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CETA Jr.

BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO


EM TEMPOS DE CRISE:

COVID-19
IMPACTO DO COVID-19 NA CADEIA PRODUTIVA DE
ALIMENTOS
NESTE EBOOK

AS IMPLICAÇÕES DE BOAS PRÁTICAS  DE


FABRICAÇÃO NA CRISE PANDÊMICA - PÁG 2

IMPACTO DO COVID-19 NO SETOR DE


ALIMENTOS - PÁG 3

ORIENTAÇÕES PARA ATUANTES NO MERCADO

BOAS PRÁTICAS
DE ALIMENTOS - PÁG 4

ESTABELECIMENTOS PARA CONSUMO


DIRETO - PÁG 4,5 E 6

DE FABRICAÇÃO INDÚSTRIA DE ALIMENTOS - PÁG 7,8 E 9

MERCADO EM EXPANSÃO: DELIVERY E

EM TEMPOS DE
MELHORIAS NA PRÁTICA - PÁG 9 E 10

O NOVO CORONAVÍRUS PODE SER


TRANSMITIDO POR ALIMENTOS? - PÁG 11

CRISE: COVID-19
SEGURANÇA DOS ALIMENTOS E DO MANIPULADOR
CONTRA A COVID - PÁG 11,12 e 13

O ÁLCOOL GEL NO COMBATE AO NOVO CORONAVÍRUS -


 PÁG 14

MAS POR QUE O ÁLCOOL? -  PÁG 14

GEL OU LÍQUIDO? -  PÁG 15

É PERMITIDO FABRICAR EM CASA? -  PÁG 15

FAKE NEWS SOBRE SEGURANÇA DOS ALIMENTOS -  


PÁG 15
01
AS IMPLICAÇÕES DE BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO NA
CRISE PANDÊMICA

De acordo com a ANVISA, todos os que manipule, transporte, distribua ou venda


estabelecimentos do ramo de alimentos devem, produtos alimentícios, como as demais
obrigatoriamente, se adequar às normas indústrias alimentícias, precisam elaborar o
estabelecidas na RDC nº 216/2004. As Manual de Boas Práticas de Fabricação.
inconformidades com as regras regulamentadas
podem acarretar em multas e autuações,
Reforça-se ainda que, em meio à
ocasionando o encerramento das atividades do
crise de pandemia causada
estabelecimento.
pela  COVID-19, as Boas Práticas de
Entende-se que estabelecimento para consumo
Fabricação (BPF) tornam-se ainda
direto, como confeitarias, docerias, padarias,
restaurantes, mercados, cafés, cozinhas mais rigorosas para o mercado de
industriais ou qualquer outro estabelecimento  alimentos.

Segundo a The Food Industry Association (FMI), com o avanço rápido da doença infecciosa, causado 
pelo novo coronavírus (COVID-19), os estabelecimentos devem entrar em estado de emergência e
todas as empresas devem se preparar e refletir sobre o que pode acontecer para minimizar os
impactos e, através da aplicações gerais oriundas das BPF’s, consegue-se auxiliar no combate
contra o novo vírus.

O2
IMPACTO DO COVID-19 NO
SETOR DE ALIMENTOS

O surgimento do novo coronavírus tem afetado todo o mundo e seus impactos não tem sido
diferentes no ramo alimentício. Segundo a Financial Express, as indústrias de alimentos e
distribuidoras já estão sob forte pressão devido ao aumento dos custos de transporte.  A indústria
de alimentos é a maior empregadora entre as indústrias de transformação do Brasil e facilmente um
dos pontos de maior aglomeração de pessoas. Parques fabris, que concentram entre 200 a até mais
de 5 mil pessoas, são comuns neste segmento – o que o torna um importante centro de
disseminação do vírus.
Visando representar esse cenário, a Cielo publicou o impacto do COVID-19 no faturamento
do Varejo Brasileiro, apresentando um aumento considerável de faturamento em
Supermercados e Hipermercados. Observe abaixo:

FONTE: Cielo

Com o estado de pandemia, estima-se que os consumidores reduzam o número de visitas em


estabelecimentos para consumo diretos, como padarias e mercearias locais, e passem a comprar em
maiores quantidades. 
Estabelecimentos como restaurantes devem ver seus negócios diminuírem significativamente,
principalmente em jantares, onde ocorre a maior rentabilidade desse tipo de comércio. Em
decorrência do estado de quarentena implantado em todo o país, devido às recomendações dos
órgãos de saúde, com a queda das vendas em restaurantes, houve um aumento significativo no
sistema de entrega de comidas e bebidas em domicílio - delivery, o que se torna uma opção para
esses negociantes.

