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RESUMO
O estudo pretende apresentar quais são as principais influências tecnológicas no ensino superior, o que
auxiliou, influenciou e de que maneira os alunos as utilizam. Até que ponto os docentes se preparam
para esta mudança. Sendo assim, podemos observar os seguintes objetivos como: Em que
contribuíram para o ensino superior? De que maneira é utilizada por professores e alunos e a
resistência dos docentes para esta nova adaptação e abordará também as dificuldades que os
professores enfrentam por serem considerados ultrapassados e por não pertencerem a esta nova
geração que já nasceram em meio à tecnologia, os chamados Nativos Digitais. Suas dificuldades em se
apropriar do novo, inserir velhos conceitos através de novas tecnologias à formação em sala de aula, a
formação docente para que suas aulas se tornem mais atraentes para seus alunos. A pesquisa
bibliográfica demonstra a resistência dos professores a esta tecnologia e o quanto se podem incluir a
inovação a seu método de trabalhos, traçando um objetivo entre diferenciar o que temos de tradicional
e como usar de uma nova maneira de ensinar o tradicional.
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INTRODUÇÃO
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Trabalho de Conclusão do Curso de Pós-graduação em Docência no Ensino Superior da Universidade Católica
Dom Bosco.
2
Graduado em Pedagogia pela Faculdade Anhanguera de Jacareí-São Paulo (2012), Professor de ensino
fundamental. E-mail: marcosrodrigus@msn.com
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Professora Orientadora do Trabalho de Conclusão de Curso. Bacharel em Teologia pela Faculdade de Teologia
de Granada (Espanha). Licenciada em Letras pela Universidade Católica Dom Bosco (Campo Grande – MS).
Mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (Itália). Coordenadora Pedagógica da
UCDB Virtual. E-mail: blanca@ucdb.br
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tecnológicas devem se servir delas de maneira efetiva e também interagir com os demais
colegas de profissão auxiliando a sua equipe como um facilitador para que os demais sintam a
importância de se aprender e de continuar se aprofundando, vivenciando e facilitando a
aprendizagem dos alunos.
O estudo procura demonstrar que o docente pode não ser o principal personagem
do conhecimento dos alunos em aprender com as novas tecnologias, pois a tecnologia, o
aprendizado tecnológico não é limitado ao ambiente escolar, mas que o professor se torna um
incentivador para a continuidade dos estudos. Por isso este artigo descreve a necessidade em
que os professores têm de serem espelho a seus alunos e fazer com que os alunos sintam-se
seguros em obter tal formação e prontos para participar da sociedade efetivamente.
Os professores precisam desenvolver de maneira prática sua formação, pois
quando falamos de teoria tudo se torna prático, mas não é assim que acompanhamos a
educação nos últimos anos. O objetivo do estudo e verificar as possibilidades de mudar a
qualidade de trabalho dos docentes, os professores precisam aprender que ao invés de
lutarmos contra a tecnologia, precisamos incluí-las em nosso ambiente de trabalho, não
deixarmos que somente façamos uso em pequenos detalhes como uma ida ao banco, digitar
uma senha ou utilizar aplicativos sem função educativa, ou fazer de alguns aplicativos
instrumentos de correção e aprendizado.
A pesquisa desenvolvida por meio de uma revisão bibliográfica busca desenvolver
a criticidade sobre as mudanças ocorridas na nossa educação, traçar um comparativo entre os
professores que são considerados Imigrantes Digitais e os alunos nascidos na era digital
chamados de Nativos Digitais e até que ponto estas mudanças são aceitas pelos docentes e
compreendidas pelos alunos. Desta maneira podemos discutir as diferenças para o
enriquecimento da formação continuada no sistema educacional do Brasil e para a formação
superior, ampliando assim a necessidade do entendimento das novas tecnologias e as novas
contribuições que esta modalidade pode nos oferecer.
que eles, professores, aprenderam. Muito destes professores pensam que os aprendizes são os
mesmos e que os métodos que funcionavam com eles funcionarão agora. Eles acreditavam
que seus alunos não conseguem desenvolver seu aprendizado ouvindo som, assistindo a TV,
acreditam que o aprendizado não pode ser divertido.
