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INDÚSTRIA PETROQUÍMICA
MACAPÁ
2021
CRISTIANO SAULO DE SOUZA DE SOUZA
MATHEUS DA SILVA BEZERRA SEVERINO
TALLES GABRIEL GARCIA DE MELO
VANESSA CRISTINE RIBEIRO AMARAL
INDÚSTRIA PETROQUÍMICA
MACAPÁ
2021
Resumo
At the beginning of the 20th century, the petrochemical industry was resumed to the petro-
leum refinary. However, after the Standard Oil (New Jersy) produce in scale the isopropyl
alcohol (isopropanol), this industry has begun to gain global priority. Researches has begun
to be done and this industry has become a business totally different from petroleum refinary
and a big diversity of conversions and products has begun to show up. In Brazil, the enter-
prise Braskem has gained importance as the ninth producer of ethylene with your poles in
São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Bahia. With the uncountables synthesized
products for this industry and the huge aplicability of petrochemicals, this sector has been
growing up a lot and it will probably grown up more. The producs synthesized can be used
for example, as subtitutes of metals in the civil constructions or it can replace the natural
rubber, the utilization is large. Without this industry probably the economy would be dev-
astated and the society wouldn’t be known like today it is. Other point to discuss are the
materials e chemicals conversions related to production of the petrochemicals. This indus-
try is divided in three stages, in the first one can be found the basics petrochemicals, those
who were produce in the refinary as methane, ethylene, propylene, butylenes and cyclics,
a diversity of products can ben synthesized by these basics petrochemicals. In the second
generation, the conversions of the products are done , as the polymerization. These prod-
ucts are used in others chemicals industries as rubber and plastics industries. Finally, the
third generation prepares the products to commercialization, for example, the packaging
of some products are mades from this part of petrochemical industry. Lastly, the petro-
chemical industry presents a diversity of chemicals conversions extremely interesting. The
chemicals conversions were studied over the years, some have been created and others have
been optimized. The manipulation of theses materials since alkylation to polymerization,
for example, can generate uncountables products as acetone, explosives, detergents, etc.
2 Indústria Petroquímica 5
2.1 Aspectos Econômicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
2.2 Máteria-primas e Petroquímicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
2.2.1 Metano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
2.2.2 Etileno . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
2.2.3 Propileno e Butenos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
2.2.4 Aromáticos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
2.3 Conversões Químicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
2.3.1 Alquilação, Desalquilação e Hidrodesalquilação . . . . . . . . . . . . 14
2.3.2 Aminação mediante Amonólise e Redução . . . . . . . . . . . . . . . 15
2.3.3 Craqueamento ou Pirólise Térmica e Catalítica . . . . . . . . . . . . . 15
2.3.4 Desidratação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
2.3.5 Esterificação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
2.3.6 Halogenação e Hidrohalogenação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
2.3.7 Hidratação e Hidrólise . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
2.3.8 Hidrogenação e Desidrogenação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
2.3.9 Nitração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
2.3.10 Oxidação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
2.3.11 Oxoformilação ou Hidroformilação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
2.3.12 Polimerização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
3 Considerações Finais 25
4 Referências 26
4
1 Introdução
A indústria petroquímica é importante devido à geração de empregos, ao impulso econômico
gerado nos países, ao avanço tecnológico e científico através de pesquisas, entre outros motivos.
A matéria-prima utilizada nesse setor está ligada à competitividade e energia barata. Por essas
razões há investimento nesse setor e o consequente desenvolvimento de produtos petroquímicos
de qualidade em vários setores como na construção civil, automóveis e plásticos (EPE, 2018).
Os produtos petroquímicos são definidos como derivados do petróleo e gás natural. A in-
dústria petroquímica antecede o refino de petróleo e utiliza vários processos, os quais resultam
em produtos complexos com grande aplicação no mercado, como adesivos, álcool, explosivos,
fertilizantes etc. Grande parte da extração de matéria-prima do petróleo é feita por processos fí-
sicos de separação. Entretanto, na indústria petroquímica a maioria dos produtos com utilização
industrial são feitos a partir de conversões químicas (SHREVE e BRINK JR.,1997).