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BPF EM TEMPOS DE CRISE: COVID-19 CETA Jr.

ORIENTAÇÕES PARA ATUANTES NO MERCADO DE


ALIMENTOS
Todos que fazem parte da cadeia alimentícia  devem se lembrar que possuem
responsabilidades específicas com relação à legislação alimentar. Como não há
vacina para prevenir a doença, a melhor forma é evitar a exposição ao vírus.
Por isso é pertinente manter as boas práticas de higiene adequadas o tempo
todo, sobre a produção, processamento, estoque, conservação e distribuição do
alimento, pois impacta diretamente na segurança do mesmo.

ESTABELECIMENTOS PARA CONSUMO DIRETO


A TRANSMISSÃO DO CORONAVÍRUS - COVID-19 - NO COMÉRCIO VAREJISTA
E ATACADISTA, PODE OCORRER:

1. Por vias respiratórias, através das COMO PREVENÇÃO: Lavar as mãos com
gotículas de saliva que são eliminadas no ar frequência com água e sabão é a melhor
quando a pessoa tosse, espirra ou fala a medida de prevenção. O uso de produtos
pelo menos dois metros de distância; de limpeza simples, como água e sabão,
desinfetante e água sanitária, é eficaz
2. Por meio de contato físico, quando essas para eliminar o vírus de superfícies.
gotículas contendo o vírus alcançam
mucosas dos olhos, nariz e boca; ATENÇÃO: Pessoas sem sintomas ou com
sintomas leves também podem transmitir
3. Por meio de contato das mãos e rosto o vírus, POR ISSO, TODOS TEMOS DE
com superfícies contaminadas, levando-as TOMAR OS DEVIDOS CUIDADOS.
aos olhos, nariz e boca.

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As padarias não poderão servir
17 medidas para quem alimentos para consumo no local;

trabalha diretamente com Suspender o uso de mesas pelos


o consumo de alimentos, clientes dentro dos estabelecimentos;

conforme a The Food 5. Orientar funcionários e colaboradores


Industry Association (FMI): para evitar falar excessivamente, rir,
tossir, espirrar, bocejar, tocar nos olhos,
nariz e boca durante atendimento;
1. Afixar material com as orientações
de prevenção e disponibilizar em locais 6. Os funcionários devem ser orientados
visíveis aos clientes, como balcões de a intensificar a higienização das mãos
atendimento, caixas, portas de acesso com água e sabão, principalmente antes
ao estabelecimento e sanitários; e depois de manipularem alimentos,
usarem banheiro, se tocarem o rosto,
2. Estar dotado de pia para lavagem de nariz, olhos e boca e sempre que
mãos dos clientes, com sabão líquido, necessário. Afixar cartazes sobre a
papel toalha e lixeira disponíveis, correta higienização de mãos para os
quando couber; funcionários;

3. Fornecer, em locais estratégicos, 7. Manter as áreas de convivência de


álcool gel a 70% para clientes e funcionários ventiladas, tais como
manipuladores. Para melhor eficiência refeitórios e locais de descanso;
do resultado espalhar o produto em
toda a superfície das mãos e friccionar 8. Evitar contato físico com clientes e
por 20 a 30 segundos; outros funcionários;

