas não têm fé, têm
credulidade – ligada as forças demoníacas”, ignorando todo um contexto cultural religioso
e ritualístico existente na coletividade indígena. Marquês de Pombal e a coroa
portuguesa cria a política do índio cidadão no século XVIII , a qual estabelecia a
suplantação da cultura indígena em detrimento da cultura do homem branco, os índios
não podiam falar sua língua nativa, mas sim, o português, foram proibidos de usar seus
instrumentos musicais, deveriam morar em casas ( na cidade, vilas), com isso , o índio
teve sua cultura estripada, arrancada, pois o ritual foi proibido , com isso , a fragilidade
espiritual de aprofundou , principalmente entre os povos Tupinambás (PE).
Mas a resistência dos povos indígenas se manifesta com mais força através da
musicalidade (sonoridade) contra as mais diversas violências históricas como se percebe
até hoje nos contextos atuais. Ela se concretiza por meio dos cantos nas línguas originais,
danças, da predominância da retomada a cada tentativa de extermínio. Vale enfatizar,
pensar a temática indígena não com os olhos do colonizador, pautado em modelos
preestabelecidos, mas tendo com base estrutural a sua cultura original.
A música representa para o território o sagrado, o templo cultural dos povos – o lugar
do saber , pois a música indígena é sentida, mesmo que pareça dissonante para outros.
Segundo Márcia Kambeba (2020) “as música do território são de resistência e que
precisam ser levadas as cidades e para as universidades para que todos possam
interagir”, pois conhecimento poderá quebrar determinados estigmas do teocentrismo
exacerbados que ainda persistem na sociedade.
Referência
https://www.youtube.com/watch?v=VrX7K0xAyfw&t=7763s