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Simpósio Planejamento das Apli- Organização: International Water Contato: S.P. Kaushisj
cações do Sistema Termovisão nas Association - IWA Telefone: ++91 11 6116567 / 6115984
Instalações Elétricas da Sabesp Contato: Ms M. Bates - Quitz Event cbip@nda.vsnl.net.in
Local: São Paulo, São Paulo, Brasil Management Assuntos: Qualidade da água, geren-
Data: 19/02/2002 Telefone: ++61 294 101 302 ciamento, recursos hídricos
Organização: Superintendência de quitz@bigpond.net.au ou
Manutenção Guarapiranga - AG www.iwa-2002.com
Contato: Inês Assuntos: Túnel, monitoramento, AESABESP
Telefone: (11) 5683 3127 meio ambiente
Instrutor responsável: Sr. Paulo XIII Encontro Técnico
Henrique/ Sr. Alexandre. Curso de Inspeção/Operação de Período: 27, 28 e 29/08/2002
iribeiro@sabesp.com.br Sistemas de Proteção Catódica em A AESABESP estará recebendo os
Assuntos: Manutenção, instalação Dutos Terrestres e Tanques de resumos dos técnicos, para avaliação
elétrica, termovisão Armazenamento e seleção, até o dia 22/04/2002. A
Local: São Paulo, São Paulo, Brasil versão completa dos trabalhos sele-
Water Sources Conference and Período: 15/04/2002 a 17/04/2002 cionados deverá ser entregue até o
Exhibition - Reuse, Resources, Organização: Instituto Brasileiro de dia 08/06/2002. Informações: secre-
Conservation Petróleo e Gás - IBP taria da AESABESP, tel. 3824 6420.
Local: Las Vegas, Nevada, EUA Telefone: (21) 2240 1237 E-mail: aesabesp@aesabesp.com.br
Período: 27/01/2002 a 30/01/2002 abraman@abraman.org.br
Organização: American Water Works Assuntos: Manutenção, proteção Tarde de Tecnologia
Association - AWWA catódica, sistemas de proteção Vantagens e aplicações para trata-
www.awwa.org/exhibition mento de água do produto CLOR-IN
Assuntos: Reúso, conservação 2nd International Conference : em caixa d’água e caminhões-pipa.
ambiental, tratamento Water Quality Management Promoção: AESABESP - Pólo Sul
Local: New Delhi, Índia Data: dia 22/02/02, das 14 às 17h no
3rd IWA World Congress Período: 06/02/2002 a 08/02/2002 auditório ABV.
Local: Melbourne, Austrália Organização: Indian Committee on Palestrantes: Deise Moreira Paulo e
Período: 07/04/2002 a 12/04/2002 Large Dams - INCOLD Marco Brazão Arnaldo Guinle.
O Calendário Eventos Técnicos 2002 completo está disponibilizado na intranet da Sabesp, na página da TD -
Superintendência de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico.
Águas subterrâneas e
gestão integrada
Aldo da C. Rebouças
1. Introdução 2. Objetivos
A Lei estadual nº 997 regulamentada pelo - Verificar o efeito do sulfato sobre o pro-
Decreto nº 8.468 de 08/09/76 em seu Artigo cesso de lodos ativados quanto à floculação,
19-A define que a concentração máxima do alteração na microfauna e eficiência na remo-
íon sulfato que uma empresa pode descarre- ção de matéria carbonácea.
gar nos coletores públicos de esgotos é de 1.000 - Verificar a quantidade de sulfato removida
mg/L. Assim, as empresas que apresentam em no tratamento primário e secundário, visando
seus efluentes quantidades de sulfato acima análise de balanço de massa.
Pesquisa & Desenvolvimento
24/10/00.
09/11/00.
28/11/00.
13/12/00.
29/12/00.
17/01/01.
02/02/01.
19/02/01.
12/03/01.
29/03/01.
20/04/01.
09/05/01.
28/05/01.
22/06/01.
11/07/01.
Tabela 1 - Remoção de DQO nos reatores aerados 1 e 2 No presente estudo, após um período de
aproximadamente 20 dias, os dois sistemas
Reator 1 Reator 2 voltaram à normalidade apresentando uma
Mês Afluente Efluente Remoção Afluente Efluente Remoção DQO no efluente final de aproximadamente 60
mg/L mg/L mg/L mg/L mg/L, valor compatível com a DQO média no
efluente final medida entre outubro a maio/01
Out/00 572,6 98,8 82 % 550,5 101,3 82 % de 79,3 mg/L e 84,1 mg/L respectivamente para
Nov/00 750,6 85,0 88 % 742,1 94,6 87 % os reatores aerados 1 e 2.
Dez/00 424,2 70,0 76 % 480,9 69,6 79 %
Jan/01 502,8 93,7 81 % 519,6 100,5 81 %
O monitoramento realizado para verificar a
Fev/01 592,5 60,7 89 % 613,0 57,3 90 % eficiência na remoção da DBO5 mostrou que
Mar/01 628,4 68,7 88 % 663,0 74,5 88 % a remoção foi praticamente a mesma nos dois
Abr/01 769,2 82,1 89 % 761,7 95,0 87 % reatores aerados.
Mai/01 700,6 82,1 88 % 644,5 90,1 86 % Embora o sistema não tenha sido operado
Jun/01 837,5 223,3 72 % 776,4 196,7 76 % visando a nitrificação, monitorou-se as con-
Jul/01 743,9 95,6 87 % 661,1 91,6 86 % centrações de nitrogênio amoniacal nos afluen-
tes e efluentes dos sistemas de lodos ativados
valores variando entre 8 e 9 mg/L, respectiva- para verificar se as concentrações de sulfato
mente, para os reatores aerados 1 e 2. poderiam alterar o processo de nitrificação.
Monitorou-se a eficiência de remoção de DQO Segundo METCALF & EDDY (1.991) concen-
e DBO5 nos dois reatores aerados. As amostras trações de 500 mg SO4-2/L inibem o processo
dos efluentes foram filtradas antes da realização de nitrificação. Provavelmente, esta limitação
das análises (papel de filtro rápido) para remoção deve-se aos estudos que consideram as bacté-
de possíveis sólidos em suspensão. rias nitrificadoras mais sensíveis aos elementos
Na tabela 1 reportam-se as concentrações tóxicos do que as bactérias que participam do
médias de DQO nos afluentes e efluentes dos processo de remoção carbonácea.
reatores e a respectiva remoção. Nos afluentes aos reatores aerados, a concen-
O aumento da concentração de DQO no tração média de nitrogênio amoniacal esteve entre
efluente e a conseqüente diminuição na remo- 20 e 50 mg/L. Pode-se considerar que os dois rea-
ção nos dois reatores no mês de junho/01 pode tores foram alimentados com a mesma carga. Na
ser atribuída ao aumento da concentração de sul- figura 3, mostram-se as variações da concentra-
fato na alimentação dos reatores. Neste período, ção de nitrogênio amoniacal nos efluentes dos rea-
os reatores aerados mantinham uma concentra- tores aerados. Considerando a concentração de
ção de sólidos em suspensão totais voláteis está- nitrogênio amoniacal de 5,0 mg/L como referên-
veis, porém, houve um aumento da perda de cia, observa-se que em vários períodos, indepen-
sólidos pelo efluente do decantador secundário. A dentemente da concentração de sulfato, o processo
perda de SSV dos dois reatores aerados deveu-se de nitrificação ocorreu em níveis elevados.
