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INSTITUTO FEDERAL DE CIÊNCIA E TÉCNOLOGIA DA BAHIA

CAMPUS SALVADOR
CURSO TÉCNICO INTEGRADO EM QUÍMICA – DAQ

ÁCIDOS, BASES E ÓXIDOS

CLARA GUIMARÃES
SALVADOR- BA
2020
ÁCIDOS, BASES E ÓXIDOS

Relatório apresentado à disciplina técnica de Química,


referente a experimentos realizados, tem por objetivo
a obtenção de nota da quarta unidade e a sedimentação
de conhecimento acerca das propriedades de ácidos,
bases, óxidos.

EQUIPE TÉCNICA: ANA LÚCIA, CAMILA CARNEIRO E CLARA GUIMARÃES


SALVADOR-BA
2020
1. RESULTADOS E DISCUSSÕES DA PRÁTICA DE ÁCIDOS

Atividade 1: Ácidos fixos e voláteis

O procedimento baseou-se na análise da volatilidade de ácidos na sua forma mais pura


(PA), de concentração 6 M. O ponto de ebulição de uma substância, ou seja, a
temperatura em que há mudança de estado físico da mesma de líquido para gasoso, essa
propriedade física encontra-se diretamente relacionada com as forças atrativas que agem
sobre os constituintes que formam a matéria, sejam átomos moléculas ou íons. Os
quatro ácidos que foram analisados são constituídos por moléculas, na sua forma mais
pura, sendo as forças que atuam sobre eles do tipo intermoleculares.

Quando se analisou o ácido clorídrico (HCl) que é constituído de moléculas polares, o


que faz com que dois tipos de forças intermoleculares atuem sobre essas moléculas,
sendo elas: dipolo-dipolo e forças de dispersão de London. A partir das forças dipolo-
dipolo a interação será maior e mais forte quanto maior for a diferença de
eletronegatividade entre os átomos, resultando em centros de carga parciais mais
intensos. Visto que o cloro é um elemento muito eletronegativo a diferença de
eletronegatividade entre ele e o hidrogênio é alta o que faz com que o momento de
dipolo da molécula é de 1,080µ. Analisando pelas forças de London, as interações
deveriam ser mais fracas, isso porque trata-se de uma molécula pequena que apresenta
baixa polarizabilidade, que é a capacidade de distorcer a nuvem eletrônica e formar
dipolos instantâneos e induzidos com facilidade. Levando em conta o dado experimental
a respeito do ponto de ebulição, que no caso do HCl é de 110ºC, e com o que foi
observado experimentalmente, têm-se o prevalecimento das forças de London nessa
molécula, contribuindo assim para o enfraquecimento da interação entre as moléculas, o
que confere com a volatilidade observada experimentalmente.

Observou-se também a volatilidade do ácido acético, que possuía pureza de


aproximadamente 99%, o odor presente no ácido era característico e facilmente
identificado, o que significa que o mesmo evapora facilmente, por consequência das
interações que atuam fracamente nas moléculas que o constituem. O ácido é formado
por moléculas polares que interagem por meio das forças do tipo dipolo-dipolo e forças
de dispersão de London que atuam sobre elas influenciando no ponto de ebulição da
substância.

Ao analisar as interações do CH3COOH pelas interações do tipo dipolo-dipolo, a


intensidade das interações é maior quanto mais polar a molécula, ou seja, quanto maior
for a eletronegatividade entre os átomos. Através do momento de dipolo, que é de 1,74 µ
percebe-se que a molécula é mais polar que a do HCl, o que faz com que as interações
sejam mais fortes o que influencia no ponto de ebulição da mesma, sendo este maior,
tendo teoricamente o valor de 118ºC. Na molécula também estão presentes as forças de
dispersão de London. Sendo a molécula grande, o que contribui para que a
polarizabilidade seja alta, formando assim dipolos instantâneos induzidos e instantâneos
mais fortemente e com maior facilidade, tal fato contribui para que o valor do ponto de
ebulição seja maior que o do ácido clorídrico. Ao comparar o dado experimental com o
teórico, têm-se que realmente o ponto de ebulição do ácido acético é maior que do ácido
clorídrico.

