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1. OS LIQUENS (LÍQUENES)
BIOLOGIA A
Alga verde pluricelular.
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BIOLOGIA A
Cadeia alimentar, ou cadeia trófi- substâncias orgânicas complexas alimentam de carnívoros menores, co-
ca, é uma sequência de seres vivos (glicose, amido). No meio terrestre, os mo é o caso de um gavião que come
na qual uns comem aqueles que os principais produtores são os faneró- uma cobra.
antecedem na cadeia, antes de se- gamos (vegetais com flores); no meio De maneira idêntica, poderíamos
rem comidos por aqueles que os se- aquático marinho, principalmente as definir consumidores de quarta or-
guem. A cadeia mostra a transfe- algas microscópicas; na água doce, dem, quinta ordem etc.
rência de matéria e energia através as algas e os fanerógamos. Normalmente, devido ao desperdí-
de uma série de organismos. cio de energia, como veremos adian-
te, as cadeias alimentares não ultra-
3. CONSUMIDORES
passam 5 ou 6 níveis.
PRIMÁRIOS OU DE
PRIMEIRA ORDEM
São os organismos que comem
os produtores, sendo heterótrofos e
geralmente herbívoros. Também são
consumidores primários os parasitas
de vegetais. No meio terrestre, temos
os herbívoros, principalmente insetos,
Esquema geral de uma cadeia alimentar. roedores e ungulados. Exemplos de cadeias alimentares.
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6. DECOMPOSITORES
Finalizando a cadeia trófica,
aparecem os decompositores, tam-
bém chamados biorredutores ou sa-
prófitas, micro-organismos represen-
tados por bactérias e fungos. Tais or-
ganismos atacam os cadáveres e os
excrementos, decompondo-os. São
muito importantes, visto que realizam
o reaproveitamento da matéria, devol-
vendo os elementos químicos ao am-
biente.
7. TEIAS ALIMENTARES
Em um ecossistema, as cadeias
alimentares interagem, formando re-
des alimentares. Na teia, representa-
mos o máximo de relações tróficas
existentes entre os diversos seres vi-
vos do ecossistema. Na teia, obser-
vamos que um animal, por exemplo,
pode pertencer a níveis tróficos dife-
rentes. É o caso dos omnívoros, que
consomem simultaneamente animais
e vegetais; e dos carnívoros, que ata-
cam variadas presas. Como observa-
mos, a seguir, a rede ou teia alimentar
resulta do entrelaçamento das ca-
deias alimentares.
ções químicas etc.). Como sabemos, toda a energia uti- Líquida (PPL)
Os seres vivos são constituídos lizada pelos seres vivos vem da luz É a produtividade primária bruta
por moléculas orgânicas, ou seja, ma- solar. menos a quantidade de energia con-
cromoléculas, formadas por extensas No capítulo anterior verificamos sumida pelo vegetal na respiração (R).
cadeias de carbono. Quanto maior que, através da fotossíntese, as plan-
for a molécula, maior será a quan- tas verdes captam a energia lumino- PPL = PPB – R
tidade de energia nela armazenada e sa do sol, transformando-a em
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BIOLOGIA A
calor, além da perda correspondente nutre numerosos insetos, que servem
à respiração. de alimento a algumas aves. Neste
caso, tem-se a pirâmide esquematiza-
4. CARACTERÍSTICAS DO da na figura a seguir.
FLUXO ENERGÉTICO
❑ O ciclo curto
ou geoquímico
Na Terra, os maiores depósitos de
água são os oceanos. Sofrendo eva-
poração constante, a água dos oce-
anos passa à atmosfera na forma de
vapor. Ali se condensa e constitui as
BIOLOGIA A
❑ O ciclo longo
ou biogeoquímico
No ciclo biogeoquímico, os vege-
tais e animais entram no ciclo da
água em vários pontos.
A água existente no solo é absor-
vida pelas raízes dos vegetais; a se-
guir, através do caule, atinge as fo-
lhas. Ali, uma pequena parte (1%) é
usada na fotossíntese. A maior parte O ciclo da água.
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Essa água pode voltar ao am- vidos na estrutura celular e na ativi- ra a formação de compostos orgâ-
biente por respiração, transpiração, dade metabólica são orgânicos e, nicos.
excreção e egestão. portanto, apresentam carbono na sua O carbono das plantas pode se-
Salienta-se, ainda, que a água constituição. A reciclagem desse ele- guir três caminhos:
contida nos tecidos vegetais e ani- mento é fundamental para a manuten- 1. por meio da respiração é de-
mais volta ao ambiente, quando eles ção da vida. volvido ao ambiente na forma de CO2;
morrem, pela ação dos decompo- 2. passa para os animais herbívo-
sitores.
❑ O carbono nos vegetais ros e, depois, para os carnívoros;
2. O CICLO DO CARBONO O CO2 atmosférico ou dissolvido 3. com a morte e a decomposi-
❑ Importância na água é absorvido pelos vegetais ção, volta na forma de CO2.
Quase todos os compostos envol- e, através da fotossíntese, usado pa-
BIOLOGIA A
O ciclo do carbono.
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O ciclo do carbono.
❑ O carbono nos animais bertas por lama e sujeitas a grandes de respiração aeróbica, que ocorre
O carbono dos animais, como pressões. É desse modo que os resí- na maioria dos organismos.
nos vegetais, pode seguir três duos podem originar os combustíveis
caminhos: fósseis, como o carvão e o petróleo. ❑ A produção de oxigênio
1. por meio da respiração é de- Aprisionado por longo tempo, o car- Todo o oxigênio existente na at-
volvido como CO2; bono, existente no carvão e no pe- mosfera é produzido pela fotossínte-
2. passa para outros animais tróleo, é devolvido à atmosfera como se. Sabemos que na fase inicial
através da nutrição; CO2 por combustão. desse processo ocorre a fotólise da
3. volta ao estado de CO2, com a água, ou seja, a decomposição dela
morte e a decomposição. em H2 e O2, que são liberados na at-
3. O CICLO DO OXIGÊNIO
mosfera. Os seres vivos fixam o O2 du-
❑ A fotossíntese
O material vegetal pode ser ❑ Importância rante a respiração. Em síntese, o ciclo
depositado nos fundos de lagos e O oxigênio é fundamental para a do oxigênio constitui uma alternância
mares, em camadas compactas reco- vida na Terra, por atuar no processo entre a fotossíntese e a respiração.