4. Está suspenso consumo de alimentos 9. Lavar com água e sabão os utensílios


em comércio varejista e atacadistas: do serviço, como espátulas, pegadores,
conchas e similares, a cada 30 minutos,
Os serviços de alimentação higienizando-os completamente, inclusive
(restaurantes e lanchonetes) os cabos;
localizados dentro dos
supermercados não poderão 10. Não disponibilizar alimentos e
fornecer alimento para consumo no bebidas para degustação;
local, sendo permitida apenas a
venda de marmitas e lanches pré- 11. Os produtos sanitizantes utilizados
elaborados e embalados para serem devem estar notificados e registrados
levados para consumo domiciliar; junto ao órgão competentes. O modo 

05
de uso dos produtos sanitizantes deve nos locais onde ficam os carrinhos e
obedecer às instruções recomendadas cestas;
pelos fabricantes;
15. Padarias e supermercados que
12. Reforçar os procedimentos de disponham de auto serviço de pães e
higiene de todos os ambientes, como similares deverão suspender este
depósitos, sanitários e áreas de serviço, disponibilizando funcionário
circulação de clientes; para atendimento ou oferecer os
alimentos já embalados;
13. Higienizar balcões, bancadas,
esteiras, caixas registradoras, 16. Organizar as filas nos balcões de
calculadoras, máquinas de cartão, caixa de modo a manter distância
telefones fixos/móveis e outros itens mínima de segurança de 2 metros
de uso comum, com álcool 70% ou entre os clientes;
diluição de hipoclorito de sódio a
2%, em intervalos mínimos de 30 17. Funcionários que apresentem
minutos; febre e/ou sintomas respiratórios
(tosse seca, dor de garganta, mialgia,
14. Estabelecimentos que cefaleia e prostração, dificuldade
disponibilizam carrinhos ou cestos para respirar e batimento das asas
para os clientes deverão promover a nasais) deverão ser afastados do
limpeza das barras e alças com álcool trabalho, retornando somente após o
70% ou diluição de hipoclorito de término dos sintomas. Diluição de
sódio a 2% em intervalos mínimos de hipoclorito de sódio a 2%: Diluir 20
30 minutos.Disponibilizar álcool 70% mL de hipoclorito de sódio para cada
1 L de água.

ATENÇÃO: O hipoclorito usado pode ser a água sanitária comum do mercado com
registro na ANVISA, sem perfume ou corantes.

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INDÚSTRIA DE ALIMENTOS
De acordo com a Tacta Food School, as indústrias, além de possuir uma alta aglomeração de
pessoas, ela também manipula diversos materiais, o que pode manter o vírus ativo em
superfícies não higienizadas, como em embalagens de alimentos, por 72h em plástico e inox
ou 24h no papelão. As superfícies contaminadas podem ser porta de entrada para a
disseminação do vírus.

Então, para ajudar a minimizar a dispersão do novo coronavírus (COVID-19), a indústria de


alimentos deve incorporar no seu plano de Gerenciamento de Crises ações efetivas ao
combate à doença.

Segue o plano de Boas Práticas de Fabricação com 9 medidas de prevenção contra o


COVID-19 na Indústria de Alimentos, conforme as orientações a seguir:

1. Reforce as práticas sanitárias

Lavar as mãos frequentemente ainda é a medida mais segura para conter o vírus. Os
colaboradores devem ser orientados a não tocarem seus rostos sem terem lavado as mãos.
Abraços, apertos de mão e beijos no rosto devem ser substituídos por acenos ou outras
formas de saudação. Limpeza e desinfecção de mesas, maçanetas, botões e demais
superfícies devem ser reforçadas, lembrando que os agentes desinfetantes comuns (não
apenas o álcool 70%, mas também o hipoclorito de sódio 0,5%, são bons sanitizantes
contra o vírus).

2. Restrinja o acesso à fábrica, escritórios e demais áreas da empresa

Uma medida paliativa é restringir os acessos de pessoal externo (como fornecedores,


consultores, prestadores de serviço) e reduzir o acesso do pessoal interno que mais circula
(como qualidade e manutenção).

3. Substitua reuniões presenciais por web conferências

Cada um sentado na sua mesa ou em home office: assim estão sendo as reuniões durante
esse período pandêmico. Ferramentas abundam – Skype, Whatsapp, Google Hangouts Meet
(que liberou o acesso aos seus clientes do G Suit e G Suit for Education para até 250
pessoas até 01 de julho) e até o Facebook podem ser usados para organizar estas reuniões.

