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11/04/2023

COMO DIFERENCIAR OS DISTÚRBIOS?


QUEIXA PRINCIPAL CUIDADO!!
• Comportamento e postura anormais;

• Ruídos respiratórios anormais; ATENÇÃO COM AS


ZOONOSES!!
• Anormalidades na atividade respiratória;

• Intolerância ao esforço;

• Tosse;

• Febre;

• Corrimento nasal;

• Epistaxe X Hemoptise;
EXAME CLÍNICO GERAL!!
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OBJETIVO
o IDENTIFICAÇÃO.
- Espécie, nome / n°, idade, sexo, raça, utilização, etc…
1. Descartar distúrbios em outros sistemas
o HISTÓRICO.
2. Reconhecer fatores predisponentes
- Queixa principal
3. Identificar o local do distúrbio – Superior ou Inferior
o ANAMNESE.
4. Diagnóstico anatomopatológico
 Específica
- Direcionada a queixa principal.
5. Diagnóstico etiológico – conhecer as enfermidades - Duração e curso da doença.
- Doença de rabanho/tropa ou de indivíduo.
6. Prognóstico - Doenças / cirurgias anteriores.
- Consultas e tratamentos realizados.

7. Tratamento específico

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o IDENTIFICAÇÃO. o IDENTIFICAÇÃO.
- Espécie, nome / n°, idade, sexo, raça, utilização, etc… - Espécie, nome / n°, idade, sexo, raça, utilização, etc… o EXAME FÍSICO GERAL
• Atitude
o HISTÓRICO. o HISTÓRICO. • Postura.
• Comportamento.
- Queixa principal - Queixa principal
• Estado nutricional / Peso.
• Pele, TC, pelo.
o ANAMNESE. o ANAMNESE. • Mucosas; TPC
• Hidratação.
 Geral  Geral • Linfonodos.
- Vacinações, vermifugações - Vacinações, vermifugações
• Temperatura retal.
- Alimentação, manejo. - Alimentação, manejo. • Frequência cardíaca / respiratória.
- Mudanças de manejo. - Mudanças de manejo. • Movimentos ruminais / intestinais.
- Fatores de estresse: Transporte; Competições; - Fatores de estresse: Transporte; Competições; • Anotar outras observações.
Aglomerações; Desafios ambientais Aglomerações; Desafios ambientais
- Defecação e micção. - Defecação e micção. o EXAME FÍSICO ESPECÍFICO

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE RESPIRATÓRIA


ATIVIDADE RESPIRATÓRIA ATIVIDADE RESPIRATÓRIA
• Animal calmo e ambientado (rebanho).
• Ruídos anormais de origem respiratória perceptíveis
externamente:
• Inspiração e expiração.
- Pequeno intervalo e grande intervalo.
 Tosse (diagnóstico diferencial de tosse).
• Movimentos Respiratórios (inspeção).  Roncos, “chiados” e “assobios” (estenose das vias aéreas).
- Frequência.
 Aparecimento com esforço físico.
- Ritmo.
 Normalmente relacionados com processos extratorácicos
- Intensidade (volume de respiração) (Trato Respiratório Superior).

- Tipo (costoabdominal x costal x abdominal).


Dispneia – inspiratória; expiratória; mista
- Duração relativa de cada fase (inspiração x expiração).
INSPEÇÃO

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RINITES MICÓTICAS
REGRAS GERAIS NARINAS E FOSSAS NASAIS
• Aumento de volume e assimetrias • Rinites em pequenos ruminantes:
• Distúrbios em trato respiratório superior
 Dispneia inspiratória • Conidiobolomicose – Conidiobolus spp.
• Lesões (aftas, ferimentos, úlceras, etc.)
 Ruídos inspiratórios • Pitiose – Pythium insidiosum.
• Presença de corrimento nasal. • Baixa morbidade e letalidade próxima de 100%.
• Distúrbios em trato respiratório inferior
 Dispneia expiratória • Sinais Clínicos
• Tumefações e lesões em narina e fossas nasais –
 Ruídos expiratórios lesão não dolorosa