No caso do ácido sulfúrico, que apresentava uma pureza entre 95% e 99% , a análise
experimental não observou volatilidade no ácido, fato este que é comprovado a partir
das forças atrativas exercidas sobre as moléculas do mesmo, sendo que estas interagem
por meio das forças intermoleculares. O H2SO4 é uma molécula polar, o que faz com
que as forças atuantes nessa molécula sejam do tipo dipolo-dipolo e de dispersão de
London. Quando se analisa as interações presentes nessa molécula por dipolo-dipolo,
tem-se que a diferença de eletronegatividade entre os átomos que as constituem é alta, o
que faz com que a molécula seja muito polar quando comparada aos ácidos analisados
anteriormente, sendo assim esta possui momento de dipolo igual a 2,90µ, o que
contribui para fortes interações entre as moléculas de H2SO4. Já no caso das forças de
dispersão de London, as moléculas as moléculas são grandes, mas não tão grandes como
no caso do ácido acético e não tão pequenas como no HCl, sendo assim a interação do
tipo dipolo-dipolo influencia mais consideravelmente e em decorrência dela o ponto de
ebulição da molécula dá-se em 310ºC.

Foi analisada também a volatilidade do ácido bórico, que na sua forma pura se encontra
no estado sólido, o que mostra que as interações presentes no ácido são fortes, seu
estado de agregação também evidencia o seu alto ponto de ebulição, pois a organização
de seus constituintes é dada fortemente de modo que seu ponto de ebulição teórico é de
300º, o que confirma a analise acerca de seu estado físico e infere na sua volatilidade.

Atividade 2: Condutividade elétrica

O procedimento tinha por objetivo a observação quanto a condutividade dos ácidos


utilizados anteriormente. A condutividade elétrica possui relação direta com a
movimentação de cargas, soluções que são boas condutoras de energia possuem cargas
em movimento sejam íons ou elétrons.

Quando aproximou-se os eletrodos do ácido acético (3M) foi observado que a luz
acendeu fracamente no sistema, tal fator deve-se ao mesmo não estar na sua forma mais
pura, possuindo assim íons hidratados no ácido em questão, o que faz com que as
moléculas se ionizassem e houvesse a liberação do hidrogênio em sua forma protonada,
interagindo assim com as moléculas de água presentes no meio e gerando o íon
hidrônio, há também o íon acetato no meio que auxilia na condutividade, tendo em vista
que este vai tender a retornar para sua forma molecular. Já quando em sua forma mais
pura, pois a energia de hidratação presente no ácido acético (PA) não seria suficiente
para quebrar as interações que constituem o mesmo a fim de haver a condução de
eletricidade, visto que seu grau de ionização é de 1,3%, sendo este considerado um
ácido fraco.

Imagem 1: Condutividade do ácido acético

Ao testar a condutividade do ácido sulfúrico (3M) observou-se uma luminosidade


pronunciada, isso se deve a hidratação do meio suficiente para quebrar as interações
na molécula de H2SO4 e liberar o hidrogênio como próton e assim promover íons
hidrônio no meio, sendo possível a condução de eletricidade pelo fato do ácido
analisado ser forte, tendo seu grau de ionização correspondente a aproximadamente
62%, sendo assim a cada 100 moléculas de H 2SO4 cerca de 62 serão ionizadas, sendo
importante salientar que o ácido sulfúrico é diprótico, isto é possui dois hidrogênios
ionizáveis, o que contribui para a condutividade elétrica.

Observou-se também o ácido clorídrico (3M) que acendeu o eletrodo de forma


bastante acentuada, isso se deve ao fato deste ser um ácido muito forte, cujo grau de
ionização é de 92%, o que faz com que o mesmo tenha tendência a ficar em sua
forma ionizada. Essa ionização ocorre, pois a interação entre a molécula de água e a
molécula de HCl que é do tipo dipolo-dipolo, libera energia suficiente para promover
a quebra da ligação entre o cloro e o hidrogênio, fazendo com que o mesmo seja
liberado como próton e ocorra a formação do íon cloreto que interage com a água por
meio da interação íon dipolo e libera energia de hidratação que contribui também
para a quebra das interações entre o hidrogênio e o cloro das moléculas presentes na
solução, sendo possível a condução de eletricidade.

Imagem 2: Condutividade do ácido clorídrico

Ao analisar a condutividade do ácido bórico (3M), percebeu-se que o mesmo não


promovia o acendimento da lâmpada, isso pode ser em decorrência de que em sua forma
mais pura ele se encontra no estado sólido, e quando em solução, em sua concentração
molar, como é o caso do utilizado experimentalmente, a quantidade de água do sistema
não foi suficiente para promover a quebra das ligações, sendo assim este não conduzia
eletricidade.