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BPF EM TEMPOS DE CRISE: COVID-19 CETA Jr.

4. Restrinja viagens e coloque em


quarentena os que regressam

Traga de volta quem está fora e restrinja


viagens ao mínimo necessário nesta
época, de preferência, elimine viagens. O
vírus não se transporta sozinho, sendo
necessário um hospedeiro para que
aconteça a disseminação pelo o ser
humano. Todos os viajantes que
estiveram em local de disseminação do
novo coronavírus COVID-19 devem ficar
5. Elimine bebedouros em quarentena de 14 dias após a viagem,
antes de voltarem ao local de trabalho,
Os bebedouros são locais de alta concentração de mesmo que não apresentem sintomas.
pessoas, em que o vírus pode ficar alojado e depois se Eles devem ser orientados a medir sua
disseminar. Oriente a todos os colaboradores a trazerem temperatura 2 vezes ao dia.
suas garrafas de água de casa. Caso esta medida não
seja possível, principalmente em ambientes fabris,
reforce a higienização dos bebedouros e mantenha álcool
70% ao lado de cada ponto de água. Os colaboradores
devem ser ensinados a higienizar os pontos de contato
de bebedouros (locais de acionamento e coleta da água)
antes de beber.

6. Postergue treinamentos presenciais

Não é hora de fazer treinamentos presenciais. Manter


distância de 2 m em relação a outras pessoas pode ser
possível em várias situações, mas dificilmente será em
treinamentos. Sendo assim: troque os treinamentos
presenciais por versões online ou postergue.
7. Distribua mais os horários de almoço

Um dos momentos de maior aglomeração e de contato


com pessoas de diferentes áreas é a hora do almoço. A
Equipe de Segurança de Alimentos, o RH e a Segurança
do Trabalho devem se reunir para montar um plano que
distribua mais o horário de almoço, reduzindo o acúmulo
de pessoas no refeitório e o trânsito de pessoal na
empresa.

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8. Libere o home office

Nas funções administrativas, que dependem apenas de um computador para trabalhar, o


home office é a solução para redução da exposição. Ele deve ser liberado não apenas para
quem apresenta sintomas, mas para todos – afinal, reduzir a aglomeração é chave para conter
a velocidade de avanço do vírus.  As indústrias de alimentos devem já mapear quem tem
acesso a computador em casa e liberar os notebooks para uso fora da empresa. 

Nas portarias das empresas, os colaboradores devem ser orientados a fazerem uma
autoavaliação dos principais sintomas antes de entrarem. Apresentando sintomas, devem ser
orientados a ficarem em casa, em quarentena, de forma a reduzir o contágio dos demais
colegas.

9. Oriente quarentena para quem está apresentando sintomas

Reforça-se que já é uma Boa Prática de Fabricação que colaboradores de alimentos devem
ser afastados de suas atividades. No caso do novo coronavírus, não é suficiente e correto
realocar a pessoa infectada para uma área de baixo risco, sem contato com alimentos
expostos, como pode ser feito com outras doenças com menor taxa de transmissão.

A recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) é que as pessoas infectadas fiquem


em casa, enquanto os sintomas sejam leves, ou procurem seus agentes de saúde, quando
tiverem febre acima de 37,3°C e falta de ar.

MERCADO EM EXPANSÃO: DELIVERY E MELHORIAS NA


PRÁTICA
Com o número de casos do coronavírus aumentando no Brasil, diversas empresas decretaram
as atividades em home office, o que desacelera a economia. O mercado que tem alavancado
seus números  durante a quarentena é o setor de delivery, com a utilização de aplicativos
específicos de vendas, é uma alternativa para aqueles que estão evitando idas ao
supermercado e para os que investem nesse setor.