BIOLOGIA A
O ciclo do oxigênio.
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FRENTE 2 Genética
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A B
—————————————
• •
—————————————
• •
a b
Quando o di-híbrido apresenta um
gene dominante e um gene recessivo,
ligados ao mesmo cromossomo, e
outro dominante ligado ao outro
recessivo, no cromossomo homólogo,
forma a posição TRANS.
A b
—————————————
• •
A segregação independente. —————————————
• •
a B
5. RECOMBINAÇÃO
OU PERMUTAÇÃO
BIOLOGIA A
(CROSSING-OVER)
Durante a meiose, os cromos-
somos duplicados formam pares (si-
napse) e entre eles pode ocorrer a
chamada permutação ou crossing-over.
Tal fenômeno consiste na troca de
segmentos entre duas cromátides ho-
mólogas. O processo envolve so-
mente dois dos quatro fios e ocorre em
qualquer ponto dos cromossomos.
Observe que dois dos gametas
(AB e ab) têm os genes ligados da
mesma forma em que se encontra-
vam ligados nos cromossomos paren-
tais. Tais gametas são resultantes das
cromátides que não se envolveram na
permuta e são designados tipos
A ligação fatorial completa. parentais.
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Os outros dois gametas (Ab e aB), produzidos através da permuta, apresentam combinações diferentes daquelas
encontradas nos pares e são denominados tipos recombinantes. Assim, temos:
A permutação.
{
{
Parentais
3. CONSTRUÇÃO DE
ab – 45% 4. EXEMPLOS PRÁTICOS
Gametas MAPAS GENÉTICOS
OU CROMOSSÔMICOS Os genes A, B, C e D estão
{
Ab – 5%
BIOLOGIA A
Recombinantes Construir um mapa genético é situados no mesmo cromossomo e
aB – 5% determinar a posição relativa dos ge- permutam, entre si, com as seguintes
nes no cromossomo. Para tanto, frequências:
2. DETERMINAÇÃO partimos de dois princípios básicos.
DA FREQUÊNCIA OU 1.o Os genes dispõem-se linear- Frequência
Genes
TAXA DE PERMUTAÇÃO mente ao longo dos cromossomos. de permuta
Determina-se a frequência de per- 2.o A permutação ocorre em qual-
mutação por meio dos resultados obti- quer ponto do cromossomo e, por- AeB 16%
dos num cruzamento-teste (AB/ab x tanto, quanto maior a distância entre
x ab/ab), como exemplificamos a seguir: dois genes, maior será a probabi- BeC 8%
lidade de ocorrer permuta entre eles;
Cruzamento Geração
por outro lado, entre genes próximos AeD 10%
AB/ab – 903 diminui a probabilidade de permuta.
Ab/ab – 98 Convencionou-se que a frequên- DeC 14%
AB/ab x ab/ab cia de permuta entre dois genes é
aB/ab – 102
igual à distância que os separa no BeD 6%
ab/ab – 897 cromossomo.
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1. DETERMINAÇÃO DO SEXO O sexo masculino é chamado he- senta o cromossomo Y. Nesses ca-
POR CROMOSSOMOS terogamético, porque o homem pode sos, fala-se em fêmea XX e macho
SEXUAIS formar dois tipos de espermatozoi- XO. Tal sistema é designado XO.
Em numerosas espécies vivas, os des, produzidos em números iguais,
sexos são separados. Existe um sis- metade contendo o cromossomo X e
tema genético de determinação do metade, o cromossomo Y.
sexo condicionado por cromossomos O sexo feminino é homogamético,
especiais, designados cromossomos porque cada óvulo produzido pela
sexuais. fêmea conterá apenas um cromos-
Nesse tipo de determinação se- somo X. O sexo do filho é determi-
xual destacamos quatro tipos: XY, XO, nado no momento da fecundação do
ZW e ZO. óvulo. Se ele for fertilizado por um
espermatozoide portador de um
❑ Tipo XY cromossomo Y (além dos 22 autos-
O tipo XY ocorre nos mamíferos e somos), o zigoto terá um X e um Y e
em numerosos insetos, entre os quais se desenvolverá em um macho. Se o
os dípteros. óvulo for fertilizado por um esperma- ❑ Tipo ZW
Vejamos o caso do homem. Os cro- tozoide portador de um X, o zigoto No sistema ZW os cromossomos
mossomos humanos são classifi- terá dois cromossomos X e se desen- sexuais são invertidos; o macho apre-
cados em dois grupos: autossomos e volverá em uma fêmea. senta dois cromossomos sexuais
heterocromossomos. Os autossomos iguais, designados ZZ, enquanto a
são os mesmos em ambos os sexos fêmea apresenta dois diferentes, um
BIOLOGIA A
XX = mulher
XY = homem
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BIOLOGIA A
MÓDULO 23 Herança dos Genes dos Cromossomos Sexuais
Como as fêmeas têm dois cromossomos X, elas podem ser tanto homozigotas (XBXB) quanto heterozigotas (XBXb)
para um gene ligado ao sexo.
Como o macho possui apenas um desses genes, ele é conhecido como hemizigoto.
❑ Daltonismo
O daltonismo é uma anomalia ligada à percepção de cores.
O daltônico tem deficiência na distinção das cores vermelha, verde e azul. A anomalia é condicionada por um
gene recessivo (d) ligado ao sexo, sendo a visão normal condicionada por gene dominante (D). Assim, teremos:
Genótipos Fenótipos
Mulher Homem
CC calva calvo
Cc normal calvo
cc normal normal
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BIOLOGIA A
mente para o meio externo. ÁSCON, o intermediário, SÍCON, e o
mais evoluído, LÊUCON ou RÁGON. ❑ Pinacócitos
❑ Sistema respiratório São células achatadas que, jus-
Não existe. A respiração é aeró- tapostas, formam a camada dermal.
bica. Cada célula realiza diretamente
com o meio as trocas respiratórias. ❑ Coanócitos
São células flageladas e providas
❑ Sistema circulatório de um colarinho, uma formação mem-
Não existe. branosa que envolve o flagelo. Re-
vestem a cavidade atrial e constituem
a camada gastral.