a desfloculação do floco. Este fenômeno também A explicação para as grandes variações
foi observado pelos pesquisadores ALEM SOBRI- observadas deve-se a quantidade insuficiente
NHO, et.al. (2000), que realizaram pesquisa de alcalinidade presente no esgoto afluente aos
visando uma adaptação natural da biomassa de reatores aerados. Como o sistema não foi ope-
lodos ativados a altas concentrações de fenóis. rado visando a nitrificação, não houve a suple-
mentação de alcalinidade. A deficiência na
140,0
Efl. reator 1 Conc. Sulfatos:
quantidade de alcalinidade provoca a diminui-
120,0 Efl. reator 2 R1 = 2.486 mg/L ção no valor de pH do lodo biológico, fazendo
Nitr. amoniaca (mg/L)
2.403 mg SO4-2/L.
– Digestor anaeróbio 2: out/00 a jan/01 - 602
Figura 3 - Concentração de nitrogênio amoniacal nos efluentes dos mg SO4-2/L; fev a mai/01 - 1.638 mg SO4-2/L;
reatores aerados 1 e 2 2.427 mg SO4-2/L.
Remoção de DQO
29%
O digestor anaeróbio 1 foi alimentado com 25%
lodo com concentração média de ST e STV, res- 20%
Digestor anaeróbio 1
pectivamente de 20.433 mg/L e 11.642 mg/L, 15%
Remoção mínima - ETE Suzano
enquanto o digestor anaeróbio 2 apresentou 10% Digestor anaeróbio 2
concentrações de ST e STV, respectivamente, 5% Remoção média - ETE Suzano
A taxa de destruição de voláteis para os dois nov/00 dez/00 jan/01 fev/01 mar/01 abr/01 mai/01 jun/01 jul/01
digestores é mostrada na figura 4, onde se pode Figura 4 - Comparação entre a destruição de sólidos voláteis nos digestores
comparar com a destruição dos voláteis no anaeróbios 1 e 2 com o digestor anaeróbio da ETE Suzano
digestor da ETE Suzano/Sabesp.
O aumento da destruição de voláteis no mês 50%
de março/01 pode ser atribuído ao aumento na 45%
concentração de sulfatos no lodo de alimentação. 40%
Na sulfetogênese os compostos de enxofre são
Destruição de sólidos voláteis
35%
utilizados como aceptores de elétrons para oxida- 30%
32%
O stress da água e
o futuro dos mananciais
Estrangulados por ocupações irregulares,
mananciais da RMSP vivem momentos dramáticos
■ Rui Assis Brasil de Bacia, já prevista quando da lei pela nova legislação de mananciais,
Secretário Adjunto da Secretaria que instituiu o Sistema Estadual de a Lei 9866/97, proposta pelo Gover-
Estadual de Recursos Hídricos, Gerenciamento de Recursos Hídri- nador Mário Covas e aprovada pela
Saneamento e Obras cos, mas que agora passa a ter, e Assembléia Legislativa. Essa nova lei
isto merece especial destaque, algu- tem abrangência estadual e estabe-
Dentro dos Projetos de Leis Espe- mas funções também relacionadas ao lece critérios gerais para as ações nas
cíficas que estão sendo preparados uso e ocupação do solo. Finalmente, áreas pertencentes às bacias hidro-
para envio à Assembléia Legisla- são mantidas onde já estavam fun- gráficas de corpos d´água utilizados
tiva, como se dará a divisão de ções importantes como a de licen- como manancial. Ao contrário da
responsabilidades na gestão dos ciamento ambiental. Observo que Lei 1172, que detalhava as condições
mananciais entre os órgãos e com- as leis específicas devem seguir este e critérios de uso e ocupação do
panhias ligadas à Secretaria de padrão, que lhes é anterior, podendo, solo comuns a todos os mananciais
Recursos Hídricos e demais orga- no entanto, detalhar alguns pontos da RMSP, a Lei 9866 determina que
nismos, como Secretaria do Meio no sentido de permitir maior capa- para cada bacia ou sub-bacia utili-
Ambiente, CETESB e prefeituras? cidade operacional do sistema. Em zada como manancial seja proposta
O futuro sistema de gestão para particular, o anteprojeto de lei para pelo respectivo Comitê de Bacia e
as áreas de mananciais já está pre- a bacia do Guarapiranga estabelece aprovada pela Assembléia Legislativa
visto na Lei Estadual 9.866/97, e será critérios para separar empreendi- uma lei específica, com o detalha-
vinculado ao Sistema Estadual de mentos de natureza mais local, que mento dos parâmetros urbanísticos e
Gerenciamento de Recursos Hídri- passariam a ser licenciados pelas Pre- impactos na qualidade da água con-
cos. Assim, deverá ser constituído feituras Municipais, e de natureza siderados para aquele manancial. A
pelo Comitê ou Sub-Comitê de regional, que continuariam a cargo partir de uma moldura geral, a pró-
Bacia, pelo órgão técnico e pelas da Secretaria de Meio Ambiente do pria Lei 9866, cada manancial deverá
demais organizações da adminis- Governo do Estado. ter sua lei específica.
tração pública que têm responsa-
bilidades legais sobre o território Qual o cronograma da tramitação
a ser gerido. O Comitê ou Sub- ■ Rodolfo Costa e Silva e aprovação desses projetos?
Comitê é o grande fórum de dis- Deputado Estadual (PSDB), Presidente A elaboração das leis é um processo
cussão do sistema de gestão, local da Comissão de Meio Ambiente e Sa- de maturação longo na medida em
de debate e, eventualmente de deli- neamento da Assembléia Legislativa/SP que envolve a participação dos três
beração, sobre matérias de inte- segmentos que compõem o sistema
resse público comum e relevante. Qual é a interrelação entre os proje- de gestão de recursos hídricos no
Sua composição é tripartite, com tos de lei em tramitação na Assem- Estado: Governo Estadual, Municí-
igual número de representantes do bléia Legislativa de interesse para pios e Sociedade Civil. Por isso, no
Governo do Estado, das prefeitu- a gestão dos mananciais da Região sentido de possibilitar o atendimento
ras municipais e das organizações Metropolitana de São Paulo? de demandas da sociedade, antes
civis. Chamo a atenção, particular- A Lei da Cobrança do Uso da Água, mesmo da aprovação da lei especí-
mente, para o fato de o Comitê as Leis Específicas das Sub-bacias e fica, é que foi proposta a alteração da
ter a responsabilidade de aprovar, a Regulamentação do Art.53 tratam regulamentação do artigo 53 da Lei
previamente ao envio à Assem- todas da mesma questão, ou seja, 1172, cujos critérios só serão substi-
bléia Legislativa, o chamado PDPA das condições de uso e ocupação tuídos após a aprovação pela Assem-
- Plano de Desenvolvimento e Pro- do solo em áreas de mananciais. A bléia Legislativa das leis específicas.
teção Ambiental da Bacia, que é Lei 1172 é a Lei de Proteção aos Já a cobrança pelo uso da água, que
um documento norteador da ação Mananciais da Região Metropoli- está andando em paralelo, refere-se
pública estadual e municipal no ter- tana de São Paulo, com abrangên- a todas as bacias do Estado, sejam
ritório. O órgão técnico do sistema cia limitada a essa região. Essa lei ou não utilizadas como mananciais
deverá ser, por sua vez, a Agência está em processo de substituição para consumo humano.
