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URGENTE
Cuiabá-MT, 28 de março de 2023.
Prezados Senhores,
Preliminarmente esclarecemos que na data de ontem (27/03/2023), por meio do documento SES-
DIC-2023/23596 (SigaDoc), já foi oficializado institucionalmente nesta SES/MT pedido de
autorização para criação de leitos pediátricos de unidade de terapia intensiva (UTI). Todavia, além
do fato de que tal expansão de leitos não ocorre instantaneamente, somente essa medida de
retaguarda, de forma isolada, não dissolve a situação emergencial de saúde que o território estadual
enfrenta.
de Consolidação n.º 4/2017 - *Lembrando que os óbitos suspeitos ou confirmados são de notificação
imediata, em até 24 horas;
Inserir os casos no SINAN o mais rápido possível, de maneira a orientar as ações de controle
vetorial e a organização dos serviços de saúde para acompanhamento dos pacientes;
https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/svsa/dengue/plano-de-contingencia-para-resposta-as-emergencias-
em-saude-publica-por-dengue-chikungunya-e-zika/@@download/file/plano_contingencia_dengue_chikungunya_zika.pdf
Com apoio dos setores responsáveis pela limpeza urbana municipal, promover mutirões de
limpeza e educação em saúde ambiental junto à comunidade mobilizada - *Sendo viável, solicitar
apoio institucional de órgãos de influência/referência como Defesa Civil, Exército, organizações
locais, etc.;
Realizar capacitação dos profissionais de saúde para reconhecer os casos, sinais de alarme e
gravidade, bem como ofertar o manejo clínico adequado, conforme o guia do Ministério da Saúde:
DENGUE: DIAGNÓSTICO E MANEJO CLÍNICO: ADULTO E CRIANÇA, disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/dengue_manejo_adulto_crianca_5ed.pdf
Prover atenção especial no atendimento dos casos com sinais de alarme ou gravidade, os
quais exigem leitos de observação e de internação, respectivamente, por ter maior probabilidade de
evoluir para o óbito se não forem manejados adequadamente;
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Prover atenção diferenciada aos casos que apresentem condições clínicas especiais e/ou de
risco social ou comorbidades, bem como lactentes - menores de 2 anos, gestantes, adultos com
idade acima de 65 anos;
Executar o manejo dos casos com base na classificação de risco, conforme estadiamento
clínico - *Ressalta-se que a dengue é uma doença dinâmica e pode haver mudanças repentinas de
classificação e consequentemente, reavaliação da condução clínica é necessária durante todo o
acompanhamento;
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_vigilancia_saude_5ed_rev_atual.pdf
Priorizar as coletas de amostras ainda em fase aguda dos casos suspeitos de arboviroses,
bem como nas epizootias de primatas não humanos, aves silvestres e equídeos com sinais
neurológicos, visando o diagnóstico etiológico conclusivo assim como para fins de caracterização
viral e estudos genéticos/genômicos;
Reorientar as equipes técnicas de que a classificação dos casos Chikungunya deve ser
realizada preferencialmente por critério laboratorial, mas para o vírus Zika a classificação dos casos
por critério laboratorial é obrigatória, assim como os encerramentos de óbitos, de casos em
gestantes, crianças e idosos;
Não deixar de coletar as amostras do paciente a partir do 6º dia de sintomas, mesmo que o
contato do paciente com a unidade ocorra após o tempo recomendado de coleta de amostras por
métodos diretos (até o 5º dia de início dos sintomas), o material deve ser coletado da mesma forma;
Caso o primeiro contato com o paciente seja feito após o quinto dia de sintomas, a primeira
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amostra deve ser coletada, desta vez, solicitando-se exames sorológicos e, após a primeira coleta, o
paciente deve ser orientado a retornar à unidade de saúde após 15 dias da primeira coleta para
efetuar coleta da segunda amostra, possibilitando-se a análise de amostras pareadas e verificação
da variação de títulos de anticorpos totais;
Observar que os point-of-care test (POCT), também conhecidos como testes rápidos
imunocromatográficos, possuem caráter de TRIAGEM e seus resultados não devem ser utilizados
como critério de confirmação laboratorial dos casos suspeitos;
https://www.vs.saude.ms.gov.br/wp-content/uploads/2023/02/NOTA-TECNICA-No-427-2021-CGLAB-CGARB-Diagnostico-
Laboratorial-de-Arboviroses.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_laboratorial_sistema_nacional.pdf
Solicitar exames inespecíficos para dengue, conforme indicação do Guia: Dengue Diagnóstico
e Manejo Clínico - adulto e criança, tais como hemograma, com contagem de plaquetas, dosagem
de albumina, além de outros exames complementares conforme critério médico;
Realizar o diagnóstico diferencial de dengue com outras doenças febris agudas associadas à
artralgia, tais como Zika e chikungunya - *Outros diagnósticos diferenciais incluem síndromes febris
exantemáticas, síndromes hemorrágicas, viroses respiratórias malária, leptospirose, febre reumática,
artrite séptica, Zika e Febre do Mayaro;
Coletar amostras para realização do exame de biologia molecular nos casos de síndrome
respiratória aguda grave (SRAG) hospitalizados;
Coletar, na maior parcela possível dos casos suspeitos de Covid-19 leves ou moderados, as
amostras para realização do exame RT-PCR, mesmo havendo disponibilidade de estes rápidos de
antígeno;
Reiterar os alertas à população e aos profissionais de saúde quanto à situação das SRAGs
em âmbito local e reforçar as medidas não farmacológicas de prevenção e controle, tais como:
a. Higienização frequente das mãos com álcool 70% ou com água e sabão;
b. Vacinação em dia;
d. Uso de máscaras de proteção facial, principalmente por indivíduos com fatores de risco para
complicações das síndromes respiratórias agudas graves (em especial imunossuprimidos, idosos,
gestantes e pessoas com múltiplas comorbidades); por pessoas que tiveram contato com casos
confirmados de Covid-19, influenza e demais síndromes respiratórias; e por pessoas em situações
de maior risco de contaminação, como locais fechados e mal ventilados, locais com aglomeração e
serviços de saúde;
Notificar imediatamente a SES/MT nas situações em que o Município atingir sua capacidade
de atendimento na rede de atenção ou necessitar de apoio técnico nas ações de vigilância em
saúde.
Respeitosamente,
Letícia Dassi
Assessora Técnica SUVSA/GBAVS/SES-MT
Janaina Pauli
Coordenadora de Vigilância Epidemiológica