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2020

EAC
Sessão 3
APRESENTAÇAO DAS NORMAS INTERNACIONAIS
www.ocpcangola.org
“O que impede de saber não são
nem o tempo
nem a inteligência,
mas somente a falta de curiosidade.”
(Agostinho da Silva)

Ficha Técnica
Título
EAC - Sessão 3 - Apresentação das Normas Internacionais

Autores
Coordenação e Patronos EAC

Todos os direitos reservados de acordo com a Lei em vigor. Nenhuma parte desta obra pode ser
reproduzida por qualquer processo, incluindo fotocópia ou gravação sem autorização prévia e
escrita do editor. Os transgressores são passíveis de procedimento judicial.

Editor
Ordem dos Contabilistas e Peritos Contabilistas de Angola
formacao@ocpcangola.org

Composição Gráfica
Gabinete de formação - OCPCA

Edição
Junho 2020
APRESENTAÇÃO DAS NORMAS INTERNACIONAIS

Índice
1.Organismos que emitem normas internacionais ..................................................................................................................................4
1.1 A necessidade da existência de organismos internacionais ..............................................................................................................4
2. Normas internacionais do IASB ...........................................................................................................................................................8
2.1 Processo de elaboração das normas internacionais ..........................................................................................................................8
2.2 Apresentação das normas do IASB ....................................................................................................................................................8
2.3. Estrutura das Normas internacionais da IASB ................................................................................................................................12
3. Comparação das normas internacionais do IASB e o PGC .................................................................................................................12
4.Breve resumo das IAS/IFRS .................................................................................................................................................................14
IAS 1 - APRESENTAÇÃO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ......................................................................................................14
IAS 2 INVENTÁRIOS ......................................................................................................................................................................15
IAS 7 – DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA ........................................................................................................................15
IAS 8 - POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS, ALTERAÇÕES NAS ESTIMATIVAS CONTABILÍSTICAS E ERROS.............................................16
IAS 10 ACONTECIMENTO APÓS A DATA DE BALANÇO .................................................................................................................16
IAS 11 – CONTRATOS DE CONSTRUÇÃO.......................................................................................................................................17
IAS 12 – IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTO ................................................................................................................................18
IAS 16 - ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS ..............................................................................................................................................19
IAS 17 – LOCAÇÕES ......................................................................................................................................................................19
IAS 18 – RÉDITO ...........................................................................................................................................................................20
IAS 19 – BENEFÍCIOS DOS EMPREGADOS .....................................................................................................................................21
IAS 20 - CONTABILIZAÇÃO DOS SUBSÍDIOS DO GOVERNO E DIVULGAÇÃO DE APOIOS DO GOVERNO .......................................21
IAS 21 – OS EFEITOS DAS ALTERAÇÕES NAS TAXAS DE CÂMBIO..................................................................................................22
IAS 23 – CUSTOS DOS EMPRÉSTIMOS OBTIDOS...........................................................................................................................23
IAS 24 - DIVULGAÇÕES DE PARTES RELACIONADAS .....................................................................................................................23
IAS 26 - CONTABILIZAÇÃO E RELATO DOS PLANOS DE BENEFÍCIOS DE REFORMA ......................................................................24
IAS 27 – DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS SEPARADAS................................................................................................................24
IAS 28 - INVESTIMENTOS EM ASSOCIADAS E EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS ........................................................................25
IAS 29 – RELATO FINANCEIRO EM ECONOMIAS HIPERINFLACIONÁRIAS .....................................................................................25
IAS 32 – INSTRUMENTOS FINANCEIROS – APRESENTAÇÃO .........................................................................................................26
IAS 33 - RESULTADOS POR ACÇÃO ...............................................................................................................................................26
IAS 34 – RELATO FINANCEIRO INTERCALAR .................................................................................................................................27
IAS 36 – IMPARIDADE ..................................................................................................................................................................27
IAS 37 - PROVISÕES, PASSIVOS CONTINGENTES E ACTIVOS CONTINGENTES ..............................................................................28
IAS 38 - ACTIVOS INTANGÍVEIS ....................................................................................................................................................29
IAS 39 - INSTRUMENTOS FINANCEIROS: RECONHECIMENTO E MENSURAÇÃO ...........................................................................29
IAS 40 PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO ..................................................................................................................................29
IAS 41 – AGRICULTURA ................................................................................................................................................................30
IFRS 1 - ADOPÇÃO PELA PRIMEIRA VEZ DAS NORMAS INTERNACIONAIS DE RELATO FINANCEIRO ............................................30
IFRS 2 - PAGAMENTO COM BASE EM ACÇÕES .............................................................................................................................30
IFRS 3 - CONCENTRAÇÕES DE ACTIVIDADES EMPRESARIAIS........................................................................................................31
IFRS 4 - CONTRATOS DE SEGURO .................................................................................................................................................31
IFRS 5 – ACTIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA E UNIDADES OPERACIONAIS DESCONTINUADAS ...........................32
IFRS 6 - EXPLORAÇÃO E AVALIAÇÃO DE RECURSOS MINERAIS ....................................................................................................32
IFRS 7 - INSTRUMENTOS FINANCEIROS: DIVULGAÇÕES...............................................................................................................32
IFRS 8 - SEGMENTOS OPERACIONAIS ...........................................................................................................................................33
IFRS 9 - INSTRUMENTOS FINANCEIROS........................................................................................................................................33
IFRS 10 - DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS ........................................................................................................34
IFRS 11 – ACORDOS CONJUNTOS .................................................................................................................................................34
IFRS 12 - DIVULGAÇÃO DE INTERESSES NOUTRAS ENTIDADES ....................................................................................................34
IFRS 13 - MENSURAÇÃO PELO JUSTO VALOR ...............................................................................................................................35
IFRS 15 - RÉDITO DE CONTRATOS COM CLIENTES .......................................................................................................................35
IFRS 16 - LOCAÇÕES .....................................................................................................................................................................36
5. Referências bibliográficas ..................................................................................................................................................................36