Artigo 53 - Discórdia
T odas as idéias, opiniões, discur-
sos e sugestões valem pouco
sem passar pelo processo de for-
deputado Rodolfo Costa e Silva,
presidente da Comissão de Recur-
sos Hídricos e Meio Ambiente da
à preservação, em outras áreas. O
ponto convergente das duas pro-
postas é a obrigatoriedade da liga-
malização legal. É na Assembléia Assembléia Legislativa. ção de esgoto nestas propriedades.
Legislativa do Estado que decide-se Há, no entanto, mais confusões Deixando de lado o consenso
a legislação para os mananciais. do que os olhos podem ver. Costa e em torno da necessidade do afas-
As atenções estão em três prin- Silva lembra que“a elaboração das leis tamento e tratamento dos esgotos
cipais leis. A primeira delas, a Lei é um processo negociado, na medida gerados, sobram argumentos contra
1172/76, é de Proteção aos Manan- em que envolve a participação dos e a favor da compensação ambiental.
ciais da Região Metropolitana de três segmentos que compõem o sis- “Somente no Município de São Paulo
São Paulo, com abrangência limi- tema de gestão de recursos hídricos existem 40 mil famílias em favelas
tada a essa região. Ela pecava por ser no Estado: Municípios, Sociedade em áreas de mananciais. Como essas
genérica, na medida em que ditava Civil e Governo Estadual”. pessoas poderiam pagar por outro
a todas as bacias as mesmas leis. terreno e ter a propriedade de barra-
Sendo assim, a Lei 1172/76 foi Regularização - Os projetos de cos?”, questiona Ana Lúcia Ancona,
substituída pela nova legislação leis específicas para as regiões de coordenadora do Programa Alto
de mananciais, por proposta de mananciais estavam em fase final de Tietê - Guarapiranga Billings, na Pre-
projeto de lei de iniciativa do redação nos sub-comitês, quando feitura de São Paulo.
Governador Mário Covas, em 1997, o Governo Estadual encaminhou à O ex-secretário estadual de Meio
transformada na Lei 9.866/97. A Assembléia Legislativa, através da Ambiente, Ricardo Trípoli, justi-
grande novidade é acabar com a Secretaria do Meio Ambiente, pro- fica a regulamentação do artigo 53
idéia de que todas as bacias e jeto de regulamentação do artigo com a demora na elaboração das
mananciais podem ser regidos por 53 da Lei 1172/76 possibilitando leis específicas de cada manancial,
uma legislação única que, por natu- a regularização de imóveis em como determinava a lei 9866/97.
reza, não dá conta da complexidade regiões de mananciais condicio- Ancona retruca, justificando a
de cada sistema em particular. nada à compra de áreas não con- demora. Segundo ela, a minuta
A Lei 9.866/97 estabelece, então, tígüas a serem preservadas, como do projeto para Guarapiranga está
a formação de comitês, com a par- forma de compensação ambiental. pronta desde agosto passado,
ticipação do Estado, Municípios A grande diferença entre o dependendo apenas da conclusão
e Sociedade Civil, incumbidos de projeto dos sub-comitês e o do do mapeamento das áreas de inter-
deliberar sobre cada bacia ou sub- Governo do Estado é justamente a venção propostas: restritas à ocu-
bacia. “Cada manancial deverá ter compensação de danos ambientais pação, de ocupação dirigida e de
sua lei específica”, como explica o por compra de terrenos destinados recuperação ambiental.
Campinas
Vale do Paraíba
Sorocaba
RMSP
Santos
Vale do Ribeira
A recuperação e manutenção dos recursos hídricos
das bacias em torno da RMSP tem especial valor
estratégico para o futuro do Estado de São
Paulo. Para lá estão migrando empreendimentos
industriais intensivos em consumo de água
por nitrificação - desnitrificação desenvolvido pela JNS em consórcio cessos biológicos aeróbios e/ou anae-
biológicas. Eventualmente, o reator com as empresas OPMAN e LAA, róbios em operação na ETE Barueri.
poderá ser operado com zona anó- teve como objetivo principal a pro-
xica secundária, pela interrupção da teção aos processos de tratamento b) Estabelecimento de valores numé-
aeração no último trecho do tanque, da ETE Barueri. Daí decorreu a ricos para limites de concentrações
que poderá manter-se misturado necessidade de estimar a magni- dos poluentes selecionados, com base
empregando misturador submersí- tude das cargas tóxicas combinadas na literatura técnica (limites de
vel ali posicionado. que podem ser admitidas nesta esta- inibição de processos biológicos) e
ção sem causar problemas opera- na legislação pertinente (Decreto
Separação de sólidos por flotação por cionais. 8468/76, Portaria CONAMA 20, NBR
ar dissolvido: flotador de alta taxa, O primeiro passo foi a identifi- 10004), que fixa os padrões de emis-
operando com relações ar/sólidos cação do mercado potencial. Procu- são para efluentes líquidos e para os
elevadas e produzindo um lodo flo- rou-se então, através de uma análise sólidos gerados nas ETE’s.
tado com mais de 1,5% de sólidos e da situação do parque industrial
efluente clarificado com menos que na RMSP, enfocando os aspectos e c) Operação interativa do modelo
50 mg/L de sólidos suspensos. estruturas que influenciam esse seg- Toxchem, fazendo crescer a concen-
mento, vislumbrar o cenário atual tração de cada poluente no afluente
Gradeamento fino do lodo recirculado e de tendência futura de modo a a ETE, até ser atingido o limite mais
suportar decisões técnicas e econô- restritivo entre os estabelecidos.
Descarte de lodo em excesso micas que embasaram a viabilidade
do projeto. Nos casos de cádmio. cromo, ben-
Processos físico - químicos: o esgoto Os passos seguintes foram a zeno e fenol o limite mais restritivo
será submetido a tratamento físico- determinação das cargas máximas foi relativo à qualidade do lodo pro-
químico constituído por processos admissíveis na ETE Barueri e sua duzido. Nos demais casos o limite foi
de coagulação - floculação - sedi- comparação com o mercado pro- ditado pela inibição dos processos
mentação, empregando coagulante dutor de efluentes industriais a biológicos, aeróbio ou anaeróbio.
contendo alumínio, particularmente serem pré-tratados. A ferramenta As concentrações máximas assim
o cloreto de alumínio ou o policlo- empregada para avaliação das cargas determinadas foram utilizadas para
reto de alumínio (PAC). admissíveis no Sistema Barueri foi o cálculo das cargas máximas admis-
modelo matemático TOXCHEM + síveis na ETE Barueri.
