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Os Meridianos
Os Meridianos
A energia vital, Ki, desloca-se a nível subcutâneo, flui pelo corpo humano de forma
regular, formando canais imateriais. Estes canais são designados meridianos. Estes
conduzem a energia que percorre o corpo. São vias que formam um sistema circulatório
em muito semelhante ao do sangue. É através destes canais que um Acupunctor ou um
terapeuta de Shiatsu trabalha.
O traçado dos meridianos e localização dos seus pontos são conhecidos desde tempos
remotos. Foram descobertos de forma empírica, através da experiência prática, e mais
tarde confirmados pelas pesquisas científicas moderna.
Os meridianos são representados por uma grande linha de energia que sobe e desce
percorrendo o corpo humano da cabeça aos pés.. Nessa linha temos os chamados pontos
meridionais, os quais trabalhamos para aliviar a pessoa de determinada patologia.
Os Meridianos
Constituição:
Do ponto de vista científico, os tsubos são pontos que apresentam baixa resistência
eléctrica, ou seja são bons condutores eléctricos, reflectindo o funcionamento interno do
sistema corporal, podendo, por isso, ser utilizados tanto para diagnóstico como para
tratamento.
Cada ponto tem uma característica determinada para actuar na energia do meridiano.
Existem, por exemplo, pontos para tonificação — para aumentar o fluxo de energia no
meridiano desequilibrado por deficiência de Ki (Kyo) — e pontos de sedação — para
diminuir o fluxo de energia no meridiano desequilibrado quando existe um excesso de
Ki (Jitsu).
No Shiatsu, além do tratamento geral que é feito ao início, há que ir a problemas localizados
caso estes existam.
Lombalgia:
A lombalgia é por si mesma um sintoma. Consiste numa dor localizada na região lombar da
coluna vertebral. Esta dor tem várias causas. Se a causa for o excesso de peso corporal, a dor
pode persistir enquanto esse excesso persistir.
Ciatalgia:
A ciática, dor ciática ou ciatalgia é uma nevralgia do nervo ciático, em que a dor irradia ao
longo da face posterior do membro inferior.
Ombro Rígido:
Condição de dor e rigidez da articulação glenoumeral (cabeça do fémur com a omoplata).
Nestes casos o paciente tem bastante dificuldade em mexer o braço.
Epicondilite:
Também chamada de "cotovelo de tenista", a epicondilite é uma inflamação do epicondilo ou
dos tendões musculares que nele se inserem. Caracteriza-se por uma dor muito localizada e
pressão que por vezes irradia ao longo do bordo radial do antebraço.
Enxaqueca:
É um tipo de cefaleia sendo que o seu diagnóstico se baseia em 3 dos seguintes sintomas: dor
abdominal, náusea ou vómito, cefaleia pulsante, localização unilateral, distúrbios visuais,
motores ou sensoriais associados, alívio durante o sono e história familiar positiva.
Pode ter como causas factores genéticos, ambientais (stress, poluição, barulho, mudanças
climáticas, odores), dietéticos.
Stress:
Quando as pessoas falam em stress, quase sempre se referem à tensão ou à angústia
emocional. Entretanto, para a medicina, o stress é qualquer condição ou situação que
mantenha o corpo sob tensão. Pode originar-se de dor física ou ferimentos, factores
psicológicos como medo, irritação e frustração e até euforia desmedida.
Cervicalgia:
A cervicalgia costuma ser insidiosa, sem causa aparente. Mas raramente se inicia de maneira
súbita, em geral está relacionada com movimentos bruscos do pescoço, longa permanência em
posição forçada, esforço ou trauma e até mesmo alterações da ATM (articulação têmporo-
mandibular).
O paciente com cervicalgia costuma adquirir uma atitude de defesa e rigidez dos movimentos
ocorre também uma alteração na mobilidade do pescoço e a dor durante a palpação da
musculatura do pescoço podendo também abranger a região do ombro e nos casos mais
graves ou prolongados irradiando para todo o membro superior.
Hérnia discal:
As vértebras estão separadas por discos cartilaginosos e cada disco é formado por um anel
fibroso externo e uma parte interna mole (núcleo pulposo) que actua como amortecedor
durante o movimento das vértebras. Se um disco degenerar (por exemplo, por causa de um
traumatismo ou por envelhecimento), a sua parte interna pode protruir ou rasgar e sair
através do anel fibroso (hérnia discal). A parte interna do disco pode comprimir ou irritar a raiz
nervosa e pode mesmo lesioná-la.
A localização da hérnia discal determinará a zona em que a pessoa sentirá dor, perturbações
sensitivas ou debilidade. A gravidade da compressão ou da lesão da raiz determina a
intensidade da dor ou dos outros sintomas.
Quando há hérnia discal com protusão no sentido da medula o Shiatsu não é aconselhável.
Gastrite:
A gastrite é a inflamação do revestimento mucoso do estômago (mucosa gástrica).
A mucosa do estômago oferece resistência à irritação e normalmente pode suportar um
elevado conteúdo ácido, no entanto pode sofrer irritação e inflamar-se por diferentes motivos.
Há pois vários tipos de gastrite: bacteriana, aguda por stress, erosiva crónica, viral ou por
fungos, eosinófila, atrófica.
Gonartrose:
A artrose do joelho manifesta-se através de dores e limitação dolorosa da flexão e pode surgir
em consequência de trauma, infecção, meniscectomia, lesão ligamentar ou qualquer outra
agressão articular, mas também pode surgir sem causa aparente.
A gonartrose atinge mais o sexo feminino que o masculino. Isto deve-se às diferenças
anatómicas entre os dois sexos: maior diâmetro transversal da bacia feminina (vantagem
obstétrica) que implica um maior ângulo em valgo do joelho.
A dor de um doente com artrose tem um ritmo, ou seja, tem um modo de ser ao longo do dia.
É uma dor mecânica, pelo facto de se agravarem ao longo do dia (devido a esforços)
melhorando quando o doente repousa. A rigidez surge, sobretudo, ao iniciar os movimentos
sendo esta de curta duração. A limitação do movimento pode surgir precocemente, ao
contrário das deformações que, em regra são tardias.
Por outro lado, cada meridiano tem um período de actividade mínima que coincide com a fase
de actividade máxima do meridiano que lhe está em oposição de 12 horas no relógio
biológico. Nesse período de relativo recesso, o órgão-meridiano pode manifestar as suas
disfunções marcadas por sintomas característicos do seu oposto.
Olhando para a seguinte figura reparamos que por exemplo, quando o coração está no seu
máximo de energia (11:00 às 13:00), a vesícula está no mínimo (23:00 à 1:00).
Para seguir à regra este relógio, devemos acrescentar às horas colocadas na figura, 1h30 no
horário de Inverno e retroceder meia hora no horário de Verão.
Esta visão permite-nos verificar que existe uma relação, uma sequência entre o fluxo de
energia que passa pelos meridianos. Assim, por exemplo, um bloqueio da energia no
meridiano do Pulmão pode diminuir a energia do meridiano subsequente, ou seja o meridiano
do Intestino Grosso.