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2 Inteligência do século

Inteligência do século 3
FICHA CATALOGRÁFICA
Copyright@2021 por Pyero Tavolazzi
Todos os direitos reservados

Volume 1
1 Edição – 2021

Edição: André A. de Moraes Matias


Revisão: Thaís Teixeira Monteiro
Diagramação: Vitória Gambôa
Design: Vitória Gambôa

Os textos das referências bíblicas foram extraídos, em sua maioria, da versão Almeida
Revista e Atualizada. Também, em alguns momentos foram usados textos da versão
NVT (Nova Versão Transformadora)

Dados internacionais de catalogação na Publicação

Tavolazzi, Pyero, 2021


Inteligência do século – Volume 1 / Pyero Tavolazzi
ISBN 978-65-993730-7-7

Vida cristã 1. Liderança

CDD: 230/240

DIREITOS RESERVADOS – É proibida a reprodução total ou parcial da obra, de qual-


quer forma ou por qualquer meio, sem a autorização prévia do autor. A violação dos
direitos autorais é crime estabelecido pelo artigo 48 do Código Penal.

Impresso no Brasil
Printed in Brazil
2021

4 Inteligência do século
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.......................................................................................................................................................7

PRIMEIRA PALESTRA........................................................................................................................................13
AS 7 REALIDADES DA NOSSA IDENTIDADE EM DEUS...............................................................................................13
1. FOMOS CRIADOS PARA SERMOS AMADOS (EXPECTATIVA POSITIVA)....................................................14
2. FOMOS CRIADOS PARA A ABUNDÂNCIA.............................................................................................................15
3. FOMOS CRIADOS COM A PERCEPÇÃO DO ELOGIO DE DEUS....................................................................16
4. FOMOS CRIADOS PARA SERMOS EXPRESSÃO DA IMAGEM E DA SEMELHANÇA DE DEUS.........16
5. FOMOS CRIADOS PARA SERMOS UMA BÊNÇÃO...............................................................................................17
6. FOMOS CRIADOS PARA SER FECUNDOS E FRUTÍFEROS EM NOSSOS RELACIONAMENTOS......17
7. FOMOS CRIADOS PARA EXERCER DOMÍNIO.......................................................................................................18

SEGUNDA PALESTRA........................................................................................................................................21
OS 7 ESTADOS DO SER HUMANO NO ÉDEN E AS DUAS ÁRVORES....................................................................21
1. COMUNHÃO COM DEUS................................................................................................................................................21
2. COMUNHÃO UM COM O OUTRO..................................................................................................................................22
3. PUREZA...............................................................................................................................................................................22
4. INTELIGÊNCIA EMOCIONAL E MENTAL.................................................................................................................23
5. SAÚDE..................................................................................................................................................................................23
6. PROSPERIDADE – ABUNDÂNCIA.............................................................................................................................24
7. TRABALHO EFETIVO JUNTAMENTE COM DEUS...............................................................................................25
O HOMEM NÃO ESTAVA PERFEITO!..................................................................................................................................25

TERCEIRA PALESTRA......................................................................................................................................29
A ESCOLHA DA IDENTIDADE E A QUEDA DO HOMEM............................................................................................29
O QUE O SER HUMANO PERDEU?......................................................................................................................................34
QUAIS FORAM OS PRIMEIROS ACONTECIMENTOS NA VIDA DO SER HUMANO?........................................35
A ASTÚCIA DO INIMIGO..........................................................................................................................................................39

QUARTA PALESTRA..........................................................................................................................................41
AS CONSEQUÊNCIAS DA IDENTIDADE ESCOLHIDA PELO HOMEM....................................................................41
O SER HUMANO FICOU CATIVO DO PECADO, DO DIABO E DO MUNDO AO SEU REDOR.........................................41

QUINTA PALESTRA...........................................................................................................................................49
A NECESSIDADE DE RESGATAR NOSSA INTELIGÊNCIA ESPIRITUAL................................................................49
INDÍCIOS DO AMOR DE DEUS PELO HOMEM MESMO DEPOIS DE SER REJEITADO...................................50
A HISTÓRIA DE DEUS COM ALGUNS HOMENS DO VELHO TESTAMENTO......................................................54

SEXTA PALESTRA..............................................................................................................................................71
A RELIGIÃO COMO FORMA DE BUSCA DA NOSSA IDENTIDADE.................................................................................................71
ALGUMAS PONDERAÇÕES SOBRE A RELIGIÃO......................................................................................................................................72
NENHUMA RELIGIÃO NOS CONCEDE A SALVAÇÃO.............................................................................................................................77
RENUNCIE A RELIGIÃO!............................................................................................................................................................................................77

SÉTIMA PALESTRA............................................................................................................................................81
A SALVAÇÃO DE DEUS PARA O HOMEM.........................................................................................................................81
A CONCLUSÃO DA SALVAÇÃO NO ÉDEN......................................................................................................................85
UM SALVADOR............................................................................................................................................................................86
EVIDÊNCIAS DE JESUS SER O SALVADOR ...................................................................................................................86
A EVIDÊNCIA NO ENTENDIMENTO DE ABEL................................................................................................................87
A EVIDÊNCIA NO ENTENDIMENTO DE ABRAÃO..............................................................................................................88
A EVIDÊNCIA NO ENTENDIMENTO DE MOISÉS...........................................................................................................89
A EVIDÊNCIA NA EXPERIÊNCIA DE ISAÍAS...................................................................................................................90
OUTRAS EVIDÊNCIAS ANUNCIADAS SOBRE O MESSIAS, O SALVADOR..........................................................91
JESUS CONTRAPÕE A RELIGIÃO!......................................................................................................................................96

Inteligência do século 5
OITAVA PALESTRA...........................................................................................................................................99
JESUS É O RESGATE DE NOSSA INTELIGÊNCIA ESPIRITUAL...............................................................................99
JESUS É A VIDA DE DEUS PARA LIBERAR AOS HOMENS.....................................................................................100
SER DEUS E HOMEM AO MESMO TEMPO......................................................................................................................101
JESUS PERDOA PECADORES.............................................................................................................................................102
JESUS ERA CONTRA A RELIGIOSIDADE........................................................................................................................103
JESUS CARREGA UMA MENSAGEM DE RELACIONAMENTO COM DEUS.......................................................104
JESUS TEM UMA MENSAGEM DE ARREPENDIMENTO.............................................................................................106
UMA MENSAGEM DE SALVAÇÃO GRATUITA PELA FÉ.............................................................................................107
DISPOSIÇÃO PARA SER SACRIFÍCIO PELOS PECADOS DO HOMEM................................................................108

NONA PALESTRA..............................................................................................................................................113
A RESSURREIÇÃO É O RENASCIMENTO DE NOSSA IDENTIDADE ESPIRITUAL............................................99
O NOVO NASCIMENTO............................................................................................................................................................114
O EXEMPLO DE JESUS E NICODEMOS.............................................................................................................................115
A EXPERIÊNCIA DE CORNÉLIO...........................................................................................................................................116
EVIDÊNCIAS DO NOVO NASCIMENTO.............................................................................................................................119

DÉCIMA PALESTRA.........................................................................................................................................125
MINHA IDENTIDADE EM JESUS É A DA INTELIGÊNCIA DO SÉCULO................................................................129
QUAL É A IMAGEM DE JESUS – ESPÍRITO VIVIFICANTE........................................................................................130

DÉCIMA PRIMEIRA PALESTRA.......................................................................................................................141


ESTÁGIOS DA INTELIGÊNCIA DO SÉCULO EM MINHA IDENTIDADE..................................................................141
ESTÁGIO 0 - MORTE ESPIRITUAL......................................................................................................................................141
ESTÁGIO 1 - NASCIMENTO ESPIRITUAL............................................................................................................................142
ESTÁGIO 2 - A QUEBRA DAS CADEIAS DO PECADO E DA RELIGIOSIDADE.................................................143
ESTÁGIO 3 - A INTELIGÊNCIA ESPIRITUAL COM FOCO EM MINHAS NECESSIDADES..............................................................145
ESTÁGIO 4 - A DISPOSIÇÃO PARA AS PRÁTICAS ESPIRITUAIS BÁSICAS.......................................................147
ESTÁGIO 5 - A CONVICÇÃO PERFEITA DA BONDADE E DO AMOR DE DEUS..............................................148
ESTÁGIO 6 - POSIÇÃO EM CRISTO DE MANEIRA MAIS AMPLIADA, EM COMUNIDADE.....................................................149
ESTÁGIO 7 - HERANÇA DE AUTORIDADE NO REINO DOS CÉUS................................................................................................................155
OS ESTÁGIOS DA INTELIGÊNCIA DO SÉCULO EM 1 PEDRO..................................................................................157

DÉCIMA SEGUNDA PALESTRA.......................................................................................................................161


AS ESCOLHAS PARA PRESERVAR A INTELIGÊNCIA DO SÉCULO.......................................................................161
1. USE A INTELIGÊNCIA DO SÉCULO EM TODAS AS OCASIÕES...........................................................................161
2. VIVA NO PRINCÍPIO DO AMOR - CINCO DIMENSÕES.........................................................................................162
3. MANTER COMUNHÃO COM O ESPÍRITO SANTO...................................................................................................163
4. VIVER A INTELIGÊNCIA ESPIRITUAL PELA GRAÇA, E NÃO PELA JUSTIÇA PRÓPRIA.........................164
5. MANTER OS OLHOS DA FÉ ABERTOS........................... ...........................................................................................166
6. ESTAR SEMPRE COM A EXPECTATIVA DO SOBRENATURAL...........................................................................167
7. PERMANECER NO CAMINHO DA OBEDIÊNCIA ESPIRITUAL............................................................................168
8. VIVER EM GENEROSIDADE.............................................................. ..............................................................................169
9. BUSCAR O CUMPRIMENTO DO PROPÓSITO DE DEUS.... ..................................................................................170
10. PRATICAR PERDÃO GENUÍNO..... .............................................................. .................................................................171
11. PERMITIR BONS PENSAMENTOS – PENSAMENTOS DO REINO... ..................................................................172
12. LANÇAR BOAS SEMENTES................ .............................................................. .............................................................173
A EXPERIÊNCIA DA MATURIDADE DE NOSSA INTELIGÊNCIA!......... ..................................................................174

DÉCIMA TERCERA PALESTRA........................................................................................................................177


AS VIRTUDES DO REINO E A MATURIDADE DA INTELIGÊNCIA DO SÉCULO.................................................177
AS VIRTUDES DA INTELIGÊNCIA ESPIRITUAL.............................................................................................................182
AS VIRTUDES DO ESPÍRITO SANTO..................................................................................................................................183
PEÇA PELO REVESTIMENTO ESPIRITUAL......................................................................................................................198

6 Inteligência do século
IDS – INTELIGÊNCIA DO SÉCULO
Há muitos anos, tenho trabalhado consistentemente pelo desenvolvimento huma-
no de milhões de pessoas no Brasil e em outros 27 países. Tem sido uma jornada es-
petacular! Acredito que todo esse projeto de desenvolvimento tem preparado essas
milhões de pessoas para o cumprimento de uma jornada de sucesso além do que um
dia imaginaram ter. Quem me conhece tem visto meu esforço em fazer pontes extraor-
dinárias para pessoas acessarem conhecimento, inspiração.

Em minha caminhada rumo ao aprendizado e ao ensino do desenvolvimento hu-


mano, tenho encontrado pessoas extraordinárias ao redor do mundo. São inúmeras
as pessoas que conheço e que estão fazendo grande diferença na transformação da
realidade da vida das pessoas. Elas têm apresentado caminhos maravilhosos para o
crescimento dessas pessoas nos relacionamentos, no autoconhecimento, nos negó-
cios, na criação de filhos, no posicionamento em relação ao Reino, dentre tantos ou-
tros aspectos.

Nestes últimos anos, Deus tem colocado algo muito forte em meu coração. Ele tem
compartilhado comigo sobre as grandes possibilidades que temos no nosso desenvol-
vimento como ser humano, principalmente nas questões espirituais.
Como você deve saber, o homem é espírito, alma e corpo. Dentre
esses três aspectos do nosso ser, o espírito tem sido a parte mais
negligenciada de todas. E, por consequência, não temos todos
os resultados que gostaríamos de ter.

Desenvolver o nosso corpo é simples, pois consegui-


mos vê-lo claramente. Dá para nós olharmos no espelho
e percebermos o que precisamos fazer para melhorar
nossa condição física; hoje há milhares de agentes tra-
balhando pela saúde fisiológica das pessoas. Também
é mais fácil entendermos as questões de nossa alma,
pois há milhões de profissionais, de mentores, de psi-
cólogos, de psicanalistas, de coaches atuando forte-
mente na construção de uma educação capaz de for-
necer ao homem clareza de seus aspectos mentais e
emocionais.

É evidente que trabalhar o nosso desenvolvimen-


to físico, emocional e mental é muito importante.
Contudo, não podemos deixar nosso desenvolvi-
mento espiritual de lado, pois é esse desenvolvi-
mento que nos leva a ter a experiência da inteligên-
cia do século, que é inteligência espiritual. Eu tenho
compartilhado muito sobre isso, por entender a vo-
cação que Deus entregou para o homem de ser, acima

Inteligência do século 7
de tudo, um ser espiritualmente inteligente. Tenho dito que a inteligência espiritual é
a inteligência do século. Mas, para sermos mais assertivos, poderíamos dizer que inte-
ligência espiritual é inteligência dos “séculos dos séculos”, pois ela que tem regido a
história.

Mas, antes de resolvermos a questão da inteligência espiritual do homem, precisa-


mos entender a origem do homem. Será que nossa origem são os macacos? Viemos
de uma evolução? É evidente que não. Com a teoria da evolução, poderíamos até con-
siderar a possibilidade de ela acontecer na vida biológica. Porém, já sabemos que o
homem não é feito só de sua vida biológica, que é sua vida física. Então, como a teoria
da evolução explicaria a alma e o espírito? E se nós, seres humanos, viemos de uma
evolução biológica, por qual motivo somos os únicos a ter inteligência espiritual?

O fato é que fomos feitos imagem e semelhança de Deus. Como Deus é um ser es-
piritual, foi dada ao homem a oportunidade de viver uma vida sobrenatural, uma vida
além da biológica. Sim, nós podemos viver como animais, como pessoas que não usam
suas inteligências. Entretanto, essa não é a vontade de Deus. Ele desejou, desde o iní-
cio, que o homem vivesse toda a plenitude de seu ser: que seu corpo fosse perfeito,
que sua alma fosse completa e que seu espírito vivesse seu potencial extraordinário.
Mas, como sabemos, o homem decidiu por outro caminho.

Ao criar o homem, Deus deu a ele uma oportunidade de escolha. Ele não queria es-
cravizar o homem segundo a sua própria vontade, mas queria que o homem decidisse
por ele mesmo que caminho seguiria: se tomaria da árvore da vida, que simboliza a
vida espiritual de Deus, ou se tomaria do fruto da árvore do conhecimento do bem
e do mal, que aponta para a independência de Deus. No Éden, Deus deu ao homem
essa escolha. Teria sido muito melhor se o homem tivesse decidido por viver uma vida
espiritual e com comunhão com Deus. Porém, persuadido pela serpente, escolheu o
caminho da vida da alma.

Quando o homem escolheu a vida da alma, ele perdeu o Éden. Sobre ele repousou
uma sentença de morte; não era a morte física ou a morte da alma, mas a morte para
as possibilidades de se viver uma vida espiritual plena. Ao decidir pelo conhecimento
natural do que é bom ou ruim, o homem perdeu a oportunidade de viver o sobrenatu-
ral, de experimentar dos valores do Reino de Deus para cumprir sua missão de governo
na Terra. E ao perder seu potencial de governo, começou a trilhar consistentemente o
caminho da morte.

A morte se tornou a companheira da humanidade. De repente, as grandes mazelas


da destruição começaram a fazer companhia consistente aos homens e às mulheres
neste mundo. A intriga, a violência, o roubo, o vício, a depressão, a doença, o medo, a
infidelidade, a culpa, a revolta, a rebelião, a pobreza, a miséria, o desrespeito, a mentira,
a preguiça, a injustiça começaram a fazer parte do cotidiano do homem, retirando dele
a força para cumprir o seu propósito de realeza na Terra. Assim o homem, que foi cria-
do para se tornar o governo de Deus na Terra, perdeu sua identidade e se tornou escra-
vizado pelo diabo, pelo pecado, pelas paixões do mundo e por seus próprios desejos.

8 Inteligência do século
Quando olhamos para a história da humanidade, conseguimos entender o quão des-
truidor foi termos abandonado a inteligência espiritual. A ausência dela nos levou para
uma construção terrível de guerras, de injustiças, de escravidão, de pobreza, dentre
tantas outras calamidades. É com a inteligência espiritual que promovemos paz e ale-
gria. Todavia, é sem ela que o orgulho e o pecado reinam. É sem ela que perdemos
muito a oportunidade de sermos tudo aquilo que sonhamos ser.

É bem verdade que a inteligência de nossa alma nos projeta para grandes conquis-
tas. Isso também não é diferente em relação ao nosso corpo: ele pode fazer proezas
dignas de honra. Por meio de nossa inteligência da alma ou de nossa força física, po-
demos ganhar reconhecimento internacional, podemos desenvolver curas e conteúdos
transformadores. Porém, toda inteligência de nossa alma ou de nosso corpo, mesmo
que sejam extraordinárias, podem apenas atuar no campo da vida natural do homem.
E como o homem carece de se desenvolver espiritualmente, é somente pela aplicação
da inteligência espiritual que teremos resultado evidente.

Há alguns dias, eu estava compartilhando minha experiência de transformação com


um amigo. Eu falava com ele sobre a minha relação com a rejeição, sobre o como me
sentia rejeitado por causa das marcas que havia em mim na infância. Expliquei a ele
que, quando tive a oportunidade de estar com Tony Robbins, aprendi como eu poderia
resolver essa questão pela força da minha alma, por uma confissão que mudaria os
paradigmas de meu pensamento. E aplicar aquela técnica foi muito importante para
mim. Porém, houve um dia em que entendi o amor de Deus por mim. E quando enten-
di o amor de Deus por mim, não precisei mais aplicar uma técnica mental, pois o meu
coração já estava cheio da aceitação de Deus por mim.

Quando incorporamos a inteligência espiritual em nosso estilo de vida, ampliamos


em muito nosso potencial. Se temos uma vida física e da alma em algum processo de-
cadente, a vida espiritual pode nos remover dessa posição tão rapidamente quanto um
piscar de olhos. Se nossa vida física e da alma estão preparadas e equipadas, a vida
do espírito potencializará nossos estilos de vida para uma dimensão sobrenatural. Se
nossa inteligência espiritual estiver alinhada com nossa alma e nosso corpo, seremos
muito mais do que um dia imaginamos. E essa é a vontade de Deus para nós!

Mas como obteremos a realidade da inteligência espiritual? Essa realidade não pode
ser transmitida por vias naturais nem mesmo por vias religiosas. Por mais que a religião
busque dar ao homem uma experiência com Deus, o máximo que obtemos dela é uma
ótica da existência de Deus e de regras que Ele supostamente estabeleceu para nós.
E esse é o problema da religião. Ela não consegue nos conectar a Deus. Ela não con-
segue fazer com que a vida espiritual celestial se estabeleça em nosso interior, pois a
vontade de Deus não foi criar pessoas religiosas, mas filhos que manteriam comunhão
com Ele.

Se queremos ativar nossa vida espiritual, a religião é o último lugar em que devemos
ir. Digo isso pelo motivo de a religião ter crucificado Jesus por Ele ter proposto a exis-
tência de um relacionamento entre Deus e os homens. Quando Jesus chamou Deus de
pai, os religiosos se indignaram ao ponto de chamarem-no de blasfemo. Mas por qual

Inteligência do século 9
motivo em Jesus é que temos a vida espiritual? Temos a vida espiritual nele porque o
princípio de vida que Ele carrega não é o de alma vivente, mas o de espírito vivifican-
te. Podemos confiar em Jesus para nos liberar o legado espiritual pelo motivo de Ele
mesmo ter enviado o Consolador, o Espírito Santo até nós.

A religião não tem poder nem eficiência para nos levar até Deus, por isso Deus veio
até nós: veio para cumprir seus propósitos para o homem. Ele veio para ser a árvore da
vida disponível mais uma vez para a humanidade. Jesus é a árvore da vida. Se nos ape-
garmos a Ele, poderemos romper com nossa vida natural para abraçarmos a experiên-
cia da inteligência espiritual. E esta é a mensagem mais poderosa do universo: Jesus
veio até nós para que pudéssemos ter vida e vida em abundância: uma vida repleta de
alegrias no espírito, na alma e no corpo.

A herança espiritual de Cristo está liberada a todo aquele que nele crer. Essa herança
que nos posicionará em uma vida repleta de alegrias espirituais e naturais. É por meio
dela que teremos posse de todo o sentimento bom, de todo o pensamento virtuoso,
de todo o poder do amor, de toda a força espiritual que nos faz reinar nessa Terra. É
por isso que, após perceber a manifestação da inteligência espiritual em minha vida,
decidi me manifestar como um mensageiro dessa inteligência, o mensageiro dessa ex-
periência com Deus, com o Espírito Santo e com Jesus.

O IDS nasceu para ser um instrumento nas mãos de Deus para o levantar de mi-
lhões de pessoas que se posicionarão neste mundo como verdadeiros herdeiros da
inteligência espiritual de Deus. Pessoas corajosas, criativas, amorosas, generosas, fiéis,
excelentes, que serão um refrigério em sua geração, pois serão como água fresca para
o sedento. O IDS foi gerado no coração de Deus para chamar todos aqueles que de-
sejam viver uma experiência profunda com o propósito e com a identidade que Deus
estabeleceu na vida deles.

O IDS foi estabelecido para ser uma ferramenta do Reino dos céus: um lugar de
crescimento espiritual, mental, emocional e físico. Este não é um evento posicionado
para gerar recursos para um e outro; é um evento posicionado em um projeto de se-
mear a Palavra e semear contribuição para aqueles que precisam. Todos aqueles que
fazem parte deste projeto estão semeando a Palavra de Deus e o cuidado de Deus para
muitas pessoas e crianças. Além disso, todo esse movimento que exalta o projeto de
Deus em nossa vida será direcionado ao conhecimento da Palavra de Deus e de sua
presença.

O meu convite é para você ativar o seu direito de viver uma vida usufruindo de sua
inteligência espiritual, de sua comunhão com Deus. O meu convite é para você fazer
parte de toda a composição que temos preparado para treinar pessoas desejosas de
desenvolverem sua inteligência espiritual. O meu convite é para você estar conosco
nos eventos IDS bem como ler o livro que publicamos. Cremos que tanto o livro quanto
o evento são complementos um do outro, que farão você ter mais clareza das virtudes
espirituais que você pode viver.

10 Inteligência do século
Que você faça parte desta grande jornada de descobrimento. Você merece viver
uma vida abundante em Cristo. Você merece viver uma vida no sobrenatural. Você
merece viver uma vida próspera e liberta. Você merece viver uma vida saudável. Tudo
isso porque Jesus estabeleceu a vida abundante para você como herança. Por isso, não
importa quem você é ou onde você está em sua vida. O importante é você abrir seu
coração para a transformação que só Jesus poderá estabelecer em sua vida, que é a
transformação que faz você viver na identidade estabelecida por Deus.

Inteligência do século 11
Anotações

12 Inteligência do século
PRIMEIRA PALESTRA
AS 7 REALIDADES DA NOSSA IDENTIDADE EM DEUS
Existe grande especulação, desde o início dos tempos, sobre a existência de um
Deus criador, de um Deus que planejou e criou todas as coisas, inclusive o homem. Po-
rém, ao longo do tempo, outras propostas de surgimento foram criadas. A maior delas,
imposta pelo mundo, foi a Teoria da Evolução. Em linhas gerais, a mensagem da evo-
lução retira a possibilidade da existência de um Deus criador; ela reduz nossa origem
em Deus para uma origem “micróbio”.

Há muitas pessoas afirmando ser preciso ter mais fé para acreditar na Teoria da Evo-
lução do que acreditar na Criação. Eu sou um dos que fazem essa afirmação. Mas, mes-
mo assim, ainda somos ensinados, como humanidade, que fomos gerados pelo acaso.
Eu não quero esgotar um conteúdo para desqualificar tal teoria. No entanto, gostaria
de desafiá-lo a refletir sobre ela em uma só questão: “Se todos os seres vieram de uma
mesma bactéria, um ser biológico, por qual motivo há tanta diferença entre nós e os
animais? Se todos viemos da mesma fonte biológica, por qual motivo somente os hu-
manos possuem alma e espírito?”

Nós temos a capacidade de pensar. Possuímos mais do que o instinto de sobrevi-


vência dos animais. E se todos nós somos evolução de uma estrutura que contempla
somente a parte biológica, de onde veio nossa capacidade de nos lembrar, de planejar,
de criar? Nossa alma é nossa psique; nosso espírito é pneuma. Como poderiam, então,
terem surgido do nada? Se a evolução biológica nos contemplou com vida biológica a
partir de uma bactéria, de onde veio a evolução da nossa complexa alma? Quem colo-
cou o espírito no homem, mas não contemplou os animais com essa dádiva?

A Teoria da Evolução pode até apontar a possibilidade de uma evolução bio-


lógica. Todavia, nós, homens e mulheres, não temos somente a vida biológi-
ca. Portanto, isso significa que nossa origem não pode estar na evolução do
“bios”. Ela precisa estar em outra fonte. E essa fonte é Deus, o criador dos céus e
da Terra. Foi Ele quem nos formou do pó da Terra e nos concedeu vida e propó-
sito. Foi por meio dele que nós fomos criados espírito, alma e corpo. Ele, portan-
to, é nossa origem. E se é nossa origem, também é quem definiu nossa identidade.

Anotações

Inteligência do século 13
AS 7 REALIDADES DE NOSSA IDENTIDADE EM DEUS
Para entendermos os projetos de Deus para nós, precisamos nos situar quanto à
identidade de Deus em nossa vida. Se foi Ele quem nos criou, foi Ele quem teve o direi-
to de estabelecer nossa identidade. E ela foi maravilhosamente firmada no Éden! Ali,
Deus moldou a identidade do homem em 7 realidades.

1 Fomos criados para sermos amados (expectativa positiva)


Eu fiz a terra e criei nela o ser humano.
Isaías 45.12

Quando uma mãe está grávida, aguarda ansiosamente pela chegada de seu bebê.
O mesmo acontece com o pai. Ambos estão cheios de expectativa para a chegada de
uma criança maravilhosa, que é fruto daquele amor. Antes mesmo de o bebê nascer,
aquele casal já organizou, com todo amor, o melhor ambiente que poderiam para a
chegada de seu bebê. Geralmente, os quartos dos bebês ficam maravilhosos!

Toda organização dos pais na preparação do quarto, das roupas, dos brinquedos,
dos lençóis mostram a evidência de uma grande expectativa em receber o bebê. Isso é
maravilhoso e nos ensina algo sobre Deus. Antes de Adão, de a humanidade ser criada,
Deus preparou um planeta para recebê-lo. Nós, pais, preparamos um quarto aconche-
gante para nossos filhos recém-nascidos; Deus preparou o Sol, a Lua, as estrelas, os
animais, os frutos, os rios, dentre tantas outras belezas, para receber Adão.

Deus preparou todo este mundo maravilhoso para nos receber! Ele não poupou es-
forços e criatividade para nos impressionar. Tal preparação nos mostra o quanto Deus
estava cheio de expectativa para receber Adão, isto é, o grande amor com que amou
o homem. Você consegue imaginar que o Sol, as estrelas, a Lua, os animais foram fei-
tos para receber o homem? Sim. Tudo isso foi criado para nos receber. Portanto, nossa
criação e aparição nesta Terra foi estabelecida com o princípio do grande amor de
Deus por nós. Em nossa identidade está a realidade de sermos uma excelente expec-
tativa aos olhos de Deus.

Anotações

14 Inteligência do século
2 Fomos criados para a abundância

O Senhor Deus tomou o homem e o colocou no


jardim do Éden para o cultivar e o guardar.
Gênesis 2.15

Deus tinha grande expectativa em nossa chegada. Por isso, criou um jardim extra-
ordinário para nos receber. O nome desse jardim era Éden. E você sabe o que significa
“Éden”? Éden significa “delícias”! Isso mesmo. Deus colocou Adão e Eva em um Jardim
de Delícias. Não é maravilhoso? Não é interessante percebermos a abundância de Deus
na criação do homem? Você já viu uma criança alegre quando ganha um bichinho?
Imagine abrir os olhos com milhares de belos animais em seu Jardim de Delícias!

Deus criou Adão em um contexto de abundância. Ele não o criou em um ambiente
de pobreza, de escassez ou de miséria. Pelo contrário, colocou Adão em um jardim ex-
traordinariamente abundante; um lugar de pleno conforto e alegria; um lugar para se
criar uma família com plena paz. Deus não criou o homem e o colocou em uma fábrica
para penosamente trabalhar; Ele não criou homem e mulher para viverem dia após dia
em lutas sem fim; Ele os criou para experimentarem de sua abundância. Por isso, colo-
cou em nossa identidade um selo de possibilidade de vida próspera na presença dele.

3 Fomos criados com a percepção do elogio de Deus

[...] e eis que era muito bom.


Gênesis 1.31

Em Gênesis, vemos a criação de Deus dia após dia. Ao acompanharmos esse proces-
so criativo, encontramos Deus dizendo: “Isso é bom”. Quando Ele fez o Sol e a Lua, Ele
disse: “Que bom!”. Porém, a Bíblia nos mostra que Deus fez um elogio diferente após
ter criado o homem. Ele disse: “Eis que está muito bom!”. Você consegue imaginar essa
cena? Você consegue imaginar Deus falando que todas as coisas criadas eram boas.
Mas, depois de o homem estar criado, Ele faz um elogio dizendo: “Muito bom!”. Foi um
upgrade de elogio!

Há poucas coisas tão maravilhosas quanto receber um elogio. Nós somos ávidos
por ouvir outros falarem bem de nós. De fato, queremos as pessoas nos elogiando por

Anotações

Inteligência do século 15
nossos talentos, por nossos trabalhos, por nossas atitudes, por nossa aparência, por
nossa inteligência. Por isso, buscamos sempre corresponder às boas expectativas das
pessoas para recebermos delas um elogio. Agora, você consegue imaginar um elogio
sobre o homem, vindo da boca de Deus?

Enquanto nós somos ávidos para recebermos elogios e, por isso, fazemos tantas
coisas, Deus abriu sua boca e elogiou o homem sem ele ter feito nada. Deus elogiou
o homem simplesmente por aquilo que ele era. Ele não tinha feito nada de bom para
merecer um elogio. Você consegue fechar os seus olhos e se imaginar recebendo um
grande elogio no meio de uma multidão? Foi isso que aconteceu com Adão. Diante dos
céus e da Terra, diante dos animais, diante dos anjos e do diabo, Deus o elogiou. Esse
elogio também é para você! Você é uma obra-prima de Deus.

4 Fomos criados para sermos expressão da imagem e da semelhança


de Deus

E Deus disse: — Façamos o ser humano à nossa imagem, conforme a nossa


semelhança.
Gênesis 1.26

Ao criar os animais, Deus os criou segundo suas próprias espécies. Por meio deles,
ficou evidente a criatividade de Deus. Porém, ao criar o homem, Deus disse: “Façamos
o ser humano à nossa imagem, conforme a nossa semelhança”. Enquanto os animais
seriam uma evidência da criatividade de Deus, o ser humano carregaria a imagem de
Deus. Enquanto os céus e a Terra revelavam a glória de Deus, o homem foi criado para
ser a semelhança do próprio Deus. Quando alguém olhasse para o homem, não veria a
criatividade de Deus, veria a própria expressão de Deus.

Antes da criação do ser humano, houve um querubim chamado Lúcifer, que desejou
ser semelhante a Deus. Ele queria ser a imagem de Deus nos céus. E foi nesse desejo
iníquo que Lúcifer foi precipitado na Terra, sendo retirado de sua autoridade celestial.
O que Lúcifer desejou em sua rebelião, que era ser semelhante ao Altíssimo, Deus con-
cedeu ao ser humano. Não é incrível?

Ao criar o homem, Deus marcou na identidade humana a imagem e semelhança di-


vina. Ele não deu ao ser humano qualquer outro tipo de imagem estabelecida no Uni-

Anotações

16 Inteligência do século
verso. Para o projeto “ser humano”, desejou colocar sua essência e semelhança. Você
e eu temos a identidade da imagem e da semelhança de Deus.

5 Fomos criados para sermos uma bênção

E Deus os abençoou.
Gênesis 1.28

A maioria das pessoas possui uma ação de pedido muito importante, que é o de de-
sejar a bênção dos pais. Quando nos encontramos com eles, mais que depressa pedi-
mos sua bênção. E como isso é importante para nós! Ser abençoado é muito bom! Mas,
existem momentos em que os pais, movidos por engano, liberam palavras de maldição
para seus filhos. Ninguém deseja ser amaldiçoado por seus pais!

De fato, há um poder na bênção ou maldição de nossos progenitores. Mas, por mais


que a bênção de nossos pais seja importante, há uma bênção mais extraordinária, que
é a Deus. Quando Deus criou o ser humano, Ele o abençoou! Nesse sentido, há em nos-
sa identidade uma realidade da bênção de Deus, um selo que nos aprova para sermos
uma bênção nesta terra. Foi assim que Deus fez com Adão!

Adão e Eva carregavam em suas percepções a bênção que tinham recebido de Deus.
Eles poderiam andar de cabeça erguida e dizer: “Sabe o Criador de tudo isso? Ele me
abençoou!”.

6 Fomos criados para ser fecundos e frutíferos em nossos relacionamentos


E Deus os abençoou e lhes disse: — Sejam fecundos, multipliquem-se, encham a
terra [...].
Gênesis 1.28

Quando Deus nos criou, Ele estabeleceu em nós uma identidade. Essa identidade traz vários
traços de nossa essência. Um desses traços é a fecundidade e o poder de multiplicação. Mas
como se estabeleceria a fecundidade e a multiplicação em Adão e Eva? Ela se estabeleceria pelo
relacionamento conjugal que mantinham. Nesse sentido, podemos entender claramente que o
ser humano foi projetado para se relacionar e ter frutos maravilhosos desse relacionamento.

Anotações

Inteligência do século 17
Homem e mulher possuem em sua identidade a real percepção de que o projeto fa-
miliar foi constituído para ser um sucesso. Há essa marca real no homem e na mulher.
Eles foram criados para serem fecundos e se multiplicarem por meio de um relaciona-
mento maravilhoso!

7 Fomos criados para exercer domínio

[...] Tenham domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre
todo animal que rasteja pela terra.
Gênesis 1.28

Deus criou o ser humano à sua imagem, conforme sua semelhança. Ele fez isso, pois
queria que o homem o representasse na Terra; Ele desejava o homem como embaixa-
dor do um Reino celestial na Terra. E como embaixador desse Reino celestial, Deus deu
ao ser humano autoridade e domínio sobre todos os seres terrestres. O homem era a
autoridade sobre eles.

Reinar, influenciar, liderar, dominar são marcas da identidade que Deus estabeleceu
no homem desde o Éden.

Deus estabeleceu na identidade do ser humano essas 7 realidades. Tudo isso para
vivermos em plenitude. Para ter nosso espírito, alma e corpo experimentando da ple-
nitude da vida de Deus em nós!

Fomos amados, aceitos, colocados em abundância, com autoridade e domínio, com


propósito de nos relacionarmos e sermos frutíferos na Terra!

Anotações

18 Inteligência do século
Anotações

Inteligência do século 19
Anotações

20 Inteligência do século
SEGUNDA PALESTRA
OS 7 ESTADOS DO SER HUMANO NO ÉDEN E AS DUAS ÁRVORES

No Éden, o homem tinha uma vida extraordinária. Além de ser formado com amor e
grande expectativa por parte de Deus, ele experenciava um ambiente propício ao seu
desenvolvimento. Ali o ser humano tinha comunhão com Deus, comunhão um com o
outro, e eles desfrutavam de pureza, de inteligência cognitiva, emocional e física. Eles
viviam em saúde, abundância, prosperidade, liberdade e trabalho com Deus. Havia har-
monia entre Deus e o ser humano.

1 Comunhão com Deus

Ao ouvirem a voz do Senhor Deus, que andava no jardim quando soprava o


vento suave da tarde.
Gênesis 3.8

O ser humano foi criado por Deus. E um dos anseios de Deus era ter comunhão
plena com ele. Por isso, o desenhou com todas as possibilidades para esse relaciona-
mento ser possível. Com olhos, ouvido e boca, homem e mulher poderia se comunicar
claramente com Deus.

Num primeiro momento de relacionamento, Deus estava com o homem face a face.
Isso acontecia todos os dias na viração do dia. Não sei se tinham um lugar específico
para conversarem e se encontrarem, mas pensar em andar com Deus em uma cami-
nhada pelo jardim do Éden é maravilhoso.

Mas ainda havia um desejo ampliado de Deus em relação a sua comunhão com o
homem. Ele não queria ter contato com homem em um momento pontual como na
viração do dia. A vontade de Deus era ativar o espírito do homem com seu próprio
Espírito. Mas essa era uma decisão que o homem deveria tomar por si mesmo.

Anotações

Inteligência do século 21
2 Comunhão um com o outro
O Senhor Deus disse ainda: — Não é bom que o homem esteja só; farei para
ele uma auxiliadora que seja semelhante a ele.
Gênesis 2.18

No Éden a experiência humana era extraordinária, pois não havia conflitos e intrigas.
Todo relacionamento era recheado pelo princípio do amor e da honra. O ser humano
tinha relacionamento com Deus e um com o outro. Eles viveram uma vida de alegria,
comunhão e cooperação conjugal.

Desde o início, houve disposição de amor para esse relacionamento. Um amor me-
dido pela disposição de Adão em entrar em um sono de “morte” para ter sua amada.
Foi da costela de Adão, de uma oferta de sangue e ossos, que veio a existir sua espo-
sa. Para a existência desse amor, Adão não deu um buquê de flores, ele cedeu de sua
própria vida, de sua própria saúde. Você consegue imaginar o quão maravilhoso era o
relacionamento deles?

Mas, mesmo que o homem estivesse experimentando de um relacionamento extra-


ordinário, Deus ainda queria muito mais para aquele casal. Ele queria torná-los perfei-
tos em todos os seus caminhos. Você tem ideia de como Deus poderia melhorar a vida
de Adão e Eva como casal no jardim do Éden?

3 Pureza

Ora, um e outro, o homem e a sua mulher, estavam nus e não se envergo-


nhavam.
Gênesis 2.25

A pureza é um valor extraordinário. Sempre desejamos encontrá-la por onde passa-


mos. Nossa preferência sempre será por consumir água puríssima, por exemplo. Mas a
pureza não estava apenas nas coisas que se via no Éden. A pureza estava dentro deles.
Não havia em seu coração a maldade, a malícia. Tudo era regido pela sinceridade e
pela verdade.

Anotações

22 Inteligência do século
No Éden, não havia pensamentos ruins. A mente de Adão e Eva estava blindada pela
inocência. Não havia sentimentos enganosos; não havia planos para se ter vantagem
indevida. Eles experimentavam de clareza e limpidez em seu relacionamento com Deus
e um com o outro. Não havia culpa, mácula ou mentira. Era um momento de vida sem
a necessidade de perdão, pois ninguém defraudava um ao outro.

Mas, mesmo com a experiência de uma vida pura, ainda havia o outro nível de santi-
dade que Deus desejava compartilhar com homem. Você sabe como isso aconteceria?

4 Inteligência emocional e mental

O homem deu nome a todos os animais domésticos, às aves dos céus e a


todos os animais selvagens.
Gênesis 2.20

Naquele ambiente do Éden, o ser humano experimentava de grande inteligência


emocional e mental. A capacidade mental do homem era tão grande que conseguiu
nomear todos os animais; o uso de sua capacidade de criatividade era muito bom.
Além de suas capacidades mentais, de sua inteligência cognitiva, as emoções de Adão
e Eva funcionavam perfeitamente.

No Éden não havia ciúmes, rejeição, decepção, ansiedades. Ali, o ser humano vivia
no seu potencial de cognição e emoção. Todos os dias, homens e mulheres estavam
plenos em alegria, que era um estado constante para o ser humano no Éden. Não havia
sobre eles nenhuma preocupação, nada que os tirasse de uma vida plena em alegria.

Mas ainda havia uma inteligência a ser acrescida no homem. Embora fosse tão inte-
ligente, ainda havia uma experiência que Deus desejava conceder ao homem.

5 Saúde

E o Senhor Deus ordenou ao homem: — De toda árvore do jardim você pode


comer livremente.
Gênesis 2.16

Anotações

Inteligência do século 23
No Éden, o ser humano vivia em completude de alma e corpo. Naquele ambiente,
não experimentava de dor, de enfermidade. Não havia vírus, bactérias. Homem e mu-
lher viviam plenitude física. Eles poderiam se exercitar, se locomover, namorar, dentre
tantas outras coisas. Não havia enfermidade ou dor.

Naquele jardim maravilhoso não havia lágrimas, pois não existia dor. O corpo do ho-
mem era perfeito em todas as suas funcionalidades; não havia paralisia ou deficiência
alguma.

Mas havia ainda uma saúde a ser completada no homem! Você sabe qual é?

6 Prosperidade – abundância

E um rio saía do Éden para regar o jardim e de lá se dividia, repartindo-se


em quatro braços. O nome do primeiro é Pisom, que rodeia a terra de Havilá,
onde há ouro.
O ouro dessa terra é bom; também se encontram lá o bdélio e a pedra de
ônix.
Gênesis 2.10-12

E Deus disse ainda: — Eis que lhes tenho dado todas as ervas que dão se-
mente e se acham na superfície de toda a terra e todas as árvores em que há
fruto que dê semente; isso servirá de alimento para vocês.
Gênesis 1.29

Todos nós temos um chamado para abundância e prosperidade. Essa foi uma marca
que Deus estabeleceu em nossa identidade. É por isso que nosso interior clama por
prosperidade e abundância. E era nessa vida de prosperidade abundante que Adão e
Eva se encontravam. No Éden, eles estavam rodeados pela superabundante graça de
Deus. Para onde olhavam, contemplavam beleza e riquezas.

Deus deu o jardim do Éden com todas as riquezas para o homem cuidar e cultivar.
Para onde Adão e Eva olhassem, sua visão contemplaria as riquezas com que Deus os
havia presenteado! Eles poderiam comer de todo fruto, exceto o de uma árvore.