Filtração em meio granular e desinfec- desenvolvido pela ENVIROMEGA O mercado produtor foi avaliado
ção final: filtros auto-lavantes de dupla INC., Canadá. Através dele pude- em termos de cargas recebidas via
camada (antracito e areia), seguidos ram ser avaliados os destinos de sistema coletor e via transporte por
de desinfecção por cloração. substâncias químicas em sistemas de caminhões até o PTVL. Estas foram
transporte de esgotos e estações de cotejadas com as cargas admissíveis
2.4 Custos tratamento, considerando a ação de considerando três diferentes cenários
O valor total estimado de inves- mecanismos de volatilização, biode- de vazões tratadas em Barueri, res-
timento para a implantação da Uni- gradação e adsorção de sólidos. pectivamente 7,0, 9,5 e 12,0 m³/s.
dade de Reúso de Barueri foi de Para determinação das cargas No quadro 4 são resumidas e
R$ 5.383.842,67 equivalente a US$ admissíveis foram obedecidas etapas quantificadas as hipóteses adotadas
1.889.067,60. abaixo descritas. para a montagem dos cenários.
Os custos operacionais foram A carga média efluente do PTVL
estimados e, prevê-se um custo final a) Seleção dos poluentes a serem (Cept) ficou restrita ao valor teto de
da água disponibilizada para reúso controlados. Neste processo de sele- carga de cada um dos poluentes sele-
na URA-BAR de 0,35 US$/m³ a 0,67 ção foram consideradas as seguintes cionados que pode ser lançado no
US$/m³. diretrizes: Sistema Barueri sem que seja ultra-
– os poluentes selecionados deveriam passado o valor da carga admissível
estar entre os prioritários com maior ou o limite fixado pelo art. 19a.
3. PTVL - Estação de ocorrência em efluentes industriais, Nos três cenários organizados a
pré-tratamento de efluentes segundo pesquisa abrangente reali- Cept foi estimada de duas maneiras:
industrias de Vila Leopoldina (2) zada pela USEPA e constar do art.
21 da portaria CONAMA ou do art. a) Para os poluentes cianeto, cromo
O projeto da Estação de Pré- 19-A do Decreto Estadual 8468/76; hexavalente, mercúrio, prata e óleos
Tratamento de Efluentes Líquidos – estes poluentes deveriam apresentar e graxas, a carga é calculada pelo
Industriais na ETE Vila Leopoldina, altos potenciais de inibição para pro- produto do volume médio afluente
Quadro 4 - Resumo das hipóteses adotadas para organização dos cenários Quadro 6 - Principais características
das operações unitárias do projeto
Curto prazo Médio prazo Longo prazo
Discriminação Cenário de
Carga admissivel Q=7,0 m³/s Q=9,5 m³/s Q=12,0 m³/s dos Parâmetros Longo Prazo
Carga de rede 100% Crede 100% Crede 100% Crede
Carga caminhões 30% Ccam 60% Ccam 100% Ccam 1. Tanque de equalização
Volume útil (m³) 8.000
Onde, Q = vazão média total afluente a ETE Barueri; Crede = carga industrial total Número de misturadores 4
que poderá vir a ser lançada no Sistema Barueri por indústrias ligadas à rede; Ccam
= carga transportada por caminhões, gerada pelo mercado potencial identificado
na RMSP. 2. Mistura Rápida
Misturador estático em linha
Gx t (adm.) 1.000
ao PTVL pelas concentrações limi- roso imposto à carga admissível
3. Floculação
tes impostas no artigo 19 para na ETE; Tempo de detenção (min) 14
estas substâncias. Assume-se assim • no cenário de longo prazo a carga Volume necessário (m³) 17,0
o PTVL como uma fonte de polui- de benzeno transportada por cami- Número de tanques 2
ção convencional. ligada ao Sistema nhão é superior a carga Cept; Dimensões em planta:
de Esgotos e obrigada aos limites • no caso dos demais metais e diâmetro (m) 2,20
impostos pela lei. compostos orgânicos as cargas Altura útil (m) 2,20
efluentes são superiores às cargas Volume unitário
Quadro 5 - Limites impostos pelo transportadas por caminhões, em resultante (m³) 8,50
Decreto 8468/76, art. 19a Número de
todos os cenários.
Parâmetro limite (mg/L) misturador/tanque 1
Estes resultados conduziram as Número total
Cianeto 0,2 de misturadores 2,00
medidas de pré-tratamento que
Cromo Hexavalente 1,5
Mercúrio 1,5 deverão ser previstas no PTVL para 4. Flotadores
Prata 1,5 reduzir as Ccam ao valor teto defi- Tipo: Flotador por ar dissolvido de
Óleos e graxas 150 nido Cept. alta taxa
As alternativas selecionadas para Número de unidades 3+1
aplicação no sistema de pré-tra- Vazão por unidade (m³/h) 25
b) Para os demais poluentes sele- tamento PTVL visam essencial- Dimensões em planta (m) 5,50
cionados a carga efluente do PTVL mente: Área de cada flotador (m²) 24
(Cept) foi estimada como : - reduzir as cargas poluidoras trans-
portadas por caminhões (Ccam) 5. Tanque de Aeração-Lodos Ativados
Cept = Cadm -Crede por Batelada
ao valor teto definido como carga
efluente do PTVL (Cept); Número de unidades 4
onde, Cadm = carga admissível na ETE
Barueri; Crede = carga de rede afluente - condicionar e dar destino ade- Volume por batelada (m³) 912
a ETE Barueri. quado aos resíduos sólidos gera- Dimensões em planta (m) 23
Área de cada tanque
dos nas operações e processos de de aeração (m²) 401
As cargas Cept assim resultantes pré-tratamento; Área total (m²) 1.605
estão subordinadas à capacidade - minimizar o impacto da implan- Profundidade útil (m) 4
de recebimento que a ETE Barueri tação e operação do sistema sobre Volume unitário (m³) 1.605
tem, acima da carga recebida via o meio ambiente. Volume total (m³) 6.418
sistema coletor.
Comparando-se, em cada cenário, As operações e processos unitá- 6 Desaguamento Mecânico do Lodo
a Cept e as Ccam constata-se que: rios fundamentais para estes objeti- Volume útil do tanque de
• as cargas de óleos e graxas trans- vos são a equalização dos despejos, acumulaçao de lodo(m³) 200,00
portadas por caminhões supe- a remoção de óleos e graxas, o trata- Volume do tanque de
ram em muito as cargas efluentes mento de substâncias orgânicas tóxi- condicionamento (m³) 10,00
do PTVL em todos os cenários; cas e o tratamento dos lodos gerados Dimensões em planta (m) 2,20x2,20
• as cargas de fenol transportadas nos processos de pré-tratamento. Altura útil (m) 2,20
por caminhões superam as cargas As principais características das
efluentes do PTVL em todos os 7. Centrífuga:
operações unitárias do projeto estão
cenários, em razão do limite rigo- Número de centrifugas 2
resumidas no quadro 6.
