Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Edição 1 - 2003
Foi empregado da CESP – Companhia Energética de São Paulo no período de 1976 a 1998 e da
CTEEP – Transmissão Paulista de 1998 a 2001.
Atualmente é engenheiro consultor e associado da Virtus Consultoria e Serviços S/C Ltda. em São
Paulo – SP atendendo concessionárias, empresas de projetos elétricos e fabricantes de
equipamentos e sistemas de proteção e automação, com ênfase à Siemens Ltda.
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................4
1.1 SINAIS PARA REPRESENTAÇÃO DE CORRENTES / TENSÕES NOMINAIS E RELAÇÕES NOMINAIS .
...........................................................................................................................................................................4
1.1.1 Exemplos para TC´s ......................................................................................................................................4
1.1.2 Exemplos para TP´s:.....................................................................................................................................5
1.2 ESCOLHA DOS TRANSFORMADORES PARA INSTRUMENTOS ............................................................6
1.3 NORMAS TÉCNICAS......................................................................................................................................7
1.3.1 ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).....................................................................................7
1.3.2 IEC (International Electro technical Commission).......................................................................................7
1.3.3 ANSI (American National Standards Institute) .............................................................................................7
1.3.4 VDE (Verband Deutscher Elektrotechniker)................................................................................................7
2. TRANSFORMADORES DE CORRENTE............................................................................................................8
2.1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................................................8
2.2 REPRESENTAÇÃO ESQUEMÁTICA DE UM TC .........................................................................................8
2.3 REPRESENTAÇÃO GRÁFICA E POLARIDADE DE UM TC.......................................................................9
2.4 RELAÇÃO DE TRANSFORMAÇÃO DO TC .................................................................................................9
2.5 CIRCUITO EQUIVALENTE DO TC .............................................................................................................10
2.6 CARACTERIZAÇÃO DE UM TRANSFORMADOR DE CORRENTE .......................................................11
2.6.1 Carga Nominal............................................................................................................................................11
2.6.2 Classe de Exatidão Nominal. ......................................................................................................................13
2.6.3 Fator de Sobrecorrente do TC. ...................................................................................................................13
2.6.4 Fator Térmico Nominal...............................................................................................................................14
2.6.5 Corrente Térmica Nominal. ........................................................................................................................14
2.6.6 Corrente Dinâmica Nominal.......................................................................................................................14
2.7 TRANSFORMADORES DE CORRENTE PARA SERVIÇO DE MEDIÇÃO. .............................................14
2.8 TRANSFORMADOR DE CORRENTE PARA SERVIÇO DE PROTEÇÃO.................................................16
2.8.1 Classe A: .....................................................................................................................................................16
2.8.2 Classe B: .....................................................................................................................................................17
2.8.3 Classe de Exatidão segundo ANSI ..............................................................................................................18
2.8.4 Classe de Exatidão segundo ABNT .............................................................................................................19
2.8.5 Classe de Exatidão Equivalente em ANSI e ABNT .....................................................................................21
2.9 EXEMPLOS DE BURDEN.............................................................................................................................22
2.10 TABELA COMPARATIVA DE CARGA (“BURDEN”) SEGUNDO ALGUMAS NORMAS .....................24