Mas faltava uma experiência ainda mais abundante para o homem! Existia uma só
riqueza que o homem ainda não tinha!

Anotações

24 Inteligência do século
7 Trabalho efetivo juntamente com Deus
Havendo, pois, o Senhor Deus formado da terra todos os animais do campo
e todas as aves dos céus, trouxe-os a Adão, para ver que nome lhes daria; e o
nome que ele desse a todos os seres vivos, esse seria o nome deles.
Gênesis 2.19

O ser humano foi colocado no jardim do Éden para representar Deus na Terra. Esse
seria um trabalho de governo entre Deus e o homem. Com sua identidade de governo
e domínio, o homem faria um trabalho com Deus. Ele seria o embaixador de Deus na
Terra. Não é sem razão que o ser humano tem fome de poder, de liderar, de influenciar.

Mas, mesmo experimentando de autoridade e governo abundantes, ainda havia algo


mais. Deus desejava dar ao homem um outro nível de domínio. Você sabe qual seria a
ampliação da autoridade do homem?

O HOMEM NÃO ESTAVA PERFEITO!


A vida do ser humano era excelente. Ele experimentava de um grande favor de Deus.
Porém, ainda faltava para o homem um “plus”: uma decisão por aceitar o propósito de
Deus em sua história ou decidir viver por si mesmo! Mas qual seria essa escolha? Essa
seria a escolha pela vida espiritual, pela inteligência espiritual.

Deus não criou o homem sem dar a ele opção de escolha. Ele criou o homem livre
e deu-lhe duas opções. O homem poderia escolher a árvore da vida ou a árvore do
conhecimento do bem e do mal. Essas duas árvores determinariam a escolha do modo
de vida do homem.

Do solo o Senhor Deus fez brotar todo tipo de árvores agradáveis à vista e
boas para alimento; e também a árvore da vida no meio do jardim e a árvore
do conhecimento do bem e do mal.
Gênesis 2.9

Anotações

Inteligência do século 25
A árvore da vida era para ativar a vida espiritual no homem. Ao comê-la, o ser hu-
mano ativaria sua identidade plena, que contaria com a abundância espiritual! A árvore
do conhecimento do bem e do mal era a decisão de viver longe de Deus, dependendo
de suas capacidades naturais para viver. A árvore da vida separaria o homem comple-
tamente da possibilidade de pecar ou se enganar. A árvore do conhecimento do bem
e do mal levaria o homem a viver completamente dependente de suas capacidades da
alma atreladas ao pecado e à independência de Deus.

Com a vida espiritual e a inteligência espiritual, o ser humano poderia cumprir o pro-
pósito de Deus, poderia acessar o projeto de Deus para dominar e influenciar a Terra.
Mas essa era uma escolha do ser humano. Deus deu a opção, explicou o que acontece-
ria com a escolha. Contudo, deixou o homem livre para decidir.

Não sei quanto tempo passou, mas sabemos que, em primeiro lugar, o homem não
tomou da árvore da vida. Mesmo ela estando disponível para eles, sendo colocada no
meio do jardim, essa foi uma opção descartada por eles. Provavelmente por isso, por
não terem uma inteligência espiritual para perceberem um inimigo espiritual travestido
de animal, que foram seduzidos e enganados. Pelo homem não estar perfeito em sua
vida espiritual, deixou um ser espiritual da maldade entrar em seu jardim perfeito.

Mesmo com toda inteligência natural, o homem não conseguia perceber os ardis
invisíveis de um inimigo espiritual. Faltava ao homem sua experiência espiritual.

Na tabela ao lado, você entenderá a diferença entre uma árvore e outra e as respec-
tivas consequências.

Anotações

26 Inteligência do século
ÁRVORE DA VIDA ÁRVORE DO CONHECIMENTO
Dependência espiritual Dependência natural

Vida eterna Condenação eterna

Governo da vida pelo Espírito Governo da vida pela alma e pelo corpo

Pureza e santidade Impureza e pecado

Governo e domínio de todas as coisas Escravidão

Comunhão plena com Deus Ausência da comunhão com Deus

Permanência no Éden Expulsão do Éden

Espírito vivificante Alma vivente

Manifestação dos dons espirituais Habilidades naturais

Sucesso pleno, em todas as áreas Sucesso relativo ou não existente

Autoridade sobre o diabo Prisão espiritual

Liberdade Vícios

Anotações

Inteligência do século 27
Anotações

28 Inteligência do século
TERCEIRA PALESTRA
A ESCOLHA DA IDENTIDADE E A QUEDA DO HOMEM
Nesta atividade, você avaliará suas métricas de algumas decisões. Após terminar de
responder, por favor, feche o livro e aguarde as instruções.

1 Quais pontos você avalia para escolher um restaurante para almoçar?

2 Quais pontos você avalia para comprar uma roupa?

3 Quais pontos você avalia para comprar uma casa?

4 Quais pontos você usa para comprar um carro?

5 Foi rejeitado por alguém, como se sente?

Inteligência do século 29
6 Quais são seus pontos para entrar em um relacionamento sério?

7 Quais são seus parâmetros para assistir a um filme ou um seriado?

8 Quais são seus parâmetros para fechar um negócio?

9 Quais são seus parâmetros para decidir por uma oferta de trabalho?

10 Quais são seus parâmetros para decidir a leitura de um livro?

11 Quais são seus parâmetros para lidar com a rejeição?

12 Quais técnicas você usa para manter a paciência?

30 Inteligência do século
13 Quais técnicas você usa para manter a calma em momentos de pressão?

14 Quais são as ponderações para você decidir quantos filhos você teve ou terá?

15 Quais os pontos que você avalia para decidir suas viagens?

16 Quais foram suas ponderações para definir o dia de seu casamento?

17 Quais seriam/foram suas ponderações para tomar uma decisão pelo divórcio?

18 Quais são suas ponderações para perdoar alguém que o feriu?

19 Existe alguma pessoa que você não conseguiu perdoar?

Inteligência do século 31
20 Quais padrões você usa para romper uma amizade?

21 Quais seus parâmetros para a tomada de uma decisão difícil?

22 Quais foram suas ponderações para decidir sua profissão?

23 Quais ponderações você usa para definir seu estilo de vida?

TERCEIRA PALESTRA
A ESCOLHA DA IDENTIDADE E A QUEDA DO HOMEM
Deus colocou o homem em um jardim maravilhoso. Ali, o ser humano experimentava
de muita graça e favor de Deus. Ele tinha inteligência cognitiva, saúde, alegria, convívio
harmônico, autoridade, contato com Deus, dentre tantas outras maravilhas disponíveis.
Porém, o ser humano não estava pleno. Ainda lhe faltava a experiência espiritual, que
seria uma escolha particular sua.

Quando Deus colocou o ser humano no jardim do Éden, deu a ele liberdade, livre
arbítrio. Deus fez assim pois não criou robôs automatizados para lhe servir; Ele criou
um ser autônomo que decidiria, por si mesmo, que caminho seguiria, que identidade
escolheria para viver sua vida. A expressão do amor de Deus pelo ser humano deu ao
homem a liberdade de escolher. E essa escolha se deu pela árvore da vida e pela árvore
do conhecimento do bem e do mal.

32 Inteligência do século
Em Gênesis 2.9, está escrito: “Do solo o Senhor Deus fez brotar todo tipo de
árvores agradáveis à vista e boas para alimento; e também a árvore da vida
no meio do jardim e a árvore do conhecimento do bem e do mal”. Esses foram
os dois valores que Deus colocou diante do homem. Mas, além disso, Deus revelou
claramente o resultado da escolha do homem. Está escrito em Gênesis 1.16,17: “E o Se-
nhor Deus ordenou ao homem: — De toda árvore do jardim você pode comer
livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal você não deve
comer; porque, no dia em que dela comer, você certamente morrerá”.

A consequência de se tomar a árvore do conhecimento do bem e do mal era a morte.


Isso aconteceria, pois, ao decidir por ela, o ser humano seria cortado da possibilidade
de viver na presença de Deus, dirigido por seu Espírito. Ao tomar da árvore do conhe-
cimento do bem e do mal, o ser humano decidiria viver por outro senhorio, ausente do
governo de Deus. E qual foi a decisão do homem? Todos nós sabemos qual foi! Sedu-
zido pelos encantos do diabo travestido de serpente, o homem tomou sua decisão.

Ao rejeitar a árvore da vida e tomar da árvore do conhecimento do bem e do mal,


o ser humano decidiu pela vida da alma, negociando a completude de Deus para sua
vida. Foi nesse momento que o homem negou sua inteligência espiritual pela primei-
ra vez. E, como nós, humanidade, estamos em Adão, nascemos sem a experiência de
sermos espírito vivificante. É por esse motivo que muitas de nossas ações e decisões
sempre são pautadas pelo uso da inteligência de nossa alma. No início deste nosso
momento, estabelecemos uma atividade que evidenciou nossa propensão em escolher
e decidir por meio de nossas avaliações da alma.

Mas por qual motivo o homem caiu? O homem caiu por não estar desfrutando de
sua inteligência espiritual, em primeiro lugar. A árvore da vida estava disponível, mas
o homem não se atentou a ela. A inteligência espiritual estava diante dele, mas não foi
absorvida por ele. Os encantos de uma vida na alma deixaram o ser humano tão exta-
siado que não percebeu ter algo maior da parte de Deus para ele. E, nessa ausência de
espiritualidade, foi facilmente enganado. Por não estar vivo para as realidades espiritu-
ais, foi enganado por um ser espiritual. Em Gênesis 3.1-6, está escrito:

Mas a serpente, mais astuta que todos os animais selvagens que o Senhor
Deus tinha feito, disse à mulher: — É verdade que Deus disse: “Não comam do
fruto de nenhuma árvore do jardim”? A mulher respondeu à serpente: — Do
fruto das árvores do jardim podemos comer, mas do fruto da árvore que está

Anotações

Inteligência do século 33
no meio do jardim, Deus disse: “Vocês não devem comer dele, nem tocar nele,
para que não venham a morrer.” Então a serpente disse à mulher: — É certo
que vocês não morrerão. Porque Deus sabe que, no dia em que dele comerem,
os olhos de vocês se abrirão e, como Deus, vocês serão conhecedores do bem
e do mal. Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos
olhos e árvore desejável para dar entendimento, tomou do seu fruto e comeu;
e deu também ao marido, e ele comeu.

Sem sua inteligência ativada completamente, o ser humano, mesmo vivendo em


perfeição da alma, foi alvo fácil do diabo; assim começou a saga do sofrimento huma-
no. Não acontece somente pelo fato de ter desobedecido e tomado a decisão errada,
mas pelo fato de ter negligenciado a possibilidade de viver uma vida espiritual, usu-
fruindo das condições espirituais entregues por Deus ao homem. Se o homem tives-
se a experiência da inteligência espiritual, a serpente jamais os teria enganado, pois
perceberiam que, por detrás de uma aparência comum, estaria um espírito maligno e
enganador; eles perceberiam que o “guardar o jardim” seria muito mais um aspecto
espiritual que natural.

O QUE O SER HUMANO PERDEU?


Ao tomar a decisão pela árvore do conhecimento do bem e do mal, o ser humano
caminhou para um processo de morte, como Deus havia avisado. E o processo de des-
ligamento do homem com Deus e sua glória está registrado no livro de Gênesis, no
capítulo 3.7-19:

Então os olhos de ambos se abriram; e, percebendo que estavam nus, costu-


raram folhas de figueira e fizeram cintas para si. Ao ouvirem a voz do Senhor
Deus, que andava no jardim quando soprava o vento suave da tarde, o homem
e a sua mulher se esconderam da presença do Senhor Deus, entre as árvores
do jardim. E o Senhor Deus chamou o homem e lhe perguntou: — Onde você
está? Ele respondeu: — Ouvi a tua voz no jardim, e, porque estava nu, tive
medo, e me escondi. Deus perguntou: — Quem lhe disse que você estava nu?
Você comeu da árvore da qual ordenei que não comesse?

Anotações

34 Inteligência do século
Então o homem disse: — A mulher que me deste para estar comigo, ela me
deu da árvore, e eu comi. Então o Senhor Deus disse à mulher: — Que é isso
que você fez? A mulher respondeu: — A serpente me enganou, e eu comi. En-
tão o Senhor Deus disse à serpente: — Por causa do que você fez, você é mal-
dita entre todos os animais domésticos e entre todos os animais selvagens.
Você rastejará sobre o seu ventre e comerá pó todos os dias da sua vida. Porei
inimizade entre você e a mulher, entre a sua descendência e o descendente
dela. Este lhe ferirá a cabeça, e você lhe ferirá o calcanhar. E à mulher ele
disse: — Aumentarei em muito os seus sofrimentos na gravidez; com dor você
dará à luz filhos. O seu desejo será para o seu marido, e ele a governará. E a
Adão disse: — Por ter dado ouvidos à voz de sua mulher e comido da árvore
que eu havia ordenado que não comesse, maldita é a terra por sua causa; em
fadigas você obterá dela o sustento durante os dias de sua vida.

Ela produzirá também espinhos e ervas daninhas, e você comerá a erva do


campo.

No suor do seu rosto você comerá o seu pão, até que volte à terra, pois dela
você foi formado; porque você é pó, e ao pó voltará.

QUAIS FORAM OS PRIMEIROS ACONTECIMENTOS NA


VIDA DO SER HUMANO?
• O ser humano perdeu sua pureza

Então os olhos de ambos se abriram; e, percebendo que estavam nus, cos-


turaram folhas de figueira e fizeram cintas para si.
Gênesis 3.7

De imediato, quando tomou do fruto da árvore do conhecimento, o ser humano per-


deu sua pureza. Ao perceberem um e outro nus, sentiram-se envergonhados. Depois
desse momento, o coração do homem se encheu de maldade e malícia. A inocência foi
retirada do coração do homem e ele passou a viver na base da mentira, da desconfian-
ça; completamente fora de sua experiência de transparência e honra.

Anotações

Inteligência do século 35
• O ser humano perdeu a liberdade com Deus

Ao ouvirem a voz do Senhor Deus, que andava no jardim quando soprava o


vento suave da tarde, o homem e a sua mulher se esconderam da presença do
Senhor Deus, entre as árvores do jardim.
Gênesis 3.8

O contato da humanidade com Deus era algo maravilhoso. Todos os dias, Deus es-
tava com Adão e Eva. Ali, conversavam e mantinham uma relação de liberdade. Po-
rém, quando assumiram um posicionamento de viverem de maneira independente de
Deus, Adão e Eva se esquivaram dele. Em todos os dias anteriores àquele, o homem e
a mulher esperavam por Deus. Todavia, naquele momento de decisão, eles resolveram
se esconder dele, pois os laços entre Deus e o ser humano foram quebrados pela de-
sobediência.

• O ser humano perdeu o ambiente do Reino de Deus, do domínio


de Deus

Por isso o Senhor Deus o lançou fora do jardim do Éden, para cultivar a terra
da qual havia sido tomado.
Gênesis 3.23

O Éden foi criado especialmente para Adão e Eva viverem. Ali, tinham tudo que ne-
cessitavam para viverem uma vida maravilhosa. Eles estavam cercados pelas obras de
Deus e experimentavam de abundância. Porém, quando decidiram aceitar a proposta
da serpente, foram retirados do Jardim de Delícias para viverem na terra da aflição.

• O ser humano perdeu a convivência com o sobrenatural

E da costela que havia tirado do homem, o Senhor Deus formou uma mulher
e a levou até ele.
Gênesis 2.22

No Éden, o ser humano experimentava do sobrenatural. A criação da mulher, a pró-


pria presença de Deus entre eles dava a eles uma experiência além dos conceitos na-

Anotações

36 Inteligência do século
turais. Ali, o homem era capaz de dominar os animais, de estar perto de feras sem ser
atingido. Havia uma ação sobrenatural de Deus preenchendo aquela atmosfera.

• O ser humano perdeu a harmonia em seus relacionamentos

Então o homem disse: — A mulher que me deste para estar comigo, ela me
deu da árvore, e eu comi.
Gênesis 3.12

Quando o homem decidiu se apartar de Deus para viver uma vida em sua alma, per-
deu a fluidez e a harmonia que havia entre eles nos relacionamentos. Essa consequên-
cia aconteceu de imediato. Vemos isso claramente quando Adão expõe e acusa Eva de
ter causado todo aquele mal.

• O ser humano perdeu sua identidade original


E à mulher ele disse: — Aumentarei em muito os seus sofrimentos na gravi-
dez; com dor você dará à luz filhos.
Gênesis 3.16

Quando Deus estabeleceu o homem na terra, o abençoou para ter domínio e gover-
no. Ele fez o homem para não sentir dor, mas a dor passou a ser a realidade humana.
Havia dentro do homem, como já ensinamos, pelo menos 7 realidades em sua identi-
dade. O homem perdeu a referência de todas as elas:

1. perdeu a referência do amor de Deus;


2. perdeu a referência da abundância – de ser um ser predestinado à abundância;
3. perdeu a percepção do elogio de Deus para o propósito;
4. perdeu a referência de ser imagem e semelhança;
5. perdeu a referência de ser uma bênção, tornando-se uma maldição;
6. perdeu a referência de multiplicação, pois entrou a esterilidade;
7. perdeu a referência de governo.

Anotações

Inteligência do século 37
• O ser humano perdeu a salvação eterna

[...] É preciso impedir que estenda a mão, tome também da árvore da vida,
coma e viva eternamente.
Gênesis 3.22

A árvore da vida era a árvore da Vida de Deus, ou seja, da Vida Eterna. Quando o ser
humano a ignorou, ignorou a Vida Eterna. E ao assumir sua posição rumo ao projeto
da árvore do conhecimento do bem e do mal, ganhou morte eterna e condenação. Isso
aconteceu, pois, ao saírem do Éden, Deus encerrou a possiblidade de o homem tomar
da árvore da vida.

• O ser humano perdeu sua liberdade

No suor do seu rosto você comerá o seu pão, até que volte à terra, pois dela
você foi formado; porque você é pó, e ao pó voltará.
Gênesis 3.19

O homem era livre no Éden. Não havia nada que o pudesse escravizar. Porém, ao
tomarem do fruto do conhecimento, Adão e Eva se tornaram semelhantes ao diabo
em natureza pecaminosa. Ao tomarem do fruto, desobedecendo a Deus, tornaram-se
cativos do pecado e do diabo. Ao desobedecerem a Deus para obedecerem ao diabo,
ganharam ou outro senhorio, que é maligno e destruidor.

O homem deixou a liberdade de Deus para ser escravo do inimigo que busca sem-
pre a intenção de matar, roubar e destruir. O homem deixou o lugar onde era alimen-
tado gratuitamente por Deus para viver escravo de sua própria força e capacidade de
produzir.

• O ser humano perdeu sua inteligência espiritual

E, depois de lançar fora o homem, Deus colocou querubins a leste do jardim


do Éden e uma espada flamejante que se movia em todas as direções, para
guardar o caminho da árvore da vida.
Gênesis 3.24

Anotações

38 Inteligência do século
A vontade de Deus para o homem era mais ampla. Ele dotou-o de muitas capaci-
dades. No entanto, desejava viver dentro do homem por meio de seu Espírito, o que
aconteceria por meio da árvore da vida. E com essa Vida de Deus fluindo dentro de si,
o homem ativaria suas capacidades espirituais, isto é, sua inteligência espiritual. Po-
rém, isso lhe foi vedado após sua opção pela árvore do conhecimento.

A ASTÚCIA DO INIMIGO
O que de fato Satanás fez? Ele retirou o homem de seu ambiente de vida. Ele não
precisou matar o homem realmente, precisou apenas retirá-lo da vida que o fazia pros-
perar, que era a Vida de Deus. E isso é interessante: quando tiramos o peixe da água,
quando sai do seu ambiente, ele morre; se tirarmos a árvore do solo, ela morrerá. O
mesmo está acontecendo com a humanidade. Ela está sempre num caminho de morte
por estar longe de seu ambiente de vida e sustentação. Viver sem ativação da inteli-
gência espiritual, então, é viver muito abaixo do potencial; é viver um risco de morte,
roubo e destruição a cada minuto. Tirar o homem do Éden, da comunhão com Deus, foi
condená-lo à morte. Era tudo que o diabo precisava! Tirar o “peixe da água”!

Anotações

Inteligência do século 39
Anotações

40 Inteligência do século
QUARTA PALESTRA
AS CONSEQUÊNCIAS DA IDENTIDADE
ESCOLHIDA PELO HOMEM
Adão e Eva decidiram seguir sua vida independente de Deus. Por causa dessa deci-
são, em desobediência, o homem foi expulso do Éden para viver sua vida fora da pre-
sença de Deus, num outro reino. E que escolha terrível! Ao saírem do Éden, tornaram-se
cativos de si, de suas próprias almas, bem como se tornaram escravos do diabo. Eles
se rebelaram contra Deus para viverem a vida em um engano formulado pelo inimigo.

No momento anterior, estudamos sobre a escolha da identidade e suas perdas ime-


diatas. Agora, vamos analisar as consequências e os impactos disso na vida do ser hu-
mano. O que aconteceu com o homem longe de Deus? O que aconteceu com o homem
fora do Éden? O que aconteceu com o homem sem sua pureza? O que aconteceu com
o homem ser sua harmonia nos relacionamentos? O que aconteceu com o homem sem
sua inteligência espiritual? O que aconteceu com o homem sem sua identidade origi-
nal? O que aconteceu com o homem sem a vida eterna?

O SER HUMANO FICOU CATIVO DO PECADO, DO


DIABO E DO MUNDO AO SEU REDOR
Por causa da desobediência de Adão e Eva no Éden, o ser humano ficou cativo. E seu
cativeiro foi intenso. Sua alma, seu corpo, sua identidade foram capturados pelo ini-
migo de Deus. Mas, não foram somente Adão e Eva que tiveram consequências, todos
nós estamos em Adão. Por sermos da linhagem terrena de Adão, sofremos também.
Mas, ainda, não é somente isso! Tudo foi afetado pelo pecado do homem! Até mesmo
a terra, que era frutífera e abençoada, foi contaminada pelo pecado do homem.

E a Adão disse: — Por ter dado ouvidos à voz de sua mulher e comido da árvore
que eu havia ordenado que não comesse, maldita é a terra por sua causa; em fadigas
você obterá dela o sustento durante os dias de sua vida. Ela produzirá também es-
pinhos e ervas daninhas, e você comerá a erva do campo. No suor do seu rosto você
comerá o seu pão, até que volte à terra, pois dela você foi formado; porque você é
pó, e ao pó voltará.
Gênesis 3.17-19

Anotações

Inteligência do século 41
A decisão do homem amaldiçoou a si mesmo, a terra e a sua própria descendência.
Não passou muito tempo para o ser humano experimentar destruição. Em pouco tem-
po, como narrado da Bíblia, um irmão, por inveja, agrediu e matou o outro. A primeira
morte física relatada não veio de velhice e natural, aconteceu por meio do assassinato
de Abel, um homem que estava se dedicando a buscar a Deus, a retomar o caminho de
volta para a presença de Deus.

A alma e o corpo do homem perderam suas referências. Tudo no homem perdeu sua
saúde e plenitude. De repente, o homem, que estava gozando de força física plena, iria
encontrar o suor e a fadiga para gerar sua própria provisão. A mente, a vontade e as
emoções do homem perderam grande parte de suas capacidades. O homem, que tinha
inteligência e autoridade para dominar na terra, para colocar os animais em submissão,
estava rendido à força dos animais fora do Éden.

Nossas emoções foram comprometidas. Medo, apatia, ganância, julgamento, impa-


ciência, inveja, teimosia, raiva, inflexibilidade, preguiça, ódio, rancor – dentre tantos
outros sentimentos – se tornaram nossa companhia. Nossa mente ficou comprome-
tida! Ela ficou ansiosa, preguiçosa, confusa, enganadora, maliciosa, frágil, mentirosa.
Com tudo isso, a experiência da vida humana foi se deteriorando dia após dia! E essa
se tornou a realidade de todos nós! Por vezes, uma realidade que acreditamos não
podermos mudar!

Anotações

42 Inteligência do século
1 Atividade
Marque as consequências da identidade de Adão em sua vida. Tudo o que aconte-
ceu durante sua vida, que são expressões dessa queda do pecado.

( ) Já fiquei entristecido(a) sem causa, com sensação de estar oprimido(a).


( ) Tive ociosidade e preguiça.
( ) A ansiedade já foi uma experiência que vivi (preocupação excessiva).
( ) Desejei ter poder sobre os outros – dominar a vida de outras pessoas.
( ) Já desejei ter algo somente para expor a fragilidade de outro.
( ) Agi em interesse próprio – agi com “bondade” somente para ter algo em troca.
( ) Denegri a imagem dos outros – caluniei outros e repassei histórias maldosas.
( ) Menti para pessoas.
( ) Enganei outras pessoas em minha jornada de vida.
( ) Pratiquei o egoísmo, fazendo algo somente em interesse próprio.
( ) Autossabotagem (falei mal de mim mesmo, declarando destruição).
( ) Não cumpri minha palavra de fidelidade ou de outra promessa.
( ) Eu me aproveitei de outros para meu benefício.
( ) Contei piadas imorais, que menosprezam pessoas e autoridades.
( ) Fui ou sou escravizado pela bebida alcoólica.
( ) Como excessivamente.
( ) Falo palavrões constantemente.
( ) Fiz reclamações e murmurações, falando mal de minha família, cônjuge, patrões,
sócios, amigos, concorrentes, filhos etc.
( ) Omiti ajuda quando sabia que era meu dever fazê-lo.
( ) Já reclamei de muita coisa.
( ) Cobicei pessoas, roupas, objetos, bens, posições, cargos, emprego, dentre outros.
( ) Pratiquei prostituição.
( ) Fui abusado sexualmente.
( ) Sou uma pessoa briguenta em casa.
( ) Pratiquei a falsidade.
( ) Fiz uso do meu corpo para a sensualidade indecente.
( ) Usei de palavras com violência, agressividade.
( ) Já pratiquei atos de violência e agressividade contra outros.
( ) Já vivi o descontrole emocional e a ira incontrolada.
( ) Já assassinei outra pessoa.
( ) Já odiei pessoas, matando-as em meu coração.
( ) Já deixei o orgulho tomar minha vida, não me dobrando até mesmo quando cla-
ramente estava no erro.
( ) Deixei meu coração endurecer e tornar-se insensível.
( ) Tenho rancor e ressentimento guardado em meu coração.
( ) Sou obstinado a ponto de ter a teimosia como aliada.
( ) Já fui desobediente aos meus pais.
( ) Não respeito ninguém.
( ) Pratico a fofoca.
( ) Já me envolvi com o contrabando.

Inteligência do século 43
( ) Pratiquei a sonegação de imposto.
( ) Já torturei pessoas com atos e palavras.
( ) Já usei de minha posição de autoridade para ameaçar pessoas.
( ) Já pratiquei crueldade e malignidade contra pessoas e animais.
( ) Tenho presunção.
( ) Tenho a covardia instalada em meu coração.
( ) Tenho timidez excessiva.
( ) Já pratiquei críticas à Palavra de Deus.
( ) Sou uma pessoa melindrosa, tudo me afeta e me machuca.
( ) Já participei de eventos com o propósito de promover o pecado e a imoralidade.
( ) Tenho o desejo de me vingar de alguém que me feriu.
( ) A vaidade está em meu coração e atitudes. Eu me considero uma pessoa vaidosa
de modo além do saudável.
( ) Já pratiquei o vandalismo.
( ) Pratiquei a injustiça.
( ) Traí pessoas em meus relacionamentos.
( ) Pessoas me traíram nos relacionamentos.
( ) Sou uma pessoa arrogante, com sentimento de superioridade.
( ) Tenho sentimento de inferioridade.
( ) Estou praticando a desonestidade nos negócios.
( ) Fui ingrato com pais, cônjuge e Deus.
( ) Pratiquei roubos pequenos ou grandes.
( ) O ciúme é algo que faz parte de minha vida.
( ) Já tive o desejo de morrer, suicidar-me.
( ) Fiz fraudes na escola, colando e comprando diplomas.
( ) Sou uma pessoa preconceituosa – machismo, feminismo e racismo.
( ) Tenho vícios em drogas lícitas ou ilícitas.
( ) Falei com estupidez, com grosseria e não pedi perdão.
( ) Nunca consigo pedir perdão aos outros, principalmente ao cônjuge.
( ) Sou difícil de mostrar gratidão – não costumo usar o “obrigado”.
( ) Já inventei calúnias contra alguém.
( ) Amaldiçoei meus filhos com palavras e exemplos.
( ) Sou consumista – compro por compulsão.
( ) Sou materialista – penso sempre em possuir coisas.
( ) Tenho idolatria por pessoas, time, amor, dinheiro, dentre outros.
( ) Uso meus ouvidos para ouvir músicas que trazem conceitos de imoralidade, de
preconceito, dentre outras malignidades.
( ) Já me envolvi com o mundo espiritual satânico – feitiços, trabalhos espirituais
com oferendas, com roupas de outros, com pagamento em dinheiro –, pactos espi-
rituais claros com demônios.
( ) Faço uso de revista, sites, filmes pornográficos – ou qualquer outro veículo que
promova a pornografia.
( ) Pratiquei sexo com animais, ou em grupo.
( ) Já fiz promessas amorosas em troca de sexo.
( ) Já fui enganada por falsas promessas por causa do sexo.
( ) Me abandonaram depois que fizeram sexo comigo.
( ) Me deixaram fora de mim para me abusarem sexualmente.

44 Inteligência do século
( ) Perdi minha virgindade fora de um ambiente de amor e segurança, que é o ca-
samento.
( ) Tenho parceiros ou parceiras sexuais frequentes.
( ) Tenho vício em sexo e não consigo me libertar.
( ) Tenho amante.
( ) Já iludi pessoas por causa da possibilidade de sexo.
( ) Usei minha autoridade, influência, poder econômico para coagir alguém ao sexo.
( ) Já cometi estupro.
( ) Pratico a masturbação pensando em outras pessoas, defraudando-as em minha
mente.
( ) Já sofri assédio sexual.
( ) Sou adepto da libertinagem, que é uma vida imoral sem regras de fidelidade.
( ) Pratiquei sexo ou sensualidades além da criação de Deus, que é entre homem e
mulher em ambiente de casamento.
( ) Frequentei zonas de prostituição.
( ) Tenho impureza nos olhos, não respeitando as pessoas.
( ) Fiz aborto ou consenti que a companheira fizesse.
( ) Já pratiquei sexo antes do casamento.
( ) Cometi adultério.
( ) Tenho pensamentos de morte e destruição constantes em minha mente.
( ) Fui rejeitado por meus pais.
( ) Rejeitei o nascimento de um filho.
( ) Sofri humilhações severas.
( ) Vivo uma vida em solidão, não tenho amigos ou companhia.
( ) Sofri constrangimentos amorosos por ser deixado(a) às vésperas de um casa-
mento.
( ) Tenho experiência de pobreza e escassez – sem esperança de mudança.
( ) Vivi o fracasso empresarial ou profissional.
( ) Tenho a constante sensação de insignificância.
( ) Vivo com estresse.
( ) Tenho uma mente acelerada e confusa.
( ) Estou sempre perdendo dinheiro e oportunidades.
( ) Joguei fora ótimas possibilidades de trabalho e negócios por descontrole emo-
cional.
( ) Já perdi a comunhão com pessoas importantes por causa de minhas atitudes.
( ) Vivo uma vida insatisfeito(a); nada preenche meu coração.
( ) Perdi pessoas por morte – doenças, acidentes.
( ) Não consegui superar a morte de alguém.
( ) Tenho medo e pavor de: desemprego, morte, escuro, roubo, dentre outros.
( ) Estou com síndrome do pânico.
( ) Já procrastinei decisões e responsabilidades.
( ) Não tenho energia para viver – me encontro num estado de desespero.
( ) Preciso, mas não peço ajuda para ninguém. Esse é o meu orgulho.
( ) Tenho uma aparência irreal. Tenho menos do que realmente mostro.
( ) Tenho distúrbios.
( ) Estou com insônia.
( ) Amaldiçoei meu corpo.

Inteligência do século 45
( ) Depreciei minhas capacidades mentais – ou me lançaram palavras de maldição
sobre meu intelecto.
( ) Acreditei não ter dons e estar destinado(a) para uma vida medíocre.
( ) Sinto culpa por ações do passado, que sempre me atormentam a mente.
( ) Estou em práticas contrárias à lei e vivo numa expectativa de terror.
( ) Tenho pesadelos constantes.
( ) Ouço vozes de pessoas me chamando, que me dão medo.
( ) Tenho uma doença que a medicina não explica.
( ) Pratiquei cirurgias espirituais.
( ) Coloquei minha esperança de salvação em minhas boas obras.
( ) Coloquei minha expectativa de salvação na religião.
( ) Tenho idolatria com meu corpo.
( ) Tenho a intenção de ser famoso para ser idolatrado.
( ) Passei pelo trauma de aborto espontâneo.
( ) Passei pela depressão.
( ) Estou me sentindo aprisionado na religiosidade.
( ) Tive uma péssima experiência em ambiente religioso e culpei Deus nesse acon-
tecimento.
( ) Eu me afastei da presença de Deus.
( ) Estou aprisionado em uma cadeia de pecado horrível, e não estou conseguindo sair.
( ) Sou uma pessoa intolerante.
( ) Tenho ações de avareza, não aplico a generosidade.
( ) Já roubei ideias de outras pessoas.
( ) Já omiti a verdade para não me complicar.
( ) Estou em dívidas por causa de má administração.
( ) Já tive minhas ideias roubadas por outras pessoas.
( ) Já me envolvi em manipulação religiosa consciente ou inconsciente.
( ) Sinto que fizeram trabalho espiritual maligno contra mim.
( ) Saí de uma denominação religiosa e fui tratado com desrespeito e ingratidão.
( ) Tenho amargura com minha antiga denominação religiosa, bem como com os
líderes.

Todas os acontecimentos acima mostram a verdade de que o homem herdou a mor-


te. Sem a inteligência espiritual, que é a Vida de Deus fluindo no interior do homem,
ficamos atrelados às consequências de uma vida medíocre. Mas o pior não é isso! É o
destino do homem sem Deus. Se a separação do homem e Deus continua até o fim do
último fôlego de vida, sua condenação eterna é cumprida!

Muitos não sabem que é a inteligência espiritual que transforma nossos resultados.
Mas, além disso, nos providencia salvação eterna, retorno para a comunhão com Deus.
É a única saída para o homem desfrutar do cumprimento de seu propósito espiritual!

46 Inteligência do século
Anotações

Inteligência do século 47
Anotações

48 Inteligência do século
QUINTA PALESTRA
A NECESSIDADE DE RESGATAR NOSSA
INTELIGÊNCIA ESPIRITUAL
Ao tomar da árvore do conhecimento do bem e do mal, o ser humano perdeu tudo.
Sim. Continuamos tendo o fôlego de vida biológica e, por isso, você pode até achar
que não perdemos tudo. Mas Deus considerou que a escolha do homem foi a escolha
para a morte. Isto é uma verdade: só existem dois caminhos, o caminho da vida e o
caminho da morte; vida espiritual ou morte espiritual. E qual é o caminho que você
gostaria de seguir? Veja o conselho da Palavra de Deus:

Hoje tomo o céu e a terra por testemunhas contra vocês, que lhes propus a
vida e a morte, a bênção e a maldição; escolham, pois, a vida, para que vivam,
vocês e os seus descendentes.
Deuteronômio 30.19

O que você está perdendo em não ativar sua vida espiritual? Quantas mazelas da
morte estão rodeando sua vida? Quantas são as ações que lhe roubam a energia, a
alegria, o amor, a força? O quanto de harmonia você está perdendo em seus relaciona-
mentos por causa da ausência da inteligência espiritual? Até este momento, mostra-
mos o início, a queda e suas consequências. Porém, neste instante queremos enfatizar
a necessidade de buscarmos a ativação do Espírito.

O homem não estava perfeito no Éden. Porém, experimentava de uma vida maravi-
lhosa. E você, qual vida tem vivido? Você tem estado ileso de uma vida dominada pelo
pecado, pelo mundo, pelo diabo ou mesmo por suas próprias paixões? Se você está,
de algum modo, preso por questões dessa vida natural e escrava, quero desafiar você
a desejar viver algo diferente, uma vida no centro da vontade de Deus. Mas por quais
motivos devemos desejar essa vida?

a. Para retornarmos ao propósito original de Deus – ideia original do homem vivendo


sua vida espiritual.

b. Para experimentarmos da vida abundante, com o governo do nosso espírito – o ho-


mem voltando ao projeto original de governo de si.

Anotações

Inteligência do século 49
c. Para ter comunhão com Deus – a comunhão com Deus é feita somente pelo espírito.

d. Para termos uma percepção mais ampliada da realidade de vida – você pode aces-
sar a visão dos olhos espirituais.

e. Para alcançar a plenitude de nosso ser – sem a vida espiritual, estamos vivendo mui-
to abaixo de nossa expectativa.

f. Para não sermos escravos da alma ou do corpo – a alma e o corpo, muitas vezes, nos
escravizam.

g. Para restaurar as boas emoções e os bons pensamentos – nos relacionamentos, em


relação ao dinheiro, nos negócios, em relação ao corpo, à espiritualidade.

h. Para vivermos relacionamentos fundamentados no verdadeiro amor – nossos rela-


cionamentos precisam do ingrediente do amor verdadeiro.

Por mais que o ser humano tenha escolhido ser independente de Deus, o amor do
Criador pelo homem não se perdeu. Mesmo sendo rejeitado completamente pelo ho-
mem, Deus não desistiu de buscá-lo. Ele resolveu não abandonar sua criação. Vemos
isso desde o início. Até mesmo antes da saída do homem do jardim, encontramos o
amor de Deus pelo homem. É bem certo que o coração de Deus estava triste com a
partida do homem.

INDÍCIOS DO AMOR DE DEUS PELO HOMEM MESMO DE-


POIS DE SER REJEITADO
1 Deus sabia onde o homem estava, mas deu a oportunidade de
arrependimento

O homem pecou e se escondeu de Deus. Ele correu para detrás das árvores com o
propósito de não ver mais a Deus. Mas, quem pode se esconder de Deus? Quem pode
fugir da presença de Deus? No Salmo 139.7-12, está escrito:

Anotações

50 Inteligência do século
Para onde me ausentarei do teu Espírito? Para onde fugirei da tua face?
Se subo aos céus, lá estás; se faço a minha cama no mais profundo abismo,
lá estás também; se tomo as asas da alvorada e me detenho nos confins dos
mares,
ainda ali a tua mão me guiará, e a tua mão direita me sustentará. Se eu digo:
“As trevas, com certeza, me encobrirão, e a luz ao redor de mim se fará noite”,
até as próprias trevas não te serão escuras, e a noite é tão clara como o dia.
Para ti, as trevas e a luz são a mesma coisa.
Salmos 139.7-12

O homem não podia se esconder de Deus. Mas por qual motivo Deus não surpreen-
deu o homem? Por qual motivo Deus o chamou? Acredito que Deus chamou o homem,
pois estava lhe dando a chance do arrependimento. Sabe quando nosso pai e nossa
mãe nos davam a chance de contar a verdade, mesmo sabendo que tínhamos feito
algo de errado? Acredito que aquele momento no Éden foi como esse. Deus estava
dando essa chance de arrependimento ao ser humano. Veja como aconteceu:

E o Senhor Deus chamou o homem e lhe perguntou: — Onde você está?


Ele respondeu: — Ouvi a tua voz no jardim, e, porque estava nu, tive medo,
e me escondi.
Gênesis 3.9,10

Ao tomarem a decisão de comerem da árvore do conhecimento do bem e do mal,


Adão e Eva poderiam ter repensado tal decisão. Eles poderiam ter considerado o erro
e ido na direção de Deus com o coração arrependido. Mas não foi o que aconteceu.
Eles se esconderam ao invés de aparecerem para Deus com o coração entristecido e
arrependidos. Ao chamar pelo homem, Deus deu uma chance, um tempo para o ho-
mem aparecer. Pode ser que isso esteja acontecendo com você! Deus está aguardando
você abrir seu coração para Ele, dizendo que você fez como Adão, que negligenciou a
vida espiritual, e está, no momento, colhendo muitos problemas.

2 Deus sabia o que homem tinha feito, mas lhe deu a chance
de confessar seu erro

Deus foi muito paciente com a desobediência do ser humano. Ele poderia ter tra-
tado a questão com mais vigor, mas preferiu a paciência; preferiu dar ao homem mo-

Anotações

Inteligência do século 51
mentos de oportunidade para confessar. Deus deu todas as chances para o homem e
a mulher ponderarem a situação, buscando uma resolução de mudança. Mas não foi
isso que aconteceu. O coração do homem não se quebrantou. Pelo contrário, se tornou
endurecido e acusador.

Adão e Eva não se atentaram para a gravidade do pecado e suas consequências.


Eles sustentaram suas ações e não manifestaram um desejo de mudança. Cada um
deles acusou outros pelo seu erro, mas não admitiu que estava errado. Veja como isso
aconteceu:

Deus perguntou: — Quem lhe disse que você estava nu? Você comeu da ár-
vore da qual ordenei que não comesse? Então o homem disse: — A mulher que
me deste para estar comigo, ela me deu da árvore, e eu comi. Então, o Senhor
Deus disse à mulher: — Que é isso que você fez? A mulher respondeu: — A ser-
pente me enganou, e eu comi.
Gênesis 3.11-13

Homem e mulher deveriam ter confessado seu erro. Mas jogaram a culpa no outro,
transferindo a própria responsabilidade. O homem deveria ter dito: “Eu errei. Eu tomei
do fruto e comi. Foi uma decisão minha”. A mulher deveria ter dito: “Foi uma decisão
minha. Fui eu quem escolheu comer. Ninguém me obrigou”. E foi assim, jogando a
responsabilidade um para o outro, que homem e mulher se atolaram cada vez mais no
erro.

3 Deus vestiu o homem e a mulher antes de saírem do Éden

Quando Adão e Eva tomaram do fruto do conhecimento do bem e do mal, eles se


perceberam nus. Ao se perceberem nesse estado, eles se envergonharam. E para repa-
rarem seu estado de vergonha, resolveram tecer para si roupas de folhas de figueira.
Porém, roupas de folhas não seriam suficientes para resistir. Por isso, Deus fez roupas
para o homem. Isso não é interessante? Por mais que Deus estivesse entristecido pela
decisão do homem, por mais que Ele precisasse manifestar sua justiça diante da deci-
são do homem, Deus se mostra preocupado com algo tão básico da vida humana.