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APRESENTAÇAO DAS NORMAS INTERNACIONAIS

Nota Introdutória: A contabilidade em angola é regulamentada pelo Decreto nº 82/01 excepto para as
entidades financeiras que estão sujeitas ao CONTIF (Plano de Contas das Instituições Financeiras) e as
IAS/IFRS desde 2016 através do Aviso n.º 06/2016, de 22 de Junho do BNA que estipulou a adopção plena das
normas internacionais de contabilidade neste sector de actividade.

1.Organismos que emitem normas internacionais

1.1 A necessidade da existência de organismos internacionais

Para
Reflectir:

Em uma época em que as circunstâncias mudam a uma velocidade quase vertiginosa verificou-se uma
expansão do âmbito de actuação das empresas e dos investidores, fazendo nascer a necessidade de uma
informação financeira elaborado de acordo com um conjunto de princípios comuns a todos os países.
(Almeida e Barros, 2009). O crescente incremento das relações internacionais a nível económico e comercial,
com a consequente implementação de empresas originárias de um país noutros países, conduziu a que
começasse a haver uma harmonização das normas e das políticas contabilísticas dos diferentes países (Costa
e Alves, 2014). Este facto provoca preocupações quanto a forma e conteúdo da informação financeira
emitidas pelas entidades, em particular aquelas que operam em ambientes internacionais ou que cativem
interesses de investidores que actuem a nível mundial.

De acordo com Almeida e Barros (2009), apesar de as primeiras tentativas de regulamentação contabilística
datarem do seculo XIX, o processo harmonizador só conheceu grande desenvolvimento nos EUA com o crash
da bolsa de Nova Iorque, que originou a chamada crise dos anos 29-30, levando ao aparecimento do
movimento de inovação contabilística. Pela primeira vez foi posta em causa a total liberdade de acção que

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havia em termos de matéria contabilística, grande responsável pela falta de comparabilidade da informação
patrimonial que tinha sido divulgada pelas empresas dessa época.

De facto, quem pretender comparar as demonstrações financeiras de empresas pertencentes a dois países
diferentes, tem todo o interesse em que a informação apresentada tenha sido elaborada segundo critérios
uniformes pois, a ausência de comparação origina custos. Surge então a necessidade de definir princípios,
critérios e normas a serem uniformemente seguidos pelas unidades económicas na preparação da sua
contabilidade.

Em síntese podemos apontar os seguintes factores para a harmonização contabilística (Almeida e Barros,
2009):

 Globalização das actividades económicas internacional;


 Dimensão dos mercados mobiliários e transferência de capital;
 Transferência de tecnologia;
 Deslocalização das forças produtivas

A necessidade de harmonização contabilística nasce da constatação de que as práticas contabilísticas variam


de país para país, ou seja, da existência de diferentes sistemas contabilísticos que são influenciados por
factores como: relevância do sistema legal; influência da profissão; dimensão e a complexidade das
empresas; sistema de financiamento das entidades; influência da fiscalidade na contabilidade; vínculo
económico e político com outros países; cultura; nível de inflação; educação, etc.