Atividade 3: Reação entre um ácido e uma base


Foi utilizado para o procedimento o ácido clorídrico em solução aquosa 3M e quando
foram adicionadas gotas do indicador natural de feijão preto, que é utilizado como
indicador por possuir antocianinas em sua composição; a coloração obtida foi rosa
magenta o que indica que o pH do meio é semelhante a 2, de acordo com a escala
obtida anteriormente. Gotejou-se 40 gotas de hidróxido de sódio de modo que o meio se
tornou acinzentado.
A reação que ocorreu foi de neutralização, que se trata de uma mistura entre um ácido e
uma base fazendo com que o pH do sistema seja neutro, gerando como produto um sal
hidratado, ou seja, íons que ficam em solução, e água quando a neutralização é total.
Para que ocorra de forma total a quantidade de íons H+ e OH- tem que ser igual e a
reação entre e hidroxilia e o H+ gera água e íons cloreto e Na+ hidratados no meio, como
mostra a equação seguinte:
3NaOH(aq) + 3HCl(aq)  3H2O(l) + 3NaCl(aq)
Quando o meio se tornou rosa ao adicionar o indicador natural ele se encontrava básico,
pois de acordo com a escala do indicador natural a cor é referente ao meio básico, isso
significa que a quantidade de íons OH - no meio é superior a quantidade de íons H +,
sendo a quantidade de hidróxido de sódio adicionada maior que a quantidade necessária
para promover a neutralização.
A reação de neutralização é uma reação de dupla troca, pois forma um produto que se
dissocia em menor quantidade que as espécies presentes nos reagentes, tendo em vista
que o ácido clorídrico é um ácido forte, que possui seu grau de ionização igual a 92%,
sendo assim de cada 100 moléculas, 92 são ionizadas, além disso tem-se nos reagentes o
hidróxido de sódio que é uma base forte, que ioniza 95%. Ao reagir eles formam a água,
que trata-se de uma substância pouco ionizável, pois tende a se manter em sua forma
molecular.

Imagem 3: HCl + Indicador natural Imagem 4: HCl + NaOH


Imagem 4: Escala de pH de feijão preto utilizada como parâmetro de determinação do pH

Atividade 3: Reação entre um ácido não oxidante com metais


A reação entre o ácido clorídrico e o zinco foi uma reação de deslocamento, onde o
hidrogênio foi deslocado pelo metal, havendo a formação do gás hidrogênio e de íons
hidratados em solução, sendo a formação do gás foi perceptível durante a realização do
procedimento, havendo desprendimento gasoso assim que o metal entrou em contato
com o ácido, como mostra a imagem.

Imagem 5: HCl + Zn

Numa reação de deslocamento ocorre reação e oxidação, ou seja, trata-se de uma reação
redox, na qual há variação do número de oxidação (posse de elétrons) dos elementos da
reação. Normalmente o metal é oxidado.
Zn(s) + HCl(aq)  ZnCl2 (aq) + H2(g)
Na reação o Zinco foi oxidado, tendo seu nox variando de zero para dois, indicando a
perda de dois elétrons, portanto a espécie que ganhou elétrons foi o hidrogênio, sendo a
sua variação de nox de +1 para zero, indicando a redução do mesmo e o ganho de um
elétron.
Zn(s) + H+(aq)  Zn2+(aq) + H2(g)
A equação iônica líquida mostra reação que ocorreu, sendo o zinco o agente redutor e o
H+ o agente oxidante. O íon cloreto não está presente na equação por atuar enquanto íon
espectador, logo não participou da reação.
No caso do cobre, quando adicionado ao HCl não há reação, pois não é obtido nenhum
indicio de reação química, como o desprendimento gasoso que é observado no caso do
zinco, tal fator ocorre porque metais que se encontram abaixo do hidrogênio na fileira
de reatividade não são oxidados pelo íon próton, pois reações entre metais e ácidos
geralmente são de simples troca, sendo o hidrogênio deslocado pelo metal, porém para
que isto ocorra o metal tem que ser mais reativo que o hidrogênio, o que não é o caso do
cobre.

