Você está na página 1de 43

Manejo de Equinos

M. V. Letícia Meirelles
Etologia
• Na natureza, o cavalo é um animal nômade, rotineiro, que vive em
grupo

• Capturados para trabalho e atualmente são utilizados para esporte e


lazer. Sendo de extrema importância entender o comportamento
deles.
Comportamento

Atenção: orelhas voltadas para a direção do que Desconfiança com receio: orelhas
lhes atrai a atenção no momento. levemente abaixadas para trás.
Comportamento

Raiva: orelhas muito baixas,


ou “murchas”, expressando
descontentamento e
pescoço esticado.
Comportamento

Alerta: orelhas retas e


posicionadas para a frente.
Comportamento
Comportamento

Aerofagia
Comportamento

Tique de Urso
Como minimizar o estresse???
SOLTA O BICHO!!!
Dimensão das baias
• Tamanho pode variar de acordo com a raça e finalidade de
utilização da baia
Tamanho mínimo: 4 x 4 m

• Altura: variar de acordo com a raça criada na propriedade.


Atentar para o fato de que o animal pode empinar, e a altura da
baia deve considerar tal possibilidade.
Altura mínima: 2,60 m
2,6 m
Tipo de cama

Maravalha Areia Borracha


Comedouro e bebedouro
Alimentação
• O estômago dos equinos é relativamente pequeno em comparação a
outras partes do aparelho digestivo. Sua capacidade de ingestão é
bastante regulada, forçando o animal a se alimentar em pequenas
porções, por muito tempo, ao longo do dia.

• Um equino solto a pasto se alimenta por um período de 13 a 18


horas por dia.
Alimentação

Volumoso Concentrado
Volumoso
• Os alimentos volumosos são fundamentais para os equinos,
tanto pelo fato de serem herbívoros quanto pelo alto teor de
fibras fornecido, melhorando a digestibilidade e o trânsito
alimentar ao longo do trato gastrointestinal (estômago, intestino
delgado e grosso).

• Todo alimento volumoso é composto por uma porção de água e


outra de matéria seca, onde são encontrados nutrientes como
proteína bruta, minerais e fibra bruta, entre outros.
O alimento volumoso nunca deve ser retirado da dieta dos equinos
Volumoso
• Pasto: denominada forragem verde livremente pastejada pelo
animal.
Volumoso
• Capineira: local de produção de forragens para corte e
posterior picagem e fornecimento ao animal
Volumoso
• Feno: forrageira desidratada, com umidade em torno de 15 a
20%, que pode ser armazenada durante alguns meses, visando
o fornecimento aos animais quando necessário, principalmente
no período da seca.

• Plantas forrageiras para fenação:

Gramíneas: Coast-Cross e Tifton 85

Leguminosas: Alfafa
Feno

Alfafa
Concentrado
• Substância com teor de fibras menor do que o volumoso, porém com
maior teor de energia devido à constituição dos grãos utilizados em
sua elaboração.

• Apresentam menos de 18% de fibra bruta e mais de 60% de


nutrientes digestivos totais, sendo divididos em proteicos e
energéticos.
Alimentação
• A alimentação varia conforme as necessidades e finalidade do animal,
que por sua vez depende da finalidade de sua utilização.

• Animal utilizado apenas para lazer, aos finais de semana, tem


necessidades menos elevadas do que as de um equino que exerce
algum tipo de trabalho diário.
Cronologia Dentária

Quantos dentes tem um cavalo??


Cronologia Dentária

Macho adulto: 40 dentes

Fêmea adulta: 36 dentes

Potros: 26 dentes
Cronologia Dentária
• Potros:
Cronologia Dentária
• Adultos:
Cronologia dentária
Cronologia dentária
Cronologia Dentária
• Asa de andorinha: Aparece com 7 anos, desaparece e reaparece
quando o animal tem 14 anos.
Cronologia Dentária
• Sulco de Galvayne: Sulco de coloração escura que aparece no bordo
gengival dos cantos superiores por volta dos 10 anos.
Manejo Sanitário
• Controle de ectoparasitas

Piretróides e Ivermectina
Cipermetrina – 4l por animal, 1 vez por semana até controlar a infestação (pode ser utilizada em éguas prenhes)
Manejo Sanitário
• Controle de endoparasitas:

• Potros: Tratamento a cada 2 meses até os 17 meses.

• Jovens e adultos: Realizar levantamento parasitológico


periodicamente.
Manejo Sanitário
• Protocolo Vacinal:
Patologia Status oficial da Vacinas Vencofarma / Vetnil Protocolo sugerido Observações
vacinação