O Senhor Deus fez roupas de peles, com as quais vestiu Adão e sua mulher.
Gênesis 3.21

Anotações

52 Inteligência do século
Com a ação de vestir o homem e a mulher com roupas de peles, Deus mostrou seu
amor pelo ser humano. Mas, além disso, fez algo mais. Ele sacrificou animais para ter
essa roupa. Ao fazer isso, Deus estava dando uma mensagem para o homem. Uma sutil
mensagem de que para o homem cobrir sua vergonha deve haver morte. E, no sentido
espiritual, Deus estava enviando uma mensagem de sacrifício para cobrir a alma do
homem da vergonha do pecado. Ao cobrir o corpo do homem com as peles de um
sacrifício de animal, Deus estava dando ao homem uma mensagem de resgate, que um
dia uma morte cobriria as multidões de pecado do homem.

4 Deus libera palavras de um plano de resgate

O homem e a mulher decidiram por desobedecer. Por mais que isso tenha sido do-
lorido para o coração de Deus, Ele resolveu não desistir: ainda estabeleceria um plano
de resgate para o homem. Ele enviaria um homem para esmagar a cabeça do diabo, a
serpente. A promessa foi semeada no coração dos homens.

Porei inimizade entre você e a mulher, entre a sua descendência e o descen-


dente dela. Este lhe ferirá a cabeça, e você lhe ferirá o calcanhar.
Gênesis 3.15

Nessa promessa, Deus estava se referindo ao seu plano de enviar salvação. E essa
salvação viria por meio da mulher para pisar a cabeça do inimigo. A verdade era que
Deus estava estabelecendo um tipo de restauração para a mulher. Deus estava pro-
clamando a Eva que Ele iria redimir sua honra, enviando, por meio da mulher, quem
esmagaria a cabeça do diabo.

Adão, quando abordado por Deus, expôs Eva. Porém, Deus resolveu fazer um tipo
de “vingança” em nome de Eva. Ela foi seduzida e caiu, mas Deus iria levantar a glória
da mulher por meio de “um” que não cederia aos encantos do diabo e prevaleceria.
Isso não é maravilhoso?

Esses quatros momentos mencionados mostram o caráter de Deus em relação ao


homem. Ele deu oportunidade para o homem confessar seu erro, vestiu-o e proclamou
a esperança de uma redenção por meio da mulher!

Anotações

Inteligência do século 53
A HISTÓRIA DE DEUS COM ALGUNS HOMENS DO
VELHO TESTAMENTO
Deus, então, começou o processo de construção de sua mensagem de reconcilia-
ção. Nos faltariam muitas linhas desse conteúdo para falarmos de todos os homens
e mulheres que tiveram seus momentos com Deus. Mas queremos falar sobre alguns,
para mostrar que, até mesmo uma simples conexão com Deus, era capaz de produzir
resultados extraordinários. Foram homens e mulheres que carregaram a mensagem
de reconciliação com Deus e experimentaram de uma proximidade com Ele. Tudo isso
anuncia para nós o quanto Deus deseja restaurar nosso relacionamento com Ele ple-
namente.

Essa análise contemplará o quanto Deus começou a atuar na vida dos homens, pos-
sibilitando-lhes um viver sobrenatural. Eles experimentaram de milagres em todas as
áreas de sua vida.

1 Experiência de Abel – o princípio de honrar a Deus


Aconteceu que, ao fim de um certo tempo, Caim trouxe do fruto da terra
uma oferta ao Senhor. Abel, por sua vez, trouxe das primícias do seu rebanho
e da gordura deste. O Senhor se agradou de Abel e de sua oferta, mas de Caim
e de sua oferta não se agradou. Caim ficou muito irritado e fechou a cara.
Gênesis 4.3-5

Abel descobriu como agradar a Deus com as primícias de seu trabalho. Ele honrou a
Deus com seu melhor e conseguiu atrair a atenção de Deus. Ele foi um dos primeiros a
colocar Deus em primazia. Sua atitude se tornou tão marcante que abriu um caminho
de princípio eterno. Veja o que está escrito sobre ele no Novo Testamento.

Pela fé, Abel ofereceu a Deus um sacrifício mais excelente do que Caim,
pelo qual obteve testemunho de ser justo, tendo a aprovação de Deus quanto
às suas ofertas. Por meio da fé, mesmo depois de morto, ainda fala.
Hebreus 11.4

Anotações

54 Inteligência do século
2 Experiência de Enoque – o princípio do arrebatamento
A saga de Deus em manter contato com o homem se manifestava geração após ge-
ração. Deus estava aberto para receber o homem e a mulher em sua presença. Houve
um homem, no Velho Testamento, chamado Enoque. Ele buscou intensamente a Deus.
Sua busca foi tão intensa que Deus o chamou para si. Ele não conheceu a morte, pois
Deus o tomou por causa de seu grande amor por Ele.

Enoque andou com Deus e não foi mais visto, porque Deus o levou para jun-
to de si.
Gênesis 5.24

Enoque acreditou na possibilidade de ter sua vida espiritual em Deus. Ele abriu seu
coração, reconhecendo sua necessidade de Deus, entrou para o grupo de pessoas que
andaram com Deus.

Pela fé, Enoque foi levado a fim de não passar pela morte; não foi achado,
porque Deus o havia levado. Pois, antes de ser levado, obteve testemunho de
que havia agradado a Deus.
Hebreus 11.5

3 Experiência de Jó – o princípio da confiança

Todos já ouvimos falar de Jó. Ele mantinha um grande respeito por Deus. Certo dia, o
diabo veio diante da presença de Deus. Nesse dia, Deus apresentou Jó como seu servo
fiel. O diabo, mais que depressa, disse a Deus que Jó era fiel por não ter problemas e
ser muitíssimo próspero.

Mas estende a tua mão e toca em tudo o que ele tem, para ver se ele não
blasfema contra ti na tua face.
Jó 1.11

Nesse diálogo, Deus permitiu que o diabo tocasse em todos os bens de Jó. Além
de retirar todos os bens de Jó, o diabo trouxe a morte para todos os seus filhos. Os
acontecimentos foram assim:

Anotações

Inteligência do século 55
Um dia, quando os filhos e as filhas de Jó comiam e bebiam vinho na casa
do irmão mais velho, veio um mensageiro a Jó e lhe disse: — Os bois estavam
lavrando e as jumentas estavam pastando junto a eles. De repente, os sabeus
atacaram e levaram tudo. Mataram os servos a fio de espada. Só eu consegui
escapar, para trazer a notícia. Enquanto este ainda falava, veio outro mensa-
geiro e disse: — Fogo de Deus caiu do céu e queimou as ovelhas e os servos,
destruindo todos eles. Só eu consegui escapar, para trazer a notícia. Enquanto
este ainda falava, veio outro mensageiro e disse: — Os caldeus se dividiram
em três bandos, atacaram os camelos e os levaram embora. Mataram os ser-
vos a fio de espada. Só eu consegui escapar, para trazer a notícia. Também
este ainda falava quando veio outro e disse: — Os seus filhos e as suas filhas
estavam comendo e bebendo vinho na casa do irmão mais velho. De repente,
eis que se levantou um vento muito forte do lado do deserto e bateu contra os
quatro cantos da casa. Ela caiu sobre os jovens, e eles morreram. Só eu conse-
gui escapar, para trazer a notícia.
Jó 1.13-19

Depois de receber as permissões para tocar nos bens de Jó, o diabo saiu para fazer
suas ações de destruição. A Bíblia diz que em um só dia Jó perdeu toda a sua fortuna
e todos os seus filhos. O diabo esperava que Jó fosse praguejar contra Deus. Porém,
ele se manifestou de forma diferente. Ele adorou a Deus em meio à calamidade. Está
escrito:

Então Jó se levantou, rasgou o seu manto, rapou a cabeça, prostrou-se em


terra e adorou. E disse: — Nu saí do ventre de minha mãe e nu voltarei. O Se-
nhor o deu e o Senhor o tomou; bendito seja o nome do Senhor! Em tudo isto
Jó não pecou, nem atribuiu a Deus falta alguma.
Jó 1.20-22

Jó estabeleceu um princípio extraordinário. Ele adorou a Deus em meio às suas cala-


midades. E por fazer isso, por confiar no amor e na bondade de Deus, foi restabelecido.
Com tudo isso, Jó mostrou que não servia a Deus pelos bens que recebia, mas pelo te-
mor e amor que mantinha por Ele. E por isso, pôde dar um testemunho extraordinário:

Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te veem.


Jó 42.5

Anotações

56 Inteligência do século
Jó teve uma experiência com Deus. Antes, ele havia ouvido sobre Deus, mas depois
de seu momento de agonia, testemunhou ver Deus face a face. Isso não é demais?! Não
é demais Jó ter conhecido a Deus?! Mas, além dessa experiência, Deus abençoou Jó.
Está escrito:

O Senhor abençoou o último estado de Jó mais do que o primeiro. Ele veio


a ter catorze mil ovelhas, seis mil camelos, mil juntas de bois e mil jumentas.
Também teve outros sete filhos e três filhas. À primeira filha deu o nome
de Jemima; à segunda chamou de Quézia; e à terceira, Quéren-Hapuque. Em
toda aquela terra não havia mulheres tão bonitas como as filhas de Jó; e seu
pai lhes deu herança entre seus irmãos. Depois disto, Jó viveu mais cento e
quarenta anos; e viu os seus filhos e os filhos de seus filhos, até a quarta gera-
ção. E assim Jó morreu, após uma longa velhice.
Jó 42.12-17

Que experiência maravilhosa Jó viveu! Em meio ao caos, ele adorou a Deus e teve
a oportunidade de conhecê-lo de verdade. Além de ter uma experiência com o Deus
sobrenatural, Jó se tornou o homem mais rico e próspero de todo o mundo.

4 Experiência de Noé – o princípio do empreendimento salvador


Noé foi chamado por Deus para um empreendimento louco. Ele deveria construir
uma embarcação. Essa embarcação seria uma oportunidade de salvação naquele tem-
po. O mais engraçado foi que Noé recebeu a missão de construir um empreendimento
para salvação de um dilúvio em um tempo que nem mesmo uma chuva havia caído
sobre a terra. Que visão de fé! Que posicionamento empreendedor fenomenal. Deus
deu a ele uma ideia para salvar os animais e a sua família.

Faça uma arca de tábuas de cipreste. Nela você fará compartimentos e a


revestirá com betume por dentro e por fora. Deste modo você a fará: seu com-
primento será de cento e trinta metros, a largura, de vinte e dois; e a altura,
de treze. Faça uma cobertura, deixando entre ela e a arca uma abertura de
meio metro. Coloque uma porta lateral e faça três andares: um embaixo, um
segundo e um terceiro. Porque vou trazer um dilúvio de águas sobre a terra
para destruir todo ser em que há fôlego de vida debaixo dos céus; tudo o que
há na terra será destruído.
Gênesis 6.14-17

Anotações

Inteligência do século 57
Deus estava buscando pessoas para estarem perto dele a fim de estabelecer seus
projetos. Com Noé aprendemos uma fé para empreender em projetos que aparente-
mente não são para aquele momento! Que fé!

5 Experiência de Abraão – o princípio da fé

Abraão é conhecido como o pai da fé. Isso aconteceu porque Abraão aceitou o
desafio de Deus de sair de sua parentela rumo a uma terra prometida. Ele recebeu a
promessa de Deus que sua descendência seria numerosa como as estrelas. Essa foi
uma promessa maravilhosa de Deus. Porém, esse homem tinha um problema: ele não
podia ter filhos!

Abrão (Abraão) foi chamado por Deus para ser pai de nações, para ser frutífero. A
Palavra de Deus diz que ele creu em Deus e deixou seu lar para seguir a direção de
Deus. Isso foi tão impactante que o nome de Abraão teve um acréscimo com o nome
de Deus. Você sabia que Deus trocou de nome com Abraão? Isso mesmo. A aliança en-
tre Deus e Abraão foi tão intensa que ambos trocaram de nome. Antes de ser Abraão,
era Abrão; antes de ser o Deus de Abraão, era somente Deus.

Na aliança entre Deus e Abrão, ambos trocaram de nome. Deus aumentou seu nome
incluindo o nome de Abraão, e Abrão ganhou acréscimo de uma letra do nome de
Deus em hebraico. Com isso, seu nome foi acrescido de uma partícula do nome de
Deus. Se você não conhece a história de Abraão, você precisa conhecer! Que homem
cheio de fé; que amizade maravilhosa com Deus! Seus feitos em Deus foram extraor-
dinários! Mas, dentre os muitos movimentos de fé de Abraão, que o colocaram entre
os homens mais importantes conhecidos no mundo, um foi extremamente significante.
Ele foi chamado: “amigo de Deus”.

E se cumpriu a Escritura, que diz: “Abraão creu em Deus, e isso lhe foi atri-
buído para justiça”, e ele foi chamado amigo de Deus.
Tiago 2.23

Abraão foi um amigo de Deus. Isso é extraordinário. Deus permitiu que um homem
se aproximasse dele para serem amigos! Não é sem razão que Abraão se tornou o pai
de multidões, o pai da fé. Ele ganhou uma consideração muito especial de Deus. Em
Gênesis vemos um momento especial em que Abraão tem um diálogo aberto com
Deus em relação à destruição de Sodoma e Gomorra.

Anotações

58 Inteligência do século
O Senhor disse: — Será que eu devo esconder de Abraão o que estou para
fazer, visto que Abraão certamente virá a ser uma grande e poderosa nação,
e nele serão benditas todas as nações da terra? Porque eu o escolhi para que
ordene aos seus filhos e a sua casa depois dele, a fim de que guardem o cami-
nho do Senhor e pratiquem a justiça e o juízo, para que o Senhor faça vir sobre
Abraão o que lhe prometeu. Então o Senhor disse: — O clamor contra Sodoma
e Gomorra tem aumentado, e o seu pecado é gravíssimo. Descerei e verei se,
de fato, o que têm praticado corresponde a esse clamor que veio até mim. E,
se este não for o caso, eu ficarei sabendo. Assim, aqueles homens partiram
dali e foram para Sodoma; mas Abraão ainda permaneceu na presença do Se-
nhor. E, aproximando-se, Abraão perguntou: — Será que vais destruir o justo
com o ímpio? Se houver, por acaso, cinquenta justos na cidade, ainda assim
destruirás e não pouparás o lugar por amor dos cinquenta justos que nela se
encontram? Longe de ti fazeres tal coisa: matar o justo com o ímpio, como
se o justo fosse igual ao ímpio. Longe de ti! Será que o Juiz de toda a terra
não faria justiça? Então o Senhor disse: — Se eu encontrar cinquenta justos
dentro da cidade de Sodoma, pouparei a cidade toda por amor a eles. Abraão
continuou: — Eis que me atrevi a falar ao Senhor, eu que sou pó e cinza. Caso
faltarem cinco para cinquenta justos, destruirás por isso toda a cidade? Deus
respondeu: — Não a destruirei se eu encontrar ali quarenta e cinco. Então
Abraão disse: — E se, por acaso, houver ali apenas quarenta? Deus respondeu:
— Não o farei por amor aos quarenta. Abraão insistiu: — Não se ire o Senhor,
se eu continuar a falar. E se houver ali apenas trinta? O Senhor respondeu: —
Não o farei se eu encontrar ali trinta. Abraão continuou: — Eis que me atrevi a
falar ao Senhor. E se, por acaso, houver ali apenas vinte? O Senhor respondeu:
— Não a destruirei por amor aos vinte. Finalmente Abraão disse: — Não se ire
o Senhor, se lhe falo somente mais esta vez. E se, por acaso, houver ali ape-
nas dez? O Senhor respondeu: — Não a destruirei por amor aos dez. Quando
acabou de falar com Abraão, o Senhor se retirou, e Abraão voltou para onde
estava antes.
Gênesis 18.17-33

A vida de Abraão com Deus foi extraordinária. Sua entrega e devoção a Deus abri-
ram as portas da redenção do homem. Esse relacionamento nos mostra o quanto Deus
trabalhou e trabalha para ter a humanidade de volta!

Anotações

Inteligência do século 59
6 Experiência de Sara – o princípio do milagre
Sara foi uma grande mulher que experimentou o sobrenatural de Deus em sua vida.
Como esposa de Abraão, peregrinou com ele rumo às promessas de Deus. Foi ela
quem aguardou a promessa de um filho, quem acreditou em Deus e, mesmo sendo já
de idade avançada, teve um filho chamando Isaque.

Se Abraão é o pai da fé, Sara é a mãe da fé. Foi ela quem aguardou pacientemente
o milagre de Deus, que a curou de sua esterilidade aos 90 anos. Que mulher tremenda
que aceitou o convite para conhecer a Deus e andar em seus caminhos! Com isso, ex-
perimentou de um milagre fantástico! E, além de ter seu filho, Deus mudou seu nome
e acrescentou, assim como fez com Abraão, uma partícula do próprio nome ao dela.

Deus disse a Abraão: — A Sarai, sua mulher, você não chamará mais de Sa-
rai, porém de Sara.
Gênesis 17.15

A caminhada de Deus com Sara foi inspiradora. Ela recebeu parte da promessa de
Deus feita para Eva, de que as mulheres seriam honradas na virada que Deus estava
planejando para resgatar a humanidade do pecado e do distanciamento de Deus.

Eu a abençoarei e darei a você um filho que nascerá dela. Sim, eu a abenço-


arei, e ela se tornará nações; reis de povos procederão dela.
Gênesis 17.16

Que promessa maravilhosa! Como Deus ama as mulheres! A religião tem tratado as
mulheres com diferenciações, seguindo o “machismo” deste mundo. Mas Deus não é
machista! Ele é por ambos e abençoa todos que se achegam diante dele.

7 Experiência de Isaque e Rebeca – o princípio do sacrifício e


do casamento

Isaque foi o filho prometido por Deus a Abraão. Sua história é extremamente rele-
vante para a construção da mensagem da salvação de Deus para o homem. Foi ele que
foi com seu pai, Abraão, para um processo de sacrifício a Deus. Isso mesmo! Isaque es-
teve disposto a ser um sacrifício para Deus, a se entregar à morte para agradar a Deus.
Mas, como sabemos, Deus não deixou que isso acontecesse.

Anotações

60 Inteligência do século
Depois dessas coisas, Deus pôs Abraão à prova e lhe disse: — Abraão! Este lhe
respondeu: — Eis-me aqui! Deus continuou: — Pegue o seu filho, seu único filho,
Isaque, a quem você ama, e vá à terra de Moriá. Ali, ofereça-o em holocausto, so-
bre um dos montes, que eu lhe mostrar. Na manhã seguinte, Abraão levantou-se de
madrugada e, tendo preparado o seu jumento, levou consigo dois dos seus servos
e Isaque, seu filho. Rachou lenha para o holocausto e foi para o lugar que Deus lhe
havia indicado. No terceiro dia, Abraão ergueu os olhos e viu o lugar de longe. En-
tão disse aos servos: — Esperem aqui com o jumento. Eu e o rapaz iremos até lá e,
depois de termos adorado, voltaremos para junto de vocês. Abraão pegou a lenha
do holocausto e a colocou sobre Isaque, seu filho. Ele, por sua vez, levava nas mãos
o fogo e a faca. Assim, os dois caminhavam juntos. Isaque rompeu o silêncio e disse
a Abraão, seu pai: — Meu pai! Abraão respondeu: — Eis-me aqui, meu filho! Isaque
perguntou: — Eis aqui o fogo e a lenha, mas onde está o cordeiro para o holocausto?
Abraão respondeu: — Deus proverá para si o cordeiro para o holocausto, meu filho.
E os dois seguiam juntos. Chegaram ao lugar que Deus lhe havia indicado. Ali Abraão
edificou um altar, arrumou a lenha sobre ele, amarrou Isaque, seu filho, e o deitou
no altar, em cima da lenha. E, estendendo a mão, pegou a faca para sacrificar o seu
filho. Mas do céu o Anjo do Senhor o chamou: — Abraão! Abraão! Ele respondeu: —
Eis-me aqui! Então lhe disse: — Não estenda a mão sobre o menino e não faça nada
a ele, pois agora sei que você teme a Deus, porque não me negou o seu filho, o seu
único filho. Abraão ergueu os olhos e viu atrás de si um carneiro preso pelos chifres
entre os arbustos. Abraão pegou o carneiro e o ofereceu em holocausto, em lugar
de seu filho. E Abraão deu àquele lugar o nome de “O Senhor Proverá”. Daí dizer-se
até o dia de hoje: “No monte do Senhor se proverá.” Então do céu pela segunda vez
o Anjo do Senhor chamou Abraão e disse: — Porque você fez isso e não me negou
o seu filho, o seu único filho, juro por mim mesmo, diz o Senhor, que certamente o
abençoarei e multiplicarei a sua descendência como as estrelas dos céus e como a
areia que está na praia do mar. Sua descendência tomará posse das cidades dos seus
inimigos.
Gênesis 22.1-17

Isaque foi um homem que buscou a Deus, que seguiu os passos de seus pais rumo
à comunhão com Deus. Com isso, experimentou de algo sobrenatural, que foi seu en-
contro com sua esposa Rebeca. Que história de amor incrível e sobrenatural. Rebeca
foi uma mulher que considerou Deus para seu relacionamento. E sua experiência foi
fantástica! Ela nos concede grande esperança para encontrarmos o amor de nossa
vida quando colocarmos tudo nas mãos de Deus.

Anotações

Inteligência do século 61
Então Rebeca se levantou com as suas servas e, montando os camelos, se-
guiram o homem. O servo de Abraão tomou Rebeca e partiu. Ora, Isaque veio
de Beer-Laai-Roi, porque morava na terra do Neguebe. Ao cair da tarde, Isa-
que saiu para meditar no campo. Erguendo os olhos, viu, e eis que vinham
camelos. Também Rebeca levantou os olhos e, vendo Isaque, desceu do ca-
melo, e perguntou ao servo: — Quem é aquele homem que vem pelo campo ao
nosso encontro? O servo respondeu: — É o meu senhor. Então ela pegou o véu
e se cobriu. O servo contou a Isaque todas as coisas que havia feito. Isaque a
conduziu até a tenda de Sara, mãe dele. Ele tomou Rebeca, e esta se tornou a
mulher dele. Ele a amou; e assim Isaque foi consolado depois da morte de sua
mãe.
Gênesis 24.61-67

Histórias como a de Isaque e Rebeca nos inspiram a confiar em Deus para nossos re-
lacionamentos. É Deus mostrando sua preocupação com todas as áreas de nossa vida.
E se Ele encontrou uma esposa para Adão, também estaria atento aos relacionamentos
daqueles que colocassem Deus em seus projetos de relacionamentos.

8 Experiência de Jacó – o princípio da transformação


Jacó é filho de Isaque. Você sabe por qual motivo ele recebeu esse nome. Sua família
deu esse nome pelo motivo de ele ter “brigado” no ventre para sair primeiro que seu
irmão gêmeo Esaú. Por ele ter nascido segurando o pé de seu irmão mais velho por al-
guns segundos ou minutos, deram a ele um estigma de trapaceiro, que é o significado
de Jacó.

Jacó nasceu com um estigma de trapaceiro. E isso acabou se tornando uma reali-
dade em sua vida. De tudo ele fazia para receber um direito que somente poderia ser
dado ao seu irmão. Ele chegou ao ponto de se disfarçar de seu irmão para receber essa
bênção. Essa história mostra o caráter de Jacó. Sua conspiração com sua mãe para
enganar o pai e o irmão, para que recebesse a recompensa, foi coisa de cinema.

Quando Isaque envelheceu e os seus olhos se enfraqueceram, a ponto de não mais


poder ver, chamou Esaú, seu filho mais velho, e lhe disse: — Meu filho! Esaú respon-
deu: — Aqui estou! O pai lhe disse: — Estou velho e não sei o dia da minha morte.

Anotações

62 Inteligência do século
Pegue agora as suas armas, a sua aljava e o seu arco, vá ao campo e apanhe para
mim alguma caça. Faça uma comida saborosa, como eu aprecio, e traga aqui para
mim, para que eu coma e abençoe você antes que eu morra. Rebeca esteve escutan-
do enquanto Isaque falava com Esaú, seu filho. E Esaú foi ao campo para apanhar a
caça e trazê-la. Então Rebeca disse a Jacó, seu filho: — Ouvi seu pai falar com Esaú,
o seu irmão. Ele disse: “Traga uma caça e faça uma comida saborosa para mim, para
que eu coma e o abençoe na presença do Senhor, antes que eu morra.” Agora, meu
filho, escute as minhas palavras e faça o que lhe ordeno. Vá ao rebanho e traga-me
dois bons cabritos. Deles farei uma saborosa comida para o seu pai, como ele apre-
cia. Você a levará ao seu pai, para que a coma e o abençoe, antes que ele morra. Mas
Jacó disse a Rebeca, sua mãe: — Esaú, meu irmão, é um homem peludo, e eu sou um
homem de pele lisa. Se o meu pai me apalpar, passarei a ser visto por ele como zom-
bador e trarei sobre mim maldição e não bênção. A mãe respondeu: — Caia sobre
mim essa maldição, meu filho. Faça somente o que eu digo: vá e traga os cabritos
para mim. Ele foi, pegou os cabritos e os trouxe a sua mãe, que fez uma saborosa
comida, como o pai dele apreciava. Depois, Rebeca pegou a melhor roupa de Esaú,
seu filho mais velho, roupa que tinha consigo em casa, e vestiu Jacó, seu filho mais
novo. Com a pele dos cabritos cobriu-lhe as mãos e a lisura do pescoço. Então en-
tregou a Jacó, seu filho, a comida saborosa e o pão que havia preparado. Jacó foi
a seu pai e disse: — Meu pai! Ele respondeu: — Fale! Quem é você, meu filho? Jacó
respondeu a seu pai: — Sou Esaú, seu filho primogênito. Fiz o que o senhor ordenou.
Levante-se, por favor; sente-se e coma da minha caça, para que depois o senhor me
abençoe. Isaque perguntou a seu filho: — Como foi que você conseguiu achar a caça
tão depressa, meu filho? Ele respondeu: — Porque o Senhor, seu Deus, a mandou ao
meu encontro. Então Isaque disse a Jacó: — Chegue mais perto, para que eu o apal-
pe, meu filho, e veja se você é meu filho Esaú ou não. Jacó se aproximou de Isaque,
seu pai, que o apalpou e disse: — A voz é de Jacó, mas as mãos são de Esaú. E não o
reconheceu, porque as mãos realmente estavam peludas como as de seu irmão Esaú.
E o abençoou. Então perguntou: — Você é mesmo o meu filho Esaú? Ele respondeu:
— Eu sou. Então disse: — Traga isso para perto de mim, para que eu coma da caça
de meu filho e o abençoe. Jacó a levou até ele e o pai comeu. Trouxe-lhe também
vinho, e ele bebeu. Então Isaque, seu pai, lhe disse: — Venha cá e me dê um beijo,
meu filho. Ele se aproximou e o beijou. Então o pai aspirou o cheiro da roupa dele e
o abençoou. Ele disse: Eis que o cheiro do meu filho é como o cheiro do campo, que
o Senhor abençoou [..]
Gênesis 27.1-27

Anotações

Inteligência do século 63
O início da vida de Jacó foi marcado por muitas circunstâncias de enganação. Ele
enganava e era enganado várias vezes. Nesse momento de enganar para receber a
bênção do pai, ele acabou ganhando uma sentença de morte do seu irmão e precisou
fugir. E, fugindo para outra terra, foi enganado várias vezes. Sua situação foi tão grave
que teve de fugir de lá com sua família e seus bens. Mas qual seria a experiência de
Jacó? A experiência dele foi muito relevante, pois mostrou o poder de Deus para trans-
formar a experiência humana.

Jacó tinha um estigma de enganador repousando sobre sua vida! Ele precisava de
transformação. Ele estava perto de voltar para sua terra, para se encontrar com seu
irmão, que o havia ameaçado de morte. Ele precisava de um mover de Deus em sua
vida! E isso é que distinguiu Jacó! Ele foi até Deus para buscar essa transformação! Ele
lutou com Deus por sua bênção! Ele resolveu testar a veracidade e a existência de Deus
com um clamor intenso!

Naquela mesma noite, Jacó se levantou, tomou suas duas mulheres, suas
duas servas e seus onze filhos e transpôs o vau do Jaboque. Reuniu todos e
fez com que passassem o ribeiro. Também fez passar tudo o que lhe pertencia.
Jacó ficou sozinho, e um homem lutava com ele, até o romper do dia. Vendo
este que não podia com Jacó, tocou-lhe na articulação da coxa, de modo que
a junta da coxa de Jacó se deslocou, na luta com o homem. Então o homem
disse: — Deixe-me ir, pois já rompeu o dia. Jacó respondeu: — Não o deixarei
ir se você não me abençoar. Então o homem perguntou: — Como você se cha-
ma? Ele respondeu: — Jacó. Então disse: — Seu nome não será mais Jacó, e
sim Israel, pois você lutou com Deus e com os homens e prevaleceu. Jacó dis-
se: — Por favor, diga-me como você se chama. Ele respondeu: — Por que você
pergunta pelo meu nome? E o abençoou ali. Jacó deu àquele lugar o nome de
Peniel, pois disse: “Vi Deus face a face, e a minha vida foi salva.” Nasceu-lhe
o sol, quando ele atravessava Peniel. E mancava por causa da coxa. Por isso,
os filhos de Israel não comem, até hoje, o nervo do quadril, na articulação da
coxa, porque o homem tocou a articulação da coxa de Jacó no nervo do qua-
dril.
Gênesis 32.22-32

A experiência de Jacó foi incrível por causa de sua transformação de vida. Ele subiu
ao monte como Jacó e desceu como Israel. Ele teve sua vida transformada! Seu nome
e realidade eram de enganador, mas, depois de batalhar com Deus por sua transforma-

Anotações

64 Inteligência do século
ção, foi chamado de Israel, que significa “Príncipe de Deus”. O fato foi tão impressio-
nante que dele surgiu uma nação, a tão conhecida nação de Israel. Jacó havia ouvido
falar de Deus, como muitos de nós ouvimos, mas, depois de sua insistência com Deus,
teve sua vida marcada por Deus e pôde dizer:

Jacó deu àquele lugar o nome de Peniel, pois disse: “Vi Deus face a face, e
a minha vida foi salva.”
Gênesis 32.30

Na experiência de Jacó, vemos o quanto Deus está disposto a transformar todos


aqueles que desejam passar por uma relevante transformação e também encontramos
o amor de Deus por nós, em nos transformar em pessoas que geram orgulho e honra.

9 Experiência de José – o princípio do governo

José foi filho de Jacó. Ele era o filho mais novo e, por ser sonhador, foi extremamen-
te perseguido por seus irmãos. E nesse movimento de perseguição, José foi vendido
como escravo. Seus irmãos fizeram essa maldade escondido do pai. Eles mataram um
animal, molharam a roupa que José usava e entregaram para o pai, como se José hou-
vesse sido morto por um ataque de animal selvagem.

Após ser vendido para os midianitas, José foi parar na casa de Potifar no Egito. Ele
foi comprado como escravo e fez um excelente trabalho. Seu trabalho foi recompen-
sado a ponto de ele se tornar o gestor de todos os bens de Potifar. Mas, certo dia, a
mulher de Potifar quis convencer José a estar com ela em um romance proibido. José
pulou fora e acabou preso injustamente quando fugiu dos braços da esposa de Potifar.
A experiência de José com Deus é poderosa. José se tornou uma das pessoas mais
eficientes e geniais para o trabalho. Tudo que ele fazia era de extrema excelência.

José foi levado para o Egito, e Potifar, oficial de Faraó, comandante da


guarda, egípcio, comprou-o dos ismaelitas que o tinham levado para lá. O Se-
nhor Deus estava com José, que veio a ser homem próspero e estava na casa
de seu dono egípcio. Potifar viu que o Senhor estava com José e que tudo
o que ele fazia o Senhor prosperava em suas mãos. Assim, José achou favor
diante dos olhos de seu dono e o servia. E ele pôs José por mordomo de sua
casa e lhe passou às mãos tudo o que tinha. E, desde que Potifar o fez mor-

Anotações

Inteligência do século 65
domo de sua casa e encarregado de tudo o que tinha, o Senhor abençoou a
casa do egípcio por causa de José. A bênção do Senhor estava sobre tudo o
que tinha, tanto em casa como no campo. Potifar confiou tudo o que tinha às
mãos de José, de maneira que não se preocupava com nada, a não ser com o
pão que comia. José tinha um belo porte e boa aparência.
Gênesis 39.1-6

Após ser preso injustamente, José teve outra experiência maravilhosa por meio de
suas capacidades de gerenciar. Sua excelência e honestidade foram de nível tão eleva-
do que foi colocado com gestor da cadeia.

E o dono de José o tomou e o lançou na prisão, no lugar onde os presos do


rei estavam encarcerados; ali José ficou na prisão. O Senhor, porém, estava
com José, foi bondoso com ele e fez com que encontrasse favor aos olhos
do carcereiro. Este confiou às mãos de José todos os presos que estavam no
cárcere. E José fazia tudo o que se devia fazer ali. O carcereiro não se preocu-
pava com nada do que tinha sido entregue às mãos de José, porque o Senhor
estava com ele, e tudo o que ele fazia o Senhor prosperava.
Gênesis 39.20-23

Mas a jornada de José com Deus estava apenas começando. Deus havia de realizar
seus sonhos, estabelecendo-o como um governador, como alguém de muita autorida-
de. O projeto de reino e governo para o homem ainda estava no coração de Deus. E
José foi um dos que aceitaram o projeto de governo de Deus em sua vida. Ele acabou
na corte de Faraó e foi usado por Deus para salvar o mundo da fome.

Depois, Faraó disse a José: — Visto que Deus revelou tudo isto a você, não há nin-
guém tão ajuizado e sábio como você. Você será o administrador da minha casa, e
todo o meu povo obedecerá à sua palavra. Somente no trono eu serei maior do que
você. E Faraó disse mais a José: — Eis que eu o constituo autoridade sobre toda a
terra do Egito. Então Faraó tirou o seu anel-sinete da mão e o pôs no dedo de José.
Mandou que o vestissem com roupas de linho fino e lhe pôs no pescoço um colar de
ouro. E o fez subir na sua segunda carruagem, e clamavam diante dele: “Inclinem-se
todos!” Desse modo, deu-lhe autoridade sobre toda a terra do Egito. Disse ainda
Faraó a José: — Eu sou Faraó, mas sem a sua ordem ninguém poderá fazer nada em
toda a terra do Egito.
Gênesis 41.39-44

Anotações

66 Inteligência do século
José chegou ao Egito como escravo. Porém, se tornou um governador. Ele foi usado
para salvar o mundo antigo, inclusive sua própria família, a qual perdoou por terem-no
vendido.

Passados os sete anos de abundância que houve na terra do Egito,


começaram os sete anos de fome, como José havia predito. E havia fome
em todas as terras, mas em toda a terra do Egito havia pão. Quando toda a
terra do Egito começou a sentir a fome, o povo clamou a Faraó por pão; e Fa-
raó dizia a todos os egípcios: — Vão falar com José e façam o que ele disser.
Havendo, pois, fome sobre toda a terra, José abriu todos os celeiros e vendia
aos egípcios; porque a fome aumentava na terra do Egito. E todas as terras
vinham ao Egito para comprar de José, porque a fome aumentava em todo o
mundo.
Gênesis 41.53-57

10 Experiência de Moisés – o princípio da libertação e intimidade


com Deus

Depois de um longo tempo, os hebreus, descendentes de Jacó, que estavam no Egi-


to, foram aprisionados. O sofrimento deles era extremo e Deus levantou Moisés para
libertá-los. Que história incrível Moisés construiu com Deus. Ele foi usado por Deus
para libertar o povo, para introduzir a Páscoa e anunciar a salvação de Deus!

As conquistas de Moisés foram notáveis! Valerá a pena você se aprofundar mais,


pois ele foi usado pelo Senhor para mostrar o conselho de Deus. Foi Moisés quem su-
biu ao monte para trazer os mandamentos divinos ao conhecimento de muitos. Porém,
a maior conquista de Moisés foi sua intimidade com Deus.

Ora, Moisés costumava pegar a tenda e armá-la para si, fora, bem longe do
arraial. Ele a chamava de “tenda do encontro”. Todo aquele que buscava o
Senhor saía à tenda do encontro, que estava fora do arraial. Quando Moisés
saía para a tenda, fora, todo o povo se erguia, cada um em pé à porta da sua
tenda, e seguiam-no com os olhos, até ele entrar na tenda. Quando Moisés
entrava na tenda, descia a coluna de nuvem e punha-se à porta da tenda; e o
Senhor falava com Moisés. Todo o povo via a coluna de nuvem que se detinha
à porta da tenda; todo o povo se levantava, e cada um, à porta da sua tenda,

Anotações

Inteligência do século 67
adorava o Senhor. O Senhor falava com Moisés face a face, como quem fala
com o seu amigo. Depois Moisés voltava para o arraial. Porém o moço Josué,
seu auxiliar, filho de Num, não se afastava da tenda.
Êxodo 33.7-11

É tão maravilhoso perceber que Deus, mesmo com a queda do homem, não deixou
de buscar se reconciliar com ele. Ao vermos a história do homem, entendemos o quan-
to Deus está disposto a estar perto dele. Em todos os momentos, Deus está desejando
buscar o homem para um relacionamento.

Há muitos outros homens e mulheres: Josué, Rute, Sansão, Miriã, Ana, Raabe, De-
bora, Davi, Salomão, Daniel, Sadraque, Mesaque, Abednego, Samuel, Elias, Eliseu, Je-
remias, Esdras, Neemias, Ester. Todos esses movimentos de Deus em se aproximar do
homem nos levam a entender que seu amor por nós é real.

Você percebeu o movimento de Deus com o homem e a mulher no Velho Testa-


mento. Esse movimento consolida a vontade de Deus em estabelecer comunhão com
o homem. Quais foram os movimentos de Deus com esses homens e mulheres que
mais impressionou você? Aponte os 3 que você desejaria viver.

Anotações

68 Inteligência do século
Anotações

Inteligência do século 69
Anotações

70 Inteligência do século
SEXTA PALESTRA
A RELIGIÃO COMO FORMA DE BUSCA DA NOSSA
IDENTIDADE
É impossível retirar a ideia de Deus do coração do ser humano. Isso acontece por
causa da existência do ser humano estar vinculada ao Criador. Não há lugar, nação,
tribo, povo que não tenha a centelha da possibilidade da existência de Deus. Todo esse
vínculo trouxe ao homem a possibilidade de buscar a Deus, de clamar por sua ajuda.
Porém, numa intromissão diabólica, houve uma criação humana que toma o lugar de
Deus na vida humana, levando-o a perder-se numa falsidade.

A religião foi criada pelo homem para suprir o relacionamento com Deus, tirando de
muitos a possibilidade de uma verdadeira experiência com Ele. Na religião, as pessoas
falam de Deus, cantam para Deus, fazem boas obras para Deus, mas não possuem um
relacionamento vivo com Deus. Esse é o grande mal da religião. Ela propõe um religar
entre Deus e o homem. Todavia, não consegue fazer essa ponte; pessoas religiosas es-
tão, na verdade, vazias totalmente da presença de Deus.

Neste capítulo, desejamos falar um tanto mais abertamente com você sobre a re-
ligião e o plano de Deus para salvar o homem. Não temos a pretensão de julgar ou
condenar algo, mas trazer uma ideia mais assertiva da vontade de Deus para o homem.
Como temos visto, Deus sempre fez uma proposta de relacionamento com o ser huma-
no, e nunca fez uma proposta religiosa que O colocaria em um pedestal inalcançável.
Pelo contrário, Ele sempre buscou esse relacionamento.

É bem provável que você faça parte de um grupo religioso. A maioria de nós somos
levados a isso por causa de cultura ou família. Até mesmo um senso de moralidade nos
leva ao desejo de fazer parte de uma comunidade religiosa. Entretanto, nada disso se
torna frutífero em nossa vida sem uma experiência real com Deus. Toda questão nossa
com a existência de Deus está em sabermos, por experiência própria, a real condição
da existência de Deus. Ele não pode ser apenas um que alguém disse que existe; Ele
precisa ser um Deus relacional, que está presente com evidências claras para nós.

Quando olhamos para o passado, percebemos um Deus relacional. Qual foi o cha-
mado de Deus para Enoque? Qual foi o chamado de Deus para Noé? Qual foi o cha-

Anotações

Inteligência do século 71
mado de Deus para Abraão? Moisés? Daniel? De uma coisa podemos ter certeza: Ele
não os chamou para serem religiosos ou montarem uma religião. Eles foram chamados
para o relacionamento. Qual foi a religião de Abraão, Moisés, Enoque, Jeremias ou de
Jesus? Eles não tiveram nenhuma religião e foram salvos; eles não foram adeptos de
nenhuma seita e tinham um relacionamento com Deus!

Sei que é difícil conceber a ideia de um Deus sem religião. Isso acontece pelo moti-
vo de a religião ter tomado o nome e a presença de Deus como propriedade. E, para
falarmos a verdade, esse é o lance mais sujo do inferno. É ele que sustenta as religiões;
é ele que tem criatividade infinita para inventar uma nova; é ele que tem espalhado
a existências de muitos “deus” e salvadores. E por que ele faz isso? Ele faz isso para
enganar, pois quando alguém está em uma religião, tal pessoa acredita que será salva.

ALGUMAS PONDERAÇÕES SOBRE A RELIGIÃO


1. A religião é uma estratégia diabólica para a condenação
da alma
Quem não se sente seguro quanto a sua vida eterna se não estiver em uma religião?
Essa é a premissa enganadora de Satanás por meio da religião. Infelizmente, muitas
pessoas, por se considerarem parte de uma religião, acreditam estar salvas. Que erro!
A religião nunca salvou e nunca salvará alguém. Ela não tem esse poder!

A religião é uma das estratégias mais sutis para a condenação eterna. As pessoas
que se apoiam na religião como esperança de salvação estão caindo numa cilada in-
fernal. Hoje, neste momento, há pessoas em tormentos eternos por acreditarem na re-
ligião como projeto salvador da parte de Deus. Algo posso afirmar: Deus não projetou
seu plano de salvação do homem por meio da religião.

2. A religião é fundamentada na inteligência humana

Quando olhamos para os momentos em que Deus chamou homens e mulheres para
uma amizade, Ele fez isso conforme seus próprios conceitos celestiais. Ele não buscou
uma lógica humana para isso, nem permitiu ser o homem o sustentador desse relacio-
namento. Foi Deus quem foi até o homem e estabeleceu um relacionamento com ele.