Existem vários organismos de profissionais e de não profissionais que ao longo dos tempos tem vindo a
debruçar sobre a harmonização contabilística a nível internacional. No entanto, actualmente destaca-se dois
organismos que tem sobressaído neste panorama emitindo normas internacionais de contabilidade:
 IASB – International Accounting Standards Board
 FASB – Financial Accounting Standards Board

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A figura 1 ilustra o processo de harmonização contabilística.

Figura 1 - Processo de harmonização contabilística






Harmonização
 contabilistica
 
 (IASB, FASB)



Fonte: Adaptado de Almeida e Barros (2009)

1.1 . O IASB – International Accounting Standards Board

Em Junho de 1973 os órgãos reguladores (16) dos sistemas contabilísticos de 10 países acordaram em
construir um órgão supranacional que designaram por IASC (International Accounting Standards
Committee) com vista a elaborar normas de aplicação mais universal. Em 2001 na sequência de profundas
reformas estruturais passou a ser designado por IASB (International Accounting Standards Board).
 

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Actualmente as normas do IASB são utilizadas em mais de 140 países.



Desde então o IASC/ IASB foi sofrendo várias alterações, podendo de acordo com Almeida e Barros (2009)
serem sintetizadas em 4 etapas:

Em sintese, os objectivos do IASB são:

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2. Normas internacionais do IASB

2.1 Processo de elaboração das normas internacionais


O processo de elaboração das normas internacionais é longo podendo variar de 24 a 38 meses, ou seja, de
dois a três anos. Isto porque a sua elaboração passa por várias etapas como se retrata na figura 2.

Figura 2 – Processo de elaboração das normas internacionais

9 – 15 MESES 9 – 15 MESES

Projecto
de Análise de Norma
Documento de Análise de comentário
comentário norma Internacional
discussão

6 – 8 MESES
Norma
Consultas efectiva

National
Outros
Standard
Setter
Fonte: Adaptado de Almeida e Barros (2009)

2.2 Apresentação das normas do IASB


As normas emitidas pelo IASB podem ser divididas em 2 grupos:

 


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Borges et al. (2010) define as normas internacionais de contabilidade como sendo convenções, embora não
juridicamente vinculativas, que visam a transparência da informação financeira e cujo conteúdo acomoda os
pontos de vista das empresas, dos contabilistas, dos auditores, dos analistas, dos académicos, etc e que
foram desenvolvidas tendo em atenção as necessidades e interesse de informação para os utentes.

As normas internacionais tem alterações frequentes sendo que actualmente elas são em número de cerca
de 40 sendo que este número vai alterando em função da entrada em vigor de novas normas e a saídas de
outras ou desubstituições de normas em que pode acontecer duas normas virem a ser substituídas por apeas
uma como aconteceu recentemente com a norma do rédito e dos contratos de construção que foram
substituídas por apenas uma nova norma.

Neste momento as normas que se encontram disponíveis são:

International Accounting Standard (IAS)


IAS 1 Apresentação de Demonstrações Financeiras
IAS 2 Inventários
IAS 7 Demonstrações dos Fluxos de Caixa
IAS 8 Políticas Contabilísticas, Alterações nas Estimativas Contabilísticas e Erros
IAS 10 Acontecimentos após a Data do Balanço
IAS 11 Contratos de Construção
IAS 12 Impostos sobre o Rendimento
IAS 16 Activos Fixos Tangíveis
IAS 17 Locações
IAS 18 Rédito
IAS 19 Benefícios dos Empregados
IAS 20 Contabilização dos Subsídios Governamentais e Divulgação de Apoios Governamentais
IAS 21 Os Efeitos de Alterações em Taxas de Câmbio
IAS 23 Custos de Empréstimos Obtidos
IAS 24 Divulgações de Par tes Relacionadas
IAS 26 Contabilização e Relato dos Planos de Benefícios de Reforma
IAS 27 Demonstrações Financeiras Separadas
IAS 28 Investimentos em Associadas
IAS 29 Relato Financeiro em Economias Hiperinflacionárias
IAS 32 Instrumentos Financeiros: Apresentação
IAS 33 Resultados por Acção
IAS 34 Relato Financeiro Intercalar
IAS 36 Imparidade de Activos
IAS 37 Provisões, Passivos Contingentes e Activos Contingentes

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IAS 38 Activos Intangíveis


IAS 39 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração
IAS 40 Propriedades de Investimento
IAS 41 Agricultura
International Financial Reporting Standard (IFRS)

IFRS 1 Adopção pela Primeira Vez das Normas Internacionais de Relato Financeiro

IFRS 2 Pagamento com Base em Acções

IFRS 3 Concentrações de Actividades Empresariais

IFRS 4 Contratos de Seguro


IFRS 5 Activos Não Correntes Detidos para Venda e Unidades Operacionais Descontinuadas