• Exoftalmia e ulcerações

• Distúrbios avançados e crônicos • Respiração ruidosa e dispneia inspiratória ou mista


(quadros avançados)
 Dispneia mista; insuficiência respiratória
Rinites micóticas Rinites Virais • Apatia e emagrecimento

Conidiobolomicose/Pitiose

• Diagnóstico
• Histopatológico
• Tratamento
• Antifúngicos, iodeto de potássio, anfotericina B
associado a excisão cirúrgica;

• Resultados em tratamento PRECOCE


• Prognóstico
• Reservado (casso precoces)
Conidiobolomicose/Pitiose Conidiobolomicose
• Ruim – avançados

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RINITES VIRAIS
RINITES VIRAIS
• Rinotraqueíte infecciosa bovina (RIB) – NARINAS
Herpesvírus bovino tipo 1 • Diagnóstico
• Avaliação do corrimento nasal.
• Cultura e virosneutralização  Corrimento normal.
• Febre catarral maligna – Herpesvírus ovino  Epistaxe.
tipo 2 • Sorologia pareada – Titulação  Consistência e cor.
 Quantidade
• Doença das mucosas/Diarreia viral bovina • PCR  Lado dos corrimentos (uni x bilateral).
(BVD) – VDVB  Odor.
• Tratamento  Contaminação por ingesta.
• Morbidade e letalidade • Sintomático
- Anti-inflamatórios; antipiréticos; analgésicos • Avaliação microbiológica.
• Sinais clínicos - Mucolíticos • Swabs.
• Apatia; Inapetência; Febre - Antibióticos (?) • Lavados.
- Hidratação e nutracêuticos
• Corrimento nasal; Aumento de volume de
narinas; lesões ulcerativas em narina e cavidade
oral; Dispneia inspiratória; Estertores.

SEIOS PARANASAIS SEIOS PARANASAIS


FOSSAS NASAIS • Tumefações, assimetrias, fístulas. • Sinusites
• Assimetrias e aumentos de volume • Diagnóstico clínico (Sinais; rinoscopia)
• Palpação: dor e edema.
• Tratamento – etiologia
• Conteúdos (neoplasias, nódulos, cistos, etc...). • Percussão: dor e delineamento de lesões e • Anti-inflamatórios
conteúdos unilaterais (tipos de sons). • Drenagem

• Espirros

Cistos de inclusão epidérmica Neoplasia

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FARINGE E LARINGE FARINGE E LARINGE Hemiplegia Laríngea


• Vocalização característica da espécie. • Vocalização característica da espécie.

• Inspeção externa: grandes anomalias. • Inspeção externa: grandes anomalias.

• Inspeção interna (indireta): • Inspeção interna (indireta):


 Endoscopia.  Endoscopia.
• Palpação externa: • Palpação externa:
 Tumefações.  Tumefações.

 Assimetrias.  Assimetrias.

 Sensibilidade.  Sensibilidade.
• Reflexo de tosse • Reflexo de tosse

FARINGITE/LARINGITE
• Regurgitação pelas narinas, aumento dos linfonodos locais, halitose,
hipomotilidade ruminal
BRÔNQUIOS, BRONQUÍOLOS E PLEURA
TRAQUEIA • Inspeção. 17 Costelas
• Deglutição dolorosa, cabeça e pescoço estendidos, anorexia, edema local,
sensibilidade local, tosse, sialorréia
• Inspeção externa: tumoração e fístulas. • Palpação.
• Tratamento: Antimicrobianos; Anti-inflamatórios; Drenagem do abscesso
• Inspeção interna: endoscopia. • Percussão Sonora. 15 EI

• Palpação: estenoses, malformações, • Percussão Dolorosa.