❑ Sistema reprodutor
Assexuado, feito por brotamento, ❑ Porócitos
regeneração e gemulação; sexuado, São células tubulosas, percor-
produzindo uma larva ciliada (anfi- ridas por uma perfuração cônica. São
blástula). estas perfurações dos porócitos que
constituem os numerosos poros que
❑ Sistema nervoso ligam o átrio ao meio externo.
Não existe. Áscon – aspecto geral.
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8. ORGANIZAÇÃO
CITOLÓGICA DO SÍCON
Corte longitudinal do áscon.
A superfície externa e os canais Lêucon (organização).
❑ Miócitos
São células alongadas e contrác- inalantes são revestidos pela cama-
da dermal, formada por pinacócitos. 10. ORGANIZAÇÃO
teis que formam esfíncter em torno
A espongiocela também é revestida CITOLÓGICA DO LÊUCON
dos poros e do ósculo.
por pinacócitos, ficando os coanó-
❑ Amebócitos citos limitados aos canais exalantes. Os coanócitos só aparecem nas
No mesênquima, aparecem nu- câmaras vibráteis. Os pinacócitos re-
O mesênquima gelatinoso é bem mais
merosos amebócitos, isto é, células vestem a superfície externa, o átrio e
desenvolvido do que no áscon: con-
que possuem movimento ameboide, os diversos canais. No desenvolvi-
tém amebócitos e espículas.
realizando várias funções e podendo mento do mesênquima, encontramos
ser divididos em amebócitos e espículas.
– escleroblastos – células que
secretam as espículas minerais. Cada
eixo de espícula é formado por um
escleroblasto;
– arqueócitos – amebócitos que
realizam várias funções: recebem, di-
gerem e fazem circular o alimento,
além de formar elementos reproduti-
vos: espermatozoides, óvulos e gê-
mulas.
7. ORGANIZAÇÃO
ESTRUTURAL
DO TIPO SÍCON Organização citológica do sícon.
Observada externamente, apre-
senta-se como uma urna alongada fi-
xada pela extremidade inferior. O 9. ORGANIZAÇÃO Organização citológica do lêucon.
BIOLOGIA A
Celenterados
ou Cnidários
1. CARACTERES GERAIS
DOS CELENTERADOS
BIOLOGIA A
Epiderme formada por uma cama- plânula.
ciliada, denominada plânula. A plâ-
da celular contendo fibras muscu- nula fixa-se e dá origem a um pólipo,
lares. que, por brotamento (assexuada-
❑ Sistema esquelético mente), forma nova colônia.
Os antopólipos podem secretar
um exoesqueleto córneo ou calcário. 5. ESTRUTURA DA
AURELIA AURITA
❑ Sistema digestório
Boca circundada por tentáculos e
É chamada vulgarmente de
ligada a uma ampla cavidade di-
água-viva. A água-viva, provavelmen-
gestória, saculiforme, simples ou divi-
te, é a cifomedusa mais frequente nas
dida por septos; ausência de ânus,
costas brasileiras.
digestão extra e intracelular.
Tais medusas flutuam nos mares,
❑ Sistema respiratório ou então nadam lentamente, por con-
Não existe. As células realizam as trações da umbela.
trocas respiratórias diretamente com São dioicas e apresentam fecun-
o meio externo. A respiração é sem- dação interna. Possuem a larva plâ-
pre aeróbica. Reprodução assexuada. nula.
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BIOLOGIA A
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MÓDULO 20 Platelmintos
O corte parcial
na região A bipartição
cefálica pode origina
originar uma indivíduos
planária com geneticamente
muitas idênticos
cabeças. (clones).
Seres primitivos
A fecundação possuem
cruzada elevada
aumenta a capacidade de
biodiversidade. regeneração.
Anatomia da planária:
a) Sistema excretor;
b) Sistema nervoso apresentando
um início de cefalização;
c) Sistema reprodutor.
11. SISTEMÁTICA carneiro, boi, cabra e outros herbí- São endoparasitas do homem e
BIOLOGIA A
Classe 1 voros. Vive nos canais biliares, deter- causam a esquistossomose ou
Turbelaria: Planária (Dugesia minando ações tóxicas e irritativas, barriga-d'água. Esta doença pro-
tigrina). não existindo medicação eficiente pa- voca hemorragias, intoxicação e infla-
Classe 2 ra o seu tratamento. mação do cólon, reto, pâncreas, fíga-
Trematoda: Fasciola hepatica, Raramente ocorre no homem. do, baço etc. Nem sempre a doença
Schistosoma mansoni. O ciclo vital inicia-se pela elimina- é fatal, mas causa vários problemas,
Classe 3 ção de ovos junto com as fezes do
debilitando as vítimas, que apresentam,
Cestoda: Taenia sp. animal infectado. Tem como hospedei-
geralmente, o abdômen volumoso.
ro intermediário um caramujo do gê-
O homem é o hospedeiro definiti-
12. ESTUDO DOS PRINCIPAIS nero Lymnaea, da classe Gastropoda,
PARASITAS do filo Molusca. vo do Schistosoma mansoni, que se
❑ Fasciola hepatica instala no sistema porta-hepático e
Tem o corpo achatado e foliáceo ❑ Schistosoma mansoni nas veias mesentéricas. O hospedei-
(± 30mm). Possui duas ventosas (oral É um verme platielminte, cujo ma- ro intermediário é um caramujo de no-
e ventral). A ventosa ventral é usada cho, de pequena extensão (9 a 22mm), menclatura controvertida: Planorbis,
para a fixação junto ao hospedeiro. possui um profundo sulco, o canal gi- Australorbis ou Biomphalaria. São en-
É um verme endoparasita, cau- necóforo, no qual se instala a fêmea contrados em água doce pouco cor-
sando a fasciolose no fígado de longa e delgada (14 a 26mm). rente ou estagnada.