IFRS 6 Exploração e Avaliação de Recursos Minerais

IFRS 7 Instrumentos Financeiros: Divulgações

IFRS 8 Segmentos Operacionais

IFRS 9 Instrumentos Financeiros


IFRS 10 Demonstrações Financeiras Consolidadas

IFRS 11 Empreendimentos Conjuntos

IFRS 12 Divulgações de Interesses em Outras Entidades

IFRS 13 Mensuração do Justo Valor

IFRS 15 Rédito de contratos com clientes

IFRS 16 Locações

International Financial Reporting Interpretations Commitee (IFRIC)

IFRIC 1 Alterações em Passivos por Descomissionamento, Restauro e Outros Semelhantes


IFRIC 2 Acções dos Membros em Entidades Cooperativas e Instrumentos Semelhantes
IFRIC 4 Determinar se um Acordo contém uma Locação
Direitos a Interesses resultantes de Fundos de Descomissionamento, Restauro e
IFRIC 5 Reabilitação Ambiental
Passivos decorrentes da Participação em Mercados Específicos — Resíduos de
IFRIC 6 Equipamento Elétrico e Eletrónico
IFRIC 7 Aplicar a Abordagem da Reexpressão Prevista na IAS 29

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IFRIC 10 Relato Financeiro Intercalar e Imparidade


IFRIC 12 Acordos de Concessão de Ser viços
IFRIC 13 Programas de Fidelização de Clientes
IFRIC 14 Pré-pagamento de um Requisito de Financiamento Mínimo
IFRIC 15 Acordos para a Construção de Imóveis
IFRIC 16 Coberturas de um Investimento Líquido numa Unidade Operacional Estrangeira
IFRIC 17 Distribuições aos Proprietários de Activos que Não São Caixa
IFRIC 18 Transferências de Activos Provenientes de Clientes

IFRIC 19 Extinção de Passivos Financeiros Através de Instrumentos de Capital Próprio


IFRIC 20 Custos de Descobertura na Fase de Produção de uma Mina a Céu Aber to
IFRIC 21 Taxas
IFRIC 22 Transações em moeda estrangeira e retribuição antecipada
IFRIC 23 Incerteza quanto aos tratamentos do imposto sobre o rendimento
Standards Interpretations Commitee (SIC)

SIC -7 Introdução do Euro


SIC -10 Apoios Governamentais — Sem Relação Específica com Actividades Operacionais
SIC -15 Locações Operacionais — Incentivos

SIC -25 Impostos sobre o Rendimento – Alterações na Situação Fiscal de uma Entidade ou de
Accionistas
SIC -27 Avaliação da Substância de Transacções que Envolvam a Forma Legal de uma Locação

SIC -29 Divulgação — Acordos de Concessão de Ser viços

SIC -31 Rédito — Transacções de Troca Directa Envolvendo Ser viços de Publicidade
SIC -32 Activos Intangíveis — Custos com Web Sites


Realça-se que

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2.3. Estrutura das Normas internacionais da IASB


No geral, as normas internacionais de contabilidade têm a estrutura que se segue podendo algumas
normas terem uma estrutura diferente:

1.

3. Comparação das normas internacionais do IASB e o PGC

Uma questão frequente tem sido a seguinte:

Bem, se recuarmos a data da entrada em vigor do PGC, no ano de 2001, dizia que naquela data o PGC estava
mais próximo das normas internacionais pois, o mesmo apesar de não ter abarcado todas as normas
internacionais, foi elaborado espelhando em algumas normas de contabilidade em vigor na data. Aliás, pode-
se dizer que naquela data, o PGC transcreveu as normas internacionais necessárias as pequenas e médias
empresas. No entanto, o processo de harmonizaçao é muito dinâmico e passado 19 anos, o PGC está cada
vez mais distante das normas internacionias pois até aquelas que serviram de base a sua elaboração já
sofreram modificações.