2. TECNOLOGIA EDUCACIONAL
do saber, o que era dito por ele não devia ser a regra, era preciso fazer com que a realidade do
aluno, o ambiente em que vivia, sua forma de viver também fosse um instrumento de
aprendizagem, de reflexão, e com o tempo o ato de ser crítico, de questionar o professor fosse
respeitado “O saber é uma doação dos que se julgam sábios aos que julgam nada saber”
(FREIRE, 1970, p. 33). Hoje passamos pelo mesmo processo, porém tecnológico, muitos
professores não respeitam ou não procuram saber o que os alunos sabem ou o que ele mesmo
sabe como professor para poder melhorar e oferecer estímulo digital a seus alunos, portanto
fica a reflexão em melhorar e desenvolver suas habilidades.
O docente precisa entender que através de seu aperfeiçoamento, e de sua formação
docente ele se torna um facilitador para seus alunos os incentivando a serem criativos. O
professor preocupado com sua tutoria faz com que o universitário que está do outro lado da
rede consiga desenvolver suas capacidades, mesmo que seja á distância ou em encontros
semipresenciais, sentindo-se sempre amparado em ter sanado suas duvidas com coerência e
comprometimento do docente.
a distância. Com o tempo cada profissional docente deve desenvolver suas habilidades de
docente ao buscar novas tecnologias, segundo Moran, que diz:
Cada docente pode encontrar sua forma mais adequada de integrar as várias
tecnologias e os muitos procedimentos tecnológicos. Mas também é
importante que amplie que aprenda a dominar as formas de comunicação
interpessoal/grupal e as de comunicação audiovisual/telemática. (MORAN,
2000, p. 32).
Portanto, há muitos professores que não são adeptos a estas novas tecnologias,
atitudes que fazem com que o docente fique ultrapassado com o passar do tempo. Muitos não
participam das formações proporcionadas pelas instituições em que trabalham, não dando a
mínima importância à formação. A LDB 9394/96 descreve em seu artigo 87 e reforça a
necessidade de elevar o nível de formação dos profissionais, determinando que "cada
Município e, supletivamente, o Estado e a União, deverá (...) realizar programas de
capacitação para todos os professores em exercício, utilizando também, para isto, os recursos
da educação a distância".
4 PROFESSOR X INOVAÇÃO
aprendendo e quando se trabalha com esta adequação de maneira correta chegamos à mesma
conclusão que Kenski (1996):
de que o jeito de ele ensinar e o único correto, desprezando os “nativos”, no caso seus alunos
de serem incapazes de expor suas próprias ideias e habilidades.
6. PROFISSÃO E FORMAÇÃO
Muitos professores (as) ainda não seguem este caminho que é preciso formação
continuada e estudos sempre atualizados, e ainda com as novas tecnologias vários
profissionais na educação buscam estas formações. Cada ano se percebe a importância da
formação, e a exigência do século XXI onde o professor precisa buscar métodos e inovações
para transmissão de seus conhecimentos aos alunos, a reflexão é a principal ferramenta para o
professor aprimorar, desenvolver e aplicar metodologias diversificadas. A velocidade da
tecnologia ultrapassou a velocidade da sala de aula, se não for inserida os alunos perdem o
interesse e as aulas normalmente não ficarão mais atraentes somente com giz e voz, por isso é
preciso que fiquemos atentos ao que podemos proporcionar no aprendizado e entendimento
dos nossos alunos para instigá-los a desenvolver seu conhecimento sobre determinado tema.
O texto ainda afirma que as novas tecnologias não devem ficar restritas apenas
para os cursos a distância e sim para os demais ambientes de aprendizado e formação, para
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Ou seja, de tudo que estamos falando implica também que as instituições sejam
responsáveis por favorecer estes ambientes aos professores, não podemos somente falar que
os professores não se interessem por isso, mas podemos sim, incorporar esta prática e
continuar incentivando os professores através das formações e cursos extensivos fornecidos
por várias instituições para que os mesmos sejam inseridos a este novo ambiente educacional
e aprendam a trabalhar com elas. Podemos afirmar que o Ministério da Educação tem feito
sua parte, mas ainda há muito a ser feito durante anos o MEC desenvolve programas de
treinamento tais como o ProInfo para promover o uso da tecnologia e informática na educação
e também o Programa Nacional de Formação Continuada em Tecnologia Educacional
(ProInfo Integrado), este projeto faz parte do esforço do governo em disponibilizar conteúdos
aos professores e demais interessados nas escolas também pelo portal do professor, mídias
digitais, TV escola e também pelo Domínio Público e pelo Banco Internacional de Objetos
Educacionais.