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❑ Taenia solium delgado do homem, que elimina em muscular e epilepsia. É uma doen-
Pertence à classe Cestoda; pos- suas fezes anéis do animal, contendo ça mais grave do que a teníase.
sui o corpo alongado, delgado e cha- ovos fecundados (de 30 mil a 50 mil O homem pode adquirir esta doen-
to, dividido em três porções: cabeça por anel). ça por autoinfestação interna, externa
ou escólex, colo e estróbilos ou pro- Os ovos contêm embriões dota- e também por heteroinfestação.
glotes. dos de seis tentáculos (hexacanto),
A cabeça ou escólex é a por- denominados oncosfera. ❑ Taenia saginata
ção anterior destinada à fixação da O porco, hospedeiro intermediá- Tem ciclo vital semelhante ao da
Taenia na superfície da mucosa intes- rio, ingere os ovos, que, ao atingir o in- Taenia solium. Porém seu hospedeiro
tinal do hospedeiro. testino do animal, libertam a oncos- intermediário é o boi, e em sua ca-
Apresenta quatro ventosas e um fera que, através da circulação san- beça não há ganchos quitinosos.
rostro ou rotellum com 26 a 28 guínea, é distribuída para a muscu- Possui aproximadamente 2 mil
ganchos quitinosos, para a fixação no latura sublingual, diafragma, cérebro proglotes. Os últimos anéis são elimi-
organismo do hospedeiro. etc. Nesses locais, evolui um estágio nados isoladamente, forçando o esfínc-
O pescoço, ou colo, é a parte larval, denominado cisticerco. ter anal, fora das evacuações.
mais fina e não segmentada, e liga a O homem sofre a infestação, quan- Produz a larva Cisticercus bovis,
cabeça ao corpo. É a região onde são do ingere a carne de porco crua, ou que não causa cisticercose no homem.
produzidos novos anéis ou proglotes mal cozida, contendo cisticercos vivos.
por estrobilização. A cisticercose é uma enfermi-
O estróbilo, ou corpo, é consti- dade causada pela presença de um
tuído por uma série de anéis (± 800), cisticerco no organismo. Esta doen-
divididos em imaturos, maduros e, no ça pode ocorrer no homem, quando
final, os anéis grávidos. este ingere ovos de Taenia solium.
A teníase ou solitária deve-se A casca dos ovos é digerida no
à presença do animal adulto no intes- intestino, os embriões são transporta-
tino, causando uma série de pertur- dos pela corrente sanguínea, atingindo
bações gerais. os olhos, a musculatura e o cérebro,
A Taenia adulta vive no intestino causando cegueira, fraqueza Taenia saginata.
BIOLOGIA A
Ascaris lumbricoides.
5. CAVIDADE DO CORPO
Entre a camada muscular e a pa-
rede intestinal há uma cavidade, o
pseudoceloma. Esta cavidade não re-
presenta um celoma verdadeiro, por-
que não é revestida totalmente pelo
mesoderma.
6. SISTEMA DIGESTÓRIO
É do tipo completo e contém bo-
ca, faringe, esôfago (faz a sucção), in-
testino, ânus terminal ou subterminal.
Nos machos há uma cloaca. A diges-
tão é extracelular; o alimento é digeri-
do por ação enzimática, na cavidade
intestinal, e é absorvido por células das
paredes do intestino. Enterobius vermicularis.
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BIOLOGIA A
Galhas são intumescências de ra-
mos vegetais infestados por asquel-
mintos.
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MÓDULO 22 Anelídeos
Sistema circulatório.
7. SISTEMA RESPIRATÓRIO
A respiração é cutânea. Nos poli-
quetos há brânquias ramificadas na
região dorsal dos parapódios, com
Sistema digestório. rede capilar.
Organização do parapódio.
BIOLOGIA A
momusculares laterais que servem co-
mo remos, permitindo a natação dos
poliquetos.
3. SISTEMA MUSCULAR
Logo abaixo da epiderme, encon-
tra-se a musculatura principal do cor-
po, composta de uma camada ex-
terna circular e uma interna longitudi-
nal, constituindo o tubo musculodér-
mico, que forma a parede corpórea.
4. CAVIDADE DO CORPO
Os anelídeos são animais que
apresentam uma cavidade geral se-
cundária espaçosa, o celoma, divi-
dido por septos transversais e longi-
tudinais.
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8. SISTEMA EXCRETOR
A excreção é feita por nefrídios,
dispostos em um par por segmento.
Cada nefrídio é formado por três par-
tes: nefróstoma, um funil ciliado que
recolhe os catabólitos na cavidade ce-
lomática; nefroduto, um canal sinuo-
so, internamente ciliado, que atraves-
sa o anel e desemboca no nefridió-
poro, um poro excretor situado no anel
seguinte.
Estrutura do nefrídio.
9. SISTEMA NERVOSO
O sistema nervoso é ganglionar.
Há dois gânglios cerebrais e um gran-
de gânglio subfaríngeo, ligados por
um anel nervoso ao redor da faringe,
de onde sai um longo cordão nervoso Lumbricus terrestris – morfologia externa.
ventral, com dois gânglios por anel.
A importância da minhoca em re- ❑ Fecundação
Nas minhocas há células tácteis,
lação aos solos é bastante conhecida. cruzada da minhoca
foto e quimiorreceptoras, dispersas no
Elas melhoram a oxigenação e a repo- Na fecundação cruzada da mi-
epitélio, especialmente nos primeiros
sição de minerais, a partir dos detritos nhoca, os animais colocam-se em po-
segmentos.
orgânicos que comem. O verme Eunice sição invertida, unindo-se pelas
viridis (palolo) serve de alimento aos extremidades anteriores. Cerdas es-
nativos das ilhas Samoa e Fuji. peciais penetram mutuamente nos
BIOLOGIA A
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cerca de 7mm; apenas um ovo se de- Ordem 2 – Sedentária corpo de forma achatada e segmen-
senvolve. Fixos, em tubos calcários ou em tado, porém a segmentação externa
Notamos que a fecundação do escavações, na areia; possuem brân- não corresponde à segmentação in-
óvulo é feita no cócon ou casulo, por- quias na cabeça. terna. Cabeça não distinta do corpo,
tanto definimos como um caso de Ex.: Arenicola e Sabellaria. ausência de cerdas, tentáculos e pa-
fecundação externa e desenvolvi- rapódios. Possuem duas ventosas e
mento direto. Classe 2 – Oligoquetos têm o celoma obliterado, são herma-
São animais de corpo alongado, froditas com clitelo.
12. SISTEMÁTICA cilíndrico, com segmentações externa Ex.: Hirudo medicinalis, sangues-
DOS ANELÍDEOS e interna bem nítidas, cabeça não dis- suga europeia, ectoparasitas, hemató-
O filo Annelida é constituído apro- tinta do corpo, raras cerdas implanta- fagos, ocasionais no homem e em
xidamente de 8.700 espécies, agrupa- das diretamente na cutícula, não animais domésticos. Vivem em água
das em três classes: Polychaeta, possuem parapódios, têm respiração doce, principalmente em brejos.