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Olhando para a listagem das normas anteriormente apresentadas podemos chegar a seguinte conclusão:

Comparação IAS/IFRS e o PGC

Consta Não Consta Mais ou menos (partes)


IAS 1 IAS 12 IAS 11
IAS 2 IAS 17 IAS 21
IAS 7 IAS 19 IAS 23
IAS 8 IAS 26 IAS 24
IAS 10 IAS 27 IAS 32
IAS 16 IAS 28 IAS 36
IAS 18 IAS 29 IAS 37
IAS 20 IAS 33 IAS 38
IAS 34 IAS 40
IAS 39 IFRS 5
IAS 41
IFRS1
IFRS 2
IFRS 3
IFRS 4
IFRS 6
IFRS 7
IFRS 8
IFRS 9
IFRS 10
IFRS 11
IFRS 12
IFRS 13
IFRS 15
IFRS 16

Como podemos verificar excepto a IFRS 5, todas as outras IFRS não estão contempladas no PGC. Isto é
facilmente explicado pois as IFRS entraram em vigor a partir de 2001, que coincide com a data da entrada
em vigor do PGC.

De uma forma geral, as normas que “não constam” do PGC abordam situações particulares como:

Agricultura; Contratos de seguro.


Normas sobre determinadas actividades

Relato por segmentos; Relato intercalar.


Relato em situações especiais

Locações; Impostos diferidos.


Contabilização de situações especiais

Concentração da actividade empresarial;


Normas de grupos de empresas
Consolidação, associadas e
empreendimentos conjuntos

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No grupo das normas que classificamos de “mais ou menos” encontramos normas que por sofreram
alterações, o PGC deixou de estar em sintonia plena com elas como, por exemplo, a IAS 11 anulou um dos
métodos de contabilização dos contratos de construção, mas este ainda consta no PGC. Temos também neste
grupo normas que foram abordadas de forma superficial no PGC como é o caso da IAS 21 e da IFRS 5, como
adiante abordaremos.

Em sintonia com o PGC encontramos as normas mais do dia-a-dia como o inventário, o imobilizado e as
demonstrações financeiras.

4.Breve resumo das IAS/IFRS


IAS 1 - APRESENTAÇÃO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Para conseguir este objectivo, esta norma desenvolve requisitos globais para a apresentação das
demonstrações financeiras, directrizes para a sua estrutura e requisitos mínimos para o respectivo conteúdo.

Por exemplo, define que um conjunto completo de demonstrações financeiras inclui:

(a) um balanço;
(b) uma demonstração dos resultados;
(c) uma demonstração de alterações no capital próprio que mostre ou:
(i) todas as alterações no capital próprio; ou
(ii) as alterações no capital próprio que não sejam as provenientes de transacções com detentores de capital
próprio agindo na sua capacidade de detentores de capital próprio;
(d) uma demonstração de fluxos de caixa; e
(e) notas, compreendendo um resumo das políticas contabilísticas significativas e outras notas explicativas.

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IAS 2 INVENTÁRIOS

Esta norma proporciona também orientação sobre as fórmulas de custeio que sejam usadas para atribuir
custos aos inventários.

IAS 7 – DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA

A informação acerca dos fluxos de caixa de uma entidade é útil ao proporcionar aos utentes das
demonstrações financeiras uma base para determinar a capacidade da entidade para gerar dinheiro e
equivalentes e determinar as necessidades da entidade de utilizar esses fluxos de caixa. As decisões
económicas que sejam tomadas pelos utentes exigem uma avaliação da capacidade de uma entidade de
gerar dinheiro e seus equivalentes e a tempestividade e certeza da sua geração.

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IAS 8 - POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS, ALTERAÇÕES NAS ESTIMATIVAS CONTABILÍSTICAS E ERROS

A norma destina-se a melhorar a relevância e a fiabilidade das demonstrações financeiras de uma entidade,
e a comparabilidade dessas demonstrações financeiras ao longo do tempo com as demonstrações financeiras
de outras entidades.

Resumidamente a norma estipula que:

IAS 10 ACONTECIMENTO APÓS A DATA DE BALANÇO

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A norma também exige que uma entidade não deve preparar as suas demonstrações financeiras numa base
de continuidade se os acontecimentos após a data do balanço indicarem que o pressuposto da continuidade
não é apropriado.

De acordo com a norma podemos identificar dois tipos de acontecimentos:

IAS 11 – CONTRATOS DE CONSTRUÇÃO

Assim consegue-se apurar os resultados das obras em cada período. Regra geral, os contratos de construções
têm início num exercício contabilístico diferente daquele em que terminam.

Esta norma aplica-se nos contratos de construção, mas apenas nas demonstrações financeiras das entidades
construtoras.

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No que toca aos métodos de reconhecimento do rédito, existe uma diferença em relação ao PGC pois este
ainda contempla o método do contrato completado que foi retirado da IAS 11.

