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FAINOR – Faculdade Independente do Nordeste

CURSO : Adm./Contábeis, Eng.Elétr./Comput./Prod. data : 04.09.2020


Código : ADM/CTB.ENG. Gestão Amb. Ética, TGA – Turno: Mat./Not.
Professor: Dirlêi A Bonfim Turmas: 2.º 8.º 9.º 10.º.semestre/2020/2.
Oito mais ricos do mundo acumulam mesma riqueza que metade da humanidade, diz
Oxfam em Davos/2020.*
DAVOS, Suíça - Apenas oito indivíduos, todos homens, possuem tanto dinheiro quanto a metade
da população mundial, disse nesta segunda-feira a Oxfam em um relatório que pediu por ações que
reduzam os ganhos daqueles que já estão no topo. Em um momento no qual políticos e muitos
bilionários se reúnem para o encontro anual do Fórum Econômico Mundial, em Davos, o relatório da ONG
sugere que a desigualdade de renda está maior do que nunca, com novos dados para China e Índia
indicando que a metade mais pobre da população mundial possui menos recursos do que anteriormente
estimado. Dois fatos de 2019 pesaram fortemente para alterar a agenda convencional de
Davos/2020: o"brexit", o voto dos britânicos para deixar a União Europeia, e a questão ambiental
liderado pela jovem ativista sueca, Greta Thunberg, que inspirou uma nova geração de ativistas a
comparecer ao Fórum Econômico Mundial deste ano, pediu nesta terça-feira (21) que líderes mundiais
ouçam a juventude. Era inevitável levar capitalismo e sua expressão política, a democracia, ao divã, do
que dão provas inúmeras das sessões marcadas para o evento de Davos. Duas delas bastam para indicar
o espírito da coisa: "Repensando o capitalismo". FIM DA HISTÓRIA Detalhe essencial: a esmagadora
maioria da clientela de Davos é composta pelos que acreditaram piamente na tese do "fim da história",
proclamada pelo filósofo Francis Fukuyama, já velha de um quarto de século. Decretava, então, que o livre
mercado e a democracia haviam triunfado inexoravelmente. Que os apóstolos dessa ideia se disponham
agora a repensá-la e, mais que isso, a propor uma agenda complementar é uma imensa mudança de
paradigma. Pode ser pura coincidência, mas, na profunda incerteza sobre o que será feito da liderança
norte-americana sob a presidência de Trump, é sintomático que o pronunciamento inaugural de Davos17
caiba a Xi Jinping, o líder da China. O modelo chinês –capitalista na economia, embora com forte
presença do Estado, e uma ditadura na política– parece ser a única alternativa restante no planeta, se os
Estados Unidos de fato se retirarem ou alterarem sua rota.
A Oxfam, descrevendo essa desigualdade como “obscena”, disse que se os novos dados
estivessem disponíveis antes, teriam mostrado que, em 2016, oito pessoas possuem o mesmo que as 3,6
bilhões que compõem a metade mais pobre da humanidade. Antes, era estimado que 62 pessoas
correspondessem a essa parcela da população. Em 2010, foram necessários os ativos combinados das 43
pessoas mais ricas do mundo para se igualar às riquezas somadas dos 50 por cento mais pobres, de
acordo com os mais recentes cálculos. A desigualdade está crescendo. Hoje, apenas 8 homens têm a
mesma riqueza que as 3,6 bilhões de pessoas mais pobres do mundo. O 1% mais rico da população
detém uma riqueza maior que os outros 99% juntos!

No Brasil não é diferente. Em nosso país, os 8 bilionários mais ricos detêm a mesma riqueza que a
metade mais pobre de nossa população – cerca de 100 milhões de pessoas. Enquanto isso, o governo
Temer conduz um ajuste fiscal que prioriza medidas que congelam os investimentos em educação e
saúde, que cortam benefícios sociais e que mudam o sistema das aposentadorias. Em todas essas
propostas, quem paga a conta não são os super-ricos nem as grandes corporações. Somos nós. E isso
não é justo.