2.11 TABELA COMPARATIVA DE CLASSE EXATIDÃO SEGUNDO ANSI E IEC PARA PROTEÇÃO .......24
3. REQUISITOS DE TC’S PARA PROTEÇÃO CONSIDERADOS POR ALGUNS FABRICANTES DE RELÉS
..................................................................................................................................................................................25
3.1 APLICAÇÃO EM PROTEÇÃO DIFERENCIAL DE ALTA IMPEDÂNCIA .....................................................................25
3.2 APLICAÇÃO PARA USO COM RELÉS COM DETECÇÃO DE SATURAÇÃO DE TC ....................................................26
3.3 REQUISITOS DE ACORDO COM A CARACTERÍSTICA DE REMANÊNCIA DO TC....................................................27
4. TRANSFORMADORES DE POTENCIAL ........................................................................................................30
4.1 INTRODUÇÃO...............................................................................................................................................30
4.2 CARACTERIZAÇÃO DE UM TRANSFORMADOR DE POTENCIAL ......................................................30
4.2.1 Carga Nominal............................................................................................................................................30
4.2.2 Classe de Exatidão......................................................................................................................................32
4.3 TABELA COMPARATIVA DE CARGA (“BURDEN”) SEGUNDO ALGUMAS NORMAS .....................32
5. BIBLIOGRAFIA....................................................................................................................................................33
Sinal Função
20 : 1
100 - 5 A
20 : 1 - 1
100 - 5 - 5 A
20 x 40 : 1
100 x 200 - 5 A
20 / 40 : 1
100 / 200 - 5 A
20 : 1 e 60 : 1
100 - 5 A e 300 - 5 A
f) TC de três núcleos, com um único enrolamento primário para conexão em série, série-
paralela e paralela, com dois enrolamentos secundários, contendo uma derivação cada
e um secundário sem derivação:
5 / 20 x 10 / 40 x 20 / 80 : 1-1 e 10 x 20 x 40 : 1
5 / 20 / 10 / 40 / 20 / 80 : 1-1 e 10 / 20 / 40 : 1
120 : 1
13800 - 115 V
60 / 70 : 1
60 x 120 : 1
60 / 70 - 60 / 70 / 100 / 120 : 1
f) TPI com enrolamento primário para religação série ou paralelo e dois enrolamentos
secundários, sendo um com derivação:
35 x 70 - 35 / 60 x 70 / 120 : 1
120 - 210 : 1
Para que um Transformador para Instrumentos opere corretamente e sem se danificar, tanto
em condições normais quanto no caso de faltas, é necessário que:
- seja dimensionado para suportar todo tipo de solicitação (térmica, dinâmica ou dielétrica)
que o sistema possa lhe impor;
- seja projetado, construído e testado de tal modo a assegurar por muitos anos, as
características especificadas.
Para os transformadores para instrumentos, temos tanto normas brasileiras (ABNT) como
internacionais (ANSI, IEC, VDE, etc.).
2.1 INTRODUÇÃO
Zc
I1
n1
TC
n2
I2
Zi
Onde:
Zc = impedância de carga
Importante observar que a corrente I1 é fixada pelo circuito externo, isto é, pela carga Zc e
portanto, não depende da carga Zi do(s) instrumento(s) ligado(s) no secundário do TC.
I1 I1
I2 I2
Como Regra, temos que a corrente primária I1 entra pela polaridade e a corrente secundária
I2 sai pela polaridade e assim, temos I1 e I2 em fase.
F1 - F2 = R . Ф
onde:
ou:
n 1 . I 1 - n2 . I 2 = R . Ф
n 1 . I1 - n 2 . I2 = 0
n 1 . I 1 = n2 . I 2
I2 = n1 . I1
n2
1
I2 = . I1
n2
n1
1
RTC = n 2 tem-se que I2 = I1 .
n1 RTC
Assim sendo, o seu circuito equivalente pode ser representado conforme mostrado na figura
a seguir.
I1
P1 Z1 Z2 S1 I2
I1 / RTC
Ie
Zc
Rp J Xm
S2
P2
Transformador Transformador
Ideal Real
onde:
I1 = corrente no primário
I2 = corrente no secundário do TC
Ie = corrente de excitação do TC
Ie = Im + Ip
Ip= corrente de perdas (perdas por corrente de Foucault, histerese e pequeno efeito Joule)
Segundo a ABNT, as cargas nominais são designadas pela letra “C”, seguida pelo número
de volt-amperes em 60 Hz, com corrente nominal de 5 A e fator de potência normalizado
conforme mostrado na tabela a seguir.
Para a seleção da carga nominal de um TC, somam-se as potências dos dispositivos que
serão conectados no seu secundário. Se relevante, considera-se também as potências
consumidas pelas conexões e cablagens. Feito isso, adota-se a carga padronizada de
valor imediatamente superior ao valor calculado.
De acordo com a ANSI, as cargas nominais são designadas pela letra “B” (Burden),
seguida pelo valor da impedância em 60 Hz, com corrente nominal de 5 A e fator de
potência normalizado conforme mostrado na tabela a seguir.
O assunto classe de exatidão nominal será tratado separadamente para cada tipo de TC,
conforme classificação acima.
É o fator empregado em TC´s para serviço de proteção. É expresso pela relação entre a
máxima corrente com a qual o transformador mantém a sua classe de precisão e a sua
corrente nominal.