Imagem 6: Fila de reatividade dos metais

Atividade 5: Reação de ácidos com óxido de alumínio


O óxido de alumínio trata-se de um óxido anfótero, sendo assim em meio básico ele se
comporta como ácido e em meio ácido se comporta como base. No caso de reações com
ácidos fortes como os utilizados no experimento: HCl e H 3BO3; ele reagiu de maneira
exotérmica, promovendo o aquecimento do sistema que resulta na formação de sal e
água, deixando o sal como corpo de fundo e este atuando enquanto óxido básico nos
meios.
6HCl(aq) + Al2O3(aq)  3H2O (aq) + 2AlCl3(aq)

Imagem 7: Formação de sais em ácidos fortes

Atividade 6: Força dos ácidos


Por meio da utilização do indicador natural de feijão preto, cuja escala foi produzida
anteriormente, foi possível obter o pH dos ácidos analisados.
O primeiro ácido analisado foi o ácido clorídrico, cujo meio ficou vermelho ao
adicionar o indicador, sendo o pH experimental de acordo com a escala do extrato
natural é de 1,5 e quando comparado com o indicador universal na obteve-se coloração
que realmente se equivale-se, sendo considerado pH= 0, tal fato indica que o ácido se
trata de um ácido forte, o que é compatível com os dados teóricos, visto que o mesmo
possui grau de ionização igual a 92%. A concentração utilizada foi de 3 mol.L -1,
fazendo os cálculos é possível determinar que existem cerca de 2.76 mol de íons H + no
meio:
3mol x 92% = 2.76 mol
Quando efetuados os cálculos para obtenção do pH obtém-se um valor negativo, o que
confirma o que foi observado experimentalmente.
pH= -log[H+]
pH= -log[2,76]
pH= -0,44
Quando se analisou o ácido sulfúrico o meio ficou rosa magenta indicando pH
semelhante a dois e quando observado o papel universal não possuía coloração na faixa
em que é estabelecido o pH, sendo o mesmo tomado com zero, indicando que o ácido é
forte, sendo compatível com a teoria, visto que o ácido sulfúrico possui grau de
ionização igual a 62%, além de ionizar duas vezes. A concentração utilizada foi de 3
mol.L-1, ao fazer os cálculos foi possível determinar que existem cerca de 3,72 mol de
íons H+ no meio. Na segunda etapa a ionização não ocorre em 62%, por ser mais difícil
a retirada de carga positiva quando este está carregado negativamente, na forma de
HSO4-, porém a porcentagem foi utilizada como parâmetro. [1]
3mol x 62% = 1,86 (primeira ionização)
3mol x 62% = 1,86 (segunda ionização)
O pH quando obtido por meio dos cálculos resulta em valor negativo:
pH= -log[H+]
pH= -log[3,72]
pH= -0,56
Analisou-se também o ácido bórico que adquiriu coloração roxa quando adicionado o
indicador, sendo o seu provável pH na escala do indicador natural de feijão preto de 5,5
e quando observado o papel universal seu pH foi igual a 5,o que caracteriza ele
enquanto ácido fraco.
O último ácido analisado foi o acético, onde o meio ficou rosa fraco, o que de acordo
com a escala de pH do indicador natural o caracteriza enquanto um ácido forte, pois o
mesmo está na faixa de pH igual a 3,5 e no indicador universal também, sendo o grau de
ionização correspondente a 1,3%, a concentração da solução utilizada foi de 3 mol.L -1,
sendo possível determinar que há cerca de 0,039 mol de íons próton no meio.
3mol x 1,3%= 0,039 mol
Sendo assim o pH é:
pH= -log[H+]
pH= -log[0,039]
pH= 1, 40
Visto que as soluções dos ácidos apresentam a mesma concentração, pode-se comparar
a força das soluções através dos valores de pH, sendo mais forte a solução de ácido
sulfúrico, pois apresenta menor pH, possuindo mais H+ no meio. A solução menos ácida
é a do ácido bórico, apresentando maior pH.

Solução Indicador Cor observada Escala ind. nat Ind. Universal


HCl Feijão preto Vermelho 1,5 0
H2SO4 Feijão preto Rosa Magenta 2 0
H3BO3 Feijão preto Roxo 5,5 5
CH3COOH Feijão preto Rosa fraco 3,5 3,5
Tabela 1: Comparação de cores e do pH de diferentes soluções.