4. A diversificação dos e de uma obra bem executada. Até vista a execução do coletor-tronco
objetivos e as novas então, os parâmetros hidráulicos e exigido pelos moradores.
exigências na gestão construtivos eram os determinantes São dessa mesma época as pri-
considerados para o sucesso do sis- meiras participações da comuni-
O sistema de esgotos da cidade de tema. O usuário não fazia exigências dade (não mais se podia restringir
São Paulo inicia-se com o Século XX. adicionais. A operação do sistema o grupo dos interessados apenas aos
Durante cerca de cinqüenta anos era quase exclusivamente uma dádiva usuários do sistema) na discussão
limitou-se às redes de esgoto. Cerca da gravidade. A sua manutenção só de localização das ETEs.
de duas décadas seguiram-se em era pensada quanto ao não-colapso Desde fins dos anos oitenta, evi-
que o emissário Ponte Pequena- estrutural dos dutos e ao não-colapso denciando os desejados avanços da
Vila Leopoldina constituiu-se no eletro-mecânico de estações de bom- política e da consciência ambiental
único complemento de porte dessa beamento. A operação e manutenção em nosso país, as comunidades pas-
rede com a função de interligá-la dos sistemas visando a manter sua saram a ter oficialmente reconhe-
à recém-instalada ETE com trata- capacidade de veicular vazões (entu- cida a importância de sua ação, agora
mento primário de Vila Leopoldina. pimento e obstruções) ou a preven- apoiada nas audiências públicas, nas
No começo da década de setenta ção de ataques químicos e biológicos avaliações de impacto ambiental e
concluía-se a ETE de Pinheiros que que comprometessem suas estrutu- nos conselhos ambientais na qual ela
também tratava seus esgotos a nível ras, não era prática comum. O emis- se faz presente.
primário e dava-se início à constru- sário Ponte Pequena-Vila Leopoldina, Hoje, depende-se cada vez mais de
ção dos grandes interceptores. Só por assoreamento, foi totalmente obs- uma ampla gama de cuidados para
na década de oitenta começaram truído, por ataque químico-biológico tornar aceitável pela comunidade a
a operar as ETEs com tratamento provocados por emanação de gases localização de ETEs e de instalações
secundário anteriormente sonhadas dos esgotos, desabou. de tratamento e disposição de seus
por quem implantou a ETE Pedro O aprendizado foi útil. Limpeza lodos. Dentre eles, estão as preocu-
de Jesus Netto, com a função de pre- e desassoreamento preventivo dos pações usuais recentes com a pro-
parar e treinar operadores de trata- coletores principais e dos intercep- teção do ambiente das ETEs e dos
mento de esgotos. tores começaram a ser rotina no corpos receptores de seus efluentes
Esta descrição esquemática da segundo momento. Serviu também no caso cada vez mais comum em
evolução do sistema de esgotos visa para estabelecer os primeiros crité- que estas tratam efluentes não domi-
identificar uma contínua ampliação rios e parâmetros de recepção de cílios em proporções significativas.
dos objetivos a que tacitamente (ou efluentes industriais que pudessem As ações comunitárias ambien-
mesmo até explicitamente) o sis- pôr em risco as estruturas de coleta e tais em face dos sistemas de esgotos
tema esteve subordinado. afastamento. Pouco depois essa pre- sanitários ainda hoje são predo-
No primeiro meio século, ele ocupação de proteção estendeu-se minantemente reativas: aceitam ou
serviu para remover da casa e do aos processos biológicos do trata- não aceitam tal ou qual intervenção
trabalho as águas servidas e assim, mento secundário. Com defasagem proposta ou a aceitam mediante
reduzir os riscos de saúde e os bem maior do que a aceitável, o modificações. Entretanto, a partir
incômodos da sua presença. O obje- aprendizado, pouco a pouco, esten- do aprendizado que exercitam, em
tivo predominantemente atendido deu-se às vertentes não técnicas breve deverão, cada vez mais, avançar
foi higiênico-local. da gestão como a organização e para duas outras: controle geral do
No segundo momento, emissários, o suporte econômico-financeiro e desempenho do sistema e cobrança
interceptores e ETE’s ampliaram o administrativo dos serviços. de novas respostas ao desafio da sus-
âmbito dos objetivos para começar a Mais adiante, os usuários pas- tentabilidade ambiental.
atender às então novas exigências de saram a fazer exigências sobre o Com as exigências de sustentabi-
preservação dos cursos d’água recep- desempenho sanitário-ambiental do lidade ambiental é forçoso mudar-se
tores dos esgotos afastados. O obje- sistema. Pela primeira vez, e surpre- a percepção do serviço e do sistema
tivo passou a incluir preocupações endentemente, moradores de uma de esgotos. Cada vez menos se falará
ambientais, além das de higiene. bacia de esgotamento sanitário situ- em disposição final (seja dos lodos
Entre o primeiro e o segundo ada na zona norte da Capital vieram ou dos efluentes tratados) e cada
momento, o sistema de esgotos em caravana (meados da década de vez mais se deverá entender o ser-
passou a depender de cuidados mais oitenta) reclamar da Sabesp contra viço de esgotos como responsável
diversificados e mais complexos. as obras de esgoto. Desta vez, não pelo conjunto de processos desti-
No primeiro momento, as exigên- por sua inexistência - as obras da nados à reciclagem da água e dos
cias técnicas iam pouco além das de rede estavam por iniciar-se - mas demais componentes que consti-
um projeto de engenharia bem feito por sua insuficiência: não estava pre- tuem o esgoto.
provavelmente, ocor-
rendo por insufi- TRATAMENTO
PARA
ÁGUA
DO REÚSO
ciências de instru- REÚSO
jurídico-legal.
O quadro ao lado - Legais, institucionais e técnicos no controle
dos pré-tratamentos individualizados
- Áreas para sediar unidades de tratamento;
impactos ambientais
- Desafio da sustentabilidade ambiental
- Áreas para sediar a disposição de resíduos não
CORRELATOS
é uma tentativa de
PROBLEMAS
- Áreas para sediar unidades de pré- - Vulnerabilidade dos processos às deficiências recicláveis
tratamento centralizado; impactos do controle de efluentes industriais - Capacidade e agilidade para desenvolver o
resumir, de forma ambientais - Recuperação de custos por via tarifária e mercado para os produtos
- Comunicação social / ambiental viabilização econômico-financeira - Vulnerabilidade da qualidade dos produtos às
esquemática e apenas - Comunicação social / ambiental insuficiências da gestão dos insumos e do
processos
exemplificativa, a
O PMA estabeleceu as
seguintes metas de curto
prazo:
·atingiratendimentode100%
da demanda até o ano 1998;
· reduzir os índices de perdas
físicas de 22% em 1995 para
18,4% em 2.000;
·reduziroconsumo“percapita”
através da racionalização do uso
da água, de 236 L/s em 1995
para 225 L/s em 2.000.