Anotações

72 Inteligência do século
É nesse sentido que o projeto de Deus se difere muito do plano da religião. Enquanto
Deus quer um relacionamento, a religião funciona com bases de inteligência humana;
sempre há algo totalmente humano.

Você já se imaginou tendo um relacionamento com Deus com intimidade, falando


com Ele face a face? Pois bem. A religião não costuma ensinar sobre essa possibilida-
de; ela quer adeptos que entendam ser a religião uma ponte até Deus. Ela quer o domi-
nar Deus e seus adeptos! Mas isso não tem nada a ver com Ele! A religião é construída
com base em nossa inteligência humana!

3. A religião traz confusão à mente das pessoas

A religião pode até lançar sobre nós a ideia da possibilidade da existência de Deus.
Porém, quando paramos para avaliar a questão da existência de Deus por meio da reli-
gião, ficamos confusos. Nós nos perguntamos: “Qual religião é a certa?”; “Qual Deus é
o certo?”. Uma outra questão que nos faz refletir e considerar tudo uma confusão está
na diferença de posicionamento das religiões.

Sempre nos indagamos: “Se Deus é um, por que existem tantas religiões?” Você
percebe o quanto a religião faz uma grande confusão na mente das pessoas? Ela não
expressa Deus, mas busca tomar o nome de Deus como posse.

4. A religião é exclusivista na salvação

A religião propaga enganos diversos. Além de se colocar como uma proposta sal-
vadora para o homem, ela se prontifica a condenar todos os outros homens. A religião
e as pessoas religiosas vivem no desejo de convencerem os outros de que a salvação
está com elas, e quem não faz parte daquela comunidade está perto da condenação.
Que engano diabólico!

Todos que acompanhamos um tanto do cenário religioso, sabemos a confusão de


brigas e contendas que existem. Eles estão numa batalha para decidir quem é o verda-
deiro povo de Deus, os que herdarão a salvação.

Anotações

Inteligência do século 73
5. A religião não testemunha sobre Deus em suas atitudes
Qual é o testemunho das religiões no mundo? Elas, de modo nenhum, revelam o
amor de Deus pelo homem. Pelo contrário, são instrumentos de injustiças, de mazelas,
de assassinatos e guerras, de dominação, de alienação, dentre tantas outras malignida-
des. E como a religião, representante de Deus, pode ser tão maligna? É maligna assim
por não ter nada a ver com Deus.

Faltariam páginas neste livro para descrever as maldades das religiões ao redor do
mundo. Religiões que pedem sacrifícios de crianças; que estão assaltando seus fiéis;
que são terroristas. Você sabia que existe uma religião cristã com riquezas capazes de
saciar a fome no mundo? Mas por qual motivo não tomam uma atitude? Pelo motivo
de não serem, de fato, algo de Deus!

6. A religião se atenta para a aparência


Ao olhamos para Deus e aqueles que Ele chamou para um relacionamento, encon-
tramos pessoas não religiosas e falhas. Moisés havia sido um assassino! Mas, mesmo
assim, Deus o chamou. Por qual motivo o chamou? Pelo motivo de o perdoar e o cha-
mar. A religião não aceita pecadores, apesar de os religiosos serem os piores de todos.

A religião quer colocar as pessoas com uma aparência de santidade e moralidade.


Trocam as vestes exteriores, mas o coração continua podre. Frequentemente, ouvimos
um “boom” de notícia. São ícones religiosos aprontando toda sorte de imoralidade.
São pessoas que levam o nome de “deus” no nome, mas são malignas, chamadas do
inferno para perverter o coração das pessoas simples.

Os prédios são lindos, as roupas sacerdotais são maravilhosas, mas não passam de
agentes do engano, agentes do pecado e da condenação. Muitos deles estão semean-
do a Palavra de Deus para enriquecer. Fazem boas obras para mostrarem aos outros
enquanto estão desviando o dinheiro para construírem seus próprios reinos.

7. A religião inventa seu próprio deus

A religião é fruto, também, da mentalidade e lógica humana. Por isso, ela está sem-
pre está inventado uma nova moda. Basta olharmos os movimentos religiosos das

Anotações

74 Inteligência do século
religiões que vamos perceber mudanças constantes. Essa moda não está apenas nas
doutrinas, mas também na própria expressão e caráter de Deus. Isso mesmo! Todas as
vezes que algo é mudado, Deus é quem mudou; Deus é quem ordenou. E o mais incrí-
vel é ver o “deus” das religiões entrando em contradições!

Quem acredita conhecer Deus por meio da religião, está bem longe de conhecer o
Deus verdadeiro; está longe de ter uma experiência próxima e real com Ele.

8. A religião gera pessoas com religiosidade

Não há nada tão ruim quanto vermos um religioso! Ele fala certo, ensina certo, mas
pratica errado. Na frente dos outros é uma pessoa linda e maravilhosa, mas em casa,
com sua família, é uma pessoa terrível. Certa vez, um homem religioso morreu. No ve-
lório, seu superior começou a orar e rezar por sua ressurreição. Ele pedia a Deus para
ressuscitar aquele homem tão bom e religioso. Na mesma hora, a mulher do morto
disse: “Se ele ressuscitar, você o levará para sua casa!”.

A história acima seria engraçada se não fosse tão real. As pessoas religiosas, na
frente de outros querem parecer santos, mas, quando estão em sua intimidade, são
terríveis. Estão lindos nos cultos, nas missas, nas reuniões e procissões. Todavia, são
adúlteros, traidores, fraudulentos, mentirosos, gananciosos, avarentos. A religião não
consegue transformar as pessoas em seu íntimo. Só conseguem mudar o exterior!

9. A religião aliena as pessoas

A religião é contra Deus. Ela perverteu os planos de Deus para o homem. Ela é uma
invenção que se posiciona contra a premissa de liberdade de Deus para o homem. En-
quanto Deus fez o homem para ser livre em sua presença, a religião prende, aliena e
escraviza as pessoas.

Se você quer ser livre para Deus, você precisa sair de sua religião. Se você quiser
entender Deus como um ser que está buscando relacionamento pessoal, você não po-
derá ficar mais em sua religião. Ela é pequena e limitante demais para conter o Deus
que fez todo o Universo! Deus não pertence a nenhuma religião. Nenhuma religião é
capaz de aprisionar Deus em seus dogmas e doutrinas. Ele é livre para encontrar o

Anotações

Inteligência do século 75
homem em qualquer lugar. Ele é até capaz de encontrar você lá na religião, por causa
do seu coração. Mas, saiba que não foi a religião que levou Deus a você, foi Ele quem
viu seu coração desejoso!

Se você verdadeiramente encontrar Deus, você entenderá o quanto a religião está


distante dele.

10. As religiões são pontuais em sua salvação

As religiões falham feio. Não precisa ser muito inteligente para avaliar suas fragilida-
des. Porém, as cadeias são grandes e as pessoas têm um medo terrível por acharem
que ao fazerem essas ponderações desrespeitarão a Deus. E, sob essa percepção e o
medo, não avaliam nem pensam claramente sobre elas.

Existem algumas religiões importantes no mundo: espiritismo, judaísmo, sikhismo,


budismo, tradicional chinesa, hinduísmo, islamismo, cristianismo são as maiores. Todas
elas têm um problema! Nenhuma delas promoveu salvação para Abraão ou Enoque. E
o problema é este: “Se Deus quer salvar todos os homens, por qual motivo daria religi-
ões pontuais e limitadas ao tempo e ao povo?

A revelação do espiritismo, por exemplo, aconteceu por volta do ano 1500. Inte-
ressante não é mesmo?! De repente, Deus esqueceu de todo um povo que viveu há
milhares de anos para propor uma religião em seu nome. E como ficaria a salvação de
outros povos se o judaísmo fosse a religião da salvação de Deus? O que farão aqueles
que nasceram antes de Maomé, se o islamismo for a religião designada por Deus para
salvar o homem?

Se Deus escolheu uma religião para salvar o homem, Deus fez acepção de pessoas.
Se Ele escolheu uma religião para propor seu plano salvador, limitou sua salvação em
povos específicos e tempo específico. Acreditar na religião é o mesmo que dizer que
Deus deixou parte da humanidade para escolher uns poucos. Sei que você aprendeu
ser a Bíblia um livro religioso, o que não é verdade, mas, veja o que nela está escrito.

Depois destas coisas, vi, e eis grande multidão que ninguém podia contar,
de todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé diante do trono e diante do
Cordeiro, vestidos de vestes brancas, com ramos de palmeira nas mãos. E cla-

Anotações

76 Inteligência do século
mavam com voz forte, dizendo: “Ao nosso Deus, que está sentado no trono, e
ao Cordeiro, pertence a salvação.” Todos os anjos estavam em pé rodeando o
trono, os anciãos e os quatro seres viventes, e diante do trono se prostraram
sobre o seu rosto, e adoraram a Deus, dizendo: “Amém! O louvor, a glória, a
sabedoria, as ações de graças, a honra, o poder e a força sejam ao nosso Deus,
para todo o sempre. Amém!”
Apocalipse 7.9-12

Esse versículo é extraordinário. Tem “cara” de um Deus de verdade. Um Deus que


abriu as portas de sua salvação para todos os homens. Um Deus que salva pessoas
de toda tribo, nação, língua. Mas, não se engane. Essas pessoas não foram salvas por
causa daquela premissa diabólica da religião: “Não importa, todos caminhos levam
a Deus”. Essa é uma mentira que devemos repudiar; é uma tentativa das religiões de
manterem sua primazia de engano!

NENHUMA RELIGIÃO NOS CONCEDE A SALVAÇÃO


Você pode ser salvo por Deus em qualquer lugar. Você pode ser salvo por Deus en-
quanto trabalha, como foi o caso de Moisés. Você pode ser salvo enquanto está viajan-
do, como foi com Jacó. Não importa o lugar! Ele é onipresente para encontrar você em
qualquer lugar, inclusive dentro de um prédio religioso. Mas, não se engane. Foi Deus
quem encontrou você. A religião não tem nada a ver com a questão!

RENUNCIE A RELIGIÃO!
Estar com Deus é renunciar a religião! Foi a religião quem matou Jesus, por exemplo.
Foi a religião quem matou e perseguiu todos aqueles que diziam ser Deus um Deus de
relacionamento íntimo! Só existe uma religião que você não pode abandonar, pois essa
é agradável ao Senhor.

A religião pura e sem mácula para com o nosso Deus e Pai é esta: visitar os
órfãos e as viúvas nas suas aflições e guardar-se incontaminado do mundo.
Tiago 1.27

Anotações

Inteligência do século 77
Esta é uma atividade de renúncia à religião. Você quebrará o jugo da
religião em sua vida.

Eu,____________________________________________________,
compreendi que a religião não foi a estratégia de Deus para salvar o ho-
mem. Também percebi que a religião é uma artimanha do inimigo para
prender e enganar pessoas, destinando-as para a perdição eterna.

Confesso que fiz parte de religiões e ações religiosas vãs. Fiz isso in-
conscientemente, acreditando ser algo que agradava a Deus. Porém, des-
cobri ser a religião algo completamente contrário ao pensamento de Deus!

Quero renunciar a todo meu envolvimento com a religião e suas ações


religiosas. Anulo os efeitos de prisão que causaram em mim e rejeito toda
influência maligna que veio a mim por causa dela.

Eu quebro, em minha vida, toda idolatria à minha religião. Rejeito todo


medo que sinto dela! Quero confessar a verdade de que Deus não precisa
da religião para salvar o homem!

Escreva abaixo suas ações religiosas, aquelas que foram construídas


pela religião, e não por Deus em sua vida.

78 Inteligência do século
Anotações

Inteligência do século 79
Anotações

80 Inteligência do século
SÉTIMA PALESTRA
A SALVAÇÃO DE DEUS PARA O HOMEM
Em nosso último capítulo, falamos sobre a religião. Mostramos que ela está desquali-
ficada para produzir a salvação do homem. Ela pode até apresentar conteúdo de sabe-
doria celestial, mas, em realidade, está cheia de engano e falácias, pois são o fruto de
uma combinação da mente diabólica com a mente humana. A grande verdade é que
a religião é uma grande barreira entre Deus e o homem. Isso acontece pelo motivo de
ela atrair o olhar das pessoas que desejam seguir Deus, mas não cumprem o papel de
conectá-las num relacionamento com Deus.

As pessoas que estiverem na expectativa de obterem salvação e relacionamento


com Deus por meio da religião ficarão decepcionadas. E, por ficarem decepcionadas,
não entendendo a realidade da falsidade da religião, podem perder a centelha de fé
que havia em seu coração quanto à existência de Deus. A salvação jamais poderá ser
dada para alguém que se aplica em uma religião, pois, como compartilhamos, se é
da vontade de Deus salvar todos os homens, a proposta de sua salvação tem de ser
abrangente a todos os homens, do início ao fim da história humana.

Isto é bom e aceitável diante de Deus, nosso Salvador, que deseja que todos
sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade.
1 Timóteo 2.3,4

Nós já lemos que haverá, diante do Trono de Deus, na eternidade, povos de todas
as línguas e nações. No versículo acima, encontramos o desejo de Deus de salvar todo
homem e levá-lo ao pleno conhecimento da verdade. É por isso que não podemos con-
ceder nenhum crédito de salvação para qualquer religião existente no mundo, pois elas
são sempre pontuais e destinadas, muitas vezes, para um povo específico. Mas, então,
como identificaremos a mensagem de salvação de Deus? Se não é a religião quem sal-
va, como podemos adquirir nossa salvação?

Para compreendermos a verdade sobre a salvação de Deus, precisamos encontrar, em


toda a história humana, indícios do modelo dessa salvação. Será que Deus deixou uma
mensagem no Éden sobre salvação? Será que nas histórias de todos os homens que
tiveram um relacionamento com Deus, encontramos um indício da salvação de Deus?

Anotações

Inteligência do século 81
É nisso que devemos nos focar, pois Deus, no desejo de salvar o mundo, precisou
deixar uma mensagem de salvação ao longo do tempo.

Se a salvação de Deus é para todos os homens, ela precisou ser anunciada para o
primeiro homem e a primeira mulher, ou seja, para Adão e Eva. Por isso, veremos os in-
dícios da mensagem de salvação no Éden para depois vermos sua expressão ao longo
da história humana.

1 A salvação é uma questão de vida de Deus dentro do homem


No Éden, temos evidências claras do modelo de salvação da parte de Deus. A pri-
meira referência que temos é a referência da árvore da vida. Essa referência foi dada
para que Adão e Eva a pudessem escolher e, escolhendo-a, herdariam a vida eterna.
Nesse sentido, percebemos mais uma vez que a salvação de Deus não está atrelada
a uma religião. Deus não deu uma religião para Adão e Eva seguirem. Deus deu uma
escolha de vida e de morte espiritual.

A salvação, então, manifestada no Éden, aponta para uma realidade de vida in-
terior. Se o homem tivesse tomado da árvore da vida, teria, em si, a própria Vida de
Deus. E tendo em si a Vida de Deus, encontraria plena salvação. Essa é uma verdade
tão clara que encontramos Deus, após o pecado do homem, fechando o caminho do
homem para a árvore da vida, para que ele não pudesse viver eternamente sob o jugo
do pecado que acabara de cometer.

E, depois de lançar fora o homem, Deus colocou querubins a leste do jardim


do Éden e uma espada flamejante que se movia em todas as direções, para
guardar o caminho da árvore da vida.
Gênesis 3.24

É preciso impedir que estenda a mão, tome também da árvore da vida, coma
e viva eternamente.
Gênesis 3.22

A árvore da vida daria ao ser humano a oportunidade de viver a plenitude do es-


pírito, a plenitude de sua inteligência espiritual. Porém, o homem escolheu ser inde-
pendente de Deus, desobedecendo-lhe. Portanto, por causa da condição de rebeldia

Anotações

82 Inteligência do século
do homem, Deus precisou guardar a árvore da vida. Nesse sentido, podemos compre-
ender que a salvação de Deus está em recebermos de sua vida espiritual. Aquele que
alcança a salvação não é o que possui uma religião, mas o que possui a própria Vida
de Deus dentro de si.

2 A salvação foi anunciada pelo sacrifício de animais no Éden


Em Gênesis, o ser humano decidiu desobedecer a Deus. O que aconteceu imedia-
tamente quando tomaram essa decisão? A Palavra de Deus nos diz que eles se viram
nus e se envergonharam. Nesse sentido, a primeira manifestação do distanciamento
de Deus, por causa do pecado, foi a vergonha e a culpa de estarem nus um diante do
outro e, também, diante de Deus. Como sabemos, para minimizar essa vergonha, ho-
mem e mulher teceram cintas de folhas de figueira para se cobrirem. Ali, o homem e
a mulher estavam buscando por si mesmos um modo de estar diante de Deus e deles
mesmos o mais agradavelmente possível.

Então os olhos de ambos se abriram; e, percebendo que estavam nus, cos-


turaram folhas de figueira e fizeram cintas para si.
Gênesis 3.7

Ao tecer cintas de folhas de figueira para si, o ser humano estava procurando escon-
der sua própria vergonha, as consequências do seu pecado. Essa é a tentativa humana
de estar perfeito por suas próprias obras diante de Deus. Mas, como vimos no Éden, a
ação do homem em se vestir não deu certo. Por isso, Deus lançou, com sua atitude, um
outro fundamento de sua salvação. Ao vestir o homem, Ele deu os indícios corretos de
seu plano de salvação.

Dois fundamentos são interessantes para nós pensarmos sobre a salvação de


Deus. Quando Deus vestiu o homem, Ele estava dando uma mensagem de que era Ele
quem seria o autor da salvação do homem. Seria Ele mesmo quem atuaria para retirar
do homem a vergonha de seus pecados. Entendemos, então, que a salvação começa
na ação de Deus, e não na ação do homem. O segundo fundamento está no sacrifício.
O homem buscou se vestir de folhas. Mas Deus o vestiu de peles de animais, ou seja, o
que cobriu o homem de sua vergonha veio de um sacrifício.

Anotações

Inteligência do século 83
Ao avaliarmos os movimentos de salvação de Deus no Éden, encontramos estes dois
valores importantes: 1) a iniciativa é de Deus; 2) é Deus quem promove o sacrifício para
cobrir a vergonha do pecado do homem. Nesses termos, mais uma vez eliminamos a
religião do nosso processo de salvação. Primeiramente, a religião está ligada ao que
nós podemos fazer para Deus a fim de sermos salvos. Em segundo lugar, a religião não
foi um sacrifício proposto por Deus para nos salvar.

É muito importante que você compreenda que ação de Adão e Eva ao se vestirem
de folhas foi uma ação humana para remediar o problema. Até o momento, aprende-
mos três importantes valores da salvação de Deus para o ser humano no Éden. O pri-
meiro é a Vida de Deus dentro do homem. O segundo é a iniciativa de Deus em salvar
o homem. O terceiro é a ação de Deus de sacrificar algo para retirar do homem a ver-
gonha. Mas ainda há outros pontos a serem avaliados.

3 A salvação é uma ação de Deus por meio da mulher


Quando Deus estava retirando o homem do Éden, Ele liberou uma sentença profé-
tica sobre a mulher. Ali, Deus estava mostrando um outro processo da manifestação
de seu plano para salvar o homem. Mais uma vez, o projeto de salvação começou no
coração de Deus. Ele estava garantindo um plano para a restauração do homem.

Então o Senhor Deus disse à serpente: — Por causa do que você fez, você
é maldita entre todos os animais domésticos e entre todos os animais selva-
gens. Você rastejará sobre o seu ventre e comerá pó todos os dias da sua vida.
Porei inimizade entre você e a mulher, entre a sua descendência e o descen-
dente dela. Este lhe ferirá a cabeça, e você lhe ferirá o calcanhar.
Gênesis 3.14,15

Deus resolveu estabelecer sua salvação por meio do descendente da mulher. Seria
um nascido de mulher que se manifestaria para destruir as obras do diabo. Em outras
palavras, Deus estava liberando uma palavra profética para todos acreditarem que sua
salvação estaria, mais uma vez, disponível ao homem. E essa salvação viria com uma
ação de confronto claro contra o diabo e suas obras.

Anotações

84 Inteligência do século
4 A salvação viria com um confronto espiritual
Este lhe ferirá a cabeça, e você lhe ferirá o calcanhar.
Gênesis 3.14,15

Quando Deus falou sobre sua salvação ao homem, Ele concedeu-nos a premissa de
um confronto espiritual. Em outras palavras, o Salvador viria para confrontar as trevas
e ter autoridade sobre elas.

A CONCLUSÃO DA SALVAÇÃO NO ÉDEN


Se avaliarmos a salvação de Deus para o homem no Éden, encontraremos algumas
resoluções. Essa salvação precisa ser sacrificial, resolver a questão do pecado, ser ini-
ciada por Deus, nascer da mulher, confrontar as trevas, ser gratuita e prover vida espi-
ritual dentro do homem. Nada diferente disso por ser considerado salvação! Esse é um
“pacote” promovido por Deus para nos salvar.

A salvação precisa prover a Vida de Deus no homem, pois a árvore da vida estava ali
para cumprir essa função. A salvação precisa resolver a questão do pecado do homem,
pois foi justamente a desobediência que afastou o homem de Deus. A salvação precisa
ser gratuita, pois foi Deus quem propôs a salvação para o homem, e não homem que
conseguiu satisfazer a justiça de Deus. A salvação precisa nascer de uma mulher, pois
a promessa de Deus considerou que o descendente da mulher esmagaria a cabeça do
diabo. A salvação precisa ser espiritual, libertando-nos do cativeiro maligno.

Quando o homem saiu do Éden, ele saiu com uma mensagem clara de salvação da
parte de Deus. Essa salvação não seria religiosa, mas providenciaria um retorno do
homem para a experiência de ter Vida espiritual. Era nisso que o homem deveria crer
para ser salvo!

Anotações

Inteligência do século 85
UM SALVADOR
A verdade é que a salvação de Deus, anunciada no Éden, deveria acontecer por um
ser humano enviado por Deus, nascido de mulher, um Salvador. Esse Salvador deveria
ser o próprio Deus, pois precisaria dar ao homem experiência de Vida Eterna, que é
a Vida entregue pela árvore da vida. Também, deveria se sacrificar pelos pecados do
homem, para ser a nova vestimenta do homem. Esse Salvador deveria entregar essa
salvação gratuitamente ao que acreditasse nele, vencendo a autoridade do diabo.

Não é incrível vermos a declaração da salvação de Deus desde o Éden?! Adão e Eva
não saíram dali sem esperança! Depois de receberem essas qualificadas informações
da salvação de Deus para eles, jamais se enquadrariam em submissão a uma religião.
É por isso que todos os homens que andaram com Deus, no Velho Testamento, não
foram homens religiosos. A religião deseja mentir para nós, dizendo que esses homens
eram religiosos, mas isso não é verdade.

E quem se enquadra nesse perfil de salvador? Quem veio ao mundo dizendo ser
Deus? Quem nasceu de mulher para esmagar a cabeça da serpente? Quem disse ser
a própria Vida e que quem comesse dele viveria para sempre? Quem foi que morreu
para perdoar os nossos pecados? Só houve uma pessoa que se prontificou com todas
as características do Salvador proclamado no Éden. Somente Jesus!

EVIDÊNCIAS DE JESUS SER O SALVADOR


Quando avaliamos as características da salvação proposta por Deus no Éden, vemos
indícios bem específicos. Ali está muito clara a mensagem de Deus para a salvação do
homem. E, partindo por essas verdades salvadoras reveladas no Éden, só encontramos
uma pessoa no mundo que se estabeleceu sobre todos esses fundamentos. Isso signifi-
ca que Jesus é o Salvador, ou que não existiu nenhuma outra opção de salvação confir-
mada por Deus ao homem. Nós temos somente duas escolhas em relação à salvação:
ou acreditamos em Jesus como Salvador, ou acreditamos que Deus estava mentindo
para o homem.

Anotações

86 Inteligência do século
A EVIDÊNCIA NO ENTENDIMENTO DE ABEL
No Velho Testamento, encontramos todos os indícios dessa mensagem de salvação
na caminhada do homem. Abel, por exemplo, ao fazer o seu sacrifício para Deus, o fez
usando animais. Caim, por sua vez, fez uma oferta com frutos. A simples referência
dessas ofertas nos mostra Abel atento ao proceder de salvação de Deus enquanto
Caim usava da mesma estratégia que Adão e Eva estabeleceram no jardim, usando de
árvores.

Aconteceu que, ao fim de um certo tempo, Caim trouxe do fruto da terra


uma oferta ao Senhor. Abel, por sua vez, trouxe das primícias do seu rebanho
e da gordura deste. O Senhor se agradou de Abel e de sua oferta, mas de Caim
e de sua oferta não se agradou. Caim ficou muito irritado e fechou a cara.
Gênesis 4.3-5

Abel buscou as referências da ação de Deus em sacrificar animais para proteger o


homem de sua vergonha. Caim, por sua vez, usou a mesma estratégia de Adão e Eva
no início. O resultado de Abel foi aceitação, mas o de Caim foi rejeição. Isso aconteceu
pelo motivo de Abel entender que sua aproximação de Deus viria por meio de uma
salvação sacrificial, por meio da morte para a purificação dos pecados. Por outro lado,
Caim usou a estratégia da sua própria força, da sua própria religiosidade.

Abel usou o princípio de Deus estabelecido no Éden, para fazer sua oferta. Caim
usou o princípio do homem, de seus pais, Adão e Eva, para fazer sua oferta. Caim,
em vez de aceitar o processo de salvação de Deus como seu irmão fez, se inclinou
para assassiná-lo. Ao fazer isso, Caim semeava o processo da religiosidade, que está
em estabelecer comunhão com Deus por sua própria força. Não é sem razão que, no
Novo Testamento, Jesus faz conexão entre a religiosidade e a figueira em uma de suas
parábolas.

Outro fator importante é que Abel buscou das primícias do rebanho, considerando
Deus em extremo valor. Caim, por sua vez, resolveu agradar a Deus com o final de sua
colheita, deixando Deus com os frutos finais.

Anotações

Inteligência do século 87
A EVIDÊNCIA NO ENTENDIMENTO DE ABRAÃO
Abraão foi testado por Deus para sacrificar seu filho. Ao fazer isso, Deus estava, mais
uma vez, consolidando sua mensagem de salvação ao mundo. Uma salvação que viria
por meio de um sacrifício. Abraão sabia sobre o processo de salvação de Deus. Ele
entendia que Deus providenciaria para si mesmo um cordeiro, um sacrifício salvador.

Abraão pegou a lenha do holocausto e a colocou sobre Isaque, seu filho.


Ele, por sua vez, levava nas mãos o fogo e a faca. Assim, os dois caminhavam
juntos. Isaque rompeu o silêncio e disse a Abraão, seu pai: — Meu pai! Abraão
respondeu: — Eis-me aqui, meu filho! Isaque perguntou: — Eis aqui o fogo
e a lenha, mas onde está o cordeiro para o holocausto? Abraão respondeu:
— Deus proverá para si o cordeiro para o holocausto, meu filho. E os dois se-
guiam juntos. Chegaram ao lugar que Deus lhe havia indicado. Ali Abraão edi-
ficou um altar, arrumou a lenha sobre ele, amarrou Isaque, seu filho, e o deitou
no altar, em cima da lenha. E, estendendo a mão, pegou a faca para sacrificar
o seu filho. Mas do céu o Anjo do Senhor o chamou: — Abraão! Abraão! Ele
respondeu: — Eis-me aqui! Então lhe disse: — Não estenda a mão sobre o me-
nino e não faça nada a ele, pois agora sei que você teme a Deus, porque não
me negou o seu filho, o seu único filho. Abraão ergueu os olhos e viu atrás de
si um carneiro preso pelos chifres entre os arbustos. Abraão pegou o carneiro
e o ofereceu em holocausto, em lugar de seu filho. E Abraão deu àquele lugar
o nome de “O Senhor Proverá”. Daí dizer-se até o dia de hoje: “No monte do
Senhor se proverá.”
Gênesis 22.6-14

Uma das falas mais interessantes de Abraão para seu filho foi: “Deus proverá para
si o cordeiro”. Abraão compreendia que o plano de salvação de Deus envolveria sa-
crifício pelos pecados do homem pelo próprio Deus. Uma vez que não havia um justo
sequer entre os homens, Abraão sabia da impossibilidade de o homem salvar-se a si
mesmo. A única coisa que o homem poderia fazer era tecer roupas religiosas de folhas,
que jamais poderiam satisfazer a justiça de Deus, levando o homem à salvação.

Abraão foi o homem que simbolizou Deus em sua ação sacrificial. Ele levou seu filho
para sacrificar a Deus. Mas Deus o paralisou para lhe mostrar que, em breve, Ele en-
viaria seu Filho Unigênito para morrer pela humanidade. Abraão não negou seu único
filho a Deus; então, Ele não poderia negar seu filho para salvação da humanidade.

Anotações

88 Inteligência do século
A EVIDÊNCIA NO ENTENDIMENTO DE MOISÉS
Durante todo o movimento do mundo, Deus anunciou sua mensagem de salvação.
Alguns povos aceitaram essa mensagem e outros não. Alguns homens resolveram se-
guir essa fé e outros não. No livro de Êxodo, temos a manifestação dessa salvação
mais uma vez. Ela aconteceu quando Deus desejou retirar a descendência de Abraão
da escravidão do Egito. Para isso, Ele usou Moisés como mensageiro dessa libertação.

Ali, no Egito, Deus manifestou seu poder para libertar os descendentes daqueles
que acreditavam em sua salvação. O povo que estava preso no Egito era um povo da
descendência de Abraão, Isaque, Jacó e José; eram todos de uma linhagem de pessoas
que criam na salvação de Deus.

Ao chegar ao Egito, com o propósito de levar a mensagem de salvação de Deus


para o povo, Moisés realizou muitos sinais e prodígios. Porém, Faraó não retrocedia em
sua vontade de escravizar o povo. Mas, em um dos momentos mais importantes para
o entendimento da salvação de Deus para o homem, o próprio Deus pede para Moisés
fazer um ato simbólico chamado Páscoa. O que foi a Páscoa? A Páscoa foi o ato de
sacrifício de um cordeiro.

Falem a toda a congregação de Israel, dizendo: No dia dez deste mês, cada
um tomará para si um cordeiro, segundo a casa dos pais, um cordeiro para
cada família. Mas, se a família for pequena para um cordeiro, então o chefe da
família convidará o seu vizinho mais próximo, conforme o número de pessoas.
Conforme o que cada um puder comer, por aí vocês calcularão quantos são
necessários para o cordeiro. O cordeiro será sem defeito, macho de um ano,
podendo também ser um cabrito. Vocês guardarão o cordeiro até o décimo
quarto dia deste mês, e todo o ajuntamento da congregação de Israel o mata-
rá no crepúsculo da tarde. Pegarão um pouco do sangue e o passarão nas duas
ombreiras e na viga superior da porta, nas casas em que o comerem. — Na-
quela noite, comerão a carne assada no fogo, com pães sem fermento e ervas
amargas. Não comam do animal nada cru, nem cozido em água, porém assado
ao fogo: a cabeça, as pernas e as vísceras. Não deixem nada do cordeiro até
pela manhã; o que, porém, ficar até pela manhã, queimem. É assim que vocês
devem comê-lo: já prontos para viajar, com as sandálias nos pés e o cajado na
mão. Comam depressa. É a Páscoa do Senhor. Porque, naquela noite, passarei
pela terra do Egito e matarei na terra do Egito todos os primogênitos, tanto

Anotações

Inteligência do século 89
das pessoas como dos animais, e executarei juízo sobre todos os deuses do
Egito. Eu sou o Senhor. — O sangue será um sinal para indicar as casas em que
vocês se encontram. Quando eu vir o sangue, passarei por vocês, e não haverá
entre vocês praga destruidora, quando eu ferir a terra do Egito. Este dia lhes
será por memorial, e vocês o celebrarão como festa ao Senhor; de geração em
geração vocês celebrarão este dia por estatuto perpétuo.
Êxodo 12.3-14

Como é interessante vermos a mensagem da salvação de Deus espalhada por todo


o mundo. Ali, no Egito, ela foi anunciada por Moisés. Esse anúncio estava vinculado à
morte e ao sacrifício de um cordeiro. Todos aqueles que estivessem dentro de suas
casas com o sangue de um cordeiro nos umbrais de suas portas, teriam livramento e
salvação. Essa história contém muitos detalhes impressionantes, detalhes que seriam
difíceis de serem colocados todos somente neste livro. Porém, um dos fatos extraordi-
nários foi que Faraó, depois desse momento de sacrifício, libertou o povo.

O plano da salvação de Deus está claramente expresso na saída dos hebreus do


Egito. O Senhor deixou essa mensagem clara para o Egito e para os hebreus. Por meio
do sacrifício, Deus estava anunciando que seu plano salvador era real. O que sabemos
dessa história é que muitos hebreus creram e egípcios creram; ambos foram livres das
mãos da escravidão de Faraó e seguiram sua vida debaixo da orientação de Deus, para
encontrarem um lugar com liberdade para adorarem ao Senhor.

A EVIDÊNCIA NA EXPERIÊNCIA DE ISAÍAS


O profeta Isaías foi um homem que buscou intensamente a compreensão da salva-
ção de Deus para o homem. Ele foi tão extraordinariamente capacitado com clareza
e inteligência que escreveu profeticamente sobre o alinhamento da salvação de Deus
para o homem. Isaías pensou o impensável quando confirmou as ações de Deus em en-
viar um Salvador ao mundo. Você sabe que Jesus nasceu de uma mulher virgem! Mas
essa declaração de nascimento virginal foi compreendida espiritualmente por Isaías
700 anos antes do nascimento de Jesus.

Portanto, o Senhor mesmo lhes dará um sinal: eis que a virgem conceberá e
dará à luz um filho e lhe chamará Emanuel.
Isaías 7.14

Anotações

90 Inteligência do século
Imagine Isaías dizendo que uma virgem conceberia um filho! Ele jamais poderia ter
imaginado essa história, pois a mente humana só consegue pensar no limite do que
é natural para nós. Isaías somente tinha contato com nascimento de pessoas geradas
por meio da relação sexual entre homem e mulher; ele jamais teria capacidade de in-
serir essa compreensão em sua história se não fosse uma declaração que aprendera
de Deus.

“Emanuel” significa Deus conosco. Isaías havia percebido claramente que a salvação
de Deus viria por meio do próprio Deus se manifestando em carne e habitando entre
nós. Veja outra declaração desse profeta.

Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu. O governo está sobre
os seus ombros, e o seu nome será: “Maravilhoso Conselheiro”, “Deus Forte”,
“Pai da Eternidade”, “Príncipe da Paz”. Ele estenderá o seu governo, e haverá
paz sem fim sobre o trono de Davi e sobre o seu reino, para o estabelecer e
para o firmar com juízo e com justiça, desde agora e para sempre. O zelo do
Senhor dos Exércitos fará isto.
Isaías 9.6,7

Nessa profecia liberada por Isaías, ele diz que um menino nasceria, e sobre os seus
ombros estaria o governo. Seu nome seria Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da
Eternidade, Príncipe da Paz. Isso mostra que o projeto de salvação de Deus envolvia
sua vinda à terra como homem. Esse Salvador deveria ser 100% homem e 100% Deus.
Ao contemplarmos a fala de Isaías, percebemos o quão real foi a promessa de salvação
dada por Deus ao homem no Éden. E você sabe quem é o Príncipe da Paz?

OUTRAS EVIDÊNCIAS ANUNCIADAS SOBRE O


MESSIAS, O SALVADOR
Ao longo da história humana, muitas pessoas tiveram contato com Deus e com o
conhecimento de sua salvação. Ao terem esse contato, proclamaram a realidade de tal
salvação. Essas pessoas buscaram Deus pela salvação, e a encontraram por meio da fé.

Como sabemos, a manifestação da salvação de Deus aconteceu por meio da fé.


Aqueles que acreditaram na manifestação, como Abraão, por exemplo, receberam a

Anotações

Inteligência do século 91
salvação de Deus. Aqueles que hoje acreditam no que Deus fez, por meio de Jesus,
recebem a salvação. Toda a salvação de Deus será manifestada por meio da fé: fé da-
queles que acreditaram no que Deus faria num futuro; fé daqueles que acreditam no
que Deus fez no passado para nos salvar.

Ao longo da experiência humana com a salvação de Deus, muitas pessoas anuncia-


ram especificamente a vinda de Deus à Terra. Vimos isso claramente nas palavras de
Isaías; vimos isso totalmente conectado à árvore da vida, que deveria se manifestar
mais uma vez ao mundo, para ser uma possibilidade de o homem herdar a vida espi-
ritual. Ao anunciarem a vinda do Salvador, muitos fizeram declarações pontuais sobre
seu nascimento, sobre seu modo de vida, sobre sua linhagem, sobre seu ministério,
sobre sua vida e sobre sua morte. Você conhece algumas delas? São mensagens an-
teriores à vinda de Jesus.

O interessante é que as dezenas de profecias feitas no Velho Testamento se cumpri-


ram na vinda de Jesus; todas essas profecias estão alinhadas perfeitamente à manifes-
tação de Jesus. Abaixo, faremos citação de muitas dessas proclamações que aconte-
ceram anteriormente à vinda de Jesus.

1. Que nasceria de uma mulher


Porei inimizade entre você e a mulher, entre a sua descendência e o descen-
dente dela. Este lhe ferirá a cabeça, e você lhe ferirá o calcanhar.
Gênesis 3.15

2. Que viria da linhagem de Abraão


Na sua descendência serão benditas todas as nações da terra, porque você
obedeceu à minha voz.
Gênesis 22.18

3. Que viria da descendência do rei de Israel chamado Davi e da


tribo de Judá
O cetro não se afastará de Judá, nem o bastão sairá de entre os seus pés, até
que venha Siló; e a ele obedecerão os povos.
Gênesis 49.10

Anotações

92 Inteligência do século
4. Seu nascimento na cidade de Belém
E você, Belém-Efrata, que é pequena demais para figurar como grupo de
milhares de Judá, de você me sairá aquele que há de reinar em Israel, e cujas
origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade.
Miqueias 5.2

5. Seu retorno do Egito


[...] e do Egito chamei o meu filho.
Oseias 11.1

6. A pregação de Jesus por parábolas


Abrirei os meus lábios para proferir parábolas e publicarei enigmas dos tem-
pos antigos.
Salmos 78.2

7. Entrada triunfal
Alegre-se muito, ó filha de Sião! Exulte, ó filha de Jerusalém! Eis que o seu
rei vem até você, justo e salvador, humilde, montado em jumento, num jumen-
tinho, cria de jumenta.
Zacarias 9.9

8. Silêncio perante seus agressores


Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a boca. Como cordeiro foi leva-
do ao matadouro e, como ovelha muda diante dos seus tosquiadores, ele não
abriu a boca.
Isaías 53.7

9. Mãos e pés perfurados


Cães me cercam; um bando de malfeitores me rodeia; traspassaram-me as
mãos e os pés.
Salmos 22.16

10. Sorte lançada por suas roupas


Repartem entre si as minhas roupas e sobre a minha túnica lançam sortes.
Salmos 22.18

Anotações

Inteligência do século 93
11. Vinagre com fel para beber
Por alimento me deram fel e na minha sede me deram a beber vinagre.
Salmos 69.21

12. Zombaria na cruz


Todos os que me veem zombam de mim; fazem caretas e balançam a cabe-
ça, dizendo:
“Confiou no Senhor! Ele que o livre! Salve-o, pois nele tem prazer.”
Salmos 22.7,8

13. A ressurreição
Pois não deixarás a minha alma na morte, nem permitirás que o teu Santo
veja corrupção.
Salmos 16.10

14. A traição de Judas


Até o meu amigo íntimo, em quem eu confiava, que comia do meu pão, le-
vantou contra mim o seu calcanhar.
Salmos 41.9

Porque não é um inimigo que me afronta; se o fosse, eu o suportaria; nem é


o que me odeia quem se exalta contra mim, pois dele eu me esconderia; mas
é você, homem meu igual, meu companheiro e meu íntimo amigo. Juntos nos
entretínhamos e íamos com a multidão à Casa de Deus.
Salmos 55.12-14

15. O preço de Jesus por 30 moedas


Eu lhes disse: — Se estiverem de acordo, paguem o meu salário; se não, dei-
xem por isso mesmo. Então pesaram o meu salário: trinta moedas de prata.
Então o Senhor me disse: — Pegue esse dinheiro, esse magnífico preço em que
fui avaliado por eles, e jogue para o oleiro. Peguei as trinta moedas de prata
e as joguei para o oleiro, na Casa do Senhor.
Zacarias 11.12,13

16. Abandono dos discípulos


Se alguém lhe perguntar: “Que feridas são essas nas suas mãos?”, ele res-
ponderá: “São as feridas com que fui ferido na casa dos meus amigos.”

Anotações

94 Inteligência do século
“Levante-se, ó espada, e ataque o meu pastor e aquele que é o meu com-
panheiro”, diz o Senhor dos Exércitos. “Fira o pastor, e as ovelhas ficarão dis-
persas. E voltarei a minha mão para os pequeninos.
Zacarias 13.6,7

17. Seus açoites


Mas ele foi traspassado por causa das nossas transgressões e esmagado por
causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e
pelas suas feridas fomos sarados.
Isaías 53.5

18. Esbofeteado e cuspido


Ofereci as costas aos que me batiam e o rosto aos que me arrancavam a bar-
ba; não escondi o rosto dos que me afrontavam e cuspiam em mim.
Isaías 50.6

19. Sua crucificação entre malfeitores


Por isso, eu lhe darei a sua parte com os grandes, e com os poderosos ele
repartirá o despojo, pois derramou a sua alma na morte e foi contado com os
transgressores. Contudo, levou sobre si o pecado de muitos e pelos transgres-
sores intercedeu.
Isaías 53.12

20. A separação de Deus e o sentimento de abandono


Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? Por que se acham longe
de minha salvação as palavras de meu gemido?
Salmos 22.1

21. A declaração de entrega de seu Espírito a Deus


Nas tuas mãos entrego o meu espírito; tu me remiste, Senhor, Deus da ver-
dade.
Salmos 31.5

22. Que seus ossos não seriam quebrados


Preserva-lhe todos os ossos, nem um deles sequer será quebrado.
Salmos 34.20

Anotações

Inteligência do século 95
23. Que as trevas viriam sobre a Terra no momento da crucifica-
ção
“Naquele dia”, diz o Senhor Deus, “farei com que o sol se ponha ao meio-
-dia e com que a terra se cubra de trevas em pleno dia.
Amós 8.9

24. Que sua sepultura seria a de um homem rico


Designaram-lhe a sepultura com os ímpios, mas com o rico esteve na sua
morte, embora não tivesse feito injustiça, e nenhum engano fosse encontrado
em sua boca.
Isaías 53.9

25. Seu sofrimento seria por causa do pecado de outros


Todavia, ao Senhor agradou esmagá-lo, fazendo-o sofrer. Quando ele der
a sua alma como oferta pelo pecado, verá a sua posteridade e prolongará os
seus dias; e a vontade do Senhor prosperará nas suas mãos.
Isaías 53.10

JESUS CONTRAPÕE A RELIGIÃO!