Os valores máximos de corrente (corrente de curto circuito) que podem passar pelo
primário do TC para que o seu erro seja mantido é padronizado de acordo com as normas
utilizadas.
Isso significa que para uma corrente de curto circuito inferior a 20 kA, o erro que o TC na
sua corrente secundária é menor ou igual a 10%.
Assim, ao se limitar:
É o fator pelo qual a corrente nominal primária do TC deve ser multiplicada para se obter a
corrente primária máxima que o transformador deve suportar, em regime permanente,
operando em condições normais, sem exceder os limites de temperatura especificados
para sua classe de isolamento.
É definido como sendo o valor eficaz da corrente primária simétrica que o transformador
pode suportar por um determinado tempo (normalmente 1,0 segundo) com o enrolamento
secundário em curto-circuito ou com determinada carga normalizada, sem exceder os
limites de elevação de temperatura especificados para sua classe de isolamento.
Isto quer dizer que um TC deve ser construído de maneira a suportar termicamente uma
determinada sobrecorrente durante 1 segundo, sem se danificar.
É definida como sendo o maior valor eficaz da corrente primária que o transformador deve
suportar durante determinado tempo (normalmente 0,1 segundo), com o enrolamento
secundário curto circuitado, sem se danificar mecanicamente devido às forças
eletromagnéticas existentes.
Normalmente essa corrente dinâmica (ou corrente de curta duração para efeito dinâmico) é
definida como devendo ser de 2,5 vezes o valor da corrente térmica nominal (ou corrente
de curta duração para efeito térmico).
Os TC´s para serviço de medição devem retratar fielmente a corrente a ser medida. É
imprescindível que apresentem erros de fase e de relação mínimos dentro de suas
respectivas classes de exatidão. Segundo as normas ABNT e ANSI, os transformadores de
corrente devem manter sua exatidão na faixa de 10 a 100% da corrente nominal, ou seja:
Os TC´s de medição devem manter sua precisão para correntes de carga normal, enquanto
os TC´s de proteção devem ser precisos até o seu erro aceitável para corrente de curto
circuito de 20 x In.
Os núcleos magnéticos dos TC´s de medição são de seção menor que os de proteção para
propositadamente saturarem durante o curto circuito quando a corrente atinge valores altos.
Essa saturação limita o valor da sobretensão aplicada nos equipamentos de medição.
Classes de Exatidão:
Os TC´s para serviço de medição devem ser enquadrados em uma das seguintes classes de
exatidão:
É também prevista uma classe de exatidão 3, porém por não ter limitação de ângulo de fase,
esta classe não deve ser utilizada para serviço de medição de potência ou energia.
Para serviço de medição, indica-se a classe de exatidão seguida do símbolo da maior carga
nominal com a qual se verifica essa classe de exatidão. Cada enrolamento secundário deverá
ser indicado com todas as suas classes de exatidão, com as cargas nominais
correspondentes.
Por exemplo:
Se o TC tiver diferentes classes de exatidão para diferentes cargas, estas classes deverão
ser indicadas conforme mostrado a seguir:
Aplicações Típicas:
Classe 0,6 - medida de potência ou energia para fins de faturamento (nível de isolamento 0,6
e 1,2 kV)
Os TC´s para serviço de proteção devem retratar fielmente as correntes de curto circuito e é
importante que os mesmos não sofram os efeitos da saturação.
• Classe A
• Classe B
2.8.1 Classe A:
TC que possui alta impedância interna, isto é, aquele cuja reatância de dispersão do
enrolamento secundário possui valor apreciável em relação à impedância total do circuito
secundário, quando este alimenta sua carga nominal.
São transformadores de corrente que tem a bobina primária enrolada sobre o seu núcleo
magnético, conforme mostrado na figura a seguir:
I1
Carga
Primário enrolado no
núcleo
I2
Bobinas de Corrente
Reles de Proteção
TC que possui baixa impedância interna, isto é, aquele cuja reatância de dispersão do
enrolamento secundário possui valor desprezível em relação à impedância total do circuito
secundário, quando este alimenta sua carga nominal. Constituem exemplo, os TC´s de
núcleo toroidal, com enrolamento secundário uniformemente distribuído.