Oligochaeta e Hirudinea. cutânea, hermafroditas com clitelo e
sem larvas.
Classe 1 – Poliquetos Ex.: Lumbricus terrestris (minhoca
Possuem o corpo com metameri- comum ou europeia); Pheretima
zações externa e interna bem nítidas. hawaiana (minhoca-louca); Glossos-
Cada metâmero possui um par de ex- colex giganteus (minhocuçu).
pansões laterais, os parapódios,
que têm funções na respiração Classe 3 – Hirudíneos
branquial e na locomoção. Ca- É formada de organismos com o Sabellaria sp.
beça distinta do corpo, sexos se-
parados, com fecundação externa e
desenvolvimento indireto, através da
larva trocófora. São quase exclusiva-
mente marinhos.
Ordem 1 – Errantia
Vida livre e brânquias nos para-
pódios.
Ex.: Eunice sp e Nereis sp. Sanguessuga locomovendo-se.
MÓDULO 23 Artrópodos
BIOLOGIA A
que se caracterizam por apresentarem Há dois pares de antenas (tetráceros),
apêndices e patas articuladas. 2. CLASSE CRUSTACEA um par de mandíbulas e dois pares de
São metazoários, de simetria bi- maxilas.
lateral, com o corpo segmentado, ❑ Caracteres Gerais O tórax apresenta segmentos
triblásticos, protostômios e ce- A classe Crustacea (do latim com números variáveis, podendo estar
lomados; possuem um exoesquele- crusta = casca) é formada de orga- fundidos ou não. Seus apêndices são
to quitinoso, que só permite o cresci- nismos com o corpo revestido por uma divididos em dois grupos: maxi-
mento do animal por mudas (ecdises). cutícula quitinosa espessa e rígida, lípedes e pereiópodes. Os maxi-
Suas 830.000 espécies apresen- formando o exoesqueleto, que é im- lípedes servem para a apreensão de
tam um elevado grau de complexida- pregnado de carbonato de cálcio. alimentos e ainda funcionam como
de, são encontradas na maior diver- Apesar de existir uma grande va- elementos tácteis, quimiorrecep-
sidade de hábitats e podem ingerir riedade de formas, pode-se dividir o tores e respiratórios. Os pe-
uma quantidade de alimento muito corpo em cabeça, tórax e abdômen, reiópodes, ou patas locomotoras,
maior que os representantes de qual- ocorrendo, nas formas evoluídas, a formam, nos primeiros segmentos, a
quer outro filo. fusão dos anéis torácicos com a ca- pinça ou quela, usada para ataque ou
beça, ficando o corpo dividido em ce- defesa.
❑ Classificação falotórax e abdômen, como, por No abdômen, os segmentos não
Os artrópodes apresentam várias exemplo, observamos no camarão. são fundidos e seus apêndices são
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❑ Sistema Digestório
É completo e a digestão é extra-
celular. É comum a existência de um Camarão – morfologia externa.
estômago mastigador: o moli-
nete gástrico. Nos crustáceos mais
simples (microcrustáceos), há eficien-
tes mecanismos de filtragem de água
para a coleta de nutrientes e de orga-
nismos do fitoplâncton.
❑ Sistema Respiratório
A respiração é branquial. As brân-
quias localizam-se sobre as patas torá-
cicas. Nos microcrustáceos, as trocas
gasosas são feitas através da super- Os representantes do filo Arthropoda.
fície do corpo.
Classes Crustáceos Insetos Aracnídeos Quilópodos Diplópodos
❑ Sistema Circulatório Exemplos camarão mosquito aranha lacraia piolho-de-cobra
É do tipo aberto ou lacunar. Pos- Número de tetráceros díceros áceros díceros díceros
suem coração dorsal, que recebe das antenas 4 2 0 2 2
brânquias o sangue arterial, depois decápodos 10 muitas; muitas;
Número de hexápodos octópodos
distribuído para o corpo. O sangue ge- (1 par por (1 par por (2 pares por
patas 6 8
ralmente contém um pigmento respi- segmento) segmento) segmento)
ratório, a hemocianina. As lacunas são cabeça,
Divisão do cefalotórax cabeça, tórax cefalotórax cabeça e
celomáticas (hemocelas). tórax curto
corpo e abdômen e abdômen e abdômen corpo longo
e corpo longo
❑ Habitat
São animais predominantemente
aquáticos, marinhos e dulcaquícolas.
Podem viver na areia das faixas litorâ-
neas (caranguejo), em terra úmida (ta-
tuzinho-de-jardim), na lama do mangue
(caranguejo maria-mulata) e fixos às Eucypris sp.
rochas, pilares de pontes, cascos de
navios etc. (cracas).
❑ Sistemática
A classe dos crustáceos, com cer-
Aparelho reprodutor do lagostim. Note
ca de 25 mil espécies, apresenta dois
que o ovário se abre no terceiro par de grupos: entomocrustáceos (primi-
pereiópodos da fêmea, e o testículo no tivos) e malacrustáceos (evoluí-
quinto par de pereiópodos do macho. dos).
Entomocrustáceos são crustá-
ceos inferiores, geralmente microscó-
picos.
Subclasse 1
Branquiopoda
Microscópicos, quase todos de Cirripédios.
água doce, e adaptados à natação. Subclasse 4
Ex.: Daphnia pulex, a pulga-d’água. Cirripedia
São animais fixos e protegidos
por uma carapaça calcária, que vi-
vem em ambiente marinho, cobrindo
Estágios larvais do camarão: A - Nauplius; rochas, madeira de cais, cascos de
B - Zoea; e C - Mysis, o último estágio larval. navios, carapaças de siris, lagostas,
moluscos e até a pele de cetáceos.
❑ Reprodução Ex.: Mitella e Balanus, as cracas.
A maioria é unissexuada, e as aber-
turas genitais encontram-se na parte Daphnia pulex. Subclasse 5
ventral. Malascrostaca
Há o dimorfismo sexual, e a fe- Subclasse 2 São crustáceos evoluídos, todos
cundação é interna. Nos microcrustá- Copepoda macroscópicos.
ceos é comum a partenogênese. Há Também microscópicos, com mui- Dividem-se em três ordens: lso-
muitas larvas e a mais simples é Nau- tos representantes parasitas de peixes. poda, Amphipoda e Decapoda.
plius, com apenas três pares de pa- Ex.: Cyclops sp, vetor do botrio-
tas. Nos crustáceos superiores, além céfalo e filária de Medina.