• Enquanto a religião quer levar o homem para Deus por suas forças; o Deus verda-
deiro vem até nós!

• Enquanto as religiões cobram pela salvação; a salvação por Deus, em Jesus, é gra-
tuita.

• Enquanto a religião quer você melhorando para ser aceito por “deus”; Jesus recebe
os pecadores do jeito que estão para transformá-los.

• Enquanto as religiões estabelecem pessoas numa liderança intocável; Jesus esta-


belece todos em uma dimensão igual.

Em verdade, em verdade lhes digo que aquele que crê em mim fará também
as obras que eu faço e outras maiores fará, porque eu vou para junto do Pai.
João 14.12

Anotações

96 Inteligência do século
• Enquanto as religiões consideram lugares, templos, como sagrados; Jesus faz o
homem se tornar o sagrado; não há templo físico no ministério de Jesus.

• Enquanto as religiões trazem as regras humanas; Deus estabelece seus manda-


mentos no coração do homem.

• Enquanto a religião é para a salvação de um tempo ou de pessoas específicas,


Deus providenciou salvação e comunhão com Ele desde o início até o fim.

HOJE É DIA DE ABRIRMOS NOSSO CORAÇÃO PARA


A SALVAÇÃO DE DEUS!

Anotações

Inteligência do século 97
Anotações

98 Inteligência do século
OITAVA PALESTRA
JESUS É O RESGATE DE NOSSA INTELIGÊNCIA
ESPIRITUAL
Jesus é o único candidato no mundo para a vaga de Messias. Não há mais ninguém
que se prontificou a disputar essa vaga com Ele. Existem outros ícones da religião,
porém nenhum deles cumpriu todos os requisitos para acessar a possibilidade de dis-
putar essa vaga com Jesus. Esses ícones religiosos nem mesmo tiveram a coragem de
se posicionar como Messias.

Todavia, como a religiosidade no mundo é grande, tais pessoas se tornaram alvo da


religiosidade humana, trazendo então, por meio deles, suas pretensões religiosas. Mas,
para tirarmos as dúvidas de tudo aquilo que o Messias precisa ser e ter, vejamos, mais
uma vez, quem poderia se tornar o Salvador do mundo.

O que o Messias precisa ser?


• A Vida de Deus para liberar aos homens.
• Ser Deus e homem ao mesmo tempo.
• Perdoador dos pecadores.
• Contra a religiosidade.

O que o Messias precisa ter?


• Uma mensagem de relacionamento com Deus.
• Uma mensagem de arrependimento.
• Uma mensagem de salvação gratuita pela fé.
• Uma disposição para ser sacrifício pelos pecados do homem.

É bem provável que você já tenha se decidido por Jesus. É bem provável que você já
esteja convencido de que Jesus é a única possibilidade de salvação existente. Todavia, ain-
da queremos mostrar Jesus como candidato perfeito à salvação de Deus. Desejamos fazer
isso para que a sua fé esteja ainda mais firme em direção a Jesus. Queremos mostrar a você
por qual motivo Jesus fez declarações tão contundentes sobre si mesmo como Salvador.
Jesus é tão radical que afirma claramente não existir outro caminho para Deus senão Ele.

Anotações

Inteligência do século 99
Jesus respondeu: — Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai
senão por mim.
João 14.6

Jesus é totalmente contrário àquela premissa religiosa que diz: “Não importa por qual
caminho você vai em direção à Deus, pois todos os caminhos levam a Deus”. Jesus foi ra-
dical. Ele afirmou ser ele próprio o caminho; ele não disse: “Sou um dos caminhos”. Jesus
se prontificou como o único e verdadeiro caminho. E esta é a verdade que encontramos
do início da criação do homem ao fim: que a salvação de Deus acontece por meio dele
mesmo.

Jesus, também, se posiciona como a verdade e a vida. Ele afirma claramente que todas
as pessoas que desejam ir ao Pai precisam, necessariamente, passar por Ele. Essa é a ver-
dadeira fala de um Messias, de alguém que se percebe como o único mediador entre Deus
e os homens.

Porque há um só Deus e um só Mediador entre Deus e a humanidade, Cristo


Jesus, homem [...]
1 Timóteo 2.5

Não há outro mediador entre Deus e os homens. Somente Jesus é quem pode nos per-
doar e nos livrar da condenação eterna. Por mais que haja grande amor de Deus por nós,
o homem é julgado por sua própria decisão. Mas, quem tem Jesus, tem a vida eterna.

JESUS É A VIDA DE DEUS PARA LIBERAR AOS HOMENS


No Éden, Adão e Eva tinham a árvore da vida como referência da Vida de Deus. Essa
seria parte do movimento da salvação de Deus para o homem. Portanto, o Messias precisa
declarar em si a própria Vida de Deus. Ele precisa ser a árvore da vida diante dos homens.
Jesus é essa vida. Em vários momentos da Palavra de Deus, encontramos Jesus mostran-
do-se a si mesmo como a vida.

Jesus respondeu: — Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim jamais terá fome,
e quem crê em mim jamais terá sede.
João 6.35

Anotações

100 Inteligência do século


Porque o pão de Deus é o que desce do céu e dá vida ao mundo.
João 6.33

Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer deste pão, viverá eter-
namente. E o pão que eu darei pela vida do mundo é a minha carne.
João 6.51

Então Jesus declarou: — Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ain-
da que morra, viverá.
João 11.25

SER DEUS E HOMEM AO MESMO TEMPO


Quando o homem pecou no Éden, abriu-se um abismo entre ele e Deus. Porém, saben-
do desse distanciamento, de que o homem não poderia acessar a sua presença por causa
do pecado, Deus estabeleceu o único plano plausível para a salvação do homem. Esse
plano consistia em fazer uma ponte entre Deus e o homem. o interessante é saber que,
para essa ponte se consumar, o Salvador deveria ser Deus e homem ao mesmo tempo.
Como Deus, o Salvador pode dar as mãos para Deus. Como homem, o Salvador pode dar
as mãos para o homem, fazendo a conversão entre eles.

Não importa o quão bom alguém pode ser na Terra. Para que tal pessoa pudesse fazer
a conversão entre Deus e o homem, precisaria, ao mesmo tempo, dar a mão para o ho-
mem e para Deus. Todos os ícones religiosos, poderíamos dizer que, em algum momento,
podem estender suas mãos para o homem, ajudando-o em suas mazelas emocionais e
físicas. Porém, tal pessoa jamais conseguiria vincular o homem a Deus, pois somente Deus
poderia dar as mãos para Deus; somente quem é espírito poderia estender as mãos para
o Espírito de Deus.

O evangelho de Deus é loucura para muitas pessoas. Mas, se você reparar bem, ele é
sabedoria para aqueles que são salvos. Jesus é Deus, por isso pode dar as mãos para Deus
e ter comunhão com Ele. Por outro lado, Jesus é plenamente homem e, portanto, pode
consolar a humanidade e fazer a ponte entre ela e Deus. Isso não é incrível? Jesus é plena-
mente Deus e plenamente homem. Está escrito:

Anotações

Inteligência do século 101


No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.
Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e, sem
ele, nada do que foi feito se fez. A vida estava nele e a vida era a luz dos homens.
A luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram contra ela. Houve um
homem enviado por Deus, e o nome dele era João. Este veio como testemunha
para testificar a respeito da luz, para que todos viessem a crer por meio dele. Ele
não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz, a verdadeira luz, que, vinda
ao mundo, ilumina toda a humanidade. O Verbo estava no mundo, o mundo foi
feito por meio dele, mas o mundo não o conheceu. Veio para o que era seu, e os
seus não o receberam. Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de
serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome, os quais não
nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas
de Deus. E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade,
e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai.
João 1.1-14

Filipe disse a Jesus: — Senhor, mostre-nos o Pai, e isso nos basta.


Jesus respondeu: — Há tanto tempo estou com vocês, Filipe, e você ainda não
me conhece? Quem vê a mim vê o Pai. Como é que você diz: “Mostre-nos o Pai”?
João 14.8,9

Jesus foi o único candidato que se manifestou para ser a ponte entre Deus e os homens.
Além dele não há ninguém!

JESUS PERDOA PECADORES


A salvação do homem deveria começar em Deus, em um Deus perdoador. Jesus, por
causa de sua missão de reconciliar Deus e o homem, perdoou os nossos pecados. Ele
fez isso por meio de sua autoridade e sacrifício.

Então Jesus disse à mulher: — Os seus pecados estão perdoados.


Lucas 7.48

Vendo-lhes a fé, Jesus disse ao paralítico: — Filho, os seus pecados estão


perdoados.
Marcos 2.5

Anotações

102 Inteligência do século


Vendo-lhes a fé, Jesus disse ao paralítico: — Homem, os seus pecados estão
perdoados.
Lucas 5.20

O Ministério de Jesus foi o Ministério de perdoar os pecados. Tal atitude de Jesus


era tão abundante que os religiosos se indignavam, pois sabiam que somente Deus
poderia perdoar os pecados.

E os escribas e fariseus começaram a pensar: — Quem é este que diz blasfê-


mias? Quem pode perdoar pecados, a não ser um, que é Deus?
Lucas 5.21

Os fariseus sabiam que somente Deus era capaz de perdoar os pecados. E se Jesus
estava perdoando os pecados das pessoas, só temos duas opções para defini-lo: ou
Jesus era Deus de verdade, ou era louco. O que você acha?

JESUS ERA CONTRA A RELIGIOSIDADE


Ao longo deste livro, entendemos que a religião não tem nada a ver com o projeto
de salvação de Deus. Quem está depositando sua esperança na religião, pode esperar
tudo, menos a salvação. E foi assim que Jesus andou em seu Ministério. Ele não foi um
homem cheio de religiosidade, pelo contrário, era extremamente crítico dos religiosos
de sua época. Ele criticava porque sabia que a religião era uma farsa que impossibilita-
va o homem de ter comunhão genuína com Deus!

Na Bíblia, não encontramos Jesus enérgico contra os pecadores necessitados. Mas,


quando Jesus fala aos religiosos, Ele claramente os chama de filhos do diabo. Ao ela-
borarmos este livro, pensamos de toda forma como trazer a verdade, mas sem sermos
ríspidos contra as pessoas religiosas. Todavia, Jesus não fez o mesmo que nós. Ele
condenou a religião abertamente.

Vocês são do diabo, que é o pai de vocês, e querem satisfazer os desejos


dele. Ele foi assassino desde o princípio e jamais se firmou na verdade, porque
nele não há verdade. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio,
porque é mentiroso e pai da mentira.
João 8.44

Anotações

Inteligência do século 103


Quando Jesus faz essa grave acusação contra os religiosos, Ele expõe a realidade
demoníaca que está por de trás da religião. Por isso, ao avaliar o Ministério de Jesus,
nós o encontramos fora dos limites da religiosidade. É verdade que Ele esteve várias
vezes em meio aos religiosos, mas estava ali para salvar os que de coração puro de-
sejavam ter comunhão com Deus. Jesus sempre foi contra a religiosidade assim como
a religião foi severa contra Ele. E não foi surpresa para todos que a própria religião foi
quem entregou Jesus para ser crucificado. Foram os religiosos que armaram cilada
contra Jesus, que pagaram falsas testemunhas para mentir encontra Ele, que o entre-
garam a Pilatos para ser crucificado. Se há algo que Deus tem ódio é religião, pois ela
busca substituir o amoroso plano dele para salvar o homem.

Jesus destruiu todos os pilares religiosos. Ele destruiu o templo religioso e físico;
você nunca encontrará Jesus construindo um templo religioso para os seus seguido-
res. Ele quebrou a hierarquia do sacerdócio; colocou todos aqueles que creem nele no
mesmo patamar, no patamar de fazerem as obras que Ele fez e obras maiores. Jesus
quebrou o domínio dos líderes religiosos; Ele estabeleceu comunhão dos homens com
Deus sem nenhum outro intermediário além dele.

Enfim, de um lado temos Jesus anunciando a salvação de Deus. Do outro lado temos
as religiões anunciando uma suposta salvação de Deus. Por mais que tenham tenta-
do, Jesus não cabe dentro de uma religião. Ele não veio fundar uma religião chamada
cristianismo. Ele não é evangélico, católico, espírita, macumbeiro, islamita, judaizante,
budista. Pelo contrário, Jesus veio para abolir a religiosidade da humanidade, estabe-
lecendo o Reino de Deus.

JESUS CARREGA UMA MENSAGEM DE


RELACIONAMENTO COM DEUS
No Éden, vemos a intenção de Deus de ter relacionamento com o homem. Essa
foi a mensagem de Deus desde os tempos antigos. Ele nunca trouxe a mensagem
da religião, mas do relacionamento. Desde Adão, passando por Abraão, Moisés e os
apóstolos, a mensagem de Deus era de relacionamento. Portanto, ser assertivo nessa
mensagem era um dos pontos mais essenciais de Jesus.

Anotações

104 Inteligência do século


A mensagem de Jesus sempre foi voltada para o relacionamento entre Deus e o
homem. Foi Ele quem ensinou as pessoas a orar: “Pai nosso”. Foi Ele quem posicionou
aquele que crê como filho de Deus. Foi Ele quem nos mostrou que o caminho do rela-
cionamento com Deus é íntimo e profundo.

Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos


de Deus, a saber, aos que creem no seu nome, os quais não nasceram do san-
gue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.
João 1.12,13

A mensagem de Jesus nos abriu as portas para nos tornarmos filhos de Deus, sa-
ímos da realidade de criaturas distantes de Deus para herdeiros de sua própria Vida
dentro de nós!

Mas aquele que se une ao Senhor é um só espírito com ele.


1 Coríntios 6.17

Que mensagem radical! Que quebra de padrão da religiosidade! A religião tem feito
de tudo para fechar Jesus dentro de suas paredes. Ela tem construído religião atrás
de religião no próprio nome de Jesus. Todavia, Jesus não está por detrás de nenhuma
delas; ninguém domina o Espírito de Jesus! Ninguém pode corromper sua mensagem
de relacionamento.

Sei que tudo isso que você tem ouvido é uma quebra de padrão enorme, pois as re-
ligiões, especialmente as cristãs, têm dominado sobre as pessoas com seu jugo de re-
ligiosidade e medo. Mas Jesus não está convidando você para ser religioso, e sim para
ser seu amigo íntimo. A intenção de Jesus é se relacionar com você, estar com você.

Então designou doze, aos quais chamou de apóstolos, para estarem com ele
e para os enviar a pregar.
Marcos 3.14

Jesus chamou os apóstolos para estarem com Ele, e não para serem parte de uma
religião. Esse é o padrão de Deus; o padrão de Jesus. Você e eu não precisamos da re-
ligião para termos comunhão com Deus, precisamos apenas ir até Ele com esse desejo;
o resto é com Ele. Seja livre para ter um relacionamento com Jesus.

Anotações

Inteligência do século 105


JESUS TEM UMA MENSAGEM DE ARREPENDIMENTO
O pecado foi o motivo da separação entre Deus e o homem. Quando desobedece-
ram no Éden, perderam a comunhão com Deus. Por isso, a mensagem de salvação está
em uma mensagem de arrependimento, em uma mensagem de mudança da mente. É
bem verdade que Jesus ama a humanidade, mas Ele odeia o pecado, pois este afasta
o homem da presença de Deus. Portanto, Jesus é um mensageiro de arrependimento.

Depois de João ter sido preso, Jesus foi para a Galileia, pregando o evan-
gelho de Deus.
Ele dizia: — O tempo está cumprido, e o Reino de Deus está próximo; arre-
pendam-se e creiam no evangelho.
Marcos 1.14,15

Arrepender-se é mudar de mente quanto ao pecado que praticamos. É entender tal


ação sob a ótica de Deus, é abandonar todo fruto pecaminoso da carne. É não andar
pelas paixões da carne. E assim foi o Ministério de Jesus, um Ministério que chamava
as pessoas ao arrependimento e ao distanciamento do pecado.

Levantando-se, Jesus perguntou a ela: — Mulher, onde estão eles? Ninguém


condenou você? Ela respondeu: — Ninguém, Senhor! Então Jesus disse: —
Também eu não a condeno; vá e não peque mais.
João 8.10,11

Mais tarde, Jesus o encontrou no templo e lhe disse: — Olhe, você foi cura-
do. Não peque mais, para que não lhe aconteça coisa pior.
João 5.14

Jesus sabia o estrago do pecado na vida do homem. Nós mesmos carregamos des-
truição e morte por causa do pecado em nossa vida. Mas, além das consequências de-
sastrosas em nossa vida da alma e em nossa vida natural, nossa eternidade com Deus
é comprometida.

Anotações

106 Inteligência do século


UMA MENSAGEM DE SALVAÇÃO GRATUITA PELA FÉ

A salvação é um presente para o homem desde o início. O que Adão e Eva tinham
de pagar para herdarem a vida eterna no Éden? Quanto custaria para eles terem a vida
eterna? Nada. Bastaria eles irem até a árvore da vida com fé; bastaria tomarem e co-
merem do fruto dessa árvore. Essa era a condição e continuou a ser: ninguém pode ser
salvo por meio de suas próprias obras.

Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva.
João 7.38

Que mensagem graciosa de Jesus! A salvação é pela fé! Não é por aquilo que você
faz, mas pela sua crença na obra de Deus!

Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que
nos amou, e estando nós mortos em nossas transgressões, nos deu vida junta-
mente com Cristo — pela graça vocês são salvos — e juntamente com ele nos
ressuscitou e com ele nos fez assentar nas regiões celestiais em Cristo Jesus.
Deus fez isso para mostrar nos tempos vindouros a suprema riqueza da sua
graça, em bondade para conosco, em Cristo Jesus. Porque pela graça vocês
são salvos, mediante a fé; e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não de
obras, para que ninguém se glorie.
Efésios 2.4-9

Jesus é a mensageiro da salvação pela graça, de graça e por meio da fé. Não é nossa
santidade que nos concede o céu, mas a graça de Deus que nos salva pela fé.

— Venham a mim todos vocês que estão cansados e sobrecarregados, e eu


os aliviarei. Tomem sobre vocês o meu jugo e aprendam de mim, porque sou
manso e humilde de coração; e vocês acharão descanso para a sua alma. Por-
que o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve.
Mateus 11.28-30

Mais uma vez vemos que o conceito da salvação de Deus, em Jesus, retira da huma-
nidade o peso da religiosidade, o peso e o jugo da religião. Por isso, não tenha medo
de abraçá-lo, seguindo Jesus, abandonando o coração religioso, que lhe ensinará: “As
coisas não são bem assim. Você precisa conquistar sua salvação. Você precisa fazer

Anotações

Inteligência do século 107


boas obras para sua salvação”. Você precisa entender algo importante: ninguém con-
quistará sua salvação por causa de suas obras, mas, depois de encontrar Jesus, você
fará boas obras por causa do amor de Deus.

A questão das obras não será para conquistar sua salvação, mas para testemunhar
sobre as bondades de Deus em sua vida. Você não fará obras para ganhar salvação.
Você fará boas obras porque recebeu a salvação. É diferente!

DISPOSIÇÃO PARA SER SACRIFÍCIO PELOS


PECADOS DO HOMEM
No Éden vemos a figura do sacrifício, pois animais foram mortos para vestir o ho-
mem. Mas por qual motivo a morte estava presente na mensagem da salvação? Porque
a morte é o pagamento do pecado. Como você se lembra, Deus disse que a morte seria
o resultado da desobediência do homem. Por isso, alguém deveria assumir essa dívida
do homem com Deus.

Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida


eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.
Romanos 6.23

No texto de Romanos, entendemos que o pagamento do pecado é a morte, mas o


presente da salvação de Deus é gratuito em Jesus. É por isso que houve um Cordeiro
na Páscoa que morreu para dar vida a muitos. É por isso que o povo de Israel sacrifica-
va animais para simbolizar a morte por consequência do pecado.

O Salvador deveria morrer pelos pecados das pessoas. Ele deveria pagar o preço
pela consequência do pecado. Ele deveria ser o Cordeiro de Deus, assim como Abraão
disse: “Deus proverá para si o Cordeiro”. Na cruz, vemos o próprio Deus morrendo pe-
los nossos pecados. E foi isso que João Batista percebeu:

No dia seguinte, vendo que Jesus vinha em sua direção, João disse: — Eis o
Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!
João 1.29

Anotações

108 Inteligência do século


Quando João Batista, que era um profeta de Deus, viu Jesus, foi revelado para ele
que Jesus seria o Cordeiro de Deus, seria aquele que morreria por nossos pecados. Ve-
jamos o que foi proclamado sobre o Messias, 700 anos antes do nascimento de Jesus,
por Isaías.

Foi desprezado e rejeitado, homem de dores, que conhece o sofrimento


mais profundo. Demos as costas para ele e desviamos o olhar; ele foi despre-
zado, e não nos importamos. Apesar disso, foram as nossas enfermidades que
ele tomou sobre si, e foram as nossas doenças que pesaram sobre ele. Pensa-
mos que seu sofrimento era castigo de Deus, castigo por sua culpa. Mas ele
foi ferido por causa de nossa rebeldia e esmagado por causa de nossos peca-
dos. Sofreu o castigo para que fôssemos restaurados e recebeu açoites para
que fôssemos curados. Todos nós nos desviamos como ovelhas; deixamos os
caminhos de Deus para seguir os nossos caminhos. E, no entanto, o Senhor
fez cair sobre ele os pecados de todos nós. Ele foi oprimido e humilhado, mas
não disse uma só palavra. Foi levado como cordeiro para o matadouro; como
ovelha muda diante dos tosquiadores, não abriu a boca.

Condenado injustamente, foi levado embora. Ninguém se importou de ele


morrer sem deixar descendentes, de sua vida ser cortada no meio do caminho.
Mas ele foi ferido mortalmente por causa da rebeldia do meu povo. Não havia
cometido nenhuma injustiça e jamais havia enganado alguém. Ainda assim, foi
sepultado como criminoso, colocado no túmulo de um homem rico. Fazia par-
te do plano do Senhor esmagá-lo e causar-lhe dor. Quando, porém, sua vida
for entregue como oferta pelo pecado, ele terá muitos descendentes. Terá
vida longa, e o plano do Senhor prosperará em suas mãos. Quando ele vir tudo
que resultar de sua angústia, ficará satisfeito. E, por causa de tudo que meu
servo justo passou, ele fará que muitos sejam considerados justos, pois levará
sobre si os pecados deles.
Isaías 53.3-11

A morte e o sofrimento de Jesus pelos nossos pecados foram anunciados desde o


início da história da humanidade. O plano de Deus, para salvar o homem, envolveu uma
troca injusta. Foi um santo morrendo pelos pecadores; foi um santo pegando o pecado
do homem para si e, ao mesmo tempo, dando para o homem a Vida Eterna.

Anotações

Inteligência do século 109


Tenham a mesma atitude demonstrada por Cristo Jesus. Embora sendo Deus,
não considerou que ser igual a Deus fosse algo a que devesse se apegar. Em
vez disso, esvaziou a si mesmo; assumiu a posição de escravo e nasceu como
ser humano. Quando veio em forma humana, humilhou-se e foi obediente até
a morte, e morte de cruz. Por isso Deus o elevou ao lugar de mais alta honra e
lhe deu o nome que está acima de todos os nomes, para que, ao nome de Je-
sus, todo joelho se dobre, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua
declare que Jesus Cristo é Senhor, para a glória de Deus, o Pai.
Filipenses 2.5-11

Jesus foi enviado para ser o Cordeiro de Deus para que todos aqueles que crerem
nele tenham a vida eterna!

Hoje você tem a oportunidade de se entregar aos pés de Jesus,


de aceitar o sacrifício dele por você. Hoje você pode renovar sua
aliança com Ele.

Anotações

110 Inteligência do século


Anotações

Inteligência do século 111


Anotações

112 Inteligência do século


NONA PALESTRA
A RESSURREIÇÃO É O RENASCIMENTO DE
NOSSA IDENTIDADE ESPIRITUAL
A salvação de Deus para o homem consiste primordialmente em conceder sua vida
espiritual para nós. No Éden, Adão e Eva poderiam simplesmente esticar os braços e
tomar do fruto da árvore da vida. Mas, depois de pecarem, a situação mudou. Deus
precisou estabelecer um plano de resgate. Esse plano consistia em quebra o poder do
pecado na vida do ser humano.

É nessa quebra do pecado, confiando em Jesus como a árvore da Vida de Deus, que
podemos experimentar de toda graça divina. E é aqui que encontramos Vida. Se por
um lado, Adão trouxe a morte espiritual para o ser humano, Jesus foi feito segundo
Adão para nos posicionar na Vida de Deus.

Mas há uma grande diferença entre o pecado de Adão e a dádiva de Deus.


Pois o pecado de um único homem trouxe morte para muitos. Ainda maior,
porém, é a graça de Deus e sua dádiva que veio sobre muitos por meio de um
único homem, Jesus Cristo.
E o resultado da dádiva de Deus é bem diferente do resultado do pecado
de um único homem, pois enquanto o pecado de Adão levou à condenação,
a dádiva de Deus nos possibilita ser declarados justos diante dele, apesar de
nossos muitos pecados. A morte reinou sobre muitos por meio do pecado de
um único homem. Ainda maior, porém, é a graça de Deus e sua dádiva de jus-
tiça, e todos que a recebem reinarão em vida por meio de um único homem,
Jesus Cristo. É verdade que um só pecado de Adão trouxe condenação a to-
dos, mas um só ato de justiça de Cristo removeu a culpa e trouxe vida a todos.
Por causa da desobediência a Deus de uma só pessoa, muitos se tornaram pe-
cadores. Mas, por causa da obediência de uma só pessoa a Deus, muitos serão
declarados justos.
Romanos 5.15-19

Que texto bíblico fenomenal! Ele nos mostra a clara expressão da graça de Deus so-
bre aqueles que vivem com Jesus. Se a ação de Adão foi destrutiva, a ação de obedi-
ência de Jesus trouxe grande livramento para todos os que nele creem. E se acreditam,

Anotações

Inteligência do século 113


devem ser cheios da Vida de Deus, devem ter a experiência de tomar da árvore da vida
para receberem Vida de Deus. É por isso que a salvação de Deus não trafega no campo
da religiosidade, mas da relação que temos com a Vida de Deus.

O NOVO NASCIMENTO
Muitas pessoas já repetiram a oração de salvação. Algumas delas ouviram sacerdo-
tes dizendo que, depois daquele ato, estavam salvas. Mas será que a salvação vem pela
repetição de uma oração? Será que a salvação veio até nós por termos ido para algum
culto? Será que somos salvos por irmos a algum retiro ou fazermos alguma procissão?
Como já explicamos, a salvação não está na religião. Porém, a salvação de Deus pode
acontecer em qualquer lugar ou hora em sua vida. Ela pode acontecer agora!

A salvação não é o que acontece por fora. Não é o que oramos ou mesmo aonde
fomos. A salvação precisa acontecer dentro, em nosso interior. Foi isso que vimos no
Éden, é isso que vemos ao longo de toda a Palavra de Deus. Veja que maravilhosa de-
claração vinda de Deus por meio de Jeremias. Está escrito:

Então aspergirei sobre vocês água pura, e ficarão limpos. Eu os purificarei


de sua impureza e sua adoração a ídolos. Eu lhes darei um novo coração e
colocarei em vocês um novo espírito. Removerei seu coração de pedra e lhes
darei coração de carne. Porei dentro de vocês meu Espírito, para que sigam
meus decretos e tenham o cuidado de obedecer a meus estatutos.
Ezequiel 36.25-27

A salvação é uma questão de nova vida dentro de nós, a Vida de Deus. É bem verda-
de que você pode receber dessa vida em qualquer lugar, inclusive em uma atmosfera
religiosa. Porém, o importante é você perceber o fluir dessa nova vida dentro de você.
E não se desespere! Esse fluir é nítido, não há como você se enganar, pois é uma vida
extraordinária. Você só deve atentar se não percebeu quando essa vida de Deus en-
trou em você! Caso tenha dúvida, creia em Jesus e peça o fluir da Vida Eterna de Deus
dentro de você.

Anotações

114 Inteligência do século


O EXEMPLO DE JESUS E NICODEMOS
No tempo de Jesus, muitos religiosos ficavam intrigados com Ele. Eram religiosos
que não entendiam tudo o que estava acontecendo. Alguns foram radicalmente con-
tra Jesus, mas outros abriram seu coração para entender mais sobre Ele. O bom é que
Jesus salva todos, inclusive religiosos arrependidos. Em um desses momentos, no qual
conversava com um religioso, Jesus mostrou a ele o princípio da salvação pelo nascer
de novo. Está escrito:

Havia um fariseu chamado Nicodemos, líder religioso entre os judeus. Certa


noite, veio falar com Jesus e disse: “Rabi, todos nós sabemos que Deus en-
viou o senhor para nos ensinar. Seus sinais são prova de que Deus está com o
senhor”. Jesus respondeu: “Eu lhe digo a verdade: quem não nascer de novo,
não verá o reino de Deus”. “Como pode um homem velho nascer de novo?”,
perguntou Nicodemos. “Acaso ele pode voltar ao ventre da mãe e nascer uma
segunda vez?” Jesus respondeu: “Eu lhe digo a verdade: ninguém pode entrar
no reino de Deus sem nascer da água e do Espírito. Os seres humanos podem
gerar apenas vida humana, mas o Espírito dá à luz vida espiritual. Portanto,
não se surpreenda quando eu digo: ‘É necessário nascer de novo’. O vento
sopra onde quer. Assim como você ouve o vento, mas não é capaz de dizer
de onde ele vem nem para onde vai, também é incapaz de explicar como as
pessoas nascem do Espírito”. “Como pode ser isso?”, perguntou Nicodemos.
Jesus respondeu: “Você é um mestre respeitado em Israel e não entende essas
coisas?”
João 3.1-10

Que diálogo maravilhoso Jesus teve com Nicodemos! Essa conversa, mais uma vez,
eleva nossa salvação para o ponto certo, para o nascer do Espírito, para a experiência
de transformação interior! Nicodemos era um líder religioso, porém não tinha a salva-
ção de Deus em sua vida. Por mais que ele vivesse para trabalhar para Deus, ele não
tinha comunhão com Deus no Espírito.

As afirmações de Jesus para Nicodemos foram contundentes:

Quem não nascer de novo não verá o reino de Deus!


Quem não nascer do Espírito não entrará no reino de Deus!

Anotações

Inteligência do século 115


A EXPERIÊNCIA DE CORNÉLIO
A Bíblia diz que Cornélio era um homem temente a Deus, ele buscava obedecer às
ordens de Deus e caminhar em retidão. Esse é o mesmo desejo e a mesma prática de
milhões pessoas, por causa de um senso de religiosidade, tornam-se pessoas com boa
moral e temor de Deus. Em suas aparências são tributadas dignas do céu. Mas a sal-
vação é uma questão de natureza, da Vida de Deus dentro de si, e não das obras. Isso
ficou bem claro na experiência de Cornélio.

1. Cornélio era temente a Deus

Morava em Cesareia um oficial do exército romano chamado Cornélio, ca-


pitão do Regimento Italiano. Era um homem devoto e temente a Deus, como
era também toda a sua família. Dava aos pobres esmolas generosas e sempre
orava ao Senhor.
Atos 10.1,2

O testemunho que a Bíblia dava de Cornélio era o de uma pessoa completamente


comprometida com os mandamentos de Deus. Além disso, era um homem de oração e
de práticas generosas. Mas a pergunta é: “Será que Cornélio era salvo?”. É bem prová-
vel que, nesse momento, você esteja pensando: Se Cornélio não era salvo, quem será?

2. Cornélio é abordado por um anjo

Certa tarde, por volta das três horas, teve uma visão na qual viu um anjo de
Deus vir em sua direção e dizer: “Cornélio!”. Temeroso, Cornélio olhou fixa-
mente para o anjo e perguntou: “Que é, senhor?”. E o anjo respondeu: “Suas
orações e esmolas subiram até Deus, e ele as guarda na memória. Agora, en-
vie alguns homens a Jope e mande buscar Simão, também chamado Pedro.
Ele está hospedado com Simão, um homem que trabalha com couro e mora à
beira do mar”.
Atos 10.3-6

Cornélio era homem de oração, generoso, temente a Deus e agora estava conver-
sando com um anjo. Esse homem só pode ser salvo! Não há dúvidas! Mas não se es-
queça de que a salvação é uma questão de novo nascimento, de vida interior de Deus
fluindo dentro de alguém.
Anotações

116 Inteligência do século


3. Pedro prega a palavra da salvação para a família de Cornélio

Deus enviou um anjo a Cornélio para que pudesse chamar Pedro. Mas o que Pedro
faria ao visitar a casa de Cornélio? Está escrito:

Chegaram a Cesareia no dia seguinte. Cornélio os esperava e havia reunido


seus parentes e amigos íntimos. Quando Pedro chegou à casa, Cornélio veio
ao seu encontro e prostrou-se diante dele, adorando-o. Mas Pedro o levantou
e disse: “Fique de pé! Eu sou apenas um homem como você”. Os dois conver-
saram e depois entraram na casa, onde muitos outros estavam reunidos.
Atos 10.24-27

Esta é a mensagem de boas-novas para o povo de Israel: Há paz com Deus


por meio de Jesus Cristo, que é Senhor de todos. Vocês sabem o que acon-
teceu em toda a Judeia, começando na Galileia, depois do batismo que João
proclamou.
Sabem também que Deus ungiu Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com
poder. Então Jesus foi por toda parte fazendo o bem e curando todos os opri-
midos pelo diabo, porque Deus estava com ele. “E nós somos testemunhas
de tudo que ele fez em toda a Judeia e em Jerusalém, onde o mataram. Pen-
duraram-no numa cruz, mas Deus o ressuscitou no terceiro dia e permitiu que
ele fosse visto, não por todo o povo, mas por nós que fomos escolhidos por
Deus de antemão para sermos suas testemunhas. Nós fomos os que comemos
e bebemos com ele depois que ele ressuscitou dos mortos. E ele nos mandou
anunciar sua mensagem em toda parte e testemunhar que Deus o designou
juiz dos vivos e dos mortos.
Atos 10.36-42

Pedro foi chamado por Deus à casa de Cornélio para levar a palavra da salvação, do
nascer do Espírito. Isso nos mostra que Cornélio e sua família precisavam de um movi-
mento de novo nascimento, de vida espiritual.

4. O propósito da ida de Pedro à casa de Cornélio

Pedro foi à casa de Cornélio pregar a salvação por meio de Jesus, para que pudes-
sem ter uma vida espiritual ativada e abundante. Isso significa que a salvação ainda

Anotações

Inteligência do século 117


não tinha chegado à casa e família de Cornélio, mesmo que tivessem temor de Deus.
Veja o que Cornélio disse para Pedro quando contou a história de sua visão:

Ele nos contou como um anjo havia aparecido em sua casa e dito: “Envie
mensageiros a Jope e mande buscar Simão, também chamado Pedro.
Ele lhe dirá como você e toda a sua casa podem ser salvos”.
Atos 11.13,14

Cornélio recebeu uma direção para Pedro lhe trazer a mensagem de salvação. Isso
não é fantástico? Era necessário que a fé de Cornélio se tornasse viva para ele ter a
salvação.

5. A Vida do Espírito foi derramada na vida de Cornélio e sua família

O anjo disse para Cornélio buscar Pedro a fim de pregar a eles sobre a salvação de
Deus. Pedro, então, mais que depressa, seguiu os homens em direção à casa de Corné-
lio. Ao chegar, Pedro começou a pregar quando, de repente, aconteceu uma manifes-
tação espiritual fantástica.

Enquanto Pedro ainda falava, o Espírito Santo desceu sobre todos que ou-
viam a mensagem. Os discípulos judeus que acompanhavam Pedro ficaram
admirados de que o dom do Espírito Santo também fosse derramado sobre os
gentios, pois os ouviram falar em outras línguas e louvar a Deus. Pedro per-
guntou: “Pode alguém se opor a que eles sejam batizados agora que, como
nós, também receberam o Espírito Santo?”. Então ordenou que fossem bati-
zados em nome de Jesus Cristo. Depois, pediram que Pedro ficasse com eles
alguns dias.
Atos 10.44-48

É tão maravilhoso saber que o Espírito Santo se tornou a Vida de Deus para nós! Por
meio de Jesus, temos acesso à Vida do Espírito, que é o liberar da nossa inteligência
espiritual.

Você nasceu de novo?


( ) Sim. ( )Não.

Anotações

118 Inteligência do século


EVIDÊNCIAS DO NOVO NASCIMENTO
Será que você nasceu de novo? Essa é uma consideração importante. É importante
olharmos para nós mesmos, percebendo se houve ou não o nascimento espiritual em
nossa vida. Apresentarei 7 evidências desse novo estilo de vida interior!

1 O nascido de novo busca andar em justiça

Se sabeis que Ele é Justo, sabeis que todo aquele que pratica a justiça é
nascido de dEle.
1 João 2.29

A primeira evidência que uma pessoa dá de que realmente nasceu de novo é a prá-
tica da justiça. E a prática da justiça é o nosso caminhar em retidão. Quem nasceu de
novo deseja andar de maneira justa, retirando de seu caminho as injustiças e os peca-
dos. Isso não significa que não erraremos jamais, mas significa que há, dentro de nós,
uma disposição genuína de andar em pureza, santidade e justiça.

Estou andando em justiça e retidão?


( ) Sim. ( ) Não.

2 O nascido de novo não vive na escravidão do pecado


Aquele que é nascido de Deus não peca habitualmente; porque a semente
de Deus permanece nele, e não pode pecar, porque é nascido de Deus.
1 João 3.9

Quando a Vida de Deus entra em nosso interior, essa vida se torna nossa própria
vida. E, uma vez vivendo por meio dessa vida, o pecado perde seu domínio sobre nós.
E, por perder seu domínio, não vivemos mais escravizados pelo pecado. Como Jesus
veio para quebrar o poder do pecado sobre nós, para crucificar nosso velho homem,
somos livres para viver em pureza e santidade.

Anotações

Inteligência do século 119


Quem nasceu de Deus vence o pecado e o seu domínio. E vence pelo poder do Es-
pírito e pelo perdão de Jesus quando eventualmente comete algum pecado.

Você está vencendo o pecado?


( ) Sim. ( ) Não.

3 O nascido de novo anda no amor de Deus

Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor é de Deus; e todo aque-
le que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não co-
nhece a Deus, porque Deus é amor.
1 João 4.7,8

Outra evidência do novo nascimento é a capacidade de amar. Isso acontece pelo


motivo de o “amor de Deus ter sido derramado em nossos corações através do Espíri-
to Santo”. O amor é a natureza de Deus. Ele é amor! Portanto, os que estão em Jesus
possuem a natureza do amor.

Esse amor é tão sobrenatural que é capaz de amar até mesmo os próprios inimigos.

O amor de Deus está fluindo de seu interior?


( ) Sim. ( ) Não.

4 O nascido de novo mantém sua fé em Jesus

Todo aquele que crê que Jesus é o Cristo é nascido de Deus.


1 João 5.1a

Quem nasceu de novo mantém sua confiança em Jesus. Ele nasceu de Jesus e con-
tinuará caminhando com Ele. Ainda, por crer em Jesus, confessa-o como Senhor e Rei.
Muitas pessoas pensam estar desviadas de Jesus, mas pode ser que tais pessoas não
tenham tido um encontro genuíno com Deus.

Sua fé em Jesus é constante?


( ) Sim. ( ) Não.

Anotações

120 Inteligência do século


5 O nascido de novo vence o mundo
Porque todo aquele que é nascido de Deus vence e o mundo, e esta é a vi-
tória que vence o mundo: a nossa fé.
1 João 5.4

Quem é nascido de novo vence o mundo. O que é o mundo? É o sistema organiza-


do do diabo. A Bíblia diz que mundo jaz no maligno, isto é, as ideias e os padrões do
mundo foram estabelecidos pela mente do maligno. Quem nasceu de novo vive no
mundo, porém não está apaixonado pelo mundo. O nascido de novo está com os olhos
em outra pátria.

Uma vez que vocês ressuscitaram para uma nova vida com Cristo, mante-
nham os olhos fixos nas realidades do alto, onde Cristo está sentado no lugar
de honra, à direita de Deus. Pensem nas coisas do alto, e não nas coisas da
terra. Pois vocês morreram para esta vida, e agora sua verdadeira vida está
escondida com Cristo em Deus.
Colossenses 3.1-3

Você tem vencido o amor e a paixão pelo mundo?


( ) Sim. ( ) Não.

Anotações

Inteligência do século 121


Escreva uma carta para Deus. Uma carta real, que fale do seu desejo de ter a Vida do
Espírito dentro de você. Também, se você experimentou ou está experimentando o
nascimento espiritual, aproveite para escrever uma carta de gratidão a Deus.

122 Inteligência do século


Anotações

Inteligência do século 123


Anotações

124 Inteligência do século


DÉCIMA PALESTRA
No terceiro capítulo, fizemos uma atividade com o propósito de mostrar a você
quais seus padrões de uso de inteligência. Se você estava usando sua inteligência es-
piritual para tomar suas decisões ou não.

Nesta atividade, faremos um desafio: queremos que você escreva de que formas
pode usar sua Inteligência do Século, que é a espiritual.

1 Como posso usar minha Inteligência do Século para escolher um


restaurante para almoçar?

2 Como posso usar minha Inteligência do Século para comprar uma


roupa?

3 Como posso usar minha Inteligência do Século para comprar uma


casa?

4 Como posso usar minha Inteligência do Século para comprar um


carro?

Inteligência do século 125


5 Como posso usar minha Inteligência do Século para não me sentir
rejeitado?

6 Como posso usar minha Inteligência do Século para entrar em um


relacionamento sério?

7 Como posso usar minha Inteligência do Século para assistir a um


filme ou a um seriado?

8 Como posso usar minha Inteligência do Século para fechar um


negócio?

9 Como posso usar minha Inteligência do Século para decidir por


uma oferta de trabalho?