IAS 12 – IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTO

O assunto principal na contabilização dos impostos sobre o rendimento é o de como contabilizar os impostos
correntes e futuros consequentes de:

 Recuperação futura da quantia escriturada de activos que sejam reconhecidos no balanço de uma
entidade

 Liquidação futura da quantia escriturada de passivos que sejam reconhecidos no balanço de uma
entidade

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IAS 16 - ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS

Os principais aspectos a considerar na contabilização dos activos fixos tangíveis são o reconhecimento, a
determinação da quantia escriturada, a depreciação e as perdas por imparidade.

IAS 17 – LOCAÇÕES

A classificação de locações adoptada nesta norma baseia-se na extensão até à qual os riscos e vantagens
inerentes à propriedade de um activo locado permanecem no locador ou no locatário. Assim:

 Uma locação é classificada como uma locação financeira se ela transferir substancialmente todos
os riscos e vantagens inerentes à propriedade.
 Uma locação é classificada como uma locação operacional se ela não transferir substancialmente
todos os riscos e vantagens inerentes à propriedade.

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Esquematizando:

IAS 18 – RÉDITO

Aplicada na contabilização do rédito proveniente das transacções e acontecimentos seguintes:


(a) venda de bens;
(b) prestação de serviços; e
(c) juros, royalties e dividendos

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IAS 19 – BENEFÍCIOS DOS EMPREGADOS

A norma requer que uma entidade reconheça:

 Um passivo quando um empregado tiver prestado serviços em troca de benefícios de empregados a


serem pagos no futuro;

 Um gasto quando a entidade consumir o benefício económico proveniente do serviço proporcionado


por um empregado em troca dos benefícios dos empregados.

IAS 20 - CONTABILIZAÇÃO DOS SUBSÍDIOS DO GOVERNO E DIVULGAÇÃO DE APOIOS DO GOVERNO

De forma resumida preconiza que:

 Os subsídios do Governo devem ser reconhecidos como lucros ou perdas numa base sistemática
durante os períodos nos quais a entidade reconhece como gastos os custos relativos, que os
subsídios visam compensar;
 Os apoios devem ser divulgados.

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IAS 21 – OS EFEITOS DAS ALTERAÇÕES NAS TAXAS DE CÂMBIO

A fim de incluir transacções em moeda estrangeira e unidades operacionais no estrangeiro nas


demonstrações financeiras de uma empresa, as transacções têm de ser expressas na moeda de relato da
empresa e as demonstrações financeiras de unidades operacionais estrangeiras necessitam de ser
transpostas para a moeda de relato da empresa.

Resumidamente preconiza que:

Reconhecimento inicial

Na data do reconhecimento inicial uma transacção em moeda estrangeira deve ser registada na moeda
funcional, pela aplicação à quantia de moeda estrangeira da taxa de câmbio entre a moeda funcional e a
moeda estrangeira à data da transacção.

Reconhecimento à data do balanço


a) Itens monetários em moeda estrangeira

taxa de fecho

b) Itens não monetários em moeda estrangeira reconhecidos ao custo histórico

taxa de câmbio à data da transacção

c) Itens não monetários reconhecidos ao justo valor

taxas de câmbio que existiam quando os justos valores foram estabelecidos

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IAS 23 – CUSTOS DOS EMPRÉSTIMOS OBTIDOS

Resumidamente:

 Geralmente os custos de empréstimos devem ser considerados gastos dos períodos a que respeitam.

 Exceptua-se os relativos à aquisição / construção de activos que se qualifica, caso em que é permitida
a capitalização

IAS 24 - DIVULGAÇÕES DE PARTES RELACIONADAS

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IAS 26 - CONTABILIZAÇÃO E RELATO DOS PLANOS DE BENEFÍCIOS DE REFORMA

IAS 27 – DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS SEPARADAS

Demonstrações financeiras separadas são as que são apresentadas por uma empresa-mãe (ou seja, um
investidor que exerce controlo sobre uma subsidiária) ou por um investidor que exerce o controlo conjunto
ou uma influência significativa sobre uma investida, em que os investimentos são contabilizados pelo custo
ou em conformidade com a IFRS 9 Instrumentos Financeiros.

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APRESENTAÇÃO DAS NORMAS INTERNACIONAIS

IAS 28 - INVESTIMENTOS EM ASSOCIADAS E EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS

Associada é uma entidade sobre a qual o investidor tenha influência significativa e que não seja nem
subsidiária nem um interesse num empreendimento conjunto.

Empreendimento conjunto é um acordo conjunto pelo qual as partes que detêm o controlo conjunto do
acordo têm direitos sobre os ativos líquidos do acordo. Estas partes são denominadas empreendedores
conjuntos.