De acordo com Braskem (2019), a indústria petroquímica é uma parte da indústria química,
a qual utiliza matérias-primas da indústria de energia como a nafta (derivado do petróleo), lí-
quidos de gás natural e carvão. Esse setor é dividido em três gerações ou estágios. A primeira
geração configura-se pela petroquímica básica, a qual envolve a síntese dos produtos petroquí-
micos pelo eteno, propeno, butadieno etc. A segunda trabalha com a polimerização dos produtos
petroquímicos para produzir o polipropileno, polietileno, PVC etc. O terceiro estágio envolve a
conversão dos produtos do estágio anterior para serem comercializados.
Com o intuito de substituir produtos importados, como a borracha, os Estados Unidos foi
o precursor da indústria petroquímica conhecida até os dias atuais. Isso foi possível através de
pesquisas sobre a transformação de produtos naturais. Esse setor cresceu incrivelmente depois
da Segunda Guerra Mundial, pois houve a necessidade da substituição de materiais importa-
dos como pneus, condutores elétricos e, posteriormente, vários outros produtos petroquímicos.
Após esse período, o qual se passa por 1920, as indústrias petroquímicas se expandiram para
Europa e Japão, para chegar à América Latina por voltas dos anos 60 (MAIA, 2005).
Segundo TORRES (1997), em torno de 1960, não havia nenhuma proposta de inserção da
indústria química brasileira, apesar de desde os anos 50 as refinarias de petróleo estavam sendo
instalados no país. O Brasil consolidou a indústria petroquímica em São Paulo na década de
50, através do início da construção da Refinaria Presidente Bernardes (RPBC), em Cubatão
(SP). Em 1953, o Conselho Nacional de Petróleo viabilizou a construção de uma fábrica de
fertilizantes nitrogenados. A PETROBRAS foi criada 1953 e iniciou suas atividades em 1954.
Nesse contexto, este trabalho tem como objetivo demonstrar um pouco sobre impacto econô-
mico que a indústria petroquímica tem no Brasil e no mundo, através das grandes importações e
exportações de produtos petroquímicos. As conversões químicas e os processos físicos de sepa-
ração também serão explicitados com um foco maior, com a intenção de demonstrar e esclarecer
a estrutura de uma indústria petroquímica e as operações que a compõem.
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2 Indústria Petroquímica
Até há alguns anos, a principal fonte de matéria-prima para os petroquímicos era o petróleo.
Um combustível fóssil originado da decomposição de matéria orgânica, inflamável e consti-
tuído de uma mistura de hidrocarbonetos. Esse aglomerado orgânico passa pela refinaria para
ser extraído matérias-primas importantes para a síntese dos petroquímicos, como exemplo, o
metanol, etileno e propileno. Hoje, no entanto, essa indústria não está mais ligada apenas ao
petróleo, devido à descoberta de outras fontes como o carvão e o gás natural (SPEIGHT, 2006).
Um petroquímico é qualquer químico, diferente de combustível e produtos de petróleo,
feito a partir de conversões químicas e em menor escala de operações unitárias, do petróleo, gás
natural ou carvão e comercializado. As matérias-primas são classificadas em três grupos gerais:
olefinas (etileno, propileno e butadieno), aromáticos (benzeno, tolueno e isômeros do xileno) e
metanol. Um quarto grupo inclui síntese de gás (mistura de monóxido de carbono e hidrogênio)
e compostos inorgânicos (SHREVE e BRINK JR., 1997).
A indústria petroquímica é dividida da seguinte maneira: 1ª, 2ª e 3ª gerações. A primeira
geração é responsável pela transformação química de correntes petrolíferas (nafta, gás natural,
metanol etc.). A segunda geração produz de resinas termoplásticas (PE, PP e PVC). E o último
estágio constitui na transformação dessas resinas em produtos comercializáveis como embala-
gens, peças e utensílios para setores alimentícios, civil, automotivo etc. (Gomes et al., 2005).
A Figura 1 apresenta de forma ilustrativa essa divisão existente na indústria petroquímica.
