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CAMPUS SALVADOR
CURSO TÉCNICO INTEGRADO EM QUÍMICA – DAQ
CLARA GUIMARÃES
SALVADOR- BA
2020
ÁCIDOS, BASES E ÓXIDOS
No caso do ácido sulfúrico, que apresentava uma pureza entre 95% e 99% , a análise
experimental não observou volatilidade no ácido, fato este que é comprovado a partir
das forças atrativas exercidas sobre as moléculas do mesmo, sendo que estas interagem
por meio das forças intermoleculares. O H2SO4 é uma molécula polar, o que faz com
que as forças atuantes nessa molécula sejam do tipo dipolo-dipolo e de dispersão de
London. Quando se analisa as interações presentes nessa molécula por dipolo-dipolo,
tem-se que a diferença de eletronegatividade entre os átomos que as constituem é alta, o
que faz com que a molécula seja muito polar quando comparada aos ácidos analisados
anteriormente, sendo assim esta possui momento de dipolo igual a 2,90µ, o que
contribui para fortes interações entre as moléculas de H2SO4. Já no caso das forças de
dispersão de London, as moléculas as moléculas são grandes, mas não tão grandes como
no caso do ácido acético e não tão pequenas como no HCl, sendo assim a interação do
tipo dipolo-dipolo influencia mais consideravelmente e em decorrência dela o ponto de
ebulição da molécula dá-se em 310ºC.
Foi analisada também a volatilidade do ácido bórico, que na sua forma pura se encontra
no estado sólido, o que mostra que as interações presentes no ácido são fortes, seu
estado de agregação também evidencia o seu alto ponto de ebulição, pois a organização
de seus constituintes é dada fortemente de modo que seu ponto de ebulição teórico é de
300º, o que confirma a analise acerca de seu estado físico e infere na sua volatilidade.
Quando aproximou-se os eletrodos do ácido acético (3M) foi observado que a luz
acendeu fracamente no sistema, tal fator deve-se ao mesmo não estar na sua forma mais
pura, possuindo assim íons hidratados no ácido em questão, o que faz com que as
moléculas se ionizassem e houvesse a liberação do hidrogênio em sua forma protonada,
interagindo assim com as moléculas de água presentes no meio e gerando o íon
hidrônio, há também o íon acetato no meio que auxilia na condutividade, tendo em vista
que este vai tender a retornar para sua forma molecular. Já quando em sua forma mais
pura, pois a energia de hidratação presente no ácido acético (PA) não seria suficiente
para quebrar as interações que constituem o mesmo a fim de haver a condução de
eletricidade, visto que seu grau de ionização é de 1,3%, sendo este considerado um
ácido fraco.
Imagem 5: HCl + Zn
Numa reação de deslocamento ocorre reação e oxidação, ou seja, trata-se de uma reação
redox, na qual há variação do número de oxidação (posse de elétrons) dos elementos da
reação. Normalmente o metal é oxidado.
Zn(s) + HCl(aq) ZnCl2 (aq) + H2(g)
Na reação o Zinco foi oxidado, tendo seu nox variando de zero para dois, indicando a
perda de dois elétrons, portanto a espécie que ganhou elétrons foi o hidrogênio, sendo a
sua variação de nox de +1 para zero, indicando a redução do mesmo e o ganho de um
elétron.
Zn(s) + H+(aq) Zn2+(aq) + H2(g)
A equação iônica líquida mostra reação que ocorreu, sendo o zinco o agente redutor e o
H+ o agente oxidante. O íon cloreto não está presente na equação por atuar enquanto íon
espectador, logo não participou da reação.
No caso do cobre, quando adicionado ao HCl não há reação, pois não é obtido nenhum
indicio de reação química, como o desprendimento gasoso que é observado no caso do
zinco, tal fator ocorre porque metais que se encontram abaixo do hidrogênio na fileira
de reatividade não são oxidados pelo íon próton, pois reações entre metais e ácidos
geralmente são de simples troca, sendo o hidrogênio deslocado pelo metal, porém para
que isto ocorra o metal tem que ser mais reativo que o hidrogênio, o que não é o caso do
cobre.
A primeira base analisada foi o hidróxido de sódio, que é uma base forte, onde o cátion
(Na+) possui raio iônico não tão acentuado em virtude da quantidade de prótons e
elétrons de valência que o mesmo possui, sendo as forças atrativas dos mesmos com o
núcleo não tão acentuadas, sendo fácil ionizar os mesmos, o que facilita a mobilidade
desse íons no meio. Na prática foi observada a fraca condução de eletricidade em
virtude de a concentração molar da base ser diferente das outras analisadas estando a 0,1
M.
A segunda base analisada foi o hidróxido de alumínio (1M), onde o seu cátion (Al3+) é
um composto pequeno de carga elevada, sendo a energia de rede para que haja a quebra
do composto mais elevada, logo a quantidade de íons no meio não é suficiente para
promover a condução de eletricidade, como pôde ser evidenciado experimentalmente.
A terceira base utilizada no experimento foi o hidróxido de magnésio (1M), cujo cátion
da espécie (Mg2+) se trata de uma espécie maior que no caso do hidróxido de sódio,
sendo assim seu número de prótons e elétrons de valência é maior, e por consequência
suas forças atrativas com o núcleo é mais forte, fazendo com que precise-se de uma alta
energia de ionização para que se tenham íons no meio, dificultando assim a condução de
eletricidade, o que comprova a não condução observada durante a prática.
A quarta base analisada foi o hidróxido de potássio (1M), onde seu cátion (K+) possui
raio iônico não tão acentuado em virtude da quantidade de prótons e elétrons de
valência que o mesmo possui, sendo as forças atrativas dos mesmos com o núcleo não
tão acentuadas, sendo fácil ionizar os mesmos, o que facilita a mobilidade desse íons no
meio, promovendo a condução de eletricidade, o que foi comprovado
experimentalmente.
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES DA PRÁTICA DE ÓXIDOS
Atividade 1
Sabendo que óxidos são compostos binários, onde o oxigênio deve ser o elemento mais
eletronegativo e deve possuir valência -2 [3]. Ao queimar a fita de magnésio, a mesma
adquiriu coloração branca, que se trata da obtenção do óxido de magnésio, de acordo
com a equação que se segue.
Atividade 3
Ao pingar a fenolftaleína, em água, obteve-se coloração rosa magenta. Sendo a água é
uma substância anfiprótica, logo pode adquirir caráter tanto ácido quanto básico, visto
que a faixa a faixa de viragem do indicador é entre 8,2 e 10, sendo a rosa magenta em
meio básico e incolor em meio básico, foi observado experimentalmente que em contato
com o indicador água atua enquanto base.
[2] [3] FELTRE, Ricardo. Química geral. 5. Ed. São Paulo: Editora Moderna, 2000.