10 Como posso usar minha Inteligência do Século para decidir a


leitura de um livro?

126 Inteligência do século


11 Como posso usar minha Inteligência do Século para lidar com a
rejeição?

12 Como posso usar minha Inteligência do Século para manter a pa


ciência?

13 Como posso usar minha Inteligência do Século para manter a


calma em momentos de pressão?

14 Como posso usar minha Inteligência do Século para decidir


quantos filhos terei?

15 Como posso usar minha Inteligência do Século para decidir


minhas viagens?

16 Como posso usar minha Inteligência do Século para definir o dia


de meu casamento?

Inteligência do século 127


17 Como posso usar minha Inteligência do Século para tomar uma
decisão pelo divórcio?

18 Como posso usar minha Inteligência do Século para perdoar


alguém que me feriu?

19 Como posso usar minha Inteligência do Século para romper uma


amizade?

20 Como posso usar minha Inteligência do Século para a tomada de


uma decisão difícil?

21 Como posso usar minha Inteligência do Século para decidir minha


profissão?

22 Como posso usar minha Inteligência do Século para definir meu


estilo de vida?

128 Inteligência do século


MINHA IDENTIDADE EM JESUS É A DA INTELIGÊNCIA
DO SÉCULO
O impacto da Vida de Deus dentro de nós é extraordinário! É a experiência mais su-
blime de todas, pois é a construção do propósito de Deus para nós. É uma libertação
profunda do pecado, do diabo, das paixões deste mundo – uma libertação da depen-
dência da vida natural para assumir a vida sobrenatural.

O que aconteceu?

1. Fomos cheios da Vida do Espírito Santo

Então soprou sobre eles e disse: “Recebam o Espírito Santo”.


João 20.22

Jesus soprou o fôlego da vida espiritual dentro de nós. Após isso, fomos cheios da
Vida de Deus, da Inteligência do Século, para vivermos nosso máximo potencial.

2. Fomos feitos nova criatura

E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já pas-


saram; eis que se fizeram novas.
2 Coríntios 5.17

Com o poder de Jesus de fazer tudo novo, ganhamos uma oportunidade singular
para nos posicionarmos em nossa vida espiritual. Jesus não veio até nós com uma pro-
posta de reforma. Ele veio com uma proposta de “novidade de vida”.

3. Fomos transportados de ambiente de reino

Ele nos libertou do poder das trevas e nos transportou para o Reino do seu
Filho amado [...]
Colossenses 1.13

Anotações

Inteligência do século 129


Estávamos presos e cativos nas mãos do diabo e seu império. Nosso nome estava
arrolado entre os escravos do reino do maligno. Porém, Jesus nos salvou da influência
e escravidão desse reino. Ele nos posicionou como autoridade.

4. Fomos posicionados com autoridade no mundo espiritual

No Éden, o diabo pode enganar e oprimir o ser humano, pois ele não havia se tor-
nado um ser espiritual em completude. Mas, agora, uma vez que estamos cheios do
Espírito Santo, não precisamos mais perder um só centímetro de nossa vida abundante
para o engano do diabo. Com Jesus, estamos acima de todo principado e demônios.

Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que
nos amou, e estando nós mortos em nossas transgressões, nos deu vida junta-
mente com Cristo — pela graça vocês são salvos — e juntamente com ele nos
ressuscitou e com ele nos fez assentar nas regiões celestiais em Cristo Jesus.
Efésios 2.4-6

5. Fomos estabelecidos no propósito de sermos como Jesus

Pois aqueles que Deus de antemão conheceu ele também predestinou para
serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito
entre muitos irmãos.
Romanos 8.29

Jesus se tornou o modelo de Deus para nós! Ele é o primogênito que nos ensina a
viver vitoriosamente neste mundo. Foi Ele quem nos abriu a possibilidade de vivermos
a Inteligência do Século. Ele é o espírito vivificante que nos desafia a vivermos por
nossas inteligências, mas, sobretudo, pela inteligência espiritual.

QUAL É A IMAGEM DE JESUS – ESPÍRITO VIVIFICANTE


Jesus é espírito vivificante. Totalmente diferente do contexto de alma vivente. Ao
escolher a árvore do conhecimento do bem e do mal, o ser humano deixou sua vida

Anotações

130 Inteligência do século


espiritual. Em primeiro lugar, precisamos dizer que a inteligência espiritual gera um
significado completamente diferente do significado do mundo.

É uma mudança de:


Visão;
Fala;
Comportamento.

Se queremos viver a plenitude da vida espiritual, necessitamos ter uma visão, uma
fala e um comportamento alinhados com nossa vida espiritual, com o Reino dos Céus,
do qual fazemos parte.

1 Jesus e sua Inteligência do Século em momento de escassez

Certa vez, Jesus estava se reunindo no deserto com uma multidão. Ao passar o tem-
po, essa multidão foi ficando sem suprimentos de alimentos. Ao perceberem a situa-
ção, os discípulos foram até Jesus para Ele despedir a multidão a fim de voltarem para
suas casas e se alimentarem. Nesse momento, Jesus desafiou os discípulos para que
dessem alimento à multidão.

Ao desembarcar, Jesus viu uma grande multidão e compadeceu-se dela,


porque eram como ovelhas que não têm pastor. E começou a ensinar-lhes
muitas coisas. Como já era bastante tarde, os discípulos se aproximaram de
Jesus e disseram: — Este lugar é deserto, e já é bastante tarde. Mande essas
pessoas embora, para que, indo pelos campos ao redor e pelas aldeias, com-
prem para si o que comer. Jesus, porém, lhes disse: — Deem vocês mesmos
de comer a eles. Mas eles disseram: — Iremos comprar duzentos denários de
pão para lhes dar de comer? E Jesus lhes disse: — Quantos pães vocês têm?
Tratem de descobrir! Eles foram se informar e responderam: — Cinco pães e
dois peixes. Então Jesus lhes ordenou que todos se assentassem, em grupos,
sobre a relva verde. E eles o fizeram, repartindo-se em grupos de cem e de
cinquenta. Jesus, pegando os cinco pães e os dois peixes, erguendo os olhos
para o céu, os abençoou.
Depois partiu os pães e os deu aos seus discípulos para que os distribuís-
sem. E também repartiu os dois peixes entre todos. Todos comeram e se far-

Anotações

Inteligência do século 131


taram, e ainda recolheram doze cestos cheios de pedaços de pão e de peixe.
Os que comeram os pães eram cinco mil homens.
Marcos 6.34-44

Nesse texto, conseguimos ver a diferença clara entre as ações de Jesus e as ações
dos discípulos. A diferença que Jesus tinha de visão, de fala e de comportamento era
decorrente de seus fundamentos de vida. Jesus se posicionava como espírito vivifi-
cante, avaliando todas as questões sob a ótica espiritual. Os discípulos ainda estavam
usando sua ótica de alma, de mente, da razão.

Jesus deu uma missão aos discípulos, uma missão impossível à compreensão da
razão, porém, totalmente possível ao governo espiritual, que opera milagres. Além
de fé para um milagre, Jesus fez algo extraordinário nesse momento de escassez. Ele
agradeceu! Não parece loucura que alguém agradeça por alguns peixes e pães a fim
de dá-los para matar a fome de milhares de pessoas?

Jesus, no momento de escassez, usou uma chave da Inteligência do Século, que é


a gratidão. Quantos hoje conseguem agradecer pelos seus rendimentos, mesmo que
aparentemente sejam poucos? O poder do crescimento e da multiplicação está na gra-
tidão. Esse é um dos valores da Inteligência do Século!

2 Jesus e sua Inteligência do Século nos negócios


Deus nos deu a inteligência espiritual para a usarmos em todos os momentos de
nossa vida. Não fomos dotados dessas capacidades espirituais para levarmos apenas
para um momento de reunião; somos chamados para vivermos como seres espirituais,
ativados na Inteligência do Século! E assim Jesus fazia. Ele não negligenciava sua inte-
ligência espiritual, aplicando-a em todos os momentos possíveis.

Aconteceu que Jesus estava junto ao lago de Genesaré, e a multidão o aper-


tava para ouvir a palavra de Deus. Então ele viu dois barcos junto à praia do
lago. Os pescadores tinham desembarcado e estavam lavando as redes. En-
trando num dos barcos, que era o de Simão, Jesus pediu-lhe que o afastasse
um pouco da praia; e, assentando-se, do barco ensinava as multidões. Quando
acabou de falar, Jesus disse a Simão: — Leve o barco para o lugar mais fundo

Anotações

132 Inteligência do século


do lago e então lancem as redes de vocês para pescar. Em resposta, Simão
disse: — Mestre, havendo trabalhado toda a noite, nada apanhamos; mas, sob
esta sua palavra, lançarei as redes. Fazendo isso, apanharam grande quanti-
dade de peixes; e as redes deles começaram a se romper. Então fizeram sinais
aos companheiros do outro barco, para que fossem ajudá-los. E foram e en-
cheram ambos os barcos, a ponto de quase afundarem.
Lucas 5.1-7

No texto acima, encontramos a ação da Inteligência do Século nos negócios. Num


primeiro momento, encontramos um empresário, que é Pedro, entristecido por estar
trabalhando e não ter obtido a colheita de seu fruto; ele passara a noite inteira em sua
atividade de pesca, mas nada encontrara. Pedro tem disposição para o trabalho, mas
suas energias estavam se esvaindo num trabalho infrutífero.

Você tem usado a Inteligência do Século em seus negócios? Quando Jesus entrou
no barco de Pedro, tudo mudou. Enquanto Pedro passou a noite inteira no trabalho,
Jesus não passou mais de alguns minutos. Por causa da sua capacidade espiritual, Je-
sus sabia exatamente onde estavam os peixes que Pedro estava procurando. Perceba
o quanto Pedro estava desordenado em seu trabalho; ele estava trabalhando na hora
errada. Mas Jesus sabia qual era melhor hora, a melhor ação.

Existem muitos empresários saturados e sem resultado. Eles estão assim por depen-
derem exclusivamente de suas capacidades da mente, que é limitada e nos prospera
até o ponto do comum e do normal. Porém, se desejamos resultados extraordinários,
sobrenaturais, precisamos ativar nossa inteligência espiritual. Pedro era um experiente
pescador, mas, mesmo com sua experiência, não teve o resultado do “inexperiente”
Jesus em relação à pesca.

3 Jesus e sua Inteligência do Século nos relacionamentos


Jesus foi de muitos relacionamentos. Em todos eles, Ele prosperou. Não somente
por fazer boas amizades, por amar as pessoas de modo genuíno, mas, também, por
estar com o coração sempre protegido da mágoa, do ressentimento e das confusões
da emoção. Jesus foi desprezado por seus irmãos, foi desacreditado pelos religiosos
de sua época, foi traído e negado por seus amigos mais próximos. No dia em que foi

Anotações

Inteligência do século 133


preso, todos o abandonaram, porém, mesmo assim, não deixou seu coração se encher
de rancor e trevas.

Jesus, porém, lhe disse: — Judas, com um beijo você trai o Filho do Homem?
Lucas 22.48

A atitude de Jesus, quando foi beijado pelo traidor, foi chamá-lo de “amigo”. Ele
sabia de toda consequência daquela traição, mas se mantinha com o coração foca-
do em sua inteligência espiritual. Ele não deixou seu coração se sobrecarregar com a
vingança, mas perdoou. Jesus usava sua inteligência espiritual para administrar seus
relacionamentos. E você, tem usado a sua inteligência espiritual nos relacionamentos?

Jesus também sabia quando as pessoas estavam perto dele para causar prejuízo,
eram pessoas enviadas do diabo. Com esse discernimento, Jesus sabia com quem de-
veria se relacionar ou não, e foi muito bem-sucedido, pois teve, em sua vida, apenas um
traidor. Mas esse traidor não pegou Jesus de surpresa! Que inteligência!

Então Jesus lhes disse: — Não é fato que eu escolhi vocês, os doze? Mas um
de vocês é um diabo. Ele se referia a Judas, filho de Simão Iscariotes, porque
este, sendo um dos doze, era quem o haveria de trair.
João 6.70,71

— Mas eis que a mão do traidor está comigo à mesa. Pois o Filho do Homem
vai segundo o que está determinado, mas ai daquele por quem ele está sendo
traído!
Lucas 22.21,22

Jesus não foi pego de surpresa. Ele já sabia o que aconteceria, pois a inteligência
espiritual nunca erra. Mas o que Jesus viu? Ele viu as ações espirituais por detrás de
Judas. Viu que o coração de Judas estava dominado pelo diabo. Isso mesmo! Quem
tem inteligência espiritual percebe as mais profundas intenções das pessoas.

Durante a ceia, tendo já o diabo posto no coração de Judas, filho de Simão


Iscariotes, que traísse Jesus [...]
João 13.2

O diabo tinha tomado o coração de Judas como tomou o corpo da serpente no


Éden. Quem vê com olhos naturais não percebe o que está acontecendo de fato. Jesus

Anotações

134 Inteligência do século


estava ciente do que estava acontecendo, mas os discípulos estavam avaliando a saída
de Judas, que era para trair Jesus, como uma saída natural, para comprar alguma coisa
ou entregar alguma esmola.

Pois, como Judas era quem trazia a bolsa do dinheiro, alguns pensaram que
Jesus tinha dito a ele: “Compre o que precisamos para a festa” ou, então, que
havia solicitado que desse alguma coisa aos pobres. Assim, tendo recebido o
pedaço de pão, Judas logo saiu. E era noite.
João 13.29,30

Jesus foi muito assertivo em seus relacionamentos. Só um foi problemático, mas Ele
não foi pego de surpresa. Os outros relacionamentos passaram por questões de aper-
feiçoamento, mas todos continuaram. Quantos “traidores” já passaram por sua vida?
Quantas pessoas vieram como enviadas do diabo para atrapalhar você? Você precisa
saber que foram muitas!

4 Jesus e sua Inteligência do Século na liderança

Jesus foi o maior líder de todos! Não nenhuma influência de liderança como a dele.
Sua metodologia é buscada a todo instante por pessoas de todos os lugares do mun-
do. É uma liderança que ecoa até os dias de hoje com grande realidade e força. Mas
qual foi o segredo de Jesus? Foi escolher os discípulos mais capacitados? Lógico que
não. Os discípulos de Jesus não eram de nobre nascimento ou tinham característi-
cas de liderança extraordinária. Alguns eram iletrados, outros eram publicanos, outros
eram tímidos e sem fé. Porém, ao serem liderados por Jesus, tornaram-se grandes
líderes no mundo.

O segredo de Jesus foi usar sua inteligência espiritual para liderar e levantar outros
líderes. Seus valores de liderança espiritual impactaram o mundo, mudaram paradig-
mas! Veja como Ele mudou o movimento da liderança genuína, por exemplo:

Então Jesus, chamando-os para junto de si, disse: — Vocês sabem que os
governadores dos povos os dominam e que os maiorais exercem autoridade
sobre eles. Mas entre vocês não será assim; pelo contrário, quem quiser tor-
nar-se grande entre vocês, que se coloque a serviço dos outros; e quem qui-
ser ser o primeiro entre vocês, que seja servo de vocês; tal como o Filho do

Anotações

Inteligência do século 135


Homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em
resgate por muitos.
Mateus 20.25-28

Hoje as pessoas buscam seguir o modelo de liderança de Jesus. Porém, não com-
preenderam que Jesus usava sua inteligência espiritual. Assim, não adianta olhar o
exemplo de Jesus e buscar praticá-lo sem a Vida do Espírito no interior do homem. Se
queremos exercer um modelo de liderança como o de Jesus, precisaremos usar nossa
inteligência espiritual para isso! Assim, tornaremos aqueles que andam conosco em
pessoas de sucesso. Jesus fez de seus discípulos homens de extremo sucesso, conhe-
cidos no céu e na terra.

5 Jesus e sua Inteligência do Século para perceber a raiz dos


problemas

Quando nossa ótica é natural e de nossa alma, não conseguimos perceber a raiz dos
problemas de maneira mais ampla e profunda. No mundo há raízes de problemas na-
turais e espirituais. Se nossa visão for natural, como iremos discernir o que é espiritual?

Mas o homem natural não aceita as verdades do Espírito de Deus. Elas lhe
parecem loucura, e ele não consegue entendê-las, pois apenas quem é espi-
ritual consegue avaliar corretamente o que diz o Espírito. Quem é espiritual
pode avaliar todas as coisas, mas ele próprio não pode ser avaliado por outros.
1 Coríntios 2.14,15

O homem natural não consegue ver nada além de seus olhos. Se ele tem um pro-
blema, irá procurar uma solução natural. Mas, nem sempre as questões são naturais,
como vimos desde o Éden, quando Adão e Eva não perceberam o diabo por detrás da
serpente. Nem tudo que enfrentamos é natural.

Certo dia, Jesus estava expulsando um demônio que era mudo. E aconteceu
que, ao sair o demônio, o mudo passou a falar. E as multidões se admiravam.
Lucas 11.14

Enquanto muitos enxergam somente o problema físico, quem tem a inteligência


espiritual percebe claramente a raiz da questão. No exemplo acima, Jesus expulsou o

Anotações

136 Inteligência do século


demônio que estava escondido no problema físico, algo que ninguém havia percebido.
Você já parou para pensar há quantos anos essa pessoa estava muda? Se não fosse a
ação da inteligência espiritual, ela poderia ficar muda pelo resto de sua vida! Isso não
é triste? Você já parou para pensar quantos problemas você tem que são de origem
espiritual?

Quando eles chegaram para junto da multidão, um homem se aproximou de


Jesus, ajoelhou-se e disse: — Senhor, tenha pena do meu filho, porque ele tem
convulsões e sofre muito; pois muitas vezes cai no fogo e outras tantas cai na
água. Apresentei-o aos seus discípulos, mas eles não puderam curá-lo. Jesus
exclamou: — Ó geração incrédula e perversa! Até quando estarei com vocês?
Até quando terei de suportá-los? Tragam o menino até aqui. E Jesus repreen-
deu o demônio, e este saiu do menino; e, desde aquela hora, o menino ficou
curado.
Mateus 17.14-18

Certo dia, Jesus foi abordado por um pai em desespero, pois seu filho estava sen-
do acometido de uma enfermidade. Os discípulos foram orar pelo menino, mas nada
aconteceu. Certamente, não conseguiram discernir qual era a raiz do problema. Porém,
o menino não ficou desamparado. Jesus usou sua autoridade e expulsou o demônio do
menino. Mais uma vez temos duas óticas diferentes da situação, a natural e a espiritual.

Anotações

Inteligência do século 137


1 Atividade

Jesus usava sua Inteligência do Século para viver. Ele não fazia nada apoiado so-
mente no natural, usava toda sua capacidade espiritual, mental e emocional. Nesta
atividade, você será desafiado a ativar sua inteligência espiritual. Você escreverá seus
insights e ideias para estabelecer as áreas de sua vida por meio da inteligência espiri-
tual.

Minha inteligência nos momentos de escassez e desafios


Minha inteligência nos negócios – profissional

Minha inteligência nos relacionamentos – em geral

138 Inteligência do século


Minha inteligência na liderança – em geral

Minha inteligência na percepção da raiz de problemas

Qual é sua visão?


( ) Inteligência do Século. ( ) Dependência da alma – do natural.

Qual é sua fala (proclamação)?


( ) Inteligência do Século. ( ) Dependência da alma – do natural.

Qual é seu comportamento?


( ) Inteligência do Século. ( ) Dependência da alma – do natural.

Inteligência do século 139


Anotações

140 Inteligência do século


DÉCIMA PRIMEIRA PALESTRA
ESTÁGIOS DA INTELIGÊNCIA DO SÉCULO EM MINHA
IDENTIDADE
Quando o ser humano nasce, possui um corpo. Esse corpo o colocará em contato
com o mundo. Embora esse corpo esteja perfeito, com pernas, braços, olhos, boca e
ouvido, nenhuma dessas partes do corpo está funcionando plenamente. As pernas
ainda não conseguem andar, os olhos ainda estão fechados. Porém, é uma questão de
tempo para todo esse corpo ter a oportunidade de se desenvolver.

Nossa experiência de nascimento natural leva-nos a entender um princípio de de-


senvolvimento espiritual. Da mesma maneira que nossa mente, nossa capacidade cog-
nitiva é desenvolvida gradativamente, nossa Inteligência do Século também será de-
senvolvida gradativamente. Assim como nosso corpo se desenvolve paulatinamente
enquanto o exercitamos, também teremos nossas capacidades espirituais desenvolvi-
das paulatinamente enquanto desenvolvemo-nos espiritualmente.

Nascemos para nos desenvolver naturalmente. Ninguém quer ver um homem que
tem suas pernas perfeitas não caminhando porque não quis aprender a andar. É muito
difícil aceitarmos que alguém, em sua plena capacidade cognitiva, não tenha aprendi-
do nada de interessante durante sua vida. O ideal é que, à medida que o tempo passa,
vamos nos desenvolvendo. Da mesma forma é a nossa estrutura espiritual. Ela nasce e
precisa se desenvolver. Por isso, neste capítulo, falaremos sobre os estágios de desen-
volvimento de nossa Inteligência do Século, que é espiritual.

ESTÁGIO ZERO - MORTE ESPIRITUAL


Quando Adão e Eva desobedeceram a Deus no jardim, a consequência foi a morte.
E essa morte, em um primeiro momento, foi estabelecida pela morte do espírito hu-
mano. Com a morte do espírito humano, o homem se tornou alma vivente, totalmente
dependente de sua cognição e emoção.

Por causa dessa morte espiritual, o homem não tinha a Inteligência do Século para
usar. Todavia, em Jesus, temos a total possibilidade de sermos restaurados em nossa

Anotações

Inteligência do século 141


inteligência espiritual. O estágio zero do homem em relação à Inteligência do Século é
a primeira experiência que temos.

O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito.


João 3.6

Em nosso primeiro estágio de nascimento, nascemos carne, nascemos homem e


mulher em natureza biológica e de psiquê. De fato, nascemos com duas partes da
nossa vida humana ativas. Entretanto, nosso espírito não nasce pleno em suas funcio-
nalidades.

Ele lhes deu vida, quando vocês estavam mortos em suas transgressões e
pecados, nos quais vocês andaram noutro tempo, segundo o curso deste mun-
do, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos
filhos da desobediência. Entre eles também nós todos andamos no passado,
segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos
pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como também os demais.
Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos
amou [...]
Efésios 2.1-4

ESTÁGIO UM - NASCIMENTO ESPIRITUAL


Quando Jesus estava conversando com Nicodemos, Ele disse que “o nascido da
carne é carne e o nascido do espírito é espírito”. Ao explicar essas questões para Nico-
demos, Jesus estava dando o indício do nascimento do espírito, que é a vida e o fluir
do Espírito Santo no nosso interior.

Esse é um estágio muito importante para aquele que deseja viver plenamente a
Inteligência do Século. De fato, tal pessoa necessitará nascer de novo, necessitará ter
um novo coração diante de Deus. E esse novo nascimento é justamente o resgate da
salvação que Deus havia colocado na árvore da vida para o homem no Éden.

Esse é um estágio decisivo para o início do desenvolvimento da Inteligência do


Século. Ninguém conseguirá ter plenitude de vida pela Inteligência do Século se não

Anotações

142 Inteligência do século


nascer de novo antes. Em outras palavras, é nesse momento que todas as nossas facul-
dades de inteligência espiritual nascem. Elas serão como um bebê, pois passarão por
desenvolvimento, mas claramente poderemos senti-las fluindo em nosso ser.

Vale a pena ressaltar, mais uma vez, que esse não é um nascimento religioso. Sabe-
mos disso pois quando Jesus ensinou esse princípio, Ele o ensinou para um homem re-
ligioso, para um mestre da religião. Nesse sentido, é possível que um mestre da religião
não tenha nascido de novo enquanto uma pessoa fora da religião tenha experimenta-
do desse novo nascimento. Mas nada impede que alguém nasça de novo mesmo que
seja dentro de um movimento religioso.

Por isso, a questão fundamental é poder responder positivamente quanto ao nosso


novo nascimento. O ideal é que tenhamos clareza se nascemos de novo ou não. Se
nascemos, devemos caminhar e progredir em nosso desenvolvimento espiritual. Mas,
se não nascemos de novo, é tempo de buscar tal experiência na presença de Deus.

Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo. E esta é a vitória que
vence o mundo: a nossa fé.
1 João 5.4

ESTÁGIO DOIS - A QUEBRA DAS CADEIAS DO PECADO


E DA RELIGIOSIDADE
Antes de nascemos de novo, do nosso nascimento espiritual, vivemos uma vida na-
tural. E como o pecado está em nossa carne, nada mais concreto do que vivermos uma
vida pecaminosa. Isso significa que independentemente da quantidade de pecados
praticados ou não, a verdade é que, uma vez vivendo na carne, viveremos uma vida de
escravidão no pecado.

Antes de nascer de novo, o ser humano só vive uma vida no pecado. Isso acontece
porque não há escolha para ele. Sem vida espiritual é impossível vencer as paixões
deste mundo e da carne. Porém, se vivermos uma vida espiritual, viveremos uma vida
livre da escravidão do pecado. Essa é uma realidade inicial de quem está vivendo no
desenvolvimento de sua Inteligência do Século.

Anotações

Inteligência do século 143


Sabemos que nossa velha natureza humana foi crucificada com Cristo, para
que o pecado não tivesse mais poder sobre nossa vida e dele deixássemos de
ser escravos. Pois, quando morremos com Cristo, fomos libertos do poder do
pecado. Então, uma vez que morremos com Cristo, cremos que também com
ele viveremos. Temos certeza disso, pois Cristo foi ressuscitado dos mortos
e não mais morrerá. A morte já não tem nenhum poder sobre ele. Quando ele
morreu, foi de uma vez por todas, para quebrar o poder do pecado. Mas agora
que ele vive, é para a glória de Deus. Da mesma forma, considerem-se mortos
para o poder do pecado e vivos para Deus em Cristo Jesus. Não deixem que o
pecado reine sobre seu corpo, que está sujeito à morte, cedendo aos desejos
pecaminosos. Não deixem que nenhuma parte de seu corpo se torne instru-
mento do mal para servir ao pecado, mas em vez disso entreguem-se inteira-
mente a Deus, pois vocês estavam mortos e agora têm nova vida. Portanto,
ofereçam seu corpo como instrumento para fazer o que é certo para a glória
de Deus. O pecado não é mais seu senhor, pois vocês já não vivem sob a lei,
mas sob a graça de Deus.
Romanos 6.6-14

A nossa velha natureza pecaminosa foi crucificada com Jesus, por isso podemos
viver plenitude de Deus em santidade. E como encontramos de maneira tão clara no
texto de Romanos, nós devemos nos considerar mortos para o pecado. Mas o texto
bíblico amplia a questão de nossa libertação do pecado. Quem tem a Vida do Espírito
tem o direito de vencer o pecado e a lei. Mas o que é a lei? A lei, nesse caso, aponta
para as questões da religiosidade.

Aquele que nasceu para a sua inteligência espiritual pode vencer o pecado e a reli-
giosidade. E como é importante vencermos a religiosidade! Infelizmente, um dos maio-
res cativeiros do ser humano é a religiosidade. Já fizemos muitas explicações sobre
isso, mas estamos mostrando claramente que um dos estágios do desenvolvimento
de nossa Inteligência do Século é a vitória sobre a religiosidade. Isso não significa que
estamos condenando as reuniões entre aqueles que têm fé em Jesus; o que estamos
falando é sobre a religiosidade que as pessoas estão praticando, acreditando que se-
rão salvas por meio da religião.

Jamais podemos nos esquecer de que a nossa Inteligência do Século nos é concedi-
da pelo Espírito Santo. Esse é o Espírito de santidade que está dentro de nós. Por isso,
quando vamos subindo de estágio em nossa Inteligência do Século, vamos quebrando

Anotações

144 Inteligência do século


os nossos hábitos pecaminosos, vamos vencendo o medo e a opressão da religiosida-
de; caminhando, assim, em vitória sobre o pecado e a religião.

Como está sua caminhada do desenvolvimento de sua Inteligência do Século? Como


está sua vitória sobre o pecado, sobre os atos pecaminosos? Como está sua vitória
sobre a religiosidade? Nossa oração é que você prevaleça, nestes dias, sobre o pecado
e sobre a religiosidade, que você seja livre para viver uma vida santa e de relaciona-
mento com Deus.

ESTÁGIO TRÊS - A INTELIGÊNCIA ESPIRITUAL COM


FOCO EM MINHAS NECESSIDADES
Quando começamos a nossa carreira espiritual, passamos por estágios de desen-
volvimento. Todos esses estágios são importantes para nossa vida em inteligência es-
piritual. Se você está nesse estágio, não tem problema, pois faz parte do seu desen-
volvimento. O único problema é se você não avançar para os estágios seguintes, o
problema é você ficar estagnado, perdendo a possibilidade de se tornar uma pessoa
extraordinariamente inteligente.

No início de nossa experiência espiritual, temos, na maioria das vezes, um só foco: “o


nosso próprio bem-estar”. Portanto, fazemos de tudo para prevalecermos numa vida
espiritual por nossa própria causa. A nossa preocupação está em nosso próprio de-
senvolvimento e, por isso, não conseguimos olhar para outros lugares e pessoas além
de nós.

Nesse estágio de desenvolvimento da Inteligência do Século, queremos a inteligên-


cia simplesmente por desejarmos o nosso próprio sucesso. Nós queremos a inteli-
gência para prosperar nos negócios, nos relacionamentos, em nossa paternidade ou
maternidade, dentre tantos outros aspectos. Nesse estágio, não olhamos nem para a
direita nem para a esquerda, estamos sempre focados no que queremos ou no que
precisamos.

Passar por essa fase é importante, pois nos ajuda a compreender um tanto mais as
nossas necessidades; é olhando para nós que vamos tendo disposição de transfor-
mar-nos segundo as avaliações da inteligência espiritual que Deus nos deu. Porém,

Anotações

Inteligência do século 145


precisamos avançar, permitindo que a nossa inteligência espiritual seja abundante para
benefício de todos.

Nós podemos encontrar um exemplo claro de pessoas que estavam com Jesus so-
mente para receber algum benefício para si. Os discípulos também passaram por um
momento como esse. Ficou bem evidente que, quando Jesus foi preso, e eles perce-
beram que os seus benefícios do reino ficariam comprometidos, fugiram. Até esse
momento, os discípulos estavam num estágio de inteligência espiritual que buscava
apenas um favorecimento próprio. Eles nem mesmo estavam considerando a vontade
de Jesus naquele momento, pois não conseguiram orar com Ele em seu momento de
angústia.

Ora, o traidor tinha dado a eles um sinal: “Aquele que eu beijar, é esse;
prendam e levem-no com segurança.” E logo que chegou, aproximando-se de
Jesus, Judas disse: — Mestre! E o beijou. Então eles agarraram Jesus e o pren-
deram. Nisto, um dos que estavam ali, sacando da espada, feriu o servo do
sumo sacerdote e cortou-lhe a orelha. Jesus lhes disse: — Vocês vieram com
espadas e porretes para prender-me, como se eu fosse um salteador? Todos
os dias eu estava com vocês no templo, ensinando, e vocês não me prende-
ram; mas isto é para que se cumprissem as Escrituras. Então todos o deixaram
e fugiram. Um jovem, coberto unicamente com um lençol, seguia Jesus. Eles o
agarraram, mas ele largou o lençol e fugiu nu.
Marcos 14.44-52

Quando os discípulos viram Jesus sendo preso, fugiram. Como está escrito, houve
um que fugiu nu. Tudo isso porque perderam toda a esperança de se beneficiarem com
o Ministério de Jesus. Mas sabe o que é interessante? Jesus sabia que essa era uma
fase da Inteligência do Século de cada um dos seus discípulos. Mesmo que tenha sido
abandonado, Jesus não deixou de chamá-los novamente para a comunhão. Ele fez isso
pois sabia que aqueles discípulos iriam se desenvolver em sua vida espiritual. Passar
por esse movimento, em que nossa vida é o centro, faz parte do nosso desenvolvi-
mento espiritual. No entanto, precisamos ter clareza da necessidade de continuarmos
nossa jornada de desenvolvimento. Não podemos parar nesse estágio.

Anotações

146 Inteligência do século


ESTÁGIO 4 - A DISPOSIÇÃO PARA AS PRÁTICAS ESPI-
RITUAIS BÁSICAS
Nascer da carne nos coloca em uma posição de buscar coisas agradáveis para ela.
É por isso que buscamos tanto viver uma vida que nos alegre e nos deixe felizes. En-
quanto estávamos dependentes da vida natural, todas as nossas satisfações estavam
baseadas no que o mundo natural poderia nos oferecer. O conforto, o dinheiro, o sexo,
dentre tantas outras coisas naturais, eram o que de maior valor tínhamos para nos sa-
tisfazer. Todavia, nós nascemos do espírito e, por isso, somos chamados para uma vida
sobrenatural.

Nascer do espírito nos concede um modelo de vida sobrenatural. Quem nasceu do


espírito não se satisfaz mais somente com coisas naturais, precisa de algo muito maior;
precisa de um mover sobrenatural em sua vida. E, entendendo essa necessidade, co-
meça a desfrutar das práticas espirituais relevantes para o seu desenvolvimento. Para
uma pessoa que é natural, orar, adorar, agradecer a Deus, meditar na Palavra de Deus,
praticar jejum, dentre outras questões espirituais, é um grande sofrimento, pois todas
essas ações só podem ser realizadas por aqueles que nasceram do espírito.

Quando nascemos do espírito, nossos olhos espirituais se abrem para as práticas


espirituais. Orar, ler a bíblia, meditar na presença de Deus, adorar, jejuar vão se tor-
nando ações muito prazerosas. Isso acontece porque aquele que nasceu do espírito
tem desejo pelas coisas espirituais, então, terá muito prazer se estiver praticando os
princípios espirituais. Esse é um estágio importante de desenvolvimento de nossa In-
teligência do Século.

Porém, as práticas mencionadas acima são práticas do desenvolvimento espiritual


para crianças espirituais. Todos nós um dia passamos pelo estágio de sermos crianças
espirituais, deixamos de ser bebês e passamos a ser crianças. Mas o alvo é que nós
sejamos adultos espirituais, pessoas com maturidade em sua Inteligência do Século.

A esse respeito temos muitas coisas a dizer, coisas difíceis de explicar, por-
que vocês ficaram com preguiça de ouvir. Pois, quando já deviam ser mestres,
levando em conta o tempo decorrido, vocês têm, novamente, necessidade de
alguém que lhes ensine quais são os princípios elementares dos oráculos de
Deus. Passaram a ter necessidade de leite e não de alimento sólido. Ora, todo
aquele que se alimenta de leite é inexperiente na palavra da justiça, porque é

Anotações

Inteligência do século 147


criança. Mas o alimento sólido é para os adultos, para aqueles que, pela práti-
ca, têm as suas faculdades exercitadas para discernir não somente o bem, mas
também o mal.
Hebreus 5.11-14

O texto de Hebreus colocado acima nos concede a oportunidade de vermos a expe-


riência espiritual pelos estágios aqui propostos. O ser criança espiritual, por exemplo,
é um estágio normal, que todos passam em sua vida. Todavia, não podemos ficar o
tempo todo em um posicionamento de criança espiritual, nossa Inteligência do Século
precisa amadurecer. Assim como existe o tempo limitado para sermos crianças natu-
rais, existe um tempo determinado em que podemos ser crianças espirituais. Portanto,
vamos avançando no estágio de desenvolvimento de nossa Inteligência do Século, que
é espiritual.

ESTÁGIO 5 - A CONVICÇÃO PERFEITA DA BONDADE E


DO AMOR DE DEUS
Experimentar a bondade e o amor de Deus é algo que recebemos desde o início de
nosso processo de novo nascimento. Todavia, essa experiência precisa se tornar uma
marca indelével em nosso interior. Entender a bondade e o amor de Deus por nós sem
duvidar, em momento algum, é um estágio de desenvolvimento crescente da Inteligên-
cia do Século. Digo isso, pois a maioria das pessoas coloca, contra a parede, a bondade
e o amor de Deus em quaisquer circunstâncias de dificuldade que passem.

Quem está nesse estágio de convicção perfeita da bondade e do amor de Deus


acredita nessa realidade em todos os momentos de sua vida. Tal pessoa sabe que Deus
está perto e jamais a abandonaria, mesmo que dificuldades e desafios estejam à sua
frente. Aquele que tem convicção perfeita do amor de Deus perdeu o medo de viver e
se tornará uma pessoa cada vez mais ousada para cumprir seus propósitos.

Quem tem consciência do amor de Deus se sente seguro em todas as situações.


Infelizmente, não são todos os nascidos de novo que possuem essa experiência. Eles
ainda duvidam da bondade e do amor de Deus em alguns momentos; e por duvidarem
do amor de Deus em sua vida, mostram que não estão aperfeiçoadas em sua Inteligên-
cia do Século.

Anotações

148 Inteligência do século


Aquele que confessar que Jesus é o Filho de Deus, Deus permanece nele, e
ele permanece em Deus. E nós conhecemos o amor e cremos neste amor que
Deus tem por nós. Deus é amor, e aquele que permanece no amor permanece
em Deus, e Deus permanece nele. Nisto o amor é aperfeiçoado em nós, para
que, no Dia do Juízo, mantenhamos confiança; pois, assim como ele é, tam-
bém nós somos neste mundo. No amor não existe medo; pelo contrário, o per-
feito amor lança fora o medo. Porque o medo envolve castigo, e quem teme
não é aperfeiçoado no amor.
1 João 4.15-18

Nada pode nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus. Essa é uma reali-
dade na qual precisamos crer com toda a confiança. É uma verdade que nos posiciona
no crescimento da Inteligência do Século. Acreditar no amor de Deus por nós, de ma-
neira confiante plena, nos dá a ousadia para vivermos uma vida na presença de Deus.

E estou convencido de que nem morte nem vida, nem anjos nem demônios,
nem o que existe hoje nem o que virá no futuro, nem poderes, nem altura nem
profundidade, nada, em toda a criação, jamais poderá nos separar do amor de
Deus revelado em Cristo Jesus, nosso Senhor.
Romanos 8.38,39

ESTÁGIO 6 - POSIÇÃO EM CRISTO DE MANEIRA MAIS


AMPLIADA, EM COMUNIDADE
A vontade de Deus é ter uma comunidade de pessoas que têm relacionamento com
Ele. Quando Ele nos deu de sua vida, compartilhou conosco uma vida interessante, que
é a vida de “uns com os outros”. Como você sabe, Deus é três em um. Mas por qual
motivo isso acontece? Acontece por causa do modelo de vida pelo qual Deus vive: é
um modelo de comunhão intensa.

Deus Pai, Deus Espírito e Deus Filho são um. Mas, ao mesmo tempo, são três. Esse
é um mistério que só pode ser revelado por causa do modelo de vida pelo qual Deus
vive. Esse é um modelo de comunhão “uns com os outros”. É um modelo de vida que
somente quem tem sua Inteligência do Século ampliada conseguirá viver.

Anotações

Inteligência do século 149


Nossa vida natural tem uma tendência muito grande ao individualismo, mas, quando
nascemos do Espírito, somos levados por Deus para uma experiência em comunidade:
o corpo de Cristo, que é a igreja. Todavia, você não pode confundir a igreja de Jesus
como sendo a comunidade estabelecida pelas instituições humanas. A igreja de Jesus
não é o prédio, não são as regras. A igreja de Jesus é o conjunto de pessoas que vivem
uma comunhão que representa o estilo de vida que o Pai, o Filho e o Espírito Santo
vivem. E essa comunhão pode acontecer em qualquer lugar, inclusive dentro de uma
instituição.

Quando Jesus estava falando com os seus discípulos sobre essa experiência da vida
de “uns com os outros”, explicou:

Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo. E a


favor deles eu me santifico, para que eles também sejam santificados na ver-
dade. — Não peço somente por estes, mas também por aqueles que vierem a
crer em mim, por meio da palavra que eles falarem, a fim de que todos sejam
um. E como tu, ó Pai, estás em mim e eu em ti, também eles estejam em nós,
para que o mundo creia que tu me enviaste. Eu lhes transmiti a glória que me
deste, para que sejam um, como nós o somos; eu neles, e tu em mim, a fim de
que sejam aperfeiçoados na unidade, para que o mundo conheça que tu me
enviaste e os amaste, como também amaste a mim.
João 17.18-23

Em sua oração, Jesus mostra claramente o que é ser uma comunidade que tem
relacionamento com Deus: é uma comunidade que está vinculada com o Pai e vincu-
lada uns com os outros. Uma comunidade que está se aperfeiçoando em unidade. O
assunto igreja é muito extenso e extremamente importante. Seria impossível tratarmos
todo esse tema nestes breves comentários. Mas é importante você entender que viver
em comunhão “uns com os outros” é uma etapa de Inteligência do Século que mostra
maturidade espiritual.

Enquanto somos novos na fé, ainda cheios de “mimimi”, não conseguimos andar em
intimidade com os outros por causa de nossas feridas da alma. Por ainda não conse-
guirmos perdoar, deixamos de andar em comunhão para andarmos individualmente.
Aqueles, então, que possuem o novo nascimento, mas sempre estão posicionados no
interesse de viver uma vida individual com Deus, estão apenas manifestando que suas
vidas espirituais são infantis a ponto de não conseguirem se vincular com os outros.

Anotações

150 Inteligência do século


Mas um só e o mesmo Espírito realiza todas essas coisas, distribuindo-as a
cada um, individualmente, conforme ele quer. Porque, assim como o corpo é
um e tem muitos membros, e todos os membros, mesmo sendo muitos, cons-
tituem um só corpo, assim também é com respeito a Cristo. Pois, em um só
Espírito, todos nós fomos batizados em um só corpo, quer judeus, quer gre-
gos, quer escravos, quer livres. E a todos nós foi dado beber de um só Espíri-
to. Porque também o corpo não é um só membro, mas muitos. Se o pé disser:
“Porque não sou mão, não sou do corpo”, nem por isso deixa de ser do corpo.
Se o ouvido disser: “Porque não sou olho, não sou do corpo”, nem por isso
deixa de ser do corpo. Se todo o corpo fosse olho, onde estaria o ouvido? Se
todo ele fosse ouvido, onde estaria o olfato? Mas Deus dispôs os membros,
colocando cada um deles no corpo, como ele quis. Se todos, porém, fossem
um só membro, onde estaria o corpo? O certo é que há muitos membros, mas
um só corpo. Os olhos não podem dizer à mão: “Não precisamos de você.” E
a cabeça não pode dizer aos pés: “Não preciso de vocês.” Pelo contrário, os
membros do corpo que parecem ser mais fracos são necessários, e os que nos
parecem menos dignos no corpo, a estes damos muito maior honra. Também
os que em nós não são decorosos revestimos de especial honra,
ao passo que os nossos membros nobres não têm necessidade disso. Contu-
do, Deus coordenou o corpo, concedendo muito mais honra àquilo que menos
tinha, para que não haja divisão no corpo, mas para que os membros coo-
perem, com igual cuidado, em favor uns dos outros. De maneira que, se um
membro sofre, todos sofrem com ele; e, se um deles é honrado, todos os ou-
tros se alegram com ele. Ora, vocês são o corpo de Cristo e, individualmente,
membros desse corpo.
1 Coríntios 12.11-27

A maturidade da nossa inteligência espiritual nos levará a viver em comunhão espi-


ritual com Deus e com pessoas que têm a nossa fé. Essa é uma realidade importante
para o desenvolvimento de nossas capacidades espirituais. É recebendo conhecimen-
to uns dos outros que nos ampliaremos em nossas percepções espirituais. Como vimos
no texto acima, existem muitas oportunidades de aprendermos “uns com os outros”
por termos dons e talentos espirituais diferentes.