Esse setor ganhou mais viabilidade econômica depois da utilização de conversões químicas
dos derivados de petróleo. Segundo ainda a Braskem (2019), já até se descobriu utilização do
etanol para produzir o eteno verde e o PE Verde® e contribuir com a preservação do ambiente.
Como será visto nesse trabalho, a indústria petroquímica, durante esse anos, incluiu várias
conversões químicas para gerar produtos complexos e assim, serem comercializados.
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2.2.1 Metano
O metano é um hidrocarboneto de fórmula CH4 que pode ser obtido através do gás natural.
Sua usabilidade no indústria petroquímica pode dar origem a vários produtos de larga utilização.
A partir do metano, pode-se produzir o metanol, clorometanos, aldeído fórmico, negro de fumo,
amônia, uréia, ácido nítrico, cloreto de vinila e entre outros (SHREVE e BRINK JR., 1997). Na
Tabela 3 são apresentados de forma detalhada esses derivados petroquímicos do metano.
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2.2.2 Etileno
O eteno é a principal matéria-prima na indústria química, sua fórmula é C2H4 e pode ser
obtido através do petróleo. Assim como o metano, o eteno pode ser dar origem a muitos pro-
dutos importantes que são comercializados nos dias atuais. A partir do eteno, pode-se obter
óxido de etileno, etanol (industrial), polietileno, cloreto de etile e entre outros (SHREVE e
BRINK JR., 1997). A Tabela 4 apresenta de forma detalhada esses derivados do eteno obtidos
industrialmente.
10
2.2.4 Aromáticos
porém em menor escala como os anteriores. A partir desses petroquímicos básicos é possível
produzir fenol via cumeno, estireno, explosivos, poliamidas e entre outros (SHREVE e BRINK
JR., 1980). A Tabela 6 apresenta de maneira esquematizada os derivados dos compostos aro-
máticos
e entre outros (SHREVE e BRINK JR. 1997). A Figura 2 apresenta de maneira esquematizada
as conversões químicas que o metano pode ser submetido.
Os derivados petroquímicos do eteno também podem ser obtidos de vários processos dife-
rentes. Primeiro, o etano é craqueado para se tornar o eteno. A partir disso, o etileno pode
passar por uma oxigenação para obter o óxido de etileno e depois hidrolisado para produzir
glicol, cloração para produzir o cloreto de vinila ou cloreto de hidrogênio, hidrólise para obter
álcool etílico (SHREVE e BRINK JR., 1997).
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Esse processo consiste na substituição do cátion hidrogênio por um radical alquila. A alqui-
lação para produzir aquilbenzenos foi descoberta pelo químico francês Charles Friedel, e seu
colaborador, James M. Crafts em 1877. Essa conversão química consiste em aclopar um radical
R (alquila) a um composto aromático (SOLOMONS e FRYHLE, 2001). A equação 1 apresenta
uma reação de alquilação de um benzeno.
e o principal agente antidetonante nas gasolinas. Com o intuito de diminuir as emissões de des-
carga dos automóveis, a utilização de conversões para purificar atmosfera cresceu. No entanto,
o chumbo tetraetila é um veneno para os catalisadores destes conversores. Sua preparação in-
dustrial é feita pela ação do cloreto de etila sobre o chumbo (SHREVE e BRINK JR., 1997). A
equação 2 demonstra a reação entre o cloreto de etila com a liga de chumbo.
A autoclave para a reação deve ter um misturador, para agitar a liga de chumbo, um con-
densador de refluxo e uma camisa de aquecimento. A liga de chumbo deve estar bem dividida
e medir 70ºC. Esse sistema deve ser aquecido para depois passar um resfriamento até chegar
à temperatura de 40 a 60ºC. A destilação do excesso de cloreto de etila é feita e o chumbo
tetraetila é levado a vapor da mistura (SHREVE e BRINK JR., 1997).
De acordo ainda com Shreve e Brink Jr. (1997), devido ao envenenamento dos catalisadores
dos conversores, o tetrametila está substituindo o chumbo tetraetila. A sua características an-
tidetonantes melhores em motores de alta compressão, com gasolinas com grandes quantidade
de moléculas aromáticas, de alta octanagem. Além disso, o chumo tetrametila é muito mais
estável a altas temperaturas. A equação 3 apresenta esse processo eletrolítico de alquilação.