Como melhorias na entrega e prevenção contra a doença, recomenda-se aos negociantes que
os entregadores sigam alguns protocolos de segurança, conforme enfatizado pela Food Safety
Brazil e Huffpost:

Incentivar o pagamento via aplicativo para reduzir o contato na hora da entrega;


Fornecer aos entregadores o álcool 70% e panos desinfetantes;
Como alternativa, lançar a opção “entrega sem contato”, em que o consumidor pode
realizar o pedido e é feita a entrega na porta/portaria da residência e o entregador poderá
se afastar por 2 metros;

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BPF EM TEMPOS DE CRISE: COVID-19 CETA Jr.

As empresas de delivery devem enviar sua cartilha de recomendação aos entregadores,


perguntar ao cliente como o mesmo deseja a forma de atendimento e repassar as
orientações aos entregadores;
As embalagens para delivery devem ser sanitizadas para serem utilizadas a pronta
entrega, além de cuidados assépticos. Sugerir que o entregador faça mais uma sanitização
da embalagem do delivery com álcool 70% antes da entrega e o contato direto ao
consumidor, como forma de evitar qualquer tipo de transmissão ao cliente.

Os negociantes devem se atentar quanto a saúde dos entregadores, pois estão mais expostos
ao contágio do que os consumidores e devem aderir aos protocolos anteriores como forma de
prevenção e saúde do seu estabelecimento como um todo.

Com os estabelecimentos vazios, o delivery é uma fonte alternativa para restaurantes. Para
tal efeito, deve-se redobrar as atenções quanto às Boas Práticas de Fabricação (BPF), além de
adotar medidas complementares, como a disponibilização do álcool gel a todos envolvidos no
estabelecimento, incluindo os clientes. Redobrar a higienização de utensílios e equipamentos
de serviço antes de cada uso. Quanto a higienização, condutas impostas como a sanitização
constante das mãos e objetos em comum devem serem reforçados, principalmente os
responsáveis pela manipulação de dinheiro que possuem maior exposição.

10
O NOVO CORONAVÍRUS PODE SER
TRANSMITIDO POR ALIMENTOS?
Uma dúvida recorrente é se o novo coronavírus pode ser transmitido por meio dos
alimentos. A resposta é: não há nenhuma evidência a esse respeito. A Autoridade
Europeia de Segurança dos Alimentos (European Food Safety Authority – EFSA),
quando avaliou esse risco em outras epidemias causadas por vírus da mesma
família, concluiu que não houve transmissão por alimentos.  

Segundo a Organização Mundial da Saúde, a OMS, o comportamento do novo


coronavírus deve ser semelhante aos outros tipos da mesma família. Assim sendo,
ele precisa de um hospedeiro – animal ou humano – para se multiplicar. Além
disso, esse grupo de vírus é sensível às temperaturas normalmente utilizadas para
cozimento dos alimentos (em torno de 70ºC). 

O fato é que o vírus pode persistir por poucas horas ou vários dias, a depender da
temperatura e da umidade do ambiente. Ademais, o vírus pode se manter ativo em
superfícies não higienizadas – como embalagens de alimentos – por até 72h (em
plástico e inox) ou 24h (no papelão), mas é eliminado pela higienização ou
desinfecção. Logo, uma das estratégias mais importantes para evitar a exposição é
redobrar os cuidados com a higiene. Os cuidados básicos na manipulação de
alimentos previnem, aliás, uma série de outras doenças.

SEGURANÇA DOS ALIMENTOS E DO MANIPULADOR


CONTRA A COVID-19
Redobrar os cuidados com a higienização das frutas, verduras e embalagens de
alimentos industrializados é fundamental nesse momento de pandemia da Covid-
19. Por si só, não há evidências que os alimentos sejam fonte de transmissão,
porém podem vir a ser se manuseados por alguém contaminado e, se não forem
limpos da forma correta, com bastante água corrente e sabão, podem disseminar a
doença.