Viver em comunidade espiritual, e não em reuniões religiosas simplesmente, é um


dos atos importantes para o desenvolvimento de nossa Inteligência do Século. Portan-
to, sempre esteja aberto à prática da vida de “uns com os outros”, que Deus concedeu

Anotações

Inteligência do século 151


através de sua vida espiritual. A vontade de Deus é que sejamos uma casa espiritual
para Ele, uma casa em que estamos juntos, firmados pelas bases de Jesus e do Espírito
Santo, uma casa em que cada pedra esteja sendo edificada.

Vamos conhecer um pouco mais das consequências práticas dessa vida em comuni-
dade? Então, atente-se aos versículos abaixo.

Sujeitem-se uns aos outros no temor de Cristo.


Efésios 5.21

Portanto, consolem uns aos outros com estas palavras. 1


Tessalonicenses 4.18

Pelo contrário, sejam bondosos e compassivos uns para com os outros, per-
doando uns aos outros, como também Deus, em Cristo, perdoou vocês.
Efésios 4.32

[...] com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando uns


aos outros em amor [...]
Efésios 4.2

Amem uns aos outros com amor fraternal. Quanto à honra, deem sempre
preferência aos outros.
Romanos 12.10

Levem as cargas uns dos outros e, assim, estarão cumprindo a lei de Cristo.
Gálatas 6.2

Cuidemos também de nos animar uns aos outros no amor e na prática de


boas obras.
Hebreus 10.24

Suportem-se uns aos outros e perdoem-se mutuamente, caso alguém tenha


motivo de queixa contra outra pessoa. Assim como o Senhor perdoou vocês,
perdoem também uns aos outros.
Colossenses 3.13

Anotações

152 Inteligência do século


Todos os irmãos mandam saudações. Saúdem uns aos outros com um beijo
santo. 1
Coríntios 16.20

O que eu lhes ordeno é isto: que vocês amem uns aos outros.
João 15.17

Amados, se Deus nos amou de tal maneira, nós também devemos amar uns
aos outros.
1 João 4.11

Portanto, confessem os seus pecados uns aos outros e orem uns pelos ou-
tros, para que vocês sejam curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do
justo.
Tiago 5.16

Eu lhes dou um novo mandamento: que vocês amem uns aos outros. Assim
como eu os amei, que também vocês amem uns aos outros.
João 13.34

Portanto, acolham uns aos outros, como também Cristo acolheu vocês para
a glória de Deus.
Romanos 15.7

Assim, meus irmãos, quando vocês se reúnem para comer, esperem uns pe-
los outros.
1 Coríntios 11.33

Portanto, consolem uns aos outros e edifiquem-se mutuamente, como vo-


cês têm feito até agora.
1 Tessalonicenses 5.11

[...] assim também nós, embora sejamos muitos, somos um só corpo em


Cristo e membros uns dos outros.
Romanos 12.5

Anotações

Inteligência do século 153


Tenham cuidado para que ninguém retribua aos outros mal por mal; pelo
contrário, procurem sempre o bem uns dos outros e o bem de todos.
1 Tessalonicenses 5.15

[...] para que não haja divisão no corpo, mas para que os membros coope-
rem, com igual cuidado, em favor uns dos outros.
1 Coríntios 12.25

Ora, se eu, sendo Senhor e Mestre, lavei os pés de vocês, também vocês de-
vem lavar os pés uns dos outros.
João 13.14

Portanto, deixemos de julgar uns aos outros. Pelo contrário, tomem a deci-
são de não pôr tropeço ou escândalo diante do irmão.
Romanos 14.13

Sirvam uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como encar-
regados de administrar bem a multiforme graça de Deus.
1 Pedro 4.10

Quanto ao amor fraternal, não há necessidade de que eu lhes escreva, por-


que vocês mesmos foram instruídos por Deus a amar uns aos outros.
1 Tessalonicenses 4.9

E eu mesmo, meus irmãos, estou certo de que vocês estão cheios de bon-
dade, têm todo o conhecimento e são aptos para admoestar uns aos outros.
Romanos 15.14

Porque vocês, irmãos, foram chamados à liberdade. Mas não usem a liber-
dade para dar ocasião à carne; pelo contrário, sejam servos uns dos outros,
pelo amor.
Gálatas 5.13

Irmãos, não falem mal uns dos outros. Aquele que fala mal do irmão ou julga
o seu irmão fala mal da lei e julga a lei; ora, se você julga a lei, não é observa-
dor da lei, mas juiz.
Tiago 4.11

Anotações

154 Inteligência do século


Os versículos acima foram colocados para você ter uma dimensão do que seria viver
“uns com os outros”. Esse é um grande estilo de Inteligência do Século, que é a ca-
pacidade de viver em comunhão com outras pessoas. Você pode passar por cada um
desses versículos e perceber se você tem esse nível de realidade de vida com outras
pessoas, mesmo que seja fora do ambiente de religiosidade. Se você tem vivido isso,
você está bem perto de completar a experiência da Inteligência do Século.

Se você deseja trilhar esse caminho de amadurecimento, peça a Deus para abrir as
portas para você se juntar a outros membros do corpo dele. E deixe que o Espírito San-
to conduza você para o corpo do qual você fará parte, que serão pessoas da mesma
fé, que desejam cumprir o mandamento de Deus de serem um só do Senhor. Essa é a
real condição da igreja verdadeira, a unidade de muitos membros que formam o corpo
de Jesus.

Lembre-se de que esse ajuntamento do corpo não pode ter limites de denominação
cristã, isto é, que sua comunhão fique restrita aos que estão em sua denominação. Isso
é divisão! Sua comunhão não pode ser bloqueada por doutrinas de instituições cristãs
religiosas. Foi Jesus quem nos libertou para sermos corpo uns com os outros, inde-
pendentemente de qualquer tipo de formação cristã religiosa. Você pode ser corpo de
Cristo com qualquer pessoa que tenha a mesma fé e a mesma intenção de serem um.

O corpo de Cristo, que é a igreja, é maior que a denominação, que a raiz cultural, que
a limitação geográfica, que a cor, que um nome pregado numa parede. A manifestação
do corpo de Cristo é maior do que tudo, por isso esteja aberto para Ele fazer de você
membro de um corpo saudável e que deseja crescer em suas capacidades espirituais.

ESTÁGIO 7 - HERANÇA DE AUTORIDADE NO REINO


DOS CÉUS
O alvo de Deus é nos salvar e nos levar ao pleno conhecimento da verdade. A vontade
de Deus é que tenhamos maturidade em nossa Inteligência do Século. Ele não morreu
na cruz pelos nossos pecados para nos conceder uma vida medíocre. Como está escrito,
Ele veio para nos dar vida e vida em abundância. Isso significa que a vontade de Deus
é nos posicionar na plenitude de nossa inteligência espiritual; a vontade de Deus para
você é ver você vivendo na máxima experiência de sua inteligência espiritual.

Anotações

Inteligência do século 155


Seu crescimento espiritual irá posicioná-lo num grande movimento de autoridade
no Reino dos Céus. No início de sua caminhada espiritual, você fará parte do Reino,
você verá o Reino de Deus. Porém, por causa de sua imaturidade espiritual, suas capa-
cidades não estarão prontas para se alimentar daquilo que é mais profundo no Reino
de Deus. Para relembrarmos, no livro de Hebreus, está escrito que o alimento espiritual
sólido é para os maduros na fé, para aqueles que têm suas faculdades espirituais ativa-
das e em funcionamento.

Por qual motivo Deus quer posicionar você em maturidade espiritual? Ele quer fazer
isso para que você não somente seja parte do Reino, mas tenha posição de autoridade
no Reino e neste mundo. É nesse estágio de autoridade que toda herança de Deus se
estabelece plenamente na sua vida; é nesse estágio que as suas palavras se tornam
poderosas para desfazer as obras do diabo; é nesse momento que plena alegria e vigor
espiritual se manifestam em sua vida por meio do poder do Reino de Deus.

Enquanto somos crianças espirituais, não conseguimos desfrutar de toda a plenitu-


de de Deus. De fato, temos toda herança disponível a nós. Todavia, se somos crianças
espirituais, não conseguimos alcançar toda a plenitude dessa herança. Digo isso, pois
essa herança só é entregue para o desfrute daqueles que têm maturidade espiritual.
Se nós queremos as chaves do Reino, precisamos crescer em maturidade espiritual.
Isso é simples de entender por um exemplo natural: se queremos o nosso diploma
universitário, nosso cognitivo precisa estar preparado para conhecer e aplicar todo o
conhecimento necessário para recebermos tal diploma.

Digo, porém, o seguinte: durante o tempo em que o herdeiro é menor de


idade, em nada difere de um escravo, mesmo sendo senhor de tudo. Mas está
sob tutores e curadores até o tempo predeterminado pelo pai.
Gálatas 4.1,2

No texto de Gálatas, encontramos essa premissa que nos dá um entendimento de


que é a maturidade espiritual nos garante a oportunidade de usufruirmos de toda a
vida abundante que Deus deseja para nós. Enquanto mantivermos nosso posiciona-
mento de crianças espirituais, não conseguiremos ter a Inteligência do Século para
tomarmos posse de tudo aquilo que é nosso.

Anotações

156 Inteligência do século


OS ESTÁGIOS DA INTELIGÊNCIA DO SÉCULO EM 1 PEDRO
Esses estágios espirituais não foram tirados de nossa própria cabeça, não foram
uma invenção nossa. Pelo contrário, o apóstolo Pedro nos mostrou os estágios de
modo muito claro em seus escritos. Colocaremos todos os versos, separando-os, para
você perceber os estágios no próprio texto bíblico. Na Palavra de Deus, o texto está
direto, mas aqui iremos mostrá-lo por etapas.

Estágio 0 – Mostra a morte espiritual em que estávamos


Porque vocês foram regenerados não de semente corruptível, mas de se-
mente incorruptível, mediante a palavra de Deus, a qual vive e é permanente.
Porque “toda a humanidade é como a erva do campo, e toda a sua glória é
como a flor da erva. A erva seca, e a flor cai [...]

Estágio 1 – Mostra o novo nascimento pela Palavra do Senhor, que


é o evangelho permanecendo em nós
[...] mas a palavra do Senhor permanece para sempre.” Esta palavra é o
evangelho que foi anunciado a vocês.

Estágio 2 – Mostra o abandono do pecado e da hipocrisia religiosa


Portanto, abandonem toda maldade, todo engano, hipocrisia e inveja, bem
como todo tipo de maledicência.

Estágio 3 e 4 – Mostra o desenvolvimento individual da fé e o de-


sejo pelas práticas espirituais básicas
Como crianças recém-nascidas, desejem o genuíno leite espiritual, para que,
por ele, lhes seja dado crescimento para a salvação [...]

Estágio 5 – Mostra a convicção da bondade e do amor de Deus


[...] se é que vocês já têm a experiência de que o Senhor é bondoso.

Estágio 6 – Mostra o posicionamento em Jesus, vida em comuni-


dade como casa de Deus
Chegando-se a ele, a pedra que vive, rejeitada, sim, pelos homens, mas para
com Deus eleita e preciosa, também vocês, como pedras que vivem, são edi-
ficados casa espiritual para serem sacerdócio santo, a fim de oferecerem sa-
crifícios espirituais agradáveis a Deus por meio de Jesus Cristo. Pois isso está

Anotações

Inteligência do século 157


na Escritura: “Eis que ponho em Sião uma pedra angular, eleita e preciosa; e
quem nela crer não será envergonhado.” Portanto, para vocês, os que creem,
esta pedra é preciosa. Mas, para os descrentes, “A pedra que os construtores
rejeitaram, essa veio a ser a pedra angular.” E: “Pedra de tropeço e rocha de
ofensa.” São estes os que tropeçam na palavra, sendo desobedientes, para o
que também foram destinados.

Estágio 7 – Mostra a herança e a ativação da autoridade real


Vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de
propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamar as virtudes daquele que
os chamou das trevas para a sua maravilhosa luz. 1 Pedro 1.23,24 a 2.1-9

Deus é um Deus de processos. Assim como nosso corpo natural se desenvolve com
o tempo, com as atividades e os desafios, nossa vida espiritual também tem seu
tempo de desenvolvimento. E esse é um tempo muitíssimo aguardado pelo mundo! A
própria criação de Deus está aguardando a manifestação dos filhos maduros de Deus.
Nunca se esqueça de que tudo que Deus quer é liberar as chaves do Reino dos Céus
em nossas mãos. Mas Ele somente fará isso quando você tiver maturidade em sua in-
teligência.

Pois toda a criação aguarda com grande expectativa o dia em que os filhos
de Deus serão revelados. Toda a criação, não por vontade própria, foi subme-
tida por Deus a uma existência fútil, na esperança de que, com os filhos de
Deus, a criação seja gloriosamente liberta da decadência que a escraviza. Pois
sabemos que, até agora, toda a criação geme, como em dores de parto.
Romanos 8.19-22

Anotações

158 Inteligência do século


1 Atividade

Em que estágio você está? Lembre-se de que todos nós passaremos por todos os
níveis. Essa é uma realidade normal. O que não é normal é a estagnação, ou seja, quan-
do paralisamos nosso desenvolvimento. Escreva abaixo o estágio em que você está.
Depois, reflita se você está nesse estágio de forma estagnada ou de maneira normal.

Inteligência do século 159


Anotações

160 Inteligência do século


DÉCIMA SEGUNDA PALESTRA
AS ESCOLHAS PARA PRESERVAR A INTELIGÊNCIA DO
SÉCULO
Deus continua o mesmo! Ele não obrigou Adão a viver sua vida pautada pela Inte-
ligência do Século e não obrigará você. Deus já deixou claro que a vontade dele é ver
você tendo todo conhecimento e experimentando de uma vida espiritual extraordiná-
ria. Todavia, essa escolha é responsabilidade sua. Abaixo listamos os fundamentos para
se continuar no fluir da inteligência espiritual.

1 Use a Inteligência do Século em todas as ocasiões

Em todos os momentos da vida, temos de pensar, ativando nossas capacidades da


mente e das emoções. Via de regra, por termos vivido muitos anos dependendo de
nossas capacidades naturais, é comum colocarmos essas capacidades na frente para
tomarmos nossas decisões. Como já fomos treinados em usar nossa alma, deixamos
nosso espírito de fora das decisões.

O hábito de usarmos somente nossa alma para decidirmos não é o único empecilho
que devemos enfrentar. Há também o pensamento de religiosidade que nos convence
de que Deus não está atento às mínimas coisas de nossa vida. Há muita gente falando:
“Deus está preocupado com o que você não pode fazer! O resto é com você!” Essa é
uma falácia que vai retirando de nós a experiência de uma vida e inteligência espiritual
constante.

A inteligência espiritual não é para resolvermos os problemas grandes somente, mas


para vivermos com ela o tempo todo. A Inteligência do Século não deve ser algo que
uso hoje e amanhã não usarei, pois não terei decisões difíceis a encarar. A Inteligência
do Século, que é a espiritual, deve ser usada constantemente em toda e qualquer cir-
cunstância.

Não podemos ignorar o uso da inteligência espiritual, da mesma forma que não ig-
noramos o uso da inteligência cognitiva. E se usamos o cognitivo para decidir por um
prato de comida, por qual motivo ignoraremos a inteligência espiritual? A verdade é

Anotações

Inteligência do século 161


que a inteligência cognitiva pode avaliar que comer tal comida seria interessante. Po-
rém, é a inteligência espiritual, que sonda todas as coisas, que saberá se aquela comida
está contaminada.

Quero dar um exemplo para você. Você sabia que muitos trabalhos malignos feitos
por demônios são entregues às pessoas por meio de presentes? Isso mesmo. E, com
os olhos naturais, quem perceberá que tal presente carrega espíritos malignos? É so-
mente por meio das percepções da Inteligência do Século que poderemos nos livrar
de ataques espirituais. Nesse sentido, é importante ativarmos e não deixamos de usar
nossa inteligência espiritual.

2 Viva no princípio do Amor - cinco dimensões

A inteligência espiritual é o fluir do Espírito Santo em nossa vida. E, como sabemos,


a essência de Deus é o amor. Ele é o amor. Nesse sentido, precisamos manter nossa
base de amor. O amor será o fundamento para desfrutarmos da crescente experiência
de nossa inteligência espiritual. E as cinco dimensões do amor são:

1. Amor por Deus


Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma,
de todo o teu entendimento e de toda a tua força.
Marcos 12:30

2. Amor por nós mesmos


O segundo é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro manda-
mento maior do que estes.
Marcos 12:31

3. Amor pelo próximo


O segundo é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro manda-
mento maior do que estes.
Marcos 12:31

4. Amor pela família


Ora, se alguém não tem cuidado dos seus e especialmente dos da própria
casa, tem negado a fé e é pior do que o descrente.
1 Timóteo 5:8

Anotações

162 Inteligência do século


Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mes-
mo se entregou por ela.
Efésios 5:25

5. Amor pelos inimigos.


Amai, porém, os vossos inimigos, fazei o bem e emprestai, sem esperar ne-
nhuma paga; será grande o vosso galardão, e sereis filhos do Altíssimo. Pois
ele é benigno até para com os ingratos e maus.
Lucas 6:35

Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perse-
guem.
Mateus 5:44

Não se esqueça de que há uma força de amor dentro de você! Esse amor
não é apenas uma disposição mental para amor, mas é um fluir da essência de
Deus que foi derramado em nossos corações por meio do Espírito Santo.
(...) sabemos quanto Deus nos ama, uma vez que ele nos deu o Espírito San-
to para nos encher o coração com seu amor.
Romanos 5:5

3 Manter comunhão com o Espírito Santo

Nossa Inteligência do Século é nutrida pela vida espiritual do Espírito Santo. É Ele
que nos leva ao entendimento de todas as coisas. Portanto, não podemos apagar a
Vida do Espírito em nós.

É a isso que as Escrituras se referem quando dizem: “Olho nenhum viu, ou-
vido nenhum ouviu, e mente nenhuma imaginou o que Deus preparou para
aqueles que o amam”. Mas foi a nós que Deus revelou estas coisas por seu
Espírito. Pois o Espírito sonda todas as coisas, até os segredos mais profundos
de Deus.
1 Coríntios 2.9,10

Nos versículos acima, encontramos um relato interessante, que difere o ser humano
espiritual do natural. Como está escrito, o homem natural não consegue ver, ouvir e

Anotações

Inteligência do século 163


imaginar o que Deus preparou. Porém, é pelo Espírito Santo que conseguimos entender
todas as coisas, até mesmo as que estão ocultas em Deus.

Quando mantemos comunhão com o Espírito Santo, ativamos nossa inteligência


espiritual ao máximo, discernindo todas as coisas ao nosso redor. Por isso é tão im-
portante que nossa intimidade com o Espírito Santo aumente. Esteja atento ao seu
momento de comunhão com o Espírito Santo! Esteja atento à realidade de que Ele está
com você o tempo todo.

4 Viver a inteligência espiritual pela graça, e não pela justiça própria


A árvore da vida, no Éden, estava disponível gratuitamente para o ser humano. Essa
foi uma resolução de Deus. Isso não mudou! Por isso, não temos a manifestação dessa
vida espiritual por causa de nossa própria força, mas pela nossa fé em toda obra con-
sumada de Jesus. Entender essa questão parece fácil, mas não é! Existem pessoas que
começam a andar no Espírito pela fé, mas, depois de um tempo, querem se justificar
diante de Deus por suas obras religiosas.

Ó gálatas insensatos! Quem foi que os enfeitiçou? Não foi diante dos olhos
de vocês que Jesus Cristo foi exposto como crucificado? Quero apenas saber
isto: vocês receberam o Espírito pelas obras da lei ou pela pregação da fé?
Será que vocês são tão insensatos que, tendo começado no Espírito, agora
querem se aperfeiçoar na carne? Será que vocês sofreram tantas coisas em
vão? Se é que, na verdade, foram em vão. Aquele que lhes concede o Espírito
e que opera milagres entre vocês, será que ele o faz pelas obras da lei ou pela
pregação da fé?
Gálatas 3.1-5

Você percebeu o que está acontecendo no texto acima? O apóstolo Paulo está in-
dignado com a igreja dos gálatas. Mas por qual motivo ele está tão transtornado? Pelo
motivo de os gálatas terem aceitado o Espírito Santo, isto é, a inteligência espiritual,
pela graça e pela fé, mas depois estavam acreditando que precisavam se tornar religio-
sos para manterem suas capacidades espirituais.

A vida espiritual em nós não acontece pelo motivo de sermos bons. Pelo contrário, é
ela que nos faz ser santos e cheios de bondade. É pela pregação da fé que recebemos

Anotações

164 Inteligência do século


nossa identidade espiritual; é pela fé que tomamos posse de nossa inteligência! Por
isso, devemos resistir a toda tentativa de buscar nos justificar, ou seja, de querermos
pagar para termos o poder sobrenatural de Deus. No livro de Atos, há uma história que
reflete claramente esse acontecimento.

Filipe foi para a cidade de Samaria e ali falou ao povo sobre o Cristo. Quan-
do as multidões ouviram sua mensagem e viram os sinais que ele realizava,
deram total atenção às suas palavras. Muitos espíritos impuros eram expulsos
e, aos gritos, deixavam suas vítimas, e muitos paralíticos e aleijados eram
curados. Por isso, houve grande alegria naquela cidade. Um homem chamado
Simão praticava feitiçaria ali havia anos. Ele deixava o povo de Samaria admi-
rado, e afirmava ser alguém importante. Todos, dos mais simples aos mais im-
portantes, se referiam a ele como “o Grande Poder de Deus”. Ouviam-no com
atenção, pois, durante muito tempo, ele os tinha deixado admirados com sua
magia. No entanto, quando Filipe lhes levou a mensagem sobre as boas-novas
do reino de Deus e sobre o nome de Jesus Cristo, eles creram e, como resul-
tado, muitos homens e mulheres foram batizados. O próprio Simão creu e foi
batizado. Começou a seguir Filipe por toda parte, admirando-se dos sinais e
milagres que ele realizava. Quando os apóstolos em Jerusalém souberam que
o povo de Samaria havia aceitado a mensagem de Deus, enviaram para lá Pe-
dro e João. Assim que os dois chegaram, oraram para que aqueles convertidos
recebessem o Espírito Santo, pois, apesar de terem sido batizados em nome
do Senhor Jesus, o Espírito Santo ainda não havia descido sobre nenhum de-
les. Então Pedro e João impuseram as mãos sobre eles, e receberam o Espíri-
to Santo. Simão viu que as pessoas recebiam o Espírito quando os apóstolos
impunham as mãos sobre elas. Então ofereceu-lhes dinheiro, dizendo: “De-
em-me este poder também, para que, quando eu impuser as mãos sobre as
pessoas, elas recebam o Espírito Santo!”. Pedro, porém, respondeu: “Que seu
dinheiro seja destruído com você, por imaginar que o dom de Deus pode ser
comprado! Você não tem parte nem direito neste ministério, pois seu coração
não é justo diante de Deus. Arrependa-se de sua maldade e ore ao Senhor. Tal-
vez ele perdoe esses seus maus pensamentos, pois vejo que você está cheio
de amarga inveja e é prisioneiro do pecado”. Simão exclamou: “Orem ao Se-
nhor por mim, para que essas coisas terríveis não me aconteçam!”.
Atos 8.5-24

Anotações

Inteligência do século 165


A inteligência espiritual não pode ser comprada, pois o preço pago por ela foi pago
por meio de Jesus. Se tentarmos buscá-la ou mantê-la com nossa própria capacidade,
nós a perderemos! Nunca podemos nos esquecer de que não há necessidade de ter-
mos inveja de alguém que possui inteligência espiritual, como foi no caso de Simão;
você apenas precisa ter fé para recebê-la e ter fé para continuar usufruindo dela.

5 Manter os olhos da fé abertos


Viver pela inteligência espiritual é viver pela fé. Por mais que nossa capacidade da
alma seja positiva, o alcance de nossa inteligência espiritual irá muito além. Se Jesus
tivesse aplicado somente as capacidades para decidir como alimentaria uma multidão
com cinco pães e dois peixes, teria buscado uma outra opção. Porém, seus olhos espi-
rituais estavam abertos para as opções de Deus, que incluem milagres extraordinários.

Quando Jesus e os discípulos chegaram a Cafarnaum, os que cobravam o


imposto das duas dracmas se dirigiram a Pedro e perguntaram: — O Mestre de
vocês não paga as duas dracmas? Pedro respondeu: — Claro que paga! Quan-
do Pedro estava entrando em casa, Jesus se adiantou, dizendo: — Simão, o
que você acha? De quem os reis da terra cobram impostos ou tributo: dos seus
filhos ou dos estranhos? Quando Pedro respondeu: “Dos estranhos”, Jesus lhe
disse: — Logo, os filhos estão isentos. Mas, para que não os escandalizemos,
vá ao mar, jogue o anzol e puxe o primeiro peixe que fisgar. Ao abrir a boca
do peixe, você encontrará uma moeda. Pegue essa moeda e entregue aos co-
bradores, para pagar o meu imposto e o seu.
Mateus 17.24-27

Quem resolveria a questão como Jesus fez? Somente quem está com os olhos aber-
to para o espiritual. Como seres espirituais, que possuem a capacidade espiritual, pre-
cisamos viver esta vida com os olhos espirituais abertos! Precisamos ver tudo além do
natural, pois sempre estaremos diante de possibilidades espirituais.

Porque andamos por fé e não pelo que vemos.


2 Coríntios 5.7

Anotações

166 Inteligência do século


6 Estar sempre com a expectativa do sobrenatural

A Vida do Espírito é uma vida sobrenatural. É uma ampliação das expectativas. É a


ampliação para as possibilidades de o impossível acontecer. É bem verdade que esta-
mos muito acostumados ao viver natural, um viver que possui certa lógica. Porém, o
viver do sobrenatural, muitas vezes, contraria a lógica humana, a percepção da alma.
Por estar além do natural, precisará que tenhamos sempre uma expectativa pelo so-
brenatural. Você deseja o sobrenatural em sua vida?

Ao anoitecer, Jesus disse a seus discípulos: “Vamos atravessar para o outro


lado do mar”. Com ele a bordo, partiram e deixaram a multidão para trás, em-
bora outros barcos os seguissem. Logo uma forte tempestade se levantou. As
ondas arrebentavam sobre o barco, que começou a encher-se de água. Jesus
dormia na parte de trás do barco, com a cabeça numa almofada. Os discípulos
o acordaram, clamando: “Mestre, vamos morrer! O senhor não se importa?”.
Jesus despertou, repreendeu o vento e disse ao mar: “Silêncio! Aquiete-se!”.
De repente, o vento parou, e houve grande calmaria. Então Jesus lhes per-
guntou: “Por que estão com medo? Ainda não têm fé?”. Apavorados, os dis-
cípulos diziam uns aos outros: “Quem é este homem? Até o vento e o mar lhe
obedecem!”
Marcos 4.35-41

Na história acima, encontramos os discípulos desesperados. Eles estavam assim por


causa da possibilidade de terem seu barco afundado pela tempestade. Mas o que Je-
sus estava fazendo? Jesus estava dormindo! Ele estava dormindo por ter paz, pois já
havia proclamado que chegaria ao outro lado. E os discípulos, como estavam? Esta-
vam com medo! Isso aconteceu porque a fé deles não estava ativada no sobrenatural
como Jesus estava!

Quando estamos ativados em nossa Inteligência do Século, temos uma percepção


e uma expectativa de poder! O sobrenatural, então, se torna o natural para nós, de
modo que podemos até mesmo acalmar tempestades com a declaração de uma pala-
vra! Como está sua expectativa pelo sobrenatural? Não se esqueça de que você é esse
agente espiritual para promover o sobrenatural!

Anotações

Inteligência do século 167


7 Permanecer no caminho da obediência espiritual

A maturidade de nossa Inteligência do Século virá pela constância em obedecer às


direções espirituais que recebemos. Se temos uma orientação espiritual para seguir
por um caminho e resolvemos tomar outro caminho, perderemos, por causa da deso-
bediência, nossa sensibilidade de compreender as direções que nos são dadas. Veja o
que está escrito:

Não apaguem o Espírito.


1 Tessalonicenses 5.19

O versículo de Tessalonicenses nos mostra claramente que podemos apagar o Es-


pírito Santo. E a forma com que apagamos o Espírito Santo é desobedecendo às suas
direções para nossa vida. Portanto, devemos estar atentos à voz do Espírito Santo
dentro de nós!

E percorreram a região frígio-gálata, tendo sido impedidos pelo Espírito


Santo de pregar a palavra na província da Ásia. Chegando perto de Mísia, ten-
taram ir para Bitínia, mas o Espírito de Jesus não o permitiu. E, tendo contor-
nado Mísia, foram a Trôade. À noite, Paulo teve uma visão na qual um homem
da Macedônia estava em pé e lhe rogava, dizendo: — Passe à Macedônia e aju-
de-nos. Assim que Paulo teve a visão, imediatamente procuramos partir para
aquele destino, concluindo que Deus nos havia chamado para lhes anunciar o
evangelho. Tendo, pois, navegado de Trôade, fomos diretamente para Samo-
trácia e, no dia seguinte, a Neápolis.
Atos 16.6-11

Na história bíblica acima, vemos uma equipe de missionários em seu trabalho de


evangelização. Muitos podem pensar que uma obra de evangelização pode ser feita de
maneira direta, pois evangelizar é algo bom. Mas, no texto acima, percebemos que os
discípulos estavam atentos ao movimento e à direção espiritual. Eles estavam usando
suas capacidades da Inteligência do Século a fim de discernirem para onde ir.

Não fique admirado por eu dizer: “Vocês precisam nascer de novo.” O vento
sopra onde quer, você ouve o barulho que ele faz, mas não sabe de onde ele
vem, nem para onde vai; assim é todo o que é nascido do Espírito.
João 3.7,8

Anotações

168 Inteligência do século


Veja que o nascido de novo é como o vento: ele pode mudar de direção como ven-
to, segundo sua capacidade de perceber os movimentos de sua inteligência espiritual.
Portanto, como nascidos do Espírito, para vivermos nossa vida espiritual, precisamos
estar atentos ao movimento espiritual, às direções que constantemente receberemos
em nosso espírito: perceber as direções do Espírito quanto aos nossos negócios, nos-
sos relacionamentos, nossa jornada de vida. Estamos atentos às direções espirituais
que recebemos?

8 Viver em generosidade

Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho Unigênito para todo aquele
que nele crer tenha a Vida Eterna. O princípio que nos possibilitou viver nossa identi-
dade espiritual, nossa inteligência espiritual, foi a doação de Deus! E por isso, precisa-
mos manter nossa mente e coração abertos para a doação!

Não podemos perder de vista que a inteligência espiritual que possuímos será uma
maneira de abençoarmos todas as pessoas! Quando Abraão resolveu dar seu filho em
sacrifício, esse doar lhe rendeu um grande favor e bênção. É por isso que precisamos
manter nossa inteligência para doar amor, recursos, serviços, dentre tantas outras for-
mas de doação.

Quando chegaram ao lugar que Deus havia indicado, Abraão construiu um


altar e arrumou a lenha sobre ele. Em seguida, amarrou seu filho Isaque e
o colocou no altar, sobre a lenha. Então, pegou a faca para sacrificar o fi-
lho. Nesse momento, o anjo do Senhor o chamou do céu: “Abraão! Abraão!”.
“Aqui estou!”, respondeu Abraão. “Não toque no rapaz”, disse o anjo. “Não
lhe faça mal algum. Agora sei que você teme a Deus de fato. Não me negou
nem mesmo seu filho, seu único filho!” Então Abraão levantou os olhos e viu
um carneiro preso pelos chifres num arbusto. Pegou o carneiro e o ofereceu
como holocausto em lugar do filho. Abraão chamou aquele lugar de Javé-Ji-
ré. Até hoje, as pessoas usam esse nome como provérbio: “No monte do Se-
nhor se providenciará”. Então o anjo do Senhor chamou Abraão novamente
do céu: “Assim diz o Senhor: Uma vez que você me obedeceu e não me negou
nem mesmo seu filho, seu único filho, juro pelo meu nome que certamente o
abençoarei. Multiplicarei grandemente seus descendentes, e eles serão como
as estrelas no céu e a areia na beira do mar. Seus descendentes conquistarão

Anotações

Inteligência do século 169


as cidades de seus inimigos e, por meio deles, todas as nações da terra serão
abençoadas. Tudo isso porque você me obedeceu”.
Gênesis 22.9-18

Como é interessante ver o princípio da doação como liberação de resultados pode-


rosos. Abraão quis dar algo a Deus, mas Deus retribuiu sua atitude grandemente, libe-
rando seu propósito ampliado. O mais interessante foi que Abraão nem mesmo chegou
a fazer a doação na prática. Mas seu coração estava cheio do princípio da doação.

Como está seu coração em relação à doação? Você tem doado abundantemente
ou está sempre acumulando para si? Não se esqueça de que um coração generoso se
moverá a favor de sua inteligência espiritual de maneira que você possa abençoar o
mundo, de maneira que você receba conhecimento para estratégias extraordinárias.
Abraão, por manter seu coração generoso, acabou tendo posse de chaves que o fize-
ram um homem de sucesso.

9 Buscar o cumprimento do propósito de Deus


A inteligência espiritual nos foi concedida para cumprirmos o propósito de Deus em
nossa vida. Essa é a vontade de Deus! Porém, não é somente uma questão de “meu
propósito”. É uma questão de qual é o “propósito de Deus”. Não é somente uma ques-
tão de: “qual é o propósito de Deus para mim”. É uma questão de: “qual o propósito de
Deus para Ele mesmo. É esse que quero seguir”.

Certa vez, os discípulos desejaram aprender a orar com Jesus. Então, Jesus lhes en-
sinou os princípios de uma oração que agrada a Deus. Essa oração é poderosa e nos
ajuda a compreendermos o fato de termos de buscar a vontade de Deus para nossa
vida. Está escrito:

Portanto, orem assim: “Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu
nome; venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu;
o pão nosso de cada dia nos dá hoje; e perdoa-nos as nossas dívidas, assim
como nós também perdoamos aos nossos devedores; e não nos deixes cair
em tentação; mas livra-nos do mal [pois teu é o Reino, o poder e a glória para
sempre. Amém]!”
Mateus 6.9-13

Anotações

170 Inteligência do século


Jesus apresentou aqui, por meio de seu modelo de oração, um caminho para buscar
a vontade de Deus para nossa vida. Quando buscamos a vontade dele, solidificamos
nossas capacidades espirituais! Quando buscamos o Reino de Deus e sua justiça, todas
as coisas nos são acrescentadas.

Mas busquem em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas es-
tas coisas lhes serão acrescentadas.
Mateus 6.33

Se buscamos nossa missão em Deus, teremos uma abertura extraordinária para


cumprirmos os propósitos dele.

10 Praticar perdão genuíno

Nosso grande alvo é vivermos na plenitude da vida abundante de Deus para nós.
Isso inclui usarmos de nossa Inteligência do Século para crescemos em nossa vida,
para construirmos nosso legado. Como essa inteligência está muito ligada à saúde de
nosso coração, precisamos guardá-lo de todo ressentimento.

De tudo o que se deve guardar, guarde bem o seu coração, porque dele pro-
cedem as fontes da vida.
Provérbios 4.23

É de nosso coração que fluirão as fontes de vida; essa vida é a espiritual, a de nossa
inteligência. É por isso que é muito importante mantermos nosso coração puro e lim-
po, sem a intromissão da mágoa, do ressentimento e da amargura. Mas como podemos
fazer isso? A única forma de fazermos isso é praticando o perdão para com as pessoas
que nos ofendem.

Todos nós que estamos neste mundo estamos sujeitos a sermos agredidos, traídos,
injuriados, caluniados por outros. Infelizmente, não vivemos alheios aos sofrimentos.
Porém, é importante não deixarmos esse sofrimento fazer uma marca de tristeza e
amargura em nossa vida. Temos de viver livres da sensação de rancor e de vingança
em nosso interior.

Anotações

Inteligência do século 171


Jesus, que é espírito vivificante, nos ensinou a vivermos uma vida de perdão. Ele
passou por todo tipo de afronta nos relacionamentos, mas, mesmo diante da possível
dor, clamava a Deus: “Pai, perdoa, pois eles não sabem o que fazem”. Jesus manteve
seu coração aberto, não permitindo que as afrontas à sua vida se instalassem em seu
coração.

Como temos vivido nessa questão? Temos perdoado a todos os que nos ofendem?
Estamos permitindo que a mágoa e o ressentimento impeçam o fluir da nossa inteli-
gência espiritual?

11 Permitir bons pensamentos – pensamentos do Reino

A nossa mente é “naturalmente natural”! Ela não é capaz de pensar, por si mesma,
em questões sobrenaturais. Todavia, podemos consolidar nossa mente para se abrir
para o que é sobrenatural. Veja a recomendação de Romanos:

Não imitem o comportamento e os costumes deste mundo, mas deixem que


Deus os transforme por meio de uma mudança em seu modo de pensar, a fim
de que experimentem a boa, agradável e perfeita vontade de Deus para vocês.
Romanos 12.2

É muito interessante percebermos que podemos levar nossa mente para uma trans-
formação. Essa transformação está em rejeitar o padrão do mundo para assimilar os
padrões do Reino e da vontade de Deus. Se nossa mente se render ao projeto sobrena-
tural de Deus, usaremos nossa Inteligência do Século muito mais vezes, pois não tere-
mos as limitações da lógica deste mundo. Vejam como a Palavra de Deus nos orienta:

Portanto, se vocês foram ressuscitados juntamente com Cristo, busquem as


coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de Deus. Pensem nas
coisas lá do alto, e não nas que são aqui da terra.
Colossenses 3.1,2

Os nossos pensamentos precisam sofrer influência espiritual de maneira que sufo-


que a influência do mundo. Enquanto o mundo diz algo, o mundo espiritual diz outra
coisa. Jamais podemos nos esquecer de que o mundo está dominado pela mente do

Anotações

172 Inteligência do século


diabo, uma mente contrária aos valores do reino espiritual do qual pertencemos após
termos nascido de novo. Por isso...

[...] Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável,


tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de
boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe
o pensamento de vocês.
Filipenses 4.8

Que nossa mente seja inundada de bons pensamentos! Que nossa mente esteja co-
nectada com o Reino dos Céus, que é um reino de alegria, paz e amor!

12 Lançar boas sementes

Nossas palavras são sementes que são lançadas no mundo e em nossa vida. Em
nossa língua há o poder da vida e da morte. Se desejamos viver uma vida espiritual
abundante, precisamos nos posicionar como semeadores de palavras abençoadoras.
Essa é uma atitude que consolidará nossa inteligência espiritual.

Não saia da boca de vocês nenhuma palavra suja, mas unicamente a que for
boa para edificação, conforme a necessidade, e, assim, transmita graça aos
que ouvem.
Efésios 4.29

Se desejamos experimentar de vida espiritual abundante, nossas palavras precisam


declarar o que é do céu, e não o que é da terra. Nós precisamos ver como Deus vê! Isso
significa que, quando olhamos para alguém, temos a oportunidade de vê-lo conforme
a vontade de Deus! Veja que interessante a visão bíblica sobre isso.

Assim que, nós, daqui por diante, a ninguém conhecemos segundo a carne;
e, se antes conhecemos Cristo segundo a carne, já agora não o conhecemos
deste modo.
2 Coríntios 5.16

Anotações

Inteligência do século 173


Veja que interessante. A Palavra de Deus nos diz que nossa ótica precisa mudar!
Nossa ótica precisa ser a celestial, ou seja, não vermos marido, esposa, filhos, patrão,
sócio com os olhos naturais, mas os vermos com a ótica celestial. E isso inclui sua ótica
sobre você mesmo! Você não ver a si por sua própria ótica, mas pela ótica de Deus.
O que você pensa de si? É isso que você deve declarar! Quais os olhos de Deus para
você? Esse deve ser seu olhar e sua declaração sobre sua própria vida!

Como Deus vê você? Como fracassado? Inútil? Pecador? Devedor? Magoado? Der-
rotado? Miserável? Não. Deus vê você como um vencedor, como alguém que possui
todo potencial para avançar e ter sucesso! Quais os pensamentos de Deus sobre você?
Veja o que está escrito na Palavra de Deus.

Eu é que sei que pensamentos tenho a respeito de vocês, diz o Senhor. São
pensamentos de paz e não de mal, para dar-lhes um futuro e uma esperança.
Jeremias 29.11

Deus tem bons pensamentos sobre você! Ele tem uma declaração de vida sobre
você! Por isso, aceite as verdades de Deus sobre sua vida e declare com alegria os bons
pensamentos de Deus sobre você!

A EXPERIÊNCIA DA MATURIDADE DE NOSSA


INTELIGÊNCIA!
Deus nos chamou para dominar e reinar. Para sermos reis na terra. Todavia, essa
realidade vem apenas com a maturidade. Somos nascidos para reinar em vida. Muitas
pessoas acreditam que a plenitude de Deus não acontecerá em nossa vida na terra.
Porém, isso não é verdade! Somos chamados para reinar em vida. E é essa maturidade
em inteligência espiritual que nos posiciona na posse da herança de Cristo.

Se a morte reinou pela ofensa de um e por meio de um só, muito mais os que re-
cebem a abundância da graça e o dom da justiça reinarão em vida por meio de um
só, a saber, Jesus Cristo.
Romanos 5.17

Fomos chamados para reinar em vida! Essa é uma herança de Jesus para todos os
filhos. Todavia, somente os filhos maduros usufruem dessa liberdade e autoridade!