As reações químicas que sintetizam os amino compostos são chamadas de aminação por
amonólise, utilizando-se como agente ativo, amônia ou amônia substituída. Outro processo
utilizado é a redução de compostos nitro para também se obter aminas. As etanolaminas são
dividas em: monoetanolamina, dietanolamina e trietanolamina. Ela podem ser obtidas atráves
do borbulhamento do óxido de etileno em uma solução aquosa de amônia a 28%, a 30-40ºC
(SHREVE e BRINK JR., 1997). A equação 4 mostra de maneira clara como a aminação do
óxido de etileno ocorre para produzir dietanolamina.
A metilamina, assim como as etanolaminas, tem muitas utilizações industriais. Elas podem
ser usadas como intermediárias para outra sínteses. A sua produção é feita pela amonólise do
metanol (SHREVE e BRINK JR., 1997).
olefinas. No final ainda há uma polimerização no processo (SHREVE e BRINK JR., 1997). Na
Figura 4 as etapas do craqueamento são apresentadas de forma esquematizada.
2.3.4 Desidratação
Esse processo geralmente é utilizado quando se deseja obter éter a partir da desidratação de
álcoois em fase líquida ou a vapor, com o ácido sulfúrico ou alumina, respectivamente, como
catalisador. Os mais importantes a se destacar são o éter metílico, etílico e propílico. Além
disso, pode-se produzir éter a partir da hidratação de uma olefina, com um catalisador ácido. O
éter em excesso é reclicado para se ter maior quantidade álcool (SHREVE e BRINK JR., 1997).
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2.3.5 Esterificação
A importância dos ésteres com ácido inorgânico é grande para os solventes, plastificantes,
monômeros, remédios e perfumes. Ésteres nítricos como a nitroglicerina e nitrocelulose são
poderosos explosivos. Com a descoberta de como estabilizar e prolongar a vida da nitrocelulose,
logo a pólvora negra no área militar (SHREVE e BRINK JR., 1997). A equação 7 apresenta de
maneira ilustrativa a reação de obtenção da nitrocelulose
Da esterificação dos ácidos orgânicos, pode-se destacar acetato de etila,de amila, butila,
isopropila e de vinila. O acetato de amila, de butila e de isopropila são produzidos a partir
do respectivos álcoois e ácido acético. O mais utilizado é acetato de butila e é o mais impor-
tante solvente do veniz de nitrocelulose. Os três são resistentes contra opacificação às películas
secantes de verniz (SHREVE e BRINK JR., 1997).
O acetato de vinila é feito a partir da oxigenação do ácido acético e o eteno. Essa é uma
reação exotérmica com rendimento de 91%. Já o acetato de etila é produzido pelo etanol e
o ácido acético, sendo catalisada pelo ácido sulfúrico (SHREVE e BRINK JR., 1997). As
equações 9, 10 e 11 mostram de forma detalhada a síntese do acetato de etila, acetato de vinila
e acetato de vinila e água, respectivamente, por meio do ácido do acético.
1
CH2 CH2 + CH3COOH + O CH3COOCH CH2 + H2O {11}
2 2
Esse processo químico envolve a interação dos três primeiros membros da família halogê-
nio com a cadeia carbônica. A reação acontece quando um flúor, cloro ou bromo reage com
o hidrocarboneto tomando o lugar de cátion hidrogênio. Essa reação é de substituição e pode
ser chamada de hidrohalogenação pois haletos de hidrogênio participam dessa reação (SOLO-
MONS e FRYHLE, 2001). A equação 12 apresenta de forma ilustrativa uma conversão química
de halogenação genérica, sendo X o halogênio e R um hidrocarboneto qualquer.