Outras conclusões do Relatório da Oxfam (Davos, 2020)

 Desde 2015, o 1% mais rico detinha mais riqueza que o resto do planeta;
 Atualmente, oito homens detêm a mesma riqueza que a metade mais pobre do mundo;
 Ao longo dos próximos 20 anos, 500 pessoas passarão mais de US$ 2,1 trilhões para seus
herdeiros – uma soma mais alta que o PIB da Índia, um país que tem 1,2 bilhão de habitantes;
 A renda dos 10% mais pobres aumentou em menos de US$ 65 entre 1988 e 2011, enquanto a
dos 10% mais ricos aumentou 11.800 dólares – 182 vezes mais;
 Um diretor executivo de qualquer empresa do índice FTSE-100 ganha o mesmo em um ano
que 10.000 pessoas que trabalham em fábricas de vestuário em Bangladesh.
 Nos Estados Unidos, uma pesquisa recente realizada pelo economista Thomas Pickety
revela que, nos últimos 30 anos, a renda dos 50% mais pobres permaneceu inalterada, enquanto
a do 1% mais rico aumentou 300%.
 No Vietnã, o homem mais rico do país ganha mais em um dia do que a pessoa mais pobre ganha
em dez anos. Uma em cada nove pessoas no mundo ainda dorme com fome;
 O Banco Mundial deixou claro que, sem redobrar seus esforços para combater a
desigualdade, as lideranças mundiais não alcançarão seu objetivo de erradicar a pobreza extrema
até 2030.
 Os lucros das 10 maiores empresas do mundo somam uma receita superior à dos 180
países mais pobres juntos. O diretor executivo da maior empresa de informática da Índia ganha
416 vezes mais que um funcionário médio da mesma empresa. Na década de 1980,
produtores de cacau ficavam com 18% do valor de uma barra de chocolate – atualmente, ficam
com apenas 6%.;
 A Organização Internacional do Trabalho (OIT) estima que 21 milhões de pessoas são
trabalhadores forçados que geram cerca de US$ 150 bilhões em lucros para empresas
anualmente. As maiores empresas de vestuário do mundo têm ligação com fábricas de
fiação de algodão na Índia que usam trabalho forçado de meninas rotineiramente.
 Embora as fortunas de alguns bilionários possam ser atribuídas ao seu trabalho duro e
talento, a análise da Oxfam para esse grupo indica que um terço do patrimônio dos
bilionários do mundo tem origem em riqueza herdada, enquanto 43% podem ser atribuídos ao
favorecimento ou nepotismo. Mulheres e jovens são particularmente mais vulneráveis ao trabalho
precário: as atividades profissionais de dois em cada três jovens trabalhadores na maioria dos
países de baixa renda consistem em trabalho vulnerável por conta própria ou trabalho familiar
não remunerado. Nos países da OCDE, cerca de metade de todos os trabalhadores
temporários tem menos de 30 anos de idade e quase 40% dos jovens trabalhadores estão
envolvidos em atividades profissionais fora do padrão, como em trabalho por empreitada ou
temporário ou empregos involuntários em tempo parcial. A edição de 2016/2017 do relatório
anual do Fórum Econômico Mundial sobre as disparidades de gênero revela que a participação
econômica de mulheres ficou ainda mais baixa no ano passado e estima que serão necessários
170 anos para que as mulheres recebam salários equivalentes aos dos homens.

Oligarquia financeira
No mundo, de acordo com Mapa da Desigualdade em 2016, os 10% mais ricos do planeta detêm
atualmente 70% da riqueza mundial. Destes, 0,7% tem US$ 98,7 trilhões e a posse de mais de 65%
da riqueza mundial, maior valor já registrado na História da Humanidade. Com uma enorme soma de
capital em suas mãos, um reduzido grupo de multimilionários, donos de grandes bancos, fundos de
investimentos e monopólios espalhados pelo planeta, controla a indústria, o comércio e a agricultura.
Estudo realizado pelo Instituto Federal de Tecnologia da Suíça enfocando 43 mil empresas multinacionais
concluiu que 174 delas (na maioria bancos) controlam 40% da economia mundial. Nos Estados Unidos,
maior país capitalista do mundo, apenas cinco bancos (JP Morgan, Goldman Sachs, Citigroup, Bank of
América e WeelsFargo) têm ativos de US$ 8,5 trilhões, cerca de 56% do PIB, e 10 empresas controlam
85% dos alimentos de base negociados no mundo.