Anotações

174 Inteligência do século


1 Atividade

Roda da espiritualidade. Gostaria de levar você a refletir sobre sua condição espiri-
tual. No texto deste capítulo, mostramos doze princípios importantes para mantermos
nossa vida espiritual preservada. Você irá assinalar sua experiência atual com esses
princípios. Será uma avaliação de 1 a 5.

12 1

11 2

10 3

9 4

5
8

7 6

1. Use a Inteligência do Século em todas as ocasiões 7. Permanecer no caminho da obediência espiritual


2. Viva no princípio do Amor - cinco dimensões 8. Viver em generosidade
3. Manter comunhão com o Espírito Santo 9. Buscar o cumprimento do propósito de Deus
4. Viver a inteligência espiritual pela graça, e não pela 10. Praticar perdão genuíno
justiça própria 11. Permitir bons pensamentos pensamentos do
5. Manter os olhos da fé abertos Reino
6. Estar sempre com a expectativa do sobrenatural 12. Lançar boas sementes

Inteligência do século 175


Anotações

176 Inteligência do século


DÉCIMA TERCEIRA PALESTRA
AS VIRTUDES DO REINO E A MATURIDADE DA INTELI-
GÊNCIA DO SÉCULO
No Éden, Deus nos chamou para dominar e reinar. Sua vontade era que fôssemos
seus representantes na Terra. Para isso, nos fez sua imagem e semelhança e nos aben-
çoou para tal missão. Porém, o primeiro Adão resolveu andar distante de Deus, per-
dendo, então, suas capacidades de cumprir integralmente seus propósitos.

Todos sabemos que o ser humano acabou sendo dominador por sua natureza terre-
na e caída. Isso lhe trouxe consequências terrível. Contudo, o segundo Adão, que é Je-
sus, triunfou! Ele veio para nos conectar com o Pai e com nosso propósito de governo
e autoridade. Veja o que Jesus, em certo momento, disse para Pedro:

Eu lhe darei as chaves do Reino dos Céus; o que você ligar na terra terá sido
ligado nos céus; e o que você desligar na terra terá sido desligado nos céus.
Mateus 16.19

Nesse texto, Jesus está entregando as chaves do Reino para Pedro. Não é maravi-
lhoso que, depois de Pedro ter a revelação de Jesus como Cristo e Filho de Deus, ele
tenha recebido tal autoridade? Mas há algo ainda melhor! Essa autoridade é para todos
os filhos de Deus, para aqueles que desejam viver os propósitos de Deus na Terra.

A vontade de Deus é que reinemos em vida. Muitas pessoas acreditam que a plenitu-
de de Deus não acontecerá em nossa vida terrena. Porém, isso não é verdade! Somos
chamados para reinar em vida. Você sabia disso? E como será esse nosso momento
de reino? É nesse momento que usamos da inteligência espiritual, que exercitamos os
dons espirituais para caminharmos nesta vida como autoridades estabelecidas por
Deus.

Nossa inteligência espiritual nos concede algumas vitórias que não podemos renun-
ciar! São vitórias extraordinárias de quem é cidadão do Reino! São elas:

1. A vitória contra o diabo e seus demônios;


2. A vitória sobre as perspectivas naturais;
3. A vitória sobre as paixões da carne;
4. A vitória sobre os valores do mundo caído.

Anotações

Inteligência do século 177


1. A vitória contra o diabo e seus demônios
Em Gênesis 3.15, encontramos a profecia de Deus para homem, mostrando que o
enviado de Deus viria para pisar a cabeça da serpente, que é o diabo. Essa profecia se
cumpriu em Jesus, pois Ele se manifestou para destruir as obras do diabo.

Aquele que pratica o pecado procede do diabo, porque o diabo vive pecan-
do desde o princípio. Para isto se manifestou o Filho de Deus: para destruir as
obras do diabo.
1 João 3.8

Jesus se manifestou para destruir as obras do diabo. Isso é extraordinário. Mas não
é tudo! Ele compartilhou essa autoridade conosco. Por isso, podemos, de igual modo,
subjugar as obras do maligno sem medo. Quem está em Jesus, sujeito ao Reino de
Deus, será usado por Deus para deter os ataques do diabo e seus demônios.

Portanto, sujeitem-se a Deus, mas resistam ao diabo, e ele fugirá de vocês.


Tiago 4.7

Não precisamos mais ficar reféns das acusações e afrontas das trevas. Não precisa-
mos mais ter medo dos confrontos espirituais com as trevas. Em Jesus, temos acesso
à autoridade de Deus para resistir a Satanás. Portanto, ouse orar e proclamar sua liber-
tação, bem como a de sua família, das garras do inferno! Mande embora de sua família,
de sua empresa, toda obra das trevas, pois esse é um direito seu!

Os seguintes sinais acompanharão aqueles que crerem: em meu nome ex-


pulsarão demônios [...]
Marcos 16.17

Não deixe de proclamar a libertação de Deus em sua vida! Não tenha timidez ou
receio de quebrar a prisão dos demônios em sua vida e naqueles ao seu redor! Essa é
uma autoridade do Reino dos Céus para você, do reino ao qual você pertence.

Anotações

178 Inteligência do século


2. A vitória sobre as perspectivas naturais

Vencer a perspectiva natural é uma das vitórias do Reino dos Céus. Essa vitória nos
posiciona numa vivência mais abundante dos céus na Terra. Como Jesus ensinou, nos-
sa oração deve contemplar a vontade dos céus na terra, ou seja, do sobrenatural vindo
sobre o natural.

É tão maravilhoso percebermos a realidade do sobrenatural na Terra. Uma dessas


experiência está narrada em Marcos e é muito interessante. Está escrito:

Jesus lhes disse: “Vão ao mundo inteiro e anunciem as boas-novas a todos.


Quem crer e for batizado será salvo, mas quem se recusar a crer será conde-
nado. Os seguintes sinais acompanharão aqueles que crerem: em meu nome
expulsarão demônios, falarão em novas línguas, pegarão em serpentes sem
correr perigo, se beberem algo venenoso, não lhes fará mal, e colocarão as
mãos sobre os enfermos e eles serão curados”.
Marcos 16.15-18

Para esse contexto de sobrenatural, quero destacar algo do texto: “falarão em novas
línguas”. Há muitas pessoas que acreditam que orar em línguas é uma experiência re-
ligiosa! Que erro! Orar em línguas é uma experiência com o reino sobrenatural ao qual
pertencemos! Todo cidadão de um lugar possui uma língua contextualizada do seu
reino. O mesmo acontece aqui!

Quando oramos em línguas, ativamos nossa identidade sobrenatural. Orar em lín-


guas é exercer a marca do sobrenatural em sua vida. Você já teve essa experiência com
o sobrenatural do Reino de Deus; você já possui a marca das línguas que vieram do
sobrenatural de Deus para você? Você nasceu de modo sobrenatural para continuar a
viver em uma esfera de abundância, pois o Reino de Deus é uma expressão do mundo
celestial.

Pois o reino de Deus não consiste apenas em palavras, mas em poder.


1 Coríntios 4.20

Prepare-se para viver o sobrenatural em sua vida!

Anotações

Inteligência do século 179


3. A vitória sobre a carne e suas paixões

Sabemos que o andar de Adão e Eva foi natural. Por isso, suas paixões se tornaram
terrenas e, muitas vezes, impuras. Esta é a real condição de todo filho de Adão, a con-
dição de escravidão na carne e suas paixões. Porém, em Jesus temos a vitória sobre as
paixões da carne, pois Ele venceu o pecado na cruz do Calvário.

Ele morreu por todos, para que os que recebem sua nova vida não vivam
mais para si mesmos, mas para Cristo, que morreu e ressuscitou por eles.
2 Coríntios 5.15

Ele morreu por nós e sua morte nos libertou das prisões da carne. Se antes não po-
deríamos fugir da natureza pecaminosa, agora temos a liberdade para vivermos em
santidade e pureza! Por causa de nossa vida espiritual, podemos deixar de depender
das paixões da carne para termos alegria, paz e satisfação.

Porque os que se inclinam para a carne cogitam das coisas da carne; mas
os que se inclinam para o Espírito, das coisas do Espírito. Porque o pendor
da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a vida e paz. Por isso, o
pendor da carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeito à lei de Deus,
nem mesmo pode estar. Portanto, os que estão na carne não podem agradar a
Deus. Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se, de fato, o Espírito
de Deus habita em vós. E, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não
é dele.
Se, porém, Cristo está em vós, o corpo, na verdade, está morto por causa do
pecado, mas o espírito é vida, por causa da justiça. Se habita em vós o Espírito
daquele que ressuscitou a Jesus dentre os mortos, esse mesmo que ressusci-
tou a Cristo Jesus dentre os mortos vivificará também o vosso corpo mortal,
por meio do seu Espírito, que em vós habita.
Romanos 8.5-11

Anotações

180 Inteligência do século


4. A vitória sobre o mundo

A mente do mundo é maligna. Por detrás de tantos valores deste mundo caído, há as
ideias de Satanás. Quando nossa mente é mundana e carnal, tudo parece normal, pois
fomos formados por ela. Porém, ao termos nossa mente transformada, começamos a
enxergar os valores do mundo que estão comprometidos com a malignidade, que nos
faziam inimigos de Deus só por andarmos segundo o conselho do mundo.

Sabemos que somos de Deus e que o mundo inteiro jaz no Maligno.


1 João 5.19

Infiéis, não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus?


Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.
Tiago 4.4

Quem está em Cristo sabe viver neste mundo como se não vivesse, pois entende
que as coisas celestiais são mais elevadas. Ele não está aguardando as recompensas
deste mundo, mas aguarda a aprovação do reino celestial. Portanto, mantém sua fé,
sua confiança em Deus.

Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que
vence o mundo: a nossa fé. Quem é o que vence o mundo, senão aquele que
crê ser Jesus o Filho de Deus?
1 João 5.4,5

Não precisamos estar reféns das ideias do mundo! Podemos ser livres para vivermos
conforme a vontade de Deus.

Anotações

Inteligência do século 181


AS VIRTUDES DA INTELIGÊNCIA ESPIRITUAL
Jesus é a fonte de nossa Inteligência do Século. Foi Ele quem quebrou o poder do
pecado em nossa vida, enviando o Espírito Santo como nosso Consolador. Por isso, te-
mos a herança espiritual, que envolve os poderes e os dons do mundo celestial. Agora,
como nosso DNA é espiritual, podemos usufruir de uma vida abundante no corpo, na
alma e no espírito.

O testemunho do apóstolo Pedro é fantástico para exemplificar os benefícios da


manifestação espiritual. Pedro era um homem descomedido, inconstante em seus ca-
minhos espirituais, orgulhoso, medroso e, acima de tudo, negou Jesus. Essa era a re-
alidade de Pedro antes de viver uma vida espiritual. Todavia, após ter sido imerso no
poder do Espírito Santo, Pedro se tornou um grande apóstolo: um homem cheio de
ousadia e fé, que realizou muitos milagres.

Como um homem como Pedro conseguiu tanto sucesso em sua vida terrena e es-
piritual? Ele foi revestido do poder de Deus! Ele se permitiu ser uma candeia de fogo
espiritual neste mundo. Depois de ser revestido de poder espiritual, vemos Pedro fa-
zendo uma obra poderosa. Ele expulsa demônios, cura enfermos e ressuscita mortos!
Essa é a herança de Deus para nós!

Pedro e João subiam ao templo para a oração da hora nona. Era levado um
homem, coxo de nascença, o qual punham diariamente à porta do templo
chamada Formosa, para pedir esmola aos que entravam. Vendo ele a Pedro
e João, que iam entrar no templo, implorava que lhe dessem uma esmola.
Pedro, fitando-o, juntamente com João, disse: Olha para nós. Ele os olhava
atentamente, esperando receber alguma coisa. Pedro, porém, lhe disse: Não
possuo nem prata nem ouro, mas o que tenho, isso te dou: em nome de Jesus
Cristo, o Nazareno, anda! E, tomando-o pela mão direita, o levantou; imedia-
tamente, os seus pés e tornozelos se firmaram; de um salto se pôs em pé, pas-
sou a andar e entrou com eles no templo, saltando e louvando a Deus. Viu-o
todo o povo a andar e a louvar a Deus,
e reconheceram ser ele o mesmo que esmolava, assentado à Porta Formosa
do templo; e se encheram de admiração e assombro por isso que lhe aconte-
cera.
Atos 3.1-10

Anotações

182 Inteligência do século


Havia em Jope uma discípula por nome Tabita, nome este que, traduzido,
quer dizer Dorcas; era ela notável pelas boas obras e esmolas que fazia. Ora,
aconteceu, naqueles dias, que ela adoeceu e veio a morrer; e, depois de a
lavarem, puseram-na no cenáculo. Como Lida era perto de Jope, ouvindo os
discípulos que Pedro estava ali, enviaram-lhe dois homens que lhe pedissem:
Não demores em vir ter conosco. Pedro atendeu e foi com eles. Tendo chega-
do, conduziram-no para o cenáculo; e todas as viúvas o cercaram, chorando e
mostrando-lhe túnicas e vestidos que Dorcas fizera enquanto estava com elas.
Mas Pedro, tendo feito sair a todos, pondo-se de joelhos, orou; e, voltando-se
para o corpo, disse: Tabita, levanta-te! Ela abriu os olhos e, vendo a Pedro,
sentou-se. Ele, dando-lhe a mão, levantou-a; e, chamando os santos, especial-
mente as viúvas, apresentou-a viva. Isto se tornou conhecido por toda Jope, e
muitos creram no Senhor.
Atos 9.36-42

O homem que negou Jesus por causa de sua falta de espiritualidade acabou morren-
do, segundo a tradição, crucificado de cabeça para baixo. Se antes, Pedro correu com
medo de ser preso, agora, está disposto a seguir Jesus até as últimas consequências.

AS VIRTUDES DO ESPÍRITO SANTO


Nosso DNA foi alterado. Antes, éramos somente de Adão, vivíamos somente o que
é da alma e terreno. Porém, hoje, em Cristo, somos herdeiros da vida espiritual que es-
tava em Jesus. Essa é a própria Vida de Deus em nós! Você sabe qual é nossa herança
espiritual? Você sabe quais são os dons do Espírito? Você sabe sobre o fruto do Espí-
rito que opera em nós? Neste capítulo, desejo mostrar para você o fluir dessa vida em
nosso interior!

Nos versículos abaixo, encontraremos alguns valores e dons de nossa identidade


espiritual em Jesus:

Mas o Espírito produz este fruto: amor, alegria, paz, paciência, benignida-
de, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Não há lei contra essas
coisas!
Gálatas 5.22,23

Anotações

Inteligência do século 183


Ora, os dons são diversos, mas o Espírito é o mesmo. E também há diversi-
dade nos serviços, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade nas realizações,
mas o mesmo Deus é quem opera tudo em todos. A manifestação do Espírito
é concedida a cada um visando a um fim proveitoso. Porque a um é dada, me-
diante o Espírito, a palavra da sabedoria; e a outro, segundo o mesmo Espíri-
to, a palavra do conhecimento; a outro, no mesmo Espírito, a fé; e a outro, no
mesmo Espírito, dons de curar; a outro, operações de milagres; a outro, profe-
cia; a outro, discernimento de espíritos; a um, variedade de línguas; e a outro,
capacidade para interpretá-las. Mas um só e o mesmo Espírito realiza todas
estas coisas, distribuindo-as, como lhe apraz, a cada um, individualmente.
1 Coríntios 12.4-11

Deus, em sua graça, nos concedeu diferentes dons. Portanto, se você tiver a
capacidade de profetizar, faça-o de acordo com a proporção de fé que rece-
beu. Se tiver o dom de servir, sirva com dedicação. Se for mestre, ensine bem.
Se seu dom consistir em encorajar pessoas, encoraje-as. Se for o dom de con-
tribuir, dê com generosidade. Se for o de exercer liderança, lidere de forma
responsável. E, se for o de demonstrar misericórdia, pratique-o com alegria.
Romanos 12.6-8

1. Palavra de sabedoria que traz livramento

É uma sabedoria celestial manifestada. De repente, precisamos de uma saída que


não conseguimos contemplar com os olhos naturais. Então, somos surpreendidos pela
sabedoria de Deus. Jesus usou desse dom muitas vezes, principalmente quando os
fariseus queriam fazê-lo tropeçar em alguma palavra.

E enviaram-lhe alguns dos fariseus e dos herodianos, para que o apanhassem


em alguma palavra. Chegando, disseram-lhe: Mestre, sabemos que és verdadei-
ro e não te importas com quem quer que seja, porque não olhas a aparência dos
homens; antes, segundo a verdade, ensinas o caminho de Deus; é lícito pagar
tributo a César ou não? Devemos ou não devemos pagar? Mas Jesus, perce-
bendo-lhes a hipocrisia, respondeu: Por que me experimentais? Trazei-me um
denário para que eu o veja. E eles lho trouxeram. Perguntou-lhes: De quem é
esta efígie e inscrição? Responderam: De César. Disse-lhes, então, Jesus: Dai a
César o que é de César e a Deus o que é de Deus. E muito se admiraram dele.
Marcos 12.13-17

Anotações

184 Inteligência do século


Os fariseus vieram com a sabedoria humana a fim de colocarem Jesus contra a pa-
rede. Porém, a sabedoria espiritual estava com Ele.

2. Palavra de conhecimento do oculto

A palavra de conhecimento é um saber que está apenas ao alcance do Espírito San-


to, que o revela a nós. Quem possui esse dom poderá ter informações espirituais, ou
seja, são informações que a mente nunca soube.

Disse-lhe Jesus: Vai, chama teu marido e vem cá; ao que lhe respondeu a
mulher: Não tenho marido. Replicou-lhe Jesus: Bem disseste, não tenho mari-
do; porque cinco maridos já tiveste, e esse que agora tens não é teu marido;
isto disseste com verdade. Senhor, disse-lhe a mulher, vejo que tu és profeta.
João 4.16-19

Jesus estava conversando com uma mulher. Ele estava pregando para ela. De repen-
te, pediu para ela chamar o marido. Então, Jesus mostrou a ela que Deus já lhe havia
revelado sua condição. Quando usamos nosso dom de palavra de conhecimento, en-
tendemos o que ninguém nos contou. Se alguém estiver nos enganando ou mentindo,
se estivermos atentos no Espírito, saberemos o que está acontecendo.

3. Dom da fé que move montanhas

Todos nós temos uma medida de fé. Essa medida por ser ampliada à medida que a
exercitamos.

E imediatamente o pai do menino exclamou [com lágrimas]: Eu creio! Aju-


da-me na minha falta de fé!
Marcos 9.24

Nossa fé pode ser pequena, do tamanho de um grão de mostarda, mas precisa ser
operante.

Respondeu-lhes o Senhor: Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis


a esta amoreira: Arranca-te e transplanta-te no mar; e ela vos obedecerá.
Lucas 17.6

Anotações

Inteligência do século 185


Use sua fé para trazer para o mundo real as promessas de Deus! Exerça sua fé e a
proclame todos os dias, pois o justo, que é nascido de Deus, vive pela fé!

Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se


não veem.
Hebreus 11.1

4. Dom de cura que livra da dor

Um dos dons maravilhosos de Deus é o dom da cura. Uma vez que Ele venceu as
enfermidades e a morte na cruz, podemos experimentar da manifestação do poder de
Deus em curas e milagres!

Certa mulher que, havia doze anos, vinha sofrendo de uma hemorragia, e
a quem ninguém tinha podido curar [e que gastara com os médicos todos os
seus haveres], veio por trás dele e lhe tocou na orla da veste, e logo se lhe
estancou a hemorragia. Mas Jesus disse: Quem me tocou? Como todos negas-
sem, Pedro [com seus companheiros] disse: Mestre, as multidões te apertam
e te oprimem [e dizes: Quem me tocou?]. Contudo, Jesus insistiu: Alguém
me tocou, porque senti que de mim saiu poder. Vendo a mulher que não po-
dia ocultar-se, aproximou-se trêmula e, prostrando-se diante dele, declarou, à
vista de todo o povo, a causa por que lhe havia tocado e como imediatamente
fora curada. Então, lhe disse: Filha, a tua fé te salvou; vai-te em paz.
Lucas 8.43-48

Jesus deixou sair virtude de cura de seu corpo! Nós podemos fazer o mesmo! Per-
mitir que o poder de Deus flua através de nós para que a cure chegue aos enfermos.

5. Operação de maravilhas que manifesta o extraordinário

A manifestação do poder do Reino de Deus é impactante! Umas dessas manifes-


tações está na operação de maravilhas. Uma dessas manifestações, por exemplo, é a
ressurreição de mortos! Isso não é incrível? Não é extraordinário saber que dentro de
nós há o poder da vida capaz de retirar alguém da morte?

Anotações

186 Inteligência do século


Curai enfermos, ressuscitai mortos, purificai leprosos, expeli demônios; de
graça recebestes, de graça dai.
Mateus 10.8

Jesus deu aos seus discípulos direções claras para levarem o poder do céu ao irem
pelo mundo! Eles deveriam, dentre todas as ações de poder do Reino, ressuscitar os
mortos!

6. Profecia que revela o futuro

A palavra profética é outro dom do Reino de Deus. Mas o que é a profecia? A pro-
fecia é quando o Espírito Santo nos mostra algo que acontecerá no futuro e, por isso,
declaramos essa palavra profética.

Quando Jesus saía do templo, um de seus discípulos disse: “Mestre, olhe


que construções magníficas! Que pedras impressionantes!”. Jesus respondeu:
“Está vendo estas grandes construções? Serão completamente destruídas.
Não restará pedra sobre pedra!”.
Marcos 13.1,2

Aqui, Jesus declarou uma profecia contra o Templo de Jerusalém. Ele disse que não
ficaria pedra sobre pedra, que tudo seria derrubado. Isso aconteceu no ano 70 d.C.
quando os romanos invadiram Jerusalém, destruindo o Templo.

7. Discernimento de espíritos que percebe o mal escondido

Esse é um dom que nos ajuda a percebermos os espíritos malignos por detrás das
situações.

Aconteceu que, indo nós para o lugar de oração, nos saiu ao encontro uma
jovem possessa de espírito adivinhador, a qual, adivinhando, dava grande lucro
aos seus senhores. Seguindo a Paulo e a nós, clamava, dizendo: Estes homens são
servos do Deus Altíssimo e vos anunciam o caminho da salvação. Isto se repetia
por muitos dias. Então, Paulo, já indignado, voltando-se, disse ao espírito: Em
nome de Jesus Cristo, eu te mando: retira-te dela. E ele, na mesma hora, saiu.
Atos 16.16-18

Anotações

Inteligência do século 187


Paulo percebeu a operação de um demônio por detrás das palavras de uma mulher.
A mulher estava falando algo positivo para eles, porém, havia um demônio escondido
ali. Existem muitas pessoas que falam bem, mas há demônios escondidos ali.

8. Variedade de línguas que anunciam o evangelho

O Reino de Deus é um reino sobrenatural. Em Atos, encontramos um momento em


que Deus deu idiomas diferentes para seus discípulos falarem. Muitos deles eram ile-
trados, mas, diante do poder do Espírito Santo, pregaram a palavra de Deus em outros
idiomas.

Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras lín-


guas, conforme o Espírito os habilitava. Naquela época, judeus devotos de to-
das as nações viviam em Jerusalém. Quando ouviram o som das vozes, vieram
correndo e ficaram espantados, pois cada um deles ouvia em seu próprio idio-
ma. Muito admirados, exclamavam: “Como isto é possível? Estes homens são
todos galileus e, no entanto, cada um de nós os ouve falar em nosso próprio
idioma! Estão aqui partos, medos, elamitas, habitantes da Mesopotâmia, da
Judeia, da Capadócia, do Ponto, da província da Ásia, da Frígia, da Panfília,
do Egito e de regiões da Líbia próximas a Cirene, visitantes de Roma (tanto ju-
deus como convertidos ao judaísmo), cretenses e árabes, e todos nós ouvimos
estas pessoas falarem em nossa própria língua sobre as coisas maravilhosas
que Deus fez!”. Admirados e perplexos, perguntavam uns aos outros: “Que
significa isto?”.
Atos 2.4-12

Para Deus não há barreiras! Todos os idiomas são conhecidos por Ele. Se Ele precisar
de você falando em outro idioma, você terá uma experiência extraordinária!

9. Interpretação de línguas que edifica

Deus nos concedeu o dom de falar em línguas espirituais. Por vezes, esse momento
virá com outro dom, que é o de interpretação de línguas.

Que fazer, pois, irmãos? Quando vos reunis, um tem salmo, outro, doutrina,
este traz revelação, aquele, outra língua, e ainda outro, interpretação. Seja

Anotações

188 Inteligência do século


tudo feito para edificação. No caso de alguém falar em outra língua, que não
sejam mais do que dois ou quando muito três, e isto sucessivamente, e haja
quem interprete.
1 Coríntios 14.26,27

O Reino de Deus é sobrenatural. Há quem fale em outras línguas, proclamando as


virtudes de Deus, bem como há quem possa interpretar o que Deus está falando em
mistério.

10. O fluir do amor que cura

O amor de Deus é muito poderoso! Ele pode quebrar barreiras e fazer o extraordi-
nário acontecer! Sem esse amor, de nada vale agirmos, pois nossas ações serão vazias.

Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, se-
rei como o bronze que soa ou como o címbalo que retine. Ainda que eu tenha
o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que
eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada
serei. E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres e ainda
que entregue o meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada
disso me aproveitará. O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ci-
úmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente,
não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não
se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê,
tudo espera, tudo suporta.
1 Coríntios 13.1-7

Deixe o amor de Deus fluir através de sua vida! Deixe seus familiares, amigos e até
inimigos perceberem esse amor fluindo de sua vida.

11. Alegria que é força

A alegria que vem de Deus está dentro de nós! Ela não é circunstancial, mas real em
nosso interior. E essa alegria nos fortalece todos os dias!

Anotações

Inteligência do século 189


Mas os judeus instigaram as mulheres piedosas de alta posição e os princi-
pais da cidade e levantaram perseguição contra Paulo e Barnabé, expulsan-
do-os do seu território. E estes, sacudindo contra aqueles o pó dos pés, parti-
ram para Icônio. Os discípulos, porém, transbordavam de alegria e do Espírito
Santo.
Atos 13.50-52

A alegria exterior é circunstancial. Se algo não estiver certo, nossa tendência é desa-
nimar. Porém, a alegria do Espírito é interior e se manifesta em toda ocasião, inclusive
em momentos difíceis como no versículo acima.

12. Paz que excede o entendimento

A humanidade procura paz! Paz é o que as pessoas mais desejam! Porém, a paz que
o mundo oferece é incapaz de levar o homem a um momento de verdadeira paz!

Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo.
Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize.
João 14.27

A paz que Jesus concede excede todo entendimento. É aquele tipo de paz que jorra
como uma fonte de nosso interior, que nos faz não temer as más notícias nem os de-
safios que virão pela frente!

E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso cora-


ção e a vossa mente em Cristo Jesus.
Filipenses 4.7

Jesus é o Príncipe da Paz! Somente Ele pode nos dar a verdadeira paz!

13. Paciência verdadeira

A paciência é uma virtude de Deus. Muitos a buscam usando técnicas naturais. De


certa forma, adquirimos alguma prática trabalhando a mente. Todavia, o Espírito Santo
é a verdadeira fonte de paciência.

Anotações

190 Inteligência do século


E assim, depois de esperar com paciência, obteve Abraão a promessa.
Hebreus 6.15

Abraão aguardou para receber a promessa. Ele continuou crendo até o dia em que
Deus cumpriu sua palavra. Mas não usamos essa virtude apenas para o cumprimento
das promessas em nossa vida: usamos para o trato com as pessoas; usamos no traba-
lho; usamos com nossos cônjuges e filhos; usamos com nossos pais. Enfim, vivemos
uma vida de paciência uns com os outros.

Sede, pois, irmãos, pacientes, até à vinda do Senhor. Eis que o lavrador
aguarda com paciência o precioso fruto da terra, até receber as primeiras e as
últimas chuvas.
Tiago 5.7

Que sejamos pacientes quanto à vinda de Jesus bem como para colhermos o que
plantamos; que sejamos pacientes com todos como Jesus é paciente conosco!

14. Bondade nas obras das mãos

A bondade é uma das virtudes poderosas de quem tem a inteligência espiritual


fluindo. E essa marca é maravilhosa para evidenciar o caráter de Deus, pois Ele é bom!

Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com poder, o
qual andou por toda parte, fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do
diabo, porque Deus era com ele;
Atos 10.38

Jesus vivia para promover o bem! Este é nosso destino: abençoar, e não amaldiçoar!

Não torneis a ninguém mal por mal; esforçai-vos por fazer o bem perante
todos os homens;
Romanos 12.17

Que possamos fazer o bem sem nos cansarmos! Este é o estilo de vida de quem é
cheio do mover do Espírito Santo: ele não se cansará de fazer o bem.

Anotações

Inteligência do século 191


E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não
desfalecermos.
Gálatas 6.9

15. Fidelidade até o fim

A fidelidade é a uma virtude da inteligência espiritual. Essa virtude nos ajuda a man-
termos nossa fidelidade com Deus e com aqueles a quem devemos fidelidade. Além
disso, a fidelidade nos permitirá receber o Reino dos Céus! É a fidelidade que nos ga-
rante a coroa da vida eterna!

Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida.


Apocalipse 2.10a

Quem tem a Vida do Espírito fluindo, prosperará!

16. Mansidão para possuir a terra

A vida espiritual é espetacular! Além de manifestar o poder de Deus, ela choca nosso
entendimento. É essa virtude que nos dará posse da terra, sabia? Enquanto o mundo
está disputando esta terra com força e guerra, a Palavra de Deus recomenda mansidão.

Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra.


Mateus 5.5

Se você, em outro tempo, queria conquistar a terra com força e violência, saiba que
é com a mansidão que tal evento acontecerá! Jesus era manso e humilde e se tornou
nome acima de todo nome!

17. Domínio próprio

O domínio próprio e o autocontrole são valores muito importantes para o homem. Quem
não perdeu algo valioso por não se conter? O mundo tem criado centenas de ações que
buscam entregar algum controle ao homem, porém, como a própria alma se controlará?
Somente temos o domínio próprio quando nosso espírito governa em nosso interior!

Anotações

192 Inteligência do século


Chamando os apóstolos, açoitaram-nos e, ordenando-lhes que não falas-
sem em o nome de Jesus, os soltaram. E eles se retiraram do Sinédrio rego-
zijando-se por terem sido considerados dignos de sofrer afrontas por esse
Nome. E todos os dias, no templo e de casa em casa, não cessavam de ensinar
e de pregar Jesus, o Cristo.
Atos 5.40-42

Você se lembra do que Pedro fez quando os soldados estavam no jardim para pren-
der Jesus? A Bíblia diz que Pedro sacou a espada e acertou a orelha de um dos sol-
dados. Naquela época, Pedro era dominado por sua alma. Mas, nos versículos acima,
encontramos um cenário diferente: vemos Pedro e os apóstolos sendo açoitados, mas
felizes.

Os apóstolos não reclamaram nem mesmo xingaram os fariseus. Eles tinham o do-
mínio próprio e conseguiram se alegrar mesmo em um momento de dor e sofrimento.

18. Servindo e gerando valor genuíno

Jesus veio para servir. Essa é uma virtude extraordinária dos céus, é uma manifesta-
ção maravilhosa do caráter de Deus.

Pois o próprio Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e
dar a sua vida em resgate por muitos.
Marcos 10.45

Hoje as pessoas falam muito de “gerar valor” para o outro. Isso nada mais é que ser-
vir o outro. Porém, esse servir pode acontecer tendo como base a natureza humana ou
a inteligência espiritual. Qual você acredita que prosperará?

19. Ensinando a justiça

A educação muda e transforma! Se ela for estabelecida com a influência celestial,


bons frutos serão gerados. Quem tem sua identidade espiritual ativada poderá ensinar
filhos, pais, alunos, seguidores, dentre tantos outros. E esse ensino vem com autoridade.

Anotações

Inteligência do século 193


Quando Jesus acabou de proferir estas palavras, estavam as multidões ma-
ravilhadas da sua doutrina; porque ele as ensinava como quem tem autoridade
e não como os escribas.
Mateus 7.28,29

O ensino da inteligência espiritual é realizado com autoridade e verdade! O mundo


precisa de você anunciando as verdades espirituais! Seja um pregador ousado!

20. Dar ânimo ao cansado

Uma das virtudes da inteligência espiritual é dar ânimo. Não se trata apenas de uma
lição de motivação, mas um falar que expresse a verdadeira energia que vem de Deus.

Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras.


1 Tessalonicenses 4.18

O mundo está cheio de pessoas sobrecarregadas pelo peso do pecado, da miséria,


da falta de propósito, dentre tantas outras prisões da alma. A maioria das pessoas está
sem esperança e direção, aguardando uma palavra de ânimo, que, muitas vezes, vem
de pessoas vazias igualmente, de pessoas com boa oratória, mas sem vida em suas
palavras. Entretanto, quem nasceu do Espírito possui palavras espirituais que quebram
o poder da morte.

Então, perguntou Jesus aos doze: Porventura, quereis também vós outros
retirar-vos? Respondeu-lhe Simão Pedro: Senhor, para quem iremos? Tu tens
as palavras da vida eterna;
João 6.67,68

Veja a afirmação de Pedro em relação ao falar de Jesus, que possui vida. Assim deve
ser nosso falar: um falar motivador e encorajador, que proclame vida, e não morte.

21. Contribuir financeiramente com o Reino

Jesus afirmou que o nascido da carne é carne e o nascido do espírito é espírito. Isso
significa que todas as nossas ações nascidas da carne, de nossa própria intenção, têm

Anotações

194 Inteligência do século


um fruto carnal. Então precisamos entender que até mesmo nossas ofertas precisam
ser direcionadas por Deus, essa vontade precisa nascer do Espírito.

Tive uma experiência interessante com esse movimento IDS. Esse foi um movimento
espiritual que nasceu no coração de Deus. O movimento é o de ofertar para ações do
Reino o que arrecadarmos. Talvez você pense que isso seja bondade minha. Não é! No
início, faríamos esse evento com cobrança da inscrição, “pois digno é o trabalhador de
seu salário”. Num primeiro momento, eu não via problema algum em lucrar com esse
evento, mas Deus mudou isso em meu coração.

No início, nós cobraríamos por esse evento para lucrar. Todavia, Deus falou ao meu
coração e me pediu para fazer diferente. Isso aconteceu pois Deus ativou em mim o
dom de contribuir. E ativando em mim esse dom, fez com que uma contribuição sur-
gisse. É do Espírito para o Espírito. Se fizermos assim, estaremos construindo uma
colheita espiritual.

Também, irmãos, vos fazemos conhecer a graça de Deus concedida às igre-


jas da Macedônia; porque, no meio de muita prova de tribulação, manifes-
taram abundância de alegria, e a profunda pobreza deles superabundou em
grande riqueza da sua generosidade. Porque eles, testemunho eu, na medida
de suas posses e mesmo acima delas, se mostraram voluntários, pedindo-nos,
com muitos rogos, a graça de participarem da assistência aos santos. E não
somente fizeram como nós esperávamos, mas também deram-se a si mesmos
primeiro ao Senhor, depois a nós, pela vontade de Deus;
2 Coríntios 8.1-5

Nesse texto, encontramos Paulo testemunhando sobre um povo que se moveu no


dom da contribuição. Eles foram movidos pelo Espírito Santo a contribuir muito além
de suas capacidades intelectuais; foi uma direção de Deus!

Estando Jesus a observar, viu os ricos lançarem suas ofertas no gazofilácio.
Viu também certa viúva pobre lançar ali duas pequenas moedas; e disse: Ver-
dadeiramente, vos digo que esta viúva pobre deu mais do que todos. Porque
todos estes deram como oferta daquilo que lhes sobrava; esta, porém, da sua
pobreza deu tudo o que possuía, todo o seu sustento.
Lucas 21.1-4

Anotações

Inteligência do século 195


Na história acima, Jesus está mostrando uma viúva que teve sua oferta recebida por
Deus muito além das grandes ofertas dos ricos. Jesus avaliou a oferta daquela mulher
em maior valor que a dos muitos ricos. Você consegue perceber que a ótica de Deus
é diferente? Portanto, deixe o fluir da generosidade espiritual reinar em seu coração.

22. Liderar e governar neste mundo

Desde o Éden, temos a marca da liderança e do governo dentro de nós. Você e eu


nascemos espiritualmente para vivermos como reis e senhores nesta terra. Mas não se
esqueça de que essa não é uma ótica mundana, mas uma liderança e influência que
vêm da identidade espiritual de Deus.

Então, falou Jesus às multidões e aos seus discípulos: Na cadeira de Moisés, se


assentaram os escribas e os fariseus. Fazei e guardai, pois, tudo quanto eles vos
disserem, porém não os imiteis nas suas obras; porque dizem e não fazem. Atam
fardos pesados [e difíceis de carregar] e os põem sobre os ombros dos homens;
entretanto, eles mesmos nem com o dedo querem movê-los. Praticam, porém,
todas as suas obras com o fim de serem vistos dos homens; pois alargam os seus
filactérios e alongam as suas franjas. Amam o primeiro lugar nos banquetes e as
primeiras cadeiras nas sinagogas, as saudações nas praças e o serem chamados
mestres pelos homens. Vós, porém, não sereis chamados mestres, porque um só é
vosso Mestre, e vós todos sois irmãos. A ninguém sobre a terra chameis vosso pai;
porque só um é vosso Pai, aquele que está nos céus. Nem sereis chamados guias,
porque um só é vosso Guia, o Cristo. Mas o maior dentre vós será vosso servo.
Mateus 23.1-11

Nesse texto, Jesus está confrontando o modelo de liderança da época, que era uma
liderança carnal, fruto da imaginação humana. Será que esse modelo de liderança
acontece até os dias de hoje? Evidente que sim. Porém nossa posição de liderança
tem de ser espiritual. É nessa fonte que criaremos uma marca de verdadeiros líderes.

[...] cuidem do rebanho que Deus lhes confiou com disposição, e não de má vonta-
de; não pelo que lucrarão com isso, mas pelo desejo de servir a Deus. Não abusem de
sua autoridade com aqueles que foram colocados sob seus cuidados, mas guiem-nos
com seu bom exemplo. E, quando vier o Grande Pastor, vocês receberão uma coroa
de glória sem fim.
1 Pedro 5.2-4

Anotações

196 Inteligência do século


Essa não é uma mensagem religiosa, mas de liderança espiritual. É assim que de-
vemos proceder. Se há pessoas em sua empresa, se você lidera em algum lugar, use a
inteligência espiritual para marcar os corações e gerar pessoas com um DNA de lide-
rança espiritual.

23. Evangelização até os confins da terra

Quando nascemos de novo, entendemos a grande mensagem de Deus para o mun-


do. Essa é uma mensagem de arrependimento, salvação gratuita e relacionamento
com Deus. É a verdadeira mensagem que o mundo precisa, por isso, somos enviados
por Jesus para levá-la a todos.

E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura.


Marcos 16.15

Somos chamados para anunciar o evangelho a toda criatura!

24. Coragem e ousadia para vencer

Quando somos cheios do Espírito Santo, somos preenchidos com ousadia e cora-
gem. Essa é nossa nova identidade!

Porque Deus não nos tem dado espírito de covardia, mas de poder, de amor
e de moderação.
2 Timóteo 1.7

Quem nasceu de Deus não tem a timidez que está na natureza carnal deste mundo!
Por isso, o nascido de novo pode herdar o reino de Deus!

Anotações

Inteligência do século 197


PEÇA PELO REVESTIMENTO ESPIRITUAL
Antes de Jesus ser glorificado, Ele disse para os discípulos ficarem em Jerusalém
até serem revestidos de Poder do Alto! Essa é uma promessa para você também. Por
isso, tenha sempre um pedido por mais da presença de Deus em sua vida! Ore como
os discípulos oraram:

Agora, Senhor, olha para as suas ameaças e concede aos teus servos que
anunciem com toda a intrepidez a tua palavra, enquanto estendes a mão para
fazer curas, sinais e prodígios por intermédio do nome do teu santo Servo Je-
sus. Tendo eles orado, tremeu o lugar onde estavam reunidos; todos ficaram
cheios do Espírito Santo e, com intrepidez, anunciavam a palavra de Deus. Da
multidão dos que creram era um o coração e a alma. Ninguém considerava
exclusivamente sua nem uma das coisas que possuía; tudo, porém, lhes era
comum. Com grande poder, os apóstolos davam testemunho da ressurreição
do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça.
Atos 4.29-33

Anotações

198 Inteligência do século


1 Atividade

Nossa herança espiritual é imensa! Nesta atividade, você deve escrever as ações
“ativacionais” e as confissões que aproximarão você de cada virtude de sua herança.
Comece a escrever por aquelas que mais tocaram seu coração. Depois, avance para as
outras.

Confissões Ativações Status

Inteligência
espiritual

Palavra de
sabedoria
que traz
livramento

Palavra de
conhecimento
do oculto

Dom da fé
que move
montanhas

Dom de cura
que livra da
dor

Operação de
maravilhas que
manifesta o
extraordinário

Profecia que
revela o futuro

Discernimento
de espíritos
que percebe o
mal escondido

Variedade de
línguas que
anunciam o
evangelho

Inteligência do século 199


Confissões Ativações Status

Interpretação
de línguas que
edifica

O fluir do amor
que cura

Alegria que é
força

Paz que
excede o
entendimento

Paciência
verdadeira

Bondade nas
obras das
mãos

Fidelidade até
o fim

Mansidão para
possuir a terra

Domínio
próprio

Servindo e
gerando valor
genuíno

Ensinando a
justiça

200 Inteligência do século


Confissões Ativações Status

Dar ânimo ao
cansado

Contribuir
financeiramente
com o Reino

Liderar e
governar neste
mundo

Evangelização
até os confins
da terra

Coragem e
ousadia para
vencer

2 Atividade

Quais as 4 mudanças mais significativas que você terá este ano? Escreva nos qua-
dros abaixo.

1 2

3 4

Inteligência do século 201


3 Atividade

Escreva sua confissão de virtudes abaixo. Depois, coloque-a em um lugar visível


para você ler e confessar todos os dias.

202 Inteligência do século


Anotações

Inteligência do século 203


Anotações

204 Inteligência do século


Anotações

Inteligência do século 205


Anotações

206 Inteligência do século

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