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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

DEPARTAMENTO DE QUÍMICA

Felipe Carlos de Moura


Letícia Alves de Paula
Mirlene Maria Fernandes de Souza

Química bioinorgânica: metaloproteínas


Carboxipeptidase A

Belo Horizonte
2020
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Sumário

1 O QUE É A CARBOXIPEPTIDASE A? ----------------------------------------------------- 3

2 ORIGENS E DESCOBERTA DA METALOPROTEÍNA CPA -------------------------- 3

3 A FUNÇÃO BIÓLOGICA DA CPA NOS ORGANISMOS ----------------------------- 4

4 A ESTRUTUURA DA CARBOXIPEPTIDASE A ---------------------------------------- 5

5 O MECANISMO DE ATUAÇÃO NOS SERES VIVOS ----------------------------------

6 ESTUDOS IMPORTANTES ENVOLVENDO A CARBOXIPEPTIDASE A ---------

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ------------------------------------------------------------

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1. O que é a Carboxipeptidase A?
A Carboxipeptidase A (CPA) é uma metaloproteína pancreática que catalisa a
clivagem de uma ligação peptídica em uma cadeia de polipeptídeos, essa clivagem
acontece especificamente no aminoácido terminal C. O metal presente no sítio ativo
dessa proteína é o íon Zn2+.

Figura 1 – Carboxipeptidase A
bovina.
Fonte: Protein Data Bank, Lipscomb (1982).

2. Origens e descoberta da metaloproteína CPA


A Carboxipeptidase A foi isolada pela primeira vez por Waldschmidt-Leitz e Purr em
1929, sendo cristalizada por Anson em 1937. Ela foi a primeira metaloproteína e a
segunda enzima de zinco a ser identificada.
Em 1953, Thompson estabeleceu que a CPA era uma única cadeia peptídica e em
1967, Reeke determinou que a carboxipeptidase é composta por 307 resíduos de
aminoácidos.
Folk e Schirmer isolaram o carboxipeptidase suína em 1963 e em 1969 Bradshaw
determinou a sequência para a CPA presente nos bovinos.

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3. A função biológica da CPA nos organismos
A função da Carboxipeptidase A é catalisar a clivagem (por hidrólise) da ligação
peptídica em aminoácidos terminais C de uma cadeia polipeptídica.

Figura 2 – Clivagem da ligação peptídica em aminoácido terminal catalisada por CPA.

Fonte: HOUSECROFT, C. E.; SHARPE A. G. Inorganic Chemistry: 4. ed. Pearson. 2012. p. 1099.

A CPA apresenta uma alta seletividade por substratos em que o aminoácido terminal
C, onde acontecerá a clivagem catalisada pela metaloproteína, apresente um
substituinte alifático volumoso ou que contenha um grupo aromático. Esse fato pode
ser explicado visto que existe uma bolsa hidrofóbica próxima ao sítio ativo da enzima
que acomoda esses grupos adequadamente.
Na figura 3 abaixo estão possíveis grupos R’, presentes no aminoácido terminal, os
quais se enquadram nos critérios de seletividade da Carboxipeptídase A.

Figura 3 – Grupos R do aminoácido terminal.

Fonte: FELTRE, R. Química Orgânica: 7. ed. Moderna. 2008. p. 395.

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4. A estrutura da Carboxipeptídase A
A Carboxipeptídase A é monomérica e existe em três possíveis formas: alfa (α), beta
(β) e gama (γ). As possíveis formas contém, respectivamente, 307, 305 e 300
aminoácidos.
O íon zinco está presente no sítio ativo da proteína em uma bolsa perto da superfície
e é coordenado por uma cadeia lateral de glutamato bidentado (Glu 72) e duas
cadeias laterais de histidina (His 69 e His 196). Uma esfera de coordenação
pentacoordenada é formada por uma molécula de água, como está representada na
estrutura (a) presente na Figura abaixo.

Figura 6 – As estruturas dos sítios ativos em (a) α-carboxipeptidase A isolada de pâncreas bovino e
(b) carboxipeptidase G2 isolada de pseudomonas. O íon zinco está representado em amarelo.

Fonte: HOUSECROFT, C. E.; SHARPE A. G. Inorganic Chemistry: 4. ed. Pearson. 2012. p. 1099.

5. O mecanismo de atuação nos seres vivos

6. Estudos importantes envolvendo a Carboxipeptídase A


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