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UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO

Carla Fabiane Bernardes Mangabeira


Diego Freire Abade
José Paulo Flaibam Bories

TERCEIRA AVALIAÇÃO

Juazeiro - BA
2020
UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO

Carla Fabiane Bernardes Mangabeira


Diego Freire Abade
José Paulo Flaibam Bories

TERCEIRA AVALIAÇÃO

Trabalho apresentado à Universidade Federal do


Vale do São Francisco - UNIVASF, como requi-
sito para obtenção da terceira nota da disciplina
de Sistemas Elétricos I ministrada pelo Prof.:
Eubis Machado.

Juazeiro - BA
2020
Lista de ilustrações

Figura 1 – Sistema elétrico para análise de fluxo de carga. . . . . . . . . . . . . . . . . 4


Figura 2 – Sistema elétrico para análise de curto-circuito, com tensões fasoriais calculadas 5
Figura 3 – Rede de sequência positiva do sistema. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
Figura 4 – Passo a passo para obtenção da impedância Thèvenin 𝑍𝑇 ℎ vista pelos terminais
de falta. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
Figura 5 – Circuito equivalente de Thèvenin para determinação da corrente de curto-
circuito trifásica. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
Figura 6 – Aplicação do método da superposição na análise de curto-circuito trifásico.
(a) Circuito em condição de falta. (b) Circuito em condição de pré-falta. . . 10
Figura 7 – Simplificação do circuito em condição de falta da Figura 6. . . . . . . . . . 11
Figura 8 – Simplificação da rede para a condição de falta. . . . . . . . . . . . . . . . . 13
Figura 9 – Curto-circuito fase-terra em uma rede genérica. . . . . . . . . . . . . . . . 14
Figura 10 – Redes de sequência da fase a na condição de pré-falta. . . . . . . . . . . . . 16
Figura 11 – Curto-circuito bifásico em uma rede genérica. . . . . . . . . . . . . . . . . 18
Figura 12 – Representação do curto-circuito bifásico em componentes simétricas . . . . 19
Figura 13 – Conexão dos circuitos de sequência para a representação de uma falta tipo
bifásica-terra. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
Sumário

1 RESOLUÇÃO-QUESTÃO 01 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1.0.1 Condições de pré-falta do sistema . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1.1 Correntes de curto-circuito trifásico na barra 3 . . . . . . . . . . . . . . 5
1.1.1 Método de Thèvenin . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1.1.2 Método da superposição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
1.1.3 Discussão de resultados obtidos pelo método de Thèvenin e da Superposição 12
1.2 Fluxos de corrente nas linhas e as tensões na barras . . . . . . . . . . 12
1.3 Correntes de curto-circuito na barra 3 para faltas do tipo fase-terra, bifásica-
terra e bifásica. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
1.3.1 Correntes de curto-circuito para a falta fase-terra . . . . . . . . . . . . . . . 14
1.3.1.1 Utilizando o método de Thèvenin . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
1.3.1.2 Utilizando o método da Superposição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
1.3.2 Correntes de curto-circuito para a falta bifásica . . . . . . . . . . . . . . . . 18
1.3.3 Utilizando o método de Thèvenin . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
1.3.3.1 Utilizando o método da Superposição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
1.3.4 Correntes de curto-circuito para a falta bifásica-terra . . . . . . . . . . . . . 21
1.3.4.1 Utilizando o método de Thèvenin . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
1.3.4.2 Utilizando o método da Superposição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
1.3.4.3 Comparação dos resultados obtidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
1.4 Fluxos de corrente nas linhas e as tensões na barra para faltas do tipo
fase-terra, bifásica-terra e bifásica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
1.4.1 Fluxos de corrente nas linhas e as tensões nas barras para falta fase-terra . 24
1.4.2 Fluxos de corrente nas linhas e as tensões nas barras para falta bifásica-terra 26
1.4.2.1 Utilizando o método de Thèvenin . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
1.4.3 Fluxos de corrente nas linhas e as tensões nas barras para falta bifásica-terra 27
1.4.3.1 Utilizando o método de Thèvenin . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27

REFERÊNCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
4

1 Resolução-Questão 01

O sistema elétrico associado ao problema pode ser ilustrado considerando as impedâncias


e admitâncias em derivação das linhas, como mostrado na Figura 1.
Figura 1 – Sistema elétrico para análise de fluxo de carga.

Fonte: Autores

Os dados fornecidos pelo problema estão apresentados nas Tabelas 1 e 2.


Tabela 1 – Dados do sistema expressos em PU nas bases 𝑆 𝐵,3𝜙 = 100MVA e V_{BL} = 230KV.

Linha de Transmissão Impedância Admitância em derivação


𝐿𝑇12 0,08+j0,24 j0,02
𝐿𝑇13 0,02+j0,06 j0,08
𝐿𝑇23 0,06+j0,18 -

Tabela 2 – Grandezas correspondentes nas barras

Barra i 𝑃𝑔𝑖 𝑃𝑑𝑖 𝑃𝑖,𝑝𝑟𝑜 𝑄 𝑔𝑖 𝑄 𝑑𝑖 𝑄 𝑖,𝑝𝑟𝑜 𝑉𝑖 𝜃𝑖


1 - - - - - - 1,05 0
2 0,2 0,5 - - 0,2 - 1,03 -
3 0 0,6 - 0 0,25 - - -

1.0.1 Condições de pré-falta do sistema


Analisando a Figura 1 vemos que o sistema elétrico é composto por três barras. Realizando
a inspeção do sistema, as admitâncias shunts foram desprezadas, pois de acordo com Benedito
Capítulo 1. Resolução-Questão 01 5

(2020), quando o valor das admitâncias ou susceptâncias em derivação shunts de linhas de


transmissão ou trafos sejam relativamente pequenos, estas podem ser desprezadas.
Utilizando o método de Newton-Raphson foi desenvolvido um script em linguagem
computacional. Obtendo assim, as tensões fasoriais para a barra do sistema, como mostrado na
Equação 1.1.
b1 = 1, 05 0° 𝑃𝑈
𝑉

b2 = 1, 03 −2, 8464° 𝑃𝑈
𝑉 (1.1)

b3 = 1, 0248 −1, 9380° 𝑃𝑈


𝑉

Importante observar que os números a seguir apenas demonstram os cálculos. Os


resultados podem ter pequena diferença de arredondamento, já que foram obtidos por método
computacional.