BIOLOGIA A
Ordem 1
dessas, há também Protozoea, Zoea lsopoda
e Mysis. Têm o corpo comprimido dorso-
Observamos grande capacidade ventralmente.
de regeneração no camarão jovem, Ex.: Armadillidium sp (tatuzi-
que se reduz nos adultos. A hetero- nho-de-jardim) e Ligia sp (barati-
mor fose é a regeneração de uma nha-de-praia).
parte diferente daquela que foi perdi-
da. Assim, retirando-se apenas o olho
do camarão e deixando o pedúnculo,
ocorrerá a regeneração normal de um Cyclops sp.
novo olho; porém, se olho e pedún-
culo forem retirados, aparecerá em Subclasse 3
seu lugar uma antena. Ostracoides
A autotomia é um excelente Organismo com o corpo protegi-
meio de defesa, pois consiste na auto- do por uma “concha” bivalve, que en-
amputação e posterior regeneração de cerra também a cabeça. Vivem em
um segmento torácico, que fica com água doce e no mar.
o agressor enquanto o animal foge. Ex.: Eucypris sp. Isópodos.
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Ordem 2
Amphipoda
Têm o corpo comprimido lateral-
mente, vivem na água salgada e rara-
mente na água doce.
Ex.: Gammarus; Caprella e Hyalella.
Ordem 3
Decapoda
É constituída de organismos late-
ralmente comprimidos ou achatados;
o abdômen em geral é maior que o
cefalotórax. Alguns vivem em água do-
ce; poucos são terrestres; e a maioria
é de ambiente marinho.
Ex.: Crangon; Penaeus – cama-
rão; Panulirus – lagosta; Pagurus –
eremita (vive em concha de caramu-
jos); Cancer – caranguejo comestível;
Callinectes – siri comestível. (Amphipoda).
Siri
Cefalotórax elíptico com a margem anterior denteada.
Tem o último par de patas transformado em remos.
Caranguejo
Cefalotórax quadrado, trapezoide ou arredondado.
O último par de patas não é transformado em remos.
4. CLASSE DOS INSETOS órgãos quimiorreceptores, que tos: protórax, mesotórax, metatórax,
apresentam também as funções com um par de patas por segmento.
❑ Caracteres Gerais olfativas e tácteis. Cada pata é constituída pelos seguin-
A classe lnsecta (do latim in = den- Os olhos podem ser de dois tipos: tes artículos: coxa, trocanter, fêmur,
tro, secare = dividir) tem como carac- simples (ocelos) e compostos (face- tíbia e tarso.
BIOLOGIA A
terísticas: um par de antenas (dí- tados). As asas são estruturas vivas liga-
ceros); três pares de patas (hexápo- Os olhos simples são no máximo das ao tórax (meso e metatórax), mas
des); corpo nitidamente dividido em três, enquanto os olhos compostos não são membros verdadeiros, e sim
cabeça, tórax e abdômen. são dois, porém formados por 15 mil uma expansão lateral do tegumento.
a 25 mil unidades visuais, os omatí- Em suas nervuras passam vasos, tra-
deos. queias e lacunas sanguíneas.
Inseto.
❑ Morfologia Externa
A cabeça é o centro sensorial do Olhos dos insetos.
animal. Nela estão localizados seus
principais órgãos dos sentidos: as O tórax é o centro locomotor dos
antenas e os olhos. As antenas são insetos. É formado por três segmen- Pata de inseto.
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BIOLOGIA A
d) picador-sugador (pulga); apêndices.
e) picador-não sugador (mos-
ca doméstica). Circulação do inseto. ❑ Reprodução
São animais dioicos, com dimor-
fismo sexual; (as fêmeas são sempre
maiores). A fecundação é interna e o
desenvolvimento pode ser direto ou
indireto, com metamorfose. Há casos
de partenogênese (afídeos); de neo-
tenia (térmitas) e poliembrionia (hime-
nópteros).
❑ Sistemática
A classe dos insetos apresenta
cerca de 750 mil espécies, sendo ani-
mais de grande sucesso evolutivo.
Subclasse 1 – Apterigota
Insetos sem asas e sem metamor-
Esquemas de tipos de aparelhos bucais. fose (ametábolos).
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Ordem 1 – Thysanura
Ex.: traça-dos-livros.
Subclasse 2 – Pterigota
lnsetos com asas e metamorfose.
São divididos em dois grupos:
1.o Grupo – Hemimetábolos
Com metamorfose parcial: ovo –
ninfa – imago (adulto).
Ordem 2 – Orthoptera
Ex.: gafanhoto, barata, bicho-pau,
grilo, louva-a-deus.
Ordem 3 – Ephemeroptera
Ex.: siriruia.
Ordem 4 – Dermaptera
Ex.: lacrainha.
Ordem 5 – Odonata
Ex.: libélula.
Ordem 6 – lsoptera
Ex.: cupim, térmita.
Ordem 7 – Anoplura
Ex.: piolho (Pediculus humanus),
“chato” (Phthirius pubis).
Ordem 8 – Hemiptera
Ex.: barbeiro, percevejo-do-mato,
baratinha-d’água.
Ordem 9 – Homoptera
Ex.: cigarra, afídeos, jequitirana-
bóia. Esquema de alguns representantes das ordens mais importantes da classe dos insetos.
BIOLOGIA A
(aranha papa-moscas); Tenus (arma-
❑ Glândulas Venenosas
Nas aranhas estão localizadas nas deira).
quelíceras; nos escorpiões localizam-se
no telso, que tem a forma de um Ordem 2 – Escorpionídeos
aguilhão inoculador. São os escorpiões; todos são ve-
nenosos.
Ex.: Tytyus bahiensis – escorpião
preto ou vermelho encontrado no
campo.
Ordem 3 – Acarídeos
São os carrapatos parasitas da
pele de mamíferos.
Ex.: Sarcoptes scabiei – causa-
Aranha capturando suas presas que fica-
ram unidas à teia. Essas presas fornece- dor da sarna; Demodex folliculorum –
rão energia e os nutrientes necessários à é o “cravo” do rosto; Amblyomma ca-
continuidade da vida desse aracnídeo. Produção da teia. fennense – é o carrapato.