Como minimizar os riscos para as compras no supermercado e preparação


dos alimentos:

No mercado, mantenha a distância recomendada de dois metros entre as


pessoas;

11
Enquanto estiver fazendo as compras não leve a mão ao rosto, nariz, olhos ou boca;
Depois de guardar as compras no porta-malas do carro limpe as mãos com álcool gel e se
possível limpe também o volante e o banco do veículo;
Ao chegar em casa faça logo a higienização de superfícies e dos alimentos;
Pacotes de alimentos industrializados como arroz, feijão e macarrão devem ser limpos
com um pano com álcool gel, e também serve água e sabão;
Produtos em recipientes vedados, como os enlatados, por exemplo, podem ser limpos
embaixo da torneira, com água e sabão;
Alimentos in natura, como frutas, legumes, verduras e hortaliças, devem ser higienizados
com água sanitária, uma colher de sopa para cada 1 litro de água. Mergulhe os alimentos e
deixe por cerca de 15 minutos. Depois, lave novamente em água corrente. Alguns
mercados já vendem o produto pronto, como o hipoclorito de sódio, que funciona da
mesma forma;
Alimentos com e sem casca também devem ser lavados dessa forma. Se forem
conservados na geladeira e longe do contato com produtos não higienizados, é suficiente
fazer esse processo uma única vez.

Para os manipuladores domésticos, seguem algumas medidas gerais preventivas:

Quando chegar da rua, tome banho e coloque as roupas sujas e o calçado para lavar;
Evite contato com quem está infectado, como almoçar juntos ou dividir pratos, copos e
talheres;
Lave bem as mãos antes de limpar os alimentos e antes de comer: as palmas, o dorso, os
pulsos, as pontas e entre os dedos. Essas medidas podem ser ineficazes se a mão de quem
manipula os alimentos não estiver limpa, conforme a figura a seguir:

Para lavagem correta das mãos siga


os seguintes passos:

1. Utilize a água corrente para molhar as


mãos;
2. Esfregue a palma e o dorso das mãos
com sabonete, inclusive as unhas e os
espaços entre os dedos, por 40 a 60
segundos;
3. Enxágue bem com água corrente
retirando todo o sabonete;
4. Seque-as com papel toalha ou outro
sistema de secagem eficiente;
5. Esfregue as mãos com um pouco de
produto antisséptico.

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Para os manipuladores de estabelecimentos comerciais e domésticos, se atentar


às recomendações da ANVISA:

1- Quem prepara os alimentos deve lavar as mãos com frequência e,


principalmente, depois de: 
· Tossir, espirrar, coçar ou assoar o nariz; 
· Coçar os olhos ou tocar na boca;
· Preparar alimentos crus, como carne, vegetais e frutas;
· Manusear celular, dinheiro, lixo, chaves, maçanetas, entre outros objetos;
· Ir ao sanitário;
· Retornar dos intervalos;

2- Ao lavar as mãos, use bastante água corrente e sabão líquido ou outro produto destinado
ao mesmo fim. Deve-se esfregar bem todas as áreas das mãos, incluindo as pontas e as
regiões entre os dedos, além dos punhos;

3- Mantenha as unhas curtas, sem esmaltes, e não use adornos que possam acumular
sujeiras e microrganismos, como anéis, aliança e relógio; 

4- Não converse, espirre, tussa, cante ou assobie em cima dos alimentos, superfícies ou
utensílios. A recomendação vale para o momento do preparo e na hora de servir;

5- As superfícies e utensílios que entram em contato com os alimentos devem estar limpos.
Use saneantes, ou seja, produtos de limpeza devidamente regularizados na ANVISA e que
sejam indicados para a respectiva finalidade;

6- Dê mais atenção à higienização das superfícies ou utensílios após a manipulação de


carnes cruas ou vegetais não lavados. Esses alimentos são reconhecidos como fonte de
contaminação de doenças transmitidas por alimentos (DTA’s);

7- Quando uma pessoa com doença infecciosa for manipular um alimento, é preciso avaliar
se há risco de o agente da doença ser transmitido. Nos serviços de alimentação, a doença
deve ser relatada ao supervisor, que dará as orientações sobre como proceder; 

8- Cozinhe bem os alimentos, uma vez que muitos dos agentes transmissores da doença são
sensíveis ao calor. No caso de alimentos que são habitualmente consumidos crus, deve-se ter
atenção redobrada com a procedência e a higiene;

9- Não use e não compre produtos com embalagens amassadas, estufadas, enferrujadas,
trincadas, com furos ou vazamentos, rasgadas, abertas ou com outro tipo de defeito. Limpe
bem as embalagens antes de abri-las.