Figura 2 – Sistema elétrico para análise de curto-circuito, com tensões fasoriais calculadas

Fonte: Autores

1.1 Correntes de curto-circuito trifásico na barra 3


Considerando que o sistema apresentado na Figura 1 é equilibrado, então apenas é
necessário realizar o estudo de curto-circuito trifásico para o circuito de sequência positiva. Deste
modo, na Figura 3 é ilustrada a rede de sequência positiva, onde cada um dos elementos foi
substituído pelo seu circuito de sequência positiva correspondente.
Capítulo 1. Resolução-Questão 01 6

Figura 3 – Rede de sequência positiva do sistema.

Fonte: Autores

Os motores e geradores devem ser representados por uma tensão atrás de uma impedância.
Contudo, as impedâncias das máquinas foram tomadas como nulas e, portanto, devem ser
representadas apenas por fontes ideais. Por outro lado, os valores para impedâncias das cargas
𝑍 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎2 e 𝑍 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎3 são calculados pelas expressões:

© 𝑉 b2 ª (1, 03 −2, 8464°) 2


2
𝑍 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎2 = ­ ®= = 1, 97 16, 1086°𝑃𝑈

𝑆 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎2
b (0, 500 + 𝑗0, 200) ∗
« ¬

© 𝑉 b2 ª (1, 0248 −1, 9380°) 2 (1.2)


3
𝑍 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎3 =­ ®= = 1, 6157 18, 7438°𝑃𝑈

𝑆b𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎3 (0, 600 + 𝑗0, 250) ∗
« ¬

1.1.1 Método de Thèvenin

• Calculando a tensão de Thèvenin 𝑉


b𝑇 ℎ

Sabe-se que a tensão de circuito aberto entre os terminais de interesse do esquema


original corresponde à tensão de Thèvenin 𝑉 b𝑇 ℎ . Desta forma, analisando o terminal 3 ou 𝐹𝑎 na
Figura 3, vê-se que a tensão 𝑉
b𝑇 ℎ é equivalente à tensão que está sobre o barramento 3.
Capítulo 1. Resolução-Questão 01 7

Então, consultando os valores presentes na Equação 1.1, tem-se que 𝑉


b𝑇 ℎ é igual:

b𝑇 ℎ = 𝑉
𝑉 b3
(1.3)
= 1, 0248 −1, 9380° 𝑃𝑈

• Calculando a impedância de Thèvenin 𝑍𝑇 ℎ

Para calcular a impedância de Thèvenin 𝑍𝑇 ℎ é suficiente substituir as fontes de tensão por


curto-circuito e calcular a impedância vista pelos terminais de interesse. Desta forma, a Figura 4
traz de forma sequencial os passos executados para a obtenção de 𝑍𝑇 ℎ .
Os geradores tiveram sua impedância desconsiderada, um vez que não foi informada
previamente no enunciado do problema. Com isso, ao se curto-circuitar a fonte ligada à barra 2,
a impedância da carga 2 também fica desprezada, já que o curto-circuito a anula.
Na Figura 4 (𝑎) está exibida a rede de sequência positiva na condição de pré-falta
para a obtenção do equivalente de Thèvenin. Nota-se que as impedâncias 𝑍𝑔1 e 𝑍𝑔2 , estão
representadas apenas de forma simbólica, já que são nulas. Ademais, por inspeção em (𝑏) da
Figura 4, percebe-se que os terminais 1 e 2 estão sob mesmo potencial e deste modo, a impedância
𝑍 𝐿𝑇12 deve ser eliminada, visto que não possuirá fluxo de corrente na linha 𝑍 𝐿𝑇12 .
Em (𝑐) da Figura 4, tem-se duas impedâncias em paralelo, logo, a impedância equivalente
de Thèvenin pode ser determinada realizando o paralelo das impedâncias.
Capítulo 1. Resolução-Questão 01 8

Figura 4 – Passo a passo para obtenção da impedância Thèvenin 𝑍𝑇 ℎ vista pelos terminais de falta.

Fonte: Autores

Logo, a impedância de Thèvenin vista pelos terminais de falta é dada por:


 
𝑍𝑇 ℎ = 𝑍𝑇 ℎ13 //𝑍𝑇 ℎ23 //𝑍 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎3
   
= 0, 04743 71, 5651° // 1, 6157 18, 7148°

= 0, 1575 + 𝑗0, 04385 𝑃𝑈 (1.4)

= 0, 04659 70, 2484°𝑃𝑈

Uma vez determinados os valores de 𝑉


b𝑇 ℎ e 𝑍𝑇 ℎ , torna-se possível representar o circuito
equivalente de Thèvenin.
Capítulo 1. Resolução-Questão 01 9

Figura 5 – Circuito equivalente de Thèvenin para determinação da corrente de curto-circuito trifásica.

Fonte: Autores

Note-se que, como já convencionado, a impedância 𝑍 𝐹 é zero, o que traz o valor de 𝑉 b𝐹


também a zero. Assim, calcula-se facilmente, com base na Figura 5, a corrente de curto-circuito:

𝑉
b𝑇 ℎ
𝐼 𝐹𝑎 =
b
𝑍𝑇 ℎ
1, 0248 −1, 9380° (1.5)
=
0, 04659 70, 2484°

= 22, 0387 −72, 1864° 𝑃𝑈

1.1.2 Método da superposição


Diferentemente do método de Thèvenin, o método da superposição leva em consideração
as correntes de pré-falta na rede, que são aquelas obtidas pelos estudos de fluxo de carga.
A aplicação do método da superposição permite representar o circuito original, por
meio da superposição de dois circuitos, sendo que um dos circuitos representa a rede durante a
condição de pré-falta e outro a condição de regime de falta, conforme ilustrado na Figura 6.
Capítulo 1. Resolução-Questão 01 10

Figura 6 – Aplicação do método da superposição na análise de curto-circuito trifásico. (a) Circuito em condição de
falta. (b) Circuito em condição de pré-falta.