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BIOLOGIA A
guindo o gradiente de pressão de vapor. 7. MECANISMO HIDROATIVO
Depende de uma certa disponibi-
3. MEDIÇÃO DA lidade de água no vegetal. Assim,
TRANSPIRAÇÃO / quando uma planta está bem suprida
MÉTODO DO POTÔMETRO com água, a tendência é ocorrer a
Mede indiretamente a velocidade abertura dos ostíolos. Por outro lado,
de transpiração de um ramo vegetal. se ocorrer uma diminuição da quanti-
O método é indireto, porque mede o dade de água no vegetal, a tendên-
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{
Bom suprimento Abertura do
⎯→ Presença de luz • A célula-guarda perde água e
hídrico ostíolo
Planta • A célula estomática realiza fo- o ostíolo se fecha.
fechamento tossíntese consumindo CO2 (H2CO3); ❑ Hipótese do transporte
deficit hídrico ⎯→
do ostíolo em consequência, o meio fica alcalino. ativo de K+
• A enzima fosforilase age Presença de luz
sobre o amido da célula-guarda, trans- Íons potássio são bombeados;
8. MECANISMO FOTOATIVO
formando-o em glicose. com o gasto de energia, das células
Esse mecanismo ocorre quando
• A transformação do amido em anexas para o interior das célu-
a planta possui um bom suprimento
hídrico. Nesse caso, segundo o me- glicose aumenta a pressão osmótica las-guarda, aumenta a concentração
canismo hidroativo, os estômatos es- das células-guarda. intracelular, facilitando o ganho de
tão abertos. Agora, se a planta for • Estas células retiram água das água e a abertura do ostíolo.
exposta à luz, o grau de abertura dos células vizinhas e o ostíolo se abre. Ausência de luz
estômatos aumentará. Se a planta for Íons potássio são bombeados das
levada ao escuro, haverá diminuição Ausência de luz células-guarda para as anexas, redu-
do grau de abertura dos estômatos. • A célula estomática só respira zindo a concentração intracelular, per-
Duas hipóteses procuram expli- eliminando CO2 (H2CO3) e o meio fica mitindo a perda de água e o fecha-
car o mecanismo fotoativo: ácido. mento do ostíolo.
É constituído por:
espirais etc. contram-se açúcares, aminoácidos e
❑ Traqueídes alcaloides.
São formadas por células mortas ❑ Parênquima lenhoso A seiva bruta circula predominan-
com paredes lignificadas. A lignina Constitui-se de células vivas as- temente no sentido ascendente, per-
deposita-se, formando anéis, espirais sociadas com as traqueídes e ele- correndo as células do xilema (tra-
etc. Ao longo das paredes celulares mentos dos vasos. queídes e elementos dos vasos).
aparecem pontuações, sendo a mais
❑ Fibras lenhosas
importante a pontuação areolada das
São fibras esclerenquimáticas de 3. TEORIA DE DIXON OU
coníferas.
sustentação. TEORIA DA SUCÇÃO DAS
❑ Elementos dos vasos FOLHAS OU TEORIA DA
(traqueias) 2. SEIVA BRUTA SUCÇÃO-TENSÃO-COESÃO
São formados por células alonga- OU MINERAL E ADESÃO
das que se dispõem em fileiras, for- Seiva bruta, mineral ou inorgâni- É a teoria mais aceita, atualmen-
mando os vasos lenhosos (traqueias). ca é uma solução de água e sais mi- te, para explicar o movimento de sei-
As paredes transversais dessas célu- nerais que a planta absorve do solo. va bruta nos vegetais e baseia-se
las são perfuradas ou completamen- O exame da seiva bruta mostra fundamentalmente no processo da
te reabsorvidas. As células são que entre 0,1% e 0,4% do seu con- transpiração.
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BIOLOGIA A
parede transversal da célula é dotada A teoria de Münch procura explicar • Conclusão
BIOLOGIA A
de uma grande quantidade de poros, a condução da seiva elaborada. Münch A seiva elaborada circula dos ór-
formando a placa crivada. Através idealizou o seguinte sistema físico: gãos de maior pressão osmótica para
destes poros, passam pontes cito- – Dois osmômetros A e B são os órgãos de menor pressão osmó-
plasmáticas. A parede do poro é ligados por um tubo de vidro C. tica.
revestida por calose.
• Células anexas
São células parenquimáticas es-
peciais relacionadas com a manuten-
ção das células dos vasos liberianos,
vivas.
• Fibras liberianas
São elementos esclerenquimáti-
cos de sustentação mecânica.
• Parênquimas liberianos
São células vivas.
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Assim, na época vegetativa, a seiva elaborada é mente, a planta não mostra nenhuma alteração. A seiva
descendente, deslocando-se das folhas para as raízes bruta sobe pelo xilema e chega às folhas. Estas realizam
(órgãos produtores para os de consumo ou de reserva). fotossíntese, produzindo a seiva orgânica que se des-
Na época de floração, as matérias armazenadas na loca, para baixo, através do floema. Na região do anel, a
raiz são hidrolisadas, a raiz aumenta a pressão osmótica seiva não consegue passar, acumulando-se na parte
e a seiva elaborada é ascendente. superior. As raízes, à medida que os dias passam,
gastam as reservas e depois morrem. Cessa então a
absorção de água, as folhas murcham e a planta morre.
❑ Anel de Malpighi ou Cintamento Morte de uma planta, provocada pela retirada do anel da casca.
Este experimento consiste em retirar a casca de uma (I) Retirada do anel contendo o floema.
árvore ou arbusto formando um anel completo em torno (II) A seiva elaborada não chega às raízes, que começam a
de seu caule. A casca retirada contém os tecidos morrer.
periféricos e o floema. Resta, na planta, o xilema. Inicial- (III) As raízes deixam de absorver água e a planta morre.