RAIVA Exigida pelo Ministério da VACINA INATIVADA CONTRA Aplicar 2 mL por via intramuscular, em Em alguns estados brasileiros, exige-se a
Agricultura, e Secretarias A RAIVA animais a partir de 4 meses de idade. vacinação semestral em maio e novembro
estaduais, em todo o Em primovacinação, reforço 30 dias (junto com a campanha de aftosa em
território nacional, a que após a primeira dose. Revacinar bovinos). Informe-se com o seu veterinário
está vinculada a emissão anualmente. ou junto à Secretaria de Agricultura.
de GTA e diversos
documentos e certificados.
INFLUENZA Exigida para admissão em INFLUENZA PLUS Aplicar 2 mL por via intramuscular, em A influenza tende a ocorrer em surtos
(gripe eqüina) estabelecimentos animais a partir de 3 meses de idade. epidêmicos bienais, mais graves em locais
eqüestres e em eventos Em primovacinação utilizar três doses de concentração de animais jovens (haras
com aglomeração de com intervalos de 30 dias entre elas. e jóquei clubes). Nestas épocas,
eqüinos, a critério das Revacinar anualmente. recomenda-se reforço vacinal adicional ao
autoridades sanitárias, LEXINGTON-8 OBS. Podem ser feitas somente 2 protocolo habitual.
especialmente em época (vide protocolo abaixo) doses, iniciando aos 4 ou 5 meses, ou à
de epidemia de influenza. critério do Médico Veterinário.
ENCEFALOMIELI Exigida para animais ENCEFALOGEN Aplicar 2 mL por via intramuscular, em A encefalomielite a vírus tem
TE portadores de animais a partir de 5 meses de idade. sintomatologia semelhante à de diversas
passaportes, e para o Em primovacinação, reforço 30 dias outras doenças, tanto infecciosas (ex:
acesso à maioria dos LEXINGTON-8 após a primeira dose. Revacinar herpesvírus neurológico) quanto não-
eventos e (vide protocolo abaixo) anualmente. infecciosas (ex. encefalomalácia).
esabelecimentos
eqüestres.
TÉTANO Não há exigências Vacinas: Vacina: É uma das vacinações mais
oficiais, mas é de  ENCEFALOGEN Aplicar 2 mL por via intramuscular, importantes, pois a espécie eqüina é
importância vital para  INFLUENZA PLUS em animais a partir de 5 meses de muito suscetível ao agente causador.
todos os cavalos. idade. Em primovacinação, reforço Pequenos ferimentos podem causar a
LEXINGTON-8 30 dias após a primeira dose. doença, cuja evolução é fatal na
(vide protocolo abaixo) Revacinar anualmente. maioria das vezes. Mesmo cavalos
vacinados devem receber soro hiper-
Soros hiper-imunes: imune quando em situação de risco
 SORO ANTITETÂNICO Soro: (ferimentos e procedimetnos ciúrgicos).
VETERINÁRIO Profilaticamente, aplicar 5.000 U.I.
 SORO ANTITETÂNICO (01 ampola) por via intramuscular.
LIOFILIZADO Em presença de sintomas clínicos de
(VENCOSAT) tétano, aplicar 100 a 200.000 U.I. em
dose única, por via intramuscular.
RINOPNEUMO Vem sendo exigida nos HERPES HORSE Aplicar 2 mL por via intramuscular, O herpesvírus eqüino surge em forma
NITE EQÜINA estabelecimentos em animais a partir de 4 meses de respiratória (rinopneumonite), abortiva
(HERPESVÍRUS eqüestres, devido à idade. Em primovacinação, reforço (aborto eqüino a vírus) e neurológica;
) difusão das várias 30 dias após a primeira dose. esta última forma é quase sempre fatal
formas do herpesvírus LEXINGTON-8 Revacinar semestralmente. em cavalos acometidos, o que faz com
eqüino. (vide protocolo abaixo) Fêmeas reprodutoras devem receber que a vacinação atualmente seja
reforços adicionais no 5o., 7o. e 9o. recomendada para todos os eqüídeos,
mês de gestação. não mais apenas as éguas matrizes e
os potros.
LEPTOSPIROS Pouco difundida, porém LEPTO EQUUS Aplicar 2 mL por via intramuscular, Em sua forma aguda e sub-aguda, a
E muito recomendada, em animais a partir de 4 meses de leptospirose eqüina causa aborto e
pela alta incidência idade. Em primovacinação, reforço panoftalmia (infecção ocular). A forma
“oculta” da doença. 30 dias após a primeira dose. crônica tem sintomas semelhantes à da
Revacinar semestralmente. babesiose (icterícia, magreza) e nem
sempre é tratada e diagnosticada
corretamente.
Manejo Sanitário
• Protocolo Vacinal:

• Exemplo de um esquema de vacinação para POTROS:

3 meses de idade: Lexington-8 e Lepto Equus


4 meses: Lexington-8 e Lepto Equus
5 meses: Lexington-8 ou Herpes Horse
10 meses: Lepto Equus (e depois 16, 22, 28... meses de idade)
12 meses: Lexington-8 (e depois 18, 24, 30... meses de idade)
Maio ou novembro (dependendo da idade do potro): vacinar contra raiva, com reforço 30 dias após a primeira dose.
Revacinação anual contra a raiva em maio ou novembro (data da campanha oficial de vacinação contra raiva herbívora)
Manejo Sanitário
• Protocolo Vacinal:

• Exemplo de um esquema de vacinação para REPRODUTORAS:


Chegada ao haras: Lexington-8 e Lepto Equus
Após 30 dias: Reforço, Lexington-8 e Lepto Equus
Semestralmente: revacinar com Lepto Equus
5º, 7º e 9º mês de prenhez: reforço com Lexington-8 ou Herpes Horse
Revacinar a cada seis meses após a última dose de Lexington-8.
Maio ou novembro: vacinar contra raiva, com reforço 30 dias após a primeira dose.
Revacinação anual contra a raiva em maio ou novembro (data da campanha oficial de vacinação contra raiva herbívora).
Manejo Sanitário
• Protocolo Vacinal:

• Exemplo de um esquema de vacinação para CAVALOS ADULTOS:


Chegada ao estabelecimento: Lexington-8 e Lepto Equus
Após 30 dias: Reforço, Lexington-8 e Lepto Equus
Semestralmente: revacinar com Lexington-8 e Lepto Equus.
Maio ou novembro: vacinar contra raiva, com reforço 30 dias após a primeira dose.
Revacinação anual contra a raiva em maio ou novembro (data da campanha oficial de vacinação contra raiva herbívora).
Fim!!

Você também pode gostar