12 EI
sensibilidade.
• Auscultação da Área Pulmonar. 10 EI

• Auscultação: início do exame de


auscultação completo. • Exames Complementares. 5 EI

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BRÔNQUIOS, BRONQUÍOLOS E PLEURA - Percussão BRÔNQUIOS, BRONQUÍOLOS E PLEURA – Percussão dolorosa BRÔNQUIOS, BRONQUÍOLOS E PLEURA – Auscultação
• Achados: • Martelo ou punho. • Iniciar pela laringe e traqueia.
• Ressonância (Claro pulmonar).
• Gemidos, mugidos e defesa. • Ruídos normais - Vibração das vias aéreas pela passagem
• Hiper-ressonância (animais jovens e magros). do ar (sopros e murmúrios).
• Pleurite grave.  Laringotraqueal.
• Timpânico (pneumotórax).
• Fratura de costela.  Traqueobrônquico (broncovesiculares).
• Maciço (consolidação pulmonar, abscessos).
 Broncobroquiolar.
• Surdo (efusões pleurais graves). • Enfisema pulmonar.

Pneumonias, Broncopneumonias, Pleuropneumonia, Pleurites Principais agentes infecciosos


BRÔNQUIOS, BRONQUÍOLOS E PLEURA – Auscultação  Equinos  Bovinos
• Secreção nasal e ocular;
• Ruídos Pulmonares Anormais: • Influenza equi A1 e equi A2. • Vírus sincicial respiratório bovino (VSRB)
• Prostração; inapetência; Febre;
 Crepitações. • Herpes vírus equino 1 e 4 • Vírus tipo 3 da parainfluenza bovina (PI-3)
• Modificações repentinas na pressão das vias respiratórias. • Dispneia expiratória ou mista; Tosse produtiva, dispneia, • Streptococcus equi • Vírus da diarréia viral bovina (VDVB)
• Exsudatos e secreções.
crepitação grossa, sibilos. • Streptococcus zooepidermicus, • Herpesvírus ovino 2 (Febre catarral Maligna )
 Sibilos.
• Pasteurella hemolítica, • Herpesvírus bovino tipo 1 (Rinotraquóte Bovina
• “Assobio”  Aspirativa;
• Redução do lúmen bronquiolar. • Staphilococcus aureus, Infeccisosa)
• Pneumonias, Bronquites  Bacterianas;
• Klebissela pneumoniae, • Coronavírus
 Ruídos de Roçar.  Virais; • Rodococcus equi, • M. haemolytica
• Diminuição da lubrificação entre pleuras. • Burkholderia mallei • P. Mutocida
 Verminótica
• Pleurite e pericardites
• Mycoplasma sp • M. Bovis
 Silêncio pulmonar  Metastáticas
• Parascharis equorum • Mycoplasma sp.
• Consolidação ou acúmulo de liquido
• Dictyocaulus arnfield • Dictyocaulus viviparus

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O que fazer? Doenças pulmonares dos equinos


 Diagnóstico etiológico - Exames complementares!! Pneumonias, Broncopneumonias, Pleuropneumonia, Pleurites • HPIE – Hemorragia pulmonar induzida por esforço

 Prognóstico • DPOC/ORVA – Doença pulmonar obstrutiva crônica

 Tratar causa primária (quando possível) • DIVA – Doença inflamatória das vias aéreas

 Tratamento sintomático

• Anti-inflamatório; Antipirético; Analgésico

• Antimicrobianos (?)

• Broncodilatadores

• Mucolíticos

• Hidratação; Nutracêuticos

Doenças pulmonares dos equinos

• HPIE – Hemorragia pulmonar induzida por esforço


• Swabs nasais • Endoscopia.
• DPOC/ORVA – Doença pulmonar obstrutiva crônica
• Endoscopia. • Lavado e Aspiração Traqueal.
• Lavado e Aspiração Traqueal. • Lavado Broncoalveolar.
• DIVA – Doença inflamatória das vias aéreas
• Lavado Broncoalveolar. • Radiologia Torácica.
• Radiologia Torácica. • Ultrassonografia torácica.
• Ultrassonografia torácica. • Toracocentese.
• Toracocentese. • Pleuroscopia.
• Pleuroscopia. • Biópsia Pulmonar.
• Biópsia Pulmonar. • Exame para helmintos pulmonares.
• Exame para helmintos pulmonares. • Hemograma e Bioquímica.
• Hemograma e Bioquímica. • Necropsia
• Necropsia

