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Orientador:
Professor Washington Luiz Araújo Neves, Ph.D.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus, em primeiro lugar, pois é nEle que eu encontrei força para
continuar.
Agradeço também aos meus pais, Cícera Vylma e José Custódio por terem se
esforçado tanto para me proporcionar uma boa educação apesar de todas as
dificuldades. Agradeço também aos meus irmãos Cícero e José Filho, meus tios, avós e
ao meu esposo Pierre que sempre foi uma coluna de apoio durante o curso e com sua
paciência sempre me motivou a perseverar.
Ao professor Washington Luiz, por ter aceitado me orientar e pela sua paciência.
À família de meu esposo, por todo apoio que me deram na reta final deste
trabalho.
Às minhas amigas Helen, Juliana, Karenine, Bruna, Jessiedna e em especial
Jamile que não mediu esforços para me ajudar nas dificuldades encontradas no decorrer
desta etapa.
Aos Professores e Funcionários do DEE pela excelência com a qual exerceram e
continuam exercendo suas funções tornado o curso de engenharia elétrica referência
nacional.
Enfim, a todos que de alguma forma contribuíram para a conclusão deste
trabalho.
v
vi
Albert Einstein
vii
RESUMO
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
SUMÁRIO
Agradecimentos .............................................................................................................................. v
Resumo .........................................................................................................................................vii
Sumário ......................................................................................................................................... ix
1 Introdução ............................................................................................................................... 1
1 INTRODUÇÃO
Nos sistemas de potência, a maioria dos defeitos que ocorrem são do tipo
assimétricos. Esse tipo de defeito pode ser ocasionado pelo rompimento de um ou dois
condutores, pela ação indevida e não sincronizada de fusíveis e disjuntores, curtos-
circuitos, dentre outros (GAINGER, 1994).
Toda falta assimétrica faz com que surjam correntes e tensões desequilibradas no
sistema. Dessa forma o método dos componentes simétricos se faz bastante importante
na determinação de correntes e tensões do sistema após a falta, já que esse método
consiste em separar o circuito equivalente em três redes desacopladas (no caso do
sistema trifásico), ou seja, em três redes independentes entre si. Dessa forma o método
dos componentes simétricos torna um sistema trifásico complexo em três redes de
sistemas mais simples.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Va Va 0 Va1 Va 2
Vb Vb0 Vb1 Vb 2 (2.1)
Vc Vc 0 Vc1 Vc 2
Va 0 Vb0 Vc 0 Va 0
Vb1 a 2Va1
Vc1 aVa1 (2.2)
Vb 2 aVa 2
Vc 2 a 2Va 2
Va 1 1 1 Va 0
V 1 a 2 a * V (2.3)
b a1
Vc 1 a a Va 2
2
Ou na forma reduzida:
1 1 1
A 1 a 2 a (2.5)
1 a a 2
1 1 1
1
A 1 1 a a 2 (2.7)
3
1 a 2 a
Ia 1 1 1 I a0
I 1 a 2 a * I b1
b
I c 1 a a 2 I c 2 (2.8)
5
I a0 Ia
I A 1 * I
a1 b
I a 2 I c (2.9)
I a0 1 1 1 Ia
I 1 1 a a 2 * I b
b1 3 (2.10)
I c 2 1 a 2 a I c
VaA Z aa Z ab Z ac I a
V Z Z bc * I b
bB ba Z bb (2.11)
VcC Z ca Z cb Z cc I c
Sendo:
Zaa - impedância própria da fase a;
Zbb - impedância própria da fase b;
Zcc - impedância própria da fase c;
Zab = Zba - impedância mútua entre as fases a e b;
Zac = Zca - impedância mútua entre as fases a e c;
6
V p VP Z p I p (2.12)
Vp – VP = (A-1ZpA)*Ip (2.14)
A-1ZpA = Zs (2.16)
[ ] [ ][ ] (2.18)
Onde o lado direito da equação representa o produto A*Zs. Dessa forma, existem
3 equações, uma para cada coluna:
(2.19)
(2.20)
(2.21)
[ ] (2.22)
Dada uma matriz equilibrada do tipo (2.22), pode-se calcular os seus autovetores
da maneira a seguir:
[ ][ ] [ ]
[ ][ ] [ ] (2.23)
9
[ ] [ ]
(2.24)
e
(2.25)
Conclui-se a partir de (2.24) e (2.25) que a matriz (2.23) tem dois autovetores
dados por:
[ ]
(2.26)
[ ] (2.27)
A partir das equações (2.26) e (2.27) pode-se constatar que as colunas da matriz
de transformação de Fortescue são possíveis autovetores da matriz equilibrada (2.22). A
coluna formada pelo vetor [ ] atende a condição (2.26) e as colunas formadas pelos
[ ] [ ] [ ]
(2.28)
[ ]
Uma linha de transmissão é dita curta quando o seu comprimento só vai até no
máximo 80 km. Nesse caso o efeito capacitivo pode ser desprezado, sendo a linha
representada somente pela resistência e indutância série. Na Figura 3.1 é ilustrado o
modelo para uma linha de transmissão curta.