Não bastasse, desde o início da crise, governos e bancos centrais repassaram mais de US$ 30
trilhões a essa oligarquia financeira, provocando o maior endividamento público da história. Somente o
Tesouro dos EUA, segundo relatório do U.S. GovernmentAccountability Office (U.S. GAO), entregou 16
trilhões de dólares em empréstimos a juros negativos às grandes empresas e bancos do país, embora
tenha demitido milhares de funcionários públicos.
O resultado desses planos de ajuda aos bancos foi o crescimento exponencial das dívidas públicas,
dívidas dos Estados, mas pagas pelos impostos cobrados dos trabalhadores. Em 2007, a dívida pública
dos EUA era de 66,5% do PIB, e pulou para 106,5% em 2012, levando o país a viver em estado
permanente de calote. A dívida pública do Japão é superior a 200% do PIB e a da França, segundo o
próprio governo, chegará a 95,1% do PIB em 2019. Por sua vez, dados do FMI indicam que a dívida do
governo central da China soma 46% de tudo o que o país produz.
Para pagar essas dívidas, a solução dos governos capitalistas são os chamados planos de austeridade, ou
seja, jogar esse endividamento nos ombros dos trabalhadores. Por isso, medidas como redução de
salários dos funcionários públicos, cortes das verbas para a saúde e educação, privatização de empresas
públicas, eliminação de direitos trabalhistas, diminuição das aposentadorias e, consequentemente,
destruição de pequenas e médias empresas.
Ao lado do crescimento da concentração de capital, do aumento de fusões e aquisições entre as
empresasem todo o mundo, temos o aumento exponencial da especulação financeira. Segundo relatório
do Mackinsey Global Institute, em números absolutos, o estoque total de ativos financeiros – depósitos
bancários, financiamentos, títulos de dívida privada e pública, ações de companhia – atingiu US$ 225
trilhões no ano passado. Um volume 10% maior que em 2007, ano de início da crise, e o equivalente a
312% da produção global. Já o montante dos derivativos no mundo atingiu US$ 600 trilhões em 2011,
segundo números do Bank for International Serrlements (BIS).
É esta oligarquia financeira que impõe sua vontade e seus interesses em todos os países e obrigam os
governos e os bancos centrais da Europa, América Latina, África ou da Ásia, a adotarem a mesma política
de ampla proteção ao capital financeiro. Ocorre, assim, uma verdadeira fusão do Estado com o capital
financeiro.
Dessa forma, a globalização da economia nada mais é que a extensão do domínio desse pequeno e
poderoso grupo de bilionários dos países imperialistas em aliança com a grande burguesia dos demais
países, para obter super lucros.

A Luta de classes( Capital x Trabalho )