A bitola do cabo primário é grande para suportar alta corrente primária e construtivamente,
é impraticável se fazer espiras no núcleo magnético do TC. Assim, o primário é
praticamente uma barra que transpassa o núcleo do TC, conforme mostrado na figura a
seguir:
I1
I2
Bobinas de Corrente
Reles de Proteção
Pela ANSI, define-se o erro do TC pela limitação da máxima tensão que pode aparecer no
seu secundário devido à máxima corrente de curto circuito, considerando-se o seu fator de
sobrecorrente.
É a máxima tensão que pode aparecer no secundário do TC para uma corrente no primário
de 20 vezes a sua corrente nominal primária (fator de sobrecorrente é sempre considerado
igual a 20) sem que o erro ultrapasse 2,5% ou 10%.
Na figura a seguir são mostradas as combinações possíveis das classes de exatidão dos
TC´s, segundo a ANSI:
2,5 ou 10
L ou H
Um TC 10H800 significa:
Carga no Secundário do TC
É a máxima carga que se pode ligar no secundário do TC de forma a não ultrapassar a
tensão máxima dada pela sua classe de exatidão.
I1
5
I2
I1maxcurtocircuito = 20 I1
Vmax
Zcarga
Atualmente, a ANSI não normaliza mais a classe 2,5 (apenas a classe 10) e substituiu as
letras L (Low) por C (Calculated) e a letra H (High) por T (Tested).
2,5 L 400 --> não há mais esta denominação. Passa a ser --> 10 C 400.
A ABNT (EB - 251) define a classe de exatidão de um TC como sendo a máxima potência
aparente (VA) consumida pela carga conectada no seu secundário, para uma corrente
nominal secundária de 5 A.
A ou B
2,5 ou 10
5 - 10 - 15 ou 20
Um TC A10F20C100 significa:
A - TC de alta reatância
10 - erro admissível da sua classe de precisão de 10%
F - fator de sobrecorrente
20 - 20 vezes a corrente nominal (no secundário, 20 x 5 A = 100 A)
C - carga no secundário do TC em VA para corrente nominal de 5 A do TC
100 - 100 VA, carga no TC para uma corrente nominal secundária do TC de 5 A
Carga no Secundário do TC
I1
5
I2 = 5 A
Vcarga
Scarga
Temos que:
Zcarga = Scarga / 25
A NBR 6856 alterou a indicação das classes de exatidão para serviço de proteção, onde a
carga é indicada pela tensão que aparece nos terminais do TC com 20 vezes a corrente
secundária e carga nominal, ou seja, o mesmo critério adotado pela ANSI C57.13.
Desse modo, em um TC, o núcleo de serviço para proteção, classe de exatidão 10 de alta
impedância, com corrente secundária 5 A e com carga nominal C25, é designado por
10A100. Na norma brasileira anterior, a EB-251, essa mesma classe de exatidão era
designada por A10F20C25, sendo que na nova norma, o fator de sobrecorrente é
considerado sempre igual a 20.
Na versão mais recente da ABNT, os TC´s para serviço de proteção devem ser
enquadrados em uma das seguintes classes de exatidão:
Os TC´s para serviço de proteção das classes A e B devem estar dentro de sua classe de
exatidão para as tensões secundárias nominais e as cargas respectivas especificadas. O
erro de corrente deve ser limitado ao valor especificado, para qualquer valor de corrente
secundária desde uma a 20 vezes a corrente nominal e com qualquer carga igual ou
inferior à nominal.
Por exemplo, a designação 10B200 significa que o TC é de baixa reatância e que o erro de
corrente não excede 10%, para qualquer corrente variando de uma a 20 vezes a corrente
nominal, desde que a carga não exceda 2 Ω . (2 Ω x 5A x 20 vezes = 200 V)
Portanto:
Vmax = 4. Scarga
Exemplo:
Scarga = 100 VA
ou
Relés Eletromecânicos:
O menor tap é o que apresenta maior burden, isto é, o relé representa para o TC, a maior
impedância. A impedância diminui para os outros tap´s, tendo o seu menor valor para o tap
máximo.
A potência aparente do relé relativa ao seu tap é sempre a mesma. Assim, conhecendo-se a
sua impedância para o tap mínimo, é possivel se obter a impedância para um outro tap,
conforme equação abaixo:
Eles apresentam uma carga muito menor comparado com os relés eletromecânicos e
representam uma carga fixa, constante, pois a ajuste não é feito através de derivações da
sua bobina magnetizante.