Fonte: Autores

• Calculando a corrente de falta barra 3

Realizando uma breve inspeção em (a) da Figura 6, percebe-se que a corrente de falta
estabelecida entre os terminais de falta é calculada por:

𝑉
b𝐹𝑎
𝐼 𝐹𝑎 =
b (1.6)
𝑍 𝑍𝑒𝑞

sendo que 𝑉
b𝐹𝑎 e 𝑍 𝑍𝑒𝑞 correspondem a tensão e impedância vistas pelos terminais 𝐹𝑎 e 𝑡 na
condição de falta, conforme a Figura 7. Deste modo:

b𝑇 ℎ = 1, 0248 −1, 9380° 𝑃𝑈


b𝐹𝑎 = 𝑉
𝑉

𝑍 𝑍𝑒𝑞 = 𝑍13,𝐿𝑇 //𝑍23,𝐿𝑇 = 0, 04743 70, 2484° 𝑃𝑈 (1.7)


1, 0248 −1, 9380°
∴b
𝐼 𝐹𝑎 = = 21, 6066 −72, 1864° 𝑃𝑈
0, 04743 70, 2484°
Capítulo 1. Resolução-Questão 01 11

Figura 7 – Simplificação do circuito em condição de falta da Figura 6.

Fonte: Autores

• Calculando a corrente de pré-falta na barra 3

A corrente de pré-falta corresponde àquela experimentada pela barra antes do curto-


circuito, conforme exibido no circuito pré-falta em (b) da Figura 6.

𝐼 𝑃𝐹 = b
b 𝐼𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎3,𝑃𝐹

𝑉
b3
=
𝑍 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎3
(1.8)
1, 0248 −1, 9380°
=
1, 6157 18, 7438°

= 0, 6343 −20, 6818° 𝑃𝑈

• Calculando a corrente resultante de curto-circuito

Tem-se então, que a corrente resultante de curto-circuito calculada pelo método superpo-
sição é dada por:

b 𝐼 𝐹𝑎 + b
𝐼𝑐𝑐 = b 𝐼 𝑃𝐹

𝐼𝑐𝑐 = 21, 6066 −72, 1864° + 0, 6343 −20, 6818° 𝑃𝑈


b (1.9)

= 22, 0070 −70, 8938°𝑃𝑈


Capítulo 1. Resolução-Questão 01 12

1.1.3 Discussão de resultados obtidos pelo método de Thèvenin e da Superpo-


sição
Os resultados obtidos podem ser visualizados na tabela a seguir. De maneira breve,
observa-se na Tabela 3 que no ponto de falta, as correntes de curto-circuito obtidas pelo método
de Thèvenin e da Superposição apresentam pequenas diferenças em seus valores. Segundo
(AMARAL, 2017) o método da superposição conduz a resultados mais próximos das condições
reais, visto que há variados equipamentos presentes numa rede, como geradores, linhas de
transmissão, transformadores e cargas.
É possível verificar que os módulos das correntes de curto-circuito diferem em 0,1440% a
mais pelo método de Thèvenin, e os ângulos diferem em 1,8233%, também a maior no Thèvenin.
Portanto, na aplicação do princípio da superposição, verifica-se que a carga passiva instalada na
barra 3 não influencia significativamente no nível de curto-circuito da barra.

Tabela 3 – Resultados obtidos para a corrente de curto-circuito entre os terminais 𝐹𝑎 e 𝑡, por meio do método da
Superposição e de Thèvenin.

𝐼 𝐹𝑎 = 22, 0387 −72, 1864° 𝑃𝑈


b
Método de Thèvenin
𝐼𝑐𝑐 = 22, 0070 −70, 8938° 𝑃𝑈
b
Método da Superposição

1.2 Fluxos de corrente nas linhas e as tensões na barras


Como verificado na Tabela 3 os módulos dos métodos diferem em 1,0014% e seus ângulos
diferem em 1,0182%, ou seja, é suficiente realizar o cálculo das correntes de curto-circuito
apenas por um dos métodos abordados na seção 1.1 para o cálculo dos fluxos de correntes de
curto-circuito nas linhas e das tensões na barras.
Feitas as considerações necessárias, escolheu-se utilizar os valores obtidos pelo método
de Thèvenin definido em 1.1.1; então conforme a Figura 3 as correntes de curto-circuito na barra
Capítulo 1. Resolução-Questão 01 13

(3) são calculadas da seguinte forma:

b1 − 𝑉
𝑉 b2 (1, 05 0° − 1, 03 −2, 8464°)
𝐼12,𝐹𝑎 =
b =
𝑍 𝐿𝑇12 0, 08 + 𝑗0, 24

= 0, 2180 −4, 1457° 𝑃𝑈

b1 − 𝑉
𝑉 b3 (1, 05 0° − 0 −90°)
𝐼13,𝐹𝑎 =
b =
𝑍 𝐿𝑇12 0, 02 + 𝑗0, 06
(1.10)
= 16, 6019 −71, 5650° 𝑃𝑈

b2 − 𝑉
𝑉 b3 (1, 03 −2, 8464° − 0 −90°)
𝐼23,𝐹𝑎 =
b =
𝑍 𝐿𝑇12 0, 06 + 𝑗0, 18

= 5, 4286 −74, 4114° 𝑃𝑈

Figura 8 – Simplificação da rede para a condição de falta.