Há, ainda, o acirramento das contradições inter imperialistas, isto é, entre EUA, Rússia, China, Alemanha,
Japão, Inglaterra e França. Essas contradições ficam evidentes, quando verificamos que não existe um
acordo comercial amplo no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC); prossegue a chamada
“guerra cambial” ou a tentativa de impor o dólar e o euro como únicas moedas no mundo; bem como a
feroz disputa pelo controle de regiões estratégicas do planeta, como se verifica na África, e em particular,
no Oriente Médio, para ter a posse do petróleo, gás e de minérios estratégicos.
Na outra ponta, as potências capitalistas realizam acordos e tratados comerciais, visando a enfraquecer
concorrentes e redividir os mercados, como fica claro, nos acordos dos EUA com a União Europeia para
formar uma área de livre comércio e com o Japão no Pacífico, procurando isolar a China; da França com a
Alemanha na Europa, ou com os acordos comerciais e investimentos da China na África e na América
Latina.
São ainda características da crise, além da destruição de empregos, elevação do preço dos
alimentos e do custo de vida e o empobrecimento das massas, o enriquecimento da grande burguesia
mundial, em particular da alemã e da norte-americana, o surgimento de um reduzidíssimo número de
milionários na China e o aumento das intervenções militares e guerras para saquear nações e controlar
suas riquezas.
Em resposta a essa situação, os trabalhadores e a juventude organizam greves gerais, enfrentam
os governos e seus aparelhos de repressão e promovem protestos e lutas. Os levantes populares na
Tunísia, Egito, e em outros países da África; as greves gerais na Europa, a revolta de junho em nosso
país, etc., são exemplos claros dessa tendência. Também, em função das medidas econômicas adotadas
pelos governos burgueses em favor de bancos e monopólios, cresce o descrédito das massas no Estado
burguês e em suas instituições, como Parlamento, União Europeia, FMI, OMC e ONU.Com sua base
social cada vez mais reduzida, os governos burgueses ampliam os gastos militares visando a enfrentar as
revoltas populares e manter este carcomido sistema econômico baseado na propriedade privada dos
meios de produção. O orçamento militar dos Estados Unidos cresceu 90% nos últimos 13 anos. A Rússia,
em 2011, aumentou orçamento militar em 9,7% e a China elevou em 11,2% os gastos militares no ano
passado.
Em outras palavras, os governos capitalistas aumentam a repressão sobre as massas,
criminalizam os protestos e os movimentos sociais e montam uma rede de espionagem mundial na
telefonia e na internet, violando as mais elementares liberdades democráticas.
O fato é que, neste século 21, temos um aumento extraordinário das guerras e intervenções
militares imperialistas, como no Mali, Afeganistão, Iraque, Líbia, Síria e Haiti, e, em outros países
ocorre um processo de fiscalização dos governos com a supressão de vários direitos democráticos,
comprovando, como afirmou Lênin em sua obra O Imperialismo, fase final do capitalismo, que este
sistema, em sua fase imperialista, tende para a violência e o autoritarismo.
Em síntese, o plano da burguesia mundial é resolver a crise, aprofundando a exploração das massas
trabalhadoras, invadindo países, dominando povos e se apoderando, por meio de guerras, das riquezas
naturais e dos mercados para garantir uma nova partilha do mundo e a escravização de bilhões de
pessoas por um minoria de exploradores capitalistas.
Portanto, diferente do que prometeu a burguesia mundial, o século 21 não é o século da paz nem da
harmonia entre capital e trabalho. Pelo contrário, em vez do “estado do bem-estar social”, temos crises
econômicas, fome, ampliação do comércio de drogas e da prostituição, e o acirramento da luta de classes
em todos os continentes.

Ingressamos em um novo período de confrontos entre as classes, caracterizado, de um


lado, pelo aumento da exploração dos trabalhadores, uma enorme destruição das forças
produtivas, e o desencadeamento de novas guerras imperialistas e, de outro lado, pela
resistência das massas exploradas e por um impressionante avanço das greves operárias e das
lutas da juventude e demais oprimidos.Os próximos anos serão, assim, anos de uma acirrada
disputa por mercados e pelas riquezas naturais, como petróleo, minérios, pela água, e de
grandes enfrentamentos entre as classes.Porém, como afirma a Conferência Internacional de
Partidos e Organizações Marxista-Leninistas (CIPOML), “os resultados da crise econômica
capitalista dependerão das forças políticas atuantes e da sua inteligência para aproveitar a
conjuntura. De uma crise econômica e uma guerra mundial surgiu a primeira revolução socialista,
a de outubro de 1917 na Rússia, mas também, de uma grande crise econômica surgiu o fascismo
alemão, o nazismo, encabeçado por Hitler. Quer dizer, a crise pode contribuir para a revolução,
se existir uma força política com influência nas massas e capacidade para desenvolver os
movimentos táticos que permitam derrubar os governos burgueses e pró-imperialistas”.

Portanto, caminhamos para duros combates entre os exploradores e explorados. As


potências imperialistas não vacilarão e não têm vacilado em tudo fazer para salvar seu injusto
sistema econômico e político e para que as riquezas continuem nas mãos de uma ínfima minoria,
da oligarquia financeira internacional e seus sócios, embora isso signifique crianças morrendo de
fome, milhões de operários desempregados, famílias vivendo sem casa, mais guerras e
destruição do meio-ambiente.
Com efeito, a classe capitalista nunca ficou de braços cruzados vendo sua riqueza derreter,
sempre agiu para proteger o lucro, a acumulação capitalista e a reprodução do capital. Não
importa o que tenha que fazer nem quantas guerras tenha que realizar. Mas é verdade também
que, por toda parte, avança a luta por uma vida nova, para libertar a humanidade das guerras e
da exploração do capital e a perspectiva da revolução e do socialismo torna-se a cada dia mais
concreta.