13
O ÁLCOOL GEL NO COMBATE AO NOVO CORONAVÍRUS

MAS POR QUE O ÁLCOOL?


Inicialmente é indicado que, para se eliminar o
novo coronavírus devemos, lavar as mãos com
água e sabão por 40 a 60 segundos, de acordo
com as recomendações da Organização Mundial
de Saúde (OMS). 

A característica de remover gordura do


sabão/detergente, através da formação de
micelas, remove também o causador da COVID-
19 de suas mãos. Sendo assim, a etapa de
enxágue é tão importante quanto a etapa de
espalhar o sabão. 

Contudo, quando você não estiver em um


ambiente munido de torneira, água e sabão
(exemplo: ônibus, metrô ou outros), é
recomendado o uso de álcool. Segundo a ANVISA,
ele destrói o envelope (camada lipídica) do vírus.

QUAL A DIFERENÇA ENTRE OS ÁLCOOIS? 

De acordo com o Conselho Regional de Química - CRQ, quando se utiliza o álcool com
concentração de 99,6º, ele evapora rapidamente e não consegue penetrar o interior da
célula e, portanto, não elimina os microrganismos, usado principalmente na indústria
química e na assistência à saúde.

Enquanto que o álcool 46º, que tem 54% de água, não serve para eliminar vírus, fungos e
bactérias, utilizado para limpeza de superfícies e sem nenhuma ação desinfetante. Com
A LOOK AT THIS ISSUE:
isso, o álcool 70% possui o melhor efeito bactericida porque a água facilita a entrada do
álcool na bactéria e também retarda a evaporação,
O Ppermitindo
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GEL OU LÍQUIDO?

Os dois possuem a mesma ação. Contudo, o líquido pode ressecar a mão e o


gel possui glicerina, emolientes e hidratantes, que o tornam mais agradável
para utilização. Além disso, a textura em gel também facilita sua aplicação, o
que pode influenciarm diretamente em sua eficácia.
No Brasil, devido a quantidade de acidentes por queimaduras, foi proibido o
comércio de álcool acima de 54ºGL que não seja na forma de gel pela RDC
46/2002. No entanto, devido ao cenário atual, a RDC 350/2020 permitiu
TEMPORARIAMENTE o uso do álcool 70% na forma líquida e revogou a RDC
46/2002.

É PERMITIDO FABRICAR EM CASA?

DE FORMA ALGUMA! Podemos enumerar diversas  falhas, entre elas os


acidentes causando incêndios e queimaduras. Além disso, de acordo com a
nota do CRQ – Conselho Regional de Química, dependendo do espessante
utilizado, você pode potencializar a proliferação de microrganismos. Por fim,
fica aqui uma reflexão:
Recentemente, em 18/03/2020, a Anvisa publicou aqui que autoriza
temporariamente as farmácias de manipulação a produzir e comercializar
álcool gel. Se as farmácias de manipulação que são munidas de profissionais
e estrutura para a fabricação não são autorizadas definitivamente, por que
você em sua casa seria?

FAKE NEWS SOBRE SEGURANÇA DOS ALIMENTOS

Em meio ao cenário atual em que os países se encontram, diversos conteúdos estão


circulando na internet, nas redes sociais, e existem muitas informações incoerentes e,
inclusive, as tão conhecidas fake news. Nesse sentido, é válido ressaltar a importância de
estar atento a fontes confiáveis para apoio nas tomadas de decisões. Em meio a todo esse
cenário, as empresas estão realizando sua gestão de crise, adotando ações de contingência
e, a cada notícia televisiva e medidas do governo atualizadas, tudo é constantemente
alterado e uma nova estratégia precisa ser adotada. Exemplo disso, é que no exato momento
em que você está lendo esse e-book, novas ações já podem inclusive estar ocorrendo. Logo,
esteja atento às fontes devidamente confiáveis.

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