Para atingir essas metas,
o PMA foi equacionado de
forma a atuar em três frentes
Figura 2 à insuficiência de diâmetro das adutoras ou à principais:
Sistema de capacidade de recalque das elevatórias; · Mananciais: aproveitando a capacidade ociosa
rodízio em
1996
· Havia deficiência de reservação setorial; dos recursos hídricos da bacia, reduzindo os
· A setorização incompleta na maioria das regi- riscos de esvaziamento dos reservatórios;
ões introduzia derivações em marcha nas · Tratamento: aumentando a capacidade pro-
adutoras. dutiva através do melhor aproveitamento e
ampliação das ETAs existentes e implanta-
No caso específico dos municípios abastecidos ção de novas ETAs;
pelo Sistema Cantareira, sub-sistema Alça-Oeste/ · Distribuição: eliminando os pontos críticos
Extremo Norte, a Sabesp diagnosticou limitação do sistema adutor e aumentando a capaci-
de vazões no “Booster” e Estação Elevatória Bra- dade de reservação.
silândia, e deficiências mais agudas em Francisco
Morato, face ao diâmetro insuficiente da adutora No que concerne ao Sistema Cantareira,
no trecho a partir de Franco da Rocha. sub-sistema Alça Oeste/Norte, foi proposta a
Para fazer frente a esta situação, o Governo implementação do Sistema Produtor Juqueri,
do Estado, através da Sabesp, elaborou em para aproveitar o potencial remanescente do
1996 o Programa Metropolitano de Água a ser rio Juqueri a jusante do reservatório Paiva
implementado no período 1996/99, cujos obje- Castro. Esse sistema, com capacidade estimada
tivos gerais eram: em 1 m³/s, compreenderia a implantação das
• Otimizar o desenvolvimento das estruturas estruturas de captação, de uma nova ETA e de
existentes; adutora de água tratada, devendo ser conclu-
• Eliminar a necessidade dos rodízios; ído durante o ano 1999.
• Preservar e aumentar a capacidade dos
mananciais;
• Reduzir os riscos de operação dos manan- A aprovação e o
ciais; licenciamento do projeto
• Aumentar a capacidade de produção de água
potável. Com vistas à implementação do PMA, a
Sabesp submeteu-o inicialmente à apreciação
Este programa, de caráter emergencial, foi das instâncias competentes para a sua aprova-
equacionado com base no referencial de médio ção, ou seja, ao Comitê de Bacia do Alto Tietê,
e longo prazo proporcionado pelos diferentes e para o seu licenciamento ambiental, ou seja,
ao CONSEMA.
Figura 4
Localização do
empreendi-
mento
RESUMO
O artigo mostra uma solução de alta tecnologia desenvolvida e implantada em diversas cidades do Brasil para realizar
a gestão das tarefas operacionais e gerenciais das áreas responsáveis pelo controle da qualidade da água e do esgoto,
em empresas de saneamento. Aborda a problemática do controle da qualidade da água tratada e distribuída em aten-
dimento às regulamentações governamentais. De forma análoga, é abordada a questão do monitoramento do esgoto
coletado e tratado, e que também exige um controle de qualidade.
Doutora em Engenharia Civil pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Gerente
da Divisão de Desenvolvimento de Sistemas Informatizados da Distribuição / Metropolitana
da Sabesp - Cia. De Saneamento Básico do Estado de São Paulo (scffranc@sabesp.com.br).
Doutor em Engenharia Elétrica pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Diretor da
empresa UNICORP Informática Industrial S/C Ltda, Professor e Coordenador do Curso de Tecnologia de
Processamento de Dados do Instituto Leonardo Da Vinci (jba@unicorp.com.br)
LCS
1 1 1 1
Programação Laboratórios
Gerência Atendimento
de Amostras de Análises
1 1 1
1 1
Recepção Expedição
de Amostras de Laudos
1 1 1 1
Cadastro Coleta de Realização
Administração
de Pontos Amostras das Análises
Laboratório Laboratório
de Esgoto de Água
COLORÍMETRO
TURBIDÍMETRO
FLUORÍMETRO
Sistema NetControl
Gerência / Supervisão
Controle da Qualidade
ISO 9002
PHMETRO ESPECTROFOTÔMETRO
de outras 17 estações de
tratamento de água da pró-
pria Sabesp, localizadas na
Região Metropolitana de São
Paulo: Bragança Paulista, Joa-
nópolis, Juqueri, Mairiporã,
Nazaré Paulista, Pedra Preta,
Pinhalzinho, Piracaia, Socorro,
Vargem Paulista, Aldeia da
Serra, Bacuri, Colinas de
Anhanguera, Santana do Par-
naíba, São Pedro, Sapiatã e
Sorocamirim.
Na área de tratamento de
esgotos, o Aqualog está sendo
adotado em duas estações da
Figura 1 - ETA da Sabesp, totalmente automatizada, no município de Sabesp, nos municípios litorâ-
Cajati - Vale do Ribeira
A lógica da água
Redução de custos
Qualidade
Bacharel em Química pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras Prof.º Carlos Pasquale. Especialização
em Engenharia de Saneamento Básico pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo.
Gerente da Divisão de Monitoramento e Informações Ambientais da Produção da Companhia de Sanea-
mento Básico do Estado de São Paulo - Sabesp.- E-mail: aflores@sabesp.com.br
Bacharel em Biologia pela Universidade Mackenzie. Especialização em Saneamento Ambiental pela
Universidade Mackenzie e Especializando em Gestão Ambiental pela Faculdade de Saúde Pública da
Universidade de São Paulo. Biólogo na Divisão de Monitoramento e Informações Ambientais da Produção
da Sabesp.
Descrição geral
do sistema
7. Conclusões
5. Mananciais monitorados
Este sistema tem se apresentado até o
Estão sendo monitorados atualmente através momento, como uma excelente ferramenta de
deste sistema, cinco represas utilizadas pela Sabesp vigilância dos mananciais. É importante obser-
para captação e tratamento de água, a saber: var que seu objetivo, não é a precisão dos
resultados, mas as variações significativas que
- represa Guarapiranga com duas bóias podem ocorrer, de forma a indicar que alguma
- represa Billings com três bóias anomalia está ocorrendo no reservatório. A
- represa Rio Grande com duas bóias Sabesp, juntamente com a empresa que implan-
- represa Taiaçupeba com duas bóias tou o sistema, tem feito grandes esforços para
- represa Jundiaí com uma bóia corrigir eventuais problemas técnicos e opera-
cionais encontrados.
No total são 10 locais monitorados. Conside- Aspectos importantes a serem observados
rando-se as várias profundidades, dependendo neste tipo de sistema são, o procedimento de
de cada ponto onde está localizada a unidade calibração e substituição dos sensores, e a ana-
remota, temos 17 pontos monitorados. lise de consistência dos dados gerados.
A intenção da Sabesp é ampliar este sistema
de monitoramento para os demais mananciais
6. Parâmetros de qualidade da RMSP, visando a aprimorar sua vigilância.
monitorados
1. Descrição Geral A A
D D O
Z C
Este memorial trata dos detalhes de um pro- Ô U L
jeto de sistema de irrigação, implantado em D O
N V
A I R
área utilizada para aplicação de águas residu- O
árias em agricultura irrigada, após serem tra- ESGOTO NÃO O
DESINFECTADO
tadas (lagoa de estabilização) e desinfetadas
por três diferentes processos (ozônio, radiação
ultravioleta e cloro), descrevendo os dois expe-
rimentos conduzidos na área.