IAS 29 – RELATO FINANCEIRO EM ECONOMIAS HIPERINFLACIONÁRIAS

Esta norma deve ser aplicada às demonstrações financeiras principais, incluindo as demonstrações
financeiras consolidadas de qualquer empresa que relata na moeda de uma economia hiperinflacionária.

Características de uma economia hiperinflacionária:

 A população em geral prefere guardar a sua riqueza em activos não monetários ou em moeda
estrangeira relativamente estável. As quantias da moeda local detidas são imediatamente investidas
para manter o poder de compra;
 A população em geral vê as quantias monetárias não em termos de moeda local, mas em termos de
uma moeda estrangeira estável. Os preços podem ser cotados nessa moeda;

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EAC (Estágio Ambiente Controlado) 1ª ed. 2020

 As vendas e compras a credito têm lugar a preços que compensem a perda esperada de poder de
compra;
 As taxas de juros, salários e preços estão ligados a um índice de preços;
 A taxa acumulada de inflação durante três anos se aproxime de, ou exceda, 100%.

IAS 32 – INSTRUMENTOS FINANCEIROS – APRESENTAÇÃO

IAS 33 - RESULTADOS POR ACÇÃO

Mesmo que os dados dos resultados por acção tenham limitações por causa das diferentes políticas
contabilísticas que podem ser usadas para determinar «resultados», um denominador determinado
consistentemente melhora o relato financeiro. O foco desta Norma está no denominador do cálculo dos
resultados por acção.

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APRESENTAÇÃO DAS NORMAS INTERNACIONAIS

IAS 34 – RELATO FINANCEIRO INTERCALAR

A divulgação de demonstrações intermediarias, não é obrigatória, mas se a empresa divulga voluntariamente


ou por exigência de órgãos reguladores, deve elaborá-la conforme o IAS 34. É obrigatório para entidades com
valores mobiliários negociados em Bolsa e para as que se preparem para o processo de admissão dos seus
valores mobiliários à negociação em bolsas.

IAS 36 – IMPARIDADE

De uma forma geral esta norma pretende assegurar que os ativos não sejam registados por um valor
superior ao seu valor recuperável e definir uma adequada metodologia de fixação do valor recuperável
(Impairment Test).

Uma perda por imparidade é a quantia pela qual a quantia escriturada de um activo excede a sua quantia
recuperável.

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IAS 37 - PROVISÕES, PASSIVOS CONTINGENTES E ACTIVOS CONTINGENTES

Resumidamente:

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APRESENTAÇÃO DAS NORMAS INTERNACIONAIS

IAS 38 - ACTIVOS INTANGÍVEIS

IAS 39 - INSTRUMENTOS FINANCEIROS: RECONHECIMENTO E MENSURAÇÃO

IAS 40 PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO

Propriedade de investimento é a propriedade (terreno ou um edifício - ou parte de um edifício - ou ambos)


detida (pelo proprietário ou pelo locatário numa locação financeira) para obter rendas ou para valorização
do capital ou para ambas, e não para: (a) uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços ou para
finalidades administrativas; ou (b) venda no curso ordinário do negócio.

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IAS 41 – AGRICULTURA

IFRS 1 - ADOPÇÃO PELA PRIMEIRA VEZ DAS NORMAS INTERNACIONAIS DE RELATO FINANCEIRO

A informação de elevada qualidade deve:

a) ser transparente para os utentes e comparável em todos os períodos apresentados;

b) proporcionar um ponto de partida conveniente para a contabilização segundo as Normas Internacionais


de Relato Financeiro(IFRS); e

c) ser gerada a um custo que não exceda os benefícios para os utentes

IFRS 2 - PAGAMENTO COM BASE EM ACÇÕES

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APRESENTAÇÃO DAS NORMAS INTERNACIONAIS

Em particular, ela exige que uma entidade reflicta nos seus lucros ou prejuízos e posição financeira os efeitos
das transacções de pagamento com base em acções, incluindo os gastos associados a transacções em que
opções sobre acções são concedidas aos empregados.

IFRS 3 - CONCENTRAÇÕES DE ACTIVIDADES EMPRESARIAIS

Em particular, a norma especifica que todas as concentrações de actividades empresariais devem ser
contabilizadas pela aplicação do método de compra. Por isso, a adquirente reconhece os activos, passivos e
passivos contingentes identificáveis da adquirida pelos seus justos valores à data de aquisição, e reconhece
também o goodwill, que é posteriormente testado quanto a imparidade em vez de ser amortizado.

IFRS 4 - CONTRATOS DE SEGURO

Esta norma será substituída pela IFRS 17 com entrada em vigor a partir de 2021.