Fonte: Autores

• Calculando as tensões nas barras

Sabendo que as fontes do sistema da Figura 8 são ideais, então elas não sofrem variação
de corrente durante falta. Por essa razão, as tensões das barras 1 e 2, às quais as fontes estão
conectadas, também não sofrem variação. Como 𝑍 𝐹 = 0, já se tem uma falta franca, então o
módulo da tensão 𝑉
b3 na barra 3 é zero. Portanto, os valores das tensões para as barras do sistema
Capítulo 1. Resolução-Questão 01 14

são:
b1 = 1, 05 0° 𝑃𝑈
𝑉

b2 = 1, 03 −2, 8464° 𝑃𝑈
𝑉 (1.11)

b3 = 0 −90° 𝑃𝑈
𝑉

1.3 Correntes de curto-circuito na barra 3 para faltas do tipo fase-


terra, bifásica-terra e bifásica.
Foi visto que, para a falta simétrica, quando o sistema é equilibrado, é necessário
representar apenas a sequência positiva do sistema para realizar a análise do curto-circuito. No
entanto, para curtos-circuitos assimétricos torna-se imprescindível ter conhecimento das redes
de sequência zero, negativa e positiva.

1.3.1 Correntes de curto-circuito para a falta fase-terra


O curto-circuito fase-terra descreve o caso onde uma das fases da linha de transmissão
fecha contato com a terra através de uma impedância de falta 𝑍 𝐹 . O diagrama esquemático de
um curto-circuito monofásico-terra na fase a está exibido na Figura 9.

Figura 9 – Curto-circuito fase-terra em uma rede genérica.

Fonte: (MACHADO, 2020).

As condições de contorno para a falta fase-terra, são dadas por:

𝐼 𝐹𝑎2 = b
b 𝐼 𝐹𝑎1 = b
𝐼 𝐹𝑎0

3𝑍 𝐹 b b𝐹𝑎0 + 𝑉
𝐼 𝐹𝑎0 = 𝑉 b𝐹𝑎1 + 𝑉
b𝐹𝑎2 (1.12)

As correntes b𝐼 𝐹𝑎2 , b
𝐼 𝐹𝑎1 e b
𝐼 𝐹𝑎0 são as componentes simétricas de b
𝐼 𝐹𝑎 , da mesma forma,
as tensões 𝑉
b𝐹𝑎2 , 𝑉
b𝐹𝑎1 e 𝑉
b𝐹𝑎0 são as componentes simétricas de 𝑉 b𝐹𝑎 .
Capítulo 1. Resolução-Questão 01 15

Segundo (MACHADO, 2020) a representação das correntes do domínio das coordenadas


fase em função componentes de simétricas, é expressa pela Equação 1.13.

  3𝑉b𝑇 ℎ1 
 𝐼 𝐹𝑎   𝑍𝑇 ℎ0 +𝑍𝑇 ℎ1 +𝑍𝑇 ℎ2 +3𝑍 𝐹 
b
 𝐼 𝐹𝑏  =  (1.13)
b  
0 

   
 𝐼 𝐹𝑐  
b  0 

Como era de se esperar, b 𝐼 𝐹𝑐 = 0, visto que o curto monofásico foi considerado na


𝐼 𝐹𝑏 = b
fase a. Deste modo, a corrente de curto-circuito monofásico 𝐼 𝐹𝑎 é calculada por:

3𝑉b𝑇 ℎ1
𝐼 𝐹𝑎 =
b (1.14)
𝑍𝑇 ℎ0 + 𝑍𝑇 ℎ1 + 𝑍𝑇 ℎ2 + 3𝑍 𝐹
Onde que 𝑍𝑇 ℎ1 , 𝑍𝑇 ℎ2 e 𝑍𝑇 ℎ0 são, respectivamente, as impedâncias de sequência positiva,
negativa e zero vistas pela barra k. Já a tensão 𝑉
b𝑇 ℎ1 representa a tensão de fase de pré-falta para a
sequência positiva.

1.3.1.1 Utilizando o método de Thèvenin

É importante mencionar que as impedâncias 𝑍𝑔1 e 𝑍𝑔2 exibidas na Figura 10 são


impedâncias simbólicas, ou seja, as mesmas são nulas. Ademais, como não está explicito no
enunciado se foi tomado que todos os elementos do sistema elétrico estão conectados com a
ligação estrela-aterrada.

• Cálculo da corrente de curto-circuito para a condição de falta em regime permanente

Em análise da Figura 10, observa-se que as impedâncias equivalentes de Thèvenin de


sequência negativa e zero vistas pelo terminal de faltas, serão iguais a impedância de sequência
positiva que, por sua vez, foi calculada pela expressão (1.4).

𝑍𝑇 ℎ2 = 𝑍𝑇 ℎ0 = 𝑍𝑇 ℎ1 = 0, 01575 + 𝑗0, 04385 = 0, 04659 70, 2484° 𝑃𝑈 (1.15)

Conforme a Equação 1.14, é verificado que apenas é suficiente determinar a tensão


equivalente de Thèvenin para a sequência positiva 𝑉
b𝑇 ℎ1 , que por sua vez tal tensão foi determinada
em (1.3). Portanto, a corrente de curto-circuito entre os terminais 𝐹𝑎 e 𝑡, é facilmente obtida
Capítulo 1. Resolução-Questão 01 16

pela expressão:

3𝑉b𝑇 ℎ1
𝐼 𝐹𝑎 =
b
𝑍𝑇 ℎ0 + 𝑍𝑇 ℎ1 + 𝑍𝑇 ℎ2 + 3𝑍 𝐹

3𝑉
b𝑇 ℎ1 3𝑉
b𝑇 ℎ1
= =
𝑍𝑇 ℎ0 + 𝑍𝑇 ℎ1 + 𝑍𝑇 ℎ2 + 3𝑍 𝐹 3𝑍𝑇 ℎ1
| {z } |{z} (1.16)
3𝑍𝑇 ℎ1 3·0

1, 0248 −1, 9380°


=
0, 04659 70, 2484°

= 22, 0387 −72, 1864° 𝑃𝑈

1.3.1.2 Utilizando o método da Superposição

• Cálculo da corrente de curto-circuito para a condição de pré-falta

Em decorrência a condição de equilíbrio antes da ocorrência da falta, o sistema em análise


pode ser representado por três redes de sequência independentes e desacopladas, conforme
indicado na Figura 10.