(3.1)
(3.2)
( ) (3.3)
(3.4)
VS AVR BI R (3.5)
VR CVR DI R (3.6)
VS A B VR
*
VR C D I R
Em que:
ZY
A D 1
2
BZ (3.7)
13
ZY
C Y 1
4
(3.8)
(3.9)
Assim:
(3.10)
A reatância externa para solo ideal pode ser encontrada pelo método das
imagens. Considera-se que dois condutores i e j são cilíndricos paralelos ao solo
conforme ilustrado na Figura 3.4.
16
Pelo método das imagens pode-se determinar os valores das reatâncias próprias
(elementos da diagonal principal) e mútuas (demais elementos) a partir das seguintes
equações [ZANNETA, 2006]:
(3.11)
(3.12)
Em que:
Como o solo real não tem condutividade infinita as correções de Carson, método
padrão bastante utilizado, são introduzidas para que os valores encontrados para as
impedâncias em série sejam os mais próximos possíveis dos valores reais. Em seu
método Carson considera o solo tem resistividade uniforme, tamanho infinito, sólido e
que é paralelo aos condutores [CARSON, 1926].
18
qi
E (3.13)
2 0 r
∫
(3.14)
(3.15)
(3.16)
19
dada por:
[ ] [ ] (3.17)
[ ] (3.18)
[ ] (3.19)
[ ] [ ] [ ] (3.20)
[ ] [ ]
[ ]
Em que:
(3.21)
(3.22)
[ ]
(3.23)
[ ] [ ]
23
Em que:
O mesmo raciocínio pode ser utilizado para o cálculo dos elementos da matriz
admitância [Yabc]. Na prática as linhas de transmissão não são idealmente transpostas.
A seguir serão apresentados alguns tipos de transposição mais usuais.
Figura 3.6 – Esquema de transposição de linhas trifásicas de circuito simples com três trechos.
24
Figura 3.7 - Esquema de transposição de linhas trifásicas de circuito simples com quatro trechos
se-á uma matriz cujos elementos estarão em posições diferentes das posições da matriz
original. Dessa forma, considerando a Figura 3.6, para a primeira transposição que
ocorre no final do primeiro trecho tem-se a seguinte expressão:
[ ] [ ][ ][ ] (3.24)
Para o caso da segunda transposição que ocorre no final do segundo trecho, tem-
se a expressão (3.25).
[ ] [ ][ ][ ] (3.25)
[ ] [ ][ ][ ] (3.26)
[ ] [ ] [ ] [ ]
[
[ ] [ ]
][ ][
[ ] [ ]
] (3.27)
Figura 3.8 - Esquema de transposição de três seções para uma linha de circuito duplo com rotação de
fases em direções opostas
27
c1 a1 b1
b1 c1 a1
a1 b1 c1
a2 c2 b2
b2 a2 c2
c2 b2 a2
Figura 3.9 - Esquema de transposição de três seções para uma linha de circuito duplo com rotação de
fases na mesma direção
ZS Zm Zm Z 11 Z 12 Z 13 Z 33 Z 31 Z 32 Z 22 Z 23 Z 21
Z 1
Z m Z 21 1
Z 23 Z 13 1
Z 12 Z 32 Z 31
m ZS Z 22 Z 11 Z 33 (3.28)
3 3 3
Z m Zm Z S Z 31 Z 32 Z 33 Z 23 Z 21 Z 22 Z 12 Z 13 Z 11
1
ZS Z11 Z 22 Z 33
3
e
1
Z m Z12 Z 31 Z 23
3
Z 11 Z 12 Z 13 Z 14 Z 15 Z 16 Z 33 Z 31 Z 32 Z 35 Z 36 Z 34 Z 22 Z 23 Z 21 Z 26 Z 24 Z 25
Z Z 22 Z 23 Z 24 Z 25 Z 26 Z Z 11 Z 12 Z 15 Z 16 Z 14 Z Z 33 Z 31 Z 36 Z 34 Z 35
21 13 32
1 Z 31 Z 32 Z 33 Z 34 Z 35 Z 36 1 Z 23 Z 21 Z 22 Z 25 Z 26 Z 24 1 Z 12 Z 13 Z 11 Z 16 Z 14 Z 15
Z fase
3 Z 41 Z 42 Z 43 Z 44 Z 45 Z 46 3 Z 53 Z 51 Z 52 Z 55 Z 56 Z 54 3 Z 62 Z 63 Z 61 Z 66 Z 64 Z 65
Z 51 Z 52 Z 53 Z 54 Z 55 Z 56 Z 63 Z 61 Z 62 Z 65 Z 66 Z 64 Z 42 Z 43 Z 41 Z 46 Z 44 Z 45
Z 61 Z 62 Z 63 Z 64 Z 65 Z 66 Z 43 Z 41 Z 42 Z 45 Z 46 Z 44 Z 52 Z 53 Z 51 Z 56 Z 54 Z 55
Z S1 Z M1 Z M1 Zk Zn Zl
1
Z M Z S1 Z M1 Zn Zl Zk
Z M1 Z M1 Z S1 Zl Zk Zn
Z fase
Zk Zn Zl Z S2 Z M2 Z M2
Z (3.29)