R H + X2 R X + HX {12}
A cloração do etano tem condições muito parecidas com a do metano. Essa reação sintetiza
um importante produto chamado cloreto de etila, o qual produz o chumbo de tetraetila visto
anteriormente no processo de alquilação. A halogenação de compostos insaturados sintetiza
vários derivados como dicloreto de etileno, dibrometo de etileno, dicloroetileno, o tricloroeti-
leno e o tetracloroetano. A conversão química do etano por cloração se dá pela reação entre o
cloro gasoso e o etano para produzir o cloreto de etila e ácido clorídrico. Esse ácido pode ser
utilizado na presença de um catalisador para converter o eteno em cloreto de etila (SHREVE,
1997). As equações 13 e 14 apresentam de forma detalhada a halogenação do etano e eteno,
respectivamente.
CH3CH3 + Cl2 CH3CH2Cl + HCl {13}
O etanol e outros álcoois são os principais produtos de obtenção para o propósito petroquí-
mico. Os processos sintéticos utilizados na indústria petroquímica são baseados no sulfato de
hidrogênio e etila, ou na hidratação direta em fase vapor. O processo direto de hidratação inicia
com a água sendo misturada ao eteno, essa solução é aquecida para ir e depois levada a um rea-
tor. Após isso, ela passa pelo separador, no qual parte da água sai pelo topo e o restante sai por
baixo para ser hidrogenado. Em seguida há uma redução do aldeído, para assim passar por duas
colunas de destilação. Na última coluna, no topo sai o etanol e por baixa os produtos pesados
(SHREVE E BRINK JR., 1997). A Figura 7 apresenta de forma esquematizada o fluxograma
da síntese do álcool etílico.
O principal composto dos anticongelantes é o glicol etilênico. Esse produto é uma mistura
de propano e propeno e pode ser sintetizar por vários processos que envolvem a hidrólise. Essa
substância passar por duas reações para ser sintetizada, a etilenocloridrina, obtida pela reação
da água de cloro com o eteno, é tratada por uma solução de bicarbonato de sódio (SHREVE
E BRINK JR., 1997). As equações 16 e 17 apresentam essas reações do cloro com o eteno e
etileno cloridrina com o bicarbonato de sódio respectivamente.
A hidrogenação de um alceno é uma reação exotérmica, com entalpia de mais ou menos -120
kJ/mol. Essa conversão química consiste em reagir um hidrocarboneto com o gás hidrogênio.
A ligação pi da ligação dupla do hidrocarboneto é quebrada e substituída por hidrogênio para
formar um alcano ou alceno, no caso de ligações triplas. O processo inverso, ou seja, a síntese
de ligações duplas para gerar cátions hidrogênio é chamada de desidrogenação (SOLOMONS
e FRYHLE, 2001). A equação 18 mostra uma reação geral de hidrogenação em um alceno.
O etibenzeno sintetiza o estireno por desidrogenação. Além disso, cetonas de baixa massa
molecular também são produzidas por desidrogenação do álcool correspondente. A cetona mais
importante para a indústria petroquímica é a acetona, ela é usada principalmente para o acetato
22
2.3.9 Nitração
Um pequeno avanço no processo de nitração foi realizar esse processo a baixa pressão, dos
hidrocarbonetos alifáticos, como o propano. É uma qualidade desse processo o fato de a reação
poder em qualquer parte da cadeia carbônica inicial. Por esse fator, a produção de produtos
é muito diversificada. As nitroparafinas podem ser usadas como solventes e propelentes (SH-
REVE E BRINK JR., 1997). A equação 20 mostra a redução do nitropropano a aminas.
2.3.10 Oxidação
A oxidação é umas das conversões químicas mais imprescindível na indústria química. Exis-
tem tantas reações importantes que envolvem esse processo que uma reação típica é possível
existir. Geralmente o ar atmosférico é usado como reagente, porém pode ser substituído por
oxigênio pela garantia de menor custo e melhor rendimento. Essa reações geralmente são re-
alizadas em altas temperaturas e na fase líquida ou vapor. A oxidação parcial é utilizada para
elevar a temperatura e oxidar um hidrocarboneto (SHREVE E BRINK JR., 1997). A equação
21 apresenta a oxidação do etanol para se obter o aldeído acético e uma molécula de água.