Oxfam pede a Davos metas contra desigualdade extrema


Estudo dirigido aos poderosos alerta contra risco de ruptura social, recomenda distribuição de
renda e tributação progressiva e pede aos ultra ricos que não usem poder econômico para obter
favores políticos
O relatório “Governar para as Elites – Sequestro Político e Desigualdade Econômica”,
realizado pela Oxfam, é um alerta aos ultra ricos e poderosos do mundo. O poder econômico e
político está “separando cada vez mais as pessoas”, o que torna inevitáveis “as tensões sociais e
o aumento do risco de ruptura social”, sublinha a ONG britânica.
O relatório, publicado dias antes do Fórum Econômico Mundial de Davos (22 a 25 de
janeiro/2015), conclui que as 85 pessoas mais ricas do mundo têm um patrimônio de US$
1,7 trilhão, o que equivale aos recursos de 3,5 bilhões de pessoas, a metade mais pobre da
população do planeta. Quase metade a riqueza mundial, cerca de 110.000 milhões de euros, está
nas mãos de 1% da população. É um valor 65 vezes maior que os recursos de que dispõem os
mais pobres. Pior: a concentração da riqueza cresceu nos últimos 25 anos.
"É chocante que no século 21 metade da população do mundo, 3,5 bilhões de pessoas,
possuam menos riqueza que uma elite minúscula, que cabe confortavelmente num ônibus
de dois andares", afirmou Winnie Byanyima, diretora-executiva da Oxfam.

Cada vez mais “taxas de juros mais baixas, melhor saúde e educação, e oportunidade de
influenciar estão sendo dadas não apenas aos ricos, mas também aos filhos deles.” Sem um
esforço concentrado para enfrentar a desigualdade, diz ela, a cascata de privilégios e
desvantagens vai se perpetuar por gerações. “Em breve viveremos num mundo onde a igualdade
de oportunidades não será mais que um sonho".
Essa concentração massiva de recursos nas mãos de pouquíssimas pessoas representa uma
ameaça real a sistemas políticos e econômicos inclusivos, e leva a outras desigualdades, por
exemplo entre mulheres e homens – afirma o estudo. As instituições políticas estão sendo
minadas e os governos servem predominantemente aos interesses das elites econômicas, em
detrimento das pessoas comuns. As leis são feitas para favorecer os ricos, acredita a maioria dos
entrevistados pela pesquisa da Oxfam, em seis países: Brasil, Espanha, Índia, África do Sul, Grã-
Bretanha e Estados Unidos. Na Espanha, oito em cada dez pessoas concordaram que as leis são
enviesadas de modo a favorecer os mais ricos.

PARAÍSOS FISCAIS

A evasão de impostos por meio do sistema financeiro clandestino é outro problema


destacado pela Oxfam no relatório. "Globalmente, os indivíduos e corporações mais ricos
escondem trilhões de dólares dos impostos em uma rede de paraísos fiscais no mundo
todo. Estima-se que US$ 26,3 trilhões estão escondidos, sem registros."

Segundo a ONG britânica, que enviou representantes a Davos, os participantes do Fórum


Econômico Mundial têm poder para reverter o aumento da desigualdade. A Oxfam pede que eles
se comprometam a não sonegar impostos em seus países e onde têm investimentos e não
utilizem seu poder econômico para conseguir favores políticos, agindo contra a democracia. Aos
governos, pede que apoiem a adoção de impostos progressivos sobre patrimônio e renda e lutem
contra sigilo financeiro e sonegação de impostos, com regulação dos mercados para o
crescimento sustentável. A ONG pede ainda que se definam metas globais para acabar com a
desigualdade econômica extrema em todos os países do planeta.
*contribuição/realizada pelo Prof. DsC. Dirlêi A Bonfim, Doutor em Desenvolvimento Econômico e
Sustentabilidade/Rede/PRODEMA/UESC, cursos de Administração, Ciências Contábeis e Engenharias da
FAINOR/.2020.1**Fonte:F.S.Paulo(25/01/2020).* www.folha.uol.com.br/‎*

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