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• Endoscopia. • Swabs nasais • Swabs nasais


• Lavado e Aspiração Traqueal. • Endoscopia. • Endoscopia.
• Lavado Broncoalveolar. • Lavado e Aspiração Traqueal. • Lavado e Aspiração Traqueal.
• Radiologia Torácica. • Lavado Broncoalveolar. • Lavado Broncoalveolar.
• Ultrassonografia torácica. • Radiologia Torácica. • Radiologia Torácica.
• Toracocentese. • Ultrassonografia torácica. • Ultrassonografia torácica.
• Pleuroscopia. • Toracocentese. • Toracocentese.
• Biópsia Pulmonar. • Pleuroscopia. • Pleuroscopia.
• Exame para helmintos pulmonares. • Biópsia Pulmonar. • Biópsia Pulmonar.
• Hemograma e Bioquímica. • Exame para helmintos pulmonares. • Exame para helmintos pulmonares.
• Necropsia • Hemograma e Bioquímica. • Hemograma e Bioquímica.
• Necropsia • Necropsia

• Swabs nasais
• Endoscopia.
• Lavado e Aspiração Traqueal.
• Lavado Broncoalveolar.
• Radiologia Torácica.
• Ultrassonografia torácica.
• Toracocentese.
• Pleuroscopia.
• Biópsia Pulmonar.
• Exame para helmintos pulmonares.
• Hemograma e Bioquímica.
• Necropsia

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Anamnese específica
• Tropa com sinais de “gripe” e “garrotilho” após retorno de um garanhão de
um evento agropecuário onde muitos animais apresentaram sinais
respiratórios;
• Na propriedade quase todos animais apresentaram sinais respiratórios,
HISTÓRICO exceto dois, que haviam recebido vacina diferente do restante da tropa;
• Duas éguas tiveram quadro mais grave com abscedação de linfonodos
• Animal sem mandibulares e muito corrimento nasal. Uma égua melhorou após
apetite, secreção tratamento com antibióticos e a outra apresentou anorexia e tristeza,
quando foi encaminhada para atendimento.
nasal e garrotilho

• Atitude: apática
• 7 dias de evolução • Vacinada com Tri-equi e antirrábica
• Comportamento: linfático
• Tosse, corrimento nasal Características • Vermifugada Trimestralmente com pasta • ECC: Magro
• Iniciou tratamento com Zelotril a base de ivermectina
• Mucosas avermelhadas e sem
• Não apresentou melhora • Manejo Geral: Animal em baia, solto brilho
• Garrotilho - abscedação de Linfonodos esporadicamente; Feno e ração • TPC: 4seg
mandibulares fracionada (1kg +1kg) • Desidratação: 10%
• Mudou para Penicilinas • Fezes normais • Linfonodos: Mandibulares e
• Aumento do corrimento e anorexia • Urina amarelada cadeia; retrofarígeos
• Iniciou fortgal e Banamine • Temperatura: 39,2
• Regurgitação de alimentos e água pela narina • 40bpm; 32mpm
• Mov. Intestinais diminuídos

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• Secreção nasal mucosa


esbranquiçada
• Leucograma
• Som “abafado” à percussão de
seios frontais • Leucocitose por neutrofilia com desvio a esquerda
regenerativo
• Faringite e laringite
• Adenite supurativa
• Cultura e antibiograma
• Anorexia
• Pseudomona sp. multirresistente
• Secreção laringo-traqueal
• Auscultação e percussão
pulmonar sem alteração
• Regurgitação de água através
da narina

• Infecção de vias aéreas superiores associada a adenite


supurativa bacteriana Diagnóstico diferencial das síndromes respiratórias necessita de dados
epidemiológicos, sinais clínicos e exames complementares

PROGNÓSTICO Importante realizar o diagnóstico anatomopatológico

• Bom
Necessário de exames complementares para conseguir
TRATAMENTO definir a etiologia, especialmente nas doenças infecciosas

ALTA MÉDICA

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