1
C2H5OH (g) + O (g) CH3OH (g) + H2O (g) {21}
2 2
O aldeído acético também pode ser sintetizada a partir do eteno. Existe um processo cha-
mado Wacker, desenvolvido pela Hoechst, o qual consiste na oxidação direta do eteno, com o
ar atmosférico ou oxigênio a 99%. Uma solução de cloreto de cobre (promotor) e de cloreto de
paládio, através da qual passa o eteno com o ar, ou com o oxigênio. Para se retirar o aldeído
sintetizado dessa reação, é necessário fazer a vaporização da solução e depois absorver em água.
Depois o aldeído é destilado. O rendimento e a conversão são de 95% (SHREVE E BRINK JR.,
1997). Na figura 9 o processo Wacker é ilustrado através de um fluxograma.
23
O ácido acético e o anidrido acético são produzidos pela oxidação do aldeído acético pelo
oxigênio. A oxidação do acetaldeído ocorre pelo ar utilizando-se o acetato de metila como
diluente e acetato de manganês como catalisador. As configurações operacionais da reação são
de pressão igual a 4 atm e temperatura entre 50 a 70ºC. Os produtos dessa reação são separados
e purificados em colunas a bandejas borbulhadoras. O produto mais importante sintetizado pelo
anidrido acético é o acetato de celulose (SHREVE E BRINK JR., 1997).
O C7 é o copolímero com mais destaque na indústria química, o qual pode resultar a uma
mistura de álcoois em C8. O grupo CO é acoplada à dupla ligação com uma ocorrência de 60%
24
estar no final da cadeia e 40% estar em posição secundária. Uma olefina típica C7H14 fornece
os seguintes álcoois isooctílicos: 3,4-dimetil 1-hexanol; 3,5-dimetil 1-hexanol; 4,5-dimetil 1-
hexanol; 3-metil 1-heptanol; 5-metil 1-heptanol e outros (SHREVE E BRINK JR., 1997).
2.3.12 Polimerização
Os polímeros são móleculas extensas que podem ser chamadas de macromoléculas, elas
são constituídas de várias subunidades chamadas de monômeros, os quais se repetem muitas
vezes para formar um polímeros. O processo polimerização é justamente isso, a união desses
monômeros através de adição ou condensação para formar uma macromolécula. Por exem-
plo, o etileno é um monômero, o qual é utilizado para sintetizar o polietielno (SOLOMONS e
FRYHLE, 2001). A equação 23 mostra de forma ilustrativa essa conversão, na qual m e n são
números grandes.
3 Considerações Finais
Diante da produção desse trabalho, pôde-se apresentar e observar melhor sobre a indústria
petroquímica e a sua situação econômica em uma visão nacional e internacional. Esse setor se
mostrou de extrema importância para a economia brasileira e para as indústrias químicas, apesar
de no início do século XX esse setor tenha sido desvalorizado e resumido apenas à refinaria de
petróleo. Ela proporcionou ao Brasil o destaque como o nono produtor de petroquímicos pela
empresa Braskem e muitos produtos sintetizados nessa indústria são usados em vários outros
setores químicos. Ao finalizar esse trabalho, constatou-se que hoje grande parte dos produtos
petroquímicos são usados até no nosso dia a dia e utilizados também na substituição de metais
e borrachas por exemplo. Por esse fator, a vivência hoje em sociedade sem indústria estaria
impossibilitada e prejudicaria muitos setores que dependem dos petroquímicos.
Outro ponto importante foi a melhor compreensão dos materiais petroquímicos. Foi possí-
vel perceber a dinâmica existente dentro da indústria petroquímica, através da sua divisão em
gerações, elas mostram a finalidade do produto a ser sintetizado e como esse setor se orga-
niza. Além disso, pôde-se conhecer e compreender melhor as conversões químicas envolvidas
na indústria petroquímica. Percebeu-se a variedade de processos que essa indústria apresenta
juntamente à diversidade dos produtos que são sintetizados a partir dessas reações químicas.
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4 Referências
BRASKEM. O Setor petroquímico. São paulo: Braskem, c2019. Disponível em: <http://www.braskem-ri.com.br/o-
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TORRES, E. M. M. A EVOLUÇÃO DA INDÚSTRIA PETROQUÍMICA BRASILEIRA. Porto Alegre, RS,
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