São ofertados vários cursos como Introdução à Educação Digital e a inclusão de
Novas Tecnologias que possibilitam ao professor Compreender o potencial pedagógico de
recursos das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) no ensino e na aprendizagem
em suas escolas planejar estratégias de ensino e de aprendizagem, integrando recursos
tecnológicos disponíveis e criando situações para a aprendizagem que levem os alunos à
construção de conhecimento, ao trabalho colaborativo, à criatividade e resultem efetivamente
num bom desempenho acadêmico, utilizar as TIC nas estratégias docentes, promovendo
situações de ensino que focalizem a aprendizagem dos alunos e resultem numa melhoria
efetiva de seu desempenho.
Com esta informação nota-se que o pensamento dos alunos mudou de acordo com
o ambiente em que vivem e de que os professores comecem a entender que a tecnologia pode
auxiliar muito o aprendizado. De acordo com esta colocação, vejamos um exemplo: um atlas
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geográfico antes era impresso e hoje se podem utilizar aplicativos mais atrativos e funcionais;
os mapas antigos não proporcionavam visualizar o relevo, população, ruas de outros países
antes nunca vistos por alunos e até os próprios professores. Porém muitos professores não
conseguem inserir os novos recursos em suas práticas pedagógicas.
O papel dos professores tem que mudar também, e os cursos superiores precisam
preparar esses novos docentes para não perderem o controle das tecnologias digitais que são
requeridas ou se dispõem a usar em suas salas de aulas. Os professores precisam aprender a
manusear as novas tecnologias, deixar os costumes dos imigrantes digitais e ajudar os alunos
e a eles também, dizendo no sentido de se adaptar a uma nova linguagem, uma nova situação
para aprenderem como manipulá-las e não se permitirem serem manipulados por elas. Mas
para tanto, precisam usá-las para educar, saber de sua existência, aproximar-se das mesmas,
familiarizar-se com elas, apoderar-se de suas potencialidades, e dominar sua eficiência e seu
uso, criando novos saberes e novos usos, para poderem estar, no domínio das mesmas e
poderem orientar seus alunos a “lerem” e “escreverem” com elas.
Os professores não devem substituir as “velhas tecnologias” pelas “novas
tecnologias”, devem, antes de tudo, se adequar das novas para aquilo que elas são únicas e
resgatar os usos das velhas intercalando com as novas, isto é, usar cada uma naquilo que ela
tem de peculiar e, portanto, melhor do que a outra.
O uso e influência das novas tecnologias devem servir ao docente não só em
relação à sua atividade de ensino, mas também na sua atividade de pesquisa continuada. E a
pesquisa com as novas tecnologias tem características diferentes que estão diretamente ligadas
à procura da constante informação.
recebem informações instantâneas, aprenderam a utilizar a realizar mais de uma tarefa por
vez. Mas os “imigrantes digitais” têm pouco apreço por estas novas habilidades, o
ensinamento vai passo-a-passo e individual algo que para os demais alunos “nativos” não
agrada e acaba se tornando para os mesmos como uma aula chata e sem graça.
Os professores não podem ser os únicos responsáveis por esta formação, a
sociedade como um todo também se faz importante, pois é através dela que se pode
concretizar ou não o sucesso deste projeto, aprendendo e interagindo para o aumento do
conhecimento. Porém o professor mal preparado, o aluno desmotivado faz com que a
educação não evolua, pois o professor que prepara como nunca seus conteúdos e encontra um
aluno desmotivado com certeza ele não renderá o esperado. Muitos possuem grande domínio
de conteúdos, do que ensina, mas não tem controle de sua sala. Outro aspecto que não faz a
diferença mesmo utilizando as ferramentas tecnológicas são os professores que não
conseguem avaliar seus alunos em outros aspectos, só conseguem da maneira tradicional, ou
seja; procuram poupar-se para não sucumbir, realizando o mínimo de atividades para diminuir
o tempo de correção, preparam superficialmente suas aulas se incorporam estes modelos que
se tornam hábitos cada vez mais enraizados. (MORAN, 2007, p.18).