Cablagem:
ρ cobre .
ZcargadoTCdevidosóàfiação = xℓ
Scobre
1
58,82
ZcargadoTCdevidosóàfiação = x (2 x 100) = 0,34 Ω
10
Características a 5 A, 60 Hz
ABNT ANSI IEC
Potência (VA) Impedância (Ω ) Fat. Potência
C2,5 B-0.1 2,5 VA 2,5 0,1 0,90
C5,0 B-0.2 5 VA 5,0 0,2 0,90
C12,5 B-0.5 12,5 VA 12,5 0,5 0,90
C22,5 B-0.9 22,5 VA 22,5 0,9 0,90
C45 - - 45 1,8 0,90
C90 - - 90 3,6 0,90
C25 B-1 25 VA 25 1,0 0,50
C50 B-2 50VA 50 2,0 0,50
C100 B-4 100 VA 100 4,0 0,50
C200 B-8 200 VA 200 8,0 0,50
ANSI IEC
C100 25 VA 10P20
C200 50 VA 10P20
C400 100 VA 10P20
C800 200 VA 10P20
Exemplo: C200 significa: núcleo de baixa reatância, 200 V em seus terminais para uma
corrente de 100 A (20 x 5A), o que corresponde a uma carga de 2 Ω. Para uma corrente de
5A, equivale a uma potência de 50 VA e erro menor que 10% para uma corrente secundária
de até 100 A.
Apesar de não existir uma equivalência entre as especificações das normas ANSI e IEC,
pode ser considerado que C200 é similar a 50 VA 10P20 para uma corrente secundária de
5 A.
UKPV = P . ALF . IN
R
+ N
j 2
I
N
onde:
Rj = burden interno do TC
PN = potência nominal do TC
Significa:
IN = 5 A (de 800/5)
PN = 30 VA
O burden interno é muitas vezes fornecido em relatórios de ensaios do TC. Caso contrário,
poderá ser obtido através da medição DC do enrolamento secundário.
UKPV = +P . ALF . IN = 0,3Ω + 30VA . 10 . 5A = 75 V
R
N
(5 A)
j 2 2
I N
ou
UKPV = P . ALF . IN = 5Ω + 30VA . 10 . 1A = 350 V
Rj + N
2
( 1A)
2
I N
Além dos dados do TC, deve ser conhecida a resistência da cablagem mais longa entre os
TC´s e o relé.
Alguns relés possuem um detector de saturação que elimina em grande parte, os erros de
medição resultantes da saturação dos TC´s. Um valor de corrente I-sat.TC acima do qual
pode ocorrer a saturação deve ser ajustado para que o detector de saturação opere.
Assim, para o caso de uma eventual saturação do TC, a seguinte equação pode ser usada
como regra geral para o cálculo desse ajuste:
n´
I-sat.TC = . Inom
1 + ωτ N
Onde
n´ = n . P P
+ N i
= fator de sobrecorrente atual = (fator limite de exatidão)
P´ + P j
ω = 2 π f = freqüência do sistema
τ N
= constante de tempo do sistema
a) Constante de tempo do Sistema no local de aplicação do TC. Esse valor pode ser
calculado através dos valores de R e X em pu da impedância total (Thevenin) de curto-
circuito trifásico no local.
τ N
= L/R = X / ω.R
b) Seria desejável, para o TC aplicado, que a corrente calculada I-sat.TC seja maior do que
a corrente máxima de curto-circuito (seja trifásico ou fase-terra, valendo a corrente da
fase). Entretanto, mesmo que menor, as modernas proteções digitais permitem ajustar o
valor de I-sat.TC para que, a partir dessa corrente a proteção utilize recursos para evitar
problemas com a saturação.
Para garantir a estabilidade de uma proteção diferencial de barras de baixa impedância, por
exemplo, o TC precisa ser capaz de reproduzir corretamente a corrente por um tempo
mínimo antes que o TC inicie a saturação. Para atender ao requisito de saturar em um
especificado tempo, o TC precisa atender aos requisitos da força eletromotriz secundária
mínima conforme comentários a seguir.