Figura 10 – Redes de sequência da fase a na condição de pré-falta.

Fonte: Autores.
Capítulo 1. Resolução-Questão 01 17

As correntes naturais de pré-falta podem ser obtidas por meio da inspeção da Figura 10,
onde estão ilustradas as correntes de pré-falta em suas componentes simétricas.
Nota-se que a componente de sequência positiva da corrente de pré-falta b 𝐼 𝐹𝑎 foi determi-
nada na seção (1.1). Já as correntes de pré-falta das componentes de sequência zero e negativa
serão nulas, em virtude das mesmas não contribuírem para a condição de pré-falta, pois o sistema
opera idealmente, em equilíbrio antes do evento de curto circuito. Os levantamentos feitos para a
corrente de pré-falta para a falta do tipo fase-terra, também são aplicados para as faltas bifásica e
bifásica-terra.

• Cálculo da corrente de curto-circuito para a condição de regime permanente

Sabe-se que para a condição de regime permanente a análise dos circuitos pelo método
da superposição segue a mesma metodologia empregada no método de Thèvenin. O valor da
corrente de falta já foi anteriormente calculado na seção (1.1.2), ou seja, a corrente de falta em
regime permanente entre os terminais 𝐹𝑎 e 𝑡 é igual a:

𝐼 𝐹𝑎 = 21, 6066 −72, 1864° 𝑃𝑈


b (1.17)

• Cálculo da corrente resultante de curto-circuito para a pré-falta

A corrente de pré-falta corresponde àquela experimentada pela barra antes do curto-


circuito, conforme exibido no circuito pré-falta 10.

𝐼 𝑃𝐹 = b
b 𝐼𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎3,𝑃𝐹

𝑉
b3
=
𝑍 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎3
(1.18)
1, 0248 −1, 9380°
=
1, 6157 18, 7438°

= 0, 6343 −20, 6818° 𝑃𝑈

• Cálculo da corrente resultante de curto-circuito para a falta

Tem-se, que a corrente curto-circuito resultante entre os terminais 𝐹𝑎 e 𝑡 é da por:

b 𝐼 𝐹𝑎 + b
𝐼𝑐𝑐 = b 𝐼 𝑃𝐹
(1.19)
𝐼𝑐𝑐 = 22, 0070 −70, 8939° 𝑃𝑈
b

Nota - No desenvolvimento dos cálculos das correntes de curto-circuito para as faltas


bifásica e bifásica-terra serão omitidos alguns passos. Pois, como foi feito um detalhamento para
a falta fase-terra, não há a necessidade de replicar todo o algoritmo por completo novamente.
Capítulo 1. Resolução-Questão 01 18

1.3.2 Correntes de curto-circuito para a falta bifásica


O curto-circuito bifásico corresponde ao caso onde duas fases da linha de transmissão
fecham contato entre si através de uma impedância de falta 𝑍 𝐹 . A Figura 11 apresenta o diagrama
esquemático da ocorrência de um curto-circuito bifásico entre as fases B e C.

Figura 11 – Curto-circuito bifásico em uma rede genérica.

Fonte: Adaptado de (GLOVER; SARMA; OVERBYE, 2012).

As condições de contorno para o curto-circuito bifásico entre as fases B e C de uma rede


genérica podem ser obtidas a partir da análise da Figura 11;

b𝐹𝑏 − 𝑉
𝑉 b𝐹𝑐 = 𝑍 𝐹 b
𝐼 𝐹𝑏 (1.20)

𝐼 𝐹𝑎 = 0
b
(1.21)
𝐼 𝐹𝑐 = b
b 𝐼 𝐹𝑏

Sabe-se que as correntes de um sistema trifásico qualquer podem ser convertidas para o
domínio das componentes simétricas de acordo com a Equação 1.22.

 𝐼 𝐹𝑎0  1 1 1 1   𝐼 𝐹𝑎 
b    b 
 𝐼 𝐹𝑎1  = 1 𝛼 𝛼2  b (1.22)
b    
𝐼 
  3   𝐹𝑏 
1 𝛼2 𝛼   b
 𝐼 𝐹𝑎2    𝐼 𝐹𝑐 
b  

Sendo que 𝛼 tem valor igual a 1∠120° e b 𝐼 𝐹𝑎0 , b


𝐼 𝐹𝑎1 e b
𝐼 𝐹𝑎2 são, respectivamente, as
componentes simétricas de sequência zero, positiva e negativa.
Capítulo 1. Resolução-Questão 01 19

Deste modo, ao substituir as correntes da Equação 1.21 na Equação 1.22, obtêm-se:

 𝐼 𝐹𝑎0  1 
b   0 

2

=  𝛼 − 𝛼 𝐼 𝐹𝑏  (1.23)
b   
 𝐼 𝐹𝑎1  b
  3 
b𝐼 𝐹𝑎2
  𝛼2 − 𝛼  b
𝐼 𝐹𝑏

   
De maneira análoga, ao utilizar as condições de contorno da tensão segundo a Equação
1.20, é obtido:

b𝐹𝑎1 − 𝑉
𝑉 b𝐹𝑎2 = 𝑍 𝐹 b
𝐼 𝐹𝑎1 (1.24)

Tendo como base nas condições de contorno expressas pelas Equações 1.23 e 1.24, então
a conexão das redes de sequência positiva e negativa através da impedância de falta 𝑍 𝐹 , podem
ser representas como mostrado na Figura 12.

Figura 12 – Representação do curto-circuito bifásico em componentes simétricas

Fonte: Adaptado de (GLOVER; SARMA; OVERBYE, 2012).