Imagem 8: pH do ácido bórico no indicador universal

Imagem 9: pH do ácido acético no indicador universal


2. RESULTADOS E DISCUSSÕES DA PRÁTICA DE BASES

Atividade 1: Reação entre o óxido de cálcio e água


Os óxidos são compostos binários, onde o oxigênio deve ser o elemento mais
eletronegativo e deve possuir valência -2 [2]. Quando o CaO foi adicionado a o béquer
com água ele atuou enquanto óxido básico, pois ao reagir com água promoveu a
produção de uma base.
CaO(s) + H2O(l) → Ca(OH)2(aq)
Tal fato pôde ser comprovado após a filtração, onde foi adicionada uma gota de
fenolftaleína na fase aquosa e o meio adquiriu coloração rosa magenta, que é a
coloração que indica o meio básico de acordo com a faixa de viragem da fenolftaleína
8,2---10; Isso significa que no meio há mais íons hidroxila que íons próton.

Atividade 2: Volatilidade de bases


O procedimento baseou-se na análise da volatilidade de bases, sendo a volatilidade
diretamente associada com a força das bases e suas forças intramoleculares.
A primeira base analisada foi o hidróxido de amônio, que trata-se de uma base fraca,
pois o amônio é um ácido conjugado forte proveniente de uma base fraca (amônia), que
ao receber íon próton, forma esse ácido conjugado forte que compõe o hidróxido, e este
doa facilmente íon próton com a finalidade de restaurar a amônia, que se encontra na
forma gasosa, sendo assim este ácido é volátil, o que foi comprovado através do odor
característico percebido experimentalmente.
NH3 (g) + H2O(l) ↔ NH4+ + OH-(aq)

Analisou-se também a volatilidade do hidróxido de sódio, onde não foi percebida


nenhuma liberação de odor, isso se deve ao fato de que a mesma é uma base forte, logo
não é reversível, em virtude de se tratar de uma ligação iônica, onde o cátion (Na +) se
liga ao ânion (OH-), sendo a ligação estabelecida forte, por conta das cargas presentes.
Atividade 3: Solubilidade em água
A primeira base analisada foi o hidróxido de sódio, que trata-se de um hidróxido de
metal alcalino, cujo grau de ionização é praticamente 100% e quando em contato com a
água os componentes voltam para sua forma iônica, ficando estas em solução. Vale
ressaltar que o hidróxido de sódio é uma substância higroscópica, ou seja, absorve água
com muita facilidade.
NaOH(aq) + H2O(l)  Na+(aq) + OH-(aq)
A segunda base analisada foi o hidróxido de cálcio obtido a partir da filtração realizada
no primeiro experimento, foi observada a turvação da solução quando em contato com o
sólido, sendo este um indicio de precipitação, sendo o sólido formado não totalmente
solúvel.
Ca(OH)2 (s)  + H2O(l) = H3O(aq) + CaO2H(aq)

A última base analisada foi o hidróxido de alumínio, e visto que o Al 3+ é um composto


pequeno de carga elevada a energia de rede para que haja a quebra do composto é mais
elevada, gerando menos hidroxila, o que é comprovado experimentalmente visto que há
formação de precipitado no meio.
Al(OH)3 (s) + H2O(l)  Al3+(aq) + 3OH- (aq)

Atividade 4: Condutividade elétrica de soluções básicas


O procedimento tinha por objetivo a observação quanto a condutividade de bases. A
condutividade elétrica possui relação direta com a movimentação de cargas, soluções
que são boas condutoras de energia possuem cargas em movimento sejam íons ou
elétrons.

A primeira base analisada foi o hidróxido de sódio, que é uma base forte, onde o cátion
(Na+) possui raio iônico não tão acentuado em virtude da quantidade de prótons e
elétrons de valência que o mesmo possui, sendo as forças atrativas dos mesmos com o
núcleo não tão acentuadas, sendo fácil ionizar os mesmos, o que facilita a mobilidade
desse íons no meio. Na prática foi observada a fraca condução de eletricidade em
virtude de a concentração molar da base ser diferente das outras analisadas estando a 0,1
M.

A segunda base analisada foi o hidróxido de alumínio (1M), onde o seu cátion (Al3+) é
um composto pequeno de carga elevada, sendo a energia de rede para que haja a quebra
do composto mais elevada, logo a quantidade de íons no meio não é suficiente para
promover a condução de eletricidade, como pôde ser evidenciado experimentalmente.

A terceira base utilizada no experimento foi o hidróxido de magnésio (1M), cujo cátion
da espécie (Mg2+) se trata de uma espécie maior que no caso do hidróxido de sódio,
sendo assim seu número de prótons e elétrons de valência é maior, e por consequência
suas forças atrativas com o núcleo é mais forte, fazendo com que precise-se de uma alta
energia de ionização para que se tenham íons no meio, dificultando assim a condução de
eletricidade, o que comprova a não condução observada durante a prática.