Remanência em TC
O TC do tipo alta remanência. Esse TC tem um núcleo magnético sem qualquer entreferro e
assim, um fluxo magnético pode permanecer por um tempo elevado. Nesses tipos de TC´s, o
fluxo remanente pode ser de 70 – 80% do fluxo de saturação.
O TC do tipo baixa remanência tem um limite especificado para o fluxo remanente. Esse TC
é feito com um pequeno entreferro para reduzir o fluxo remanente de forma que não exceda
10% do fluxo de saturação. Esse pequeno entreferro tem somente uma influência muito
limitada sobre outras propriedades do TC.
Para se ter um tempo mínimo antes do início da saturação do TC, a força eletro-motriz
secundária Ea1 precisa ser maior ou igual a força eletro-motriz secundária Ealreq requerida.
Isso é usado para especificar os requisitos de TC para Proteção, segundo a norma IEC
60044-6.
O TC pode ser do tipo alta remanência ou baixa remanência e eles podem ser usados juntos
dentro de uma zona de proteção. Cada um deles deve ter um Ea1, conforme tabela abaixo.
Tipo de TC Requisito
Alta remanência Ea1 > Ealreq = 0,5 . Ifmax . (Isn / Ipn) . (Rct + 2 . Rl + Zb)
Baixa remanência Ea1 > Ealreq = 0,2 . Ifmax . (Isn / Ipn) . (Rct + 2 . Rl + Zb)
Nenhuma remanência
Ea1 > Ealreq = 0,2 . Ifmax . (Isn / Ipn) . (Rct + 2 . Rl + Zb)
(maior erro de precisão)
Todos os tipos de TC´s com núcleo magnético convencional podem ser usados, se eles
atenderem aos requisitos correspondentes aos acima especificados de acordo com a norma
IEC. Das diferentes normas e dados disponíveis para aplicação em relés é possível calcular
aproximadamente, a força eletro-motriz secundária do TC. É então possível, compara-la com
a força eletro-motriz secundária nominal equivalente Ea1 e verificar se o TC atende aos
requisitos.
Por exemplo, um TC de classe C tem uma especificada tensão do terminal secundário UANSI.
Há valores padronizados de UANSI (por exemplo, para C400, UANSI = 400 V). O limite do
onde
ZbANSI = a impedância (na forma complexa) do burden normalizado pela ANSI, para a
classe C específica.
Ea1ANSI ≈ 1,3 . UkneeANSI > Ealreq = 0,5 . Ifmax . (Isn / Ipn) . (Rct + 2 . Rl + Zb)
4.1 INTRODUÇÃO
Segundo a ABNT, as cargas nominais são designadas por um símbolo, formado pela letra
“P”, seguida do número de volt-amperes correspondente à tensão de 120 V ou 69,3 V.
Características a 60 Hz e 120 V
Potência Reatância
Fator de Resistência Indutiva Impedância
Designação Aparente
Potência (Ω) (Ω) (Ω)
(VA)
P12,5 12,5 0,10 115,2 1146,2 1152
P25 25 0,70 403,2 411,3 576
P35 35 0,20 82,2 402,7 411
P75 75 0,85 163,2 101,1 192
P200 200 0,85 61,2 37,9 72
P400 400 0,85 30,6 19,0 36
Características a 60 Hz e 69,3 V
Potência Reatância
Fator de Resistência indutiva Impedância
Designação aparente
Potência (Ω) (Ω) (Ω)
(VA)
P12,5 12,5 0,10 38,4 382,0 384
P25 25 0,70 134,4 137,1 192
P35 35 0,20 27,4 134,4 137
P75 75 0,85 54,4 33,7 64
P200 200 0,85 20,4 12,6 24
P400 400 0,85 10,2 6,3 12
Nota: As características acima são válidas para tensões secundárias entre 58 V e 75 V. Nestas
condições, as potências aparentes são diferentes das especificadas.
Carga nominal
ABNT ANSI
em VA
P12,5 W 12,5
P25 X 25
P50 - 50
- Y 75
P100 - 100
P200 Z 200
P400 ZZ 400
- ZZZ 800
É também normalizada a classe de exatidão 3 sem limitação de ângulo de fase. Por não
ter limitação de ângulo de fase, esta classe não deve ser utilizada para serviço de medição
de potência ou energia.