O sistema de irrigação foi implantado em
área pertencente à Cia. de Saneamento Básico
do Estado de São Paulo (Sabesp), no municí- Figura 3 - Estação de desinfecção e bombeamento (Esquema ilustrativo)
d) Gotejadores:
- tipo in line, autocompensantes (vazão
constante, mesmo se houver modificação da
pressão da água na tubulação), com vazão de
2,3 L/h, espaçados de 0,6 m entre si.
Quais as razões dessa reversão de concentra- continuavam sendo um elemento decisivo nos
ção econômica ? padrões locacionais de um conjunto de indús-
Em primeiro lugar, começaram a surgir a trias. Todos os bens intermediários, a meta-
partir da grande concentração da década de lurgia, cimento, fertilizantes, tudo isso estava
70, as deseconomias de aglomeração, refletindo muito dependente de bases de recursos naturais
os custos decorrentes da congestão urbana, o e, portanto, pela dotação de recursos naturais
aumento relativo de salários e, inclusive, as muitas empresas desconcentraram geografica-
questões de controle ambiental. Então, esse é mente suas atividades. E por último, um ele-
o primeiro fenômeno da reversão de polari- mento importante foi a unificação do mercado
zação, que é um conceito teórico e empirica- nacional. O Brasil era muito isolado. O desen-
mente analisado no mundo inteiro, ou seja, há volvimento da infra-estrutura foi decisivo na
concentração até um certo limite e, a partir unificação do mercado brasileiro e, por uma
desse limite surgem economias de aglomera- lógica de competição, as empresas também
Entrevista
ção em outras regiões e perdas das economias se moveram no espaço para ocupar os merca-
de aglomeração nas regiões concentradas. Por- dos ou para fazer investimentos produtivos na
tanto, estabelecidas tais ocorrências, haveria a frente.
tendência lógica de desconcentrar. Em segundo
lugar, a importância dos investimentos diretos Que futuro o senhor enxerga para São Paulo
produtivos nas chamadas estatais, ou em termos e sua região metropolitana?
de incentivos fiscais em algumas regiões, e Eu diria que São Paulo é uma cidade mun-
ainda, o desenvolvimento da infra-estrutura, dial, mas não é nesse contexto uma cidade
principalmente transportes, telecomunicações global. Enquanto uma cidade mundial, numa
e energia elétrica, foi importante para um economia importante como é a economia bra-
processo de desconcentração econômica no sileira, a sua reestruturação produtiva amplia a
Brasil. Em terceiro lugar, os recursos naturais importância de São Paulo, não como centro de
produção industrial estrito senso, processo de desconcentração? portanto, a nossa inserção interna-
mas como centro urbano e pres- O primeiro movimento é a des- cional é uma variável essencial a
tador de serviço e como centro concentração das indústrias pro- considerar e só pode ser feita por
polarizador da economia brasileira. dutoras de bens de consumo aquelas localidades que adquirem
Dados recentes levantados sobre a generalizado, de baixa sofisticação capacidade de competição interna-
indústria da informática no Brasil tecnológica, alimentos, calçados, cional. Se o Brasil conseguir dar um
mostraram que São Paulo continua vestimentas, etc, principalmente salto em termos de exportação, a
ampliando a sua importância rela- para o Nordeste. O segundo, a região que vai conseguir exportar
tiva nesses conjuntos de atividades indústria se desconcentra da área só pode ser a região mais desen-
mais intensivas em conhecimento. metropolitana de São Paulo, mas se volvida. A outra transformação é a
Então, a minha primeira conside- reaglomera no macroespaço ao Sul decorrente das privatizações. Atra-
ração geral é de que São Paulo de Belo Horizonte. O terceiro seria o vés da privatização da infra-estru-
foi e continua sendo o grande das indústrias intensivas em conhe- tura, ela será melhorada nas regiões
centro econômico do Brasil, tende a cimento. Há aqui um desafio, isto é, onde existe mais densidade eco-
ampliar cada vez mais a sua impor- a possibilidade de darmos um salto nômica e, portanto, retorno eco-
tância como polarização dos servi- tecnológico. Nós temos uma elite nômico. Isto tende a aumentar a
ços, centro do comando econômico intelectual, uma elite empresarial, defasagem da infra-estrutura entre
de atividades de valor agregado um mercado de tamanho significa- as regiões brasileiras. E a terceira
maior e porta de entrada das rela- tivo e, consequentemente, há espaço transformação diz respeito às
ções econômicas internacionais. A para o crescimento de um con- mudanças tecnológicas e reestrutu-
área metropolitana de São Paulo junto de atividades intensivas em ração produtiva. No mundo inteiro
continua ganhando 250 mil habi- conhecimento. Para essas atividades está sendo reduzida a importância
tantes por ano. Apesar de necessá- o fator locacional decisivo é a dis- das atividades produtoras de bens e
rio, o Rodoanel vai contribuir para ponibilidade de recursos humanos aumentando a importância das ati-
concentrar ainda mais. Esse é o qualificados, recursos laboratoriais, vidades produtoras de serviços. Nos
paradoxo, essa é a dialética das rela- integração produtiva com as ativi- países hoje industrializados, 70% do
ções: a melhor infra-estrutura tenta dades sofisticadas e, portanto, isto PIB, da ocupação, já estão neste con-
resolver o problema da concentra- estaria num conjunto de cidades junto de atividades. Então, tudo isso
ção, mas a melhoria da infra-estru- limitadas, que são algumas metró- mostra que se o Brasil conseguir dar
tura traz mais concentração. poles da região Centro-Sul ou um salto produtivo na reestrutura-
cidades médias dotadas de infra- ção, na modernização, haveria uma
Frente a esse paradoxo como estrutura científica como, São tendência de mais reconcentração
melhorar as condições de vida nas Carlos, Campinas e São José dos econômica. A Região Metropolitana
grandes cidades? Campos, que têm tido sucesso do de São Paulo tem 10% da popula-
Um desafio central para o Brasil ponto de vista das atividades inten- ção brasileira e, em média, tem 20%
é retomar o planejamento, não sivas em conhecimento. Então, estes a 30% das qualificações apropria-
como panacéia, não com planeja- três movimentos da indústria, em das ao que chamamos de áreas tec-
mento compreensivo de tudo, mas síntese, mostram uma reconcentra- nológicas. A literatura internacional
como indicador e balizador da ação ção macroespacial e uma tendência tenta separar as áreas chamadas
pública e orientação do setor pri- de reforçar as indústrias do conheci- de formação tecnológica produtiva.