Zl Zk Z M2 Z S2 Z M2
n
Z l Zk Zn Z M2 Z M2 Z S2
Em que:
Z S1 ( Z 11 Z 22 Z 33 )
Z S2 ( Z 66 Z 55 Z 44 )
1
ZM ( Z 12 Z 31 Z 23 )
Z M2 ( Z 45 Z 56 Z 64 )
Z k ( Z 62 Z 53 Z 41 )
Z l ( Z 61 Z 52 Z 43 )
Z n ( Z 51 Z 42 Z 63 )
Z 00S 1 0 0 Z 0012 0 0
0 Z S1 0 0 Z 12 0
0 0 Z S1 0 0 Z 12
Z fase (3.30)
Z 0021 0 0 Z 00S 2 0 0
0 Z 21 0 0 Z S2 0
0 0 Z 21 0 0 Z S 2
Em que:
Z S1 2 Z M
1
(É a impedância própria de sequência
Z 00S 1 Z 00S 2
3 zero do circuito 1)
Z S1 Z M
1
(É a impedância própria de sequência
Z S1 Z S 2
3 positiva do circuito 1)
Z S1 Z M
1
(É a impedância própria de sequência
Z S1 Z S 2
3 negativa do circuito 1)
(É a impedância mútua entre a
Z 2Z l
Z 0021 Z 0012 k sequência zero do circuito 1 e a
3
sequência zero do circuito 2)
(É a impedância mútua entre a
Z Zl
Z 21 Z 12 k sequência positiva do circuito 1 e a
3
sequência positiva do circuito 2)
(É a impedância mútua entre a
Z Zl
Z 21 Z 12 k sequência negativa do circuito 1 e a
3
sequência negativa do circuito 2)
Assim, pela equação (3.30) nota-se que existe acoplamento entre os circuitos 1 e
2 apenas para componentes de mesma sequência, ou seja, existe acoplamento entre a
componente positiva do circuito 1 e a componente positiva do circuito 2, entre a
31
Z S1 1
ZM 1
ZM Zk Zn Zl
1
Z M Z S1 1
ZM Zn Zl Zk
Z M1 1
ZM Z S1 Zl Zk Zn
Z fase
Zk Zn Zl Z S2 Z M2 Z M2
Z Zl Zk Z M2 Z S2 Z M2
n
Z l Zk Zn Z M2 Z M2 Z S2
(3.31)
[ ]
[ ]
32
Figura 3.10 – Conexão em Cascata dos Parâmetros ABCD deTrês Circuitos pi de uma Linha de
Transmissão
Z aa Z ab Z ac
B1 Z abc Z ba Z bb Z bc
Z ca Z cb Z cc
Y aa Y ab Y ac
Yaa Y ab Y ac Z aa Z ab Z ac 4 4 4 1 0 0
0 1 0
C 1 Yba Y bc * Z ba Z bc * ba
Y Y bb Y bc
Y bb Z bb (3.32)
4 4 4
Yca Y cb Y cc Z ca Z cb Z cc Y ca Y cb Y cc 0 0 1
4
4 4
34
C aa C ab C ac
C 1 C ba C bb C bc
C ca C cb C cc
w 1d w 1e w1 f
B equivalente w 2d w 2e w2 f
w 3d w 3e w3 f
w 1a w 1b w 1c
Aequivalente Dequivalente w 2a w 2b w 2c
w 3a w 3b w 3c (3.37)
w 4a w 4b w 4c
C equivalente w 5a w 5b w 5c
w 6a w 6b w 6c
w 1d w 1e w1 f
Z equivalente B equivalente w 2d w 2e w2 f
w 3d w 3e w3 f
Z equivalente * Yequivalente
Aequivalente 1
2
1 1
e Z equivalente Yequivalente Z equivalente * 2 * Aequivalente 2
Z equivalent
1
Yequivalente Z equivalent
e * 2 * Aequivalente 2
elementos diferentes entre si. Desse modo a aplicação do método das componentes
simétricas não se torna viável.
transposta em três trechos iguais. Foi utilizada a ferramenta Line Cosntants do software
ATP (Alternative Transients Program) para o cálculo das matrizes impedância e
reatância. O software Matlab foi usado na operação dessas matrizes para a obtenção do
circuito pi equivalente.
Foi analisado um sistema de 345kV com torres típicas em disposição
convencional de seus condutores. Na Figura 3.12 está ilustrada a silhueta da torre
adotada, bem como a disposição dos seus cabos de fase e cabos guarda.
Z B (3.40)
As matrizes (3.42) e (3.43) são do tipo simétricas, mas não são equilibradas.
Desse modo a transformada de fortescue não diagonaliza as matrizes impedância e
admitância shunt, tornando a aplicação do método das componentes simétricas ineficaz,
já que não serão obtidos circuitos não-acoplados.
40
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS