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a
b
c
3i0
i0 N1
i0
i0
i0
j.X0
Edição 1 - 2003
Formação
Graduado em engenharia elétrica pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo em 1969. Mestre
em Engenharia em 1978, pela Escola Federal de Engenharia de Itajubá, com os créditos obtidos em 1974
através do Power Technology Course do P.T.I – em Schenectady, USA. Estágio em Sistemas Digitais de
Supervisão, Controle e Proteção em 1997, na Toshiba Co. e EPDC – Electric Power Development Co. de
Tokyo – Japão.
Engenharia Elétrica
Foi empregado da CESP – Companhia Energética de São Paulo no período de 1970 a 1997, com
atividades de operação e manutenção nas áreas de Proteção de Sistemas Elétricos, Supervisão e
Automação de Subestações, Supervisão e Controle de Centros de Operação e Medição de Controle e
Faturamento. Participou de atividades de grupos de trabalho do ex GCOI, na área de proteção, com ênfase
em análise de perturbações e metodologias estatísticas de avaliação de desempenho.
Atualmente é consultor e sócio gerente da Virtus Consultoria e Serviços S/C Ltda. em São Paulo – SP. A
Virtus tem como clientes empresas concessionárias no Brasil e na Colômbia, empresas projetistas na área
de Transmissão de Energia, fabricantes e fornecedores de sistemas de proteção, controle e supervisão,
Departamento de Engenharia de Energia e Automação Elétricas da Escola Politécnica da Universidade de
São Paulo, CEDIS – Instituto Presbiteriano Mackenzie.
Área Acadêmica
A impedância de um transformador de potência (> 5000 kVA) pode ser representada apenas
por uma reatância indutiva, desprezando as perdas e desprezando o ramo de magnetização.
Do modelo abaixo:
R1 j X1 R2 j X2
I1 I2
V1 Rp j Xm e1 e2
V2
N1:N2
Ideal
São desprezadas:
j (X1+[N1/N2]2.X2)
N1:N2
Ideal
j (X2+[N2/N1]2.X1)
N1:N2
Ideal
Ensaio de curto-circuito
Icc2
Icc1
CURTO-
TRAFO TRIFÁSICO CIRCUITO
FONTE
TRIFÁSICA
Neste ensaio, aplica-se uma tensão Vcc1 para que se tenha corrente nominal do
transformador, isto é:
N1:N2
Ideal
Vcc1
2
Xcc1 = [X1 + (N1/N2) .X2] =
3 ohms (visto do lado 1)
Inom1
Caso o ensaio de curto-circuito seja feito pelo outro lado do Transformador, teríamos:
j (X2+[N2/N1] 2.X1 )
N1:N2
Ideal
Vcc 2
2
Xcc2 = [X2 + (N2/N1) .X1] =
3 ohms (visto do lado 2)
Inom 2
Nota-se que os valores Xcc1 e Xcc2 são valores em ohms, numericamente diferentes.
Ambos representam a impedância de dispersão total do transformador, referidos a lados
diferentes.
2
Zbase(lado1) = kV1 /MVAnominal = [ (Vnom1 / 3 ) / Inom1]
2
Zbase(lado2) = kV2 /MVAnominal = [ (Vnom2 / 3 ) / Inom2]
E os valores Xcc1 e Xcc2 podem ser calculados, agora, com relação às respectivas bases:
Xcc1(%) =
Xcc1(ohms ) x100
=
Xcc1x100
=
(N 2 / N1) xXcc1x100
2
=
Zbase1 Vnom1 3 2 Vnom1 3
( N 2 / N1) x
Inom1 Inom1
Finalmente, como Xcc1 (%) = Xcc2 (%), pode-se representar um transformador de dois
enrolamentos através da sua impedância percentual (ou p.u. = % / 100):
j X (% ou pu)
R (pu ou %) j X (pu ou %)
1.2 POLARIDADE
H1 Y1
Y2
H2
Quando num transformador, não se conhece (ou se deseja confirmar) as polaridades dos
enrolamentos, se faz o teste da polaridade:
Transformador
sob ensaio
V1 V2
Transformador Transformador
sob ensaio sob ensaio
V1 V2 V1 V2
Polaridade Polaridade
“aditiva” “subtrativa”
Exemplo com defasamento de + 30 graus, com o lado estrela adiantado com relação ao
lado delta (conexão Dy11 ou Yd1). Fisicamente as fases são conectadas conforme a figura
a seguir.
b
A
c
B
a
C
Esquematicamente:
A
a = (A - C)
B
b = (B - A)
C
c = (C - B)
+30o
c
B
Alternativa
3 2 1
b c a A
c a b B
a b c C
Alternativa invertendo o Delta Defasamento (Lado Estrela com relação ao Lado Delta
1 - 30 graus
2 - 150 graus
3 + 90 graus
Transformadores de Potência
Comutadores de Transformadores
• Termômetros de óleo.
• Sensores de pressão.
Reatores Shunt
Por outro lado, existem as chamadas proteções por relés. Utilizam-se proteções que podem
ser configuradas conforme filosofia e esquema de proteção desejada. As funções de proteção
relacionadas com a proteção de transformadores e reatores estão mostradas nos itens
seguintes.
Uma proteção diferencial ou uma função diferencial tem a finalidade de detectar curto-
circuito na sua área de supervisão, área essa que fica entre os TC’s que adquirem as
correntes medidas pela proteção, e prover imediato desligamento do equipamento
protegido quando da atuação.
A proteção diferencial não tem a finalidade de detectar faltas internas insipientes, do tipo
“arcing faults”, que podem ocorrer no transformador. Essas faltas são detectadas por
algumas das proteções intrínsecas do equipamento, mas em geral são detectadas por
técnicas de manutenção preditiva (análise periódica de óleo mineral isolante).
Função
DIFERENCIAL
• Deve considerar os efeitos de erros de precisão nos TC’s e TC’s auxiliares utilizados
para conexão da proteção.
• Deve manter a estabilidade (não atuar) para curto-circuito externo à área protegida,
mesmo com saturação de TC.
• Deve manter a estabilidade para correntes de magnetização transitória (energização)
quanto aplica a transformadores de potência.
• Deve ter rápida atuação para curto-circuito interno, mesmo para aquelas faltas de
baixa corrente.
Diferencial Percentual
Equipamento ou
Área Protegida
Carga ou
Curto Externo
IA IB Re strição = I A + I B
r r I A + IB
ou =
o 2
ID
Operação = ∑ (I A + IB )
Para um curto externo, com grande corrente diferencial, a restrição também seria grande,
com o valor percentual da corrente diferencial não atingindo o valor de atuação. Para um
curto interno, a restrição continuaria grande, mas percentualmente a corrente diferencial
seria grande, e a proteção atuaria.
IOPER = IDIFER
Área de I A + IB Área de
Operação Operação
Área de
Área de
Restrição
ID MÍNIMA ID MÍNIMA Restrição
IRESTR
| I A | + | IB |
Num relé digital, compara-se através de algoritmos, a soma dos módulos da corrente
como grandeza de restrição e o módulo da soma das correntes como grandeza diferencial.
Muitas implementações podem ser feitas através dos algoritmos e filtragens, buscando
sempre a estabilidade para curtos externos e sensibilidade para curtos internos ao
equipamento protegido. Numa proteção digital também é possível alterar a inclinação da
característica percentual para correntes maiores, permitindo maior sensibilidade para
correntes menores (menos erro nos TC’s).
As proteções das séries 7UT51 e 7UT61 têm funções baseadas no princípio percentual.
CURTO
EXTERNO
Divisor de
corrente
ID
∆V R Ajustável
Secundário
de TC
totalmente
Saturado
R do
secundário
do TC
EXEMPLO 2
R Ajustável
∆V
ID
Secundário
de TC
totalmente
Saturado
R do
secundário
do TC
Instala-se uma resistência ajustável no circuito diferencial, de modo que a tensão através
desse circuito diferencial (resistência + relé) tenha um determinado valor para um TC
totalmente saturado como mostrado na figura.
Se a proteção for ajustada para operar com valor > ∆V, então ela será estável para curto
externo, mesmo com um TC totalmente saturado. Para ajuste dessa proteção há
necessidade de se conhecer:
• Valor das resistências dos cabos secundários dos TC’s até a proteção (adota-se a
maior resistência).
• Valor da resistência do secundário do TC (valor de fábrica).
RAJUSTÁVEL RLIMITADORA
Não Linear
Relé R
Esse tipo de proteção é muito utilizado para proteção de barras e também de reatores ou
para proteção de enrolamentos (restrita a terra).
A proteção 7UT612 permite a utilização desse princípio de alta impedância através de uma
entrada de corrente (I8), função essa que pode ser utilizada concomitantemente com a
função diferencial percentual.
Área Protegida
Tranformador de Potência
TC's Lado A TC's Lado B
- 30o
a 0o
A = (a-c) a
B = (b-a) b b
C = (c-b) c c
Carga Normal
ou
c b a TC's Auxiliares
Curto-Circuito
Trifásico Corrige
Externo Defasamento e
acerta o módulo
c b a
Proteção
Estável
C = (c-b) C = (c-b)
B = (b-a) Proteção B = (b-a)
A = (a-c) Diferencial A = (a-c)
Figura 2.06 – Correção de Modulo e de Ângulo antes da medição pela Proteção Diferencial
Nestas condições o relé é estável para carga e para curto-circuito trifásico externo à zona
de proteção. Note que a zona de proteção da proteção diferencial é delimitada pelos TC’s
principais. Qualquer curto-circuito dentro da zona de proteção implicará em atuação da
proteção diferencial.
A figura a seguir mostra um exemplo de conexão para o relé 7UT612 para transformador
Delta / Estrela Aterrada:
Figura 2.07 Exemplo de Conexão para relé 7UT612 para transformador delta / estrela aterrada
Tranformador de Potência
TC's Lado A TC's Lado B
a
a
b b
c c
c b a
Curto-Circuito
Fase-Terra
Externo
Proteção c b a
Estável
Proteção
Diferencial
Essa providência pode ter um outro tipo de compreensão, quando se analisa a situação
de um curto circuito fase-terra, externo, em termos de componentes simétricas.
O mesmo caso anterior pode ser representado através de componentes simétricas como
mostra a figura seguinte:
Não tem - -
Tem Seq. 0
Seq. Zero a Zero
+ a +
+ + 0
- b b
-
- 0 + -
+ c c
+ 0
0 +
+
0
-
-
+
Tem Seq.
0
+
Zero
+
-
b a
-
- -
+ +
Proteção
Diferencial
- -
+ +
Figura 2.09 – A Conexão Delta dos TC’s Auxiliares Bloqueia a Seqüência Zero
Regra Prática:
Regra Prática:
• Seja através dos TC’s principais ou através dos TC’s auxiliares, deve-se representar no
circuito dos TC’s (lado secundário – cablagem) a mesma conexão com as mesmas
polaridades do Transformador de Potência protegido (lado primário – potência).
Proteções Digitais
Para relés de tecnologia digital, todo esse bloqueio é feito digitalmente, de modo que
grandezas equivalentes de ambos os lados sejam comparadas na função diferencial.
Como já mencionado, basta que sejam informados todos os dados da instalação para que
a proteção faça a necessária adequação.
Se a fase for fechada quando teoricamente a corrente está passando por zero, não há
deslocamento DC para esta fase, sendo que a forma de onda da corrente de magnetização
segue seu curso normal. Se, entretanto, o fechamento da fase é fora deste instante,
ocorrerá deslocamento da corrente no eixo vertical para acomodar a situação. Isto é,
aparece componente DC. E o deslocamento do eixo da corrente pode levar a saturação
do núcleo
• Não atuar para a corrente de magnetização transitória, cujo valor de pico pode
ultrapassar 8 x I nominal.
• Manter a sensibilidade para detectar curto-circuito mesmo durante a energização do
transformador.
Nesses relés, os circuitos são implementados para que houvesse filtragem da corrente
medida, no sentido de separar, na medida do possível e no limite da tecnologia existente, a
corrente fundamental (60 Hz) das correntes de frequência elevada. As correntes filtradas
de frequência elevada eram aproveitadas para restringirem a atuação da proteção
diferencial percentual, reforçando o circuito de restrição do principio percentual. A corrente
fundamental era levada ao circuito de operação (diferencial).
Nos modernos relés digitais, a tecnologia de filtragem, tanto das harmônicas como da
componente DC, já é bastante desenvolvida. Geralmente as componentes de 2ª. e 4ª.
harmônicas são utilizadas para restringir ou bloquear a atuação da função diferencial nos
ciclos iniciais da magnetização transitória.
Restrição por harmônica: a corrente harmônica, filtrada, pode ser parametrizada para
contribuir para a restrição, reforçando a corrente mostrada no eixo horizontal da figura 2.03
anterior (princípio percentual).
Bloqueio por harmônica: a corrente harmônica, filtrada é detectada a partir de certo valor
ajustado. Na detecção, a proteção pode ser parametrizada para bloquear a atuação da
proteção diferencial percentual naquela fase. Há opção também para “bloqueio cruzado”,
isto é, a detecção de harmônica em uma fase pode ser utilizada para bloquear todas as
fases, durante a existência dessa harmônica acima do limite ajustado.
Há relés digitais que possuem filtros de 5ª. Harmônica, com possibilidade de uso dessa
corrente para alarme ou bloqueio. Os relés 7UT51 e 7UT61 permitem optar entre a 3ª. e a
5ª. Harmônica.
87T
87T
Observe a conexão estrela aterrada para os TC’s do lado de Delta e conexão delta do lado
de estrela aterrada do Transformador de Potência. Para relés convencionais, a
necessidade ou não de TC’s auxiliares dependerá das relações de transformação dos TC’s
principais.
Para relés eletromecânicos esses TC’s auxiliares externos são sempre necessários. Para
relés digitais, essa função é feita digitalmente, com a vantagem de reduzir erro de relação
de transformação do dispositivo físico.
Relé de 03 entradas
de corrente
Observa-se que neste caso a proteção diferencial deve possuir três entradas de corrente.
A soma das três correntes é que permitirá a verificação de existência de corrente
diferencial (curto-circuito dentro da área de proteção). TC’s auxiliares não são indicados
para uma clareza conceitual maior para a figura.
0o 30o
Bloqueia Bloqueia
sequência Zero sequência Zero
TR Aterramento
Zig-Zag
0o
30o
87T
Relé de 02
Corrige Defasamento
entradas de 30o
corrente (TC Aux externo ou digital embutido
na proteção)
O exemplo a seguir mostra um caso de uso de TC’s em paralelo para uma configuração de
barras do tipo “disjuntor e meio”:
Relé de 03 entradas
de corrente
Verifica-se neste caso que há soma de correntes do lado do esquema “disjuntor e meio”
através da conexão em paralelo dos lados secundários dos TC’s do vão. A conexão de TC’s
em paralelo para barras “disjuntor e meio” ou em “anel” é uma prática muito comum.
Por outro lado, quando a proteção diferencial possui mais entradas para corrente, pode-se
fazer como na figura a seguir:
87T
Relé de 04 entradas
de corrente
Deve-se mencionar, entretanto, que a prática de conectar TC’s em paralelo pelo lado
secundário é uma prática difundida em todo o mundo. Não se tem registrado, na prática,
dificuldades quanto a este aspecto. Recomenda-se que os TC’s em paralelo tenham
características iguais ou semelhantes.
Ajustes Básicos
o Para proteções que utilizam TC’s auxiliares externos, este ajuste deve ser maior.
- Erros de precisão de TC’s para altas correntes (que pode chegar a 10% ,
para cada conjunto de TC’s e TC’s auxiliares externos, dependendo da
especificação dos TC’s aplicados. Ver classe de precisão dos TC’s).
Aspectos a Considerar
o Erros introduzidos pelas relações escolhidas de TC’s + TC’s auxiliares (ou Fatores
de Correção) e pelo Comutador de Taps do transformador
Outros Ajustes
Trata-se do valor percentual de uma corrente harmônica (2ª. ou 4ª. ) que caracterize a
existência da magnetização transitória para a proteção. Nos relés 7UT a segunda
harmônica é utilizada no caso de transformadores.
Trata-se do valor percentual de uma corrente harmônica (3ª. ou 5ª.) que caracterize a
existência de sobrefluxo no núcleo, com chance de atuação errônea da proteção.
Trata-se do valor percentual de uma corrente harmônica (5ª.) ou valor de V/Hz (função
24), que caracterize a existência de sobrefluxo devido a sobretensão.
Para reator não há transformação de nível de tensão e a corrente que flui nos dois lados
do equipamento protegido é a mesma (lado da linha e lado do neutro). Assim sendo não
LT
Reator “Shunt”
87R
Relé de 02 entradas
de corrente
Figura 2.16– Proteção Diferencial de Reator Shunt com TC’s de ambos os lados.
Carga Normal -
Proteção
Estável
Figura 2.17– Esquema Trifilar para Proteção Diferencial de Reator Shunt com TC’s de ambos os lados.
Assim sendo, a escolha de proteção (percentual ou de alta impedância) passa ser mais
uma questão econômica que estritamente técnica.
Pode ocorrer caso onde, do lado do neutro, existe apenas TC de neutro, como mostrado
na figura a seguir:
LT
Reator “Shunt”
87R
Esta proteção é específica para faltas à terra, no reator ou na área delimitada pelos TC’s.
Este esquema é muito utilizado, considerando que a probabilidade para faltas entre fases
(sem terra) é muito baixa. É a chamada proteção de terra restrita. O esquema trifilar
correspondente é mostrado na figura a seguir (uma das alternativas possíveis, mas
depende do tipo da proteção empregada – ver documentação da proteção):
Curto Externo
-
Proteção
Estável
87R
Figura 2.19– Esquema Trifilar de Proteção Diferencial de Reator Shunt com TC de neutro.
Para condição de curto circuito (altas correntes), o erro de TC pode chegar até a 10% para
cada conjunto de TC’s ou TC’s auxiliares. Isso deve ser levado em consideração para a
inclinação da característica percentual.
• Para modernos relés digitais, há possibilidade de ajuste percentual menor para uma
faixa inferior e um ajuste percentual maior para faixas de corrente superiores. Para o
slope 1 (faixa inferior), um ajuste entre 10 e 20% tem sido executado. Para o slope 2
(faixa superior), um ajuste entre 20 e 25% tem sido executado.
Entretanto, como o erro de TC (corrente alta para o TC) ocorre geralmente para curto-
circuito interno à área protegida, esse erro não traz grandes preocupações, havendo
grande flexibilidade para um ajuste mais sensível.
Uma proteção diferencial para detecção de curtos-circuitos à terra na área protegida, que
mede apenas as correntes residuais ou de neutro dos circuitos dos TC’s (correspondentes
às correntes de terra), referentes a um enrolamento (estrela aterrada) de transformador,
chama-se Proteção Diferencial Restrita de Terra (“REF – Restricted Earth Fault”).
a
a
b b
c c
TC Neutro
87
REF
a
a
b b
c c
TC Neutro
REF
Figura 2.21– Proteção Terra Restrita (REF) – Conexão para relé digital 1
Em alguns relés, a somatória das correntes dos TC’s para se obter a corrente residual se
faz digitalmente, como na figura a seguir:
a
a
b b
c c
TC Neutro
REF
Figura 2.22– Proteção Terra Restrita (REF) – Conexão para relé digital 2
Auto-Tranformador
REF
Figura 2.23– Proteção Terra Restrita (REF) Convencional – Conexão para Autotransformador
i0
i0
i0
Secundário i0 i0 i0
TR Abaixador
- Triângulo
3i0
87N
3i0
c
TR Zig-Zag
de
Aterramento
a
c
3i0
i0
Figura 2.25– Proteção Terra Restrita (REF) para enrolamento estrela aterrada nos relés da série 7UT
(entrada I7)
Figura 2.27– Proteção REF nos relés 7UT61. Característica de trip dependente do ângulo entre as
correntes de Neutro e Residual de TC’s. Curto externo 180 graus.
As diretrizes e critérios utilizados são aqueles válidos para a proteção de alta impedância
de qualquer componente do sistema (barra, reator, transformador). Isto é, considera-se um
TC totalmente saturado e se calcula a tensão através do conjunto (relé + resistência
ajustável).
Geralmente o relé do circuito de alta impedância é ajustado para atuar com valor igual ou
superior ao dobro da situação com um TC totalmente saturado.
Princípio Direcional
Corrente Mínima de Neutro: existe sempre uma corrente mínima para a corrente de
polarização (corrente do neutro), para acomodar erros (desbalanços) em condição normal
de operação e erro de precisão de TC (que é baixo em corrente nominal). Este ajuste é
importante, pois a proteção permite disparo quando há corrente de polarização superior ao
ajustado, sem corrente residual composta nos TC’s de linha. O ajuste deve permitir
desbalanço normal esperado, porém com sensibilidade ainda para detectar curtos à terra
Tanque
Aterramento
64
Isolação
(51N)
Uma vantagem é a economia de TC’s e relés de proteção (diferencial, por exemplo). Uma
desvantagem é a ausência de proteção local para faltas sem terra.
2.3.2 Conexões
A proteção pode ser um simples relé de sobrecorrente. O relé 7UT612 permite o uso de
uma entrada de corrente (I8, a mesma utilizada para proteção de alta impedância) para
essa finalidade.
A função sobrecorrente, como o próprio nome diz, serve para detectar níveis de corrente
acima de limites estabelecidos e acionar providências para desconectar o componente
protegido. Assim, tal função serve para detectar condições de curto-circuito onde, quase
sempre, uma corrente de fase é sensivelmente maior do que a corrente de carga.
Para correntes de carga, não deve ocorrer atuação desta função. Isto é, a função de
sobrecorrente não é para detectar condição de sobrecarga em transformador.
Características de Tempo
Quanto às características tempo x corrente, estes relés podem ser classificados em relés
Instantâneos (Função 50) e relés Temporizados (Função 51). Os relés temporizados
podem ser classificados conforme sua característica tempo x corrente:
Extremamente
Inverso
Por exemplo,
para curva
“Normalmente
Inversa”:
Etc.
3 Time
Lever
2
1
1x x IPickup
Para relé de tempo inverso, pode-se ajustar também um valor para o chamado “elemento
instantâneo” (Relé ou Função 50). Isto é, a partir de um dado valor de corrente (expresso
em múltiplo da corrente nominal do relé), a proteção passa a atuar instantaneamente e não
mais de acordo com sua curva característica. A figura a seguir ilustra o mencionado.
x IPickup
Ajuste de Ajuste do
Corrente Elemento
Instantâneo
Para relés eletromecânicos e grande parte dos estáticos, todas estas características eram
definidas quando da especificação da proteção e procurava-se acomodar situações onde
se desejava estabelecer uma adequada coordenação entre proteções do Sistema Elétrico,
dependendo de cada aplicação e componente protegido. E quando de ajustes era
necessário utilizar as curvas desenhadas em papel logarítmico.
K
t = T . α
+ L
I
− 1
IS
Ou há a fórmula seguinte:
K
t = T . α
+ L
I
− 1
I
S
TC
IB
Fase B
TC
IC
Fase C
TC
iA iB iC
Circuito
Residual
50/51
N
I Residual = IA + IB + IC
TC - Transformador de Corrente.
A relação entre a corrente primária (I) e a corrente secundária (i) em cada fase
corresponde à relação de transformação do TC. Por exemplo, para um TC de 300/5
Ampères, a relação é de 60 para 1. A corrente secundária mais baixa que a primária.
Os relés são ajustados para a corrente secundária (i), levando-se em conta a corrente do
lado primário (I).
Numa proteção digital, a conexão é feita de modo semelhante, porém as funções das
fases A, B e C e a função de Terra são executadas digitalmente após a conversão A/D:
Disjuntor(es)
TC Fase A
TC
Fase B
TC Fase C
Circuito
Residual
I Residual = IA + IB + IC
Proteção Digital
Com Funções de
Sobrecorrente
50/51 Fases
50/51 Terra.
TC
Fase B
TC Fase C
Circuito
Residual
Proteção Digital
Mede IA, IB e IC
Calcula I Residual
I Residual = IA + IB + IC
Fase A
Relé de Neutro
com Função de
Sobrecorrente Fase B
50/51
TC
N
Fase C
I NEUTRO = IA + IB + IC
Em condição normal, as correntes das três fases são equilibradas entre si. Nessas
condições, não há corrente no circuito residual ou em neutro de equipamento. E também,
as correntes secundárias (i) devem estar aquém da sensibilidade mínima da proteção de
sobrecorrente (“Pick-up” mínimo ajustável) e os relés permanecem sem atuação.
Neste caso as correntes IA, IB e IC, apesar de equilibradas entre si, são elevadas.
Geralmente muito maiores que na condição de carga normal. E as correntes secundárias
(i) atuam os relés instalados nas fases ou as funções de fase. Não há corrente no circuito
residual, portanto não há atuação do relé ou da função 50/51N.
Neste caso, haverá aparecimento de corrente elevada de curto circuito apenas em uma
fase. Por exemplo, (IA). Proporcionalmente a correspondente corrente secundária (ia) será
elevada. Devido ao desequilíbrio à terra, o retorno da corrente (ia) se dará pelo circuito
residual (in). Nestas condições, há condição de atuação das funções 50/51A e 50/51N,
dependendo dos seus ajustes.
Uma atuação da função 50/51N indica que houve desequilíbrio envolvendo terra (curto à
terra). Dai sua denominação “Relé de Terra”.
IA Fase A
TC
Fase B
TC
Fase C
TC
iA
Curto-circuito
da Fase A à
Terra
50/51 50/51 50/51
A B C
50/51
I Residual = IA + IB + IC N
A função de sobrecorrente de fase não pode ser ajustada para correntes próximas à
corrente de carga máxima prevista no equipamento ou circuito protegido. Assim, sua
sensibilidade é limitada pela carga.
Valor de “Pick-up”
Seu valor deve ser igual ou superior a 50% acima da corrente nominal de carga do
Transformador protegido, com ventilação forçada. Isso é necessário para permitir
flexibilidade de operação do transformador, podendo muitas vezes operar com valor
superior à carga nominal. Trata-se de um critério empírico, amplamente utilizado
nas concessionárias de serviços de energia elétrica.
Característica de Tempo
• A função deve operar com temporização igual ou superior a 0,7 s para a maior
corrente de fase que pode ocorrer em condição de curto-circuito no lado da
Baixa Tensão do transformador, seja do tipo Trifásico ou Fase-Terra.
Tanto a curva ANSI / IEEE como a IEC pode ser utilizada, sem distinção. A escolha
da inclinação dependerá do nível da corrente calculada e da relação de
Função Instantânea de Sobrecorrente de Fase de relés digitais, com filtros que eliminam
harmônicas de ordem par e atenuam componente DC (deslocamento de eixo):
Os relés digitais que possuem filtros ou recursos adequados para que tenham
menos sensibilidade para corrente de magnetização transitória, podem ter
elementos instantâneos ajustados. Seu ajuste de atuação (“Pick-up”), em múltiplo
da corrente nominal da proteção ou em Ampères, deve obedecer aos seguintes
critérios:
• Deve ser superior à maior corrente de fase que pode ocorrer em condição de
curto-circuito no lado da Baixa Tensão do transformador, seja do tipo Trifásico
ou Fase-Terra, com margem de segurança de pelo menos 100%.
Se o transformador tem conexão triângulo no lado da AT, essa proteção tem a única e
exclusiva finalidade de servir como retaguarda para curtos-circuitos a terra nesse
enrolamento da AT, não detectando curtos no lado da BT.
• Seu valor deve ser baixo, porém superior a corrente residual (3xI0) estimada
para desbalanço normal no transformador em condição de carga máxima. Erro
de precisão nos TC’;s podem agravar esse desbalanço, porém de modo não
significativo.
• Seu valor deve ser o mínimo possível (faixa de ajustes do relé). O valor mínimo
já contempla, em geral, margem para eventual erro de precisão de TC’s. Note
que, então, a sensibilidade estará limitada pela relação de transformação dos
TC’s.
• A função deve operar com temporização igual ou superior a 0,7 s para a maior
corrente de terra (3xI0) que pode ocorrer em condição de curto-circuito à terra
no lado da Baixa Tensão do transformador.
• A função deve operar com temporização igual ou superior a 1,5 segundos para
a maior contribuição de corrente de terra (3xI0) que pode ocorrer em condição
de curto-circuito no sistema de transmissão que alimenta o transformador (para
um ajuste conservador, calcular corrente de contribuição de terra para curto-
circuito fase-terra na barra de AT).
Tanto a curva ANSI / IEEE como a IEC pode ser utilizada, sem distinção. A escolha
da inclinação dependerá do nível da corrente calculada e da relação de
transformação do TC utilizado. O fator de tempo dependerá dos critérios de tempo
mencionados, adotando o maior deles.
Lembrar que não haverá corrente de seqüência zero (terra) para qualquer tipo de
falta que ocorra no lado da BT.
Função Instantânea de Sobrecorrente de Terra do lado AT de relés digitais (com filtros que
eliminam harmônicas de ordem par e atenuam componente DC) - para transformadores
estrela aterrada / estrela aterrada / triângulo.
• Deve ser superior à maior corrente de terra que pode ocorrer em condição de
curto-circuito no lado da Baixa Tensão do transformador, com margem de
segurança de pelo menos 100%.
Valor de “Pick-up”
Seu valor deve ser igual ou superior a 50% acima da corrente nominal de carga do
Transformador protegido, com ventilação forçada. Isso é necessário para permitir
flexibilidade de operação do transformador, podendo muitas vezes operar com valor
superior à carga nominal. Trata-se de um critério empírico, amplamente utilizado
nas concessionárias de serviços de energia elétrica.
Característica de Tempo
• A função deve operar com temporização igual ou superior a 0,5 s para a maior
corrente de fase que pode ocorrer em condição de curto-circuito na própria
barra de Baixa Tensão, seja do tipo Trifásico ou Fase-Terra.
Esse tempo para curto na barra de BT pode ser maior, dependendo do critério
adotado tradicionalmente pela empresa, porém nunca deve ser inferior a 0,4 s.
Tanto a curva ANSI / IEEE como a IEC pode ser utilizada. A escolha da inclinação
dependerá do nível da corrente calculada e da relação de transformação do TC
utilizado e a coordenação no tempo com o primeiro religador ou elo fusível na rede
de distribuição. O fator de tempo dependerá do critério de tempo mencionado.
O elemento instantâneo deve ser bloqueado, a menos que sua atuação esteja
condicionada a um esquema mencionado na NOTA 2 anterior.
Valor de “Pick-up”
Seu valor deve ser superior ao desbalanço em carga que pode ocorrer, para o
conjunto de alimentadores supridos pelo transformador protegido. Como já
mencionado, esse desbalanço pode chegar a 25% da carga no transformador,
dependendo da distribuição de carga na rede primária de distribuição.
Característica de Tempo
• A função deve operar com temporização igual ou superior a 0,5 s para a maior
corrente de terra que pode ocorrer em condição de curto-circuito na própria
barra de Baixa Tensão.
Esse tempo para curto na barra de BT pode ser maior, dependendo do critério
adotado tradicionalmente pela empresa, porém nunca deve ser inferior a 0,4 s.
Tanto a curva ANSI / IEEE como a IEC pode ser utilizada. A escolha da inclinação
dependerá do nível da corrente de terra calculada e da relação de transformação do
TC utilizado e a coordenação no tempo com o primeiro religador ou elo fusível na
rede de distribuição. O fator de tempo dependerá do critério de tempo mencionado.
O elemento instantâneo deve ser bloqueado, a menos que sua atuação esteja
condicionada a um esquema mencionado na NOTA 2 anterior.
Valor de “Pick-up”
Seu valor deve estar entre 20 e 25% acima da corrente nominal do Reator
protegido, para acomodar eventuais sobretensões dinâmicas (60 Hz) que
aumentam a corrente do reator.
Característica de Tempo
• A função deve operar com temporização igual ou superior a 1,5 s para a maior
corrente de fase que pode ocorrer em condição de curto-circuito no lado da
Linha (fase-terra, externo)
Esse tempo pode ser menor (mínimo em torno de 0,8 s), dependendo do critério
adotado tradicionalmente pela empresa. Essa corrente é bem pequena uma vez
que a contribuição de fase para curto externo, de um reator shunt, resume-se a
corrente de seqüência zero. Geralmente o ajuste de tempo (fator de tempo) é
pequeno.
Tanto a curva ANSI / IEEE como a IEC pode ser utilizada, sem distinção. A escolha
da inclinação dependerá do nível da corrente calculada e da relação de
Função Instantânea
Valor de “Pick-up”
• Seu valor deve ser o mínimo possível (faixa de ajustes do relé). O valor mínimo
já contempla, em geral, margem para eventual erro de precisão de TC’s. Note
que, então, a sensibilidade estará limitada pela relação de transformação dos
TC’s.
Característica de Tempo
• A função deve operar com temporização igual ou superior a 1,5 s para a maior
corrente de terra (3xI0) de contribuição do reator, que pode ocorrer em condição
de curto-circuito à terra no lado da Linha (fase-terra, externo).
Esse tempo pode ser menor (nunca inferior a cerca de 0,8 s), dependendo do
critério adotado tradicionalmente pela empresa. Essa corrente pode ter um valor
razoável, dependendo do tipo de núcleo do reator shunt (se núcleo de três pernas
ou se banco de 3 monofásicos), uma vez que pode haver contribuição de (3 x I0)
para curto-circuito externo à terra.
Tanto a curva ANSI / IEEE como a IEC pode ser utilizada, sem distinção. A escolha
da inclinação dependerá do nível da corrente calculada e da relação de
Função Instantânea
Valor de “Pick-up”
• Seu valor deve ser o mínimo possível (faixa de ajustes do relé). O valor mínimo
já contempla, em geral, margem para eventual erro de precisão de TC’s. Note
que, então, a sensibilidade estará limitada pela relação de transformação dos
TC’s.
Característica de Tempo
• A função deve operar com temporização igual ou superior a 1,5 s para a maior
corrente de terra (3xI0) que pode ocorrer em condição de curto-circuito à terra
no lado da Linha (fase-terra, externo).
Esse tempo pode ser menor (nunca inferior a 0,8 s), dependendo do critério
adotado tradicionalmente pela empresa.
Tanto a curva ANSI / IEEE como a IEC pode ser utilizada, sem distinção. A escolha
da inclinação dependerá do nível da corrente calculada e da relação de
transformação do TC utilizado. O fator de tempo dependerá do critério de tempo
mencionado.
2.5.1 Objetivo
Geralmente uma situação de desbalanço decorre de uma fase aberta devido a problema
em seccionadora ou disjuntor, ou ainda em conector. Eventualmente, a função de
seqüência negativa pode ser utilizada como função de retaguarda para faltas em linhas
adjacentes ao transformador, com a corrente de curto circuito da mesma ordem de
grandeza ou até menor que a corrente de carga.
Enfoque
Tanto uma fase aberta, como um curto circuito diferente do trifásico, produz componentes
de seqüência negativa na corrente medida. No caso da fase aberta, a intensidade dessa
componente depende da intensidade da carga através do transformador.
A função, aplicado em sistema (transformador) não radial, não deve atuar para eventual
desbalanço em circuito adjacente (por exemplo fase aberta), o que dificulta ainda mais o
estabelecimento do ajuste.
Num transformador, essa função poderá ser especificada ou ativada para utilização (em
relé digital) quando:
Caso se deseje ativar e utilizar essa função para transformador, o seu tempo de atuação
pode ser igual ou superior a 4 [s], qualquer que seja a percentagem ajustada de seqüência
negativa. Assim, é desejável que se utilize função de tempo definido, mesmo que haja
disponível função de tempo inverso.
Isto é desejável para evitar qualquer interferência para condição de curto circuito no
desempenho da função. Deve-se observar que não há necessidade de rapidez para essa
função.
θ2
Variação
63% da
total
variação total
θ1
tempo
τ = Constante de Tempo
Figura 2.38 – Definição de Constante de Tempo de Aquecimento
Uma proteção de sobrecarga (proteção térmica – Código 49) deve, portanto, emular as
condições de aquecimento do componente protegido em função da corrente através desse
componente.
I carga
Equipamento
i i
Relé Térmico)
+ Vcc
Assim, os diversos fabricantes nos seus diversos relés de proteção digitais apresentam
possibilidade de modelagem térmica do equipamento ou instalação a proteger contra
temperaturas elevadas causadas por sobrecarga.
Proteção 7UT612 - essa proteção tem função de sobrecarga térmica, oferecendo duas
opções de detecção da sobrecarga:
• Cálculo da sobrecarga usando “réplica térmica”, de acordo com a Norma IEC 60255-8.
• Cálculo da temperatura de enrolamento (“ponto quente” ou “hot spot”) e determinação
do efeito no envelhecimento da isolação, de acordo com a Norma IEC 60354.
Um dos dois métodos pode ser selecionado. O primeiro método é caracterizado por ter
maior facilidade na parametrização.
A réplica térmica pode ser designada para qualquer dos lados do transformador. O cálculo
da elevação da temperatura em função da elevação da corrente é baseado num modelo de
2
dθ 1 1 I
+ .θ = .
dt τ th τ th k .I Nobj
Θ = Elevação de temperatura válida referida à elevação final de temperatura para a
corrente máxima de fase permitida k.INobj.
A solução dessa equação sob condições de regime é uma função exponencial cuja
assíntota mostra a temperatura final que será atingida Θend.
2 2
I I pre
−
k .I n k .I n minutos. Válido para
t = τ th . ln 2
I / (k.IN) ≤ 8
I
− 1
k .I n
2
I
k .I n
t = τ th . ln 2
minutos. Válido para I / (k.IN) ≤ 8
I
− 1
k .I n
Pode ser ajustado uma temperatura de alarme (Θalarm AJUSTÁVEL EM % COM RELAÇÃO
A Θend) menor do que o limite de temperatura de desligamento (caso seja essa a filosofia
do usuário). No caso da filosofia estabelecer “somente alarme”, esse alarme será emitido
quando da temperatura final ajustada.
A proteção também inclui um alarme de corrente excessiva Ialarm (AJUSTÁVEL) que pode
ser considerado como um pré alarme para uma sobrecarga térmica em potencial.
Assim, a proteção Siemens, quanto de uso desta função, exige entrada de medição de
temperatura, que pode ser feita através da chamada “Thermobox”. Esse dispositivo tem a
capacidade de adquirir temperaturas de até 6 pontos distintos do óleo do transformador e
até dois dispositivos podem ser conectados ao relé 7UT612.
Se meio líquido é utilizado para o resfriamento combinado com os dois métodos anteriores,
tem-se:
Por exemplo, o método ONAF tem circulação natural de óleo (sem bombas de óleo) e
ventilação forçada de ar (ventiladores).
• Da temperatura do óleo do ponto mais alto (que circunda o ponto mais quente) – que
depende do tipo de resfriamento utilizado.
Θh = Θo + Hgr. kY
Y = expoente do enrolamento.
Para método de resfriamento OD, a fórmula é a mesma para k ≤ 1 e outra para k > 1.
Exemplos de parâmetros:
Segundo a norma IEC, a vida útil de uma isolação de celulose refere-se a uma temperatura
de 98 oC ou 208,4 oF no ambiente que está imerso. A experiência tem mostrado que uma
elevação de 6 x significa metade da vida útil. Para uma temperatura que é diferente do
valor básico de 98 oC, a taxa de envelhecimento V é dada por:
Envelhecimento _ a _ θ h (θ h −98 )
V = o
= 2 6
Envelhecimento _ a _ 98 C
T2
1
T1 − T2 T∫!
L= V .dt
Com carga nominal constante, a taxa L é igual a 1. Para valores maiores que 1, a
aceleração do envelhecimento se aplica. Por exemplo, se L = 2 somente meia vida útil é
esperada ao invés da vida útil sob condições nominais.
Ainda de acordo com a norma IEC, a faixa de envelhecimento é definida entre 80 oC e 140
o
C. É essa a faixa onde se calcula o envelhecimento pela função de sobrecarga térmica
(“hot spos”) da proteção 7UT612. Temperaturas abaixo do limite inferior não estendem a
taxa de envelhecimento calculada e temperaturas acima do limite superior não reduzem a
taxa de envelhecimento calculada.
Ajustes
A função não faz parte da proteção de Transformador. Entretanto é aqui descrita, de modo
sucinto, uma vez que se relaciona com a proteção de alimentadores de distribuição
alimentados por transformadores de potência em derivação.
A função “cold load” faz com que, dinamicamente, se altere o valor de ajuste de partida (“pick-
up”) da proteção de sobrecorrente do alimentador, diminuindo sua sensibilidade para esse
período de tempo após o fechamento do disjuntor, após desligamento.
Característica
ajustada de
corrente -
tempo inverso
x In
Ajuste Normal Ajuste de “pick-up”
de “pick-up” com o “cold load” ativo
Quando a proteção diferencial utiliza TC’s de pedestal externos, junto aos disjuntores,
abrangendo não apenas o transformador ou reator protegido, como também as conexões e
demais instalações como pára-raios e eventuais TP’s que ficam entre os TC’s.
Transformadores em Derivação
Transformadores de Interligação
• Proteção Diferencial para as três fases, curta, tipo percentual, como segunda proteção
diferencial (proteção alternada).
• Ou, ao invés de uma segunda proteção diferencial completa, uma proteção diferencial
restrita de terra (REF) para cada enrolamento em estrela aterrada (AT e MT).
• Proteção diferencial para as três fases, ampla ou curta. Tipo alta impedância ou
percentual, caso haja TC’s nas três fases no lado do neutro (aterramento).
• Ou proteção diferencial restrita a terra, tipo alta impedância ou direcional, caso haja TC
apenas no aterramento do lado do neutro.
• Proteção de sobrecorrente de fase no lado da AT.
• Proteção de sobrecorrente de terra (circuito residual de TC’s) no lado da AT.
• Proteção de sobrecorrente de terra do lado da BT (No TC de neutro, caso exista. Ou no
circuito residual dos TC’s do lado do neutro, caso também existam).
Transformadores em Derivação
- NOTA: Função de falha de disjuntor para ser utilizada para o disjuntor do lado da
BT depende do esquema adotado na Subestação. Eventualmente é desejável que
seja incluída nesta proteção.
Transformadores de Interligação
• Proteção Numérica de Tensão, para uso com TP’s do lado da AT ou da MT, para
sobretensões trifásicas (59). Isto porém depende da filosofia adotada na subestação do
usuário.
• Proteção Diferencial para as três fases, curta, tipo percentual, como segunda proteção
diferencial (alternada), geralmente como parte de uma segunda proteção
multifuncional.
Nota: Se a proteção primária possuir REF (duas entradas), não haveria, em princípio,
necessidade dessa função na proteção alternada. Ou vice-versa.
7SJ61 (V4.4)
250/5 A
50/ 50/ 46
51F 51N
88 / 13,8 kV
15/20 MVA 7UT612
X = 14,5%
REF 87
I7
400/5 A
50/
51G
50/ 50/
1200/5 A 46
51F 51N
13,8 kV
79 79
• Função 87 trifásica, para transformador, com restrição / bloqueio por segunda. Bloqueio
para quinta harmônica. Duas inclinações.
• Função 50/51F de sobrecorrente de fase, com estabilização para “inrush”, para um dos
lados.
• Função 50/51N de sobrecorrente de terra, com estabilização para “inrush”, para um dos
lados.
• Função 50/51G de sobrecorrente de neutro, com estabilização para “inrush”, através da
entrada de corrente I7.
• Função REF (87G) de baixa impedância (direcional) através da entrada de corrente I7.
MVACC3F = 1.348
1348 x1000
I CC 3 F = = 8844,2 A
3.88
100000
I BASE = = 656,1 A BASE
3.88
i CC3F = 8944,2 / 656,1 = 13,48 pu Note que PCC3F / PBASE = iCC3F (por unidade)
Z1 = 1 / 13,48
Z1 = 0,07418 pu
MVACCF-T = 755
755 x1000
I CCF −T = = 4953,5 A na fase em curto.
3.88
Z0 = 0,39735 – 2 x 0,07418
Z0 = 0,24899 pu
kV 2 N 88 2
X = x0,145 = x0,145 = 56,144 Ohms visto do lado de 88 kV
MVAN 20
kV 2 N MVABASE 88 2 100
x= x0,145 x 2
= x0,145 x 2 = 0,725 pu na base do estudo.
MVAN kV BASE 20 88
I1A = 1/+30o.i1A
i1A
j 0,07418 j 0,725
I2A = 1/-30o.i2A
i2A
j 0,07418 j 0,725
I0A = 0 i0A
j 0,24899
j 0,725
iC1
iC1
iA1
iC0
iC = 0
iB1 iC2
iB2 iB2
iA2 iB0
iB = 0
iC2 iB1
Figura 4.03 – Componentes Simétricas no lado de BT, para Curto Circuito Fase-Terra
iB = 0
iC = 0
ITERRA = -j 5.402 A
iA0
iB0
iC0
I C1 I A1 iC1
iA1
+ 30 GRAUS
I B1
iB1
iB2
IB
2
iA2
- 30 GRAUS
IA
2
IC iC2
2
I C1 IA
1
IC IA
IC
2 I A2
Figura 4.04 – Componentes Simétricas no lado de AT, para Curto Circuito Fase-Terra no lado BT
Assim, no dado de AT (fora do delta) haverá corrente em duas fases (A e C), opostas entre
si, com valor:
I A = − I C = 3.0,43041 = 0,74547 pu
I1A = 1/+30o.i1A
i1A
j 0,07418 j 0,725
I CC3F = 5.235 A
ICC3F = 821 A
TAP1 e TAP2
20000 5
TAP1 = x = 2,62 A (TC’s 250/5 em Estrela Aterrada)
3 x88 250
20000 5
TAP 2 = x = 3,49 A (TC’s 1200/5 em Estrela Aterrada)
3 x13,8 1200
O relé calcula automaticamente os valores de TAP (TAP1 para o Enrolamento 1 e TAP2
para o Enrolamento 2), com os dados do sistema e da instalação, conforme já
configurados.
O relé, internamente, adota “TC’s Auxiliares” , que corrigem módulos e ângulos para que o
os TAPs fiquem coerentes entre si.
Deve ser a mais sensível possível, porém permitindo erro de precisão de TC em corrente
baixa (até nominal) e corrente de excitação. No relé 7UT612 esse valor é ajustado como
múltiplo da corrente nominal do Objeto Protegido (no caso, o Transformador de Potência).
Essa corrente precisa ser superior a 10% da corrente nominal do Transformador, para que
se considere variação do comutador de taps. Assim,
I-DIFF> ≥ 0.1
Sobre esse valor deve-se considerar erros de precisão de TC’s (excitação) e erro próprio
do relé. Para a proteção 7UT612 a documentação sugere 0,2 como valor “default”, o que é
coerente.
I-DIFF> = 0.20
T I-DIFF> = 0.00 s
4.6.4 Slope 1
(1 − e) 2.e + a + e.a
SLOPE _ 1 ≥ (1 − e) − + eTC + e Re lé = + eTC + e Re lé
(1 + a ) 1+ a
A fórmula leva em conta um erro +e de um lado e erro –e do outro, para corrente passante.
4.6.5 Slope 2
A inclinação 2 já é para correntes maiores, incluindo a região onde pode ocorrer saturação
de TC. Considera-se erro de precisão de TC de 10% ao invés de 2%.
SLP2 = 40 %
I-DIFF / InO
TRIPPING
BLOCKING
2
1 Add-on Stabilization
I-DIFF>
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Estabilização para saturação de TC. Ajusta-se para que a estabilização inicie para valores
altos de corrente de restrição:
Esse elemento opera sem restrição, para o valor ajustado e não depende de restrição
percentual.
T I-DIFF>> = 0.00 s
O bloqueio por 2ª. Harmônica para corrente de magnetização transitória será ajustado com
o valor sugerido na documentação técnica.
2. HARMONIC = 15%
CROSSB. 2. HARM = ∞
Não haverá bloqueio cruzado, isto é, haverá bloqueio apenas na fase com 2ª. Harmônica
superior a 15%.
Não haverá bloqueio por 5ª. Harmônica, conforme já parametrizado no item 4.6.2.
Existe sempre uma corrente mínima para a corrente de polarização (corrente do neutro), para
acomodar erros (desbalanços) em condição normal de operação e erro de precisão de TC
(que é baixo em corrente nominal). Este ajuste é importante, pois a proteção permite disparo
quando há corrente de polarização superior ao ajustado, sem corrente residual composta nos
TC’s de linha. O ajuste deve permitir desbalanço normal esperado, porém com sensibilidade
ainda para detectar curtos à terra
Essa função já foi parametrizada para o TC do Lado 2 e com curva IEC. Os seguintes
devem, adicionalmente estabelecidos:
Ip = 6.00 A
A maior corrente de fase no lado de 13,8 kV para curto-circuito na BT é 5.402 A para falta
fase-terra. O elemento deve atuar com 0,5 s ou mais para essa corrente.
Considerando a curva normalmente inversa da norma IEC, para 3,75 x IPickup deve-se ter
aproximadamente 0,5 s
0,14
0,5 = T + 0
(3,75) 0 , 02
− 1
T Ip = 0.10
0,10 x 0 ,14
t =
I 0 , 02
6,0 − 1
Existem dois elementos, I> e I>> com as respectivas temporizações T I> e TI>>.
Se fosse apenas pelo instantâneo (tempo definido com t = 0 s) nenhum dos dois
elementos seria ativado. Entretanto, como existe a função “Fechamento Manual Sobre
Falta” ativado, é necessário ajustar o I> , porém com temporização.
Assim, para curto-circuito à terra na barra 13,8 kV não haverá trip instantâneo pelo
elemento I>. Entretanto, se for quando de fechamento manual, a temporização é
cancelada.
Dando uma margem de 50% com relação a 4536 A, tem-se um valor de 4536 / 2 = 2268 A
Assim, Ipickup = (2268 / 1200) x 5 = 9,45 A. A faixa de ajustes de I> é de 0.50 a 175 A.
I> = 9.00 A
T I> = 4 s
Isto é, o elemento detectará corrente a partir 2268 A primários, mas só daria trip com 4 s.
Esse tempo elevado é justificado para que esse elemento não interfira na seletividade
com fusíveis e religadores da rede de distribuição.
I>> = ∞
Essa função já foi parametrizada para o TC do Lado 2 e com curva IEC. Os seguintes
devem, adicionalmente estabelecidos:
Esse ajuste permite desbalanço natural de carga até 30% da potência do transformador, já
englobando erros de TC’s para baixa corrente.
3I0p = 1,0 A
A maior corrente de terra no lado de 13,8 kV para curto-circuito na BT é 5.402 A para falta
fase-terra. O elemento deve atuar com 0,5 s ou mais para essa corrente.
Considerando a curva normalmente inversa da norma IEC, para 22,51 x IPickup deve-se
ter aproximadamente 0,5 s
0,14
0,5 = T + 0
(22,51 )0 , 02
− 1
T 3I0p = 0.23
0, 23 x 0,14
t =
I 0, 02
1,0 − 1
Se fosse apenas pelo instantâneo (tempo definido com t = 0 s) nenhum dos dois
elementos seria ativado. Entretanto, como existe a função “Fechamento Manual Sobre
Falta” ativado, é necessário ajustar o 3I0> , porém com temporização.
Assim, para curto-circuito na barra 13,8 kV não haverá trip instantâneo pelo elemento
3I0>. Entretanto, se for quando de fechamento manual, a temporização é cancelada.
Dando uma margem de 50% com relação a 5402 A, tem-se um valor de 5402 / 2 = 2701 A
Assim, Ipickup = (2701 / 1200) x 5 = 11,25 A A faixa de ajustes de 3I0> é de 0.25 a 175
A
3I0> = 11.00 A
T 3I0> = 4 s
Isto é, o elemento detectará corrente de terra a partir 2640 A primários, mas só daria trip
com 4 s. Esse tempo elevado é justificado para que esse elemento não interfira na
seletividade com fusíveis e religadores da rede de distribuição.
3I0>> = ∞
Essa função já foi parametrizada para o TC do Neutro e com curva IEC. Os seguintes devem,
adicionalmente estabelecidos:
Esse ajuste permite desbalanço natural de carga até 30% da potência do transformador, já
englobando erros de TC’s para baixa corrente.
IEp = 3,0 A
A maior corrente de terra no lado de 13,8 kV para curto-circuito na BT é 5.402 A para falta
fase-terra. O elemento deve atuar com 0,5 s ou mais para essa corrente.
Considerando a curva normalmente inversa da norma IEC, para 22,51 x IPickup deve-se ter
aproximadamente 0,5 s
0,14
0,5 = T + 0
(22,51) − 1
0 , 02
T IEp = 0,23
0, 23 x 0,14
t=
I 0, 02
1,0 − 1
Existem dois elementos, IE> e IE>> com as respectivas temporizações T IE> e T IE>>.
IE> = ∞
IE>> = ∞
Essa função já foi parametrizada para o lado 2 (BT) com características de tempo definido
somente.
Existem dois elementos, I2> e I2>> com as respectivas temporizações T I2> e T I2>>.
Um critério de ajuste para essa função é considerar 1/3 da corrente de carga nominal do
transformador para a sensibilidade da corrente de seqüência negativa.
I2> = 1.16 A
T I2> = 4 s
Isto é, o elemento detectará desbalanços e curtos-circuitos que não sejam trifásicos, mas
com uma temporização elevada para não interferir com a seletividade da proteção.
I2>> = ∞
Essa função já foi parametrizada com curva IEC. Os seguintes devem, adicionalmente
estabelecidos:
20000
C arg aNo min al = = 131,2 A
3.88
51 PICKUP = 4.00 A
Considerando a curva normalmente inversa da norma IEC, para 4,105 x IPickup deve-se
ter aproximadamente 0,7 s
K
t = T . + L
α
I Ipickup − 1
0,14
0,7 = T + 0
(4,105) − 1
0 , 02
0,15 x 0 ,14
t=
I 0 , 02
4,0 − 1
51 Drop-our = Instantaneous
O relé possui dois estágios de sobrecorrente de fase de tempo definido, que são 50-1 e 50-
2, cada um com o respectivo temporizador. Caso o tempo seja ajustado em 0 s, tem-se
elemento instantâneo. Vamos utilizar o elemento 50-2 e bloquear o outro. Usa-se 50-2 pois
esse elemento não é afetado pela restrição por “inrush”.
50-1 PICKUP = ∞
50-1 DELAY = ∞
Ajuste de corrente para detectar a menor corrente de fase para curto circuito no lado 88
kV. A faixa de ajustes desse elemento é 0,5-175 A.
50-2 PICKUP = 60 A
Elemento Instantâneo
O relé possui dois estágios de sobrecorrente de fase de tempo definido, que são 50N-1 e
50N-2, cada um com o respectivo temporizador. Caso o tempo seja ajustado em 0 s, tem-
50N-1 PICKUP = ∞
50N-1 DELAY = ∞
50N-2 active = Always
Ajuste de corrente de terra bem sensível. A faixa de ajustes desse elemento é 0,25-175 A.
A corrente ajustada é 10% da corrente nominal do TC. Suficiente para contemplar erros.
Existem dois elementos, 46-1 e 46-2 com as respectivas temporizações. Vamos utilizar
apenas o elemento 46-1, bloqueando o 46-2.
Um critério de ajuste para essa função é considerar 1/3 da corrente de carga nominal do
transformador para a sensibilidade da corrente de seqüência negativa.
46-1 DELAY = 4 s
Isto é, o elemento detectará desbalanços e curtos-circuitos que não sejam trifásicos, mas
com uma temporização elevada para não interferir com a seletividade da proteção.
46-2 PICKUP = ∞
46-2 DELAY = ∞