vado, de ordenamento ou reorde- mento nas cidades dotadas de maior São as engenharias, biologias, as
namento do território, no qual se infra-estrutura de conhecimento e, informáticas, as químicas, em geral,
inserem as áreas metropolitanas. Há portanto, São Paulo poderia voltar são as áreas de informação tecno-
espaço no Brasil, ainda há estoque a reconcentrar as atividades mais lógica. Vamos concluir que tudo isso
de população rural, ainda existem intensivas em conhecimento. está nas regiões onde existe a maior
fortes processos migratórios entre concentração econômica, a maior
cidades médias e pequenas para Isso quer dizer que a pressão sobre concentração da infra-estrutura de
cidades grandes e, assim, ainda São Paulo vai continuar? pesquisa e infra-estrutura acadê-
se poderia fazer alguma coisa em Sim, principalmente devido a três mica universitária. Então, tudo isso
termos de reordenamento do espaço transformações contemporâneas e levaria a uma reconcentração nesses
produtivo para melhorar as condi- suas implicações. A primeira é a macroespaços, São Paulo com seus
ções de vida das grandes cidades. abertura externa. O Brasil tinha uma apêndices, Campinas por um lado,
economia muito fechada, a econo- São José dos Campos por outro,
Como o senhor analisa o compor- mia brasileira foi aberta a partir de e toda a rede universitária no seu
tamento do setor industrial nesse 1990 e não poderá mais ser fechada, entorno. ■
lidade da água, além de outros em regiões de mais de 30.000 litros por segundo.
conflitos ambientais. Tudo isto para atender a Antes dele, tivemos as diversas etapas do
dois tipos de cidade: a formal – com infra-estru- Guarapiranga, Rio Claro, Alto e Baixo Cotia e
tura consolidada, menor crescimento popu- Rio Grande.
lacional, renda per capita maior, consumo Por último, entrou em operação o Sistema
elevado, enfim, a chamada cidade da cidada- Produtor Alto Tietê que em sua última etapa,
nia, e a informal – com infra-estrutura defi- em andamento, utilizará as bacias regulariza-
ciente, maior crescimento populacional, renda das do Biritiba e Paraitinga, totalizando apro-
per capita menor, consumo médio per capita ximadamente 12m³/s.
menor, muito desperdício e ocupação urbana Com tudo isto, no período de 1989 a 1992
nas áreas de mananciais. passamos por
Não pode ser esquecido que nossa Região situação crí- PMA – Involução do Rodízio
3 2,3
ambientais recomendáveis para tal e sobre um rodízio apro-
2
sistema de mananciais priorizados, desde o início ximadamente 1,0
1
do século, para geração de energia elétrica. 10 milhões de 0
0
A Região Metropolitana, devidamente insti- habitantes. Verão 95/96 Verão 96/97 Verão 97/98 set/98
86,6
Nesse contexto, por contar com uma empresa dos manan- 90
No primeiro ano (1999), após a implanta- Previstos investimentos de R$ 1,5 bilhão, em empreendimentos
do PMA II, no período de 2002 a 2006
ção da primeira etapa do PMA, o índice de (antecipação de investimentos para 5 anos).
Regularidade do Abastecimento (IRA) apre-
sentou sua melhor performance atingindo o Empreendimentos:
valor médio anual de 95,5%, o mais alto desde • mananciais + 5,4 m³/s (de 63,1 para 68,5 m³/s).
1986, quando ele foi criado. • produção + 9,2 m³/s (de 67,7 para 76,9 m³/s).
Graças ao PMA e a parte do Programa Gua- • 60 km de adutoras (diâmetros de Ø 900 mm a Ø 2500 mm).
rapiranga que implantou a 1ª etapa do tra- • 90.000 m³ de reservação
• 3.500 km de rede e setorização.
tamento avançado do Sistema ABV, a Sabesp Nota: Inclui o Programa de Perdas.
conseguiu em 2001 superar a pior estiagem
(bianual) dos últimos 65 anos sem ter recorrido II. Programa de Saneamento Ambienal dos Mananciais da RMSP
ao racionamento nos seus mais importantes sis- Previstos investimentos de US$ 1,43 bilhão em 12 anos, com
temas produtores (Cantareira, Guarapiranga, financiamento BIRD. A 1ª etapa (4 anos), em negociação, prevê
Alto Tietê e Rio Claro) que beneficiou pelo investimentos de US$ 542 milhões (Billings - 314 milhões,
menos 17,7 milhões de pessoas em termos de Guarapiranga - 201 milhões e Alto Tietê e outros - 27 milhões)
saúde e bem-estar.
água à população paulistana foi Iniciados os trabalhos, a equipe o comércio entre São Paulo e
sempre deficiente e precário. de Joyner realiza um preciosíssimo outras regiões do país, nos sécu-
A rápida expansão da econo- levantamento de campo e elabora los XVI e XVII, por causa da
mia paulista na segunda metade a Planta Cadastral da Cidade de grande quantidade de nascentes e
do século XIX, particularmente São Paulo. Constrói-se dois gran- córregos encontrados na região.
após o último quarto do século, des reservatórios de acumulação Naquela época era costume arma-
demarca novo momento na his- para represamento das águas dos zenar água em jarros chamados
tória do abastecimento de água mananciais da Serra da Cantareira, cântaros, e chamavam-se “Can-
na cidade de São Paulo. com capacidade de 50 milhões tareira” o local onde os cântaros
Em 1863, o governo da Pro- de litros, considerados enormes eram guardados.
víncia comissionou o engenheiro na época. Constrói-se também o O Estado, visando a captação
James Brunless, de Londres, para reservatório da Consolação e uma e proteção das nascentes para
estudar um plano geral de abas- adutora de 30 centímetros de abastecimento da cidade, adquiriu
tecimento e também de esgotos diâmetro, interligando o manan- inúmeras áreas, desapropriando
que solucionasse definitivamente cial da Cantareira com o reserva- várias fazendas na serra, a partir de
os problemas da falta de água tório da Consolação. Em 1882, as 1890, compondo a superfície atual
e das ameaças de epidemia pela águas da Cantareira já abastecem do Parque Estadual da Cantareira,
falta de higiene, que pairava sobre a cidade de São Paulo. totalizando uma área de 7.916,2
a população paulistana. A população da cidade crescia hectares. Essas compras foram
Assim, James Brunless, auxi- rapidamente e, em 1890, atingia orientadas pela RAE - Repartição
liado pelos engenheiros Hooper a marca dos 70 mil habitantes. A de Águas e Esgotos. Com a desa-
e Daniel Makinson Fox, elabora Companhia Cantareira se mostrava propriação, a área foi decretada
a planta topográfica da cidade, impotente para manter os serviços “Reserva Florestal do Estado” e, em
traçando o projeto do respectivo e precisava ampliar o sistema. 1963, esta Reserva Florestal foi ele-
abastecimento de água e rede Como a Companhia Canta- vada à categoria de parque, rece-
de esgotos. Os estudos desen- reira não dispunha de recursos bendo a denominação de “Parque
volvidos concluíram que a solu- financeiros suficientes para aten- Estadual da Cantareira”.
Vertical 1 2 3 4
1. Processo em que lagos, rios, baías
5 6 7 8
e estuários vão sendo aterrados pelos
solos e outros sedimentos neles depo-
sitados pelas águas das enxurradas,
ou por outros processos. 9
Agradecimentos
Américo de Oliveira Sampaio
Edison Airoldi
Edson Santana Borges
Gilberto Alves Martins
José Lavrador Filho
José Yazo Gondo
Luis Shintate
Luiz Yushigue Narimatsu
Marcelo Kenji Miki
Marli Meireles R. Hellmeister
Odair Marcos Faria
Paulo Massato Yoshimoto
Ricardo Araujo