A quarta base analisada foi o hidróxido de potássio (1M), onde seu cátion (K+) possui
raio iônico não tão acentuado em virtude da quantidade de prótons e elétrons de
valência que o mesmo possui, sendo as forças atrativas dos mesmos com o núcleo não
tão acentuadas, sendo fácil ionizar os mesmos, o que facilita a mobilidade desse íons no
meio, promovendo a condução de eletricidade, o que foi comprovado
experimentalmente.
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES DA PRÁTICA DE ÓXIDOS

Atividade 1

Sabendo que óxidos são compostos binários, onde o oxigênio deve ser o elemento mais
eletronegativo e deve possuir valência -2 [3]. Ao queimar a fita de magnésio, a mesma
adquiriu coloração branca, que se trata da obtenção do óxido de magnésio, de acordo
com a equação que se segue.

2Mg(s) + O2 (g)  2MgO(s)

Quando pingou-se a fenolftaleína no óxido obtido, observa-se que o óxido adquire a


coloração rosa magenta que é a coloração que indica o meio básico de acordo com a
faixa de viragem da fenolftaleína 8,2---10; Óxidos básicos são compostos moleculares
que reagem com água para formar ácido.

Atividade 2: Reações de síntese de sais

O procedimento tinha por objetivo a obtenção de sais, que se tratam de compostos


iônicos resultantes de uma reação de neutralização ou salinificação, em que quando
dissociados em meio aquoso levam a produção de íons diferentes do íon próton e da
hidroxila.
Ao pingar o indicador sintético: Azul de bromotimol, em água, obteve-se coloração azul
clara. Vale ressaltar que a água é uma substância anfiprótica, ou seja, pode adquirir
caráter tanto ácido quanto básico, visto que a faixa os intervalos de viragem do
indicador são 6,0 a 7,6, sendo a coloração azul em meio básico, sendo assim observa-se
experimentalmente que em contato com o indicador água atua enquanto base.

Quando fornecido dióxido de carbono ao meio o mesmo adquire coloração amarela, o


que significa que o pH do meio está abaixo de 6, tornando-se ácido, pois ao adicionar
CO2 é formado o ácido carbônico.

CO2 (g) + H2O(l)  H2CO3 (aq)

Ao promover o aquecimento do sistema a coloração retorna ao azul, ou seja, volta a


obter seus produtos iniciais, sendo esta reação endotérmica, ou seja, possui um balanço
energético positivo, indicando que houve mais absorção de energia no meio que
liberação.

Imagem 11: Água + indicador + CO2

Imagem 10: Água + indicador


Imagem 12: Coloração obtida ao aquecer

Atividade 3
Ao pingar a fenolftaleína, em água, obteve-se coloração rosa magenta. Sendo a água é
uma substância anfiprótica, logo pode adquirir caráter tanto ácido quanto básico, visto
que a faixa a faixa de viragem do indicador é entre 8,2 e 10, sendo a rosa magenta em
meio básico e incolor em meio básico, foi observado experimentalmente que em contato
com o indicador água atua enquanto base.

Adicionou-se óxido de cálcio no meio e forneceu-se gás carbônico, pôde-se observar a


formação de coloração leitosa no meio e a formação de precipitado insolúvel, tal
precipitado é o carbonato de cálcio, formado a partir da dissociação da base e liberação
do ânion hidróxido.

CO2 (g) + Ca(OH)2 (aq)  CaCO3 (s) + H2O (l)


4. CONCLUSÃO

Foi possível avaliar propriedades químicas e físicas de diferentes ácidos orgânicos e


inorgânicos, verificando a influência das forças intermoleculares na volatilidade de cada
um deles. Verificou-se a importância do grau de ionização desses ácidos para promover
sua condutividade, além de testar a reação de ácido não oxidante com diferentes metais,
obtendo deslocamento de cargas ou não.

Avaliou-se também o caráter ácido ou básico de alguns óxidos, a capacidade de


condução de eletricidade de algumas bases compostas por cátions menores o que faz
com que seja mais fácil promover a ionização.
5. REFERÊNCIAS

ATKINS, P. & JONES, L. Princípios de Química. Questionando a vida moderna e o


[1]
meio ambiente. 5. ed. Porto Alegre: Editora Bookman, 2011.

[2] [3] FELTRE, Ricardo. Química geral. 5. Ed. São Paulo: Editora Moderna, 2000.

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