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IFRS 5 – ACTIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA E UNIDADES OPERACIONAIS


DESCONTINUADAS

Em particular, esta norma exige que os activos que satisfaçam os critérios de classificação como detidos para
venda:

(a) Sejam mensurados pelo menor valor de entre a quantia escriturada e o justo valor menos os custos
de vender, devendo a sua depreciação cessar; e

(b) Sejam apresentados separadamente na face do balanço, sendo os resultados das unidades
operacionais descontinuadas apresentados separadamente na demonstração dos resultados.

IFRS 6 - EXPLORAÇÃO E AVALIAÇÃO DE RECURSOS MINERAIS

IFRS 7 - INSTRUMENTOS FINANCEIROS: DIVULGAÇÕES

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APRESENTAÇÃO DAS NORMAS INTERNACIONAIS

IFRS 8 - SEGMENTOS OPERACIONAIS

Uma entidade deve divulgar informações que permitam aos utentes das suas demonstrações financeiras
avaliar a natureza e os efeitos financeiros das actividades de negócio em que está envolvida, assim como os
ambientes económicos em que opera.

Para ultrapassar as limitações da informação contabilística global e no sentido de proporcionar informação


que responda às preocupações expressas no parágrafo anterior, tem vindo a ser divulgada a necessidade das
empresas, ou grupo de empresas, divulgarem a sua informação financeira por segmentos.

IFRS 9 - INSTRUMENTOS FINANCEIROS

Esta norma substitui a IAS 39 sendo que as grandes mudanças prendem com:

 à classificação e mensuração dos ativos financeiros, introduzindo uma simplificação na classificação


com base no modelo de negócio definido pela gestão;
 ao reconhecimento da componente de “own credit risk” na mensuração voluntária de passivos ao
justo valor;
 ao reconhecimento de imparidade sobre créditos a receber, com base no modelo de perdas
estimadas em substituição do modelo de perdas incorridas;
 às regras da contabilidade de cobertura, que se pretende que estejam mais alinhadas com o racional
económico da cobertura de riscos definido pela Gestão

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IFRS 10 - DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

Resumindo:

 Exige que uma entidade (a empresa-mãe) que controla uma ou várias outras entidades (subsidiárias)
apresente demonstrações financeiras consolidadas;

 Estabelece os requisitos contabilísticos para a preparação de demonstrações financeiras


consolidadas.

IFRS 11 – ACORDOS CONJUNTOS

Um acordo conjunto é um acordo sobre o qual duas ou mais partes têm o controlo conjunto.

IFRS 12 - DIVULGAÇÃO DE INTERESSES NOUTRAS ENTIDADES

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APRESENTAÇÃO DAS NORMAS INTERNACIONAIS

IFRS 13 - MENSURAÇÃO PELO JUSTO VALOR

Justo Valor é o preço que seria recebido pela venda de um activo ou pago para transferir um passivo numa
transacção ordenada entre participantes no mercado à data da mensuração.

IFRS 15 - RÉDITO DE CONTRATOS COM CLIENTES

Exige que a entidade reconheça o rédito quando a obrigação contatual de entregar ativos ou prestar serviços
é satisfeita e pelo montante que reflete a contraprestação a que a entidade tem direito, conforme previsto
na “metodologia das 5 etapas” composto pelas seguintes etapas:
i) identificação do(s) contrato(s) com um cliente;
ii) identificação das obrigações contratuais;
iii) determinação do preço da transação;
iv) alocação do preço de transação às obrigações contratuais; e
v) reconhecimento do rédito quando (ou na medida em que) a entidade satisfaça determinada
obrigação contratual.

Esta norma substitui a IAS11, IAS 18, IFRIC 13, IFRIC 15, IFRIC 18 e a SIC 31.

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IFRS 16 - LOCAÇÕES

Esta norma substitui a IAS 17. A principal alteração consiste no reconhecimento das locações anteriormente
designadas como operacionais no balanço do locatário que passa a ser efetuado como um activo, referente
ao direito de uso do item locado, e como um passivo, pela obrigação de pagamento dos encargos à locadora

5. Referências bibliográficas
ALMEIDA, R. e outros. (2014): O Plano Geral de contabilidade Angolano explicado, ATF, Edições Técnicas,
Lisboa.

BORGES, A.; RODRIGUES, A.; RODRIGUES, R. (2010): Elementos de Contabilidade Geral; Áreas Editora, S.A.,
25ª edição, Lisboa.

COSTA, C. e ALVES, G. (2014): Contabilidade Financeira; Rei dos Livros, 9ª Edição, Lisboa.

Normas internacionais do IASB.

O plano geral de contabilidade (Angolano)

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