Além de lutar contra os alunos desmotivados que não se apropriaram destes
saberes tecnológicos, o professor deve fazer com estes alunos também leiam e escrevam com
as máquinas, mesclando assim o aprendizado das novas tecnologias com o que temos de
tradicional em aprendizado. Os alunos têm a necessidade de escrever e copiar da lousa ou do
quadro branco, pois se não for assim não é considerado uma aula, sendo assim, contudo temos
também os alunos que pedem para ir á sala de informática, fazendo com que os professores
não sejam somente instrutores de informática, mas sim fazer com que a ida a sala de
informática seja uma aula agradável e com sentido.
Nas escolas que possuem lousas interativas e projetores os trabalhos são bem mais
específicos, onde o professor diretamente faz com que o aluno se envolva na aula, por isso a
importância do professor não dominar apenas a máquina, mas escolher os conteúdos
apropriados e domina-los para prender a atenção destes alunos que são na maioria alunos que
gostam de copiar da lousa. Enfim, percebemos que mesmo nestas ocasiões é preciso que
também os professores saibam e tenham uma atenção especial para o uso destas ferramentas
tecnológicas.
A sala de aula deve ser composta também por alunos conscientes de que o sucesso
de seu aprendizado também depende dele mesmo, onde de que adiantam o professor buscar
inovações, novos métodos de incentivo para que ele aprenda de maneira correta e ate de
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maneira simples se não houver o seu foco no que se propõe. Isso serve para os alunos que
partem inicialmente do nível fundamental, chegando até a faculdade e principalmente em
cursos EAD.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Fica claro que com o passar dos anos, muitos são os fatos que aconteceram, a
tecnologia invadiu espaços na casa de cada um de nós, incluindo de alguma maneira os
ambientes educacionais, as lojas, supermercados e a cada dia mais vem se valorizando na
educação. Porém, é preciso usá-la de maneira correta e responsável, as políticas educacionais
através de suas instituições vêm se preocupando aos poucos com esta inovação através do
incentivo ao professor com os cursos presenciais e semipresenciais e EAD.
Os professores precisam entender a importância que tem a formação continua e
constante para formação própria e de seus alunos. A velocidade da informação vem como um
apagar ou acender de luzes, não há mais como não permitir que a tecnologia faça parte de
nossa vida docente, não há como deixarmos de usufruir desta ferramenta. É certo que há
professores que são resistentes ao máximo em não usá-las, e certo que há alunos que não
acompanham porque não querem, mas o professor tem o dever de auxiliá-lo no que for
preciso. Os professores precisam procurar maneiras diferenciadas de ensinar, de se atualizar, e
que seja totalmente ligada à realidade do aluno. Os professores na maioria das vezes não
entendem a falta de interesse do aluno por aulas expositivas e tratam isso como desinteresse
do aluno, faz com que suas expectativas sejam direcionadas aos alunos, transferindo assim
responsabilidades.
A tecnologia nos permite acessar tutoriais que auxiliam em vários conteúdos, por
que não passar estas oportunidades aos alunos? Mas, é claro que antes de passar aos alunos é
preciso se apropriar destes saberes. É fato que não podemos de maneira alguma substituir o
professor como elemento essencial da construção do saber, mas é fato também que um
professor pode ser substituído por outro professor que possua esta habilidade em usar as
ferramentas tecnológicas educacionais. Cada um de nós pode fazer nossa parte, o Governo
com suas políticas de valorização, construção e inserção das novas tecnologias, as instituições
como descrito acima participando e se comprometendo a engajar nestas novas propostas da
educação e não mais importante os professores que diretamente ainda são os responsáveis por
exercer parte fundamental no início educacional de muitos alunos.
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REFERÊNCIAS
BRASIL. Plano Nacional de Educação. PNE / Ministério da Educação. Brasília: Inep, 2001.
Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/L10172.pdf>. Acesso em: 31 jul.
2016.
PONTES, Rodolfo Rodrigues; MOITA, Filomena Maria Gonçalves da Silva Cordeiro. O uso
de Tecnologias Digitais no Ensino da EJA: um caminho possível para o Ensino de
Operações Fundamentais. Disponível em:
<http://editorarealize.com.br/revistas/ebrapem/trabalhos/1a09714bfbb97c6f11271056a53df3e
1.pdf>. Acesso em: 31 jul. 2016.
PRENSKY, M. Digital Natives, Digital Immigrants. On the Horizon. vol. 9 n. 5, Oct. 2001.
Disponível em:< http://www.colegiongeracao.com.br/novageracao/2_intencoes/nativos.pdf>.
Acesso: 31 jul. 2016.