Dessa forma, as componentes de sequência são dadas pela Equação 1.25

𝐼 𝐹𝑎0 = 0
b
(1.25)
𝑉
b𝑇 ℎ1
𝐼 𝐹𝑎1 = −b
b 𝐼 𝐹𝑎2 =
𝑍𝑇 ℎ1 + 𝑍𝑇 ℎ2 + 𝑍 𝐹
Retornando para o domínio das fases a partir da Equação 2.12, é possível encontrar
as correntes b 𝐼 𝐹𝑎 , b
𝐼 𝐹𝑏 e b
𝐼 𝐹𝑐 . Verifica-se que b
𝐼 𝐹𝑎 = 0, visto que o curto-circuito bifásico foi
considerado entre as barras B e C. Segundo Montovaneli (2018) a corrente de curto-circuito
𝐼 𝐹𝑏 = −b
bifásico b 𝐼 𝐹𝑐 é dada por:


− 𝑗 3𝑉
b𝑇 ℎ1
𝐼 𝐹𝑏 = −b
b 𝐼 𝐹𝑐 = (1.26)
𝑍𝑇 ℎ1 + 𝑍𝑇 ℎ2 + 𝑍 𝐹
Capítulo 1. Resolução-Questão 01 20

1.3.3 Utilizando o método de Thèvenin


Como definido anteriormente pela Equação 1.27, a corrente de curto-circuito bifásica
depende das impedâncias equivalentes de Thèvenin de sequência positiva (𝑍𝑇 ℎ1 ) e negativa
(𝑍𝑇 ℎ2 ), do valor de 𝑉
b𝑇 ℎ1 e da impedância 𝑍 𝐹 . Contudo, tais variáveis já foram definidas, portanto
a corrente de curto-circuito bifásica pode ser facilmente calculada.


− 𝑗 3𝑉
b𝑇 ℎ1
𝐼 𝐹𝑏 = −b
b 𝐼 𝐹𝑐 = (1.27)
𝑍𝑇 ℎ1 + 𝑍𝑇 ℎ2 + 𝑍 𝐹
Conforme a Equação 1.14, verifica-se que apenas é suficiente determinar a tensão
equivalente de Thèvenin para a sequência positiva 𝑉
b𝑇 ℎ1 , que por sua vez tal tensão foi determinada
em (1.3). Portanto, a corrente de curto-circuito entre os terminais 𝐹𝑎 e 𝑡, é facilmente obtida
pela expressão:


− 𝑗 3𝑉b𝑇 ℎ1
𝐼 𝐹𝑏 = −b
b 𝐼 𝐹𝑐 =
𝑍𝑇 ℎ1 + 𝑍𝑇 ℎ2 + 𝑍 𝐹
| {z } |{z}
2𝑍𝑇 ℎ1 0
√ √ (1.28)
b𝑇 ℎ1 − 𝑗 3 (1, 0248∠−1, 9380°)
− 𝑗 3𝑉
= =
2𝑍𝑇 ℎ1 2 (0, 01575 + 𝑗0, 04385)

= 19, 0480∠−162, 1807° 𝑃𝑈

1.3.3.1 Utilizando o método da Superposição

As correntes de curto-circuito na condição de regime permanente, podem ser calculadas


utilizando a mesma metodologia utilizada na seção (1.1.2). Contudo, é importante atentar que o
b𝐹𝑏 , terá uma rotação de fase de −120° com relação a tensão 𝑉
valor da tensão 𝑉 b𝐹𝑎 .

Desse modo,

b𝑇 ℎ = 1, 0248 −121, 9380° 𝑃𝑈


b𝐹𝑏 = 𝑉
𝑉

𝑍 𝑍𝑒𝑞 = 𝑍13,𝐿𝑇 //𝑍23,𝐿𝑇 = 0, 04743 70, 2484° 𝑃𝑈 (1.29)


1, 0248 −1, 9380°
∴b
𝐼 𝐹𝑎 = = 21, 6066 −192, 1864° 𝑃𝑈
0, 04743 70, 2484°

𝐼 𝐹𝑎 = 21, 6066 −192, 1864° 𝑃𝑈


b (1.30)

𝐼 𝐹𝑏 = −18, 7102∠−192, 1864° 𝑃𝑈


b (1.31)
Capítulo 1. Resolução-Questão 01 21

Como as correntes resultantes de curto-circuito são obtidas pela soma da corrente de


curto-circuito de falta mais a corrente de pré-falta, deste modo, tem-se :

0, 6343p −20, 6818°


𝐼 𝐹𝑏 + 
𝐼𝑐𝑐 = b
>


b 𝐼 𝑃𝐹
b
(1.32)
𝐼𝑐𝑐 = 18, 2088∠−162, 5030° 𝑃𝑈
b

1.3.4 Correntes de curto-circuito para a falta bifásica-terra


O curto-circuito bifásico-terra descreve o caso onde duas fases da linha de transmissão
fecham contato entre si e com a terra através de uma impedância de falta 𝑍 𝐹 . As redes de
sequência para a falta bifásica-terra podem ser representadas pelo seu equivalente conforme
indicado na Figura 13.

Figura 13 – Conexão dos circuitos de sequência para a representação de uma falta tipo bifásica-terra.

Fonte: (MACHADO, 2020)

De acordo com (MACHADO, 2020), a corrente de curto-circuito em direção a terra para


a falta bifásica terra é dada por:

b 𝐼 𝐹𝑏 + b
𝐼𝑐𝑐 = b 𝐼 𝐹𝑐

𝑍𝑇 ℎ2 (1.33)
= −3𝑉
b𝑇 ℎ1
𝑍𝑇 ℎ1 𝑍𝑇 ℎ2 + 𝑍𝑇 ℎ1 (𝑍𝑇 ℎ0 + 3𝑍 𝐹 ) + 𝑍𝑇 ℎ2 (𝑍𝑇 ℎ0 + 3𝑍 𝐹 )
Capítulo 1. Resolução-Questão 01 22

1.3.4.1 Utilizando o método de Thèvenin

Como as variáveis necessárias para o cálculo da corrente de curto-circuito bifásica-terra


são conhecidas, deste modo, utilizando a expressão 1.33 tem-se:

𝑍𝑇 ℎ1
z}|{
𝑍𝑇 ℎ2
𝐼𝑐𝑐 = −3𝑉
b b𝑇 ℎ1    
0 0
𝑍𝑇 ℎ1 𝑍𝑇 ℎ2 + 𝑍𝑇 ℎ1 𝑍𝑇 ℎ0 + 
3𝑍𝐹* + 𝑍𝑇 ℎ2 𝑍𝑇 ℎ0 + 
3𝑍𝐹*
| {z }
𝑍𝑇2 ℎ1
| {z } | {z }
𝑍𝑇2 ℎ1 𝑍𝑇2 ℎ1
(1.34)
b𝑇 ℎ1 𝑍𝑇 ℎ1 = 𝑉𝑇 ℎ1
b
= −3𝑉
3𝑍𝑇2 ℎ1 𝑍𝑇 ℎ1

= −21, 6047 −73, 5031° 𝑃𝑈

= 21, 6047 −253, 5031° 𝑃𝑈

1.3.4.2 Utilizando o método da Superposição

• Cálculo da corrente de curto-circuito para a condição de regime permanente

As correntes de curto-circuito condição de regime permanente a análise dos circuitos


pelo método da superposição, terão os mesmos valores das correntes obtidas no método de
Thèvenin. Portanto,

𝐼 𝐹𝑎 = −22, 0387 −72, 1864° 𝑃𝑈


b
(1.35)
= 22, 0387 −252, 1864° 𝑃𝑈

• Cálculo das correntes resultantes de curto-circuito da falta bifásica

As correntes resultantes de curto-circuito são obtidas pela soma da corrente de falta mais
a corrente de pré-falta, deste modo, tem-se :

0, 6343p −20, 6818° 𝑃𝑈


𝐼 𝐹𝑎 + 
𝐼𝑐𝑐 = b
>


b 𝐼 𝑃𝐹
b
(1.36)
= 21, 6495 106, 4996° 𝑃𝑈
Capítulo 1. Resolução-Questão 01 23

1.3.4.3 Comparação dos resultados obtidos

Tabela 4 – Correntes de curto-circuito para as faltas do tipo fase-terra, bifásica-terra e bifásica, utilizando o método
de Thévenin e da Superposição.

Correntes de Curto-Circuito
Ligação Método 𝐼 𝐹𝑎
b 𝐼 𝐹𝑏
b 𝐼 𝐹𝑐
b 𝐼𝑐𝑐
b
Thévenin 22, 0387 −72, 1864° 0 0 22, 0387 −72, 1864°
FT
Superposição 21, 6066 −72, 1864° 0 0 22, 0070 −70, 8939°
Thévenin 0 19, 0480 −162, 1807° 19, 0480 −342, 1807° 19, 0480 −162, 1807°
FF
Superposição 0 18, 7102 −163, 5030° 18, 7102 −343, 5030° 18, 7102 −163, 5030°
Thévenin 0 - - 21, 6047 −253, 5031°
FFT
Superposição 0 - - 21, 6495 106, 4996°

A proximidade de valores nos módulos descreve a similaridade dos cálculos e comporta-


mento das grandezas. Mesmo tendo mudança de métodos e alteração no circuito, essas permitem
baixas oscilações nos valores de módulo, trazendo uma alteração e relação mais forte na fase.

1.4 Fluxos de corrente nas linhas e as tensões na barra para faltas


do tipo fase-terra, bifásica-terra e bifásica
Revisando, por conveniência, os valores das equações 1.1 e 1.2,

b1 = 1, 05 0° 𝑃𝑈
𝑉

b2 = 1, 03 −2, 8464° 𝑃𝑈
𝑉

b3 = 1, 0248 −1, 9380° 𝑃𝑈


𝑉 (1.37)

𝑍 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎2 = 1, 97 16, 1086° 𝑃𝑈

𝑍 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎3 = 1, 6157 18, 7438° 𝑃𝑈

As correntes pré-falta são obtidas a partir do circuito originalmente analisado (lembrando


Capítulo 1. Resolução-Questão 01 24

que foram desprezadas as admitâncias shunt::

𝑉
b2
𝐼𝐶𝑎𝑟𝑔𝑎2 =
b = 0, 5228 −18, 9550°
𝑍𝐶𝑎𝑟𝑔𝑎2

𝑉
b3
𝐼𝐶𝑎𝑟𝑔𝑎3 =
b = 0, 6343 −20, 6818°
𝑍𝐶𝑎𝑟𝑔𝑎3

(𝑉
b1 − 𝑉b2 )
𝐼 𝐿𝑇12 =
b = 0, 2190 −4, 1457° 𝑃𝑈 (1.38)
𝑍 𝐿𝑇12

(𝑉
b1 − 𝑉b3 )
𝐼 𝐿𝑇13 =
b = 0, 6830 −18, 2160° 𝑃𝑈
𝑍 𝐿𝑇13

(𝑉
b2 − 𝑉b3 )
𝐼 𝐿𝑇23 =
b = 0, 0901 −146, 2527° 𝑃𝑈
𝑍 𝐿𝑇23

1.4.1 Fluxos de corrente nas linhas e as tensões nas barras para falta fase-terra
Considerando a análise das componentes simétricas e os valores obtidos no item anterior
podemos quantificar os valores de tensão nas barras 1 e 2, que independem do tipo de falta, sendo
assim mantidos os valores já encontrados. Para a barra 3 temos seu valor correspondente ao
ponto de falta.
Para a barra 1:

 1𝑎   1, 05 0° 
𝑉
b   
𝑉1𝑏  = 1, 05 −120° (1.39)
b   
   
 1𝑐   1, 05 120° 
𝑉
b   

Para a barra 2:

 2𝑎   1, 03 −2, 8464° 
𝑉
b   
𝑉2𝑏  = 1, 03 −122, 8464° (1.40)
b   
   
 2𝑐   1, 03 117, 1536° 
𝑉
b   

Para a barra 3:

𝑉
b  
 3𝑎   0 

=
𝑉3𝑏  1, 0248 −121, 9380° (1.41)
b   
   
b3𝑐   1, 0248 118, 0620° 
𝑉
   

A partir dos valores dados para as impedâncias nas linhas, usando a Lei de Ohm podemos
encontrar os fluxos de corrente nas linhas. Assim, para a linha entre as barras 1 e 2, temos:
Capítulo 1. Resolução-Questão 01 25

b1𝑎 − 𝑉
𝑉 b2𝑎
𝐼 𝐿𝑇12𝑎 =
b
𝑍 𝐿𝑇12
1, 05 0° − 1, 03 −2, 8464° (1.42)
=
0, 2529 71, 5650°

= 0, 2190 −4, 1456° 𝑃𝑈

Consequentemente, pela simetria das componentes, teremos:

𝐼 𝐿𝑇12𝑏 = 0, 2190 −124, 1456° 𝑃𝑈


b
(1.43)
𝐼 𝐿𝑇12𝑐 = 0, 2190 115, 8544° 𝑃𝑈
b

Para a linha entre as barras 1 e 3, temos:

b1𝑎 − 𝑉
𝑉 b3𝑎
𝐼 𝐿𝑇13𝑎 =
b
𝑍 𝐿𝑇13
1, 05 0° − 0 (1.44)
=
0, 0632 71, 5650°

= 16, 6139 −71, 5650° 𝑃𝑈

b1𝑏 − 𝑉
𝑉 b3𝑏
𝐼 𝐿𝑇13𝑏 =
b
𝑍 𝐿𝑇13
1, 05 −120° − 1, 0248 −121, 9380° (1.45)
=
0, 0632 71, 5650°

= 0, 6835 −138, 2159° 𝑃𝑈

De componente simétrica, para a Fase c:

𝐼 𝐿𝑇13𝑐 = 0, 6835 101, 7841° 𝑃𝑈


b (1.46)

Na linha entre as barras 2 e 3, teremos:


Capítulo 1. Resolução-Questão 01 26

b2𝑎 − 𝑉
𝑉 b3𝑎
𝐼 𝐿𝑇23𝑎 =
b
𝑍 𝐿𝑇23
1, 03 −2, 8464° − 0 (1.47)
=
0, 1897 71, 5650°

= 5, 4296 −74, 4114° 𝑃𝑈

b2𝑏 − 𝑉
𝑉 b3𝑏
𝐼 𝐿𝑇23𝑏 =
b
𝑍 𝐿𝑇23
1, 03 −122, 8464° − 1, 0248 −121, 9380° (1.48)
=
0, 1897 71, 5650°

= 0, 0901 93, 7473° 𝑃𝑈

Sendo a componente simétrica para a Fase c:

𝐼 𝐿𝑇23𝑐 = 0, 0901 146, 26° 𝑃𝑈


b (1.49)

1.4.2 Fluxos de corrente nas linhas e as tensões nas barras para falta bifásica-
terra
1.4.2.1 Utilizando o método de Thèvenin

Os fluxos das correntes de falta podem serem obtidas utilizando as expressões definidas
em (1.36), contudo o valor da corrente de falta a ser utilizado é aquele determinado em (1.35).
Assim sendo, reutiliza-se as tensões de ?? e ??, ao passo que as tensões na barra 3 passam
a ser:


 0 

0
 
 
 
1, 0248 118, 0620°
 

Portanto,
Como visto anteriormente, as redes de sequência zero e negativa não contribuem para
a condição de pré-falta, havendo apenas a participação da sequência positiva. No entanto, as
correntes de pré-falta da sequência positiva já foram calculadas na seção (??). Logo,
Capítulo 1. Resolução-Questão 01 27

A corrente de curto-circuito resultante pelo método da superposição é dado pela somas


da correntes de pré-falta definidas em mais as correntes de falta calculadas por Thèvenin.

1.4.3 Fluxos de corrente nas linhas e as tensões nas barras para falta bifásica-
terra
1.4.3.1 Utilizando o método de Thèvenin

Os fluxos das correntes de falta podem ser obtidos utilizando as expressões definidas em
(??), contudo o valor da corrente de falta a ser utilizado é aquele determinado em (1.30).
Portanto,

• Tensões nas barras

Como comentado na seção ?? as barras 1 e 2 apresentam fontes de tensão ideais, então do


mesmo modo, é esperado que as tensões deveriam permanecer as mesmas, independentemente
da natureza da falta.
28

Referências

AMARAL, S. M. S. D. CÁlculo de correntes de curto-circuito e ajuste dos relÉs de proteÇÃo


em microredes. XV CEEL - ISSN 2178-8308, 2017. Citado na página 12.

BENEDITO, R. (Ed.). Diagrama de Impedâncias e Matriz de Admitância de um Sistema Elétrico.


2020. Disponível em: <http://professor.pucgoias.edu.br/SiteDocente/admin/arquivosUpload/
18795/material/03)SistEletricosCap03-pu_e_elementos.pdf>. Acesso em: 17 dez 2020. Citado
na página 5.

GLOVER, J. D.; SARMA, M. S.; OVERBYE, T. Power system analysis & design, SI version.
[S.l.]: Cengage Learning, 2012. Citado 2 vezes nas páginas 18 e 19.

MACHADO, E. (Ed.). Notas de Aula-Sistemas Elétricos I. 2020. Disponível em:


<https://1drv.ms/f/s!AuUX-8_W3MqJlb9aOV6kmZ8x1oIUhQ>. Acesso em: 15 dez 2020.
Citado 3 vezes nas páginas 14, 15 e 21.

MONTOVANELI, D. de L. DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE ACADÊMICO PARA


ANÁLISE DE CURTO-CIRCUITO EM SISTEMAS DE POTÊNCIA DE’N’BARRAS. Tese
(Doutorado) — Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2018. Citado na página 19.

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