Várias foram as experiências rea- 6. AÇÃO DAS AUXINAS é controlado pelo teor relativo de
lizadas por Went para chegar à des- ❑ Célula auxinas entre a folha e o caule. Assim,
coberta de um hormônio que contro- De um modo geral, o AIA aumen- 1) o teor de auxina na folha é
lasse o crescimento por distensão ta a plasticidade da parede celular, fa- maior do que no caule ⇒ a folha
das células de coleóptilo. cilitando a distensão da célula. permanece unida ao caule;
O AIA influencia também a multi- 2) o teor de auxina na folha é
plicação celular. menor do que no caule ⇒ a folha des-
taca-se e cai (abscisão). Quando tal
❑ Caule fato acontece, forma-se na base do
O AIA pode agir como estimula- pecíolo uma camada especial de cé-
a) Coleóptilo crescendo normal- dor ou inibidor da distensão celular, lulas (camada de abscisão) que
mente (controle). dependendo da concentração. apresentam paredes celulares finas e
b) Coleóptilo decapitado: cessa o em desintegração. Essa camada é
crescimento. ❑ Raiz responsável pela separação da folha
c) Coleóptilo decapitado com um O AIA também pode ser estimu- em relação ao caule.
bloco de ágar: também cessa o lador ou inibidor do crescimento, de-
crescimento. pendendo da concentração. ❑ Frutos
d) Coleóptilo decapitado. A pon- A análise do gráfico a seguir mos- O fruto origina-se a partir do de-
ta é colocada em contato com o bloco tra que a raiz é muito mais sensível ao senvolvimento do ovário. Para acon-
de ágar durante algum tempo. O AIA do que o caule. tecer a formação do fruto, é indis-
bloco de ágar é colocado sobre o pensável a polinização e a fecunda-
Pequenas concentrações de AIA
coleóptilo. Este reinicia o crescimento.
estimulam o crescimento radicular, ção, pois foi provado que o tubo po-
Em uma experiência definitiva,
mas à medida que a concentração línico e os embriões das sementes em
Went cortou coleóptilos e colocou as
aumenta, o AIA passa a inibir o cres- desenvolvimento produzem AIA, que
pontas sobre bloquinhos de ágar. De-
pois de algumas horas, retirou as pon- cimento da raiz. será recebido pela parede do ovário,
tas e colocou os bloquinhos (unila- No caule, as concentrações que estimulando o seu crescimento.
teralmente) sobre os coleóptilos de- promovem o crescimento máximo de- Ovários que não são polinizados
capitados. vem ser muito altas. normalmente caem e não originam
Se existisse uma substância pro- frutos.
motora do crescimento, esta sairia do Pode-se provar o fato aplicando-se
ágar e induziria o crescimento das cé- auxinas em ovários não fecundados.
lulas de um lado só, o que acarretaria Estes se desenvolvem e acabam
uma curvatura do coleóptilo. A ex- formando frutos partenocárpicos
periência funcionou e Went chegou à (sem sementes).
certeza da existência de uma subs- A partenocarpia ocorre tam-
tância produzida na ponta do co- bém naturalmente na banana. O ová-
leóptilo que se desloca para a base, rio da banana produz auxina em quan-
influenciando o crescimento. A subs- tidade suficiente para provocar o seu
tância de crescimento foi chamada desenvolvimento sem fecundação.
auxina (do grego aux = crescer). A
natureza química da auxina só foi ❑ Gemas laterais
BIOLOGIA A
conhecida por volta de 1940 como o O AIA produzido nas gemas api-
ácido indolilacético. cais desloca-se polarizado para a ba-
se. As gemas laterais (axilares),
recebendo esse hormônio, ficam ini-
bidas no seu desenvolvimento. Dize-
mos que o AIA produzido na gema
apical provoca a dormência das ge-
mas laterais, fenômeno conhecido por
dominância apical.
Quando podamos uma planta,
retiramos as gemas apicais. Dessa O AIA também controla a perma-
maneira, cessa-se a inibição e, rapi- nência do fruto no caule ou a sua que-
damente, as gemas laterais se desen- da (abscisão), da mesma maneira
volvem.
como ocorre com a folha.
❑ Folhas
❑ Câmbio
O AIA controla a permanência da
folha no caule ou a sua queda (absci- O AIA estimula as atividades das
são). De um modo geral, o fenômeno células do câmbio.
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7. APLICAÇÃO ARTIFICIAL
DE AUXINAS
❑ Estacas
Quando auxinas são aplicadas
na porção inferior de uma estaca
(caule cortado), estimulam-se as divi- Foi o primeiro herbicida utilizado
sões celulares e a produção de raí- pelo homem.
zes adventícias. Tal fato é muito O 2-4-D é usado para eliminar
comum em horticultura. Plantas que dicotiledôneas herbáceas (plantas
com folhas largas). O fato interessan-
dificilmente se propagariam por es-
te é que as gramíneas (plantas com
tacas podem facilmente enraizar
folhas estreitas) são imunes ao 2-4-D.
quando tratadas com auxinas, espe-
Quando uma plantação de gramí-
cialmente o ácido indolbutírico e o neas (milho, arroz, trigo etc.) é tratada
ácido naftalenoacético. com esse herbicida, as ervas dico-
tiledôneas são eliminadas. O 2-4-D
absorvido pelas raízes e pelas folhas
altera todo o metabolismo, acabando
por levar o vegetal à morte. O 2-4-D
inibe o crescimento da raiz, prejudi-
cando a absorção de água e sais.
Induz a formação de raízes adventí-
cias a partir do caule e a formação de
tumores originados por divisões ce-
lulares irregulares.
❑ Auxinas e floração
As auxinas não são os hormônios
promotores da floração nos vegetais.
Mas existem algumas espécies, como
o abacaxi, que têm a floração regula-
da pelas auxinas.
Quando plantações de abacaxi
❑ Auxinas e herbicidas são pulverizadas com auxinas (espe-
Muitas auxinas têm sido usadas cialmente o ácido naftalenoacético), a
como herbicidas seletivos, isto é, floração inicia-se e a produção dos
atacam algumas plantas e outras não. frutos ocorre praticamente ao mesmo
Dentre eles podemos citar o áci do tempo em toda a plantação, o que
2-4 diclorofenoxiacético (2-4-D). facilita consideravelmente a colheita.
BIOLOGIA A
❑ Flores
Aplicadas no ovário ou no estig-
ma de flores não fecundadas, as
auxinas estimulam o desenvolvimento
do ovário para a formação de frutos
partenocárpicos.
❑ Frutos
O AIA, aplicado em frutos jovens,
evita a formação de camadas de abs-
cisão.
Dessa maneira, pode-se obter
melhor rendimento nas colheitas.
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BIOLOGIA A
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❑ Plantas indiferentes
Florescem independentemente do
BIOLOGIA A
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